quinta-feira, julho 28, 2005

Adiante.

"Fomos ambas, às vezes, acusadas de "trair as mulheres" apenas por sermos heterossexuais - por "dormirmos com o inimigo". Como feministas lutando nas suas relações, sentimos o facto como um ataque injusto. E contudo a nossa resposta não mostra a raiva que tal injustiça desperta em nós, mas sim uma espécie de postura defensiva apologética. Porque a nossa heterossexualidade não é sentida como uma identidade política (quem desejaria mobilizar-se à volta do facto de ser heterossexual?!), e porque de muitas formas o lesbianismo parece ser a identidade política mais adequada para as feministas, sentimo-nos culpadas. Até nos sentimos ambivalentes ao escrever este artigo - não queríamos ser vistas como atacando as nossas irmãs lésbicas, que já o são suficientemente. E contudo não responder é tornarmo-nos cúmplices do nosso silenciamento. Não é? Tem de existir uma forma de exprimirmos a nossa raiva sem que ela seja interpretada como um ataque às nossas irmãs. Nós ainda a procuramos".

Rosalind Gill e Rebecca Walker.

73 comentários:

Carlos Sampaio disse...

"o lesbianismo parece ser a identidade política mais adequada para as feministas.."
Que grande confusão!
Não será isto uma afirmação pela negação e, como tal, negativa ?!?

Julio Machado Vaz disse...

Carlos,
É uma velha angústia para algumas feministas - é possível ser feminista e ter, portanto, uma identidade política "correcta" sendo heterossexual? Não sou um especialista no debate, mas do que li sempre me pareceu que as feministas europeias viviam o "casal" feminismo-heterossexualidade de uma forma bem mais pacífica do que certos grupos americanos.

Carlos Sampaio disse...

Prof Machado Vaz
Muito menos especialista serei eu...
Mas, acho que ser feminista é ser fortemente mulher e, que raio, ser heterosexual é ser "menos mulher"?!?!

Julio Machado Vaz disse...

Carlos,
Diria - se calhar erradamente... -, apoiado no texto destas duas feministas heterossexuais, que menos coerentemente activistas na causa feminista. Tal postura, que considero de uma rigidez assustadora, parte do pressuposto que nada há a esperar dos homens na criação de um novo mundo em que as mulheres não sejam oprimidas. E agora desculpe-me, vou levar o meu neto à natação:).

Carlos Sampaio disse...

E ainda... (hoje estou chato..):
Se é uma questão de luta e de determinação, remeto, quem tiver pachorra claro, para um texto que está no arquivo de Maio do glosa-crua.blogspot.com .
"Foi você que pediu uma agressão?" de 23.05.2005

Anónimo disse...

Prof.
Ao ler o comentário de Rosalind Gill e Rebecca Walker, confirmo a sensação que já tinha, de que há pessoas que se sentem na necessidade de se justificarem permanentemente perante os outros. Não sou psi, portanto, não sei interpretar.
Sou heterosexual (até ver) e nunca me preocupei em justificar tal facto, nem penso que seja passível de justificação. Se fosse lésbica, presumo que seria idêntico - desde que não molestemos terceiros, o que é que alguém tem que ver com as nossas orientações sexuais?
Também não sou feminista, seja lá o que isso for - sou mulher, não é suficiente?
Saudações
Débora

Pamina disse...

Compreendo o dilema a que as autoras do texto se referem. Pelo que li sobre o assunto, também me parece que nos Estados Unidos estas posições são bastante mais "fundamentalistas" do que na Europa.
Pessoalmente, nunca considerei os homens em geral como o inimigo, apenas certos homens.
Também não me agrada qualquer tipo de radicalismo, relativamente a esta questão. Penso que o tal "mundo novo" terá que ser obviamente construído por todos, mulheres e homens.
Em vez de emancipação feminina não se deverá falar antes de emancipação humana?

andorinha disse...

Partilho a opinião da Pamina.
É possível ser-se feminista e ter-se uma identidade política "correcta" sendo heterossexual.
O "inimigo" não é o homem, mas sim alguns homens e as suas atitudes retrógradas.Nem todos os homens são "opressores". Lá iríamos nós para as generalizações...
Por isso mesmo não partilho da opinião das autoras.
A criação do tal mundo novo não deve ser um exclusivo nosso.:)
Até mais logo.

Anónimo disse...

Não sei, mas aquilo que vejo de grupos feministas quase sempre me lembra Amazonas. Qualquer coisa pouco feminina.
Existem diferenças entre sexos, sim e exigir a completa igualdade não me parece viável.
Não sou feminista. Prefiro ser humanista.

RAM disse...

Débora,

Retive: "Também não sou feminista, seja lá o que isso for - sou mulher, não é suficiente?"

"...sou mulher, não é suficiente?"
A isto chamo auto-consciência.
Consciência de alguém em paz - espero - consigo mesma, com a sua feminilidade... em suma, com a sua condição humana!

Anónimo disse...

Até amanhã maralhal.
Boas blogadas pela noite dentro.

Anónimo disse...

O feminismo é uma luta pela igualdade de direitos entre o homem e a mulher e é, assim, num primeiro momento, um combate a favor das mulheres. Admito que algumas conquistas sacrifiquem privilégios dos homens, mas isso não deve transformar o feminismo numa luta contra os homens.

