sexta-feira, janeiro 01, 2010

Aí está o Parecer, venha a tertúlia:).

PARECER DO COLÉGIO DE ESPECIALIDADE DE PSIQUIATRIA DA ORDEM
DOS MÉDICOS RELATIVO AO PEDIDO DO SR. BASTONÁRIO EM CARTA DE
14/05/2009
Concordando globalmente com o parecer do Bastonário da Ordem dos Médicos, em
carta datada de 14 de Maio de 2009, e em resposta ao pedido que nela se expressa, o
Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos esclarece o seguinte:

1. É generalizado o consenso entre os médicos psiquiatras de que não existe qualquer
tratamento para a homossexualidade, pois esta designação não se refere a uma doença,
mas sim a uma variante do comportamento sexual. Considerar a possibilidade de um
“tratamento” da homossexualidade implicaria, nos tempos actuais, a violação de normas
constitucionais e de direitos humanos. Seria, aliás, o mesmo que falar de um
“tratamento da heterossexualidade”.


2. Este facto não pode omitir que o comportamento sexual é um dos mais complexos
e menos conhecidos do ser humano, embora seja dos que mais leva a conflitos intrapessoais,
inter-pessoais ou mesmo a comportamentos legalmente sancionáveis. Estes
factos não podem ser desprezados pelos médicos e têm levado a diversas terapêuticas
sexuais, alguma das quais pretendem ou pretenderam interferir na orientação sexual.

3. A maioria destas últimas terapêuticas, descritas na literatura científica e recorrendo
geralmente ao condicionamento aversivo, decorreram nas décadas de 60 e 70. Muitos
dos artigos que as descrevem são estudos de caso, outros têm uma metodologia
científica pouco rigorosa. Para além disso realizaram-se em condições pouco límpidas,
por exemplo, com alguns pacientes a serem enviados pelos tribunais. Os resultados,
mesmo assim, não eram brilhantes, com cerca de metade dos pacientes a reduzirem o
desejo ou comportamento sexuais para com o mesmo sexo, mas uma percentagem
muito mais baixa a envolverem-se sexualmente ou aumentarem o desejo pelo sexo
oposto. Também eram referidos efeitos perturbadores, tais como redução global do
desejo, depressão, ansiedade e comportamento auto-destrutivo.

4. Com a despatologização da homossexualidade, primeiro pela Associação
Americana de Psiquiatria (APA), em 1973, depois pela Organização Mundial de Saúde,
estes estudos foram desaparecendo. Entretanto, os tratamentos sexológicos evoluíram,
nomeadamente na tentativa de resolução das perturbações do desejo sexual (parafilias),
melhorando os seus protocolos e também o conhecimento dos factores implicados que,
em geral, resultam de aprendizagem. No entanto, tem-se apercebido de que existem
muitos aspectos diferentes, nem sempre coerentes entre si, ligados ao comportamento
sexual – e também ao homossexual – como as fantasias, o desejo, o comportamento
sexual (e masturbatório), os relacionamentos íntimos e a identidade.

5. Em 1998 e em 2000, a Associação Americana de Psiquiatria publicou Declarações
de Princípios (Position Statement) sobre as tentativas para mudar a orientação sexual
(também chamadas terapias reparadoras ou de conversão). Nestas declarações, condena-se
a sua execução “baseada na suposição de que homossexualidade por si é uma
desordem mental ou baseada na suposição apriorística de que um paciente deveria
mudar sua orientação”. Apesar disso, reconhece-se que “no curso de um tratamento
psiquiátrico corrente podem existir indicações clínicas apropriadas para tentar mudar
comportamentos sexuais”. Acrescentam que “Os debates políticos e morais que
envolvem este assunto obscureceram os dados científicos, pondo em questão os motivos
e mesmo o carácter dos protagonistas de ambos os lados”. Finalmente reconhece a
pobreza científica dos estudos sobre benefícios e prejuízos, para “encorajar e apoiar a
comunidade acadéica a pesquisar a „erapia reparadora‟no sentido de determinar os
riscos contra os benefícios”.

6. A terapia “reparadora” ou “conversiva” (o próprio nome tem causado controvérsia
pelas conotações que pode ter) era usada como tentativa de resolver a
“homossexualidade egodistónica” que a Associação de Psiquiatria Americana, sob
influência dos activistas LBG (Lésbicas, Gays, Bissexuais), fizera desaparecer da
DSM3-R, em 1987, mas que se manteve na Classificação Internacional das Doenças da
Organização Mundial de Saúde. Do ponto de vista do movimento LBG que, entretanto,
recorria aos seus próprios terapeutas, o sofrimento causado pela homossexualidade
egodistónica resolver-se-ia com uma terapêutica de afirmação LBG, incluindo activismo
social e político com vista à aceitação social das minorias sexuais.

7. Na sequência das declarações da APA foram publicados, já neste século, artigos
sobre a mudança de orientação sexual e suas terapias. Em geral, os seus autores
limitam-se a indagar pacientes que passaram ou estão a passar por esta terapia. Embora
os resultados não sejam muito diferentes na sua substância, é fácil descortinar o
posicionamento dos seus autores, procurando uns acentuar os efeitos positivos, outros
os problemas decorrentes e falta de ética. Um dos estudos mais conhecidos é o de
Robert Spitzer – um credibilizado membro dos comités responsáveis pelo
desaparecimento da homossexualidade como doença –, publicado em 2003 nos Archives
of Sexual Behavior que, depois de anunciar resultados claramente positivos numa
amostra, provavelmente enviesada, de 146 ex-gays e 47 ex-lésbicas suscitou, na mesma
revista, 26 respostas de 42 especialistas. Mais do que o artigo, a discussão que ele
provocou foi deveras interessante, revelando posicionamentos diversos e suscitando
novas questões, como a possibilidade da mutação espontânea da orientação sexual. Na
verdade, Spitzer foi criticado por não ter amostra de controlo, pelo que alguns dos seus
elementos poderiam ter mudado independentemente da terapia. Alguns destes casos
eram, entretanto, descritos.

7. Os ecos do artigo de Spitzer permaneceram nos anos seguintes, levando ao
interesse pela investigação destes pacientes. Os dados levantados procuravam as
motivações para tal “terapia” (muitas vezes ligadas ao conflito com as convicções
religiosas), mas revelavam também a complexidade da questão da homossexualidade
que, longe de ser preto no branco, apresentava graus variados e componentes que iam
desde a orientação, atracção, desejo e fantasias sexuais, até ao comportamento sexual e
a identidade baseada na orientação sexual. Para alem disso, o procedimento
“terapêutico”, frequentemente ministrado dentro de comunidades religiosas, incluía
várias técnicas comportamentais não aversivas mas, sobretudo, terapia e suporte de
grupo, aconselhamento, psicoterapia e intensa participação em novas comunidades

8. No pólo oposto a Robert Spitzer, um dos seus críticos é Lee Becksted, um exmissionário
Mórmon com um doutoramento em Psicologia do Aconselhamento. Ele
próprio envolvido nos dilemas da fé religiosa, fez uma investigação semelhante à de
Spitzer onde, porém, não aparecem resultados sobre a eficácia. Com o pressuposto de
que a homossexualidade é imutável, apresenta apenas resultados qualitativos que
mostram as vantagens de trabalhar antes com a identidade, numa perspectiva rogeriana
de auto-aceitação. Mostra assim que é possível trabalhar, caso a caso, o tema das
identidades, com diversas evoluções satisfatórias, em alternativa às terapêuticas de
afirmação e activismo gay, ou ainda às “terapias reparadoras” tomadas a cargo de
associações religiosas, como Exodus International, que perseguem radicalmente a
homossexualidade e a tentam mudar a todo o custo.

9. As ideias de Lee Becksted tiveram uma influência decisiva num relatório elaborado
por uma task force, à qual ele pertenceu, sobre “As respostas terapêuticas adequadas à
orientação sexual”. Desse relatório resultou uma resolução que acaba de ser aprovada
pela Associação dos Psicólogos Americanos. O relatório admite que apesar de evidência
insuficiente para suportar o uso de intervenções psicológicas para mudar a orientação
sexual, “alguns indivíuos modificam a sua identidade relativa à orientação sexual,
comportamento e valores, fazendo-o de diversas formas e com diversas e imprevisíveis
evoluções, algumas delas temporárias” (p. 120). Neste sentido, oferece uma alternativa
terapêutica ligada à exploração e desenvolvimento da identidade (“affirmative
multiculturally competent treatment”) para aquelas pessoas que procuram mudar a sua
orientação sexual (p. 121).

10. Apesar de tudo, alguns clínicos continuam a tentar mudar a orientação sexual dos
pacientes que assim o desejam. Num estudo datado deste ano, Annie Bartlett, Glenn
Smith e Michael King indagaram 1300 clínicos ingleses certificados. Embora apenas
4% declarassem que tentariam mudar a orientação sexual se o seu paciente lhe pedisse,
17% deles descreveram 413 pessoas onde esse procedimento fora executado. Entre os
289 psiquiatras do estudo, 9 deles estariam dispostos a ajudar a mudar a orientação
sexual, e 45 referenciariam os pacientes a um colega que o pudesse fazer. A maioria,
porém, ajudaria tal paciente a aceitar a sua sexualidade, a controlá-la melhor, ou enviálo-
ia a um colega com experiência no assunto. Entre psicólogos, conselheiros e
psicoterapeutas as respostas percentuais não eram muito diferentes senão na menor
tendência a referenciá-los a outros colegas.

11. O mais interessante deste estudo são as razões invocadas para tal terapia. Mais de
metade das respostas referiam a confusão sobre a identidade social, sendo menos
frequentes as que referiam pressão familiar, crenças religiosas e problemas mentais
secundários. Também eram referidas a confusão de género, relações heterossexuais
difíceis, pressões legais e vitimização por relações abusivas. Quer isto dizer que, na
vida real, quando um doente pede ao clínico para intervir na sua orientação sexual, as
razões são bem mais complexas do que a suposta ficção de um homossexual que um dia
resolveu tornar-se heterossexual (ou vice-versa, porque não?).

7. De facto, o comportamento e desejo sexuais, e não só o homossexual, são
frequentemente fonte de conflitos e sofrimento, razão pela qual os pacientes podem
recorrer ao seu médico, psiquiatra ou psicoterapeuta. Estas situações devem ser
consideradas caso a caso, de acordo com a legis artis, sem ferir as convicções e crenças
dos pacientes e ajudando-os, sempre que possível, na sua autodeterminação, depois de
esclarecimento completo e no âmbito do consentimento informado. Desse
esclarecimento constará, por parte do médico, indagar sobre a autenticidade das
decisões do paciente. Este, por sua vez, deverá ser informado de que não existe
evidência científica que suporte uma intervenção que resulte na completa mudança da
orientação sexual.

8. Aliás, a Classificação Internacional das Doenças (ICD10) tipifica a patologia
ligada à sexualidade nos seus items F52 (Disfunção sexual), F64 (Transtornos de
identidade sexual), F65 (Transtornos de preferência sexual) e F66 (transtornos
psicológicos e de comportamento associados ao desenvolvimento e orientação sexuais).
Embora os problemas também possam passar pelos outros items, é sobretudo o grupo
F66 que interessa no âmbito desta discussão.

9. Assim, em F66.1 (Perturbação do amadurecimento sexual) esclarece-se que “O
indivíduo sofre de incerteza sobre a sua identidade de género ou orientação sexual, o
que causa ansiedade ou depressão. Mais frequentemente, esta situação ocorre em
adolescentes que não estão seguros se têm uma orientação homossexual, heterossexual
ou bissexual, mas também em indivíduos que, depois de um período de orientação
sexual aparentemente estável, muitas vezes com um relacionamento de longa duração,
descobrem que a sua orientação sexual está a mudar.”

