sexta-feira, julho 28, 2006

Não há piores cegos...

Polícia alemã confirma autenticidade do Diário de Anne Frank

A polícia judiciária federal alemã (BKA) confirmou esta semana, após muitas solicitações, a autenticidade do Diário de Anne Frank, contestada por neonazis, com base numa peritagem feita em 1980.
O Centro Anne Frank, em Berlim, foi uma das instituições que voltou a exigir recentemente uma tomada de posição clara da BKA sobre o referido parecer, depois de ter processado vários neonazis por terem posto em causa a autenticidade do Diário.

Satisfeito com o esclarecimento da BKA, o director do Centro, Thomas Heppener, disse esperar que fiquem agora «dissipadas todas as dúvidas» sobre a autenticidade do livro.

No seu Diário, Anne Frank, uma menina judia que morreu de tifo, em Fevereiro/Março de 1945, com apenas 15 anos, (a data exacta da sua morte não é conhecida), em Bergen-Belsen, poucas semanas antes de este campo de concentração nazi ser libertado por tropas norte-americanas, descreve como a família se escondeu numa casa em Amesterdão, na Holanda, até ser deportada para Auschwitz-Birkenau.

O livro, que faz parte de muitos programas escolares em todo o mundo, é um símbolo da educação democrática e antifascista do pós- guerra, e serviu já para consciencializar milhões de jovens.

Num comunicado à imprensa datado de quarta-feira, a BKA sublinha que a peritagem feita em 1980 pelo seu Instituto de Técnica Criminal «não pode ser invocada para pôr em causa a autenticidade do Diário de Anne Frank».

O parecer em questão foi elaborado no âmbito de um julgamento que decorreu em Hamburgo, mas segundo a BKA «não se destinava a pôr em causa a autoria do Diário, e sim a apurar se o material usado, papel e lápis, já existia durante a II Guerra Mundial, o que os especialistas, aliás, confirmaram».

No mesmo parecer, apenas se refere também que algumas correcções, sem se especificar quais, foram feitas com pasta de esferográfica só existente a partir de 1951.

Um artigo publicado em 1980 no semanário «der Spiegel», com base na referida peritagem, e em que se afirmava que «o que emocionou o mundo não foi escrito pela mão de Anne Frank», serviu, no entanto, de pretexto a neonazis para passarem a falar de uma falsificação.

Na verdade, segundo David Barnoyuw, do Instituto Holandês da Documentação de Guerra, considerado o maior especialista na matéria, os escritos de Anne Frank apenas foram resumidos e compilados pelo pai e pelos leitores da editora que publicou o Diário.

O próprio Barnouw publicou, em 1986,a versão integral do Diário, criticada e comentada, e garantiu repetidamente que só a paginação de uma parte do manuscrito foi mais tarde acrescentada a esferográfica.

Além disso, segundo o mesmo perito, há dois fragmentos de papel que não provêm da mão de Anne Frank, e foram mais tarde apensos ao Diário. «Se eu encontrar a Magna Carta e escrever nela alguma coisa a esferográfica, não deixa de ser a Magna Carta», resumiu Barnouw, em declarações ao jornal Frankfurter Allgemeine.

O Diário de Anne Frank foi encontrado já depois do fim da II Guerra Mundial por trabalhadores de uma firma no prédio de Amesterdão onde a família se escondeu dos nazis, e publicado em livro pelo pai, Otto Frank (1889-1980), único membro da família que sobreviveu ao Holocausto.

Logo a seguir à publicação do Diário, em 1947, círculos neonazis puseram em causa a sua autenticidade, e Otto Frank moveu vários processos judiciais por calúnia e difamação contra os autores de tais afirmações.

Há duas semanas, em meados de Julho, simpatizantes neonazis queimaram um exemplar do Diário de Anne Frank e outros livros de escritores antifascistas em Pretzien, no leste da Alemanha, imitando assim a famosa queima de livros de escritores democráticos levada a cabo pelos nazis em várias cidades alemãs, a 10 de Maio de 1933.

O incidente em Pretzien, que só foi revelado dias depois, mas causou grande indignação nos meios democráticos alemães, está a ser investigado pelo Ministério Público de Magdeburgo.

