terça-feira, julho 08, 2008

Pronto, tudo explicado!:).

Amor de paixão acaba depois de um ano, diz estudo

Um estudo realizado na Universidade de Pavia, na Itália, aponta que o amor de paixão dura pouco mais que um ano. Os pesquisadores descobriram que uma substância cerebral chamada de neurotrofina é a responsável pelas mudanças no comportamento dos casais, segundo a BBC.
Com a realização de estudos sobre relacionamentos longos e curtos, constatou-se que os níveis da proteína, responsável pelas primeiras exaltações do sentimento, como a euforia e a dependência que surgem logo no início de uma relação, baixam depois de certo tempo. Foram analisados 58 homens e mulheres entre 18 e 31 anos, nos quais verificou-se as alterações dos níveis dessa substância cerebral.
Os cientistas observaram indivíduos que haviam recém-iniciado um namoro - nos quais os níveis da proteína estavam elevados. Um ano depois, nas 39 pessoas que ainda estavam juntas, a quantidade da substância do cérebro havia diminuído.
Para um dos autores do estudo, Pierluigi Politi, a descoberta não indica que as pessoas deixam de estar apaixonadas, mas que o sentimento se tornou um tanto "estável". "O amor romântico parece ter acabado após algum tempo", declarou afirmando que novos estudos sobre o tema ainda serão realizados.

33 comentários:

DrFunkenstein disse...

Desde já, os meus cumprimentos. Venho com toda a segurança afirmar que eu e a minha MAIS QUE TUDO, somos seguramente uma clara e constante excepção à REGRA... Há quem diga que a atracção se vai desvanecendo, que a solução química vai enfraquecendo as reacções e que a relação vive apenas de um amor sustentável. É RELATIVO!!! Vêm agora com esta "Lei de Murphy" do amor; esta arteroesclerose dos sentimentos... Teorias, nada mais que teorias sustentadas em pressupostos químicos. Infelizmente uma grande percentagem da nossa sociedade padece destas maleitas...cerebrais.

cabecinhapensadora disse...

Pá...o que é o amor romântico? Assim uma espécie de miopia sentimental? Se for...é um términus benévolente. Amor de paixão acaba depois de um ano?! Ora essa! A cabeça desse senhor, já! o coração não se aguenta a galope a vida toda? aaaaaaa....
há corações que não sabem andar. E o que faz o dito senhor a essas pessoas? São excepção? E por isso excepcionais? Ou nem por isso?
Ainda bem que o estudo ainda não está completo. Quem sabe o que aí vem...Ainda se descobre que a ausência de paixão é o desinteresse instalado. Mesmo que lhe chamem amor estável. Estável???? não faz lembrar uma cómoda, um pechiché, uma senhorinha? Quem é que quer coisas destas?!

Fora-de-Lei disse...

"O amor romântico parece ter acabado após algum tempo."

Uma vez acabada a novidade...

Nonsense disse...

Ufa, afinal sou normal :)

yes! my love! disse...

Paixão e Amor são o que cada um sente ou já sentiu como tal,

logo, A Paixão e O Amor, não existem :)

existem sim, tantas Paixões e tantos Amores, quantos os que são ou que já foram sentidos - todos eles feitos de momentos únicos e irrepetíveis da vida de alguém ( momentos bons e momentos maus )!

A menor duração do estado de paixão, parece-me explicável pelo facto de não ser possível sobreviver-lhe :)) pessoalmente profissionalmente socialmente e mesmo culturalmente ;) se esse estado se prolongar por demasiado tempo!

No Amor, o Tempo já faz parte do Momento!

As Almas e os Corpos já se conhecem ! o DESEJO fica mais controlado ! e há mais VIDA para além do outro :) e havendo mais VIDA para além do outro, há VIDA própria, há VIDA no trabalho, e há VIDA em sociedade; e com tudo isso, é natural que não tenha de acabar à pressa, por uma questão de sobrevivência - como na paixão!

Enquanto dura, a Paixão, é para mim, a negação da própria vida - um verdadeiro " non y non " a tudo o que se atravessa na nossa frente, que nos possa separar da pessoa amada!

O Amor muito pelo contrário, é já a aceitação da nossa própria vida e da vida própria do outro, muito para além de uma simples "vida em comum"!

Seria porém, muito mais fácil, mas muito menos interessante também,

se com estudos destes, ficasse mesmo tudo explicado :)

ai isso, era ~~

Luís Alvarenga disse...

Pois é professor: “estes estudos” são uma bela “provocação” quando citados por si.
Situando-me nesse registo até apetece dizer que a paixão pressupõe o que é ambíguo, intraduzível; o inexplicável que não deve nem pode ser analisado; o desconhecido que é necessário prevenir que se transforme em conhecido!
Senão vejamos: os “apaixonados” pensam ser capazes de controlar o tempo; no entanto, quando muito, apenas conseguem cadenciá-lo ao ritmo das suas declarações… que mais tarde na maioria das vezes se arrependem. Talvez por essa razão se transformam em dependentes, não conseguindo “viver a sua paixão” ad eternum, aprisionados que estão na sua atitude egoísta.