10. Em F66.2 (Orientação sexual egodistónica) define-se: “Não existe dúvida sobre a
identidade de género ou preferência sexual, mas o indivíduo gostaria que ela fosse
diferente, por causa das perturbações psicológicas e comportamentais associadas, e
pode procurar tratamento para a mudar.”

11. Finalmente, em F66.2 (Perturbação do relacionamento sexual) indica-se que as
“Anomalias da identidade de género ou preferência sexual são responsáveis por
dificuldades em estabelecer ou manter um relacionamento com um parceiro sexual.”

12. Para cada uma destas tipificações, bem como para F66.2 (Outros transtornos do
desenvolvimento psico-sexual) e F66.9 (transtorno não especificado de
desenvolvimento psico-sexual) um quinto dígito deve especificar: 0 – Heterossexual; 1
– Homossexual; 2 – Bissexual. Esta última codificação retira, à partida, qualquer
discriminação, admitindo que, tanto uma homossexualidade, como bissexualidade ou
heterossexualidade podem ser, por exemplo, egodistónicas (embora esta última
circunstância seja, de facto, rara).

13. Se qualquer destas situações pode levar ao pedido de conselho e ajuda médica, é no
problema da egodistonia que se podem colocar as maiores dúvidas. Assim, um médico
pode, por exemplo, fazer com que a homossexualidade (ou heterossexualidade) se torne
egossintónica, com plena aceitação e afirmação das suas tendências e, portanto, com
mudança na sua personalidade, mas também pode preservar aspectos mais decisivos da
personalidade e, se for possível, ajudar o doente a resolver os comportamentos, desejos
ou fantasias contraditórias com a sua identidade. Aliás, pode ser difícil avaliar todos os
aspectos em jogo, incluindo a autenticidade da sua orientação sexual. Em qualquer caso,
deve respeitar-se a vontade do doente, embora ele deva decidir na posse da informação
disponível.

14. A informação, porém, escasseia. Um dos aspectos em que não existe consenso é
sobre a definição de homossexualidade e da sua possível variabilidade. De tudo quanto
se sabe da clínica, a homossexualidade não é uniforme nem unidimensional. Entre a
homo e a heterossexualidade também existe a bissexualidade, pelo que tudo leva a crer
que as pessoas se podem dispor num contínuo entre os dois pólos. Assim, podem existir
orientações sexuais imutáveis, enquanto que outras não o serão. Perante qualquer caso
que se lhe apresente, o clínico terá de fazer um juízo sobre a situação presente e as
possibilidades de evolução, tendo em conta a história individual do paciente, os
condicionamentos actuais e o seu projecto de vida. Cada caso, então, será um caso único.
O médico não trabalha com grupos sociológicos, mas trabalha com pacientes
individuais.

15. Seria importante que o clínico se orientasse de acordo com bases científicas
consensuais. No entanto, como se viu, a investigação neste tema tem sido difícil, entre
outras razões, porque acaba por sucumbir pelo ruído mediático e pelas violentas paixões
que o cercam. Assim, mesmo que neste campo ainda dominem alguns dogmas assentes
em posições religiosas, ideológicas e politicas, cabe ao clínico estar sempre atento ao
pedido do seu doente singular e preocupar-se em estabelecer um diagnóstico da situação,
quer de natureza médica quer de natureza psicológica, antes de propor qualquer tipo de
intervenção ou abster-se dela.

134 comentários:

Bartolomeu disse...

Zero comments... quéquesepassa, pessoal?
Tá todágente com medo de opinar?
De concordar ou discordar?
O tamanho do post intimidou-os?
Tá todágente com medo de escrever alguma coisa que denuncie os seus gostos sexuais?
Medricas!!!
Não, não, medricas não significa maricas, nem maricas significa homosexual. Não, medricas tem relação com falta de coragem mas, como é que se pode aferir a falta seja do que fôr?
Comparativamente, é obvio. Ou seja, para que eu saiba que a "minha" é grande, terei de "a" comparar com "outra", depois com mais "outra" e mais "outra" ainda e "outra", e "outra", e "outra", e se depois de "a" comparar com vários centos "d'elas", "nenhuma" "outra" for maior que a "minha", terei então a garantia que a "minha" é a maior... a chatice é se aparece "alguma" a pedir messas...
;)

Cê_Tê ;) disse...

;) O post é de facto grande mas não seria correcto fragmentá-lo.
Como já o disse só há pouco tempo, ao assistir a uma conferência sobre esta temática, tive a noção da "recta real" da sexualidade cujo posicionamento como aqui é dito pode ser mutável.
(Mas continuo a achar que seria uma coisa dramática se me calhasse dentro da porta). Mas é sobre o post que se pretendem cometários. Dou os parabéns a todos os profissionais da especialidade que lutam para mudar concepções erradas. Não é tarefa fácil- terão de ser enterradas gerações! (talvez comente mais tarde- não apanhei metade ;P)

Cê_Tê ;) disse...

Gostei do conteúdo do ponto 15. Se entendi bem focaliza o assunto no paciente ´(no que importa) e alerta para o background do analista. Só psicalistas têm esta sensibilidade e essa consciência. Se calhar também terão de ser enterradas algumas gerações não diria de psis mas profissionais de saúde, profesores (porque não?!), etc.

fiury disse...

cê-tê

o que são psicalistas?

Cê_Tê ;) disse...

(fiury, loooooooool ainda me vou convencer que tenho uma disfunção da BROCA! Não é um seguramente um acto falhado é mesmo ERRO. Não tenho experiência clinica com nenhum psi para insultar a classe ;P. Alías se reparar tb "despernei" o professorado. Falo e escrevo demasiado rápido (dizem as más linguas que é ansiedade;P)

Professor, a título experimental ;) (tipo controle) poderia fazer um post para comentar a mensagem do nosso PR ;P

fiury disse...

Agora fora de brincadeiras,porque o assunto é sério:

O texto é descontraído, mas pronto: antes isto do que ficar debaixo de um eléctrico:)

Se fosse "psicalista" assim importante e isso, como o Júlio, fazia uma pausa na preguiça e no resto das rabanadas e enviava um post it à Lusa a desvendar o segredo de que a motivação para celebrar um contrato que regula uma relação homossexual é a mesma que impele a um contrato entre pessoas heterossexuais:amor, direito sucessório, dever de fidelidade e outros.
A referendar cada um que referende o seu próprio casamento hetero,(a avaliar pelo número de divórcios e vidas duplas e triplas), para ver se o PSD não mete muita água e nos leva para um referendo gastar tempo e dinheiro.
Enfim, este foi o meu último contributo para este peditório.
Se cair em saco roto, pelo menos durmo descansada.

fiury disse...

cêtê

Tb reparei que despernou os profs mas não quis pisar muito:)- é: dizem que a pressa é inimiga da perfeição, mas às vezes de tão encaracolarmos nem escrevemos:)
o que me ri à custa do seu erro: tinha esperanças de encontrar uma especialidade em que o psi nos pusesse a pedalar ou assim: fui ao dicionário e tudo:)))))))

Não vamos pedir mais nada ao Júlio que ele inda tira férias:)))))
( por falar nisso dia 7 temos os profs )
Este País não nos dá descanso! O que eu me esforcei para o socas não voltar:(. Quanto ao PR. ao dizer : não tenham medo, só faltava dizer: saiam de casa e venham para a rua fazer uma revolução.Quem? Os subsídio-dependentes?Os velhos que não pensam nos filhos nem nos netos?
Pedir responsabilidades aos partidos políticos é mais ousado do que pedir um milagre à Nossa Senhora de Fátima. (Abençoado seja quem tem mais fé do que eu).
O PR fez o que lhe compete: ele não vê indignação que legitime outra postura.

Não temos como fugir ao "crash" e lamento.

Vá dando notícias e não empreste dinheiro à filha do outro: vamos trocando umas batatas por umas couves:)
Não vamos endoudar, combinado?

andorinha disse...

Ufa! Tou cansada!:)

Por mim, este parecer começava e terminava no ponto 1, está lá tudo:)

Mas saliento também o terceiro ponto 7 e o 14.
"De facto, o comportamento e desejo sexuais, e não só o homossexual, são
frequentemente fonte de conflitos e sofrimento, razão pela qual os pacientes podem
recorrer ao seu médico, psiquiatra ou psicoterapeuta."

Óbvio, qualquer pessoa em sofrimento deverá procurar ajuda.

"Este, por sua vez, deverá ser informado de que não existe
evidência científica que suporte uma intervenção que resulte na completa mudança da orientação sexual."

A palavra "completa" faz-me um bocado de confusão, mas eu não sou psi:)

Todo o ponto 14 acho relevante. E saliento:
"O médico não trabalha com grupos sociológicos, mas trabalha com pacientes
individuais."

Deveria ser sempre assim em qualquer ramo da medicina.

andorinha disse...

Bart,

Bós muito gostaides de medições:))))

Cêtê,

Eu não te digo que comes letras?:))))))))))

Fiury,

Concordo com o que dizes em relação ao referendo.
Cada um que se referende a si próprio:))))

Mas que direito tenho eu ou seja lá quem for de me pronunciar em relação à forma como os outros decidem viver a vida?
Foi como a questão do referendo em relação à IVG.
As pessoas, depois de devidamente informadas, devem ser livres de tomarem as opções que entenderem, ponto.

Eu confesso que não entendo a mentalidade desta gente. Assim como a lei não obriga ninguém a abortar, assim também ninguém é obrigado a tornar-se homossexual:)
Porra! Será que isto é assim tão difícil de entender e aceitar?

Fiquem bem:)

goncalo disse...

Bem, vou ter de ler o (longo) parecer com calma. Mas, também acho que o debate não podia começar sem a sua publicação integral. De resto, há uma coisa que eu nunca neguei a JMV: A capacidade de nos surpreender).

Cê_Tê ;) disse...

fiury, "tinha esperanças de encontrar uma especialidade em que o psi nos pusesse a pedalar ou assim"- quer lá ver que afinal foi mesmo um acto falhado?! ;P Ia bem um que fosse tipo "personal trainer" ;)))

Andorinha tu a fazeres diagnósticos e eu a fazer rabanadas! ;P (Só tu te safavas;))))


Quanto ao assunto em questão eu acho que só morrerá quando a clonagem humana estiver aí. (É evidente que para ser uma realidade tem de aparecer um sócrates não licenciado como geneticista com uma equipa como o que se tem feito acompanhar)

Ó FDL ;))) quem cala consente!;P
bjnhs e resto de boa tarde

Caidê disse...

Nada percebo da matéria, nem sei porque me vou intrometer nos diálogos. Eu diria apenas que só como preconceito social é que existe Homossexualidade. De contrário, existirão homossexualidades, pois o que existem são pessoas que gostam de branco ou de amarelo ou de...E que são europeias, asiáticas ou...por nascimento, ou por cultura ou...
Quanto à ida a clínicos, pelo menos eu só lá vou para prevenção ou porque não sinto bem-estar (q.d. quando não me sinto com saúde).

thorazine disse...

"7. De facto, o comportamento e desejo sexuais, e não só o homossexual, são
frequentemente fonte de conflitos e sofrimento, razão pela qual os pacientes podem
recorrer ao seu médico, psiquiatra ou psicoterapeuta. Estas situações devem ser
consideradas caso a caso, de acordo com a legis artis, sem ferir as convicções e crenças
dos pacientes e ajudando-os, sempre que possível, na sua autodeterminação, depois de
esclarecimento completo e no âmbito do consentimento informado. Desse
esclarecimento constará, por parte do médico, indagar sobre a autenticidade das
decisões do paciente. Este, por sua vez, deverá ser informado de que não existe
evidência científica que suporte uma intervenção que resulte na completa mudança da
orientação sexual."