Seja como for, há uma questão prévia: saber se as mulheres pretendem a igualdade perante os homens ou se querem ser "iguais" aos homens.

Anónimo disse...

Professor Machado Vaz,

"Rigidez assustadora"?

Só o contexto de crise que vivemos no blog e a assunção pública que fez do seu machismo podem explicar algo que não lhe reconhecia: o uso do eufemismo. Habituei-me a considerá-lo como alguém que tem cuidado com as palvras, mas sem ter medo de as usar.

O que está em causa no artigo é um "dogmatismo radical" para não lhe chamar "fanatismo".

Anónimo disse...

Pamina (4:39)

não podia concordar mais! O feminismo parece-me demasiado extremado...

Pamina disse...

Gonçalo(6.54),

Acho que nem uma coisa nem outra. Penso que "as mulheres" não querem ser iguais aos homens. Quanto a pretenderem a igualdade "perante" os homens, essa palavra implica uma relação de supremacia.
Como no caso dos heterossexuais/homossexuais, julgo que o se pretende é ser-se indiferentemente (para roubar a palavra ao Prof.JMV) homem ou mulher, ou seja, que o género, SÓ POR SI, não confira privilégios.

Julio Machado Vaz disse...

Gonçalo,
Fiquemos então pelo dogmatismo, todo ele me parece radical:). E obrigado pela sua confiança na minha franqueza.

Mário Santos disse...

Pamina, assino por baixo

Anónimo disse...

Olá a todos!

Concordo com a generalidade dos comentários - não ao dogmatismo radical, nem fanatismo!

Gonçalo,
Não sou contra os homens (na generalidade), nem queria ser igual aos homens - fogo!

Ram,
Estou em paz comigo mesma, na minha condição humana e sempre disposta a melhorar (janelas abertas para o mundo e a vida).

Saudações a todos.
Débora

Tão só, um Pai disse...

Yul, ó rapariga.

Pela foto, não serás, de certeza, "dogmática" mas, ó rapariga, tu vê lá o que fazes, com tanto incêndio que já há por aí, com uma acha dessas, pegas fogo a tudo.

andorinha disse...

Gonçalo (6.54)
"...saber se as mulheres pretendem a igualdade perante os homens ou se querem ser "iguais" aos homens".
Sermos "iguais" aos homens, não, não faria qualquer sentido; queremos é que as diferenças, que são naturais e sempre se manterão não sejam encaradas em termos de inferioridade. O que se pretende é uma igualdade plena de direitos e deveres. Ninguém deve ser discriminado ou beneficiado pelo simples facto de ser homem ou mulher.
Toda e qualquer forma de discriminação deve ser banida, é por isso que devemos lutar todos nós, homens ou mulheres.

Concordo com o que dizes no segundo comentário - também acho o artigo de um dogmatismo ultraradical.:)
Sou feminista e heterossexual e nunca tive nenhum sentimento de culpa em relação a isso.
Há até um aspecto que tenho uma certa dificuldade em compreender.
Ser feminista é uma questão de escolha, ou seja, decide-se lutar por determinados valores; a orientação sexual não é uma questão de escolha portanto onde há aqui lugar ao sentimento de culpa?
Para mim, não faz sentido.
Todas as feministas teriam que ser lésbicas?
As feministas lésbicas seriam "mais feministas" do que as não-lésbicas?!
Mas como, se uma coisa se escolhe e outra não?
São áreas diferentes por isso não consigo ver qualquer incompatibilidade ou choque entre feminismo e heterossexualidade

Bruno Inglês disse...

Ser feminista é procurar incesantemente a igualdade na diferença. A mulher feminista tem de ser, antes de tudo, feminina... independentemente da sua orientação sexual. Renegar a sua feminilidade é, logo à partida, violar as suas próprias convicções... deitar por terra o seu feminismo.

Mas atenção, a condição de lésbica não é nem uma "birra", nem uma forma de feminismo... é o que tem de ser.

Mudemos de assunto...

Prof. Júlio Machado Vaz, como colocou música no seu blog???? Também tenho um e queria colocar-lhe umas musiquinhas... quem foi o artista que lhe ensinou o truque?

andorinha disse...

Paula (9.09)
Totalmente de acordo.:)

Julio Machado Vaz disse...

Bruno,
Foi o Portocroft, eu só sei ligar o computador:).

Paula,
Aqui vai: Heterosexuality, a Feminism and Psychology Reader. Edited by Sue Wilkinson and Celia Kitzinger. Sage. 1993.

Anónimo disse...

Por vezes tenhos dúvidas se as mulheres sonham com uma ideia de igualdade que passe pela ausência de discriminação em função do género, daí resultando o tal direito a indiferença, ou se apenas pretendem os mesmos direitos dos homens.

Eu entendo que o pressuposto da igualdade de direitos entre o homem e a mulher é cada um assumir a sua identidade. Temo que não seja isto que sempre acontece. Na luta por essa igualdade, dá a sensação que algumas mulheres iniciam o caminho adoptando o modo de vida masculino. Será assim?

Anónimo disse...

Hoje tive um sonho tão bonito
Sonhei que estava em Cantelães
O que significa este sonho, caro Júlio?
Poderemos ter um debate sobre o significado de certos sonhos?
Boa noite e durmam bem
e tenham bons sonhos
tal como eu de vez em quando
;)

RAM disse...