Laura disse...

DrFunkenstein,
Estou totalmente de acordo consigo. Há por aí muita maleita cerebral, mesmo.

Com excepção dos instintos primitivos (comer, dormir, etc.) NADA SOBREVIVE sem o auxílio dos neurónios.
Não é só o amor.

Tal como somos falíveis e contraditórios, nós somos também seres dotados de racionalidade, vontade e sentido crítico.

Se nos julgarmos um produto aleatório dos acasos, então vale tudo.

andorinha disse...

Lá somos bombardeados com mais um estudo...
Não atribuo credibilidade nenhuma a nada disto:)

E quem se quiser manter num estado de paixão permanente, é fácil; basta que o seu cérebro seja injectado com as devidas quantidades de neurotrofina.
Há solução para tudo:)))))

oui! mon amour! disse...

Frank Verlag,

tenho lido o que escreve aqui e lá também nas suas Noites Curtas,

e tenho apreciado sua acutilância!

sem dúvida que a paixão é um acto do mais puro egoísmo,

e só por isso, já se justificaria o arrependimento,

mas como sentir verdadeiro arrependimento do que não conseguimos controlar ?

talvez um Psi nos pudesse explicar melhor, o que a paixão tem de involuntário, se não mesmo de irracional,

e por que é que quando, quase que por milagre ao acordar de uma paixão, se descobre que afinal era mesmo a pessoa certa para nós,

o amor vem para ficar,

e muitas vezes, só não fica para sempre,

porque,

para se conservar um amor,

não se pode guardá-lo numa mão fechada,

nem se pode deixá-lo numa mão aberta,

ele precisa de poder se sentir livre, mas seguro,

entre duas mãos abertas :)

PILAR disse...

Pois é....enquanto humanos continuamos a querer tudo explicar por fantásticas fórmulas matemáticas e composições químicas...padecemos de curtas vistas...se calhar é olhando para além de nós, que talvez nos encontremos!
As paixões são giras, muito giras!...No entanto, acredito na alegria que a partilha de vida pode proporcionar! Escolher o caminho onde se vão encontrando pepitas de felicidade dá trabalho... enraizar um afecto e torná-lo saboroso é para destemidos! Mas se calhar vale bem a pena...Podemos ter carência da tal proteína, mas temos a nossa história e o feito de a ter vivido até ao fim!

CêTê disse...

E vem aqui uma pessoa para concluir que se tivesse sido apanhada na amostra era uma ANORMAL.;))))

Ni disse...

«Le propre des hommes passionnés est de ne pas croire un seul mot de ce que l'on écrit sur les passions.»

Alain (Essayiste et philosophe français. Né à Mortagne-au-Perche le 03 mars 1868. Décédé à Le Vésinet le 02 juin 1951)

...

Se hoje a Maria lhe escrevesse uma carta... talvez lhe enviasse apenas esta citação... ou outra semelhante.

Sorriso.

...

Stranger disse...

Maldita neurotrofina :-)

cabecinhapensadora disse...

OH!!!! e onde cabe a paixão inédita do meu avô? Que por acaso também foi um amor inédito?

lobices disse...

...neurotrofina????

...com a neura atrofiada.........

Excelsior disse...

...

(...Hum....)

(...Reduzir um Sentimento, em qualquer das suas expressões, à presença de um químico no nosso organismo...? A uma duração a termo certo...?)

...

Hum...

(...Sabor estéril, frio, seco, o que fica na boca, perante tal interpretação...)

:>

andorinha disse...

Pilar,
Concordo com o que afirmas e saliento isto:"...enraizar um afecto e torná-lo saboroso é para destemidos."

Dá que pensar. Mas não sei se lhes chamaria destemidos...não vou tão longe:)
Embora haja, de facto, pessoas que têm medo dos afectos...
Olha, ainda agora é madrugada:) e não consigo discorrer de forma coerente sobre tudo isto.
Mais logo, quiçá:)

Cêtê (2.22)

Mas isso já todos nós sabemos.
:)))

Luís Alvarenga disse...

oui! mon amour!- "talvez um Psi nos pudesse explicar melhor...". Talvez, mas como dizia o tio Freud "tornamo-nos psiquiatras para nos assegurarmos que somos normais". Também podemos pedir ajuda ao mito da caverna de Platão que na matéria em causa tomamos a liberdade de interpretar da seguinte forma: acorrentados nesta caverna, apenas observamos sombras nas paredes; tomamos estas sombras pela realidade, apesar de elas serem apenas os reflexos da realidade que nunca veremos a não ser que passemos para lá do quotidiano.

thorazine disse...

lobices,
imagino...:S Com o Sr. dos Aflitos à porta.. :| hehehe :))

yes! my love! disse...