Na altura, o caso foi registado pela polícia local como simples «perturbação da ordem pública».

Diário Digital / Lusa

28-07-2006 12:33:00

46 comentários:

vareira disse...

Anne Frank, que mulher seria hoje?Li o diário faz tanto tempo,mas continuo fascinada com a historia narrada por ela.Lebro-me que adolescente também escrevi um diário em forma de carta.E hoje nas minhas aulas de substituição(na escola) muitas vezes li passagens do diário dela(meu...só para os adormecer!!!)Tanto se fala de racismo,xenofobia, adolescência...continuo a achar o livro actual e necessário.e mesmo que não seja dela,é uma boa lição de vida.

vareira disse...

ola´maria, sabe que faço a mesma coisa com meus alunos!e imagine os miudos de castelo de paiva que ainda vivem num mundo tão bonito na ver a lista de Schindler.foi fantástico.tive assunto discutido em casa e na escola.E o pior é que acho que nos nossos dias continua a haver desumanidades iguais a esta e ninguém faz nada.É preciso acordar as consciências dos mais jovens e não dixar esquecer aos mais velhos.

andorinha disse...

Boa tarde.

Claro, se o holocausto nunca existiu, como pode ter existido o Diário de Anne Frank???
Quando muito é uma obra de ficção.:(

thorazine disse...

vareira,
muitas vezes também é preciso acordar as consciências "já adormecidas" dos mais velhos! :)))

Um dos poucos filmes que mostra o outro lado, a decadência hitleriana, é o "der untergang". Bom filme para destruir a bravura que possa estar depositada no líder. O verdadeiro cobarde, que foge com o rabinho às responsabilidades de líder..

Um homem podre, tal como estas cadeiras...LOL

CêTê disse...

Boa tarde a todos!
O Diário de Anne Frank foi o primeiro livro "a sério" que li. Lindo! Algumas coisas perduram: o terem fugido com várias mudas de roupa, a mercearia que chegava clandestina, o necessário silêncio, as fugidas à escada, o gato,.... Não gosto de reler mas não resisti a comprar "Anne Frank, uma vida"- da Fundação Anne Frank- editada por Campo de Letras. Uma delícia, repleta das fotos que o pai tirava, e até mapas e a planta a 3D do abrigo e do resto da casa. Imperdível.

abraços.

Fora-de-Lei disse...

Depois de tanto sofrimento, dá para perguntar: como é possível os judeus serem tão judeus para palestinianos, libaneses e etc ?

a disse...

é um livro espectacular! É uma pena que não cause impacto na sociedade com causa a cada um de nós. Mas nós fazemos a sociedade e em parte a culpa é de cada um de nós. As pessoas, principalmente as da minha geração (tenho 23) e as mais novas estão cada vez mais autistas e desinteressadas.

Acho chocante o incidente de há duas semanas em Pretzien, não tinha conhecimento. É vergonhoso.

A Vilhena disse...

Caro Fora da Lei,

porque carga de água, sempre que se verifica o bombardeamento de qualquer cidade ou lugar do Líbano há senhores jornalistas que
referem/afirmam/explicam/Justificam/desculpabilizam dizendo que se tratou de um ataque a um bastião do Hezbollah.

Veja-se no dicionário:

bastião
do Fr. bastion
s. m.,

trincheira;
muro que serve de anteparo ao ângulo saliente de uma fortaleza;
baluarte;
sentido figurado reduto; sustentáculo.

Fico impressionado com sabedoria que exalam.. Como é que eles lograram saber/divisar/descobrir/investigar/adivinhar que aquelas cidades ou lugares são:
um muro do Hezbollah;
uma trincheira do Hezbollah;
uma fortaleza do Hezbollah;
um baluarte do Hezbollah;
um reduto do Hezbollah;
um sustentáculo do Hezbollah;

Deixo aqui algumas hipóteses explicativas para tanta sapiência. Escolha aquela que lhe parecer a melhor (ou a menos má...!!!):
* porque são bem informados
* porque foi a informação que colheram no local
* porque são os dados de que dispõem
* porque consultaram o CIA Fact Book
* porque perguntaram ao Mossad
* porque se não fosse assim... Israel não atacava
* porque pesquisaram na net
* porque toda a gente diz isso
* porque tinham de dizer qualquer coisa
* porque estão a gozar connosco
* porque nos estão a chamar parolos
* porque...

