sexta-feira, março 10, 2006

Agonizou durante dias...

Nuno Silva

O afogamento terá sido a causa da morte de Gisberta, o travesti assassinado há duas semanas, presumivelmente por um grupo de menores, no Porto. O JN apurou que os exames complementares realizados no âmbito da autópsia - cujo relatório final deve estar terminado para a semana - já estão concluídos e reforçam aquela possibilidade. Ou seja, tudo indica que a vítima tenha sido lançada para o fosso ainda com vida, depois de ter sido submetida a agressões e sevícias.

Ao que foi possível apurar, as análises detectaram a presença de água do fosso nos pulmões de Gisberta. A suspeita inicial da morte por afogamento ganhou, assim, maior consistência. Por outro lado, terão sido igualmente comprovadas várias lesões resultantes das agressões.

Parece certo, portanto, que o travesti agonizou durante alguns dias, até ser atirado pelos jovens para o fundo do fosso.

Agonizou durante dias

As agressões terão ocorrido durante o fim-de-semana de 18 e 19 de Fevereiro, mas a vítima apenas terá sucumbido no dia 21, quando os jovens, pensando que Gisberta estava morta, decidiram atirá-la para as águas. Recorde-se que o estado de saúde da vítima era já bastante débil - era toxicodependente, seropositiva e tuberculosa. A confirmar-se o afogamento - a "hipótese mais forte", segundo uma fonte ouvida pelo JN - poderão verificar-se mudanças no que diz respeito ao tipo de crime a ser imputado aos adolescentes, passando-se de ofensas à integridade física grave agravada pelo resultado para o crime de homicídio.

Decisões

Recorde-se que o jovem de 16 anos encontra-se em prisão preventiva e 11 dos restantes 13 menores suspeitos de envolvimento na morte de Gisberta foram encaminhados para centros educativos, em diversos pontos do país. Um deles está em regime fechado e os restantes em regime semiaberto.

As medidas cautelares aplicadas aos menores serão avaliadas dentro de menos de três meses, altura em que decorrerá o julgamento. Serão, então, aplicadas as designadas medidas tutelares, que poderão ir da simples admoestação ao internamento em centro educativo em regime fechado por um período máximo de três anos.

Os adolescentes (com idades entre os 13 e os 15 anos) eram quase todos internos da Oficina de S. José, instituição de acolhimento de jovens em risco.

45 comentários:

Anónimo disse...

Os tempos hodiernos fazem-me sempre lembrar a queda do Império Romano do Ocidente. Uma sociedade que ao atingir o pico de existência se decompõe por incapacidade de manter os padrões que detinha na subida para atingir o pico.

Anónimo disse...

poema para Gilberta:

O cabrito

Povoaste a paisagem grega
guardas um timbre clássico algo de conciso
ágil e jovem – quem negaria? – basta ver-te sobre
[os abismos
sem receio ou vertigem
como a vida

J. P. Moreira da Fonseca
‘Três Livros’

Anónimo disse...

Primeira reflexão: segundo o diário digital a família de Gilberta planeia processar o Estado num pedido de reparação pois, quando ela saiu de casa estava a sonhar comprar uma casa para a mãe. Imagino que a família esteja à espera de ainda fazer uns cobres com a morte do seu familiar. A Abraço com um pouco de sorte vai ter publicidade televisiva. Por enquanto desconhece-se se era filiado em algum partido (ou clube de futebol).
Em suma a Gilberta vai ter finalmente o seu lugar na ribalta (pena é que esteja morta)

Moon disse...

"Serão, então, aplicadas as designadas medidas tutelares..."

Mas, infelizmente, uma boa dose de amor, carinho e compreensão nunca fazem parte das medidas...
E se antes não o tiveram - e está na cara, pelo desfecho dos acontecimentos que muito lhes fazia falta - também não é agora que o vão ter.
Resta-nos esperar e ter fé que estes jovens entregues ao Estado (entreggues a si próprios!) se tornem homens melhores, melhores cidadãos.

Anónimo disse...

é acabar comessa escumalha...

Anónimo disse...