I was curious to find out what terms lesbians use, and to that end I consulted a lesbian dictionary. It seems to concentrate on a rather provocative use of language, and contains such terms as "littl pleasure", "little box", "bib", "source of life", "between-the-legs", "woman's own", "pussy", "dusky down", "juicy armpit", "suction cup", "joy lips", "pleasure lips", "Venus lips", "mud flap", "flood barrier", "flower", "daisy", "little spot", "stiff head", "love button", "tickle button", "pearl", "little mound", "Shakespeare", "Times Square", "clit", "clissy", "joy groove", "love groove", "rosette" and "little back door".
This list seems to take us back to the 1960's, when feminist fervour caused woman to coin their own words about female sexuality (if only to distance themselves from male-dominated sexual liberation ideology, which for women implied availability).

Jelto Drenth - The Origin of the World - Science and Fiction of the Vagina

Vou comer...

noiseformind disse...

Éme,
Não há maneira de largares os meandros do fufedo, começo a suspeitar de imaginário trio de lambe-lambe ; )))))))))) E fundamento esta do trio em citação tua: tirando a Camille, que vale por duas, amdas a citá-las aos pares looooooooool

Mas queria pegar numa coisa dita por ti em programa televisivo a horas de filme-mais-que-pornográfico: "uma feminista com uma fantasia de violação está a trair o ideal feminista?"

A Débora pegou nisto de uma forma que me agragou (excitou) muito: "Também não sou feminista, seja lá o que isso for - sou mulher, não é suficiente?"
E este é o ponto fundamental. As mulheres, como um todo, diariamente, vivem sob opressão. Por motivos de triunfo educacional ou simples conforto muitas acostumaram-se À ideia que a cela de costumes que as impedem de viver plenamente a cidadania é uma barreira colocada pela sociedade para as separarem da "vulgaridade" (basta ver as respostas aos questionários sobre auto-erotismo e percepção de pornografia), tornando-as "verdadeiras" mulheres. Assim como os homens se constroem numa acção desenfreada e controlada, a imagem correctamente aceite de mulher é construida sobre "a negação de si mesma, um altruísmo que é perceopcionado colectivamente como capacidade exaltativa da maternidade". Os sacrifícios pelo marido antecipam os sacrifícios pela prole e assim se vai desenhando a armadilha. Ou não tivessemos nós pacientes apenas inculcadas a colocarem em causa a sua qualidade de vida sexual não pelo seu próprio prazer mas pq "o meu namorado não se excita muito comigo". Esta completa negação de si como elemento construtivo e essa constante ideia de reserva moral parece-me uma ideia decisiva dos novos movimentos feministas normalistas. Ser feminista sendo mulher é fundamentalmente uma ideia de ser livre de lugares-comuns, e muito do feminismo militante se tornou um lugar comum.

Acho que estámos a esquecer algo que é sempre problemático quando se pega em autoras americanas e se as translada para Portugal. A geracionalidade do feminismo americano radica no início do SECULO. O feminismo organizado português tem 30 anos (e disse organizado antes que me venham falar da Professora Virginia Dantas ; ))))))))))))) ). Mulheres com 50 anos cresceram em Portugal em sistema totalmente segregacionistas dos afectos e que não passam com decretos, assim o mostra a comparação das mulheres activas na política, valor hoje em dia tido como universalmente aceite como medida de integração social das mulheres.

Dou o exemplo do jantar de amigos. As mulheres de forma automática, não reflectida, "empurram" os homens para a sala. Vestem cuecas de fio dental e algumas não trazem soutien, sinais de feminilidade, mas no Brasil existem esses sinais há muitos anos sem expressam libertação das mulheres.

A culpabilidade sentida pelas feministas é a culpabilidade que se sente pela MAIOR forma de segregação na actualidade ocidental. EM TODAS AS COMUNIDADES EMIGRANTES nos EUA os homens (hispânicos, asiáticos, afor-americanos) ultrapassaram o rendimento médio de uma mulher branca, que está lá há pelo menos TANTO tempo como o homem branco:((((((((((((((

No entanto, as mulheres atraídas pelo seu próprio sexo não se sentiram compatíveis com a discriminação vigente e por via do duplo vector opressivo libertaram-se duplamente. Muitas vezes não o assumindo explicitamente, como muitos gays o fazem. Vejam o caso de "queer look for a straight guy": é um sucesso em toda a Europa mas em Portugal estão há meses a fazerem os castings e os gays simplesmente não aparecem. Defendem o seu "direito à indiferença", tão propalado por estas bandas. E ainda mais: orgulhosamente se fala por esta caixa de comentários amiude dos gays que sendo gays não dão nas vistas. Não é na gay pride que deviam dar nas vistas, mas sim em trocarem carícias públicas com os seus parceiros, expressão salutar de um sentimento vivido.

