quarta-feira, setembro 28, 2011

O aprendiz.

Maria,

Faz barco da minha mão e da tua leme. Abriga o mar no teu corpo e navega a todo o pano. Eu? Fico em terra. Maravilhado; invejoso; e - confesso... - um pouco ufano:).

terça-feira, setembro 27, 2011

Os pragmáticos.

Sexta os Machadinhos assistiram ao seu primeiro clássico pela mão dos Pais. Foram vestidos a rigor e à F.C.P., dois pequenos dragões prontos para esturricarem a águia lazarenta do Avô. E eu fiquei preocupado, o futebol drena cada vez mais frustrações, o golo puxa a palavra e esta o murro, pronto, confesso - no fim quis saber o estado da Nação:). Ainda por cima num dilema inusitado, "e se os putos ficaram desolados por o FCP não ter ganho? Ainda acabo a sentir-me culpado por empatar...".
Enorme erro de avaliação daquelas mentes tortuosas... Tinham adorado! Tanto, que havia um pedido a fazer ao Avô, "levas-nos à Luz na segunda volta?". E o verso dos Beatles veio-me à memória, talvez por o Sérgio ter editado novo disco - step on the gas and wipe that tear away.
Lá terá de ser!

segunda-feira, setembro 19, 2011

Talvez com uma petição...

O que aconteceu na Madeira não se repetirá, assegurou o Ministro das Finanças. Na Região ou no País? No segundo caso acho injusto, por que não temos nós, cubanos rectangulares presididos pelo senhor Silva, direito a esquecer umas dividazitas em legítima defesa, como fez o Dr. Jardim?

segunda-feira, setembro 12, 2011

O Alexandre.

O Encontro da Casa da Música correu bem. Na realidade, preferi o formato deste ano - menos conferências com mais tempo para diálogo(s), todo o programa na mesma sala, intervalos longos que permitiram recuperar atrasos. Quando me perguntaram quem gostaria de ter comigo da área da arquitectura, o nome do Alexandre Alves Costa saiu-me de rajada. Por duas razões - ia falar de uma época que ele analisaria na perfeição; e porque gosto muito dele!:) - dos congressos à casa que para mim desenhou a meias com o Sérgio, passando pelos encontros no restaurante do senhor Manuel, trilhámos um caminho de solidariedade firme e risonha. Ele aceitou o convite. E uns dias depois disse que não lhe apetecia nada falar daquilo. Ao que respondi, no problemo, fala do que te der na gana. Assim foi, o Alexandre brindou-nos com uma reflexão brilhante sobre os anos 60, sua música e arte. Mas ainda teve tempo para se virar na minha direcção quando os primeiros acordes de The Times they are a'changing Bob Dylan se fizeram ouvir. E por baixo de um sorriso agarotado, que eu, um pouco mais novo, não desdenharia sorrir, sugiu um polegar levantado que de imediato contagiou o meu. Talvez os tempos não tenham mudado como Dylan e muitos de nós sonhavam na altura, mas a cumplicidade, essa, não está à venda nem receia as agências de rating:).

terça-feira, setembro 06, 2011

Aniversário.

Pai,

Parabéns. (Já sei, já sei, é um dia como os outros, alegra-te com este pensamento - estejas onde estiveres não vais aturar Mãe e filho a esvaziar-te uma taça de champanhe goela abaixo:)!). "Estejas onde estiveres", a nostalgia de ao menos ter direito à dúvida... Estás em Cantelães e na memória saudosa de muitos, ponto final. Domingo pensei (mais) em ti. Fui à RTPN e permitiram que deixasse o sexólogo na maquilhagem. Uma raridade, como sabes... Quando regressava a casa interroguei-me sobre o que dirias ao telefone, conheço-te, jamais te quedarias por uma sms, conversar é preciso, viver não é preciso:). Não te imagino a discordar da substância, mas acredito que subtilmente provasses poder ter sido... mais subtil! E terias razão, mas... Gosto de acreditar que não traí os valores cultivados na minha educação, coisa diferente é pensar que herdei/aprendi o teu estilo florentino. A esse nível, meu querido, alguém te partiu o molde ao nasceres. E acho que fez bem:))))).

sábado, setembro 03, 2011

Um dia destes num jornal perto de si...

Problemas conjugais? Dificuldades perante a concorrência na vida profissional? Ansioso por ajustar contas com o tipo que lhe dava uns cachaços na escola? Vítima de síndrome de curiosidade obsessiva e inespecífica? Temos a solução e à custa do erário público - contactos nos Serviços de Informação da República. Telefone já! (Para não ser escutado marque cardinal...).