quinta-feira, julho 21, 2005

Rendido ao fracasso:).

O post do Noise provocou o sobressalto das "little grey cells" e a azáfama dos dedos nas estantes, mas o resultado foi um enorme fracasso - não encontrei a referência:(. Lembro-me de ler um trabalho sobre a taxa de suicídio e os problemas de adaptação de adolescentes, filhos de diplomatas japoneses nos países ocidentais, que regressavam ao Japão e ao seu sistema de ensino. Educados numa sociedade ferozmente individualista, viam-se em palpos de aranha para se adaptarem à abordagem nipónica, que privilegiava o trabalho colectivo e "punia" as tentativas de sobressair. No paleio da minha profissão, diz-se que passaram de uma cultura que promove o ego individual para outra que incensa o ego grupal. E assim acrescentamos - a reboque da pista luxemburguesa deixada pelo Noise:) - outra variável à conversa: a abordagem transcultural.

67 comentários:

. disse...

A "consciência da transculturalidade" vem apenas sublinhar o quão redutora é a nossa inevitável tendência para a generalização. De facto, o que é bom para mim pode não ser bom para ti. E ainda bem! :) Porque é que, apesar de tão simples/óbvio, é tão estranho/complicado, mais do que aceitar, entranhar isso?

Anónimo disse...

Ai o Japão! Ficava aqui horas a defender essa cultura tão nobre.
Dr. Murcon são individualistas sim, como pessoas isoladas. No que respeita ao trabalho, não.


Transculturas
Multiculturas
"Varioculturas"

Culturas, culturas, culturas...

E se no nosso país a Cultura ainda é um luxo não acessivel a todos, então que pelo menos partilhemos culturas

Anónimo disse...

Na transculturalidade há que contar com os Gabriel+o primo+a tia+avô+filho:
(...)
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre Mas eu num chego a ser pobre eu sou podre! Um fracassado Mas não fui eu que fracassei Porque eu num pude tentar Então que culpa eu terei Quando eu me revoltar quebrar queimar matar Não tenho nada a perder Meu dia vai chegar Será que vai chegar? (...)

lobices disse...

...mas a transculturalidade é o futuro; será isso um fracasso da Sociedade actual?...
...ou, pelo contrário, poderá vir a ser um sucesso?...

Maite disse...

Boa tarde Professor e Maralhal

Entre uma sociedade balizada pela competitividade desenfreada e pelo imperioso sucesso individual a qualquer custo ou uma sociedade igualmente balizada pela competitividade desenfreada mas pelo imperioso sucesso colectivo (ou diria de carneirinhos amestrados) vá o diabo e escolha.
Na primeira ganha o indivíduo sobre os seus pares, na segunda ganha uma entidade colectiva quase abstracta mas omnipresente que tenta e consegue vaporizar qualquer tentativa de a personalidade e capacidades de um indivíduo sobressairem no meio do conjunto. Passar de uma para outra é, no mínimo, um choque brutal para o equilibrio emocional de qualquer indivíduo.

Julio Machado Vaz disse...

Zero,
Não é incompatível, o artigo falava não de exames finais mas do "metabolismo basal" dos liceus. Recordo, por exemplo, que os "estrangeirados" não percebiam por que tinham de varrer corredores:).

Portocroft,
Tudo bem, mate?

Tão só, um Pai disse...

Hoje, a globalização encarrega-se de promover os choques culturais e sociais necessários à "reestruturação" e "competitividade" das economias, tendo como paradigmas as práticas estado-unidenses, as economias de mercado asiáticas e a China.

O nosso tão querido "Estado Social" irá, mais tarde ou mais cedo, sucumbir, por "falta de verba".

Cada vez mais nos apercebemos de acções e movimentos de "outsourcing" para países asiáticos.

Como expoente máximo desse movimento, refiro uma notícia publicada há algum tempo, dando conta da intenção (não sei se realizada) das autoridades britânicas, em procederem ao "outsourcing" da correcção de testes de inglês, para a Índia.

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Tudo bem.;)

Eles andam aí. Já sabe. Nos últimos dias a polícia tem tido uma actividade intensa aqui. Ontem já o tinha referido, perto de casa, uns 300 / 400 metros talvez, houve uma ameaça de bomba. No dia anterior, já tinham havido duas, a uns 3 quilómetros de casa e outra a uns 500 metros do trabalho. Hoje...