Há expectativas defraudadas, há a distância de quem se deseja. Ora a expressão de correspondência máxima é a partilha de ambientes exteriores, a assumpção de uma consumação colectiva da intimidade que se tem entre-paredes/carros. Não se é lésbica por adesão ao movimento feminista assim como não se é homossexual por se apreciar a estimulação anal : )))))))))))))))) não me sinto culpado na minha heterossexualidade pq ela não me impede de me integrar em agregados mais numerosos de forma plena. Imagino que para as feministas heterossexuais o feminismo embarre (pq embarra quase sempre) numa relação em que as expectativas do outro não são formatáveis aos ideiais defendidos pelas feministas como um todo. Ou seja, sendo a militância fervorosa ela embarra nas necessidades de construção de uma família, que requer (Como as altas taxas de divórcio assim o mostram diariamente) elevados níveis de disposição para cedências. E como nós sabemos, o Homo Tugaliensis só negoceia entre não fazer nada ou pôr a mesa, entre fazer umas "compras de últimas hora" ou ir jogar futebol com os amigos, futebol que inclui ida ao café para convívio com os amigos etc etc etc... ; ))))))))))))



gonçalo,
Durante 8000 anos os homens espezinharam as mulheres, 500 anos de espezinhamento masculino seria um pequeno reparo. Aliás, duvido que o domínio feminino do mundo trouxesse desvantagens para os homens. Dentro da política e da justiça, as mulheres são 80% menos corruptíveis e 30% mais produtivas, e isto em França, país que sendo há muito "republicano" ainda deixa muito a desejar em termos de integracionismo de género ; ))))))))))))))))))))

noiseformind disse...

Andorinha,

No post anterior já aceitei a tua assinatura, mais gente que queira ir lá juntar a sua ou dizer "Vade retro" esteja à vontade ; ))))))))))))))))))

Anónimo disse...

Nunca me pareceu óbvio confundir feminismo com lesbianismo. E para ser franca, sempre achei que essa colagem dos dois conceitos foi fabricada pelos homens para ridicularizar e denegrir toda e qualquer manifestação de feminismo, conceito este que para mim significa libertação de anos e anos de sofrimento e descriminação das mulheres na sociedade.
Sempre me considerei feminista na luta contra a desigualdade de oportunidades e sofrimento calado das mulheres.
Sempre fui heterossexual porque amo os homens (amei alguns, não muitos)na forma de corpos, almas e espíritos. Acho que as pessoas se preocupam em demasia com a forma como cada um expressa a sua sexualidade. Eu amo as mulheres, mas será que faz de mim ser menos feminista o facto de não desejar os seus corpos na intimidade dos lençóis?
Preferia discutir o que significa para cada um de nós o conceito de feminismo, mas sei que o sexo é um tema muito mais apelativo.
Um abraço***

noiseformind disse...

Lolaviola,

nós por aqui, falar de sexo? vieste ao sítio errado, aqui nunca se fala de sexo, o Éme como vês anda a fantasiá-las aos pares escudando-se que as está a citar e o maralhal não tem pedalada para tamanha língua, tamanhos dedos ; ))))))))

Anónimo disse...

Será que o Portocroft ainda poderá colocar este disco pedido?
Olá vat69;)

Jim Croce
I'll Have To Say I Love You In a Song
Written by - Jim Croce
From - I Got a Name

Well, I know it's kind of late
I hope I didn't wake you
But what I got to say can't wait
I know you'd understand
Ev'ry time I tried to tell you
The words just came out wrong
So I'll have to say I love you in a song

Yeah, I know it's kind of strange
But ev'ry time I'm near you
I just run out of things to say
I know you'd understand
Ev'ry time I tried to tell you
The words just came out wrong
So I'll have to say I love you in a song

Ev'ry time the time was right
All the words just came out wrong
So I'll have to say I love you in a song

Yeah, I know it's kind of late
I hope I didn't wake you
But there's something that I just got to say
I know you'd understand
Ev'ry time I tried to tell you
The words just came out wrong
So I'll have to say I love you in a song

Anónimo disse...

noiseformind

upsss. pensei que este post, embora envolto em sociologia era subliminarmente sobre sexo.
afinal era mesmo sobre igualdade e coisas assim bonitas...
:-)

sara cacao disse...

*Fui trazida ao acaso[?!] a esta discussão...*

Sou lésbica, bissexual, mas como vivo há uma série de anos com outra mulher, para muitos seria descabido a minha bissexualidade.

Não me prendo a orientações [sexuais], cada um é como é, e existe como todos sabemos uma décalage de cinzentos! Sem embargo, é bem verdade que homo e bissexuais são discriminados diariamente a nível social, institucional, legal, etc. Digo muitas vezes que nem eu nem a Rita nos sentimos descriminadas e que não vivemos em segredos, mas depois esquecemo-nos que se temos que fazer um seguro de saúde entre as duas, somo discriminadas. Não sei se me faço entender?... Nesse sentido torna-se então importante que me assuma publicamente como lésbica ou bissexual e fará todo o sentido enquanto ainda existirem mesquinhas discriminações na nossa sOciedade.

Da mesma forma falo em relação ao[s] feminimo[s], serão necessários enquanto as mulheres forem discriminadas seja a que nível for. Um anónimo disse uma vez, "story is HERstory too"!

sara cacao disse...

Perdão quis escrever "History is HERstory too"! :)

noiseformind disse...

Paula,
Eu pensava que tinha ficado claro que a minha visão é ainda mais radical. Ainda se aplica no mundo ocidental!!! Ou não fosse o rubbing ás mulheres no metro o passatempo dos moderníssimos e muito lógicos tipos da Sony (vulgarmente conhecidos por japoneses). Atenção, salvem-se as devidas distâncias, cortar com uma lámina enferrujada o clítoris a uma menina não é o mesmo crime do que mandar a filha tomar conta do maninho, mas a lista de crimes sucedem-se ; ))))))))))))))))

Anónimo disse...

