sexta-feira, novembro 23, 2007

Voluntariamente...:).

Contrição


Que importa que todos me esqueçam
mesmo sem querer?

Que importa que a humanidade não exista
e apenas haja homens
embora vivendo, nascendo, morrendo, semelhantemente?

Se os homens são tantos que, procurando bem, sempre se encontram mais alguns;
se são tão frágeis que mal podem cair;
e se eu sou tão desgraçado, tão ímpar, tão mental,
que tenho de voluntariamente
desejar amá-los.


Jorge de Sena.

42 comentários:

gaivota disse...

Ainda que pouco importe ou nada, somos todos humanos, todos iguais e todos diferentes,
nascemos iguais, morremos iguais,
só o espaço que permeia entre a vida e a morte é que é e será sempre diferente para todos.
Por isso é que há tanta gente e tão poucas pessoas...

Elsita disse...

Muito bonito...
Sim, concordo com a gaivota: há tanta gente e tão poucas pessoas...
O poema tocou-me mais, assim a falar das pessoas, porque na segunda-feira morreu o meu fiel companheiro de há onze anos, um gato, que nunca me virou as costas, dormiu sempre na minha cama, comeu o que eu lhe dei.
Agora está no céu dos gatinhos a apanhar passarinhos e comer azeitonas, passatempo favorito dele. De quantas pessoas conhecemos o passatempo favorito?

Anónimo disse...

Doing the right things starts with knowing the right things!

Esse Jorge de Sena não sabe escrever, aliás como muitos outros autores, pensa que se escrever algo confuso passa "limpo" e justificado com um significado oculto.

Desafio quem acha encontrar lógica no trecho em baixo, no contexto do texto, (ou fora do contexto do texto, ahahaha)

«Se os homens são tantos que, procurando bem, sempre se encontram mais alguns»

Só se fosse mais alguns como ele, o que estaria deslocado frente ao marcar do contraste final.

Eu sei bem o fascínio que o Prof. Julinho sentiu por esse texto. Imediatamente, mesmo sem consciencializar, "pensou" nos toxicodependentes. Aquilo que esse Jorge Sena diz da sua situação entre os homens é uma imagem do que o Prof. pensa dos "tóxicos". Ou seja, no fundo não os queria! Mas não lhe resta outra coisa que não seja voluntariamente se acomodar... Daí a partilha do sentimento com o Jorge de Sena.

Laura disse...

E por falar nele...
Correspondência entre Sena e Sophia.
A não perder.

Está bem que sou suspeita.
Com as autobiografias (mas destas apenas as não autistas), as cartas são o meu género favorito.

Esse livro é obrigatário.
Um "concerto de almas" inesquecível.

Su disse...

gosto de sena....

que importa......

jocas maradas

andorinha disse...

Boa noite.

Gosto de alguns poemas de Sena.
Deste...tenho de voluntariamente desejar gostar.

Não gosto do tom lamuriento que invade o poema.
Não importa?
Importa...se não importasse, ele não teria escrito o poema:)

CêTê disse...

Lidar com a fragilidade dos outros mexe também com a nossa. Para a aceitar temos de respeitar a diferença e desejá-la para constinuarmos únicos. - Era eu a "baralhar"?;)
Bom jogo

e abraços (dos Birtuais);P

andorinha disse...

Cêtê,
Não, não eras tu a "baralhar", batoteira:)))

Mas como até disseste coisitas acertadas, por mim tás desculpada.
Siga o jogo...

:)

Jinhos

Julio Machado Vaz disse...

xelim,
Lamento desiludir tão arguta interpretação. Acontece que me diverte o "voluntariamente desejar", mas na minha qualidade de psi/sexólogo, não de agente na área da toxicodependência. Desculpe lá:).

Unknown disse...

Nada escrevo,
Leio tudo.
Vejo a água
Até ao fundo.
...
Macacos me mordam se este xelim's skull não é aquele asnático do Noiseformind.
E é com tda. a propriedade. Pk o crânio que alberga o cérebro é mesmo do tamanho de uma moedinha...

andorinha disse...

