segunda-feira, abril 30, 2007

Preguiçosamente no Verão passado:).

Nova brincadeira à vossa disposição nas Produções Murcon.

P.S. Diálogo citado pelo Provedor do leitor do Público na edição de ontem:

João Bonifácio: "É das canções de amor mais desesperadas que já alguém escreveu: "Deixa-me ser... o ombro do teu cão..."
Camané: "Ele queria ser o ombro do cão dela porque queria era estar ao pé dela, não queria que ela o deixasse. E nessa fase da canção existe o desespero: nem que seja uma mosca à tua volta, o ombro do teu cão, qualquer coisa, mas que eu possa estar ao pé de ti".

Verso em análise de Brel, como já adivinharam - "L'ombre de ton chien...". Se existe um Céu dos artistas, o pobre Jacques deve achar que está ser tratado abaixo de cão:(.

domingo, abril 29, 2007

Derby.

Resultado justo.
Fernando Santos igual a si próprio.
Única novidade - soube de fonte segura que Marco Caneira só poderia ser expulso por indicação conjunta do Presidente Cavaco Silva, do Papa Bento XVI e de George Bush. Embora as três personalidades referidas advogassem a sua exclusão, o árbitro Pedro Henriques alegou que o comunicado respectivo chegou depois do jogo.

quinta-feira, abril 26, 2007

Tudo acontece a Marques Mendes...

Carmona Rodrigues vai ao DIAP na próxima semana depor, como arguido, no âmbito das investigações sobre a permuta de terrenos do Parque Mayer, propriedade da Bragaparques, e da Feira Popular de Lisboa, da CML, negócio que se revelou ruinoso para a autarquia lisboeta.
Inquirido esta tarde, durante a sessão pública do executivo camarário, sobre a sua situação judicial, Carmona não confirmou nem desmentiu que tinha sido constituído arguido, declarando, contudo, que “aconteça o que acontecer, o meu propósito é levar o mandato que os lisboetas me confiaram até ao fim”.
Curiosamente, o vereador Pedro Feist defendera ontem a manutenção no cargo de Carmona, mesmo que viesse a ser constituído arguido no caso Bragaparques.

quarta-feira, abril 25, 2007

Por "sugestão" do RAM:).

A princípio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se se alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Entretanto o tempo fez cinza da brasa
outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...


(e entretanto o tempo fez cinza da brasa!...)


O RAM pôs estes versos no seu blog. Acho-os muito adequados ao dia de hoje...

segunda-feira, abril 23, 2007

Make a wish:).

Mergulhar num amor perfeito por condenado.
E morrer com as velas soltas, não encalhado.

domingo, abril 22, 2007

Os velhos Steppenwolf:).

You know I've smoked a lot of grass
O' Lord, I've popped a lot of pills
But I never touched nothin'That my spirit could kill
You know, I've seen a lot of people walkin' 'round
With tombstones in their eyes
But the pusher don't careAh, if you live or if you die
God damn, The PusherGod damn, I say
The PusherI said God damn, God damn The Pusher man
You know the dealer, the dealer is a man
With the love grass in his hand
Oh but the pusher is a monster
Good God, he's not a natural man
The dealer for a nickelLord, will sell you lots of sweet dreams
Ah, but the pusher ruin your bodyLord, he'll leave your, he'll leave your mind to scream
God damn, The PusherGod damn,
God damn the PusherI said
God damn, God, God damn The Pusher man
Well, now if I were the president of this land
You know, I'd declare total war on The Pusher manI'd cut him if he stands, and I'd shoot him if he'd run
Yes I'd kill him with my Bible and my razor and my gun
God damn The Pusher
Gad damn The Pusher
I said God damn, God damn The Pusher man

Preparo um Encontro em que falarei do histórico dos consumos. E as palavras dos velhos Steppenwolf vêm-me à memória, traçando a fronteira entre os "tambourine men" de Dylan e os dealers das ditas "drogas duras".

sexta-feira, abril 20, 2007

Uma discussão que parece interminável e angustia muita gente...