Mãezinha...!!!

António Vilhena

fiury disse...

a tendência em moralizar comportamentos mais ou menos organiizados de psicóticos(disfarçados com mantos de ideologias politicas ou outras) é generalizada a vários países.
a lei em interdisciplinaridade com a medicina terá sempre que ser ainda mais habilidosa doque eles, a bem das vitímas, porque infelizmente eles continuam frequentemente cegos sem quererem ver.
jamais esquecerei o momento da "escolha de sofia".

AQUILES disse...

Uma guerra começada logo termina a ética. Sobrepõe-se a sobrevivência. E aí todos podem ser bons, todos podem ser maus. As circunstâncias ditarão as facetas que sobressaírão. Qualquer pessoa pode matar. A linha que separa o bem do mal é muito ténue.

Pamina disse...

Boa noite.

Também acho que se devem divulgar filmes que, como diz a Maria, retratem exemplos de desumanidade. Não só relativamente ao passado mais ou menos recente e ao holocausto, claro. Assim de repente, lembrei-me do "Amistad" do Spielberg.
Como recorda a Cêtê, o "Diário de Anne Frank", na edição dos livros do Brasil, foi das primeiras leituras "sérias" de muitas jovens. Também passou de mão em mão, nos meus primeiros anos de liceu.
Este site é interessante:
http://www.annefrank.org

A menção da "Escolha de Sofia" (certamente uma das cenas mais terríveis da história do cinema, o momento em que ela entrega a filha) pela Fiury lembrou-me que quando vi o filme num cinema de Lisboa, estavam a vender lá o livro do William Styron. A amiga com quem fui comprou e depois emprestou-me. Não sei de quem foi a iniciativa de colocar essa bancazinha no cinema, mas achei interessante.

Relativamente ao texto do post, gostava de destacar as palavras finais:"Na altura, o caso foi registado pela polícia local como simples «perturbação da ordem pública»." Pois é, se as autoridades fecharem os olhos...

APC disse...

Boas noites! :-)

Estava a ler e a pensar (duas coisas ao mesmo tempo é dose!): as coisas que acontecem para lá da vida de uma pessoa e que a ela dizem respeito! Quantos olhos, quantas falas, sobre o legado que um ser humano deixa.
Hoje, aqui, agora, tão ignorantes somos sobre o que será (ou não será) de nós depois de o sermos.
Não é o cerne do post, claro; mas ocorre-me sempre que o assunto é algo póstumo: uma biografia, uma homenagem, uma saudade...

Tive uma colega de turma, a Nadjia, nascida e educada na Alemanha (numa das'), que me contou que fazia parte dos curricula das escolas (não me lembro se apenas no nível secundário, ou antes) a passagem por Auschwitz. E que esse é um momento extremamente marcante para todos, porque "se sente"!...
Pois que se sinta!!!

Um abraço amigo, de quem parte amanhã para o seu bocadinho de férias.

Ao Professor, um especial cumprimento, de quem gostou sempre muito de aqui vir.

Manuel Nunes disse...

Lá em Teerão também contestam o número de vítimas do Holocausto. Como se fosse uma simples questão de número, como se uns milhares a menos pudessem branquear o crime. Também já houve quem dissesse que o fascismo nunca existiu. O diário de Anne Frank é um embuste, até podem dizer que ela nunca existiu e que os campos de extermínio nazis são uma invenção dos judeus da América. Não adianta: falamos de um tempo histórico que é testemunhado por filmes, jornais e por pessoas ainda vivas. Por sobreviventes da barbárie. Não é possível mentir perante a mosntruosa evidência.

ASPÁSIA disse...

Na altura, o caso foi registado pela polícia local como simples «perturbação da ordem pública».

Provavelmente como a Kristal Nacht em outra "altura"... e é assim que, insidiosamente, as bolas de neve começam a crescer...

Unknown disse...

Bom dia maralhal.

O livro pode ou não ser ficção, pouco importa. Mesmo podendo ser ficção relata a barbárie que existiu, mesmo podendo ser ficção relata-a com tanta veracidade como os documentários oficiais.
O Holocausto existiu.
O Holocausto aconteceu escondido, tem um livro e todos nos arrepiamos ao lê-lo.

