Espero que a vida também! É inútil lutar contra a morte tal como é inútil lutar contra a vida. É inútil porque a morte é uma puta - desculpem o palavrão mas é a única palavra que encontro. Quando o meu pai morreu, o padre que foi rezar a missa disse que detestava aquilo porque nós não fomos feitos para a morte. De facto não fomos... Há pessoas de quem gostávamos e que já não podemos tocar e ver e cuja morte foi tão injusta. Ainda no sábado fui a enterrar um camarada da guerra que morreu num acidente de automóvel. Foi muito comovente ver aqueles homens duros, que fizeram a guerra, a chorar como crianças. Eu chorei também, gostava muito dele e agora quando nos reunirmos ele não vai lá estar. E não faz sentido que o Zé não esteja. Eu tenho que viver pelo meu pai, pelo Cardoso Pires, pelo Melo Antunes, estão dentro de mim até eu acabar.
António Lobo Antunes ao DN.
57 comentários:
A morte também vai ratanto..ratando, ratando, injusta, teimosa, cega! :(
PS - Pensei que o prof tinha ficado "preso" na caixa abandonada em Gonçalo Cristovão! :))
Boa noite.
A inevitabilidade da morte...não me apetece pensar nisso...com um fds prolongado à porta:)
É inútil lutar contra a vida porquê?
Se eu não gostar da vida que tenho, só tenho é que lutar contra ela...
Thora,
Ficou "preso" onde?!!!
Já sabes que sou curiosa:))))))) Lol
ALA, um benfiquense benfiquista (ou um benfiquista benfiquense) escaldado com a morte. E como gato escaldado de água fria tem medo...
Para quem, como eu, não acredita (infelizmente!) na imortalidade da alma, o título do post representa aquilo que entendo ser essa imortalidade. Vivemos na bondade dos que não nos esquecem. É, por isso, que aqueles que amo e já não estão cá, continuam aqui, comigo. Vivos nas minhas recordações.
GISELA, GISELA, GISELA
Gisela no post anterior,
"Assim, parece-me que o blog se transformou mais num grupo regional de pessoas a louvarem o Professor"
Isto não é verdade, a começar pelo meu caso concreto.
Então por que é que a Gisela escreveu isto?
Eu sei. Para entrar em confronto e assim auto-induzir um estado nervoso.
Estados nervosos servem para libertar tensões acumuladas. Isto vê-se por exemplo nas reacções dos treinadores de futebol depois de um jogo que corre mal.
Quando estados nervosos são contidos fica um saldo por liquidar!
Por isso, o indivíduo tende a aproveitar-se de outras situações para poder saldar as tensões acumuladas.
andorinha,
Não interessa...temos de acabar com as "Zirinhas"!!! ;))))
E tu foges de politica, foges da morte...diz-me lá, o que te faz sentir viva? :)))
Acho que a inevitabilidade da morte é o que nos faz, a todos, ir vivendo a vida com alguma intensidade. Tudo o que é eterno é sem graça..só damos valor ao que podemos perder! :)
Julio, a morte, é só o outro lado da...ponte. Todos a teremos de atravessar.Desde o momento da concepção, que a contagem regressiva começa...
Por isso temos que viver cada dia da nossa vida, como se fosse o ultimo e vivê-lo com alegria, mesmo que o coração chore de vez enquando.
Aproveitemos todos os momentos que estamos com quem gostamos,porque esses momentos são parcelas da tal felicidade, que todos andamos á procura.
Um abraço
Bom dia.
Thora,
Acordei agora, ainda não tomei café, não te percebo:)))))
"Acabar com as "Zirinhas""?????
Não faço a mais pequena ideia do que isto seja:))))))))))))
O que me faz sentir viva?
Isso querias tu saber!:)
O Benfica, por exemplo:))) Loooool
Tanta coisa, miúdo, não me vou "desnudar" aqui...
Quanto ao resto concordo contigo, nunca me ouviste dizer o contrário.
Só disse que ontem não me apetecia falar disso, é diferente.
Não sabes interpretar?:)))))))
Xelim,
Concordo com essa análise.
Ultimamente andas a dizer umas coisas acertadas.
Ou se calhar já andavas há mais tempo e eu é que não tinha reparado...:)
Até mais logo, malta:)
Tudo isto é vida.Desesperante mas vida.Ficamos para recordar os nossos.