Estamos em Guerra. E não me parece que a comunidade muçulmana se vá sair bem disto. A revolta é muita, por aqui.

Julio Machado Vaz disse...

Portocroft,
Óptimo:).

Tão só um Pai,

Também li isso:).

PortoCroft disse...

Tão só, um pai,

Essa dos testes de Inglês, julgo que se não vai concretizar. Mas, por exemplo, quase todos os bancos e agências financeiras, fora dos horários de expediente, usam o "outsource" na India para o serviço de clientes. O que é um absurdo e nem sei se legal, em termos de UE, dado o acesso a dados de cidadãos europeus fora do continente.

Anónimo disse...

Portocroft
Não tens nem um dói-dói para eu dar um beijinho?
Ainda dizem que o Bin é eficiente.

Ainda bem que está tudo ok.
Até jáááááááááá

Anónimo disse...

Portocroft,

Fico satisfeito por saber que, uma vez mais, está tudo bem consigo.

Tem razão quando diz que estamos em guerra, e o problema é que parece que a Europa ainda não sabe ou não quer admitir. Penso que é justamente a enorme comunidade muçulmana que existe em Londres que aumenta a probabilidade de um atentado terrorista, por facilitar a instalação das "células adormecidas" da Alkaeda.

PortoCroft disse...

Yulunga,

Essa frase merece uma reflexão aprofundada, por parte do Prof. ;)

gonçalo,

Obrigado.

O Blair tem andado com reuniões atrás de reuniões com os líderes das várias comunidades muçulmanas, tudo acompanhado com declarações de todos os intervenientes, destinadas a conter a situação mas, a revolta, podem crer, vem aí. E vão acabar por ser os justos a pagar pelos pecadores.

Os incidentes de hoje são, segundo dizem, menos graves. Mas, Oval é uma estação que serve a comunidade portuguesa. Veremos se nenhum foi apanhado nisto.

Tão só, um Pai disse...

Porto,

Estás a referir os "call center", serviços de atendimento telefónico.

No entanto, este tipo de serviços "outsourced" já constituirão, apenas, uma milésima do que está a acontecer noutras áreas, principalmente no que se refere ao desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação (vulgo ... informática), bem como ao processamento de operações bancárias (back-office).


Mais tarde ou mais cedo, os bancos portugueses irão recorrer, também, a este expediente de competitividade. Vêm aí mais desempregados de longa duração, bem como aquilo a que eu designo por "desemprego estrutural oculto", com licenciados e doutorados a venderem roupa em prontos-a-vestir de marca e, na prática, sem quaisquer direitos sociais.

No que respeita ao problema da privacidade e da protecção dos dados pessoais, isso é facilmente assegurado, na maioria das legislações nacionais, por um conjunto de instrumentos juridicos, exceptuando alguns países cujas autoridades o proibem expressamente. Mas, mesmo estes últimos, mais tarde ou mais cedo sucumbirão á necessidade de introduzir uma maior competitividade nos serviços financeiros.

Nesta cultura emergente, não é necessário ser-se vidente para nos apercebermos em que sentido evoluirão os actuais e conhecidos valores sociais, já de si precarizados.

Se é certo que semelhantes transformações terão ocorrido em mais países nos últimos 20 anos, essas experiências não poderão ser reproduzidas por nós com sucesso, uma vez que que as condições de partida e históricas são totalmente diferentes.

A história concede-nos, em determinados momentos, janelas de oportunidade. Por várias vezes não soubemos capitalizar as nossas. Resta-nos olhar para o futuro, e preparar-nos para a próxima janela, quando surgir.

Anónimo disse...

À abordagem transcultural podemos acrescentar ainda a influência do regime político na ideia de sucesso. Refiro o exemplo dos poderes políticos comunistas, de inspiração marxista-leninista, em especial a antiga União Soviética. Pode-se falar aqui em paradigma de sucesso? Será que podemos entender por sucesso a ausência de opressão entre classes, na linha utópica marxista? Ou o único sucesso visível não é mais do que o alcançado pela implementação e conservação de um regime político que usou a ideologia para capturar o poder?

PortoCroft disse...

Tão só, um pai,

Exacto. Mas, segundo julgo saber, o trânsito de dados sobre cidadãos europeus, só é permitido após consentimento expresso dos mesmos. O que não se verifica aqui.