O genocídio no Ruanda existiu.
A comparar ao Holocausto, pelo tempo que durou e pelas mortes que fez nesse período foi considerado pior que o Holocausto.
O genocídio no Ruanda aconteceu à vista de todos, mas não tem livro para nos arrepiarmos ao lê-lo.

O genocídio em Darfur existe.
O genocídio em Darfur acontece à vista de todos e também ainda não tem livro.

Vários “Holocaustos” existem.
Vários “Holocautos” acontecem um pouco por todo o lado a toda a hora com o nosso conhecimento, debaixo dos nossos olhos, com a nossa permissão.
Quando houver livros sobre eles, relatos verídicos ou de ficção pouco importa, então todos nos arrepiaremos ao lê-los.

Os livros valem ouro e têm muito peso, mesmo assim conseguimos pegar neles e lê-los.
As acções valem mais que ouro e são muito mais pesadas do que um livro, como tal não podemos “pegar” nelas e pô-las em prática.
A passividade não vale nada, tem muito mais peso que um livro ou que uma acção, mas por incrível que pareça conseguimos acarretar com ela por mais cansados que estejamos de “carregar” livros.

Unknown disse...

Despeço-me já.
Vou dar entrada hoje numa conhecida e conceituada clinica para fazer uma lipoaspiração às artérias ;-)

Boas blogadas.

AQUILES disse...

Em relação ao Ruanda há um filme, Hotel Ruanda, que dá um cheirinho leve qo que foi. Mas atenção que o problema do Ruanda continua. Bem como no Congo. Em toda a África há matanças selectivas. Mas como não aprecem nos telejornais, não existem. E ao que parece também só é chique indigar-se com as causas politicamente correctas.
Problemas da burguesia europeia decadente.

AQUILES disse...

Também há chacinas recentes na Europa, mas o silêncio caíu sobre elas.
Também há chacinas recentes na América e na Ásia, mas o silêncio caíu sobre elas.

vareira disse...

tharozine:não me considero de consciência adormecida, mas vejo que a apatia e a vontade de mudar o mundo se foi perdendo ao longo dos anos.Não atiro as responsabilidades para os mais novos, acho que todos devemos fazer alguma coisa...Infelizmente continuam a existir uns psudos hitlers com muitos apoiantes.estão é bem camuflados!

vareira disse...

yulunga:será que nessa clinica não fazem lipoaspiração mental?E pela adse?Tou precisando...

Mariazinha disse...

Anne Frank foi uma menina que morreu às mãos da "besta humana".
Como ela milhões de pessoas foram mortas nesses terríveis campos que existiram à 60 anos.
Visitei Auschwitz e a casa de Anne Frank em Amsterdam e é muito difícil descrever por palavras aquilo que senti nessas visitas.
O que me choca é como se pode falar com tanta leviandade ou pôr em causa o sofrimento de milhões de pessoas.
Talvez seja por isso que a História tende a repetir-se.

ASPÁSIA disse...

Mariazinha

terríveis campos que existiram à 60 anos.

O verbo "haver" também não merece amputação do h no campo de concentração dos erros de Português...

Fica o reparo, no restante concordo consigo.

Saudações :)

Fora-de-Lei disse...

Mariazinha 10:33 PM

"Visitei Auschwitz e a casa de Anne Frank em Amsterdam e é muito difícil descrever por palavras aquilo que senti nessas visitas."

Eu já visitei Dachau e fiquei, igualmente, sem palavras para descrever a ssensação sentida. Hoje, ao visitar Beirute diariamente (todos visitamos), fico novamente sem palavras. Só que a vítima de ontem é o algoz de hoje. Muito triste !

Fora-de-Lei disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Fora-de-Lei disse...

azulcereja 10:40 AM

"O menino é bastante sagaz e sintético... deve ser coisa de quem anda "fora da lei"... A sério, mesmo muito a sério! Concordo em absoluto contigo!"