Sinceramente não compreendo este ponto. Então, mesmo não apresentando evidência ciêntífica que a intervenção resulte na completa mudança da orientação sexual e havendo evidência que na maioria das vezes o problema não está na orientação sexual mas na identidade social, como é que é uma metodologia aceite??

É o mesmo que aceitar as operações plásticas um método de tratamento para o racismo.

"14. A informação, porém, escasseia. Um dos aspectos em que não existe consenso é
sobre a definição de homossexualidade e da sua possível variabilidade. De tudo quanto
se sabe da clínica, a homossexualidade não é uniforme nem unidimensional. Entre a
homo e a heterossexualidade também existe a bissexualidade, pelo que tudo leva a crer
que as pessoas se podem dispor num contínuo entre os dois pólos. (...)"

Ou seja, muitos dos dados do Sr. Becksted podem ser meras variações de orientação de bissexuais, no tempo. Bem..isto de ciência tem muito pouco.. :S

Anónimo disse...

Dr. Murcon
Tenho uma pequena dúvida. Não sei se pode esclarecer.
Não é considerada doença por não ter tratamento?
Ou seja, qualquer desvio, digamos assim, passa a variante do comportamento sexual por não ser doença?
A ausência de tratamento é sinónimo de não doença?
Não sei se consegui formular bem o raciocinio e as perguntas.

Anónimo disse...

Outra coisa que não entendi lá muito bem.
Diz no ponto 14:
"Cada caso, então, será um caso único.
O médico não trabalha com grupos sociológicos, mas trabalha com pacientes individuais.

Então se cada caso é um caso como chegaram à conclusão de que não é doença? Generalizando, avaliando e agrupando as várias pessoas como um todo, como um grupo social com uma variante sexual comum, não?

Fora-de-Lei disse...

Não gosto de "cagar postas de pescada" em relação a tudo o que não domino cabalmente em termos de conhecimento. Por isso, o que a seguir irei dizer não passam de afirmações e conclusões, forçosamente empíricas, vindas de um ignorante na matéria em debate.

Seja como for, e na minha condição de mero mas atento observador da vida, julgo que uma doença não deixa de ser doença só pelo facto de não ser curável. Muitas doenças não eram curáveis no passado e hoje já o são. Mas no passado já eram doenças e no presente continuam a sê-lo. Muitas doenças ainda hoje não são curáveis mas sê-lo-ão, por certo, no futuro. No entanto, hoje são consideradas doenças e, no futuro, não deixarão de ser tidas como tal. E até que eu seja plenamente convencido do contrário, o comportamento homossexual ou bissexual será - para mim - um comportamento anormal. No entanto, isto não significa que os gays e lésbicas não devam merecer de mim - e de todos nós - o respeito que lhes é devido como seres humanos que são. E até porque, na alegada maioria dos casos, não têm qualquer culpa em ter nascido assim.

Além disso, não consigo ver nas guidelines da Associação Americana de Psiquiatria algo que seja cientificamente inexpugnável. E, por muito bem que lhe fique, declarações como esta "The American Psychiatric Association has historically supported equity, parity, and non-discrimination regarding legal issues affecting mental health" mostram, implicitamente, mais empenhamento político / social em relação a certos temas fracturantes (?) do que propriamente uma vontade expressa na aturada procura da "verdade" científica.

Sei que desagradarei a todos ou quase todos - porque muito poucos ou nenhuns partilharão da minha ideia "conspirativa" de que há forças ocultas (?) que nos querem ver totalmente destituídos de identidade e valores - mas torço o nariz ao facto da comunidade judaica americana ter feito tudo e mais alguma coisa para dominar os lugares-chave das associações profissionais americanas relacionadas com a psiquiatria e psicologia. Os resultados estão aí: Steven Sharfstein (presidente da American Psychiatric Association), Alan Kazdin (presidente da American Psychological Association), K. Lynne Moritz (presidente da American Psychoanalytic Association), Burton Reifler (director da American Board of Psychiatry and Neurology) e Leo Rangell (presidente honorário da International Psychoanalytic Association). Só por isso, eu desconfio...

andorinha disse...

Boa tarde, malta:)

Thora,

"Sinceramente não compreendo este ponto. Então, mesmo não apresentando evidência ciêntífica que a intervenção resulte na completa mudança da orientação sexual e havendo evidência que na maioria das vezes o problema não está na orientação sexual mas na identidade social, como é que é uma metodologia aceite??"

Não entendo a tua dúvida, a tua pergunta.
É uma metodologia aceite como? Em quê? Aceite para quê?
Para "tratamento"?
Mas se é dito pelo médico à pessoa que uma intervenção não é aconselhada pelos motivos referidos...
Importas-te de especificar?:)

Não estou na brincadeira, não entendi mesmo...

Yullie (2.57)

Eu respondo pelo Dr. Murcon:))))
Agora estou na brincadeira, claro.

"Não é considerada doença por não ter tratamento? (...)
A ausência de tratamento é sinónimo de não doença?"


Não, penso que estás a ver o quadro o contrário.
Não tem "tratamento" porque não é uma doença. Nem desvio, como tu lhe chamas...
Aliás, há doenças que não têm tratamento/cura e não é por isso que deixam de ser doenças.


FDL(4.53)

A minha mãe costuma dizer que quem é desconfiado não é certo:)))

Anónimo disse...

Pois eu pelo-me por "cagar postas de pescada".
E enquanto aguardo pela resposta do Dr. Murcon à minha primeira questão, deixo aqui aquilo a que chamo música de pele ;-). Ouve-se com a pele e sente-se com a pele.
E apesar de não ser do interesse de ninguém gostaria de dizer que continuo apaixonada por África.

Anónimo disse...

Andorinha
Escrevi: desvio, digamos assim. Também poderia ter posto entre aspas.
Sinceramente não acho a homossexualidade nem doença, nem desvio, nem opção, nem variante. Considero-a um puro e tremendo mau gosto LOL ;-)

Fora-de-Lei disse...

andorinha 5:16 PM

"A minha mãe costuma dizer que quem é desconfiado não é certo:)))"

Pois, mas há bué que a OMS deixou de considerar a "desconfiança" como doença... ;-)


yulunga 5:17 PM

"Pois eu pelo-me por "cagar postas de pescada"."

Então bute aí, com força...;-)

Eva Gonçalves disse...

E de que adiantam as tertúlias se o autor do blogue, raramente participa nelas? Thanks for Elis, já tinha saudades...Have a good year!!

Fora-de-Lei disse...

andorinha 5:16 PM

"Não tem "tratamento" porque não é uma doença."

Só o próprio pode achar se se sente doente ou não. A não ser que sejam hipocondríacos todos aqueles gays que - ilusoriamente ou não - se dirigem a um psi para serem "reconvertidos"...

thorazine disse...

andorinha,
baseei-me em "Desse esclarecimento constará, por parte do médico, indagar sobre a autenticidade das
decisões do paciente". Ou seja, visto que no parecer é referido que o papel do psi é ajudar o paciente na sua autodeterminação, se a vontade do paciente passar por mudar a sua orientação o médico iniciará esta mesma terapia. Pelo menos foi o que percebi.

" (..) não existe evidência científica que suporte uma intervenção que resulte na completa mudança da
orientação sexual"

Sim, agora que reli levantou-me algumas dúvidas. Pelo que tiro daqui, poderá ser "não há evidência científica suficiente que uma intervenção leve a uma mudança completa na orientação sexual" - no entanto, esta poderá ser levada a cabo - ou "não há evidência suficiente para que, dentro dos nossos parâmetros, possa ser levada a cabo uma intervenção deste género. Eu continuo a ler como apresentei na primeira interpretação..

thorazine disse...

FDL,
Leste o ensaio sobre a cegueira? Há situações em que a doença e a não-doença (ou normalidade) é separada por uma membrana muito ténue..depende sempre da perspectiva.

Anónimo disse...

Andorinha
Eu sei que há doenças que não têm tratamento e/ou cura e não deixam de ser doenças. Mas a pergunta que fiz foi em relação às variantes do comportamento sexual, ou não é disso que se fala?

A Menina da Lua disse...

Gostei de ler este relatório:)

O fundamental da questão será então entender que as relações são de algum nível de complexidade e estão longe de serem absolutamente lineares.
Assim e segundo o relatório:
"a homossexualidade "não é uniforme nem unidimensional. Entre a homo e a heterossexualidade também existe a bissexualidade, pelo que tudo leva a crer
que as pessoas se podem dispor num contínuo entre os dois pólos."

Se for de facto assim, o contexto de ser ou não doença nem sequer se pode pôr, o que não invalida que uma orientação homossexual seja passível de ser ou não aceite ou assumida pelo próprio e que por causa disso possa naturalmente recorrer a uma ajuda especializada.

Fora-de-lei

"No entanto, isto não significa que os gays e lésbicas não devam merecer de mim - e de todos nós - o respeito que lhes é devido como seres humanos que são. E até porque, na alegada maioria dos casos, não têm qualquer culpa em ter nascido assim."

Muito bem:) muito bem mesmo:)

Quanto à sua opinião; ela vale pelo que vale...é a sua opinião com todo o direito de a ter.

Fora-de-Lei disse...

BIOLOGY AND SEXUAL ORIENTATION

«Recent studies have found notable differences between the physiology of gay people and non-gay people. There is evidence that:

• The VIP SCN nucleus of the hypothalmus is larger in men than in women, and larger in gay men than in heterosexual men.
• Gay men and straight women have, on average, equally proportioned brain hemispheres. Lesbian women and straight men have, on average, slightly larger right brain hemispheres.
• The average size of the INAH-3 in the brains of gay men is approximately the same size as INAH 3 in women, which is significantly smaller, and the cells more densely packed, than in heterosexual men's brains.
• The suprachiasmatic nucleus was found by Swaab and Hopffman to be larger in gay men than in non-gay men, the suprachiasmatic nucleus is also known to be larger in men than in women.
• The anterior commissure is larger in women than men and was reported to be larger in gay men than in non-gay men, but a subsequent study found no such difference.
• Gay men report, on an average, slightly longer and thicker penises than non-gay men.
• Gay men's brains respond differently to fluoxetine, a selective serotonin reuptake inhibitor.
• The functioning of the inner ear and the central auditory system in lesbians and bisexual women are more like the functional properties found in men than in non-gay women (the researchers argued this finding was consistent with the prenatal hormonal theory of sexual orientation).
• The startle response (eyeblink following a loud sound) is similarly masculinized in lesbians and bisexual women.
• One region of the brain (amygdala) is more active in gay men than non-gay men when exposed to sexually arousing material.
• Gay and non-gay people emit different underarm odors.
• Gay and non-gay people's brains respond differently to two human sex pheromones (AND, found in male armpit secretions, and EST, found in female urine).
• Finger length ratios between the index and ring fingers may be different between non-gay and lesbian women.
• Gay men and lesbians are significantly more likely to be left-handed or ambidextrous than non-gay men and women; Simon LeVay argues that because "hand preference is observable before birth... the observation of increased non-right-handness in gay people is therefore consistent with the idea that sexual orientation is influenced by prenatal processes," perhaps heredity.
• A study of 50 gay men found 23% had counterclockwise hair whirl, as opposed to 8% in the general population. This may correlate with left-handedness.
• Gay men have increased ridge density in the fingerprints on their left thumbs and pinkies.
• Length of limbs and hands of gay men is smaller compared to height than the general population, but only among white men.»