Portugueses vão manter as terapias hormonais ELSA COSTA E SILVA*

Em Portugal, cerca de 120 mil mulheres fazem terapêutica hormonal de substituição (THS) para tratar os sintomas ligados à menopausa. Um tratamento que volta a estar sob polémica depois de um estudo, ontem publicado na revista Lancet lançar novos dados que relacionam a THS com um risco aumentado do cancro do ovário em cerca de 20%. Risco esse que, cruzados os dados de incidência de cancros do útero e da mama, atinge os 63%.Contudo, este trabalho - a actualização de uma investigação britânica de 2003 - é, segundo a Sociedade Portuguesa de Menopausa, "controverso" entre a comunidade científica. E, para os médicos portugueses, a THS continua a ser válida para tratar situações de desconforto em mulheres que atingem a meia-idade.O alarme relativamente à THS começou a surgir em 2002, quando estudos de larga escala sugeriram que o risco de cancro da mama estaria aumentado nas mulheres submetidas a esta terapêutica. A atenção debruçou-se sobre um medicamento que até então era visto como uma resposta simples a problemas que iam dos sintomas próprios da menopausa a doenças cardíacas ou osteoporose.Uma prescrição quase indiscriminada que acabou por levantar o problema dos efeitos colaterais. E, um pouco por todo o lado do mundo ocidental, foram registados casos de mulheres com cancro da mama, cuja doença começou a ser associada à THS.Em 2003, o estudo Million Women Study apresentava o que poderiam ser evidências de um risco realmente acrescido de cancro da mama. Esta investigação foi construída com base numa preocupação que não é nova: é que, sendo 70% dos cancros da mama ligados a factores hormonais, uma terapia com essa base poderia, de facto, aumentar ou acelerar a proliferação das células malignas."Recebemos mulheres com cancro da mama e que estiveram em THS, mas há casos em que não fizerem este tratamento. E, mesmo que tenham feito, não há como garantir uma relação de causa-efeito, nem que não teriam tido a doença, caso não tivessem tomado este medicamento", explica Deolinda Pereira, médica do Instituto Português de Oncologia do Porto.Contudo, o alarme criado em 2002 e 2003 levou muitas mulheres a abandonar voluntariamente a terapêutica e levantou dúvidas entre a própria comunidade médica relativamente ao medicamento. "Penso que houve um boom de prescrições, mas hoje a classe médica é muito mais cautelosa na prescrição e o seguimento das pacientes é mais rigoroso", explica Deolinda Pereira. E as novas conclusões do estudo da Lancet, refere Mário Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Menopausa, não produzem "evidência médica" que seja aplicada em clínica. Mário Sousa garante que, entre a comunidade científica, este estudo é "contestado, nomeadamente pela metodologia que utilizou". "Não tem significado para nós, a não ser pelo número de mulheres envolvidas", garante o médico, até porque, em alguns casos, houve mesmo "erros de prescrição".Deolinda Pereira explica ainda que estes problemas detectados no estudo levam a que as conclusões sejam, "pelo menos, questionáveis" e que, se não tiverem sido alterados os pressupostos metodológicos, este novo estudo deve ser "lido com cuidado".Ambos os médicos salientam que, para a prática clínica, há outro estudo norte-americano "cientificamente válido": o Women Health Initiative, também de 2002, mas que numa reavaliação posterior e recente demonstrou, por exemplo, que nas mulheres em THS entre os 50 e 59 anos, se verifica uma redução de todas as causas de morte, inclusive por cancro. "Este é um trabalho mais bem delineado e as suas conclusões aceites cientificamente", adianta Deolinda Pereira.Por isso, a THS continua a ser indicada. O que é recomendável, explica Mário Sousa, é que a prescrição obedeça às indicações do medicamento, ou seja, que estejam presentes os sintomas relacionados com a menopausa, como suores nocturnos ou insónias. Outra dimensão a não esquecer são as contra-indicações à THS: tumores hormonodependentes, doença hepática grave, hemorragia não identificada ou tromboembolismo. Por isso é que, num total de três milhões de mulheres portuguesas em menopausa, apenas 4% estarão a fazer THS.Mário Sousa salienta ainda que a THS não deve ser encarada nem prescrita como uma terapêutica contra a osteoporose, uma doença também pós-menopáusica, porque essa não é a sua "finalidade primária". Uma recomendação que segue, aliás, as orientações dadas pelo Infarmed, em 2003, na sequência da polémica levantada pelos estudos entretanto publicados. Os médicos adiantam ainda a necessidade de avaliar o tempo de duração do tratamento, que, dependendo dos casos, se deverá situar entre os cinco e os sete anos.As orientações aos médicos que prescrevem THS passam ainda por, em primeiro lugar, não indicar o tratamento quando a mulher se mostrar muito preocupada com a situação. Outro cuidado que os profissionais têm de ter é avaliar, periodicamente, as mulheres no que diz respeito ao cancro da mama, confirmando que são submetidas a mamografias regulares. * Com Filomena Naves

quinta-feira, abril 19, 2007

O debate.