Hoje entrou-me(nos) pela casa adentro as trágicas imagens do resultado do raide da aviação israelita: mais de 50 pessoas mortas em Canaã, no sul do Líbano. Pode-se falar edificantemente de tudo o que rodeia a temática relacionada com o diário de Anne Frank mas - perante tudo isto - sou quase levado a pensar que, se calhar, Hitler até tinha montes de razão em relação aos judeus...

A Menina da Lua disse...

Azulcereja

"Uma proposta humilde:
Nunca nos cansemos de falar das injustiças, e das atrocidades humanas, aos nossos jovens, e mesmo aos nossos velhos...a memória é mesmo curta... a humana, pelo menos!"

Não podia concordar mais consigo.

A injustiça e a desumanidade é para combater venha ela de que lado vier; se do lado dos judeus ou de outros lados.

O Holocausto foi para mim, que sou licenciada em História, o verdadeiro momento da História do Homem em que ele perde derradeiramente a sua "ingenuidade"...apartir de agora tornar-se-á muito dificil para não dizer impossivel esquecer o que foi capaz de fazer, e isso é terrível...

Mas isso não desculpa que no presente os Palestinianos estejam a ser alvo duma tremenda luta desigual...

Fora-de-Lei

Hitler não tinha razão absolutamente nenhuma, nem nunca a terá...mas que me incomoda ver as fotos da actuais atrocidades incomoda e muito...

Klatuu o embuçado disse...

Decerto alguém como você não tinha dúvidas!
Será que o tijolo dos Campos de Extermínio já existia nos anos 40? Será que o Hitler era um chimpanzé? Já existiriam chimpanzés? Etc!
PUTA QUE OS PARIU! NAZIS DE MERDA!

P. S. Se isto se encher de comments de nazis... publique-os! Esses montes de merda andam pela internet a pensar que assustam as gentes!

Klatuu o embuçado disse...

Pá, ó Fora-da-Lei... vai combater pró Líbano!!

Pamina disse...

Fora de lei 1.24

"perante tudo isto - sou quase levado a pensar que, se calhar, Hitler até tinha montes de razão em relação aos judeus..."

Se calhar, Hitler também tinha montes de razão em relação aos ciganos. Já não andavam pr’aí a roubar e a traficar droga…

O seu comentário é puramente e perigosamente demagógico e um insulto a todos os homens, mulheres e crianças mortos nos campos de extermínio nazi.
Não quero fazer a contabilidade da violência, mas a essas 50 pessoas, poder-se-ia contrapor as baixas do outro lado. Obviamente que há culpa dos dois lados e que a dos governos israelitas (não são "os judeus" que estão a bombardear o Líbano, mas este governo), alguns mais do que outros, não é pequena. Como reconhecem muitos judeus em Israel e noutras partes do mundo (Woody Allen escreveu, já há bastante tempo, um texto onde criticava a política externa israelita e no qual dizia qualquer coisa como:"não me façam arrepender de ter andado em miúdo a fazer peditórios para ajudar à formação dum estado judaico"). Pequenas diferenças de pormenor que convém não salientar, quando se quer fazer demagogia barata.

pvnam_2 disse...

«mini-spam»

Os Judeus dominam a Alta Finança mundial.
Consequentemente, as sociedades estão infestadas de MERCENÁRIOS LAMBE-BOTAS dos Judeus... pois... quem quer um emprego muito bem pago numa Empresa Multinacional, ou quem quer fazer bons negócios com Empresas Multinacionais... tem de ser um bom Lambe-Botas dos Judeus.

--->>> Não sejas um PARVO IDIOTA ÚTIL ao serviço dos Judeus!...
--->>> ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS... reivindica o LEGÍTIMO Direito ao Separatismo:
- A constituição de Espaços Reserva Natural de Povos Nativos [ Ver: SEPARATISMO-50 ].


NOTA 1:
Depois da acção de extermínio cometida por Arianos sobre Judeus [na 2º guerra mundial], os Judeus planearam a sua Vingança sobre os Arianos: a eliminação da Identidade Étnica Ariana.
Mas acontece que "a Vingança é um prato que se serve frio".
Ou seja, a vingança não é concretizada no imediato, mas sim, no LONGO PRAZO.
Os parvos que acordem:
-> como o Separatismo vai permitir o SALVAR da Identidade Étnica Europeia (e, em particular, da Identidade Ariana Europeia), agentes judaicos infiltrados nos Movimentos Nacionalistas Europeus procuram - a todo o custo - IMPEDIR que os europeus venham a reivindicar o LEGÍTIMO Direito ao Separatismo.