Fora-de-Lei disse...

thorazine 5:53 PM

"Leste o ensaio sobre a cegueira? Há situações em que a doença e a não-doença (ou normalidade) é separada por uma membrana muito ténue..depende sempre da perspectiva."

Sim, é verdade... aliás, para mim até é irrelevante se é doença ou não. Não é isso que deve inibir as pessoas de respeitar quem é diferente, seja doente ou não.

Só não aceito a "onda" que nos quer fazer crer, à força, que a libertação gay é uma espécie da conquista do direito ao voto pelas mulheres ou o fim do apartheid na África do Sul.

Anónimo disse...

Variante do comportamento sexual.
Variante, muito bem.
Variante será algo que se desvia de um padrão. Então existe um padrão, certo?
Que padrão é esse?
Parece-me que para um relatório feito por especialistas deveriam ser mais cuidadosos nos termos.

Anónimo disse...

Dr. Murcon
Há uma duvida que me assalta e que me faz muito medo.
A pedofilia. Dizem os psis que é uma doença. Mas que não tem tratamento nem cura. No entanto ela também é um desvio, uma variante a um comportamento padrão, certo? Então se é uma variante do comportamento sexual tal como a homossexualidade também não é doença. E o que me faz medo é o seguinte: temos que a aceitar como normal ou continuamos a penalizá-la?
Não estou a comparar a homossexualidade à pedofilia como é lógico, mas se as colocarmos no campo das variantes um dia destes temos muito boa gente a despenalizar a pedofilia.
Dê lá o seu parecer e diga-nos onde se enquadra a pedofilia por favor.

thorazine disse...

"Só não aceito a "onda" que nos quer fazer crer, à força, que a libertação gay é uma espécie da conquista do direito ao voto pelas mulheres ou o fim do apartheid na África do Sul."

Se compararmos em questão de direitos e liberdades, sim, claro, é o mesmo tipo de conquista. Essas mesmas diferenças biológicas que enumeras-te (a serem verdade, ou, pelo menos, obtidas través do método cientifico) poderiam também ser feitas entre homem Vs mulher ou brancos Vs pretos.

E hipotéticamente, se fosse doença? Num mundo em que não houvesse discriminação, também ele hipotético, que desvantagem traria para o portador esta mesma doença? Nenhuma!

Quantos psis se atreveriam a medicar a esquizofrenia de Fernando Pessoa? Será realmente doença quando o portador arranja uma forma de se adaptar à sua condição?

thorazine disse...

yulunga,
mas por ser um desvio ao padrão não quer dizer que não faça parte da população. "Normal" foi um termo e conceito resgatado à estatística, que é representado por uma curva de Gauss.
Aqui está representada uma: http://www.ifi.unicamp.br/~turtelli/f1.gif

Ou seja, tudo que se situa na linha do meio, vermelha, é normal, e à medida que te afastas do centro, para ambos os lados, encontras o menos normal. Se dividires a população humana em várias populações, em todas elas vais encontrar X pessoas que são pedófilas, X pessoas que são assassinas, X pessoas .. É normal o que está no centro, o que a maioria das pessoas faz ou aceita que os outros façam. No entanto tudo é normal, porque para não o ser teria de estar fora desta curva, ou seja, não existir.

E a questão que pões, desculpa lá, é completamente ridícula. Nos valores da nossa sociedade a pedófilia nunca poderia ser aceite, por mais pareceres que existissem. Por um simples facto: é algo que afecta directamente terceiros. A tua linha de raciocínio peca por achares que é de teoria que se fazem valores, mas é ao contrário.

Caidê disse...

Uéeeeeeeeee...Lá vem a intrometida!
Mas padrões de quê? De sexualidades?
Quantos dos que praticam heterossexualidades exclusivas e me estão a "ouvir" têm padrão para tal? Mesmo que seja com o mesmo parceiro... mesmo que seja em bodas de prata, ouro, diamante...
Eu ia jurar que mesmo que quisesse fazer cópias fidedignas me iria desviar sempre uns metros a cada nova versão.

Há companheiros com preferências - lá isso não desminto. Há estados de espírito com prevalências - também não desminto.

Sempre ouvi dizer que "Quem conta um conto, acrescenta um ponto!". Ou isso será só entre contadores de histórias?

A criatividade ajuda a manter a saúde. Agora cada um quando se senta à mesa ou pode escolher o restaurante ou se está no restaurante pode escolher a partir da lista ou se está em casa cozinha com o que há o que lhe apetece. Até já me aconteceu ir pedir coentros à vizinha (Desculpem a laracha!).

Fora-de-Lei disse...

yulunga 7:06 PM

"Não estou a comparar a homossexualidade à pedofilia como é lógico, mas se as colocarmos no campo das variantes um dia destes temos muito boa gente a despenalizar a pedofilia."

Procura no Google "North American Man/Boy Love Association" e vais assustar-te com o que estará para vir. Primeiro são sempre os "minaretes". O resto vem depois, por acréscimo...

andorinha disse...

FDL (5.26)

Eu também não disse que és "doente":)))

Thora,

Penso ter entendido agora as tuas dúvidas.

"Pelo que tiro daqui, poderá ser "não há evidência científica suficiente que uma intervenção leve a uma mudança completa na orientação sexual" - no entanto, esta poderá ser levada a cabo..."

Também "li" assim, mas interpretei de forma diferente.
Poderá ser levada a cabo, mas é desaconselhada por "ineficaz".

Não sei, agora já me ficam também algumas dúvidas...:)

thorazine disse...

Será que o asco é tanto que o raciocínio é toldado? :S

Querem mesmo comparar uma acção de duas pessoas adultas, do mesmo sexo, que optam manter uma relação com um acto de aproveitamento/violação por parte de um adulto sobre uma pessoa menor, que ainda não pode decidir por si mesmo? Acreditam mesmo as duas situações podem ser comparadas? Acreditam mesmo que há uma ligação, um fenómeno de escada? É que é completamente ridículo..

thorazine disse...

andorinha,
por ter percebido que esta poderia ser levado a cabo é que não concordei. Quando não há evidência cientifica não se pratica. Da mesma forma que ir a fátima ajudou a curar/retrair muitos cancros, mesmo que psicosomaticamente, esta via nunca poderá ser aconselhada pelo oncologista, como médico.

andorinha disse...

Yulunga (7.06)

A pedofilia não é para aqui chamada. Ao tentar-se fazer essa associação está-se automaticamente a tentar denegrir os homossexuais.

Cada um deve ser totalmente livre para dar o sentido que quiser à sua vida sexual.
Como já aqui foi dito várias vezes, no sexo todos os jogos são permitidos desde que livremente aceites, como é óbvio, por todos os parceiros.
Pessoas adultas no pleno uso das suas faculdades mentais devem poder fazer o que lhes der na realíssima gana:)
A pedofilia envolve crianças e só isso muda tudo. As crianças ainda não têm maturidade física e mental para poderem agir de forma consciente, logo, qualquer acto de pedofilia é um abuso, tão simples quanto isso.
Não entendo como se podem confundir duas realidades tão distintas.

A Menina da Lua disse...

Thora

"Acreditam mesmo as duas situações podem ser comparadas? Acreditam mesmo que há uma ligação, um fenómeno de escada? É que é completamente ridículo.."

Claro e absolutamente que não...

A primeira é uma relação de paridade, consentida e em liberdade entre duas pessoas adultas. A outra é duma profunda desigualdade, violência por ser de imposição, poder e força física e principalmente por ser em níveis de compreensão e capacidade de entendimento diferentes...

A pedofilia pode ser doença mas é sempre possivel ao pedófilo entender as consequencias dos seus actos e apesar disso tomar ou não a decisão de o fazer. O mesmo se aplica ao psicopata; não sente o sentir do outro mas racionalmente sabe muito bem o que lhe faz mal e pode sempre tomar decisões diferentes...

andorinha disse...

Thora,

Quando escrevi ainda não tinha lido os teus últimos posts.
Assino por baixo o que escreves às 8.13.
Mas olha, acho que é "chover no molhado".
Quando as pessoas não querem entender...

andorinha disse...

Ainda voltando a ti, Thorazito:)

Estou um bocado em desacordo contigo.
Do que eu interpretei no parecer é que teoricamente uma intervenção poderá ser levada a cabo, ou seja, existem os meios para...
Mas é desaconselhada por "ineficaz" como disse acima.
Ora se eu for a um médico e ele me desaconselhar determinado tratamento ou intervenção cirurgica e me explicar os motivos, parvinha serei eu se continuar a insistir, ou não será assim?

E agora vou-me à janta que já são horas:)

fiury disse...

fora de lei
eu tinha jurado que não dava mais para este peditório mas como vejo que está baralhado:

há uma coisa que se chama vontade das partes (o que não há na pedofilia)

e antes de se lembrar do argumento dos animais: se uma galinha tiver o mau gosto de se querer casar com um preconceituoso eu ofereço-me para ser madrinha.

Já não tenho muita paciência para os fundamentalistas do casamento entre irmãos e pais e dos polígamos:

A realidade mostra que são os homossexuais que querem casar. Até porque as outras relações patrimoniais já estão reguladas no código civil, na parte do direito de família.

Boas Festas.

Fora-de-Lei disse...

Não sustento que um homossexual seja um pedófilo em potência, até porque não quero trazer mais axas para a fogueira dessa "inquisição". Mas duvido que um homossexual tenha os mesmos limites mentais que tem um heterossexual em termos de relacionamento com alguém de idade bastante inferior. Não nos podemos esquecer que a maior parte dos homossexuais começa a ser sexualmente activo quando os rapazinhos da sua idade ainda só pensam em jogar à bola...

thorazine disse...

FDL,
Esta tua visão da homossexualidade é completamente preconceitosa e é insultuosa para os homossexuais!!!!. O que te leva a pensar que os limites mentais de um homossexual são diferentes dos homossexuais? É a velha noção que os homo são mais promíscuos? Só por não se enquadrarem no teu standard então vale tudo menos arrancar olhos? Se leres um bocadinho de Kinsey vês que os hetero, por existirem em maior número, talvez tenham ultrapassado muitas mais barreiras que algum dia os homo conseguirão ultrapassar.

Qual é a tua fonte de informação deste vasto conhecimento que tens dos homossexuais, da sua cultura, hábitos e maneiras de viver a sua sexualidade? É a TV? O que ouves dizer? Estudos científicos? Até gostava de saber..

"Não nos podemos esquecer que a maior parte dos homossexuais começa a ser sexualmente activo quando os rapazinhos da sua idade ainda só pensam em jogar à bola.."

Eu também tive os meus primeiros relacionamentos hetero aos 12/13 anos, quando os meus amigos só viam bola à frente. Será que isso quer dizer que há a probabilidade de eu começar a interessar-me por rapariguinhas dessa idade?

Se queres que te diga alguns destes teus últimos posts pôem em causa a tua inteligência. E escusas de te sentir Galileu perante a inquisição porque o que estás a dizer não se coaduna com a mesma lógica que galileu usou..

Cê_Tê ;) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cê_Tê ;) disse...

Para mim tudo se resume ao respeito que deve haver pelas diferenças individuais (sejam elas quais forem) DESDE QUE NÃO interfiram com a liberdade de outros, em particular crianças.
TUDO o que mete crianças para mim fica subordinado aos interesses delas.
Quando assim não é,(e agoro excluo as crianças) caberá ao individuo decidir se quer ou não se acompanhado, informado,...

FDL, pelo ruído que estas reivindicações provocam é porque são de facto muito desejadas e não vejo como podem prejudicar alguém que seja hetero. Assim sendo...
Agora concordo com o FDL numa coisa que há lobies há! Mas há-os tudo: há-os por cor política, por clubismo,... e quando mais clandestina for pior ;))
Se não forem competentes logo se vê (Olhem a Islândia! ;)))) estou a brincar.)

bjnhs
;)

Cê_Tê ;) disse...