Outra imbecil!
Vêm todos aqui parar...chiça!

E tu és quem Senhora Dona Lady do "Perfil não disponível"?

Para além de seres idiota e despeitada, és cobarde.
O Noise assina o que escreve e se há aguém que não tem medo das palavras, é ele.

Tu és uma pobre frustrada qualquer que veio aqui procurar os seus 5 min. de tempo de antena.
Tadita...a Bíblia ensina-nos que devemos ser tolerantes com os pobres de espírito...por isso, por aqui me fico.

Até amanhã, malta murcónica:)

GS disse...

Um dos poetas/escritor mais autêntico da Literatura Portuguesa, quase sempre tão esquecido, por vezes 'renegado'...

Uma escolha bonita!

Bom fim-de-semana onde quer que se encontre!

Anfitrite disse...

teresa,

...Não é não.
skull não tem o crânio do tamanho duma moedinha. Ele pensa e sabe escrever muito melhor do que o "ruidoso". Este não tem nada na cabeça. A não ser que seja o "Dr. Jekill and mr. Hyde". Pode não se gostar da argúcia do "crânio", como não gostam da minha intromissão no clã, como afirmou o ilco num dos comentários anteriores.
Também não tinha intenção de escrever, mas já que falou no "ruidoso" e como eu desde há dois dias que ando com um ruído nos ouvidos, desde que li um comentário desse espécime, e como também não preciso de engolir sapos, não consigo calar o que senti quando esse vegetal afirmou que faria, ou gostaria de fazer, exactamente aquilo que supostamente um jornalista fazia, e que ele insultou ferozmente. Uma pessoa que poderia ser pai dele(infelizmente, se assim fosse), e que não tem idade, nem sensibilidade para sentir seja o que for. Esta amiba é apenas um "flop", pois acho que as palavras fracasso, fiasco, falhanço, são muito suaves na nossa língua.
Só é pena que alguém gaste tanto dinheiro com ele, se é como ele afirma, mas como, por aí, o dinheiro é muito fácil, para muita gente, também não há problema...

Anfitrite disse...

Aí que gozo!
Enquanto escrevia o meu comentário,
redigido à pressa, por causa da indignação, vem a galinha abrir as asas, para proteger os seus pintos. Se fosse capão ainda perceberia o interesse em ser o dono do blog, mas assim não vejo a necessidade de estar presente em cada momento. Será porque se julga muito importante no blog? Será para afastar a caça, ou será para afastaras ginetas?
Ó sua grande espirituosa, não acha que tem tempo de antena a mais? Achava melhor que pensasse um pouco mais, antes de escrever, para os seus amigos murcónicos não gozarem consigo.
Agora é que é caso para ahahahahahahah...

Anónimo disse...

[Prof. Júlio,

Não posso dizer que não(!!) desiludiu pois isso não era uma variável em causa. Apenas acrescentou. Reconheço que pela forma como escrevi, dei-lhe espaço para discordar. Algo que já não teria acontecido se tivesse escrito «(potencialmente) sentiu» em vez de «sentiu».]

Teresa,

Concordo inteiramente consigo: Que mordam bem os macacos, pois eu o Noise não sou! (Just kidding!) E concordo ainda mais porque pouco mais vejo no seu comentário que a expressão de um sentimento na sua medida certa.

Sobre o "voluntariamente desejar" na sexualidade.

O desejo surge num modo involuntário. Um acréscimo voluntário que se possa fazer a esse desejo serve para confundir ou criar a ideia que se está a sentir mais desejo, mas não gera mais prazer. O intuito será então - nos casos em que tal acontece -, dar mais estabilidade, questionar menos sobre a intensidade desse desejo. E isto se esse engodo resultar! Pode até fazer diminuir o desejo real, sentir-se que se está a fabricar um desejo que não existe, acabando por contaminar a base desse desejo, isto é, a parte dele que é efectivamente real.

Olá!! disse...

Estas picardias são deveras interessantes... ainda não entendi a parte da "reserva" de quem comenta mas com o tempo lá chegarei...
Concordo com Sena... que importa!!!
Ao fim e ao cabo acabamos todos da mesma forma mas enquanto aqui andamos os "sentires" são bem diferentes e é isso que dá um gostinho especial à vida...
bfd para todos

Sunshine disse...