Paula,

O que é fixo é o masculino e o feminino. A feminilidade e a masculinidade não são exclusivos do homem e da mulher.

Para mim, igualdade de direitos e deveres não significa direitos e deveres iguais para o homem e para a mulher. Fará sentido estabelecer o dever do serviço militar para as mulheres? (eu diria que nem para os homens)
Não penso que sejam necessariamente objectivos complementares.

Anónimo disse...

Noise,

Também não é preciso passarmos do 80 para 8...mesmo que a mero título
de reparo...

RAM disse...

Caríssima Paula,

O "dicionário" a que se refere Drenth é de 1991 (Kunst and Shutte).
Drenth é um sexólogo holandês, cuja primeira edição foi publicada em 2001, na Holanda.
Se são ficção ou não, desconheço. Todavia, não me parece descabido a necessidade sentida dentro do feminismo (que, concordo, não é sinónimo de lesbianismo) de encontrarem linguagens próprias que facultassem à mulher a expressão da sua dimensão erótica e afectiva em toda a sua plenitude e live dos espartilhos masculinos.

É a "busca da linguagem erótica enquanto afirmação política" e não a "linguagem per si" que pretendi realçar.

Até porque, e como bem disse, as palavras não são neutras; muito menos na dimensão erótico-afectiva do Ser Humano.
Diria até mais: a linguagem - NAS SUAS DIVERSAS FORMAS EXPRESSIVAS - não é de todo neutra no que concerne à dimensão erótica-afectiva do Ser Humano.

Só não percebi uma coisa, quando diz: "Afinal, quantos dos que aqui escrevem não são já "cotas" segundo a linguagem dos adolescentes actuais?!"
Está a chamar-me cota, adolescente, ou somente a apelar ao meu sentido de imginação? :))))

noiseformind disse...

Maralhal, tudo se resume a inverosimilharmos a frase de Oscar Wilde:

"Entre homens e mulheres não existe amizade possível. Pode existir paixão, inimizade, amor... mas nunca amizade"

Quando eu vir um grupo de pessoas a conversar sem ser divididos em género mas em interesse, torno-me crente ; ))))))))))

noiseformind disse...

E já que a lolaviola lamentou que a subliminariedade sexual não viesse À tona, cá está uma citação que é das minhas preferidas, e logo por esta senhora ; )))))))))


"There are very few jobs that actually require a penis or vagina. All other jobs should be open to everybody."
Florynce R. Kennedy, 1974

Anónimo disse...

pois, noisy noisy, tenho mais amigos homens do que mulheres. amigos, apenas amigos mas bons amigos. ;))))))))))

Anónimo disse...

Noise,

O Miguel Esteves Cardoso definia bem a amizade entre o homem e a mulher, com o factor SPAC (Saltar-lhe para a cueca)

noiseformind disse...

gonçalo,
Lá está. Homem amigo de mulher é sempre visto pela horda macha como supremo conquistador, gajo meloso que usa língua mole para se aproximar da presa. Mas não pá, eu sou muito fiel ás minhas 4 amigas que além de grandes amigas são umas filiais amantes. Por questões de tempo, seria impossível levar avante uma amizade para ambientes sexuais nesta fase... talvez se entretanto alguma me deixar... mas isso perturba-me, como é que uma mulher pode saber que o homem tem outras 3 e ficar com isso excitada e curiosa e um homem sabe que uma mulher tem outro e já treme todo ; ))))))))))))) são mistérios da mãe natureza. Mas o facto é que uma mulher levada À exaustão sexual durante 2 ou 3 dias não pensa em sexo e um homem tá a rastejar ao longo de um corrimão ao fim de dois trios sucessivos e já o orgasnismo está recarregado para fêmea passante... mistérios... mistérios...

(falei disto só para animar o espírito do pessoal em relação À esperança que aqui se fale de sexo ; )))))))))))))) )

Anónimo disse...

Não vejo por estas bandas nenhuma crise, as conversas continuam animadamente e como de costume já se está muito para além do tema lançado pelo Professor. parabéns a vocês que por cá militam

Zsazsa

Eu julgo-me feminista e isso complica em muito uma relação com um homem, especialmente passada a fase dita da sedução, em que aquelas cedências que ele fazia aparentemente de boa fé se revelam forçadas. Enfim, é mais complicado ter uma relação estável com um homem mantendo as afirmações de igualdade feminista e por vezes a solidão ou expectativas de fecundidade podem afectar as escolhas de muitas de nós. Ainda não afectou as minhas... mas a ver vamos não é como se costuma dizer?

Anónimo disse...

Noiseformind,

Não pretendia tirá-lo do “sério” ))))
O facto de ser mulher - mãe, irmã, etc. não implica qualquer demissão dos meus direitos/deveres cívicos (que o digam os autarcas do meu “burgo”, por exemplo). Penso que o nosso poder enquanto cidadãos, não se limita ao voto. E isso é independente de ser mulher.
Claro que tive a sorte de nascer por cá e não sofrer os horrores que as mulheres vivem no Irão e outros países afins. Penso que se tal acontecesse, tentaria fazer uma revolução – provavelmente acabaria morta precocemente, mas não baixaria os braços, de certeza. Por ora, apenas assino petições contra a forma como maltratam as mulheres nesses países. Mas não por estarem em causa os direitos das mulheres, mas sim a violação dos direitos mais elementares do ser humano.
Costumo pensar que somos todos cúmplices dos horrores contemporâneos.
Sou antes de mais um ser humano, do género feminino.

