tag:blogger.com,1999:blog-10966841.post114692739058386981..comments2024-03-02T00:33:56.082+00:00Comments on Murcon: Lutos part two.Unknownnoreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1147209234209851312006-05-09T22:13:00.000+01:002006-05-09T22:13:00.000+01:00Para ser rigoroso eu diria que "luto" mesmo é o mo...Para ser rigoroso eu diria que "luto" mesmo é o momento em que não há interacção com a coisa de que se faz luto. Podemos dizer metaforicamente que há um "luto" num casamento à medida que ele se aproxima do fim mas aí é um luto falso na medida em que os intervenientes estão DENTRO de um casamento. Enlutarem-se pode ser perfeitamente uma escolha para deixarem a cosa cair de madura (ou podre).<BR/><BR/>Em relação ás mortes sociais é uma perda diferente daquilo que julgo ser um luto. É uma saudade com a noção de que o bem-estar não é reproduzível, a ideia que transpiraste já por duas vezes em livro de que "a sua morte separa-nos, a minha morte não nos unirá". Isso é especificamente um luto, um enlutamento. <BR/><BR/>O resto de que falas são tristezas, apartamentos, decepções. Mas lutos não Boss ; )))))))noiseformindhttps://www.blogger.com/profile/18280572297671101309noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1147034796207642832006-05-07T21:46:00.000+01:002006-05-07T21:46:00.000+01:00li reli. belo textojocas maradasli reli. belo texto<BR/>jocas maradasSuhttps://www.blogger.com/profile/12084195907402889984noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146956048326848482006-05-06T23:54:00.000+01:002006-05-06T23:54:00.000+01:00Há mais "mortes" do que as que podemos imaginar. A...Há mais "mortes" do que as que podemos imaginar. A maior tristeza é daqueles que se vêm a si mesos a morrer aos poucos, seja esta morte do corpo ou do espírito, causada por doença ou por outras perdas que nos desfazem por dentro. <BR/>Há muito a trabalhar, em termos psicológicos, neste campo que (quase) todos receamos abordar por o sentirmos demasiado próximo, ou demasiado ameaçador...afinal, amanhã podemos ser nós. Como canta a Mafalda Veiga, "sabes eu acho que todos fogem de ti paranão ver a imagem da solidão que irão viver, quando forem como tu(...)".<BR/>É responsabilidade de todos nós olhar a morte, as mortes, de frente, para podermos minimizar um sofrimento que a dada altura se torna quase inevitável. <BR/>E acabei por fugir do tema do luto... :sCatarinahttps://www.blogger.com/profile/17213514302978841491noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146954878566894152006-05-06T23:34:00.000+01:002006-05-06T23:34:00.000+01:00Saber-se exactamente quando já é morte é tão melin...Saber-se exactamente quando já é morte é tão melindroso como se saber se ainda não é vida. Mas seria importante que alguém conseguisse definir estes <I>timings</I> com precisão para que não se cometessem mais "crimes".<BR/><BR/><B>PS</B>: o nosso país está cheio de mortes sociais... mortes cada vez mais prematuras !Fora-de-Leihttps://www.blogger.com/profile/11291623571493321627noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146941335288485222006-05-06T19:48:00.000+01:002006-05-06T19:48:00.000+01:00Fazemos o luto de quem amamos, no medo de os perde...Fazemos o luto de quem amamos, no medo de os perdermos – dos terrores que acordam, passam para domínios mais conscientes.<BR/>Fazemos o luto de quem não nos ama.<BR/>Impõe-se o luto nas perdas inesperadas. Longo luto se nunca antecipado: longo e impeditivo de amar proximamente e as vezes para sempre se em relação ainda muito apaixonada. (e aqui tanto romântica se materna/ paterna).<BR/><BR/>Curiosa e´de facto a forma diferente como é feito o culto da morte no mundo! E nos animais? Uma fêmea macaca quando a cria morre continua a tratar da cria até se convencer que esta está morta- apesar de tudo indicar que o sabe desde o primeiro momento. Infelizmente os corpos sem vida são arrepiados num pudor que nem sempre se entende! “Recordar como el@ era!” – deveria caber a cada um optar. Os olhos deveriam poder ver (se o desejassem para apressar o luto) para não iludirem a alma.<BR/><BR/>Sobre as mortes descompassadas o sofrimento é outro e bem mais complexo. <BR/>Quantas vezes já fizemos o luto antes do enterro definitivo que alivia?CêTêhttps://www.blogger.com/profile/15974649556330558651noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146940059323534952006-05-06T19:27:00.000+01:002006-05-06T19:27:00.000+01:00"(...)empurramos certas minorias, como os seroposi..."(...)empurramos certas minorias, como os seropositivos ou os idosos, para estatutos que configuram verdadeiras mortes sociais, dir-se-iam reduzidos à categoria de cadáveres ambulantes e envergonhados. Pairando num limbo doloroso, até que os corpos se juntem, com secreto alívio, a almas assassinadas por solidões nascidas de mãos alheias, que negaram a carícia solidária e correram a abrigar-se em bolsos miseravelmente amnésicos.(...)"<BR/> Uma verdade sem contestação.