Se alguém souber, sobre isto, como estamos em termos de directivas europeias, pronuncie-se.

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Estava aqui a pensar sobre os problemas de adaptação que nós próprios, portugueses a residir no estrangeiro, em países com o mesmo sistema político, de mercado e civilizacional, temos quando procuramos regressar definitivamente ao país.

O mundo anda a várias velocidades. Não é apenas a Europa.;)

Anónimo disse...

Portugal está a ser alvo de ataque terrorista, mas por parte dos EUA!
Ah, pois.
Uma pindérica duma americana está a tentar que seja revisto o Nobel de Egas Moniz e que este seja anulado.
Isto é terrorismo!

Tão só, um Pai disse...

E no Japão, valores como os do "emprego para a vida" tudo "em nome da camisola", ou seja, a lealdade suprema, é chão que já vai rareando.

Tão só, um Pai disse...

Yul,
Desde quando é que se anula um Nobel?
Que ela reveja e reinterprete os resultados científicos, é uma coisa, agora retirar um Nobel, não vejo como.
Por outro lado, porque haveria ela de vir chatear o Egas Moniz? Por nós sermos pequenos e quase indefesos?

Anónimo disse...

TSUP
Foi a moticia que li no jornal hoje de manhã.
Aguardemos a resposta do Comité que está a ser posto em causa.

andorinha disse...

Olá de novo!

Júlio,
O título do post é engraçado.
Deixe lá - um fracasso de vez em quando faz sobressair ainda mais os mui e variados sucessos.:)

Coloco as mesmas questões que o Lobices.

Como já foi referido pela Maite, entre uma cultura que promove o ego individual e outra que incensa o ego grupal venha o diabo e escolha.
Eu confesso que apesar de tudo, prefiro viver na primeira.
Viver numa sociedade que privilegia o "carneirismo" não deve ser nada estimulante.
Mas lá está - se calhar digo isto por viver aqui; se vivesse no Japão provavelmente pensaria e agiria em função do pensamento dominante, quero dizer, acharia "normal" viver em função do grupo.
Ainda bem que não tenho os olhos em bico.:)))))
Confesso que uma certa competitividade me faz falta.

Yulunga,
Não me respondeste.:(

Anónimo disse...

Andorinha
Habitualmente acordo sempre assim.
Sei lá a receita. Talvez nunca dar ao infortunio o prazer de nos ver mal.
Até amanhã maralhal.

andorinha disse...

Yulunga,
Se te chateias, deixo de te fazer perguntas.:)
Quando falei em "receita" estava a brincar e a dar-te os parabéns por seres assim.
Foi a minha forma de te dar um bom dia sorridente.

Até amanhã.:)

Anónimo disse...

Andorinha ainda voltei.
Vou-te dizer.
Talvez por não aceitar a morte de ânimo leve. Mais que o envelhecimento fisico tenho muito medo do envelhecimento mental. Ao adoptar na vida, a maioria das vezes, uma postura infantil, irreverente, inconveniente é como se estivesse a estagnar o envelhecimento e a "adiar" a morte.
Talvez seja isto, não faço ideia.
Mas a boa disposição dá-me uma sensação de felicidade.
E por mim podes perguntar tudo. Não te garanto é que responda a tudo.
E pronto!
Até amanhã

Anónimo disse...

“Geralmente os Invertidos costumam ser muito teimosos, como que para darem uma de Machos. Por isso, a Ota é para construir, mesmo que para isso se corra com o Ministro das Finanças” – Quitéria Barbuda in “A Teimosia dos ‘Alegres’ “, revista “Espírito”, nº 11, 2005.

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

Caro prof,

aceite Este fracasso... mas não se renda AO fracasso! ;)

Pamina disse...

Boa tarde JMV e maralhal,

Gostaria de acrescentar um ponto que ainda não foi focado: o género como condicionante do sucesso escolar (e posterior estatuto sócio-profissional) em jovens emigrantes de 2ª geração. Estou-me a referir ao que se verifica na Holanda, onde o sucesso escolar é mais elevado entre as jovens de origem árabe (Turquia e Marrocos) do que entre os indivíduos do sexo masculino.
Consequentemente, muitas destas jovens mulheres conseguem ocupar postos de trabalho em sectores que à partida lhes pareceriam vedados, nomeadamente na função pública, tendo um grande número delas obtido já o estatuto de "trabalhadores de colarinho branco". O mesmo não se verifica entre os homens.
Seria interessante estudar se algo semelhante acontece em Portugal, por ex., entre as/os jovens originários das ex-colónias e quais as razões desta diferença, caso ela se verifique.