NOTA 2:
Os Judeus sabem muito bem que a ausência de Reservas Naturais de Povos Nativos... vai conduzir a Identidade Ariana Europeia ao EXTERMÍNIO; de facto:
-1- Cada vez mais mulheres europeias procuram machos de melhor qualidade sexual: por exemplo, africanos.
-2- Cada vez mais homens europeus procuram fêmeas economicamente fragilizadas [mais dóceis]: por exemplo, mulatas brasileiras.

Fora-de-Lei disse...

Pamina 5:07 PM

"O seu comentário é puramente e perigosamente demagógico e um insulto a todos os homens, mulheres e crianças mortos nos campos de extermínio nazi."

Pamina: demagógico (para mim / para nós) e insultuoso para todos aqueles que sofreram às mãos da barbárie nazi é falar como se os judeus tivessem o monopólio do sofrimento por via do extermínio nazi. Quantos comunistas, socialistas / sociais-democratas e democratas-cristãos de todas as nacionalidades e credos não morreram na luta contra o nazismo ? Posso-lhe garantir que foram muitos mais que os judeus.

E, já agora, se Woody Allen disse "não me façam arrepender de ter andado em miúdo a fazer peditórios para ajudar à formação dum estado judaico" eu também tenho o direito de dizer que começo a estar arrependido de alguma vez ter tido pena do que aconteceu aos judeus durante a II Guerra Mundial. Ou a Pamina tem dois pesos e duas medidas nas apreciações que faz ? Ou será que - por uma mera questão de provincianismo cultural da sua parte - só o que Woody Allen diz é que tem toda a razão de ser, mesmo quando o sentido das suas palavras é, basicamente, igual ao das minhas ?

Este atentado contra a população libanesa já vinha a ser preparado há algum tempo. Só quem andasse distraído é que não via que os EUA (Bush) iriam usar o governo criminoso de Israel para retaliar contra o Irão por interpostos objectivos político / militares. Aliás, até talvez agora comece a ficar claro para muita gente a razão pela qual Freitas do Amaral foi obrigado a antecipar a intervenção cirúrgica de que necessitava. De facto, não dava jeito nenhum a um governo europeu ter nesta altura alguém na pasta dos Negócios Estrangeiros que simpatizasse muito pouco com a canalhice que americanos e judeus perpetraram contra o Líbano a pretexto de combaterem um grupo para-militar que dizem ser apoiado pelo Irão. Como se as crianças libaneses - que morrem todos os dias que nem tordos - tivessem alguma culpa das desavenças de Bush e da Cabala com aqueles que no Irão se procuram armar com dispositivos bélicos de enorme capacidade de destruição.

AQUILES disse...

Fora da lei e Pamina
O que me irrita é o politicamente correcto. O fora-da-lei tem razão na resposta à Pamina. Se a Pamina ler o meu comentário das 12:32, percebe porquê. E depois acrescentei um outro onde também falo de outros massacres onde morre muita gente. E o silêncio do politicamente correcto é obsceno. Sempre que morre alguém injustamente no meio de guerras de interesses, é tão vitima como qualquer outra vitima de massacres célebres pela capacidade que se teve de os mediatizar. Mas as vitimas das guerras fraticidas em África não são contabilizadas com a mesma importância das outras. É pena e lamento-o. Mas eu não tenho partidos e critico com liberdade qualquer lado. Não me enfeudo ao pensamento dominante e politicamente correcto. Não vi a ofensa. Vi a discriminação a outras vitimas. Neste momento morrem em África, mas não aparecem nos noticiários que vão agora começar. Boas férias para quem pode alienar-se das desgraças do mundo.

Fora-de-Lei disse...

Ameninadalua 3:57 PM

"Hitler não tinha razão absolutamente nenhuma, nem nunca a terá... mas que me incomoda ver as fotos da actuais atrocidades incomoda e muito..."

Correcto.

Fora-de-Lei disse...