Observando ontem Paulo Portas e Ribeiro e Castro confirmei uma velha convicção - é muito difícil vestir o ódio com punhos de renda.

terça-feira, abril 17, 2007

E não é possível processá-los?:(

Escolas que promovem abstinência sexual podem colocar jovens em risco, diz relatório

Jovens estariam buscando mais informações em revistas
Um relatório divulgado pelo órgão do governo britânico que fiscaliza a educação, a Ofsted, indica que escolas que promovem a abstinência sexual na Grã-Bretanha podem estar colocando seus alunos em risco.
Segundo o documento, isso pode estar acontecendo porque essas escolas não estariam fornecendo aos jovens informações sobre métodos contraceptivos, o que por sua vez aumentaria o risco de gravidez e de contrair doenças sexualmente transmissíveis.
"Não há nenhuma evidência de que programas baseados somente na abstinência como a única ferramenta de educação possam reduzir o índice de gravidez entre as jovens ou melhorar a saúde sexual dos adolescentes", diz o relatório.
O documento diz também que "não há indícios que sustentem a alegação de que ensinar sobre contracepção leva a uma maior atividade sexual (por parte dos alunos)".
Em casa
O levantamento da Ofsted, feito com base em informações coletadas em 350 escolas britânicas, também revela que os alunos acham que muitos pais e professores não têm muita habilidade para falar com eles sobre assuntos delicados, como o sexo.
"Os jovens vivem em um mundo muito distante daquele em que viveram seus pais quando eram adolescentes", diz o documento, explicando a dificuldade de diálogo entre as duas gerações.
Os jovens vivem em um mundo muito distante daquele em que viveram seus pais quando eram adolescentes

Trecho do relatório
Isso faz com que muitos jovens recorram a revistas para buscar informações.
"O aumento no número de revistas voltadas para jovens do sexo masculino, embora às vezes incentive atitudes sexistas, tem ajudado a corrigir o desequilíbrio de conselhos destinados a jovens", diz o documento.
Um outro empecilho seria a "ausência de um código moral" em casa, o que também força as escolas a assumirem mais responsabilidade sobre a educação dos jovens.
Tabaco e álcool
A Ofsted também aborda o impacto daqueles que foram identificados no relatório como os principais fatores de risco à saúde dos jovens britânicos – o tabaco e o álcool.
Os dados mostram 34% das garotas de 16 anos e 28% dos garotos da mesma idade admitiram se embriagar uma vez por semana e que "aqueles que bebem estão tomando muito mais do que no passado".
O número de jovens fumantes, particularmente do sexo masculino, caiu desde os anos 90. Mas o órgão identifica como "causa de preocupação" um aumento do tabagismo entre as jovens.
O relatório alerta ainda que há sinais de que mais jovens do ensino médio estão dizendo não às drogas, mas recomenda que as escolas primárias aprimorem suas estratégias para combater o problema desde cedo.

segunda-feira, abril 16, 2007

Lutamos em todas as frentes:).

Engenheiro,
Estamos contigo! Vamos conversar, analisar, recuperar física e animicamente, multiplicar as substituições a 5 minutos do final, dizer que os jogadores foram inexcedíveis e enquanto for matematicamente possível.... Vamos esgotar o futebolês! E a paciência:(. Mas... o Belenenses não nos alcançará:) E na próxima época preservaremos - ó palavra assustadora... - a estabilidade!

domingo, abril 15, 2007

É o nosso fim:(. Adeus mundo cruel!

