quarta-feira, abril 30, 2008

Cantelães, here I come!

Toledo teve o efeito habitual sobre mim - desfez as pernas e arejou a alma. Quanto aos moinhos do Quijote, abrigavam os festejos de comunhões. Já a Casa de Dulcineia, em Toboso, perdia-se no meio de romaria a abarrotar de azeitonas, "embutidos" e machos latinos rondando as belezas da terra. Acima de tudo, que Deus abençoe o polícia que me mandou em paz, apesar do excesso de velocidade:).

Nada na manga: a manter-se o actual estilo de alguns comentários, voltarei a activar a moderação dos mesmos. Como adoram anunciar certos deputados - disse:).

sexta-feira, abril 25, 2008

25 de Abril sempre:).

O menino guerreiro está de volta, depois do período de nojo mais curto da história:). Alberto Joao Jardim, se conseguir que todos desistam a seu favor, suponho que exigirá que o Presidente da República seja coerente com os elogios que lhe prodigalizou e assuma a responsabilidade de primeiro proponente do seu nome.

Quanto ao código de trabalho, mesmo no estrangeiro e mal informado, concordo com as reservas de Carvalho da Silva às medidas contra o trabalho precário, parecem-me torná-lo legal a troco de uns cobres.

terça-feira, abril 22, 2008

A afilhada.

Meu Pai era padrinho de Manuela Ferreira Leite, filha de um seu querido amigo. Já dei umas boas gargalhadas com o irmão, advogado e sportinguista apaixonado da nossa praça:). Curiosamente, nunca aconteceu conhecê-la "ao vivo e a cores". Mas uma coisa posso afiançar: no período de tempo em que chefiei o CAT de Cedofeita, ela não fez favores à Instituição, mas regeu-se por um código ético e de justiça laboral irrepreensível, que permitiu o suspiro de alívio há muito merecido por grande parte dos meus técnicos. Não lhe invejo a decisão de avançar, embora compreenda as razões. Desejo que ganhe e ponha fim ao descrédito do maior partido da oposição, suspenso do "até breve" que acabo de escutar ao Dr.Pedro Santana Lopes. Para bem do PSD, do Governo e do País.

P.S. O Gaspar faz amanhã sete anos:).

sexta-feira, abril 18, 2008

Boletim meteorológico.

Agravamento das condições atmosféricas em todo o continente. Possível vaga de fundo anti-elitista no PSD, que levará o Dr. Luís Filipe Menezes a reconsiderar o seu auto-proclamado afastamento da liderança.

quarta-feira, abril 16, 2008

No Dragão há mais!

As defesas do Sporting e do Benfica disputaram o privilégio de serem trucidadas pelo ataque do F.C.P. Há no entanto uma diferença: com menos 48 horas de descanso, o Sporting positivamente atropelou um Benfica que na segunda parte seguiu a famosa táctica do "quanto tempo falta?". Resultado? O melhor plantel dos últimos dez anos sofreu cinco golos em vinte minutos:). Explicação do bom homem que o treina? - o Sporting meteu os avançados todos e é futebol. Fiquei elucidado! O mais deprimente é que nunca cheguei a pensar que ganharíamos...

terça-feira, abril 15, 2008

A tribo.

O Tiago afirmou solenemente adorar o Yellow Submarine! É uma boa notícia, afinal adormeci-lhe pai e tio ao som do velho refrão - "in the town were I was born...; we all live...". Não por acaso, depois das minhas pindéricas histórias, quando ele e o Gaspar se entregam pouco a pouco ao João Pestana, arrisco a lenga-lenga que atravessou gerações da família - "nã, na, ni, nu, nã, o menino é da Mamã...". Nem só as cartas de amor são ridículas; ternurentas; indispensáveis ao contínuo tecer da lenda familiar:).

domingo, abril 13, 2008

A náusea. Sartre que me perdoe o roubo do título:).

A FERNANDA CÂNCIO É PRÉ-SOCRÁTICA Ferreira Fernandesjornalistaferreira.fernandes@dn.pt

Foi na sede do PSD a conferência de imprensa. E foi o vice-presidente Rui Gomes da Silva a falar. Ontem, ele disse que a RTP não devia contratar a jornalista Fernanda Câncio porque esta tem "um relacionamento com o primeiro-ministro". E concluiu: "Em política o que parece é." Aquela conferência de imprensa pareceu-me tola. E, como mais política não podia ser (na sede do PSD e com o vice-presidente), parecendo tola, foi. E tendo sido tola porque sendo política o parecia, foi tola também porque os argumentos de Rui Gomes da Silva foram tolos. Pequenez sobre a qual eu era capaz de generosamente deitar um manto, não fosse ela também uma pulhice. Quando dei por Fernanda Câncio, lendo-a, eu não saberia dizer quem eram, politicamente, três dos actuais líderes dos cinco partidos nacionais: José Sócrates, Luís Filipe Menezes e Jerónimo de Sousa. Quem?!!... Só de raspão teria ouvido falar deles. Conhecidos, só Paulo Portas (e como jornalista) e Francisco Louçã, com quem eu tinha andado num mesmo pequeno partido. Já Fernanda Câncio, jornalista, eu conhecia pelo seu trabalho - reparem na palavra, vou voltar a ela - no Expresso e Grande Reportagem.A RTP contratou Fernanda Câncio para ela fazer aquilo que faz há anos com mérito: reportagens sobre questões sociais. A Câncio é repórter, já trabalhou em televisão (na SIC) e as questões sociais são a sua área de especialização. A RTP não a contratou para um cargo, mas para um trabalho. Por chicana política, por julgar que ganha pontos sobre o partido do Governo, um partido da oposição não se importou de insultar uma trabalhadora, enquanto trabalhadora. Rui Gomes da Silva insultou-a dizendo que a RTP a foi buscar "única e exclusivamente por razões que são de todos conhecidas". E que essas razões são "um relacionamento com o primeiro-ministro". Pois a mim mais natural me parece que se contrate Fernanda Câncio como repórter do que Rui Gomes da Silva para dizer coisas em nome de um partido. Leio o que ainda esta semana Fernanda Câncio escreveu no DN, leio a conferência de imprensa de Rui Gomes da Silva, e se há que suspeitar de alguém por andar às cavalitas de alguma cunha, não é na jornalista que penso.Fernanda Câncio tem "um relacionamento com o primeiro-ministro". Tem? Pois aí está outro mérito: conhecem fotos dela com o primeiro-ministro? Há-as, mas só tiradas à socapa. Conheço mais fotos de Rui Gomes da Silva com ex-primeiros-ministros. Num país de apêndices militantes, gente que se baba por frequentar os poderosos - e faz gala de o mostrar -, haja alguém como a Câncio que, se anda com o primeiro-ministro, não aparece. Essa é que era a frase, Rui Gomes da Silva: se não aparece, é. A Fernanda Câncio é.