ALA... aqui a pessoa, mais do que o escritor, na sua grandiosidade...
...
E se nós somos a nossa memória, existimos - assim como tudo e TODOS que ela abarca - enquanto ela, a memória, existe. Somos (e+)ternos enquanto alguém nos permite ser tatuagem no seu afecto.... em vida ou após. A e*terna*idade... tem a duração do afecto.
...
Sinto assim.
O meu Pai, que morreu há uns anos continua vivo em mim... nos sorrisos que ainda desperta quando falo dele aos meus filhos.
... E depois há os 'vivos', que tiveram o seu ciclo de vida em mim, e que porém... já 'não são', passaram... tal como eu para eles.
Existimos enquanto memória, afecto...
(Reli o que escrevi. Hoje as palavras não estão fluidas, creio que não consegui exprimir-me com clareza. Desculpem.)
Há que cultivar a memória dos que nos são queridos e fazê-la reflectir nos vivos. Como se a afectividade fosse um espelho intemporal!
Gostei do aforismo: «A nossa eternidade é a memória dos outros.»
Fiquei sem perceber se é da autoria de JMV ou de ALB. :\
Para suavizar o tema deixo aqui uma de Woody Allen.
«A morte também tem o seu lado positivo: é uma das poucas coisas que se pode fazer deitado.»
:S
Para a malta mais distraída:)
Não esqueçam hoje às 22.30h na SIC-Mulher, SERRALVES FORA DE HORAS.
Sirk,
Deve ser de JMV; alguma coisa ele tem que fazer, não?:)))
Mas os títulos costumam ser de sua autoria.
Só a morte? E o sexo, não????
:)
Andorinha,
Que pensamento tão unidireccional:).
Júlio,
Tem razão (nem sabe o que me custa dá-la):)))), mas foi o que me surgiu...
:)
Pronto, confesso: gostei do "pograma".
:)
Sirk,
Já tás a dar graxa?????
Então somos duas. Que gostámos do programa, atenção, não a dar graxa!
:)))))
Bons sonhos, cachopa:)
Atentamos a aproximação da morte quando as cabeças das fileiras da frente começam a ser muito menos do que há vinte anos. Qunado já não houver mais nehuma fileira à nossa frente, teremos a certeza que os próximos militantes seremos nós.
O crescente aumento da tecnologia científica, a evolução dos conhecimentos médicos, cirúrgicos e biológicos tornou possível a recuperação e tratamento de patologias que até então seriam consideradas irreversíveis, limitando assim o tempo de vida do ser humano.
Há algumas décadas atrás, morrer em casa, junto dos familiares e amigos, respeitando as crenças e costumes da pessoa doente em fase terminal, eram considerados um processo digno e natural do ciclo vital do homem
Hoje, dia 6 comemora-se o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, pelo que deixamos um vídeo (em espanhol) que retrata o que são estes cuidados. Faz uma retrospectiva historica e termina com testemunhos actuais.
Ver em : http://enfermagemsu.blogspot.com/2007/10/dia-mundial-dos-cuidados-paliativos.html
Vale a pena ver o video anterior! Ate já e bom fim de semana
É por estas e por outras parecidas que ainda hei-de ver o Lobo Antunes (que não sabe ler nem escrever) ganhar o Prémio Nobel da Literatura!
Bem vindo às nossas casas, professor! Foi cá um luto mais comprido...
Gostei muito do novo formato. Na 1ª parte, a sala e o fundo (pictórico? colagens? Não deu para perceber bem), excelente. Tudo muito luminoso e cheio de positividade.
Mas parti-me a rir, porque lhe fizeram a desfeita de lhe dar aquele cadeirão!
Ou seja: -sem costas suficientes para estender o braço, para aquela sua pose já proverbial! Que é ...como chamar à posição? ..."Semi decúbito lateral" ?! :):)
E como o Professor não consegue estar quieto, lá tombava para a esquerda à procura do amparo de sempre!
Mas ainda bem que se inclina. Senão parecem estar todos muito a preceito, e muito a jogo em Serralves (régua e esquadro) mas também quase como se tomassem o chá das 5 em Buckingam!