Saudações.
Débora

Anónimo disse...

A parte que me despertou mais a atenção, foi: "Tem de existir uma forma de exprimirmos a nossa raiva sem que ela seja interpretada como um ataque às nossas irmãs."
Como é que se pode fazê-lo? Muitas vezes não querendo magoar ou atacar ninguém, ao exprimir a raiva, isso vai acontecer. Mas, se não a exprimirmos, onde iremos cheios de raivas contidas?

Anónimo disse...

pois eu acho que se as senhoras querem ser feministas e culpadas, há que lhes dar oportunidade, não acha, senhor júlio machado vaz?
a cada um a sua preversãozinha favorita, certo?
e se os senhores aqui querem ser machistas ou feministas, por favor, estejam à vontade - não acreditam que a gente tenha assim tantas oportunidades de se vingar do clube do bolinha, pois não?
(eu acho que o senhor júlio machado vaz pôs aqui este post só para ver se a gente se tocava - e também porque continua a ser um invicto representante do sexo repressor)

Anónimo disse...

Dreamin' Again
Written by - Jim Croce

This one is to you Júlio

Don't you know I had a dream last night
That you were here with me
Lyin' by my side so soft and warm
And we talked a while
And shared a smile
And then we shared the dawn
But when I woke up
Oh, my dream it was gone

Don't you know I had a dream last night
And you were here with me
Lyin' by my side so soft and warm
And you said you'd thought it over
You said you were coming home
But when I woke up
Oh, my dream it was gone

I'm not the same
Can you blame me
Is it hard to understand
I can't forget
You can't change me
I am not that kind of man

Don't you know I had a dream last night
And ev'rything was still
And you were by my side so soft and warm
And I dreamed that we were lovers
In the lemon scented rain
But when I woke up
Oh, I found that again, I had been
Dreamin', dreamin' again
I had been dreamin', dreamin' again

Can you put this song too in your lovely and beautiful list of songs
Portocroft and JMV Please??!!



Dreamer trying to go to sleep

RAM disse...

Caríssima Paula,

Eu percebi que estava a apelar a meu sentido de imaginação e não a acusar de ser um efebo imberbe!

joaninha disse...

Caro Dr. Júlio Machado Vaz, adoro a forma hábil como apresenta excertos de textos, para lançar a “fúria” de opinião aos habitues do seu Blog, com comentários que nem sempre são muito convincentes, porque na maior parte dos casos, existem críticas veladas, opiniões pouco esmiuçadas, que nem se aprende nada se o Caro Dr. Machado Vaz não vier dissecar o tema, para que não fiquemos todos na mesma…
Ora o assunto de hoje, é realmente muito interessante, mas creio que quem está fora do contexto, não vai entender “patavina”… Ser lésbica, penso, nada tem a ver com políticas, sejam quais forem, pois que ninguém escolhe, mas sim, segue o que o seu Ser comanda…ser heterossexual, também não é condição política, é ser como a Natureza lhe proporcionou ser, sem que todos os caminhos do desenvolvimento tivessem contribuído para ser diferente… Contudo, quaisquer dos casos permitem, que quem esteja dentro deles, possa politicamente fazer papéis muito contributivos para a sociedade onde se integra. Será que estou vendo?.... Contudo, se tomarmos posições ortodoxas, menosprezando os valores, quer de lésbicas, quer de homossexuais ou de bissexuais, podemos estar a cometer erros diversos e também de cariz político. “Lacunas” genéticas podem ser cúmplices de quaisquer das situações de homossexualidade, lesbianismo ou bissexualidade, bem como “erros” de desenvolvimento (educação, formação, ambiente, integração em “in groups” diferentes – um sem número de situações), que me parece que poderão ser explorados com conotações negativas de forma a criar clãs de “desiguais” para os descriminar. Estarei errada?

Anónimo disse...

Bom dia maralhal. Bom dia.

TSUP, de certeza que já ouviste falar de contra-fogo.

Anónimo disse...

Bom Dia Caro Prof JMV e restantes comentadores:


Fiquei extremamente desapontada com o comportamento do seu amigo Portocroft aqui no Murcon.
É um caso para reflexão:
estaria ele com os copos?
De facto têm passado aqui "pessoas" com comportamentos bem estranhos como o caso da Amok-she, CrazyJo, Circe, etc. mas do Portocroft não esperava este tipo de insulto, comportamento e provocação.
É um caso para análise.
Ele que parecia sério, ele que bloqueou a entrada aos anônimos no seu blog, e afinal faz-se passar por anónimo e goza e insulta o pessoal aqui do Murcon.
Eu que até pensava que ele se dava com o Peter noisy.
As pessoas enganam, são falsas ou terá sido um sinal de que ele sofre de algum distúrbio mental grave.
Dupla personalidade?
Não sei.
Mas fiquei desiludida.


Portocroft, ou pedes desculpa aqui à Andorinha, Noisy, Ram, e restantes comentadores simpáticos (maralhal) ou então nunca mais esquecerás o que se passou porque foste insolente e acabaste por perder a confiança que o maralhal depositava em ti inclusivamente a do teu amigo e ídolo JMV.