Sem aplicar sociologia barata interrogo-me quando é que os media classificam a violência dos gangs como uma forma de inferioridade social, de frustações, de manifestações de falhados, etc.
O que é costume é classificá-los como tribos urbanas, jovens decididos e com poder, com potencial de rappers e de estrelas, a última foi uma elegia à chulice na noite dos óscares.
Ou seja, estão à espera de quê?
Mais notícias de primeira página?

Anónimo disse...

Já agora, o ilco ao pedir para acabar com a escumalha está a referir-se a quem?
Aos marginais?

noiseformind disse...

Malta,
Acho que estão a fazer uma tempestade num copo de água. Como é sabido os anos de cadeia, os assaltos, o consumo de droga e a SIDA acabam com esses putos antes dos 40. É o late-term abortion possível numa sociedade em que a paternidade e a maternidade são muito pouco planeadas. Casa-se e tem-se filhos com a inevitabilidade de um fatalismo biológico e como "prova" de Amor, como se Amar fosse algo cumulativo com terceiros.
Esses miúdos dedicaram-se durante 3 ou 4 dias a espancar, violentar com um pau o anus, atirar a um poço e abandonar como morto UM SER HUMANO!!! Saber que as instituições pra onde vão não vão fazer mais do que os tornar mais desviantes do que o que actualmente são NÃO É NA MINHA OPINIÃO motivo para a des-responsabilização dos que cometeram esses crimes. Não defendo a prisão ma a institucionalização é fundamental para reparar os danos que causaram à sociedade ao eliminarem de forma tão abjecta um dos seus membros, para mais alguém debilitado e merecedor de consideração pelas dificuldades que passava, senão de ajuda, mas essa podemos sempre negarmo-nos a dá-la.
Deveriam ficar em instituições até aos 18 e aí passar para a prisão durante um ano, pena simbólica da gravidade do seu crime. Eu sei, estou a pedir demasiado, mas nestas coisas de crime tem de haver castigo, senão em que tipo de sociedade é que vivemos? Os limites que não se conseguir impôr devem ser agora ipmostos claramente. E tenho dito.

RAM disse...

Desta vez foi o caso da Gisberta...
... mas a noite do Porto está, infelizmente, repleta de casos similares de maus-tratos infligidos aos sem-abrigo...
No fundo, não passa de uma das inúmeras formas de negação do direito à diferença...

Anónimo disse...

karma gente.... melhor deixarmos os tribunais fazerem o seu papel. para isso servem. não vamos matar e esfolar para lhes ensinarmos que não se mata nem esfola.
Kalma pessoal

Anónimo disse...

Comentar, mas o quê? Que a linha entre o ser-se e ter-se a consciência do humano é algo que não nos é inerente, enquanto animais? E que, nas nossas vidinhas confortáveis, criamos os getos da existência animal dos outros? Afinal, não é esta a lógica do nosso mundo e da nossa vida?

andorinha disse...

Boa tarde.
E voltamos a este crime abjecto.
"Serão, então, aplicadas as designadas medidas tutelares, que poderão ir da simples admoestação ao internamento..."
Uma simples admoestação basta, claro, coitadinhos destes meninos que nunca tiveram carinho, amor e compreensão.
Para mim, seria o cúmulo e nisto discordo totalmente da moon. Eles têm que aprender minimamente a viver em sociedade e se não aprendem a bem, então que aprendam a mal, têm é que ser responsabilizados pelos seus actos.
Concordo com a ideia do Noise - deviam ficar em instituições até aos 18 anos e depois se veria.
Punição tem que haver, reabilitação seria bom que houvesse; se não for possível (há seres "irreabilitáveis" penso eu), a sociedade tem que se precaver e defender deste tipo de indivíduos tenham eles a idade que tiverem.

Penso que as questões que Harryhaller levanta relativamente ao segredo de justiça são pertinentes.

Bem, maralhal, para uns bom fim-de-semana, para outros até amanhã, para outros ainda, até logo.:)

ASPÁSIA disse...

Dedicado às Gisbertas, Lolas, etc. etc., deste mundo.