Deixo a referência de um estudo efectuado na Universidade de Amesterdão(UvA): Een ander succes-De keuzes van Marokkaanse meisjes (Cap.3, pags.29 e seguintes).

Não ponho link, pois o texto é holandês e portanto interessará a poucos, mas indico o site:
www.siswo.uva.nl/pdf1/eenandersucces.pdf

noiseformind disse...

Éme,

as maravilhas do nosso tempo são realmente incontáveis e devemos dar louvor por elas a Alá, e entre elas incluem-se as empregadas internas, sempre dispostas a irem buscar um livro para nós à prateleiras, estejemos a quantas centenas de km estejemos da prateleira onde eles estão.

Criando Caim está traduzido pela Ambar na colecção "as Mãos e os Frutos" e foi colocado à venda em 2000 com tiragem de 3000 exemplares.

Como referi, de Reviving Ophelia só conheco a edição americanesa e é para mim um documento muito mais interessante, se bem que de leitura muito mais difícil (Raising Cain apresenta sucintamente centenas de casos nas suas linhas gerais, tornando-o muito mais empolgantes e o seu conteudo terapeutico mais imediato como retrato social nítido)

Falas no suicídio juvenil japonês, e é um caso dissecado até à medula, mas outros casos começam a extravasar, como os suicídios no Irão ou na India, estes últimos suficientemente graves para existir um Plano de Prevenção Nacional no Ministério da Educação.

Claro que, maralhos amigos, em Portugal não corremos NENHUM risco de este tipo de suicídio constituir causa significativa de morte na nossa população juvenil, nem sequer marginal ; )))))))))))))))


Mas já que focaste o caso japonês, tinha aqui um estudo delicioso com o qual me cruzei já em John Hopkins, mas que não conservo na minha posse, mas que felizmente se encontra online. Trata-se de um estudo que, quer pela duração, quer pela abordagem altamente sofisticada de tecnicas mostrou que a previsão de formas de suicídio de Durkheim na sociedade europeia se aplicava à sociedade japonesa e a outras sociedades asiáticas. O que para mim é muito importante, pois muitas vezes os estudos fazem-se baseados em preconceitos regionalistas que depois invalidam a sua prossecução em ambientes exógenos à realidade para a qual os protocolos foram formatados.

Enquanto que em Portugal a violência doméstica, por exemplo, é vista como algo entre marido e mulher, e portanto muita dela ´encapotada e mantida longe das estatísticas, no Luxemburgo a comunidade portuguesa rebenta todas as tabelas levando a políticas de proximidade de grupos de apoio, ONG's, etc, pois a lei obriga a denúncia automática e afastamento automático do agressor. O que não só aumenta as denúncias mas tb leva a que existam mais casos de homícidio da mulher agredida, pois muitas delas estão longe dos pais, ponto de fuga comum em Portugal para momentos mais dramáticos. Aliás, em TODOS os centros de apoio a vítimas luxemburgueses as portuguesas são a PRIMEIRA nacionalidade. Ou seja, em comunidades muito pequenas muitas vezes conseguimos olhar para a nossa própria comunidade de uma forma que na big picture portuguesa não temos hipótese de constatar por falta de interesse na recolha de dados ou leis adequadas de encaminhamento dos casos e protecção ás vítimas. O quer me trás a outra questão, além da transculturalidade: as comunidades emigrantes são centros de teste acelarados (por constante confronto com uma realidade externa) ao nível de relacionamentos sociais? A questão tem sido respondida por várias investigadoras francesas e canadianas de origem portuguesa e o seu trabalho merece-me cada vez mais credibilidade. Em confronto com uma comunidade externa dominante uma comunidade nacional concentra-se no "típico" e no "regional", numa origem mítica que também vai beber aos mitos sociais, reproduzindo-os de forma muito mais férrea, veja-se as filhas de emigrantes portugueses em França que apresentam uma desvalorização de ter ensino superior muito acima dos próprios resultados nacionais