Thora,
eu percebo o que o FDL diz.
Sabe,... há 3 ou 4 décadas os que eram conhecidos/chamados de homossexuais/ mariconços eram os que tinham comportamentos mais bizarros incluindo a nível sexual.
Também eu me espantei (e não foi há muitos anos) quando conheci pessoas que nunca me tinha passado pela cabela que não fossem hetero e eram homo e íntegros (e olhe que foi um choque!). Há concepções que ficam coladas e não discussão deste género que as apague.

até amanhã!;P
(nem li o que escrevi, se comi letras paciência ;P e se não me expliquei fica para amanhã)

Caidê disse...

Desculpem chamar "torpor intelectual" a isto:

"Não nos podemos esquecer que a maior parte dos homossexuais começa a ser sexualmente activo quando os rapazinhos da sua idade ainda só pensam em jogar à bola.."

A descoberta dos órgãos genitais pelas crianças começa muito antes de jogarem à bola rapazes com rapazes e de brincarem às bonecas meninas com meninas.

Fora-de-Lei disse...

thorazine 11:02 PM

"Esta tua visão da homossexualidade é completamente preconceitosa e é insultuosa para os homossexuais!!!"

Bolas, até já pareces os fundamentalistas islâmicos a reagir contra o cartoonista dinamarquês Kurt Westergaard...

"Qual é a tua fonte de informação deste vasto conhecimento que tens dos homossexuais, da sua cultura, hábitos e maneiras de viver a sua sexualidade? É a TV? O que ouves dizer? Estudos científicos? Até gostava de saber..."

Não me esqueço das vítimas da Casa Pia. Alguns deles afirmaram que se tornaram homossexuais em consequência das violações a que foram sujeitos em crianças. Não me admirava que, tal como aqueles que são vítimas de violência, sejam mais tarde eles próprios violentadores / violadores. Um exemplo acabado disso é o Bibi...

"Eu também tive os meus primeiros relacionamentos hetero aos 12/13 anos, quando os meus amigos só viam bola à frente. Será que isso quer dizer que há a probabilidade de eu começar a interessar-me por rapariguinhas dessa idade?"

Tu tinhas 12 / 13 anos e as tuas amiguinhas teriam a mesma idade, mais coisa menos coisa. Tu não tinhas 17 / 18 anos e elas 12 / 13. Por isso, não percebo essa tua pergunta sem sentido.

Uma polémica que decorre actualmente nos EUA tem a ver a nomeação de Kevin Jennings, proeminente líder do movimento gay americano, o qual foi escolhido por Obama como "Safe Schools Czar” para coordenar os programas de segurança nas escolas públicas contra o tráfico / consumo de drogas, bullying, violência sobre minorias, etc. Mas Kevin Jennings já começou a dar barraca e a direita evangélica e reaccionária - a tal América profunda - está a aproveitar o facto para pôr Obama em cheque. E que barraca foi a que Kevin Jennings deu ? Foi aproveitar o seu cargo, como ferrenho "militante da causa", para assim disseminar a literatura gay no sistema de ensino americano. Se te deres ao trabalho de ler os trechos dessa chocante literatura, perceberás que as minhas opiniões estarão, afinal, muito mais sustentadas na realidade do que se possa imaginar.

Anónimo disse...

Ou não me expliquei bem, ou não me entenderam, ou não quiseram entender ou falei chinês.
Paciência.

Caidê disse...

Falamos aqui apenas de sexualidades entre iguais, certo? Iguais mesmo que de cores de pele diferentes, iguais quer sejam de géneros iguais ou diferentes, iguais sejam ricos ou pobres, iguais porque todos na idade pré-adulta ou adulta, certo?
De sexualidades noutros períodos de idade o "post" seria outro, certo?

goncalo disse...

Meus caros,

Por vezes, uma hipótese vale muitos comentários. Senão vejamos:

O nosso Primeiro-Ministro, o Eng.º Sócrates, tem oficialmente uma namorada – a Jornalista Fernanda Câncio. Para além disso, fez dois filhos, o que evidencia a capacidade de ter erecção com pessoas do sexo oposto, ou seja, tem um desejo heterossexual.

Todavia, há rumores que apontam no sentido do nosso PM ter também desejos homossexuais manifestos, ou seja, plenamente conscientes. Durante a campanha para as eleições em 2005, essas “suspeitas” foram mesmo usadas pelo Santana Lopes para o fragilizar. Na altura, o Eng.º manifestou-se indignado com tais “acusações” e jurou que eram falsas, uma calúnia. Mas, a verdade é que se comenta que o Eng.º pode já ter tido experiências homossexuais, mais, pode mesmo ter tido um namorado. Falou-se durante algum tempo no Diogo Infante que, ao que parece, vive no mesmo prédio do PM. Diz-se ainda que quando o Eng.º escolhe destinos longínquos como o Quénia para gozar as suas merecidas férias, mais do que para fazer safaris e ver os animais selvagens, é para realizar plenamente a sua sexualidade. Decerto, tudo boatos.

Mas a hipótese que eu deixo é a seguinte:

Admitindo que o PM é Bissexual, e que está em processo de negação, isto é, sente o desejo por homens, alinha em experiências gays e atinge o orgasmo com pessoas do mesmo sexo, mas nega o seu significado, dito de outra forma, o PM não admite que possa ser gay, poderá, em processo terapêutico, ganhando consciência deste facto, tornar-se “mais” heterossexual e curar-se da “maldita” homossexualidade? Ou como diria Freud, a luta permanente contra a Inversão pode ajudar à "cura"?

E estaria o nosso anfitrião disposto a ajudar o Eng.º num processo deste tipo? Ou prefere antes continuar a ajudar o partido, através de depoimentos gravados para as “Novas Fronteiras...?


Abraços

Cê_Tê ;) disse...

Gonçalo, tsstss!

Se estivesse na brincadeira eu até era bem capaz de colocar mais uns cavacos (ops! ;P) mas o tom em que escreve leva-me a comentar o que escreveu.
Primeiro: parte de pressupostos errados... lá sabe se os filhos são dele ou se não foram produto de FIV?!
Segundo: Se o que diz fosse verdade o PM subiria na consideração de muita gente porque convenhamos "o tal" é interssantíssssssssimo.

Terceiro: Depois lá nos interessam os seus gostos sexuais? Ãté lhe digo, era desesável que fosse feliz para nos deixar de "tramar" a vida. Sabe que há sempre a possibilidade de agressividade deslocada...


Por último; importante, importante era que a lei se aplicasse a TODOS com o mesmo rigor e isenção. MAI NADA.
resto de 1 bd

lobices disse...

...é Malta, que cada um faça o que quiser... não estamos num País livre?...
...se
...a homossexualidade é um desvio e não uma doença (concordo) significa que a heterossexualidade não sendo um desvio, é uma "norma" na medida em que a "homo" é um desvio... para ser um desvio é porque existe uma regra ou uma norma, ou seja: ser hetero é normal e ser homo é anormal, melhor dizendo, uma atitude desviante...
...mas que é que eu tenho a ver com isto?... eu faço o que quero em matéria sexual e não tenho nada a ver com o que os outros fazem ou escolhem
...se eu gosto muito de peixe grelhado devo ter algum problema com os que gostam de peixe cozido?
...
...como se deve chamar a um indivíduo casado com uma mulher, com filhos, hetero assumido mas que, em certas alturas, a sua líbido o leva a experimentar coisas diferentes como por exemplo fazer um fellatio a outro homem?
Comportamento desviente? E, só por esse facto deverá ser ele "apelidade" de homossexual???
...

goncalo disse...

Cê Té,

Gostei muito da sua resposta. Acho que colocou o tema no tom certo).

Fora-de-Lei disse...

goncalo 8:13 AM

"Mas, a verdade é que se comenta que o Eng.º pode já ter tido experiências homossexuais, mais, pode mesmo ter tido um namorado. Falou-se durante algum tempo no Diogo Infante que, ao que parece, vive no mesmo prédio do PM..."

Também poderia ser invocado o boato sobre a "parceria" entre o político Paulo Portas e o mágico Luís de Matos. Mas não é isso que está aqui em questão, pois cada qual é como cada um. Nem tão pouco está aqui em questão se concordamos ou não com o casamento gay.

O que está aqui em questão é identificar até que ponto a homossexualidade pode ser considerada como normal, ou não.

Em contraponto com quem percebe da poda - por exemplo, o Professor JMV & Cia - eu tenho aqui defendido que, com base no modo como observo a vida, a homossexualidade não é uma coisa normal. Mas isso não me impele a estigmatizar fulano ou sicrano só por ser homossexual, ou porque alguém insinua que o é.

Caidê disse...

Lobices
Enquanto se discute o sexo dos anjos ou se os anjos podem ou não ser livres andamos a distrair-nos dos verdadeiros problemas.
Já alguém não pode ser livre, porque essa liberdade é um atentado à moral de outros ?
Acho que nem temos de nos preocupar em mudar moralidades: cada um que viva com a sua.

goncalo disse...

FDL,

Só mesmo o Socatrás, o PS e a esquerda para te fazerem arrepiar caminho). No fundo, se tiveres que escolher, preferes um paneleiro a um gajo de direita...

O Portas teve a "vantagem" de se aceitar como é, desde muito cedo. E isso não o enfraquece. Talvez por fazer parte da "Homossexualidade Primária". De resto, não sabia que o mágico Luís de Matos era gay.

goncalo disse...

O que está aqui em causa é saber, se através de um método psicoterapêutico, se pode tornar mais consciente uma orientação sexual. Nada mais.

goncalo disse...

E muito cuidado para logo à noite com o Nacional. Olha que estão todos a jogar pelo Manuel Machado. Já perdeste a Taça Millennium , vê lá se não vais fora também na "Taça Lucílio Baptista!))..

Anónimo disse...

Thorazine
É assim um bocadinho em cima da hora, porque o prazo termina amanhã :-( mas acho que ainda vais a tempo de participar no concurso com alguma foto.
www.worldphotographyawards.org/

Fora-de-Lei disse...

goncalo 3:50 PM

"Só mesmo o Socatrás, o PS e a esquerda para te fazerem arrepiar caminho). No fundo, se tiveres que escolher, preferes um paneleiro a um gajo de direita..."

Como pessoa das minhas relações pessoais prefiro um gajo de Direita. Mas em relação ao Sócrates nem me vejo nesse "dilema" porque ele nem tão pouco é de Esquerda. Aliás, daí a dificuldade em o PSD reencontrar o seu espaço político "natural"...

Mas nunca gostei de ver tentativas de diminuir alguém, político ou não, com base em estigmas, sejam eles quais forem. Já há uns anos, achei infeliz aquilo que Carlos Candal fez em Aveiro em relação a Paulo Portas. No entanto, não gosto do PP nem um bocadinho. Tem os "defeitos" todos: é direitista, será aquilo que dizem ser (resolvido ou não) e, ainda por cima, é lagarto... :-)

goncalo disse...

Caro FDL,

Apenas quis animar o debate. Mas, admito que não tenho simpatia pela arrogância e pela histeria do Sóctrates.

PS: O Portas gosta tanto de futebol como eu de gays))...

Fora-de-Lei disse...

goncalo 6:20 PM

"Mas, admito que não tenho simpatia pela arrogância e pela histeria do Sóctrates."

Já somos dois.

PS: e o Benfica lá ganhou ao Nacional. Agora é a tua vez de ter muito cuidado com o Braga... ;-)

Cê_Tê ;) disse...