E é assim que vivem os homens

(Leo Ferré - Louis Aragon)

É tudo uma questão de cenário
muda-se de cama e muda-se de corpo.
Será que vale a pena pois, afinal,
sou eu sempre que a mim próprio me traio.
Eu, que me arrasto e me disperso,
e a minha sombra que se despe
entre os braços sempre iguais dos homens
onde acreditei encontrar um berço.

Coração ligeiro, coração volúvel, coração pesado,
pois é muito curto o tempo de sonhar.
Que será preciso fazer destes meus dias
Que será preciso fazer das minhas noites…
Eu não tinha amor nem morada,
lugar nenhum onde viver ou morrer,
era eu que passava como um rumor,
e adormecia no ruído da madrugada.

Era um tempo sem qualquer razão,
os mortos estavam sentados à mesa
e fazíamos castelos de areia,
imaginando que os lobos eram cães.
Todos mudavam de ideias e de ombro.
A peça seria estranha ou não
mas se eu não ia bem no papel
era por falta de compreensão.

E é assim que vivem os homens
e os seus beijos seguem-nos de longe.

Era no bairro de Hohenzollern
entre o Sarre e a caserna
e como as flores da luzerna
desabrochavam os seios de Lola.
Ela tinha corpo de andorinha
deitava-se no sofá do bordel
e eu ia deitar-me ao lado dela
ouvindo os soluços da pianola.

O céu acinzentava-se de nuvens
e passavam bandos de gansos selvagens
anunciando a morte à passagem,
por cima das casas do cais,
de onde eu os via p´la janela.
O seu canto triste invadia o meu ser
e eu julgava reconhecer
um velho poema de Rainer (*).

E é assim que vivem os homens
e os seus beijos seguem-nos de longe.

Ela era morena e de pele branca,
os seus cabelos caíam sobre a anca
e quer fosse Domingo ou de semana
a todos ela abria os braços nus.
Ela tinha olhos de faiança
e trabalhava com confiança
para um artilheiro de Maience
que nunca mais regressaria a França.

Havia outros soldados na cidade
e à noite também subiam os civis.
Retoca o rimmel das pestanas, Lola,
que em breve também irás partir.
Só mais um copo de licor
e foi em Abril, de madrugada,
pelas cinco horas, que em teu peito
um dragão enterrou a sua espada.

E é assim que vivem os homens
e os seus beijos seguem-nos de longe.

(*) Rainer Maria Rilke

Traduzido e adaptado por mim da adaptação de Léo Ferré do poema de Louis Aragon “C´est ainsi que les hommes vivent”

Anónimo disse...

Conhecem o efeito da escala?
Não seremos nós capazes de fazer coisas "igualmente" condenáveis em relação à formação priveligiada que tivemos?
Quantas vezes resistimos, em covarde ambiente de grupo, em ir ao(_._), do mais fraco?


Pois eu sei...
Não tem comparação- penso eu, pensamos nós.


Mas ignorando a escala e voltando ao caso concreto.
É terrivelmente perturbador imaginar o sofrimento que não deve ter sido! Mais do que o sofrimento físico (supra-limiar, de certo)o saber-se mais do que só...

Curiosa observação a do "Conserto" sobre o papel dos mass.

Anónimo disse...

Gisberta ... maltratam-te, trocam-te o nome ... desculpa

Vanda disse...

Depois de casa assaltada, trancas na porta???

E antes? o que se poderia ter feito antes, por eles???

Agora...já todos sabemos (salvo raras e honrosas excepções)o caminho que teem pela frente...

Sairão melhores pessoas?

Anónimo disse...

...Mas eles podem ser até boas pessoas!
E não estou armado em P.de Américo.

Não se fale do Estado com a leveza de se achar que o Estado não é, no fim de contas, nada mais do que o conjunto formado por nós todos.

Convidariam a Gisberta para um chá confortante na mesa com design da vossa sala? Claro que não. Não fosse ela contaminar o vestíbulo em mármore desenhado pelo arquitecto amigo do comendador...

E os putos. Esses deveriam polir mármore numa fabriqueta qualquer. Entre as 8 e as 8. Mamarem TVI all night long...

Anónimo disse...

Se os menores de 16 anos tem a inimputabilidade perantes os crimes que cometem: Roubos, assaltos, atos de vandalismo , assassinatos, devia haver alguém responsáveis por eles. Se houvesse, eles não andariam à solta a noite toda em bandos a fazer que lhes apetece.