O que disseste a uma senhora como a Andorinha não se faz.
Andorinha,

Pela última vez me vou dirigir a ti, pessoalmemte.

És apenas, no vocabulário pagão: Uma pega. Queres que explique isto a uma audiência, potencial, duns milhões? Se não, continua a dar aulas de Inglês e faz o teu melhor.


Será este um ambiente de confiança?
Continuo na dúvida.

Anónimo disse...

Coisas do espirito todos temos
Capgras... Capgras...

RAM disse...

Caríssima Bluebird,

Esse assunto foi chão que deu uvas.
Vamos seguir em frente.
Quem de direito já se pronunciou sobre o assunto: o Grande Chefe Índio - ADIANTE!!!!! (É que é já a seguir....), a Andorinha e o próprio Noisy.
Quanto a mim, não me deixo enredar em "fait-divers". Registo-os, mas, como dizia Nietzsche, "Levantar os espinhos com problemas menores é uma sensatez de ouriço".
Ouriço não sou... pelo menos da última vez que verifiquei :))))))))))))
Ou se preferir: não me afecta quem quer, mas quem eu deixo! ;)
Fique bem!

Anónimo disse...

Ó Sr Noiseforming leio sempre o que escreve e acho-lhe graça. Às vezes, até confundo a sua escrita com a do Dr Machado vaz. Por curiosidade, o senhor também trabalha na área da sexologia?


Laura

noiseformind disse...

Maralhenses,

Bom dia e... DELICIEM-SE!!!

Laura, acabas de me fazer o maior elogio que alguém me poderia fazer logo a seguir à Scarlett Jonhanson aparecer-me à porta de casa nua. Eu, confundir-me com o Éme???????????????????? Nem por sombras... limito-me a alinhavar umas ideias sobre o tema que se maralha naquele momento. Mas de alinhavar até fazer das palavras aqueles fatos requintados que o Boss faz? ;)))))))) seja satisfeita a tua curiosidade, sim a sexualidade é o meu ganha-pão, normalmente à custa de casais em fase de pré-divórcio, se bem que como já referi por estas bandas, o que gosto mais de fazer é investigação da sexualidade, sujar as mãos no trabalho de campo por assim dizer ; ))))))))))

Anónimo disse...

Caro Ram

Só hoje li os registos dos dias anteriores (acabo de regressar de férias) e fiquei chocada.
Não consegui guardar para mim.
E fiquei não só desiludida como também preocupada.

Mas adiante então ;)
E um bom Verão

RAM disse...

Noisy,

Male and female represent the two sides of the great radical dualism. But in fact they are perpetually passing into one another. Fluid hardens to solid, solid rushes to fluid. There is no wholly masculine man, no purely feminine woman.

Margaret Fuller (1810 - 1850), Woman in the Nineteenth Century

Anónimo disse...

Caro JMV

I'll Have To Say I Love You In a Song

;)
Adorei

Hi vat69

Thanks :))

noiseformind disse...

Ram,
Lá está, essa senhora está a juntar-se ao Oscar Wilde. Quando e se alguma vez "homem" e "mulher" deixarem de ser conceitos de género aí sim teremos paz. Trata-se aqui de o homem libertar-se da escravidão do prazer que Camille Paglia refere e das mulheres libertarem-se da escravidão das regras auto-impostas de auto-negação. Nesse aspecto o comunismo era um negócio muito melhor para as mulheres, pelo menos até À Segunda Guerra Mundial ; ))))))))))) Homens e mulheres têm aptidões funcionais iguais e assim devem ser instruídos desde tenra idade. Por exemplo a informática: conceitos machistas de preconceitos sobre as mulheres e os computadores norteiam professores por todo o mundo a estimular e incentivar mais os rapazes a mexerem em computadores, e esse é o preconceito mais silencioso, o preconceito que não é expresso na negação da alternativa mas que a minora e enclausura na remota possibilidade ; )))))))))))) penso que é uma questão educacional, criar homens com maior envolvente emocional e mulheres com maior afirmação da sua personalidade e criatividade. Os estudos de Rosenthal e outros demonstraram que a partir do momento em que um professor classifica um aluno como notável as notas tendem a subir, pois o ambiente deixa de ser hostil pois é esperado desempenho positivo. Esperar desempenho positivo das raparigas em sectores como a tecnologia e outros é minar a ideia estupidamente consagrada de que duas pessoas que vão basicamente mijar precisam de casas de banho separadas por género loool loool loooool

E já agora, pq não debatemos esta coisa das casas de banho para Homens e Senhoras (e neste Homens e Senhoras, pq não falar do cavalheirismo como forma de perpetuar o machismo) ; )))))))))))))))))))))

Bluebird,

Como já disse aqui na altura que aquela miúda desapareceu da nossa companhia, a Elsa que trazia sempre poesias e assim, gostava de reafirmar que para mim fazemos todos falta. Para ser sincero chateia-me muito mais um anónimo que não se assume do que um que o faz. E como já disse não guardo rancor nenhum ao Porty, nem ninguém. Aliás, podíamos fazer um DIA CATÁRSICO e todos falarmos durante 24 horas como anónimos ; )))))))) é só uma ideia loooooooool loooooooool loooooooooool loooooooooool

Anónimo disse...

BOM-doso Noisie
Eu já alinhei

Anónimo disse...