Nota - Não conheço Fernanda Câncio pessoalmente, apenas os seus trabalhos. De há muito. Como seria inevitável, apreciei alguns, brindei outros com reservas, não me revi num par deles. Todos me pareceram intelectualmente honestos e capazes. Por isso considero que esta Direcção do PSD conseguiu atingir o grau zero de um discurso que - como é óbvio! - não chamarei de político. E, por elementar dever de justiça, desejo acrescentar o seguinte: por mero acaso, desempenhei funções dirigentes na área da Toxicodependência sempre sob a égide de Governos PSD, o que implicou muita "pedra partida" com figuras destacadas do Partido; em duas campanhas referendárias sobre o aborto colaborei em iniciativas da JSD que proporcionaram debates enriquecedores; como todos vocês, tenho amigos militantes do PSD e outros que se limitam a dar-lhe o seu voto nas eleições. Lembrando faces e palavras de todas essas pessoas, não acredito que alguma se reveja nesta baixeza latrinária.

P.S. Alguns de vocês referem algum desconforto da minha parte no programa do Malato. É verdade. Mas não gostaria de permitir alguma dúvida quanto às razões - fui tratado como um príncipe por duas pessoas com quem tenho boas relações de amizade, O Malato e a Helena, e com fidalguia pelo Professor Mário Andrea. Acontece que a homenagem a minha Mãe me deixou de rastos. Se o programa fosse gravado, pediria uns minutos para me recompor. Assim, tive de sobreviver:). Um pedido de desculpas a quem possa ter desiludido.

quarta-feira, abril 09, 2008

Pé no estribo.

Pela primeira vez, o Gaspar lendo, perante os nossos olhos embevecidos. Laborioso, claro, mas de uma correcção surpreendente para a sua idade. A memória do pai a fazer o mesmo, anos-luz atrás. O João descrevendo uma aula, olhos brilhantes de prazer, o engenheiro competente descobre o gozo da psicologia. Chris de Burgh no carro, há quanto tempo o não ouvia? Amanhã, de novo a estrada, de novo um Congresso, de novo o ancião receio - conseguirei interessá-los? Sexta o Malato. Em directo, o que odeio, temo sempre uma palavra, um gesto, uma gargalhada que não se encaixe no puzzle feito de adrenalina. Mas quem diz não ao bom do Malato? Noites de hotel, o silêncio que costumava achar confortável antes de conhecer o de Cantelães. Que espero reencontrar para a semana, amuado por quinze dias de ausência. Terei de me fazer perdoar, enroscado em amigos, à volta da lareira depois de longo almoço à longa mesa. A Casa do Vale nunca resiste a esse tipo de sedução:).

domingo, abril 06, 2008

Bessa a partir do sofá.

Com a paz de espírito de quem aqui zurziu várias vezes os jogadores do Benfica, digo hoje que cumpriram o seu dever - esfarraparam-se e jogaram bem. Se o tivessem feito no tempo de Camacho, o segundo lugar estaria assegurado há muito. O que levanta questões curiosas, não acredito que esta clara melhoria se deva apenas à mudança do sistema de jogo. Parabéns ao Boavista, que se bateu com bravura, e sobretudo ao miúdo que lhe guarda as redes. Quanto ao árbitro, e como acabo de dizer a um órgão de comunicação social, o adjectivo mais caridoso que me ocorre é "desinspirado", afinal não viu uma grande penalidade contra o Benfica - embora precedida de fora-de-jogo - e duas contra o Boavista. Fora uns livres... Mas depois de pousar o telefone, ocorreu-me uma hipótese verosímil - o homem é um dos milhares de portugueses que esperam - e desesperam! - por uma consulta de oftalmologia:).

sexta-feira, abril 04, 2008

Em tournée.

Évora. Uma visita guiada deliciosa à Universidade. Reencontro com velhos alunos e amigos. A surpresa - ser reconhecido por três taxistas no mesmo dia! Um espasmo muscular nas costas que me inferniza qualquer movimento brusco. Conferência longa por me sentir no comprimento de onda do público. E o desaguar no Luar de Janeiro, para um porco preto divinal e um tinto da herdade de Henrique Granadeiro que despertou o meu decantado talento poético - era porreiro! Amanhã vou mancar devagarinho por esta brancura na terra pousada:).