Este crime foi muito cruel e divertiram-se durante dias a infrigir sofrimento a um ser humano.

Vera_Effigies disse...

IRONIAS:

No jornal Diário diz:
“Os jovens já eram conhecidos nas imediações da Oficina de S. José e na zona do Campo 24 de Agosto, onde o crime ocorreu, por serem conflituosos e perseguirem a vítima, que já se havia queixado do grupo de rapazes a amigas. Além disso, era frequente serem vistos à noite na rua.

Após este caso, as queixas sobre as condições de internamento na Oficina de S. José ganham eco. Henriqueta Vilas Boas denunciou que retirou o sobrinho Carlos, de 16 anos, da instituição quando percebeu que o familiar estava cada vez mais agressivo e tinha problemas de violência na escola. Acusou os responsáveis da Oficina de S. José de não a receberem e apresentou queixa no Ministério Público e na Segurança Social.”


No Portal XXI
“Até hoje, a instituição tem mantido as portas fechadas a jornalistas e só dois dias após o envolvimento dos menores no crime aceitou receber um representante da Diocese do Porto, entidade que a tutela e que, agora, procede a um inquérito interno para apurar "o que falhou". Também o Instituto da Segurança Social, que, ao abrigo de acordos de cooperação, remete para a Oficina crianças e menores em risco, quer explicações. Por isso, tem, desde anteontem, uma equipa técnica no edifício de acolhimento, "não para fiscalizar, mas para ajudar a encontrar razões para o caso", conforme disse,ontem, ao JN, fonte do Instituto”

A Segurança social depois de queixas e processos fica inactiva?
Ao ler isto tirei as minhas conclusões.
Casos como este são realmente gritantes. Saber que instituições do Estado (que todos pagamos) têm cooperação com este tipo de educadores é gravíssimo. Agora pergunto, a troco de quê?...
Os meninos em causa são também vítimas, de maus educadores e do EStado que tem instituições que não zelam os fins para que foram criadas, atirando-os para o "colo"
de educadores desta espécie. Transcende-me a "cooperação" existente. Em devoção a que santo?!...

Um abraço.
MJ

Vera_Effigies disse...

Desculpem-me não sei se pus "Portal XXI" ou "Porto XXI", mas é "Jornal Porto XXI" era a este último que me referia
http://www.portoxxi.com/jornal/ver_artigo.php?id=562

Filipe Carmo disse...

Basta avaliar pelas opiniões aqui colocadas, e chegar à conclusão que ainda temos um longo caminho pela frente!
Estamos a falar de pessoas que aqui colocam opiniões, mais desenvolvidas do que a média portuguesa, visto a facilidade na utilização da Internet, e mesmo assim, continua a descriminação, a ignorância. O tratar aquilo que não conhecem, que é diferente, com repúdio.

Fala-se da homosexualidade como se estivessemos a falar de "coisas" em vez de falarmos em pessoas, com vida e sentimentos, como todos nós.
Isto pelo menos até tocar um familiar de convivência diária ou um amigo próximo. Aí a coisa explode, ou para um lado ou para o outro.

Não sendo o meu caso, respeito o modo de vida de quem me rodeia!
Cada um é feliz à sua maneira...
Não nos compete a nós avaliar ou julgar os mesmos.
Compete sim, condenar quem contra estes comete actos de descriminação ou de violência.

Mas agora ainda mais pergunto...
E se fossem swingers? Grande parte da sociedade condena este comportamento e descrimina-o também. Perigo de violência sobre estes? Mas é claro... por isso vivem sob o anonimato...

Mas o homem (nós) descrimina tudo por natureza..., descrimina raças diferentes, usualmente pretos, ciganos, chineses, indianos...
Descrimina ricos se forem pobres, e pobres se forem ricos...
descrimina os adeptos do clube de futebol rival, descrimina o tripeiro ou o alfacinha...

Cabe à nossa inteligência, à educação, ao nosso civismo e respeito pelo próximo, criar uma abertura de mente, e ver o mundo à nossa volta com olhos bem abertos....