Ciência pode transformar as mulheres em «pai»
2007/04/15 11:12

Investigadores produziram espermatozóide com células da medula óssea

Uma equipa de cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, garante que extraiu células da medula óssea de humanos adultos e que as transformou em células precursoras de espermatozóides.
O grupo liderado pelo investigador Karim Nayernia vai, agora, tentar transformá-las em espermatozóides maduros. Se a experiência tiver êxito, poderá ajudar homens inférteis e, pasme-se, também será capaz de produzir espermatozóides oriundos de mulheres. Isto é, uma mulher poderá ser mãe e pai.
Os resultados da insólita experiência vêm descritos na última edição da revista científica «Reproduction: Gamete Biology», refere o site da Globo.
Os pesquisadores extraíram células-tronco da medula óssea de um voluntário e separaram um subgrupo.
As células especiais foram cultivadas em placas de vidro e alimentadas com substâncias que potenciam a sua transformação em células mais especializadas.
Os investigadores identificaram a presença de células-tronco espermatogónias -- uma fase inicial do desenvolvimento dos espermatozóides.
O passo seguinte da experiência foi realizado com ratos. Os cientistas implantaram as células espermatogónias, [extraídas da medula dos ratos] nos testículos dos roedores, tendo aqueles conseguido processar a sua aproximação ao espermatozóide maduro.
«Estamos muito animados com a descoberta, porque o trabalho com os roedores mostra que podemos ir ainda mais longe», referiu Nayernia em comunicado.
Agora é preciso «ver se as células-tronco espermatogónias se transformam em espermatozóides maduros no laboratório, e isso deve exigir entre três e cinco anos de experiências», refere.
Se os testes forem bem sucedidos a mulher «pai» apenas poderá ter filhas já que não possui cromossoma Y, a marca genética da masculinidade. A reprodução teria, naturalmente, de ser feita in vitro.

sábado, abril 14, 2007

Obsessão.

Sei que já o sugeri antes, mas quem não tiver melhor para fazer... - Cyrano no Foxlife:).

sexta-feira, abril 13, 2007

E um dia será ridículo saudar:).

Pedro Catarinos Pinto Balsemão, autorizou Nuno D., pivô da SIC Notícias, a gozar 15 dias de licença de casamentoFrancisco Pinto Balsemão, presidente da SIC, vai ficar para a história como o primeiro patrão de uma empresa de media portuguesa a permitir uma licença de casamento a um trabalhador homossexual.O patrão da SIC intercedeu junto dos Recursos Humanos da estação para que Nuno D., pivô da SIC Notícias, gozasse de licença de casamento, apesar de a lei portuguesa não o permitir, já que se trata de uma união entre pessoas do mesmo sexo.

O jornalista casou em Março, em Toronto, no Canadá, e gozou quinze dias (11 úteis) de férias e, como usual, não sofreu corte no ordenado. Tal como dita a lei nos matrimónios entre heterossexuais. Portugal não só não legitima os casamentos homossexuais como, naturalmente, não os contempla na legislação que estipula as respectivas licenças a atribuir aos trabalhadores. Segundo o CM apurou, há uns meses, o jornalista expôs a situação à direcção do canal, colocando à consideração a hipótese de gozar a licença, por norma, atribuída aquando do casamento de um qualquer funcionário. A direcção “não levantou problemas” mas, por se tratar de um caso isolado, fez chegar o assunto à administração. “E Balsemão disse que sim.” Assim, nos Recursos Humanos tudo foi tratado de forma rotineira, como aconteceria em países que já aceitam o enlace entre casais do mesmo sexo, como Espanha e Holanda, entre outros, e, neste caso, Canadá, o único a permitir o casamento entre homossexuais estrangeiros, sem que um deles tenha que residir no país. “É DE LOUVAR”Contactado pelo CM, António Serzedelo, presidente da Opus Gay, congratula-se pela ‘abertura’ da SIC. “É de louvar. É uma atitude pioneira no País e é um passo muito interessante de boas práticas empresariais”, frisa, enaltecendo ainda o sentido não discriminatório de um outro caso nacional. “A Tabaqueira também foi a primeira empresa a reconhecer os direitos de união de facto a casais homossexuais”, alargando assim os benefícios usuais atribuídos a casais heterossexuais, casos de seguros de saúde, etc.Dizem os colegas, Nuno “é uma pessoa reservada e sempre preservou o seu lado privado”. Fonte oficial da SIC comenta apenas: “É um assunto interno normal da empresa e do foro privado de um colaborador. Seria discriminatório comentar.”

quinta-feira, abril 12, 2007

Autorizado por uma frequentadora do Murcon.