"OH!!!! e onde cabe a paixão inédita do meu avô? Que por acaso também foi um amor inédito?"

Boa pergunta, Cabecinhapensadora :) mas antes de disso, fiquei com vontade de saber, quem é o Senhor Seu Avô :) que se apaixonou e amou ineditamente ~~

oui! mon amour! disse...

"acorrentados nesta caverna, apenas observamos sombras nas paredes; tomamos estas sombras pela realidade, apesar de elas serem apenas os reflexos da realidade que nunca veremos a não ser que passemos para lá do quotidiano." Frank Verlag,

acontece que as sombras são ainda realidade, valendo por si mesmas :)
e cumprem a sua função, assim como a própria ignorância do que existe para além delas, é realidade pura, e também cumpre a sua função :)

não saber, nem querer saber tudo, pode ser uma forma de sabedoria e uma forma de liberdade,

e para se poder ser livre e sábio, acorrentado numa caverna, tudo o que menos importa é a realidade do que existe lá fora,

é com naquilo que temos, onde temos, com quem temos, que a nossa felicidade é possível,

ainda que ela resulte da fragilidade de um mero reflexo de algo,

o que nos salva, não é o que nos faz feliz,

mas a própria capacidade de ser feliz,

e esta, quando existe, habita em nós!

lobices disse...

...to thorazine:
...
...tens razão...chiça...o que vale é que já passou :)))))

Jessie disse...

Bolas!

E mesmo verdade entao???... E o que fazer quando se e uma romantica incorrigivel?
Quando se busca essa avalanche de emoçao que ja nao existe apesar de se amar a mesma pessoa ha mais de 20 anos???

Ha quem lhe chame 'crise de meia-idade' Sera? Quando na verdade tenho trinta e alguns....

Ajude-me Prof. Conto consigo... de-me alguma alegria depois desta revelaçao! ;-)

Beijinhos,
Tentou Mushi

cdgabinete disse...

Hum... eu sou muito céptica em relação a este tipo de estudos....

Então... e passado o primeiro ano, quando as relações se tornam de longa duração (ex.: 5 ou 10 anos) em que há, sei lá, períodos de bonança intercalados com periodos de grande "paixão/ exaltação amorosa"... o que acontece à proteína? Flutua?

Hum... parece-me que a farmaceutica que financiou este estudo tem que assegurar fundos para mais uns anos para investigar efeitos a longo prazo....

fiury disse...

é confortavel verificar que estou fora da faixa etária em estudo.não é nada comigo:))) é com estas e outras que
nos fazem sentir mais velhos:(

cabecinhapensadora disse...

Parabéns,Oui. disseste a humana condição. Com aroma platónico. Pode pedir-se mais às palavras que dizem a força do imaginário?! Queria ter essa síntese analítica. A grande diferença entre a caverna e a realidade, se calhar, é a linha da imaginação. Nenhum Outro morre porque morre. Morre por se extinguir o nosso sonho nele.
E Bom Fim de Semana:)

Lina Arroja (GJ) disse...

Júlio, não se zangue por lhe ter "roubado" sem a sua licença :) o que é seu:)

isabel disse...

`Cada rela�o vale por si. tenho um casamento de 27 anos... com altos e baixos... com o tempo at� encontramos outros relacionamentos... por vezes com interesses culturais profundos.... mas a quim�ca sexual... essa s� existe com o companheiro de sempre.. Porqu� talvez porque somos imprev�siveis e porque cada um sabe, sem nunca se dizer, que n�o se � um bem garantido.
At� breve

a glória do vulgar disse...

num dos seus programas da rádio ouvi uma referência à recente descoberta do que seriam as propriedades afrodisíacas da melancia. e não pude deixar de pensar no extraordinário filme do realizador taiwanês, tsai mingliang, no qual a melancia desempenha um papel tão central que os franceses (na minha opinião bastante estupidamente) transformaram o título original (algo como uma nuvem errante ) em "le saveur de la pastéque". achava divertido ouvir a sua opinião sobre este filme.

a glória do vulgar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
a glória do vulgar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gonçalo Rosa disse...

Só agora...

E eu que andei a matar a cabeça para perceber o minuto em que a nossa paixão se transfomara em amor!!! Agora é bem mais fácil. Adiciono 365 dias e 6 horas ao dia/hora a que começamos a apaixonarmo-nos (tem de haver maneira de também definirmos isto, professor) e ... já está!

Um abraço,

Gonçalo Rosa

Su disse...

prof..paixao de paixão foi a cena da minha rotula ter.se atirado ao alcatrão no ultimo fim de semana
isso foi paixão......
eu em queda livre:))))))

jocas maradas