Yullie,
Eu também,
loooooooooooool looooooooooooooooooooool looooooooooooooooooooooool looooooooooooooooooooooooool loooooooooooooooooool

Anónimo disse...

Noisy

Eu também não sou de guardar rancor, mas sei quando devo pedir desculpa se o meu comportamento o justificar.
É o mínimo, não achas?
"See" you later
:))

RAM disse...

Bluebird,

"For most of history, Anonymous was a woman."
Virginia Woolf

:))))))))))

RAM disse...

Caríssimo Noisy,

"Homens e mulheres têm aptidões funcionais iguais e assim devem ser instruídos desde tenra idade."
Está a plagiar Platão:
"If women are expected to do the same work as men, we must teach them the same things."

RAM disse...

Caro Noisy,

Não considero que o cavalheirismo seja uma forma de perpetuar o machismo.
O "cavalheirismo" é um sinal de nobreza no trato social (questões monárquicas à parte, que eu sou republicano :)).
O "cavalheirismo" está patente não só na atitude do homem que cede passagem a uma mulher (sem os atributos da Yulunga ontem :))))), mas também no modo como se relaciona com os elementos do sexo masculino, primando pela fineza dos gestos tipicos dos grandes homens.

Em síntese, proponho o seguinte neologismo, a bem da paz inter-géneros: "cavalheira".

Anónimo disse...

ram

"The interest in life does not lie in what people do, nor even in their relations to each other, but largely in the power to communicate with a third party, antagonistic, enigmatic, yet perhaps persuadable, which one may call life in general."
Virginia Woolf


"People love others not for who they are but for how they make them feel"
Irwin Federman



:)))))))))))))))))))))

Maite disse...

O cavalheirismo como um código de etiqueta que se caracteriza basicamente pela cortesia, lealdade, generosidade, valentia, boa educação, fino trato e que é a antítese da "rusticidade". (isto escrevi eu num post aqui em Junho). Mas parece que hoje em dia valoriza-se mais o oposto. Está na moda ser-se mal educado, deselegante, etc. Mas acredito que dando o exemplo é a melhor forma de modificar este estado de coisas.
E concordo que o cavalheirismo deve ser um código a ser seguido por ambos os géneros (masculino e feminino).

andorinha disse...

Olá!
Ram (10.43)
Totalmente de acordo - não me afecta quem quer, mas quem eu deixo!:)

ram(12.34)
O cavalheirismo poderá ou não estar associado ao machismo, pode ser uma forma de machismo "encapotada".:)
Atenção que o machismo tem vários rostos e não apenas um.

noiseformind disse...

Ram,
Não estou nada a plagiar Platão, então foi ele que começou com esta teoria dos rapazes serem "animais selvagens" e eu ia plagiar o patriarca do inimigo? ; ))))))))))

Quanto ao cavalheirismo, é como a SIDA, ou se tem ou não se tem e quem tem vive com isso. Mas gostei da ideia da Maite que deva sre aplicado tanto a homens como mulheres. Nunca mais me sento sem uma femme me puxar a cadeira ; )))))))))))

andorinha disse...

Noise,
Por mim, bem ficas de pé.:)))))))

Anónimo disse...

Noiseformind,

Cá venho eu pela calada da noite e provavelmente já não vai ler este comentário, ainda que descontextualizado do tema do dia::
"Os estudos de Rosenthal e outros demonstraram que a partir do momento em que um professor classifica um aluno como notável as notas tendem a subir, pois o ambiente deixa de ser hostil pois é esperado desempenho positivo."

Motivar é fundamental, concordo, mas tenho algum receio das expectativas demadiado elevadas - se não forem alcançadas, no limite, podem levar ao suicídio.
Sob pena de estar a dizer um grande disparate, expressei-me!

Saudações
Débora

noiseformind disse...

Débora said:

"Motivar é fundamental, concordo, mas tenho algum receio das expectativas demadiado elevadas - se não forem alcançadas, no limite, podem levar ao suicídio.
Sob pena de estar a dizer um grande disparate, expressei-me!"

All of the children in the study were administered a nonverbal test of intelligence, which was disguised as a test that would predict intellectual "blooming." The test was labeled "The Harvard Test of Inflected Acquisition." There were 18 classrooms in the school, three at each of the six grade levels. Within each grade level, the three classrooms were composed of children with above-average ability, average ability, and below-average ability, respectively. Within each of the 18 classrooms, approximately 20% of the children were chosen at random to form the experimental group. The teachers of these children were told that their scores on the "Test of Inflected Acquisition" indicated they would show surprising gains in intellectual competence during the next 8 months of school. The only difference between the experimental group and the control group children, then, was in the minds of the teachers.
At the end of the school year, 8 months later, all the children were retested with the same test of intelligence. Overall, the children from whom the teachers had been led to expect greater intellectual gain showed a significantly greater gain than did the children of the control group, thereby supporting the "Pygmalion" hypothesis2 (Rosenthal & Jacobson, 1968).

Como pode reparar Débora, não se trata aqui de sufocar as crianças, mas de estimulá-las, e isso foi confirmado nos últimos 30 anos. Professores e pais que desmoralizam as crianças incutem-lhes culturas losers. O estímulo verbal e a aprovação e tolerância ao erro são fundamentais para não termos crianças hiperbolizadas educativamente mas fragilizadas emocionalmente ; )))))))))