Adenda - o que fizeram lá na terra do Porty desta vez foi trabalho amador, mas os danos psíquicos são muito mais importantes de salientar, a "ideia" de que qq pessoa pode ser atacada em qq sítio. Nem é preciso matar, basta ficar apenas a "ideia" de que poderia ter sido uma grande bomba, ou um ataque químico, ou então... ou então...
Por isso é que sempre gostei de manifestações, mesmo as mais violentas centralizam-se entre os descontentes e pessoas pagas para enfrentar o seu descontentamento. O tal "ego plural" faz com que muita gente prefira apoiar pela calada estes ataques mostrando-se um "bom cidadão" e perfeitamente "integrado" na nossa sociedade. Já não vamos para as ruas gritar pelo que defendemos como certo. Metemos um bomba num comboio e reinvidicamos o atentado, o egoísmo tb a funcionar na exibição de descontentamento. Os terroristas de uns são secretamente os mártires de outros, mas a "ordem" geral é perturbada ao mínimo, não há apoiantes visíveis e nesse desconhecimento da dimensão do apoio a sociedade treme. Continuo a afirmar que enquanto as forças estrangeiras que controlam as torneiras do petróleo do mundo não sairem do Iraque nada irá abrandar nesta frente. Resta-nos a investigação de formas alternativas de energia para reduzir essa região ao que foi desde sempre antes de ser inquinado pela sua importÂncia energética e importÂncia no tabuleiro internacional: o "jardim de almas livres beduínas" como Al Xiir o descreveu.

Anónimo disse...

O caso nipónico é extremo, disso não haja dúvidas. Estive lá há uns anos e atravessei uma rua com sinal vermelho e cairam-me 3 polícias em cima, senti-me uma criminosa internacional com tanta ameaça de prisão. Mas é porque pareço asiática, quando viram que era portuguesa mudaram completamente de atitude, parecia que lhes tinham dado qualquer coisa a inalar e ficaram todos bem-dispostos. Japonesices, japonesices é o que é.

Anónimo disse...

Globalização = fim da transcultura

E tudo sob a égide do neo-liberalismo económico...!

Anónimo disse...

Zsazsa 8:30 PM

"O caso nipónico é extremo, disso não haja dúvidas. Estive lá há uns anos e atravessei uma rua com sinal vermelho e cairam-me 3 polícias em cima, senti-me uma criminosa internacional com tanta ameaça de prisão."

Ainda há 3 anos atrás, aconteceu-me algo de muito semelhante na Alemanha (Frankfurt). Só que a atitude mais ou menos firme dos polícias não se desvaneceu ao saberem que eu era português...

Começaram por me perguntar se eu era italiano e eu disse-lhes que não. Depois perguntaram-me se eu era espanhol e eu disse-lhes novamente que não. Comecei a ficar "chateado" por eles não se lembrarem que eu até poderia ser português. Só que Portugal não é lá muito conhecido / lembrado ali por aquelas bandas. "Provocatoriamente", disse-lhes então para estarem descansados pois eu não era turco... e, por fim, lá acabei por lhes dizer que Portugal também é uma país europeu e que eu era português.

Mais importante que tudo isto, sempre acabei por me safar com um pedido de "entschuldigungs" da minha parte.

Como disse lá atrás, a atitude de firmeza dos polícias manteve-se. Portanto, apesar dos esforços de se globalizar tudo e todos, a atitude dos polícias japoneses continua a ser diferente da dos alemães. Pelo menos, face a um português que transgride ao atravessar uma rua...

Bruno Inglês disse...

Boa noite a todos, hoje estou preplexo e aterrorizado com uma notícia que televisualizei à coisa de 30 minutos...

Parece que um certo deputado Norte-Americano concebe a possibilidade de bombardear alvos de culto muçulmanos (ex.MECA), como retaliação a futuros atentados terroristas...

Estou absolutamente sem palavras e só me apetece dar cabeçadas na parede... se ao menos pudesse usar a cabeça desse senhor.

Anónimo disse...