Lobices ;)))EH lá!;P

Observando a receita que dá, é um peixe cozido/grelhado- (utilizando as suas metáforas e colocando-as nos extremos) ou versa-vice.;P
A que saberá não saberemos, nem saberemos como o peixe se sente... ;P

(Gostei da sua "entrada" ;P)

thorazine disse...

FFDL,
a minha reacção só seria extremista se eu usasse os meus conhecimentos de química para tentar silenciar-te, o que não estou a pensar fazer! :) Estou a usar, tal como tu, palavras para mostrar as minhas convicções.

"Não me esqueço das vítimas da Casa Pia. Alguns deles afirmaram que se tornaram homossexuais em consequência das violações a que foram sujeitos em crianças. Não me admirava que, tal como aqueles que são vítimas de violência, sejam mais tarde eles próprios violentadores / violadores. Um exemplo acabado disso é o Bibi..."

Então é da casa pia que tu tiras as tuas conclusões sobre os homossexuais? E depois generalizas isso para todos os homossexuais e daí formas a tua opinião? Fazes isso em todos os assuntos em que te questionas e sempre que tentas formar uma opinião? São este tipo de fontes?

É que a meu ver, e no do especialistas na área concerteza também, o que se passou com esses miúdos é o que é comum acontecer, como tu próprio disseste: quem foi abusado, se não receber acompanhamento, terá uma maior probabilidade de se tornar abusador. E isto nada tem a ver com homossexualidade, sim com pedofilia. É falta de bom senso estares sempre a confundir pedofilia e homossexualidade.

No primeiro dá-se o caso de um adulto abusar um menor, no segundo são dois adultos, ou dois menores, quem mantém um relacionamento em que ambos os intervenientes estão de acordo.

Poderás estar a confundir por haver pedofilia em que um adulto masculino viola um menor masculino, mas lamento informar-te que o número de casos em que isto acontece está a par do numero de casos em que um violador masculino viola um menor feminino. Talvez só te lembres do caso casa pia, por estar mais à mão, que era uma instituição de rapazes (logo, as vítimas sejam todas masculinas), mas a pedofilia não se resume a este infeliz caso português.

Homossexualidade é o simples facto de ter atracção sexual e emocional por pessoas do mesmo sexo. Essa característica em nada vai afectar os "limites mentais", a personalidade, a moral... e todas as outras características do ser humano. A única coisa que muda é a orientação sexual.

Tu dizes que tens a tua opinião com base no modo como observas o mundo. Mas já paraste para pensar que à medida que começaste a observa-lo já te foram enfiando conceitos do que é mau e do que é bom, muito antes de tu poderes decidir por ti próprio? Já tentas-te perceber, a fundo, o que é realmente verdade sobre "esse grupo" que são os homossexuais? Quais são as verdadeiras características que estão presentes só, e somente, nesse grupo e que os distingue dos hetero? Eu já, e se queres que te diga o que percebo é que a única coisa que muda é mesmo a orientação sexual, de resto eles têm tudo de bom e de mau que os hetero têm. Há homossexuais fixes, e há os chunguetas, simpáticos e antipáticos, os agarrados ao dinheiro e aos mãos largas, os que é agradável ter uma conversa com e os que não dão uma para a caixa, os que cheiram bem e os que cheiram mal, os que conduzem bem e os que conduzem mal..etc..

O conceito que eles são maus já vem lá de trás, e vai passando de geração em geração, de pai para filho, amigo para amigo, no meio de conversas, piadolas, julgamentos, conceitos, falácias, estórias, etc. Da mesma forma que o racismo. Ninguém sabia muito bem porquê, nem havia dados concretos, mas ainda ha 100 anos TODA a gente sabia que os pretos não eram iguais aos brancos. Porquê? Porque há 500 anos os negreiros começaram a passar essa mensagem. E ela passou bem. Depois foi só arranjar factos para sustentar os argumentos. Não se gosta porque eles são pretos e ponto. Dos homo sabe-se que o que eles fazem uns com os outros não é "normal", e partir daí começa-se a atribuir-lhe características como uns são X eles fazem Y até ao ponto..em que quando se quer denegrir alguém diz-se que é é gay. O mesmo aconteceu quando se dizia (e ainda se diz!!) que X é descendente de negros, ou judeus, ou árabe..

(cont..)

thorazine disse...

Esta capacidade de detectar diferenças foi-nos muito útil quando éramos primitivos, ajudou-nos a evoluir como espécie, a preservar os genes da nossa tribo. Agora, que a evolução biológica natural do homem está estagnada, tal mecanismo não tem utilidade. Mas ele está lá, na maquinaria biológica. Assim como o mecanismo passar tais “informaçoes” à descendencia, os memes.
E assim nascem os pardigmas.

Já leste a estória da experiência com os macacos?”
“Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... " É uma estória, mas não deve ser nada difícil reproduzi-la em laboratório.

E, para mim, quando a CÊTÊ disse “Thora, 
eu percebo o que o FDL diz.
Sabe,... há 3 ou 4 década..”, mesmo que inconscientemente, soa-me a insulto. :). A desculpa que no antigamente se pensava assim não cola, só esta parado quem está morto. Detectar e remover preconceitos, pode ser um problema do camandro, mas o cérebro é plástico e adapta-se a tudo. Isto é, desde que o seu proprietário tenha vontade de se ajustar à "nova" realidade, em vez de viver à base de pardigmas.

yulunga,
obrigado, não conhecia. Vou tentar escolher uma foto para enviar! :)

Caidê disse...

Thora
Tens fôlego que chegue contra o preconceito das moralidades conservadoras.
Os séniores ( ou velhos, como creio que o prof. prefere) que têm mentes mais abertas a moralidades não conservadoras podem ir dormir descansados.
A tua vigília, pelo menos a mim, convence-me a dormir tranquilamente.

andorinha disse...

Thora,

Não devia sequer dirigir-te a palavra, já que me ignoraste ostensivamente lá em cima:)))

Mas perante o que escreveste, não posso ficar calada.
Desta vez esmeraste-te, miúdo:)
Subscrevo integralmente o teu post.

Cê_Tê ;) disse...

thora "Há homossexuais fixes, e há os chunguetas, (...) os que conduzem bem e os que conduzem mal..etc.." Confessa lá que estás a fazer passar sublimarmente a publicidade à coca (-cola) ;P http://www.youtube.com/watch?v=Exgw8cEgpck&feature=related
LOL

Quanto aos argumentos quimicos/ bioquimicos parece-me arriscado (não entrarás tu em contradição, se fores por aí? Hummm)

Insulto inconsciente? Foi um elogio consciente. Mais grave do que expõr uma opinião em minoria é silenciá-la. Ou sou eu que estou a ver mal ( ;P) ou todos por aqui temos caminhado em matéria de tolerância e abertura.

(Será que não há um médico que me arranje uma virose com "gómitos" e outras projecções para amanhã não ir trabalhar?)

Anónimo disse...

Fora da Lei
Já tinha ouvido falar por alto dessa associação, sim.

Lobby Queer disse...

Para alguns/algumas chico-espertos/as aqui do pedaço: uma parafilia define-se nas consequencias do seu acto. A grande diferença entre homossexualidade e pedofilia é que a primeira, ao contrario da segunda, nao afecta a liberdade dos/as outros/as, independentemente da origem de uma e de outra. Por outro lado, seria um anacronismo (nao encontro palavra melhor) comparar as duas realidades so porque sao minoritarias. Porque? Porque, ao contrario da homossexualidade, que na esmagadora maior parte dos casos, advem desde muito cedo, a pedofilia nao. Imaginem que é um menino de 6 meses, com tendencias pedofilas. Ia gostar de quem? de raparigas de 5 meses nao? LOL A minha questao é: sexo anal entre um homem e uma mulher é uma doença? É. Nao existe sexo anal entre macho e femea na Natureza ao passo que existe homossexualidade. A poligamia heterossexual deve ser legalizada? Segundo a heterozada sim. Representa maior probabilidades de reproduçao. O incesto advem da heterossexualidade? Advem. Para Adao e Eva começarem a expandir a Humanidade, os filhos e as filhas de Adao e Eva, irmaos e irmas, tiveram que ter relaçoes sexuais, Isto é, o incesto é condiçao da propria heterossexualidade.

É preciso coragem para desafiar a propria heterossexualidade, esse sistema anti-natural, esse mecanismo de sexo/genero "naturalizado" pelas ideologiaS e constituido maioritario, por inumeras repressoes e tabus, para que possa dar a sensaçao de "natural" (?).

Vamos mais longe: MORTE AOS HETEROSSEXUAIS!!!!

Fora-de-Lei disse...

thorazine 9:57 PM

Aprecio o teu esforço argumentativo mas tenho pena que esse mesmo esforço te tenha tirado tempo e vontade para leres e comentares aquilo que eu vinquei através de link. É aí, pela boca / pela pena dos próprios gays, que se detectam comportamentos, no mínimo, esquisitos...

Lobby Queer disse...

Oh FL, o incesto não é condição da propria heterossexualidade? Gostava de te ver a rebater. É pela boca dos proprios heteros que, mais tarde ou mais cedo, vamos casar e adoptar. É lixado ser uma minoria e conseguir tantos direitos em tao pouco tempo (gargalhada maléfica) xD

Nao tenho nada contra voces, logo que nao se metam comigo!

fiury disse...

a discussão se é ou não uma doença, além de ultrapassada é inútil para o caso.
admitindo o disparate de lhe atribuir o estatuto de doença, é melhor referendar que tipo de doentes pode casar.

thorazine disse...

andorinha,
eu ignorei-te? onde??

FDL,
é engraçado que tu dizes que "apreciaste o esforço", mas a tua única resposta vira-se para uma acção por parte de uma pessoa que tu, mais uma vez, queres fazer representativa de um grupo. Pá, o que tentei dizer foi precisamente que "esse grupo" é igual ao grupo humano: encontras pessoas de bem com boas intenções e bom senso e encontras escumalha!

Pena? Não tenho pena dos gays. Talvez nesta era de libertação estejam a viver coisas que eu nunca vivi e nunca vou viver. Sinceramente às vezes sinto pena é das pessoas que batem sempre na mesma tecla só porque sim, sem conseguirem exprimir os seus argumentos.


Mas em relação ao Kevin Jennings: viste a página que partilhaste? Vais buscar informação das acções de um gay a um jornal mensal ecuménico da Igreja Romana Católica Americana? E quê? Estás à espera que seja imparcial? Diz-me que também é na FOXNews que lês as novidades do Obama. E vais aos madeireiros buscar as informações do estado da amazónia.. Ò pá, andas a falhar..

Se os media tugas, por norma, já fazem manipulação..o dos USA muito mais. Os media são o maior lobbie (assumido) dos states. E, como tu próprio referistes, de uma América maioritáriamente conservadora o que estás à espera? Paninhos quentes em cima do "gay"?

Não estou muito dentro do assunto, li sobre alguns dos escândalos. Podem ser verdade, podem ter um fundo de verdade ou até podem ser mentira. Não vou estar a meter as mãos no fogo por ninguém. No entanto, li um textozinho no Mediamatters em que disseca todas as distorções que a américa conservadora (principalmente o grupo MassResistance) tem feito das acções do senhor. Podes ler aqui: http://mediamatters.org/research/200912100059

Agora, se ele errou em algum momento, se passou a linha do que acho correcto não tenho problema nenhum em condena-lo. Ser gay ou não o ser não é nenhum estatuto.

thorazine disse...

cê_tê,
por acaso não conhecia esse spot. Muito nice.. :)

Argumentos químicos/bioquímicos? Onde? Não falei nada disso..

A Menina da Lua disse...