Lembrem-se....
são só pessoas, como "tu" e eu!

PS - consultem o post sobre "homofobias" no meu blog e deixem a vossa opinião:

http://ex-sitacoes.blogspot.com

Obrigado!

Caiê disse...

Eu posso imaginar o crime cometido por miúdos de "boas famílias", sim senhor. Quem vos disse que é a falta de meios económicos ou a falta de um lar que leva à criminalidade? De resto, uma família nem sempre é sinónimo de afecto...
Outra coisa que acho importante relembrar... Muita gente teve falta de dinheiro, falta de um lar, falta de afecto, sofreu torturas horríveis toda a infância e não se dedicou a violentar outros assim que teve oportunidade! Portanto, a infância infeliz ou violenta não é desculpa para maltratar ninguém no futuro... Tenham paciência. Nós somos, em muito boa parte, o que fazemos de nós. Temos de reagir à vida que levámos e saber discernir.
O mundo não é feito na base do "olho por olho" como gostamos de pensar... A capacidade de pensar (sobretudo de sentir empatia pela dor alheia) existe. Ou não. E se não existe... as pessoas não podem conviver em sociedade.

Anónimo disse...

Que interesse tem para o país discutir a vida de inúteis que vivem à nossa custa, com o rendimento mínimo obrigatório...?

Vamos mas é àquilo que é realmente importante. Por exemplo, o que acham os participantes deste blog da OPA de Belmiro de Azevedo e da possível contra-OPA de Paes (com E) do Amaral ?

E deixem-se lá de lamechices... Nunca ouviram dizer que dos fracos não reza a históra ?!

LR disse...

OPA? Oportunidade Perfeita de Amealhar.
(Ou Oportunidade para o Paulo Azevedo.
Ou Oportunidade para o Povo... Acordar)


Vou pelo Belmiro.

Os Paes e Hortas e Costas deste mundo estão lá para misturar o Estado no que este não deve meter-se; ou para vender a economia portuguesa à estranja.

Anónimo disse...

Limousine

Deixei-te algo ainda nos comentários de ontem, dia 9.

Bom fim de semana, Prof. e maralhal.

Unknown disse...

Instituições de menores em risco, oficinas de s.josé, casa pia, comissões de protecção de crianças e jovens, ... pobres crianças!

As crianças precisam de atenção, de se sentirem protegidas e de se sentirem amadas. Tão só. E vivem de exemplos. Bons e maus. Reagem com os outros da mesma forma como se sentem tratados.

Só quem não lê e nunca esteve em contacto com essas instituções não consegue perceber ou dimensionar o quanto esse obtuso mundo dessas instituições é pouco favoravel ao crescimento sadio de qualquer criança. Mais! Há adultos que dão pontapés em crianças [Ainda recentemente uma morreu literalmente aos pés de uma ama e do marido]! Não critiquem as crianças, a culpa é mesmo do sistema.

Anónimo disse...

Viúva Coquelicote:
Lá respondi!

Vera_Effigies disse...

EU abaixo assinada, venho, por este meio,mostrar o meu "beicinho" pela forma orfã como me senti depois do repasto (apesar da intenção ser boa, note-se!):
1º Gosto de conviver e repartir tudo!(salvo seja lol Repartir o que o "Murcon Mor" sabe e por isso se esfumou). Isto não fica assim! Não pode!...( eu não sou ingénua, afinal sou mesmo orelhuda!);
2ª Algo que levei para ficar, teve de voltar comigo;
Deixou-me em boas mãos, sei que sim. Mas sinceramente, não desfaço o "beicinho" sem que deixe repôr o seu a seu dono.
Desafio-o, por isso, a repôr os pontos nos iiiiiiiiiiiii ou este i (sem pinta) vai atrás.
Nunca ensinaram ao "Morcon Mor" como se fazem os bons amigos á moda do PORTO? Eu um dia destes ensino.
O desafio esta de pé e o beicinho também, até que satisfaça o meu pedido
MJ

noiseformind disse...