AQUILES 8:05 PM

"Sempre que morre alguém injustamente no meio de guerras de interesses, é tão vítima como qualquer outra vitima de massacres célebres pela capacidade que se teve de os mediatizar."

100% de acordo. Tal como diz, para se chegar a essa conclusão é preciso estar-se totalmente equidistante das diferentes formas de "ver" o mundo. Sem apegos comprometedores...

AQUILES disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
AQUILES disse...

Há dias escrevi sobre os rumos do mundo aqui:
http://divagan.blogspot.com/2006/07/rumos.html
Vale o que vale, mas é o que eu penso.

thorazine disse...

fora-da-lei,
mas essa "equidistância" talvez ofusque um pouco a realidade. Os comentadores de guerra sempre analisaram muito mas sempre lhes faltou uma coisa: experiência.

Não é que eu tenha (ou que a queira ter) mas acho que é um ponto fundamental para ter algumas noções do real. Imagino, que por mais pacífico que uma pessoa seja, depois de exposta a ataques bélicos a prespectiva do que é ser humano mude, e se reduza à sua própria sobrevivência. A "vingança" até pode começar algum sentido. Não sei. Não sei o que é perder entes queridos de formal tão cruel e injusta.

Fazer julgamentos das pessoas, do que elas mereceram ou não, através orientações religiosas é no mínimo redutor. Ainda por cima com essa "equidistância". Nós aqui no nosso "cantinho", como você próprio já referiu e bem, já conseguimos analisar mais ou menos os interesses. "Eles" são as marionetas, e estão a reagir como qualquer um de nós exposto à barbárie.

Já tive oportunidade de ler em foruns israelitas pessoas que até então tinham uma atitude pacífica, completamente a favor dos bombardeamentos e muitos deles a alistarem-se no exército. A experiência ultrapassa os valores.

Sou completamente contra à ofensiva aérea israelita. Mas sou a favor do desmantelamento do hezzbolah. Mas os interesses desta guerra já estavam definidos há muito tempo, como já foi dito. Tento ter mais presente a prespectiva de guerra das pessoas que estão no campo de batalha (civis ou não) do que das pessoas que a estão a provocar. A visão geral só pertencerá à História. O que realmente agora importa são as pessoas que sofrem.

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Acho que é muito mais difícil controlar os novos tiranos. Os democráticos. Os que dizem "guerrear" pela paz. É muito mais fácil enganar o povo pelo fim pacífico e pela segurança do que pelo mero apuramento de genes. Ainda hoje vi no 60 minutos, um informático Sírio radicado no Canada que sem motivos alguns estava na lista dos terroristas. Foi detido num aeroporto Americano quando regressava de férias da Tunísia. Sem motivos aparentes (ou não) foi extraditado para a Síria (país onde é "permitida" a tortura) para ser interrogado. Durante um ano foi submetido a torutura física e psicológica vivendo num buraco subterranêo de 1 metro por 90 cm. Como é possível num país da "liberdade" um cidadão ser torturado? Como é possível sem qualquer provas um cidadão ser preso e enviado para um país que não cumpre os principais direitos humanos? O senhor foi obrigado a assinar um papel como confessava tudo. Foi solto a pedido do governo Canadiano e facilmente ilibado devido à ausência de provas. O governo Americano assume que o prendeu mas afirma ter tratado tratado o recluso de forma humana e que foi em nome da segurança nacional.

Farto-me de pensar...como é possível dar a volta a isto? O típico americano quer é sentir-se seguro. O "Cops" encarregou-se de incutir isso! A telivisão trata de tudo. A guerra do iraque é "limpa" para os Americanos. Não há baixas para eles. A CNN é uma empresa quase de higiene. Como se consegue mostrar o tirano que há no bush se ele conseguiu puxar a imagem de justo para ele? O Michael Moore tentou dizer uma ou duas verdades foi logo abafado. Não tenho estaleca para sequer tentar dar uma um rumo positivo a isto. Só mesmo de pistola em punho! :(((

andorinha disse...

Boa noite.