A certa altura eu pensava... "- Terá sido o Siza que exigiu dirigir a expressão corporal?!"
A 2ª parte, lindíssima, aqueles jardins prometem (se não chover!)
(Fiquei espantada por não ter referido na 1ª parte o caso do seu post "surprise, surprise", era 1 boa achega para o tema em debate!)
Obs: Mas o que, já agora, o Siza podia mesmo ter feito era o lettering do genérico. Era só mesmo o tipo de letra, o resto está perfeito.
Aquele "Serralves fora de horas" floreado e com ar de estar a abrir 1 daquelas telenovelas históricas brasileiras... não sei, não!
Nem tem nada a ver consigo, nem com o cenário ultra moderno de Serralves, nem com a onda do programa (excepto pela alusão à ideia da tortuosidade da mente humana?:):):)
Agora, como tem 1 filho arquitecto tão talentoso, tem de o pôr a criar uma coisita melhor!
Parabéns!
Boa noite!
Estou atrasada...
5 de Outubro... Um beijo, porque sim!:)
Quanto a "Serralves", se não tem chamado a atenção uns posts atrás para a barbela nem dava por ela...:( Assim , perseguiu-me quase todo o programa:)
Nada que esse sentido de humor fantástico não resolva:))))
E para quem não conseguiu ver a estreia, o programa está a dar em repetição neste preciso momento.
Confesso que gostei mas fico à espera de mais.
Kiss
Maralhal,
Obrigado pelo apoio! Só ele me dá coragem para regressar de Praga, onde me refugiei e pensava pedir asilo político, caso a Administração de Serralves me pusesse um processo por eventual destruição do roseiral:).
PRAHA
Boa cidade, bom jazz, bom passeio, bom sítio para desanuviar, arejar.
Júlio,
Se fosse a si, continuava por aí, a "saborear" essa bela cidade.
Olhe que os processos demoram e nunca se sabe...nestes tempos que correm, todo o cuidado é pouco:)))
Aquiles,
Já vi que temos essa paixão em comum.
Quem me dera lá estar agora e não aqui na cidade-berço:)
andorinha 11:02 PM
E depois há os tais processos kafkianos... Articula bem com Praga, não é ?!
FDL,
ai também simpatizas com o insecto que comeu a sua propria cabeça à dentada? :)
FDL (12.23)
Genau...:)
Eu não queria morrer :-(
Quando isso acontecer serei certamente uma morta com umas trombas de palmo e meio :-)
E isto foi só para desanuviar de falar sobre um tema do qual não gosto.
andorinha 1:14 AM
"точно" teria ficado melhor... ;-)
thorazine 12:42 AM
Pois claro !
É esse o cúmulo daquilo que aprendemos como sendo a noção de permanência do objecto (cúmulo, porque é isso que a morte é): aqueles de quem gostamos, estão dentro de nós até acabarmos.
E depois há isto: é que pela ordem "certinha" da vida, primeiro vão os avós, e a gente sobrevive; depois os pais, e arrancam-nos as raízes; depois os camaradas, e já não percebemos muito bem o que isto é...
Um abraço para si, Professor, e obrigada por este pedacinho de ALA, cuja escrita admiro sobremaneira. A afirmatividade das suas emoções de hoje lembra-me a lava vulcânica... Jaz no subsolo algo que, às tantas, tem que sair; e sai como tem que sair, exactamente.
Sobre Miguel Torga, também ele o disse tão bem.
Convosco partilho.
FDL (6.16)
Sei lá se isso é alguma asneira...
Contigo nunca se sabe!:)
PS: Lá nos safámos à tangente, amigo e companheiro:)
Apc,
É, essa ordem "certinha" da vida é assustadora.
Já tinha lido Miguel Torga by Lobo Antunes, mas nunca é demais reler.
Obrigada pela partilha:)
Gisela Viegas ou Viegas Gisela, como queiram,
"...já não tenho idade para certas conversas da treta."
Mas por acaso tu estás a conversar com alguém?
Sabes a diferença entre uma conversa/diálogo e um monólogo?
Uma pessoa aparentemente tão letrada, deve saber....
Entraste aqui debitando o discurso que tinhas programado e agora sais da mesma maneira que entraste, monologando.