<BR/> <BR/> Infelizmente vivemos num mundo que, como disse ontem, perdeu a história e tudo o que a lembre é relegado a um segundo plano. Os sistemas políticos, por si só, condenaram as vidas sem produção activa a esse degredo. Apenas se valoriza a produção boa ou má. Apenas se dá valor a corrupção activa ou passiva. Uma educação de interesses e comodidades que se reflecte até nas próprias famílias e falo da velhice que é hoje uma exclusão social e familiar. Não sei se é mais degradante a velhice pobre ou de notoriedade:<BR/>- A primeira pela simplicidade dos descendentes e, como alguns diriam, "a pouca cultura"(e eu diria a muita moral), e falta de poder financeiro que padece com o sistema político. Reformas sem qualquer poder económico, saúde em hospitais S.A. ou nenhuma, medicamentos caríssimos falta de acompanhamento diário da assistência social por excesso de utentes ou por praticamente inexistente. Isto tudo em pessoas que ajudaram a manter o país com o produto do seu trabalho, e estão ainda hoje a pagar as reformas dos políticos na flor da idade. Falar de falta de dinheiro da segurança social quando se paga a políticos várias reformas é acumuladas (como dizem de vários trabalhos e eu diria gamelas). Adiante...<BR/> Os descendentes, contribuintes activos, vêem-se em situações de loucos. Esticam os vencimentos como elásticos de fisga e mesmo assim não têm poder económico para dar ao familiar idoso condições que desejam. Assim sendo, há noites de sono perdidas e horários a cumprir. Um sistema de faltas que foi de mal a pior para prestar assistência (se antes faltava e perdia o subsídio de refeição, hoje falta, e perde vencimento correspondente ao dia de trabalho.Em 15 dias por ano, era o mínimo em situações pontuais); <BR/>Por um lado o idoso que não tem condições para sobreviver sozinho, por outro o familiar que depois de muitos anos e no limite de forças é obrigado a dar um presente para arranjar vaga num Lar local que considera impessoal e frio para quem ama.<BR/>- Os idosos oriundos de famílias com notoriedade, vêem-se usados até ao limite das forças pelo nome que carregam e que fizeram brilhar, mas que continua a abrir portas e portões, apesar do cansaço que transmitem e do sossego que a idade pede.Por descendentes que só brilham com a luz do astro e são apenas poeira cósmica que gravita ao redor até que a luz se apague. <BR/> Entre ambas venha o diabo e escolha. Ganha esta pelo poder económico e perde pelo abuso exaustivo de parasitas.<BR/>Eu fico-me pela primeira com todas as carências que a possam carregar.<BR/>Uma sociedade que não imagina a dor de quem passou uma vida inteira a trabalhar e se vê privado de poder fazê-lo. O sentimento que se instala de ser um peso, monetário e de sacrifício, àquele que dedica a atenção, o carinho, e todos os cuidados necessários diurnos e nocturnos, já que, grande parte das vezes os restantes filhos ou familiares se tornam ausentes, criando-lhes assim a dor acrescida da saudade e um monologo contínuo de razões que não encontram para o sucedido.<BR/>Somos um país de idosos e cegos. Será o medo da velhice que os afasta do tema? Ou o pensar que nunca lá chegam?... Pelas estatísticas somos os próximos. Não há como fugir...Vera_Effigieshttps://www.blogger.com/profile/02441833715206730544noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146934532898443622006-05-06T17:55:00.000+01:002006-05-06T17:55:00.000+01:00Ó professor, excelente post. Tiro-lhe o meu chapéu...Ó professor, excelente post. <BR/>Tiro-lhe o meu chapéu -o de Inverno e o de praia.<BR/>Vou fazer uma chamada no meu discreto blogue e vou apôr lá uma imagem bem rútila, simbolizando o sangue -por ora ainda rubro- que corre nas nossas veias até ao derradeiro segundo de vida.<BR/><BR/>Mas peço-lhe que fale de outros "lutos" quando puder. Aqueles em vida:<BR/><BR/>-quando se perde, não por morte, quem se ama.<BR/>-quando se perde confiança, inocência, infância.<BR/>-quando se descobre que não há Verdade, Justiça, etc<BR/>-Quando se perde a vista, o ouvido ou a faculdade de andar.<BR/><BR/>Tantos...tantos lutos...que só a Arte absorve e "descreve". E às vezes vence. Como o Surdo genial de Bona.<BR/>Abraço e obrigadaVida Involuntáriahttps://www.blogger.com/profile/04792284252466560488noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146932303314749442006-05-06T17:18:00.000+01:002006-05-06T17:18:00.000+01:00Xelim,Realmente não partilho essa visão dos velhos...Xelim,<BR/>Realmente não partilho essa visão dos velhos e dos seropositivos. Manter a solidariedade por outros seres humanos nunca poderá ser definido como uma perda de tempo, mas sim como o mínimo a fazer para permanecermos...humanos:). E garanto-lhe que nos sobrarão horas e engenho para não descurarmos o abençoado desenvolvimento tecnológico. Erro é exigir dele soluções para problemas que lhe não dizem respeito.Julio Machado Vazhttps://www.blogger.com/profile/14817363520801578575noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10966841.post-1146931888984262272006-05-06T17:11:00.000+01:002006-05-06T17:11:00.000+01:00De certa forma, ao longo da nossa vida, poderemos ...De certa forma, ao longo da nossa vida, poderemos vir a ter de fazer o luto da nossa própria morte social? Esta é um risco bem real no mundo de hoje, ninguém pode dizer que está livre disso, nem é preciso chegar ao fim da vida (Por exemplo, num divórcio, em que fomos socialmente considerados a parte claramente culpada, cria-se um certo vazio à nossa volta, para dizer o mínimo).<BR/><BR/>Em relação à morte física dos outros: eu não sei fazer o luto. Haverá alguém que saiba?Rui Diniz Monteirohttps://www.blogger.com/profile/03136148497638866030noreply@blogger.com