É a massificação! Que conduz facilmente ao conformismo. É a normalidade.(ooops! a palavra 'normal' está proibida... pelo menos no programa televisivo!):) Não que por cá alguns professores não o pratiquem: É fácil, é prático e não dá trabalho!(como mãe interessada o atesto). Que trabalho não daria ter em consideração as características de cada aluno?!Chapa nr.2... e toca a andar. Cumprimentos, estimado Professor. Foi grande a felicidade quando encontrei o blog de alguém que há tantos anos tanto admiro.:))

Anónimo disse...

"... filhos de diplomatas japoneses nos países ocidentais, que regressavam ao Japão e ao seu sistema de ensino. Educados numa sociedade ferozmente individualista, viam-se em palpos de aranha para se adaptarem à abordagem nipónica, que privilegiava o trabalho colectivo e "punia" as tentativas de sobressair."

Professor, hoje em dia os filhos dos japoneses "espatriados" já não precisam dessa adaptação. Lá, como cá, impera a ditadura do EBIT...!

Anónimo disse...

Picada ao Noiseformind,

afinal em que área trabalha? É que vejo-o quase como especialista de tudo o que seja falado por estas bandas. Faz buscas na Net dos assuntos? acompanha as temáticas realmente? lida com várias áreas da psicologia? Não o estou a denegrir, apenas curiosa pq a sua teoria parace mais de sociólogo, a que diz que os investigadores que analisam as nossas comunidades estão de facto a olhar para uma comunidade portuguesa 'mítica'? Mas a nossa comunidade portuguesa não emigrou em todos os seus estratos para o estrangeiro, normalmente eram pessoas de classe baixa portanto, só estou a pôr a hipótese, não representarão os comportamentos dessa classe baixa? Que terá valores mais acentuados dessas características que refere? Ou existem formas de correlacionar esses estudos com a realidade e estratificação portuguesas? Ou não estou a fazer nenhum sentido? E já agora, como é que consegue meter os textos a mandarem para outras páginas?

Julio Machado Vaz disse...

Fora-da-lei,
Veja-se o filme da filha do Coppola:).

Julio Machado Vaz disse...

Zsa,
Um dia eu deitei um papel para o chão na Suíca e quase fui deportado:).

Anónimo disse...

Julio Machado Vaz 11:54 PM

Refere-se a "Lost in Translation" ?

Elisa disse...

Oh Júlio... a filha do Coppola?? :-( A menina tem vida própria e é uma excelente realizadora independentemente do pai que tem (que por acaso é fabuloso) e chama-se Sophia Coppola. Ser a filha de neste contexto é quase tão mau que ser a mulher de... risos. Eu sei que não era essa a sua intenção mas a minha costela feminista doeu-me logo ;-).
Referia-se a Lost in Translation seguramente fora-da-lei. Mas atendendo a outros comentários... também podia estar a referir-se ao magnifico 'Virgens Suícidas' da mesma senhora.
Boa noite.

RAM disse...

Relia Morin e fui confrontado com esta passagem que transcrevo, e que penso vem de encontro à importância das tábuas de valores -inerentemente societárias - e o sucesso/fracasso/felicidade.
Diz ele:

"Somos diversamente dominados por um triplo princípio de acção e por um triplo dever-fazer ou éthos:
- um éthos egocêntrico, em que cada um é por si mesmo centro preferência e age por si;
- um éthos genocêntrico, em que são os nossos, genitores e progenitura, família, clã, que constituem o centro de referência e preferência;
- um éthos etno/sociocêntrico, em que a nossa sociedade se impõe como centro de referência e preferência.

Esse triplo éthos corresponde à nossa tripla natureza ego-geno-sócio-orgnizadora.

Cada um de nós é com efeito, simultaneamente, por si mesmo o centro do mundo, um elo numa cadeia hereditária (génos), um membro da sua família, um micromomento e elemento da sua sociedade."

Eu reitero: é pois, neste contexto, que se estruturam as cadeias de valores idiossincráticas de cada um, à luz/no contexto da qual o Ser avalia o seu desempenho.

noiseformind disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
noiseformind disse...

O sucesso pode ser uma questão de simplesmente ser virgem

Tão para aqui a falar da Coppola mas o que vocês tão a pensar sei eu... pois pois... na Scarlett... YOU PERVERTS!!!

Manuel Oliveira,
o suicídio "subiu vertiginosamente" em Portugal???????????????????????
Se o suicídio subiu vertiginosamente em Portugal então eu sou pedófilo. Onde é que anda o Carlos Mota, assistente de Carlos Cruz? Andará pelo Brasil? Fantástico como um ordenado de assistente pessoal dá para desaparecer tão eficazmente durante tanto tempo, estou surpreendido e já me candidatei ao lugar que parece (parece...) vago.