Ou seja o que eu gostaria que comentasse, é como os casais embora se amem e o provem, mantendo-se
juntos durante muitos anos, de repente, podem começar a ter conflitos interiores ao ponto de se tornarem inseguros
e com crises de ciúmes, instalando-se obviamente uma grande instabilidade nas relações!
Principalmente quando algumas mulheres começam a despertar para uma maior autonomia e independência, relativamente aos seus gostos e sonhos por concretizar...
Tenho um grupo de amigas, estamos todas nos quarenta, somos todas casadas há muitos anos e debatemos inúmeras vezes temas que nos são comuns e a nossa constatação foi igualmente comum: agora que os filhos obtiveram maior independência e que já não precisamos de os acompanhar de forma tão intensa e directa,concluimos ter necessidade de nos mimarmos um pouco mais, daí a necessidade de realizar algumas coisas que ficaram pelo caminho e foram sendo adiadas!
O grande problema é que os maridos não têm os mesmos gostos ou interesses e de repente surge a dúvida: porque
têm eles ataques súbitos de ciúme quando lhes dizemos por exemplo que queremos viajar, apontando inúmeros pontos negativos, para que o nosso ânimo se desmorone?
Será que a nossa forma de estar na vida e toda a atenção e carinho que lhes demonstrámos durante tantos anos, não foi suficiente para provarmos que somos adultas e maduras para darmos este passo? Ou será que julgam mal o facto de serem mulheres a fazer coisas de homens, ou seja machismo à vista...
De que têm medo eles, afinal?
No fundo o que nós queremos ouvir é que as nossas pretensões são justificadas e que a ser concretizadas, não devemos sentir algum tipo de sentimento de culpa, isto se decidirmos ir sózinhas!


Culpa? Porquê? Não vão sequer "fazer coisas de homens", mas de pessoas:). O problema é o habitual - a maior autonomia reivindicada e exercida pelas mulheres torna alguns homens inseguros quanto às consequências. E motivações... As mães dos filhos deles e suas mulheres decidem explorar outros papéis sociais no mundo e surge o receio, a surpresa, o ciúme escandalizado. Nada no processo implica menor afecto, por isso, e para citar uma frase célebre do Dr. António Vitorino... - habituem-se:)!.

quarta-feira, abril 11, 2007

É irrelevante??????????

Supremo condena PÚBLICO por notícia sobre dívidas do Sporting 10.04.2007 - 15h41 PUBLICO.PT

O jornal PÚBLICO foi condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça a pagar uma indemnização de 75 mil euros ao Sporting Clube de Portugal por ter noticiado, em 2001, que o clube tinha uma dívida ao Estado de 460 mil contos desde 1996. Apesar de o Supremo ter admitido que a notícia é verdadeira, condenou o jornal com o argumento de que o clube foi lesado no seu bom-nome e reputação.
O caso remonta a 22 de Fevereiro de 2001, quando o PÚBLICO noticiou que o Sporting devia, desde 1996, cerca de 460 mil contos (2,29 milhões de euros) ao fisco e que essa dívida ao Estado nunca fora cobrada. O clube, na altura presidido por Dias da Cunha, alegou, em comunicado, que "as dívidas fiscais anteriores a 1996 foram regularizadas através da adesão ao Plano Mateus, estando em dia todos os impostos e contribuições devidos posteriormente àquela data". O Sporting acabou por processar o PÚBLICO, exigindo uma indemnização de cem mil contos (500 mil euros). O julgamento arrancou no ano seguinte e terminou em Abril de 2003. A sentença seria proferida apenas dois anos depois, com a absolvição dos jornalistas autores da notícia (João Ramos de Almeida, José Mateus e António Arnaldo Mesquita). O tribunal afirmou que estes jornalistas "cumpriram com o dever de informação".A direcção de Dias da Cunha recorreu dessa decisão, mas em Setembro do ano passado o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a decisão da primeira instância. O Sporting voltou a apresentar novo recurso, desta feita para o Supremo Tribunal de Justiça. O Supremo decidiu então que a notícia do PÚBLICO é verdadeira, mas considera que tal facto "é irrelevante" dada a violação do bom-nome e reputação do Sporting.

"É irrelevante que o facto divulgado seja ou não verídico para que se verifique a ilicitude a que se reporta este normativo, desde que, dada a sua estrutura e circunstancialismo envolvente, seja susceptível de afectar o seu crédito ou a reputação do visado", lê-se no acórdão (ver link), datado de 8 de Março, subscrito pelos conselheiros da sétima secção cível do tribunal Salvador da Costa, Ferreira de Sousa e Armindo Luís.Os conselheiros consideram ainda que os jornalistas "agiram na emissão da notícia em causa com culpa stricto sensu, isto é, de modo censurável do ponto de vista ético-jurídico". Segundo os mesmos, "não havia em concreto interesse público na divulgação do que foi divulgado", situação que ofendeu "o crédito e o bom-nome do clube de futebol, que disputa a liderança da primeira liga".

terça-feira, abril 10, 2007

Séries.