“O Amor é...” chegou a Ponta Delgada!
Ontem fui à Bertrand e procurei em vão nas prateleiras. Dirigi-me desanimada à funcionária e perguntei-lhe pelo livro. Respondeu-me que já o tinha visto. Após alguns minutos de procura descobriu-o entre os livros recém-chegados. Comprei-o! E como uma criaça com o seu brinquedo novo cheguei ao carro coloquei imediatamente o CD. Impedi-me de chegar a casa e devorar o livro, porque há “coisas” que têm que ser saboreadas.
Não importa o que o professor se intitula, mas o que é certo é que tem um modo muito especial de falar e de escrever e que quando o faz, não o faz simplesmente para contar uma história.... tem algo para transmitir.
Muito obrigada.
Será, que agora que o frio aperta por estas vossas bandas, não poderia dar um “saltinho” à nossa maravilhosa ilha e fazer a apresentação do deste seu último trabalho?
P:S: Sei que estou a fugir completamente ao tema dos posts, mas aqui as coisas, com sorte, chegam com uma semana de atraso.

andorinha disse...

Boa noite.

Olá,
"Estas picardias são deveras interessantes..."

Achas?!
Isso dizes tu porque és novata aqui:)

Mas isto é cíclico e, por isso, vai-te habituando...mas não te preocupes que a imbecilidade não é contagiosa:)

Saboreemos a vida e o resto é conversa.
Bom fds.

Moon disse...

Prof.

Gostei do comentador de notícias da RTPN pela manhã...:))))
Não percebo é como ele consegue essa proeza de se sentar sempre torto nas cadeiras, sofás e afins...:)

Olhar disse...

Moon...

Torto e com bichos carpinteiros!!!:)))))

Sirk disse...

Já cá mora "O Amor é..." ;)
Estou a gostar muito.
Assim que o vi comprei-o logo. Nada como ter ! exemplar da 1.ª edição e da 1.ª tiragem. Só Tenho pena que não seja autografado :[

Lamento sempre que os grandes acontecimentos, como o lançamento de um livro, só aconteçam no Porto ou em Lisboa. Portugal não se reduz apenas a estas duas belas cidades, digo eu :)

Estou certa que no Centro do país encontra muita gente que, para além de seguir atentamente o seu trabalho, admira-o bastante, Profe.

Fica, portanto, a dever-nos uma visita :)

Migmaia disse...

Boa noite,

Há algum tempo que não participava no espaço, não que ande de todo alheio, mas o “processo interno” não tem estado para virado para a escrita...
Decidi quebrar o silêncio pelo meu espanto, quando hoje deparei com um espírito contrário ao que, aqui estou habituado a encontrar.
Uma das características que mais admiro no Prof. JMV, e por inerência extensiva ao Murcon, é a tolerância!!!

Acabei hoje de ler “O Amor É”, e a última frase do livro pareceu-me muito a propósito:

“Sem abrigo, somos pedras à chuva” – (Guilherme Machado Vaz)

Saudações Murcónicas

thorazine disse...

Para tentar quebrar o gelo: http://pftv.sapo.pt/16/20/?v=cJk35tA1RB78eCnLcj7S

:)))

A imitação do Alberto João e do Ronaldo estão muito boas!! :))

Cleopatra disse...

"se são tão frágeis que mal podem cair;
e se eu sou tão desgraçado, tão ímpar, tão mental,
que tenho de voluntariamente
desejar amá-los."

Qto mais frágeis mais tenho de voluntariamente desejar amá-los.

Ah!
Gostei de ver os seus filhos e o seu neto... ao vivo e a cores.
E não precisava de dar uma mãozinha ao neto. Ele sabia bem o que queria e não queria dizer...

noiseformind disse...