Thora:)

Eu não sei se você é um jovem ou não...mas que tem uma optima cabeça e que bate aos pontos em maturidade... é o que realmente me perece.
Enfim, mesmo sem saber dos seus vícios privados, mas isso é lá consigo, por aqui apresenta umas excelentes públicas virtudes:) principalmente ao nível de raciocínio, equilíbrio mas tambem de sentido de humanidade...:)

Reforço ainda o que disse no que respeita:
"o que tentei dizer foi precisamente que "esse grupo" é igual ao grupo humano: encontras pessoas de bem com boas intenções e bom senso e encontras escumalha!"


Quanto ao FDL parece-me que se trata apenas dum preconceito, emocionalmente generalizado entre os homens e que muitos escondem e disfarçam mas ele assume. Exigir dele argumentos racionais, corre-se o risco de o ver forçar e abordar razões que normalmente não procuraria...por mim não me incomoda desde que ele esteja a ser sincero quando diz que os respeita como ser humanos...
Mas isto digo eu de que... porque não o conheço:))

Para finalizar vão ser o filme em 3D "Avatar" que é muito giro:)

Anónimo disse...

Bem, eu nem estava muito pelos ajustes de voltar a falar de novo no meu raciocinio, mas depois de ser chamada de chica-esperta, lá vai.
Não comparei, não igualei, nem misturei homossexualidade com pedofilia da forma maldosa que as pessoas quiseram ler.
Igualei-as da seguinte forma: ambas são consideradas variantes do comportamento sexual.
Frisei bem que me fazia medo que ao ambas estarem nesse mesmo patamar e sendo a homossexualidade considerada não doença, que se poderia vir a correr o risco de que os defensores da pedofilia (porque infelizmente os há) tivessem agora argumentos para a considerar uma coisa normal.
Falei também do termo variante, que por esse motivo considero errado, pois pode abrir precedentes para desculpabilizar outras situações graves.
Expliquei-me melhor agora?

Anónimo disse...

Natcho Popcorn
E como foste maléfico comigo ao chamar-me chica-esperta, deixa-me brincar contigo um bocadinho, sim?
Popcorn é coisa de macho bruto. Muda antes para Natcho Palomita ;-)
E já agora parabéns pela lutas que têm ganho, mas não mostres tanto rancor por essas batalhas ganhas, nem dês gargalhadas maléficas. Vitórias têm que ter sempre um bom sabor e um sorriso sincero e bonito.
Felicidades.

Fora-de-Lei disse...

thorazine 1:54 PM

"FDL, é engraçado que tu dizes que "apreciaste o esforço", mas a tua única resposta vira-se para uma acção por parte de uma pessoa que tu, mais uma vez, queres fazer representativa de um grupo. Pá, o que tentei dizer foi precisamente que "esse grupo" é igual ao grupo humano: encontras pessoas de bem com boas intenções e bom senso e encontras escumalha!"

Ao fim de tanto esforço, começas mesmo a perder capacidades. Mas é compreensível... ;-) Tu sabes muito bem que eu não me estava a referir a Kevin Jennings, que é um sabujo como outro qualquer. Eu estava a referir-me à literatura "inclusa".


"Pena? Não tenho pena dos gays.

Eu não digo que o esforço te está a fazer perder a lucidez ?! Então eu digo "tenho pena que esse mesmo esforço te tenha tirado tempo e vontade para leres e comentares..." e tu vens dizer que não tens pena dos gays ?! Eu aponto para a Lua e tu olhas para o meu dedo indicador ?! Isso nem parece teu... ;-)


Mas em relação ao Kevin Jennings: viste a página que partilhaste? Vais buscar informação das acções de um gay a um jornal mensal ecuménico da Igreja Romana Católica Americana? E quê? Estás à espera que seja imparcial? Diz-me que também é na FOXNews que lês as novidades do Obama. E vais aos madeireiros buscar as informações do estado da amazónia.. Ò pá, andas a falhar..."

Ah eu é que ando a falhar...??? Então não fui eu próprio que disse que "Kevin Jennings já começou a dar barraca e a direita evangélica e reaccionária - a tal América profunda - está a aproveitar o facto para pôr Obama em cheque." ?! Só que a razão não é monopólio de ninguém. Ou seja, não me choca que - uma vez por outra - a Direita até possa ter razão...


"Agora, se ele errou em algum momento, se passou a linha do que acho correcto não tenho problema nenhum em condená-lo."

O problema é simplesmente este: de Kevin Jennings, ou de muitos outros como ele, pouco mais há a esperar. Tu não vês a infeliz criatura que por aqui apareceu, em tom algo terrorista, a ameaçar os heterossexuais de morte...?!

Carregados de complexos de culpa tão típicos dos cristãos, os ocidentais vão abrindo as pernas ao Islão e qualquer dia, sem darem por ela, estão proibidos de beber uma imperial e comer uma bifana na terra que os viu nascer. A paneleiragem começa por, através do seu lobby, conseguir erradicar a homosexualidade do "estatuto" de doença. Tudo bem, se calhar até está cientificamente correcto. Depois exigem o casamento. Por mim, tudo bem. Casamentos e baptizados a mim não me dizem nada. Em seguida, será a adopção de crianças por parelhas gay. Por mim, tudo mal. E agora é para rir: - no fim dessas "conquistas" paulatinamente conseguidas, tudo farão para que a OMS defina a heterossexualidade como doença, tal como a infeliz criatura aqui quis fazer crer.

Fora-de-Lei disse...

A Menina da Lua 4:33 PM

"... por mim não me incomoda desde que ele esteja a ser sincero quando diz que os respeita como ser humanos... Mas isto digo eu de que... porque não o conheço:))"

Bons velhos tempos em que eu e os meus amigos skinheads íamos à caça dos "natchos popcorns" para o Princípe Real. Era porrada neles até cheirar a alho... ;-)

andorinha disse...

Aqui, Thorazito:), aqui.


Ora se eu for a um médico e ele me desaconselhar determinado tratamento ou intervenção cirurgica e me explicar os motivos, parvinha serei eu se continuar a insistir, ou não será assim?

Uma pergunta concreta exige uma resposta concreta:)

FDL(5.47)

"Tu não vês a infeliz criatura que por aqui apareceu, em tom algo terrorista, a ameaçar os heterossexuais de morte...?!"

E tu ligas a idiotas, pá?
Ainda não aprendeste a ignorá-los?

Anónimo disse...

Fora da Lei
Tu? A dar no totiço a alguém por um motivo desses? Ainda para mais com skinheads?
Sabes que duvido?
Mandar umas bocas foleiras e tal isso, sim, acredito. Mas bater em grupos desse género, ponho as minhas mãos no lume.

thorazine disse...

Ameninadalua,
com esse elogio vindo de si decaminho babo-me para o teclado...:)) obrigado

"Enfim, mesmo sem saber dos seus vícios privados, mas isso é lá consigo, por aqui apresenta umas excelentes públicas virtudes:)"

Mas..a parte dos "vícios" não vi para que foram aqui chamados! :) Tou a ver ai também algum preconceito (agora que liguei o radar isto não pára :)). Então acha mesmo que por se ter consumos de substâncias que alteram temporariamente a consciência não se pode esgrimar argumentos para defender convicções? Uma coisa nada tem a ver com a outra. Aliás, sendo AMenina uma consumidora de arte (pelo menos pelo que fui percebendo aqui nos posts) deve saber que muita da arte é fruto da abstracção que tais alteradores proporcionam. E com isto não me estou a considerar artista..

andorinha,
ahh..! Sim, claro, será assim! Mas olha que no entanto anda também por ai muito médico chalupa.. :)

FDL,
Ó Ó..quem não lê tudo o que escreveu foste tu:

(5:47 PM)
"Então eu digo "tenho pena que esse mesmo esforço te tenha tirado tempo e vontade para leres e comentares..." e tu vens dizer que não tens pena dos gays ?!"

Olhando para trás na conversa:

(12:10 PM)
"É aí, pela boca / pela pena dos próprios gays, que se detectam comportamentos, no mínimo, esquisitos..."

Então não disseste? Ein? Ò shôtor! :)

Quanto ao resto é mais do mesmo, como a andorinha disse, é chover no molhado.

Quanto à última parte, em que enquanto arranjas a gola dizes que quando era novo andavas com os skins à caça, é altamente infeliz. Aliás, a ser verdade, e mesmo que a ti pouco te importe, desces bastante na consideração que tenho por ti..

Um coisa é discutir com argumentos, e já no limite, uma vez ou outra tecer insultos a grupos. Outra é vangloriar-se do uso da violência com maneira de mostrar as suas convicções.

Aliás, associares-te aos skins é do pior que podias fazer. Basta fazeres uma visitinha ao fórum-nacional e verificares que é da gente mais acéfala e reles que anda aí..

Fora-de-Lei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fora-de-Lei disse...

yulunga 7:11 PM

"Tu? A dar no totiço a alguém por um motivo desses? Ainda para mais com skinheads?"

My dear sister in arms, se eu aqui dissesse que - em tempos - tinha "papado" a Sharon Stone (que, por acaso, até conheço pessoalmente...) também acreditavas ?! Para além disso, uma das funções de certos smiles é tirar seriedade àquilo que afirmamos, atribuindo-lhe, quando necessário, a devida ironia...


thorazine 7:40 PM

"Quanto à última parte, em que enquanto arranjas a gola dizes que quando era novo andavas com os skins à caça, é altamente infeliz."

Também tu ???

"Outra é vangloriar-se do uso da violência com maneira de mostrar as suas convicções."

BTW, porque não diriges essa invectiva para o paneleirote de urinol que apareceu por aí, esse sim com ameaças violentas...?!

PS: "pela pena" de alguém quer dizer "por aquilo que é escrito" por alguém. Os Lusíadas foram escritos pela pena de Camões. Oh Thora, o esforço deu mesmo cabo de ti... ;-)

Anónimo disse...

Fora da Lei
"Papado"?
Sim acreditava.

thorazine disse...

FDL,
quanto à adopção posso-te também dizer que a tua opinião continua a ser baseada no teu próprio preconceito, e não baseado no que na verdade faz bem ou mal às crianças.

A APA (American Psychological Association) e a AAP American Academy of Pedritics), as duas maiores entidades mundiais em pedopsiquiatria e pediatria referem:

"Numerous studies over the last three decades consistently demonstrate that children raised by gay or lesbian parents
exhibit the same level of emotional, cognitive, social, and sexual functioning as children raised by heterosexual
parents. This research indicates that optimal development for children is based not on the sexual orientation of the
parents, but on stable attachments to committed and nurturing adults. The research also shows that children who
have two parents, regardless of the parents’ sexual orientations, do better than children with only one parent.

While some states have approved legislation sanctioning second parent adoption, other court judgments and
legislation have prohibited lesbian women and gay men from adopting or co-parenting. Therefore, in most of the
United States, only one partner in a committed gay or lesbian couple may have a legal parental relationship to a
child they are raising together. Adoption by a second parent, however, would not only formalize a child’s existing
relationships with both parents in a same-sex couple, it would also provide vital security for the child. Children
could avail themselves of both parents’ health insurance benefits, access to medical care, death benefits, inheritance
rights, and child support from both parents in the event of separation. Adoption protects both parents’ rights to
custody and/or visitation if the couple separates or if one parent dies.

The American Psychiatric Association has historically supported equity, parity, and non-discrimination regarding
legal issues affecting mental health. In 2000, APA supported the legal recognition of same sex unions and their
associated legal rights, benefits, and responsibilities. APA has also supported efforts to educate the public about
homosexuality and the mental health needs of lesbian women, gay men, and their families. Removing legal barriers
that adversely affect the emotional and physical health of children raised by lesbian and gay parents is consistent
with the goals of the APA.