O Público de Domingo dedicava um artigo a duas séries de culto: House e Os Sopranos. Ambas têm o condão de me prender ao quadradinho mágico. Greg House foi "construído" com mestria pelo argumentista. Cínico, viciado em analgésicos, cáustico, transgressor impenitente, clínico genial, misantropo, lá no fundo um bonzarrão. Tudo o resto é pano de fundo, contra o qual se recorta o perfil dele. Foi bem salientado que a série só em aparência se debruça sobre a prática médica. Um Serviço de elite e a Instituição em geral nunca poderiam tolerar o personagem, desde logo pelo individualismo, impensável em tempos de sistemático trabalho de equipa. Dir-me-ão que os cirurgiões, por exemplo, sempre gozaram da fama de prima donnas. É verdade, mas como "casta", os virtuosos que executam as tarefas mais delicadas dentro do "sistema", não fora dele. House vive escarranchado no muro. É tolerado pela instituição e idolatrado pelos companheiros pela sua capacidade de diagnosticar a doença que habita o corpo de doentes que trata bem ou mal de acordo com o seu lábil humor (tão corrosivo que permite a gulosa identificação da nossa vertente agressiva). A barba, a ausência de bata, as sapatilhas, a ostensiva dependência criam a ilusão de uma espécie de "sonho americano" - com talento tudo é possível, mesmo numa das mais severas profissões. Até quando um dos seus doentes, polícia de profissão, o aperta, House pode contar com a lealdade da equipa e a simpatia do espectador. Pasme-se!, o "anarquista" do Hospital acaba por levar de vencida quem doa milhões de dólares mas exige a sua cabeça por razões formalmente aceitáveis. O artigo e quem para ele contribui acertam no alvo - House é uma transposição genial de Sherlock Holmes para o mundo da medicina, ela é apenas o cenário onde Hugh Laurie se move, nunca poderia ser o seu habitat real. Mas..., who cares:)? Eu não, delicio-me com episódio atrás de episódio, certo de que o primeiro diagnóstico nunca é o correcto e da bondade essencial - embora mais ou menos clandestina... - do herói, duro por fora e geleia por dentro, à boa maneira de John Wayne (que teve bem menos sorte com os argumentistas...).
Os Sopranos levantam outra questão. Mais geral, menos personalizada, para muitos de nós angustiante - a humanização do mal. O reconhecimento de que nos habita, a admissão de que um criminoso pode ser um pai tão preocupado e inseguro como nós, um filho cheio de nódoas negras, uma pessoa capaz da maior generosidade nos intervalos das selvajarias descritas como "simply business". Isto pia mais fino, estilhaça a visão a preto e branco que tranquiliza e estrutura o mundo de uma forma intelegível. Que importa se é falsa?:). Um dia destes voltamos a falar disto.

segunda-feira, abril 09, 2007

O fim anunciado.

Não é só o limão estar espremido, quem defende assim não pode aspirar a ser campeão. E muito dificilmente manterá o segundo lugar...

sábado, abril 07, 2007

Um sexólogo na política!

Masturbação como contracepção?
2007/04/07 10:58

Ideia é lançada por Le Pen, candidato de extrema-direita à presidência francesa

Jean-Marie Le Pen, candidato de extrema-direita à presidência francesa, continua a surpreender e desta vez com uma sugestão às mulheres: combatam a gravidez indesejada com a masturbação. A declaração foi feita num debate realizado no Instituto de Ciências Políticas de Paris, perante uma plateia formada maioritariamente por mulheres, que o apuparam, noticia o jornal «El País».
O encontro foi organizado pela revista «Elle» e tinha como tema «O que querem as mulheres». Enquanto Ségolène Royal protestou contra a discriminação e disse que «chegou a hora das mulheres» na política, o conservador Nicolas Sarkozy prometeu criar novas formas de protecção que evitem a discriminação.
O último a falar foi Le Pen e quando subiu ao púlpito o ambiente ficou logo tenso, com o discurso a ser interrompido constantemente com gritos de «racista» e «fascista». Foi aí que aconselhou as mulheres a masturbarem-se para evitar a gravidez indesejada, ou seja, como método anti-concepcional. Também aproveitou para apelidar a audiência de «imbecil».

quinta-feira, abril 05, 2007

O humor é uma arma poderosa.