Só mais uma coisa: Não "permito" conselhos porque não os pedi. Além disso, já sou suficientemente adulta para escolher as minhas leituras e tomar as minhas decisões.
Detesto paternalismos, provocam-me urticária...
Duvido que gostes de conviver e trocar ideias; gostas de impor as tuas, provavelmente.
Passa bem!
Mais musicol!
Obrigada professor por ter trazido aqui este texto do António Lobo Antunes, que tanto aprecio, ele próprio recentemente doente e que tão bem tem sabido lutar contra a morte...ele próprio que vai ficar dentro de muitos de nós até acabarmos e assim a vida se vai perpetuando através do amor!Nunca morremos nos que nos continuam e nos amaram porque só o amor é a força avassaladora capaz de nos perpetuar...por isso o final deste texto é tão bonito, uma enorme declaração de amor!
Nem de propósito. Realizei supímpico repasto com amigas lisboetas, algumas das quais nascidas para o meu coração do convívio neste tasco, a poucos metros da Petisqueira do Godinho na noite de 5 de Outubro, dia da estreia do Programa. E por coincidência acabamos as 5 na Casa de Chá onde acabaram tantos desses repastos. Sem consciência do facto estava a fazer a histopermeia desses tempos com antigas e recentes amigas relembrando que todos colhemos os frutos conforme a nossa própria condição humana genérica. E que os anos passam ao sabor do que sabemos amealhar do coração dos outros muito mais do que aquilo que conseguimos atafulhar para a conta bancária. Depois lá me mandaram o ficheiro do programa e lá o vi. Prazer, muito prazer. Felizmente n se perdeu completamente a tua reputação Boss nas nossas escandalosas Produções Murcon loooooooooooooool e foi uma mais valia para a Sic-Mulher, que só me cativava mesmo nos tempos em que vivia na Tuga pelo show da Oprah. Mas pegando na posta, quanto à morte ser uma puta. Penso que é um daqueles casos típicos em que o analfabetismo endémico luso e a espontaneadade do António se juntam para dar lugar a uma soundbyte que não o é. Sendo que ele escreve os livros originalmente em francês "putain" é tão só o "raios" francês. E serve o que ele diz para se perceber o perder de sorriso da face de tanta gente com os anos. Se na juventude se diz "eu não pedi para nascer" na velhice diz-se "eu não pedi para morrer", como que a morte fosse a indesculpável contrariedade com que o mundo nos brinda. Desde a minha pré-adolescência sempre me fascinei com aquela história de que os habitantes de Pompeia tinham colocado primeiro os velhos nas barcaças para se salvarem da avalanche de lava, fazendo com que estes praticamente não fossem encontrados na cidade. Agradava-me uma sociedade que tratava assim os seus idosos. Mas pergunto-me se não seriam aqueles velhos os mais preparados para morrer sob a avalanche de lava e se a escolha comunitária não fosse interesseiramente científica: pelos idosos terem o repositório de saber. Hoje um mero DVD faria o papel desses velhos e as barcaças seriam enchidas de jovens. Sobreviveriam os mais fortes. Portanto de certa forma a modernidade caracteriza-se por mimetizar mais fielmente o processo de seleção natural do que os processos intermédios da nossa civilização, em que ele era contrariado pela exiguidade de meios ; ))))))))
E pronto, era só para dizer isto ; ))))))
Relendo o texto depois de publicado e sobre a questão de Pompeia apareceu-me este conceito de que à medida que a tecnologia se torna parte dos géneros diários do ser humano ela passa a obedecer ao gravitas darwinista. Uma espécie de coeficiente ou rácio.
O que mostra que a escrita, mesmo quase ás 3 da manhã, pode dar origem a conceitos engraçados numa mente cansada ; )))))))))))
É o nosso mundo...António que tb sou...talvez até eu acabar!
Andorinha,
Realmente deve andar com muita comichão!
Gostava que me explicasse como é que escolhe os seus livros, já que não permite sugestões. Então, só lendo é que a gente vê se são ou não bons, ou se gosta ou não. E pela reacção, parece-me bem, que não leu os belos livros que lhe foram recomendados.
Boa tarde!
Pois...há gente que quer música, mas é melhor ir bater a outra porta.