O Jantar e tertúlia na Sexta e o Almoço este Sábado foram do melhor. Agradecimento sentido do puto de 27 anos ás chavalas de cinquenta e tais pela forma como vivendo mostram aqui à malta o que podemos viver. E agora regresso ao meu feudo de sexo sem drogas e com algum rock'n'roll (mas muito mais funk, dance e house). Viver e sobreviver em diversos paradigmas sem nos fragilizarmos como pessoas é estruturante para uma afectividade que se aproxime de algo que possámos chamar de pleno sem mentirmos a nós próprios em excesso. A nossa existência é demasiado curta para pensarmos seriamente nela e nos dramas que se desenrolam pela nossa simples presença no palco da vida. Fiel a isto, o show de bola segue dentro de momentos (estou a escrever isto no telemóvel, não dá para introduzir fotos malta ; ))))))) ).

Aos restantes presentes no Jantar do Murcon com especial atenção à Moon e Gaja Irritante Irmã da Moon (coitados dos ganapos!!!!! Contratem um bom advogado e consigam a emancipação, pelo menos a do computador!!!!) e ao Boss e Vik... o meu bem-haja e estando qualquer dos presentes ao Almoço na vizinhança do Porto é imperdoável não dizerem nada aqui a Je prá malta se fazer aí a umas conversas pela noite dentro ; ))))))

Boss,
Em relação áquela tua saída segue por mail a minha "reacção". (não sendo eu, de todo, reacionário) ; ) espero que seja o suf para te servir de emenda (apesar de eu saber que a partir de certa idade não há endireita de almas que valha ao corpo)

Vera_Effigies disse...

Agradeço o convívio e a simpatia a todos. Foi gratificante para mim por muitas razões.
Obrigada.
MJ
PS Não relaxe Prof tem-me á perna. Está prometido. A minha casa é um pedacinho antes dos 50 mas, Noise, tas perdoado :p

andorinha disse...

Confirmo as palavras do puto de 27 anos: o jantar e a tertúlia na sexta e o almoço de sábado foram do melhor. Estes encontros estão a ficar cada vez mais saborosos à medida que nos vamos conhecendo melhor. A cumplicidade e a camaradagem crescem cada vez mais.
Uma das chavalas de cinquenta e tais agradece ao puto toda a imensa disponibilidade, atenção, solicitude, carinho que dispensa a toda a gente. És um miúdo excepcional, Peter, já te disse muitas vezes, mas hoje apeteceu-me dizê-lo aqui.
Não, não é efeito da ginginha.:))))))))))É a pura verdade.
Gostei de rever "velhos" amigos, gosto e preciso de estar com as pessoas, só os e-mails e telefonemas não chegam.
Uma palavra especial de agradecimento para o responsável por tudo isto, o Júlio, que ao criar este cantinho permitiu que toda esta gente, cujas rotas dificilmente se cruzariam, se viesse a conhecer e a cimentar cada vez mais amizades que eu tenho a certeza perdurarão pela vida fora.

Anónimo disse...

Meu querido,

escrevo-te porque recebi um mail de uma Helena (embora ela assinasse Moon, não percebi...) que me agradecia a paciência que tenho contigo e afirmava que tu a mereces toda. Mostrava-se encantada contigo e referia qualquer coisa como "já não há homens assim..."
Sinceramente, não sei o que andas a fazer por aí mas que a enganaste bem, enganaste! E se das palavras dela não inferisse que aquilo era mesmo só deslumbramento e que as suas intenções eram inocentes não sei, não...
A Gertrudes bem me vai avisando, ela é que percebe destas coisas! Mas eu sempre lhe digo que o nosso amor é eterno e que por ti ponho as mãos no fogo. Se bem que da última levei com um: "Pois isso, menina. Então fie-se na virgem..."
Mas ela não te conhece como eu e não sabe que tu estarás sempre comigo, no matter what...
Beijos doces meu querido

Moon disse...

Bolas! Não devia ter tomado café:( Uma dorminhoca sem sono é mesmo uma desgraça!:))))

Anónimo disse...

Começo a estranhar a quietude desse amor da "Maria" por si, professor... ;)

Então em forma de despedida "um bom café com adoçante" (sim porque ao contrário de algumas "Marias" eu preocupo-me com a competência vascular das pessoas de quem gosto LOOOOL- estou a falar da visão, do tacto,... enfim..)