Gato Fedorento ataca cartaz do PNR

2007/04/05 11:03

Humoristas colocam outdoor ao lado do do partido nacionalista

O cartaz do Partido Nacional Renovador (PNR), colocado na Praça do Marquês de Pombal, apelando ao fim da entrada de imigrantes em Portugal, ganhou na passada quarta-feira uma companhia: um outdoor da autoria dos Gato Fedorento.
José Pinto Coelho, fundador e presidente do partido nacionalista, tem agora a companhia de Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores, Miguel Góis e José Diogo Quintela.
Os quatro humoristas decidiram parodiar o cartaz do PNR. Com as mesmas dimensões do vizinho, o outdoor dos Gato Fedorento mostra os rostos dos quatro humoristas, todos com bigode e pêra, numa clara imitação de José Pinto Coelho, além de algumas frases em oposição à mensagem inscrita no cartaz do PNR.
«Mais Imigração. A melhor maneira de chatear os estrangeiros é viver em Portugal. Com os portugueses não vamos lá. Nacionalismo é parvoíce», é a resposta dos Gato Fedorento à mensagem xenófoba do PNR, na qual pode ler-se «Portugal aos portugueses. Basta de imigração, nacionalismo é solução».
À imagem do avião a afastar-se, com a mensagem «Façam uma boa viagem», a resposta dos «gatos» é o mesmo avião a aterrar e a expressão «Bem-vindos!».
De acordo com o jornal Público, o cartaz dos Gato Fedorento foi custeado pelos próprios e teve autorização dos serviços camarários para ser exposto no Marquês de Pombal. Resta saber se a câmara lisboeta o deixa ficar até 2 de Maio, dia em que o cartaz do PNR vai ser retirado.


P.S. Os Gatos podem ser fedorentos, mas exalam um odor a consciência cívica que me apraz registar:). É muito fácil cabecear à sombra do sucesso, evitando qualquer movimento que ponha em risco a aceitação de "largo espectro". Nesse sentido, a intervenção no referendo sobre o aborto foi exemplar, muitos sobrolhos se franziram perante a alegre ferocidade da crítica. Agradeço-lhes o "simples" riso pelo riso e as maravilhosas caricaturas dos nossos tiques quotidianos. Mas agradeço mais que mostrem a todos - e sobretudo aos jovens! - que a cidadania é um dever e um direito. Para o exercício da qual, com vontade, se encontra sempre um naco de tempo. E nada de pessimismos! - podemos exercê-la das mais variadas formas; porque não é forçoso partilhar-lhes o talento - uf... -, apenas os princípios:).

quarta-feira, abril 04, 2007

Os meus filhos já me perguntaram se sou ilegal:).

Guitarrista dos Rolling StonesKeith Richards admite ter inalado as cinzas do próprio pai 04.04.2007 - 08h59

Keith Richards admitiu ter inalado as cinzas do seu próprio pai durante uma festa de drogas, afirmou o guitarrista dos Rolling Stones em entrevista à revista NME.
O "rocker" de 63 anos confessou ter inalado alguns dos restos mortais do seu pai, Bert, que morreu aos 84 anos, em 2002. "Ele foi cremado e eu não resisti a inalá-lo com um pouco de cocaína. O meu pai não se teria importado. (...) Aquilo caiu-me muito bem e eu continuo vivo".O músico afirmou ainda, na mesma entrevista, que a pior experiência que já teve com drogas foi quando lhe misturaram estriquinina com a droga. "Estava na Suíça. Fiquei totalmente comatoso, mas estava acordado. Eu conseguia ouvir toda a gente a dizer que eu estava morto (...) e eu a pensar 'Eu não estou morto'!"
In PÚBLICO.

segunda-feira, abril 02, 2007

E ficaram surpreendidos?

Formação dos pais decisiva no sucesso escolar dos filhos Pedro Sousa Tavares Hernâni Pereira (imagem)