Só hoje vi o 1º “Serralves fora de horas”. Benditos gravadores! Talvez, por a fasquia ser colocada muito alta – face à qualidade dos intervenientes –, ficou abaixo das minhas expectativas. Para isso, terão contribuído, na minha opinião, as seguintes razões:
1ª parte – pouca intimidade, que o tema abordado e o próprio título do programa justificariam; excesso de luminosidade acrescida pela parede branca em fundo e o reflexo do soalho; cadeirões rígidos, pouco de acordo com a “maleabilidade adaptativa” dos prováveis temas a tratar (para além de dificultarem a pose natural do Professor); posicionamento dos intervenientes impeditivo de um olhar natural “olhos nos olhos” tão a preceito nas possíveis temáticas; um excesso de eco que retira o “desfazer” tão característico da voz do Professor e elimina a “limpidez” da última palavra da voz da Ana e, por último, a falta de contraponto que o tema justificava, alguém que assumisse um papel de dúvida, discordância ... (só na 2ª parte se referiu, por exemplo, a presença da homossexualidade nos chat’s e não se abordou o caso de mudança de género, tão frequente)
2ª parte – demasiado “congelamento” da imagem num único local, com movimentos das câmaras e não da Ana e do Professor.
Apesar do que referi e que, provavelmente, um entendido (coisa que eu não sou) desmontaria rapidamente (pobre de mim), foram 50 minutos muito agradáveis. Dos melhores que a televisão hoje nos dá.
JFR,
Bolas! Telespectador exigente!:)
Já não és a primera pessoa que se refere aos cadeirões, acho piada.
Eu nem reparo...estou concentrada nas pessoas e no que elas dizem.
Não estou a dizer que os outros não estejam, estou só a dizer o que se passa comigo; não é nenhuma crítica.
E lá estou eu já a justificar-me antes que alguém me "acuse" seja do que for.
Isto dava para ser analisado por um psi...:)))
Não entendi o que queres dizer com "pouca intimidade."
Em que sentido?
Andorinha:
A pouca intimidade refere-se ao "ambiente".´Demasiado nú. Excesso de espaço. Lembra um pouco uma encenação para uma entrevista. Muito formal! Será isto que pretendem? Se sim, foi conseguido.
Corrijo: nu e não nú
JFR,
Pensei que te referias aos intervenientes...aí achei que não houve falta de intimidade.
Quanto ao espaço, sim, também me pareceu demasiado espaçoso:) e nu.
Mas talvez porque se tenha na memória o Estes difíceis amores, não sei...
é isso mesmo.......
os nossos estão sempre dentro de nós.....até ao fim
jocas maradas de tempo
Magnífico texto de homenagem a um Amigo. Magnífico Homem que escreve textos assim. Um dos Homens que eu gostaria de um dia conhecer pessoalmente.Porque gosto de ler o que escreve, porque gosto da forma como nos escreve o Mundo.Porque sim...porque a Vida é demasiado breve, porque a Morte nos parece sempre demasiado distante e doutros...
"a morte é uma puta"
"o padre [...] disse que detestava aquilo porque nós não fomos feitos para a morte."
"Eu tenho que viver pelo meu pai, pelo Cardoso Pires, pelo Melo Antunes, estão dentro de mim até eu acabar."
Três pérolas de parvoíces, na minha mui humilde opinião!
A morte é do mais puro que há, daí que a comparação com uma mulher da vida seja (no mínimo) uma palermice!
Um padre a dizer que não fomos feitos para a morte? Um padre e um homem: pois não somos feitos para outra coisa! É a única constante na vida! A única coisa por que podemos esperar. A grande ilusão que qualquer um pode ter é precisamente a da vida eterna... que não existe!
Quanto a viver por alguém, é outra parvoíce! Pensar que isto vem da boca de um psiquiatra doi particularmente e mostra a vocação para essa arte. Pois se já viver por si é duro, fará viver pelos outros! Num ponto de vista mais cínico, isto é frase feita de quem na altura não encontrou mais que escrever.
Lamento a sua perda! Pelo titulo da sua mensagem surgiu-me pensar que temos todos intrinsicamente um reflexo de busca de alguem "especial" para precisamente colmatar a necessidade de alguem que testemunhe a nossa vida, os nossos valores, as nossas parvoices, os nossos risos...para nos prolongarmos pelos outros...
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