Os fenómenos históricos em que os seres humanos se distranciaram de uma humanidade intrínseca e partilhada n correram lá muito bem, veja-se o terrorismo religioso e o omnipresente nazismo. O "outro" pode facilmente ser encarado como um obstáculo ao nosso bem estar e aí a porca torce o rabo. Especialmente se o nosso grupo é o maior. Sempre desconfiei de massas, de grupos sanguíneos uniformizados. Imagino que motivos iguais possam, por via de reflexoes individuais, dar origem a manifestações paralelas e ao mesmo tempo genuínas. Não menosprezo a partilha de ideais e da enorme ponte que eles representam, nada disso. Mas sou um flavoured por trajectos, e tem sido esse o meu veneno em relação à maioria dos seres humanos com quem me vou cruzando. Toda a gente chega facilmente à posiçao certa, correcta, esperada num debate ou discussao. O problema é o automatismo do percurso, um pouco como se houvesse uma gravidade de vulgaridade que arrastasse a esmagadora dos seres humanos para a média do esforço cognitivo. Mas a semana de trabalho já começou, Boss, venha nova posta!

Su disse...

prof ..eu disse e repito ,..gosto de sena.... mas esta cena está desde sexta e hoje é terça.....que calão....opsssss............opssss

jocas maradas

A Menina da Lua disse...

Professor

Gostaria de deixar aqui os meus sinceríssimos :) parabens pelo lançamento do seu novo livro " O Amor É..." que apesar de ainda o ter apenas folheado, me deu já a sensação antecipada da certeza do prazer que irei ter ao lê-lo...

Gostei igualmente da sua "festa" que decorreu num ambiente quase íntimo mas muito agradável e caloroso como aliás convem.:)

Conheci e tive pessoalmente a oportunidade de falar com a Ana Mesquita e o António Macedo que são uns "queridos"...com direito a dedicatória e tudo :)

O Sérgio Godinho é uma simpatia e quando eu lhe disse que o achava parecido com o Professor , ele não só concordou como ainda me disse que já o tinham referido várias vezes... E não é que é mesmo parecido!! até na voz...acredite:) mas agora não comece tambem para aí a cantar :))

Bom! e para acabar esta minha insistência e participação no Murcon, devo ainda acrescentar que lamento e tenho imensa pena que o clima de intolerância e falta de respeito pelos outros ainda se mantenha aqui no Murcon pois considero que continuam a haver as mesmas pessoas que olhando só para o seu próprio "umbigo" e com uma "língua muito comprida", continuam a insultar e a desfeitar outras que mal ou nem sequer conhecem...

Lamento!...pois gostaria muito que houvesse o clima de aceitação e respeito não só pelo espaço dos outros mas essencialmente pela oportunidade de aqui podermos trocar ideias, sentires e opiniões diferentes, tão importantes para o nosso próprio crescimento individual.

Mas " pas grave" fiquemos e concentremo-nos então nos que bem merecem e verdadeiramente interessam e um deles é com toda a certeza o nosso caríssimo anfitrião:)

Beijinhos

andorinha disse...

Boa noite.

O Boss:) perdeu-se por Lisboa...:))))

Noisito,
Concordo com uma pequena ressalva.

"Toda a gente chega facilmente à posiçao certa, correcta, esperada num debate ou discussao."

Há debates ou discussões em que não existe uma posição correcta ou errada. Por outro lado é preciso ver que é sempre mais fácil alinhar com as posições da maioria, é mais confortável e não obriga a tanto esforço mental:)
Ou seja, digo o mesmo que tu, por outras palavras:

"O problema é o automatismo do percurso, um pouco como se houvesse uma gravidade de vulgaridade que arrastasse a esmagadora dos seres humanos para a média do esforço cognitivo."

thorazine disse...

E agora ouvia-se o Zeca a cantar "a formiga no carreiro"...:))

...ou o professor a trautear "hoje é o oprimeiro dia do resto da minha vida"!! :D

thorazine disse...

Toxinformação:

http://caso.no.sapo.pt/

Consumidores Associados Sobrevivem Organizados.

A primeira organização que visa promover os direitos, a saúde e a dignidade dos consumidores de drogas, principalmente injectaveis. :))

Doutor Enfermeiro disse...