Um estudante oriundo de uma família com um nível cultural elevado tem dez vezes mais oportunidades de chegar ao ensino superior do que os que não têm essa mais-valia. E, entre os que entram, os antecedentes culturais e económicos - dois factores quase sempre interligados - pesam decisivamente no tipo de curso que se consegue alcançar.A área da Saúde, ainda hoje uma das mais valorizadas pela sociedade portuguesa, é disso o exemplo absoluto. Entre a totalidade dos estudantes que entraram no curso de Medicina, no ano lectivo de 2004/05, 73,2% têm pais com formação de nível superior. Já os cursos de Enfermagem e Tecnologias da Saúde (dos institutos politécnicos) revelam uma proporção exactamente oposta, com 73% das famílias abaixo desse nível de formação."São dados que nos deixam a pensar se, de facto, a nossa sociedade está tão democratizada como julgamos", diz Diana Amado Tavares, do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES) e uma das autoras do estudo "Preferências dos estudantes". Um trabalho que deverá ser publicado em breve pelo European Journal of Higher Education.A matéria-prima para a pesquisa, explica a investigadora, foram as chamadas "fichas ENES", questionários que todos os alunos preenchem quando entram no ensino superior pela primeira vez mas que, até agora, nunca tinham sido tratados. "Quando o actual ministro [da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago] tomou posse, deparou-se com uma quantidade imensa de dados", conta. "A maioria da informação que trabalhámos diz respeito a 2004 e 2005, mas agora aguardamos os dados de 2006/07."Docência atrai classes baixasUma das conclusões mais controversas do estudo prende-se com a qualidade das opções dos estudantes. Os dados parecem demonstrar que os antecedentes culturais e económicos não se limitam a afectar "a probabilidade de ingresso no ensino superior" mas também as próprias "escolhas de curso e instituição". Por outras palavras, o estudante acaba por "fazer uso dos critérios de escolha apreendidos e integrados pelo seu background social".A percepção familiar do que é uma boa formação poderá ajudar a explicar dados aparentemente pouco plausíveis: a maioria dos alunos que optam por cursos de formação de professores (preparação para a docência), 39%, e de gestão, 20%, são oriundos de famílias que têm no máximo o primeiro ciclo de escolaridade (a antiga quarta classe).Por outro lado, o Direito (Ciências Humanas e Sociais), as Belas- -Artes e as Ciências (nomeadamente a Medicina) "são cursos maioritariamente preferidos pelos filhos das famílias com capital cultural mais elevado".Ainda assim, se compararmos estes dados com as estatísticas do desemprego entre licenciados, que afecta cerca de 42 mil pessoas, parece claro que não há fórmulas infalíveis. Por um lado, os cursos de Educação revelam-se uma má escolha, com cerca de 31% dos desempregados. Por outro, as Artes e Humanidades vêm logo a seguir com 12%. O estudo revela também que o nível económico dita a escolha do sector do ensino superior. Quanto maior o rendimento das famílias, mais evidente é a opção pelas universidades, em prejuízo dos politécnicos, apesar de este último sector ser tradicionalmente encarado com mais profissionalizante. "Há diferenças, mesmo ao nível do financiamento, que levam as pessoas a encararem o politécnico como uma via pior", diz Diana Tavares.Isto apesar de os dados acabarem por demonstrar que não há diferenças substanciais entre os filhos de licenciados por um ou outro sector. "Tentámos encarar algum factor de distinção, mas o que se verifica é que, desde que os pais cheguem ao ensino superior, universitário ou politécnico, os filhos têm melhores oportunidades", diz.

domingo, abril 01, 2007

Não percebo por que houve jogo...

... se antes eu dissera no RCP que o resultado seria 1-1!

1 - Não gostei do jogo.
2 - O Porto só queria empatar e o Benfica lá deu a balda habitual na defesa.
3 - A primeira parte do Benfica foi lamentável.
4 - A segunda do Porto, pese embora a clara subida do adversário, não foi melhor, e em termos físicos chegou a ser penosa, quando o Benfica tinha jogadores bem mais sobrecarregados.
5 - Ambos os treinadores continuam a justificar um diagnóstico de..., timoratos:).
6 - Quaresma e Simão entraram de férias, mas o segundo tinha "álibi sérvio":).
7 - E agora vou repetir o que disse ao RCP antes do jogo: não estou desiludido nem zangado, atendendo ao curtíssimo plantel do Benfica e às lesões que surgiram não esperava que a equipa chegasse a lutar pelo título, embora isso também se deva à péssima segunda volta do FCP. Como já afirmei, não considero Fernando Santos o treinador ideal, mas compreendo a sua continuidade na próxima época, nenhum clube pode progredir com mudanças constantes de direcção técnica. A outro nível, devemos lembrar-nos, na semana em que Vale e Azevedo ouviu mais uma condenação, de que situações humilhantes saímos há pouco tempo. Acho que o Benfica está no bom caminho em termos de gestão e espero que o reforço da equipa de futebol seja criterioso, o que nem sempre aconteceu no passado recente. Nesse caso, o futuro poderá ser risonho:).
8 - Mas desculpem lá - porque raio houve jogo? Já não confiam na minha clarividência futebolística? Gente de pouca fé...:(.