Ana,
funciona à base de apontadores que relacionam várias palavras com partes de um texto que fica arquivado no servidor. Com os livros funciona de outra maneira. Uma horda de desempregados, normalmente professores sem colocação, associa palavras a capítulos e sequencia a dimensão de texto que cada busca deve gerar num qualquer texto do servidor. Ajuda a ter imagens abrangentes dos temas, mas de forma nenhuma nos torna especialistas de coisa alguma.

Olhando para cima apetece-me apagar a referência ao Carlos Cruz, afinal uma amizade tem as suas chamadas à ordem e não sei até que ponto me descolaria de um amigo acusado dos actos de que o grande comunicador vem acusado. Mas a impassividade e frieza dele face áquelas acusações, o detalhe das acusações, e a Defesa não mostra nenhuma das tais provas que dizia ter. Até eu, pobre diabo, por via bilhetes de cinema e relatórios de sessões sei onde estive com alguma certeza em metade dos meus dias nos últimos 3 anos. E se alguém me acusasse de ter tirado um desses dias para o violar certamente teria provas, até pq uso o Multibanco todos os dias. Só esse registo já permitiria refutar minimamente as acusações. E porém eles lá estão, calados, sem refutar nada, À espera de despoletar o incidente, o pedido de exclusão, de afastamento do juíz, sem perceberem que é isso que os faz culpados, o serem "inocentes técnicos".

Anónimo disse...

Os amigos são para as ocasiões mas não era preciso tanta devoção aqui. Fizeste bem em retirar o das 4:09 e o do teu blog. Seria melhor retirares mesmo o das 4:30.

Anónimo disse...

Dr. Murcon, veja o que li e espante-se!
"A palavra "falhar" poderá vir a ser banida das escolas britânicas e substituida pela frase "sucesso diferido". Esta medida pretende evitar a desmoralização dos alunos, afirma a Associação de Professores inglesa (autora do projecto), que pretende agora debater o assunto com os seus membros."

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Alguns dados estatísticos, com base no Som do Murcon:

Corrente Espaço de Disco: 503 Mb
"Bandwith" Uso de Banda para o mês de Julho 2005: 24.18 Gig
Dia com mais Hits: 20 Jul 2005 (9355)
País que mais acede (logo a seguir a Portugal) - USA (28 235 hits). Em último lugar a Indía com 17 hits.;)
Média de permanência: 15 minutos.

RENDA-SE AO SUCESSO!.;)

noiseformind disse...

Em primeiro lugar é XNXX e não XXNX...

Em segundo lugar não retiro post nenhum dos meus blogs, como se pode confirmar na cache deles...

Em terceiro lugar, have a nice day...

Em quarto... bem... no quarto está-se em privacidade portanto não comento mais ; ))))))))))))))))))

Despertar sisudo esse, XXNX

Julio Machado Vaz disse...

Portocroft,
Seu salafrário!:). Com o paleio do sucesso aproveita para me insultar:(. Que palavrões são esses?: "Corrente não sei quê", "Bandwith Uso de Banda". Já lhe ocorreu que podem vir crinaças ao blog?:)))))))

noiseformind disse...

Em relação ao Som do Murcon, para quando o CD??? Ou pelo menos um site onde possámos sacar as músicas sem ser em ficheiros WAV? (que depois tem de se converter uma a uma em MP3 :((((( )

noiseformind disse...

Éme,
Bem disseste que tu e os computadores nunca passaram do flirt ; ))))

Julio Machado Vaz disse...

Noise,
Eu disse isso? Estava obnubilado:(. Foi desamor à primeira vista:)

noiseformind disse...

Assim começa uma crónica tua, mas serão estas outras tuas palavras mais verdadeiras?

"Quando me apareceu pela primeira vez "ocorreu um erro grave e o sistema vai encerrar" fiquei à espera que a polícia me entrasse casa dentro para me prender"

: ))))

Anónimo disse...

Dr. Murcon que é como quem diz confusão diferida ;-)

RAM disse...