Anónimo disse...

Não tem escrito...Para nosso descontentamento, desde 6ª feira. Deixo-lhe um poema (?)duma portuense, para um bom domingo.Isso existe?

SOMBRAS

Nos ruídos e uivos
desta noite de silêncios
procuro a menina doce
que em mim havia:
vasculho os sonhos
farejo as ilusões.
No frio e denso
nevoeiro desta madrugada
apenas avisto uma sombra:
a mulher que hoje sou.
E vejo-me fraquejar
com medo de desistir
do tanto que para mim sonhei.

Dad disse...

Vivemos numa sociedade tão violenta que já nem as crianças têm desculpa. O que aconteceu é simplesmente horrível. A educação que receberam, das familias de onde vieram (e sabe-se lá, o que se ensina naquelas melhor estruturadas...) é que homo e travestis são aberrações sociais. A crueldade acaba por ser quase um acto de "limpeza" nas mentes cruéis. E que cruéis podem ser as almas de algumas crianças e de alguns adolescentes...
E depois não posso deixar de referir a falta de eficácia das instituições que supostamente serão para educar, embora lhes falte a componente tão importante do amor. Tudo tem que ser revista nesta sociedade que está a transformar-se numa sociedade kafkiana!
Para o JMV - ouço-o atentamente e tenho aprendido muito consigo!
Tomara que não seja mais um programa a abater...

Vera_Effigies disse...

Moon
Moon
És um doce, obrigada. Tenho que te mandar a tua fotografia ;-)(manda o teu e-mail no meu das imagens (olaatodos@portugalmail.pt)e lá eu mostro-te outros blogs meus também)E sabes? Este nick é realmente o meu cartão de visita na net e os amigos mais chegados gostam de me chamar como tu :)))). Beijinho.
MJ
PS O rio que viste nas fotografias e que comentaste é o rio do Murcon. Com aquela transparência de alma fundem-se...

Isabel Da Rocha disse...

O melhor será agarrar-me à ideia de que a justiça divina ainda existe!!

Anónimo disse...

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL´

Essa do chouriço!!!!

Su disse...

a maldade não tem limites ...
a justiça não existe....
o homem já morreu....e como todos estes crimes serão esquecidos à velocidade da luz.... e nada será feito, como se prova até à data...

jocas maradas

Anónimo disse...

Não entendo como no meio de discussão sobre a morte bárbara de alguém, se comente o jantar, se mande recados pessoais, publique anedotas...enfim...se demonstre tão pouco respeito pelo morte de um ser humano.
Porque para além das crianças, que como seres humanos também eles morreram um pouco, ou algumas delas começaram a humanizar-se,sabe-se lá (um deles desplotou tudo o processo público), a vida terminou com agonia para alguém...

CêTê disse...

Ops! Desculpem a minha gargalhada mas não teve nada a ver com o assunto do que foi publicado pelo professor. De toda a forma q

CêTê disse...

(continuação) de toda a forma quem nunca se contou uma anedota num funeral atire o primeiro spam!

Anónimo disse...

Para quando, o tomar de medidas, por alguém de direito(se é assim que se intitulam),com as crianças institucionalizadas(que nome tão frio e sem sentido para se referenciarem crianças)?Será que,deverá ser exigido,a alguma dessas crianças(felizmente, tenho conhecimento de que há algumas,grandes heróis!)que seja um adolescente/adulto com regras de cidadania?Tendo,este, por "família" imposta,pessoas que não têm a mínima formação pedagógica e que trabalham por turnos, como se de uma fábrica se tratasse?!Isto é,adormecem com uma mãe/pai e acordam com outra(o).
Falo com alguma mágoa sobre o assunto e, peço desculpa desde já ao sr. professor por estar a alongar-me neste espaço,mas,como docente do 1º ciclo(Coimbra),tenho lidado com situações que, frequentemente, me têm levado a que, uma ou outra lágrima, mais atrevida, rolasse pela minha face.
Por favor, srs responsáveis por estas áreas,não façam dos V. empregos mais um da série "das 9 ás 5".

Idiossincrasias disse...

I'm sorry