Ex.mo Dr JMV,
circula pela net uma brincadeira que permite aos "blogueiros" nomear os melhores blogs.
Como frequentador assíduo do seu "espaço", enderecei-lhe um desses "prémios".
Reza a brincadeira que o autor dos blogs nomeados, por sua vez, devem de fazer o mesmo. Tudo isto de acordo com 3 regras simples que pode ler em:

doutorenfermeiro.blogspot.com

Sara Nelma disse...

Professor Júlio:
Não sou grande apreciadora de poesia, mas às vezes dou com um poema como este, que me faz pensar, e gosto disso.
Acho que a contrição é algo que por vezes assombra quem se dedica a ajudar os outros. Quando ajudamos alguém, sentimo-nos bem. Mas será porque a pessoa que ajudámos está melhor ou porque fomos nós que o fizemos? Afinal, o facto de ajudarmos alguém torna-nos melhores pessoas, aos nossos próprios olhos e aos dos outros. A gratidão daqueles que ajudámos é bem vinda, mas pode ser constrangedora, quando suspeitamos que não a merecemos. Parece-me que, além da contrição, está latente neste poema a contradição entre a vontade de isolamento e a de proximidade com o outro. E há também uma espécie de rendição à condição humana de animal social, vinda de quem se sente estranho, diferente, exterior e paradoxalmente semelhante aos outros.
Esta é a minha interpretação, que valerá tanto como qualquer outra, porque a poesia, tal como todas as artes, é feita não para ser entendida por todos segundo uma lógica comum, como parece que algumas pessoas pretendem, mas para ser fruída e interpretada por cada um. Eventualmente, conhecer as interpretações dos outros poderá enriquecer o nosso conhecimento sobre esses outros e não sobre aquilo que as obras propriamente ditas nos transmitem pessoalmente.


Saudações poéticas

Unknown disse...

Senhor Professor,
será possível subscrever e divulgar, no seu blogue, a "PETIÇÃO para estabelecimento de medidas sociais, administrativas, legais e judiciais, que realizem o dever de protecção do Estado em relação às crianças confiadas à guarda de instituições, assim como as que assegurem o respeito pelas necessidades especiais da criança vítima de crimes sexuais, testemunha em processo penal"?
Em caso afirmativo, o endereço é:
http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html

Muito obrigado!

Silvino Figueiredo disse...

Todo o homem é um anão perante a grandeza do seu sonho.
Este de amar todos é um deles, porque a maioria das vezes nem uma vez se ama nem um só amor se conserva!
Assina o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

Unknown disse...

Boa noite, a todos!
Vim só para dizer que vi o Mahatma na Tv hoje :)(pouquinho que tinha uma visita muito importante para fazer). Mas gostei de o ver na caixinha ainda que como convidado e a horas decentes :))))
Abraço
MJ

Blogogamico disse...

Professor queria aqui deixar os parabéns pela entrevista que vi hoje no programa da tarde da RTP, também queria dizer-lhe que vejo com muita atenção o programa da sic mulher "Serralves fora de horas", tem sido uma boa companhia e também muito elucidativo, novos pontos de vista e novas linhas de raciocínio.
À pouco tempo finalizei a leitura de um dos seus livros "Olhos nos Olhos", um livro que foi na altura certa, nem mais um dia nem menos uma hora, queria-lhe agradecer pela ajuda que teve indirectamente na minha pessoa. Um abraço grande

PS: Penso que temos de falar das coisas boas e dar o verdadeiro valor a quem o merece, aqui fica um voto de apreço e de respeito por quem tem conhecimento, esse mesmo que ajuda outros terceiros e perceber melhor a vida.

Migmaia disse...