Tal como o Fora de lei estou de acordo com o comentário do Aquiles.
Os judeus não têm o monopólio do sofrimento, lamento imenso o que sofreram às mãos dos nazis, mas hoje, em 2006, não posso, de forma nenhuma, deixar de me manifestar contra a guerra que iniciaram no Libano e que já fez muitas vítimas inocentes e continuará a fazer, uma vez que o governo israelita já anunciou que um cessar-fogo está para já fora de qualquer cogitação.
Ainda não atingiram os objectivos, precisam de continuar a massacrar aquele povo. Quando até colunas de apoio humanitário devidamente sinalizadas são atacadas...a barbárie continua, agora deste lado. Não podem querer que os vejamos eternamente como vítimas.
E depois vem o argumento de que o Hezbollah utiliza os civis como escudos humanos. Claro que qualquer argumento serve para justificar o injustificável...Com o apoio dos EUA é fácil agir assim:(

Pamina disse...

Nota:
Não comentei a situação que se vive no Médio Oriente em si, mas o comentário do Fora de lei.
Por muita violência criminosa pela qual este ou outros governos do Estado de Israel sejam culpados ou possam vir a sê-lo no futuro, dizer que Hitler talvez tivesse "montes de razão" por querer exterminar os judeus é racista, fascizante e demagógico.
Repito, por esta ordem de raciocínio, alguém vítima de um acto violento perpetrado por um cigano poderá dizer que talvez Hitler tivesse razão relativamente "aos ciganos". E por aí fora...

Mostrar indignação pela actuação dos responsáveis político/militares dum país e repulsa pelos que os apoiam ou com eles concordam é uma coisa, dizer uma enormidade daquelas é outra.

AQUILES disse...

Thora
A equidistância é essencial.
Não me interessa se alguém tem ou não tem razão. Mas aquela pessoa que morre sem ter nada de culpa no cartório é que me indigna. Uma criança morta é sempre uma vitima injusta. Pode haver culpados de muita coisa de um lado e de outro,mas ela de certeza que não era culpada. A mim não me falta "experiência". Já conheci de perto o horror da bestialidade. É muito diferente de estar num sofá burguês a dar palpites, comodamente e alheado do problema, sobre o sofrimento das pessoas, que não passam de peões de um tabuleiro onde não têm influência.
É chique dar palpites sobre o politicamente correcto,mas não alivia a consciência.

AQUILES disse...

Pamina
O Hitler foi uma besta. Mas não foi nem é o único. Centrar só as atenções nele, no passado, faz branquear as bestas da actualidade, que também estão a matar e muito. Nos últimos 20 anos já se ultrapassou em muito as vitimas do nazismo. Hitler não foi a última besta. E calar a existência de outras também tem nome.

thorazine disse...

aquiles,
"É muito diferente de estar num sofá burguês a dar palpites, comodamente e alheado do problema, sobre o sofrimento das pessoas, que não passam de peões de um tabuleiro onde não têm influência.
É chique dar palpites sobre o politicamente correcto,mas não alivia a consciência."

Completamente de acordo! A "distância" por vezes faz o burguês cooperar numa guerra. :(

Fora-de-Lei disse...

Pamina 12:43 AM

Pamina, não se "esfarrape" que não vale a pena...

Nesta altura do campeonato, os judeus já nem pelas suas inocentes crianças têm qualquer consideração, quanto mais pelas dos outros. Veja como se violentam crianças, induzindo-os a escrever mensagens nas bombas que irão matar crianças do outro lado:

http://www.aporrea.org/imagenes/2006/07/israel-nino1.jpg

http://www.aporrea.org/imagenes/2006/07/israel-nino2.jpg

Fora-de-Lei disse...
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Fora-de-Lei disse...

azulcereja 7:04 PM

"... mesmo nestes nossos comentários se percebe o quanto a manipulação social massificada produz."

É aquilo a que eu costumo chamar o "Síndrome de Hollywood", sendo:

- Síndrome um conjunto de sinais ou sintomas provocados pelo mesmo organismo e dependentes de causas diversas que definem uma doença ou perturbação;
- e Hollywood um lugar de todos sobejamente conhecido e que tem sido, por excelência, um dos instrumentos usados pelo lobby judeu para tecer a sua teia com vista para o mundo.

Klatuu o embuçado disse...

Pois é! As «pedagogias socialistas» são lentas e de eficácia duvidosa...
A minha «pedagogia do machado» resolveria o nazismo-luso... num ano!!