sábado, março 15, 2014

Tive saudades dele...

14 comentários:

Anfitrite disse...

Ouvirei depois quando estiver mais calma. Mas sabe bem saber que há alguém que sabe que não deve ir por aí. Este cantigo lembra-me sempre a saudoosa Maria de Lurdes Pintasilgo, quando em representação de Portugal, terminou o seu discurso dizendo:"Sei que não vou por aí!"

Ao contrário as bestas que agora temos porfiam como os porcos e só sabem dizer: Eu só quero ir por aí! Que pena não encontrarem uma arriba sem fundo, para que nos pudessemos ver livres deles.

andorinha disse...

De quem? valha-me Deus!:)

Continuo sem visualizar seja o que for...Só acontece aqui no Murcon.
Bloquear plugins, desbloquear plugins...e eu bloqueio e desbloqueio e nada:(
Foi mau olhado que me deitaram...lol


Anfy,

Obrigada pela dica, assim chego lá.

Inté...

Caidê disse...

Anfy
De acordo!
Os Salazaristas de hoje apregoam: "Sei por onde quero ir...".
Tal como disse Pacheco Pereira no Círculo da Quadratura a propósito da tese única do empobrecimento e dos 20 anos de profecia de Cavaco "Isto pode não ser dito como Ditadura, mas já é".
Já é.

andorinha disse...


Anfy e Caidê,

Concordo convosco. Já é. Não sei que outro nome dar a isto...

Impio Blasfemo disse...

Já aqui falámos do documento dos 70 e todos nós ouvimos os ataques que o mesmo sofreu; só faltou acusar os subscritores de traidores à pátria e aos sacrifícios de todos os portugueses, mas pouco faltou. E assim deixo um dos pensamentos do Torga que analisou bem nossa génese discursiva.

“Uma Discussão nesta Santa Terra Portuguesa Acaba sempre aos Berros

Não há maneira. Por mais boa vontade que tenham todos, uma discussão nesta santa terra portuguesa acaba sempre aos berros e aos insultos. Ninguém é capaz de expor as suas razões sem a convicção de que diz a última palavra. E a desgraça é que a esta presunção do espírito se junta ainda a nossa velha tendência apostólica, que onde sente um náufrago tem de o salvar. O resultado é tornar-se impossível qualquer colaboração nas ideias, o alargamento da cultura e de gosto, e dar-se uma trágica concentração de tudo na mesquinhez do individual.

Miguel Torga, in "Diário (1940)"

Saravá IMPIO

bea disse...

Bem dito, Ímpio

Caidê disse...

Ímpio
Torga e tu a acertar em cheio, sem dúvida.

Vamos espairecendo...
http://www.youtube.com/watch?v=ddoLTuVE8yM

andorinha disse...


Impio,


Sempre atento e oportuno.

Abraço, Blasfemo:)


Anfitrite disse...

Desculpem meter isto aqui, mas sempre gostei deste rapaz, talvez pelo que ele sofreu, pelas asneiras que o pai fez, que se gabava de ter feito e de nunca se ter arrependido.
Acabaram fazendo as pazes, mas sempre gostei muito de o ler e da sensibilidade que mostra. E também trata de leitura. Também é importante ler o segundo comentário, pois mostra o que sempre pensaram certas pessoas sobre a genealogia das espécies.

http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=101138&opiniao=Opini%EF%BF%BDo#.UyNKINU0TCs.facebook

bea disse...

Bom Dia

Anphy

não faço ideia das asneiras dos pais de quem. Mas gostei da carta. Pela razão que lhe assiste. Entristece ver a burrice súbita do ministro. E como o lado de onde se vê a realidade a condiciona demais. Fracciona. Estilhaça.

Quanto a Régio e ao poema: traz boas recordações. De alguém que ousou dizê-lo em público, na perfeição; eu ignorante, sem descortinar o factual de estar no exacto caminho, traçando seus próprios passos na areia inexplorada - e não era areia, nem havia praia. E que me visitou este Natal numa rapidez de consoada, um abraço rápido, olhos brilhantes, "sabe, voltei a declamar aquele poema e a malta ficou parva, obrigada".

Devia ser para si mesma que falava, a força de vivê-lo e declamá-lo não lhe vem de outro lugar.

Partiu num abraço rápido, eu não à porta da rua, antes num mar de ternura desafogada.

Sem dúvida. Sempre me traz boa memória este Cântico que até é negro por fora:))

Tende um bom domingo

Anfitrite disse...

Andorinha,

É o que eu digo. És mesmo despassarada. Luís Osório é dos jornalistas/escritores mais sensível da nossa praça e muito premiado. O pai dele era o José Luís Osório, o doente com sida, que mais tempo resistiu em Portugal. O filho e o pai cortaram relações quando ele era muito novo e ele sofreu muito com isso e eu ouvi longas entrevistas dos dois, por isso sei do que estou a falar. Vai ao google e ficas a saber as versões oficiais. E se soubesses um pouco de música e de festivais portugueses, conhecias bem a sua história.

http://dezanove.pt/516196.html

Anfitrite disse...

Bea,
Como vê também sou despassarada. Como gosto de implicar com a andorinha pensei que fosse ela que não soubesse a quem eu me estava a referir. De qualquer modo está feito o esclarecimento.
Eu até já tinha falado do assunto aqui, com o Fora de lei, Porque me fez impressão do senhor ter dito numa entrevista, que mesmo depois de saber que já tinha o vírus continuou com os bacanais de tudo ao molho e fé em deus, porque, às escuras, nem sabiam com quem estavam. E que já não bastam as doenças que nós não podemos evitar, mas o que custa ao erário público comportamentos impensados. É certo que ele acabou sofrendo e muito, mas também fez um jovem adolescente, que era o filho dele sofrer muito.Também fiquei muito impressionada da conversa que o filho teve com a Ana Sousa Dias no fabuloso programa que ela tinha na RTP2 "Por Outro Lado", que a Paula Moura Pinheiro, fez o favor de acabar porque não gostava que ninguém lhe fizesse frente. No entanto eu também gostava do programa desta, que acabou sofrendo o mesmo quando mudou o director. Este mundo da concorrência e das audiências é diabólico.

andorinha disse...


Anfy,

Sem comentários...:))))))))))))))))))))

Estou a ver que ainda és mais despassarada do que eu lol

bea disse...

É, Anphy. O mundo das audiências consegue por vezes superar em maldade o mundo largo e grande tal como o sabemos. As audiências, como os mercados, não são ninguém, mas mandam. Ordenam. Ditam lei que promove e despromove pessoas. Gente. Seres que pensam e sentem, têm nervos, pele, sangue. E despedem tudo isso sem complacência ou uma réstia de delicadeza - quanta vez os despedidos tanta audiência lhe granjearam - Com valor ou sem ele. Porque as audiências.
Ó injusto mundo.

Não sei de nada disso de filho e de pai e assim. Um é jornalista. Outro é músico. E pronto. Para mim chega que cada um faça o seu papel. Particular e individualmente desinteressam-me. Já há muito quem os julgue.