Bom dia,

Ontem apareceu-me um fantasma que já me ameaçava desde há alguns anos.
Não me refiro ao facto de ter visto (infelizmente não pude ouvir) o Prof. JMV num programa da tarde na TV.
Sucede que, me encontrava no Hospital Pedro Hispano (Matosinhos) a aguardar por informações do meu Pai, que havia dado entrada na urgência por volta das 13h. E esse é que foi o pesadelo.
O Velhote (acho que nunca o tratei assim) fez 69 anos (bonita idade!!!) na passada sexta, e estatisticamente, já era mais do que provável que a máquina acendesse alguma luz. Acrescendo aos factores de risco acumulados ao longo dos anos, um resfriado consequência dos excessos na comemoração do aniversário, fizeram com que o fantasma se tornasse real.
Felizmente, e para contrariar as minhas expectativas, o drama foi ½ Kafkiano. O meu Pai veio embora já depois das 18h sem ser atendido. Isto porque a urgência tinha entrado em ruptura. A anunciada 1 hora de espera no placar para os amarelos (cor atribuída na triagem), passava a 3 horas no balcão das informações. Foi a 1ª vez que o meu Pai recorreu ao serviço de urgência, e com bastante relutância. Apesar de estar à 2 dias a fazer febre e de se queixar de uma dor forte no peito. Após 5 horas de espera, a “neura” já era mais forte, pelo que não o consegui demover de vir embora.
Lamentavelmente, hoje irá ser visto com recurso ao plano B. Ou melhor, ao C porque só com cunhas…Revolta cumprirmos com as nossas obrigações e não podermos exigir o que nos é devido. Tinha a melhor impressão do referido Hospital, onde aliás nascerem os meus Filhos. Não sei se a recente obrigatoriedade de picar o ponto neste estabelecimento, pode influir para o sucedido. Sei é que não foi um serviço digno!

E desculpem o desabafo…

Sérgio A. Correia disse...

Prezado Prof Júlio Machado Vaz

Sarja Akhmani é oriundo de uma nobre família iraniana com muitos primos na
Linha. Perspicaz como poucos e parvalhão como quase ninguém, Akhmani
propõe-se observar, com um olhar estrangeiramente distanciado, o vosso país
e a Europa em geral, à semelhança do que fez o seu parente Monstequieu no
séc xviii, com as suas Lettres Persannes.

Já sei que os mais ousados de entre vós irão contrapor que Monstesquieu não
era persa, mas francês. Detalhes. A esses críticos malévolos, dir-se-à que
Monstesquieu era na realidade francês, mas podia ter sido persa. Dito isto,
é fácil presumir que comecem a duvidar do parentesco de Sarja com o autor
francês. Nada mais injusto! Vá lá, atrevam-se a falar com os primos que ele
tem na Linha...



A pedido de várias famílias da Linha de quem Sarja Akhmani é primo, o
repórter iraniano achou por bem coligir num novo blogue os textos que foi
produzindo no "cresceiemultiplicai.vos". Assim, é de salientar o cuidado que
Sarja teve em escolher justamente os seus piores textos humorísticos, ou não
fosse este o pior blogue de humor da blogosfera portuguesa.


O lançamento do novo blogue contará com a presença de José Sócrates,
primeiro-ministro do Irão, e de um novo post do repórter sobre o
provincianismo português.


http://obloguedosarja.blogspot.com


Grato pelas vossas visitinhas


Sarja, o repórter

Julio Machado Vaz disse...

Migmaia,

Não há nada a desculpar:(.

andorinha disse...

Migmaia,

É este o país que temos:(
Espero que corra tudo pelo melhor.

P.S.Nunca mais ligaste...então como é?:)))

thorazine disse...

"É este o país que temos:("

Tens de ver o "Sicko", o novo documentário do Michael Moore e vamos ver se dizes a mesma coisa.. :|

Nos "queridos" Sates, mal chegas ao hospital ligam para a tua seguradora para ver até onde é que o seguro cobre. Pessoas que em acidentes de trabalho cortaram os dedos todos da mão tiveram de escolher qual era o dedo que queriam repor, pois o plafon só dava para um dedo..bahhh :|

andorinha disse...

Thora,

Já estás a implicar comigo novamente?:)))))))))))

Com o mal dos outros posso eu bem...
Mais a sério, sei que há nos States situações de tremenda injustiça. Esse caso que contas é arrepiante!!!!!!!!!
Mas os EUA não são exemplo para ninguém, que me desculpe o Sr. Bush:)