Caro PortoCroft,

Po desculpa pela intromissão, mas dirijo-me a si somente para lhe dizer que o tempo de permanência deve-se em 90% a mim :)))): o Som do Murcon é o Som do meu trabalho :))))))
Parabéns.
Necessário CD com o "Best of do Murcon" ;)))))))

noiseformind disse...

Zero, confessa lá se não viste muitas vezes o "Último Samurai"?

suicídio como forma de honra?

Não, apenas exclusão social, como acontece com as taxas de qq indivíduo mais apegado à comunidade como são os Japoneses.
Mas quanto ao Manuel Oliveira (que ficou quedo e mudo)
cá estão os dados relativos ao suicídio em Portugal

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Insultar nada. Muito pelo contrário. Se considerarmos que, sendo plausível por defeito que apenas 10% desses "hits" são devidos única e exclusivamente aos seus ataques verborreicos,;) no exemplo dado, isso corresponde a 935 hits apenas no dia 20. Ou seja, isso faz do Murcon líder no meio bloguítico em Portugal. Para quem ainda tivesse dúvidas...

As crianças, nestas coisas, já sabem mais do que nós. ;)

lobices disse...

...GOODDDDDDDDDDDDDDDDD
MORNINGGGGGGGGGGGGGGGGG
..maralhal!...
...
...concordo: saia já o CD do Som do Murcon!...
...é um hit!
(o que é um hit?)
:)

PortoCroft disse...

ram,

Pois, pois.;)

Então oiça o canal 6 hoje.;)

PortoCroft disse...

Lobices,

Isso do CD, é só o Prof. negociar com uma editora. Nem duvidem que seria êxito.;)

lobices disse...

...sobre o êxito do Murcon consultar um estudo no blog "industriasculturais" do Rogério Santos

Anónimo disse...

Noisy
Honra também, sim senhor.
Livra-te de querer deitar por terra a nobreza desse povo.

P.S.Vou estar na Fnac de kimono :-)

noiseformind disse...

"categoria – S - "Às vezes apetece-me escrever. Por que diabo não hei-de partilhar as minhas ruminações convosco"? - sexologia, filosofia, literatura, debate"

Eh pá Lobices, o tipo das industrias culturais tá completamente enganado. Aqui fala-se poucochinho de sexo, filosofia é mais com o Ram ; )))) literatura lemos todos o Publico... acho que é mais debate mesmo ; ))))))))))))

noiseformind disse...

Yulie,
Eu levo a Katana, que isso de quimonos, diz-me a experiência com saias travadas, é bicho de sete cabeças ; ))))))))) e fico junto à secção dedicada exclusivamente ao aumento vertiginoso do suicídio em Portugal ; ))))))))

noiseformind disse...

Não tarda nada aparece aí o Porty e reclama o seu number de direito... ; )

noiseformind disse...

Zero, todos temos os nossos gostos, e dentro de certos limites tê-los não nos traz problemas de maior com a lei :)

Quanto ao pedido de desculpas respondo-lhe batendo a minha cyber-luva na sua cyber-cara. Vamos lá ao duelo. Como ofendido escolha lá as armas, mas eu escolho desde já a Cufra como local de embate e sugiro (se a sua cega indignação permitir tal prece) a francesinha como arma de resolução da contenda.

Como madrinhas (sim, que isto de um duelo no Sec.XXI não pode ter laivos de machismo) escolho a Yullie e a Pamina (que terão a maçada de vir ao Porto, mas pronto, é para lavar a honra)

E vou-me ao trabalho maralhos colegas, e desde já vos digo para inveja geral que em Barcelona o sol r-e-j-u-bi-l-a.

Té loguinho ; )

RAM disse...

PortoCroft,

Sinatra?
O Som do Murcon está em grande! ;)

Tão só, um Pai disse...

Noise das 10:51 AM,

Puxa, "man, tenho que tratar de me amancebar o mais rapidamente possivel pois, ao que parece, pertenço a um grupo de risco. Chiça!


"De um modo global, a maior taxa de suicídios registou-se entre
os divorciados e solteiros.
Considerando os indivíduos do sexo masculino que se suicidaram,
em 2001, a maior percentagem verificou-se nos separados
judicialmente e nos divorciados e solteiros. Se por outro lado
considerarmos apenas os indivíduos do sexo feminino, é entre
as divorciadas que se registam maiores percentagens de suicídio."