The American Psychiatric Association supports initiatives which allow same-sex couples to
adopt and co-parent children and supports all the associated legal rights, benefits, and
responsibilities which arise from such initiatives. "

http://archive.psych.org/edu/other_res/lib_archives/archives/200214.pdf

E quê, achas que o teu poder de observação é melhor do que 30 anos de estudos, levados a cabo por pessoas com qualificações para tal?

É que se for, aconselho-te vivamente a ires para o IPO olhares para os cancros, pode ser que também percebas o mecanismo de parar o bichoo :)

thorazine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
thorazine disse...

"PS: "pela pena" de alguém quer dizer "por aquilo que é escrito" por alguém. Os Lusíadas foram escritos pela pena de Camões. Oh Thora, o esforço deu mesmo cabo de ti... ;-)"

Fica lá com a bicicleta.. :))

A Menina da Lua disse...

FDL:(

"Bons velhos tempos em que eu e os meus amigos skinheads íamos à caça dos "natchos popcorns" para o Princípe Real. Era porrada neles até cheirar a alho... ;-)"

Isso cheira-me a provocação...mas, ao contrário da Yuly, eu não ponho as minhas mãos no lume...e para o caso de ser mesmo verdade o que afirma, espero que tambem as tenha apanhado da grossa.))


Thora:)

Sem preconceito algum...claro que as suas opiniões são sempre as suas opiniões com ou sem efeitos secundários:) sei que pode sempre "esgrimar argumentos" para defender as suas convicções.

Em relação às tais "substâncias", eu que já fui viciada em tabaco, o que lhe posso dizer é que me agrada muito actualmente não me sentir dependente do logro que é o acto de fumar...

Quanto às artes, de facto é um tema que aprecio em particular e actualmente até dou um pequeno curso a que chamei "Diálogos com a Arte" numa universidade sénior. Tambem reconheço que muitos artistas se socorrem e por vezes em demasia, doutras ajudas que não só o seu talento ou dedicação à arte mas isso não quer dizer que esse seja um bom caminho para se chegar ao acto criativo.

Fora-de-Lei disse...

thorazine 8:12 PM

"FDL, quanto à adopção posso-te também dizer que a tua opinião continua a ser baseada no teu próprio preconceito..."

Como é lógico, eu não possuo quaisquer estudos neste âmbito. O meu universo estatístico limita-se a um único caso, resultante da minha observação da vida. Para além disso, tu só acreditas se quiseres.

Há uns anos atrás, um colega meu que era casado e tinha uma filha, divorciou-se. Passado algum tempo, a ex-mulher passou a viver com uma gaja, mantendo a filha consigo pois a custódia desta tinha-lhe sido atribuída pelo Tribunal de Família.

Até à altura da separação, a filha desse meu colega - já com 11 ou 12 anos de idade - era aquilo que se espera que seja uma menina. E tudo indicava que se tornaria uma bela mulher, até porque a miúda era bonita e elegante como a mãe.

Casualmente, vi estas pessoas passados aí uns 6 ou 7 anos, ou seja, quando a miúda era já uma senhora. A mãe mantinha mais ou menos a mesma imagem. A sua "amázia" era um autêntico trambolho. A rapariga, que - alguns anos antes - era uma menina bonitinha, agora parecia um motard dos hells angels. Só lhe faltava a barba... ;-)

Comentei isto com um colega e ele até ficou admirado de eu (ainda) não saber que a miúda também tinha dado em fufa.

Podes dizer que a miúda deu em fufa porque já o era em potência, aos 11 / 12 anos de idade, embora não explicitamente. Podes dizer o que quiseres... Mas o que eu penso e digo é que se a custódia da miúda tivesse sido atribuída ao pai na altura que a mãe passou a viver com a outra fufa (o que ele tentou por via judicial), de certeza que hoje esta miúda seria uma mulher perfeitamente normal.

Repito o que te disse no início: só acreditas nesta estória se quiseres.

Anónimo disse...

Acabei de ler o tal livro delicioso "Todas las muñecas son carnívoras" e por lá existe um macho man que dá dicas de cómo no parecer gay
Não vou escrever tudo logicamente. Apenas uma pequena passagem deliciosa.

(...)Tener un gato. Sólo un homosexual consumado tendría gato. Un gato es como un perro pero en maricón: tiene sentido común, se lava con su propria lengua, come pescado y nunca se emborracha. Es decir, el hombre que tiene un gato en casa vive en una profunda relación homosexual encobierta.(agora a parte deliciosa LOL)Fijate que a un perro se le llama con dignidad masculina: "¡Sandokán, cabrón, ven aqui!", pero a un gato... "Bsss-bsss-bsss-bsss-bsss, ven bonito"... ¡Ridículo! (...)
;-)

Fora-de-Lei disse...

thorazine 8:12 PM

"... e não baseado no que na verdade faz bem ou mal às crianças."

Thora, isto é que faz bem às crianças:

«O menino Carlinhos tinha sido adoptado por um casal gay. Um dia, o menino Carlinhos entrou inadvertidamente na casa de banho, quando o pai estava a sair do duche.

Admirado, o menino Carlinhos exclamou:

- Pai, tu tens uma pilinha muito grande!

Responde o pai, algo embaraçado:

- Só queria que visses a da tua mãe...»

Anónimo disse...

LOL

thorazine disse...

ameninadalua,
:)
Eu também estou a reduzir ao tabaco, mas ainda não me convenci totalmente que vou deixar. Vou nos 6-8 cigarros ao dia. Mas eu também sou gajo novo, isto limpa tudo. O dia em que sei que deixo de fumar, de certeza, é no dia em que souber que vou ser pai - e se tudo correr bem isso não vai ser para já.. :))

Professora na universidade junior? Muito bem..deve ser muito gratificante!

E olhe que há muitos artístas e intelectuais, que usam a sua arte e saber para moderar os seus consumos. E muitos deles nem são tão tóxicos quanto isso..:)))

FDL,
não tenho nada que duvidar. Agora, não me acredito é que a razão tenha sido de ela ter sido criada por duas mulheres. É que pensando na situação inversa, 100 % - vá, 99,9% - dos homossexuais foram criados por heterossexuais, logo a influência não pode vir da educação.

E piadolas sabe-las tu todas.. :)

yulli,
Mira tia, qué bien!! Já se dizia que os cães têm dono, os gatos têm staff... :)

thorazine disse...

Engraçado é o Bartolomeu, que no primeiro post veio-se (salvo seja) queixar que não havia postas...e agora que já vai quase nas 100 ele ainda nem apitou! :))

thorazine disse...

Ahhhe já agora, se andar por ai algum prof. de português ou alguém com perspicácia nas letras podia tirar-me a dúvida explicitei lá para o meio, que tenho do parecer no ponto 7:

"poderá ser "não há evidência científica suficiente que uma intervenção leve a uma mudança completa na orientação sexual" - no entanto, esta poderá ser levada a cabo - ou "não há evidência suficiente para que, dentro dos nossos parâmetros, possa ser levada a cabo uma intervenção deste género. Eu continuo a ler como apresentei na primeira interpretação.."

Anónimo disse...

Thorazine
;-)

Fora-de-Lei disse...

thorazine 11:31 PM

"Ahhhe já agora, se andar por ai algum prof. de português ou alguém com perspicácia nas letras podia tirar-me a dúvida..."

Tens que lá chegar por ti próprio. Eu dou-te uma ajudinha...

O que é que está certo:

- "Pijamas para homens às riscas", ou
- "Pijamas às riscas para homens" ?

Cê_Tê ;) disse...

Um coelho está mais próximo de um cão ou de um gato? ;))))))))))))))


bom resto de noite ;)

Anónimo disse...

Cê-tê
Boa pergunta



Freddie Mercury ;-)

thorazine disse...

FDL,

LOL
Para entertainer tens tu jeito. Devias ser tu o palhacito na altura da escola, como o deves ser ainda jantaradas com o teu malharal. E depois, vais acabar como o meu avô: em todos os encontros de família conta daquelas piadas do anos 50/60 muito secas e todos os netos fazem de conta que acham muita piada.. :))

Agora mudando de assunto,
estava a pensar e aqui no blog às vezes tenho o mesmo feeling que tenho em casa.

Passo a explicar, como sou o filho mais novo houve uma altura em que comecei a perceber que o meu irmão teve direito a muito mais atenção por prte dos meus pais, como era o primeiro, muito mais fotos, videos...ele era dias no campo, ele era dias de pescaria com o meu cota, etc, etc, etc. Comigo foi mais: oh pá..vai lá brincar com os teus amigos. Já velhos e cansados de aturar canalha.

Aqui no blog é o mesmo. Já perdi tempo a ler algumas postas de 2005 e o prof andava sempre aqui na caixinha da roupa suja (de comments :)) a mandar as suas postas e a interagir com o malharal. Agora, e sem querer ofender ninguém, nem prof nem malharal, está velho e farto da canalha. :) Fico, mais uma vez com o sentimento: Oh fogo, cheguei atrasado! :))

thorazine disse...

CÊTÊ,
coelho é para comer! Não me digas que tens um bicho desses como estimação? Não é para me gabar, mas digo-te que que faço um coelho estufado com ervilhas de trás da orelha.. :)

Cê_Tê ;) disse...

yulunga, LOOOOL o que eu já me ri com o FMercurynio!;)))
Em tempos comprei numa loja da especialidade 1) uns dentes ainda mais horrorosos do que aqueles e não imagina as vezes que tive de fazer as manobras de heimlich!lol.
Os pequenos da familia adoravam que eu os colocasse- riam e fugiam cheios de medo. Tantas vezes caiam e faziam xixi com o riso e com o medo (eu graças a Deus não ;P)que um dia ... sniff esconderam-me os dentes (até hoje ;() Nunca consegui encontrar uns tão bons. Mas mais uns aninhos...;))


1) num blogue de psi e num post deste cheira logo a SEX Shop MAS NÃO FOI ;P

thora, EU NÃO COMO COELHOS!;P

Anónimo disse...

Cê-tê
Esse comediante é barra em expressões faciais.

Cê_Tê ;) disse...

Thora, mas digo-te uma coisa ;))) saberes cozinhar põe-te logo no top!

Lobby Queer disse...

Oh Fora-da-Lei, chupa-me a piça e calou. A tua sorte é a tua raça reprodutora ser maioritaria e infelizmente os paneleiros nao terem consciencia de classe. Mas podes estar certinho que da minha parte farei tudo para eliminar de vez a heterossexualidade do planeta. Cambada de mineteiros, FDPS. O meu grande sonho é organizar um grande grupo de sodomitas e enrabar skinheads ate te sair as tripas pela tola. Estamos a ganhar-te!!! Nao podes fazer nada contra nos! LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

A heterossexualidade abre caminho para o incesto e para a poligamia. (ainda nao te vi a rebater isso, porque sera?)

MORTE AOS HETEROS! ORGULHO GAY!

lobices disse...

...descobri Lhasa de Sela, ontem, no dia em que morreu, aos 37 anos, em Montreal, vítima de cancro da mama... este não é um bom dia para todos, porque fiquei triste logo a seguir a ter ficado encantado com a voz daquela mulher que desconhecia eu estivesse doente... deixo-vos mais uma canção dela com os votos de um dia Feliz (a...té porque o Sol veio beijar o meu quintal)... http://www.youtube.com/watch?v=uGNk_zHy4Mg

Fora-de-Lei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fora-de-Lei disse...

thorazine disse

"FDL, o que te leva a pensar que os limites mentais de um homossexual são diferentes dos heterossexuais?"

Mas ainda tens dúvidas ? Não estará aqui à vista de todos a neuro-instabilidade que afecta / infecta a comunidade gay ? Já sei que me vais dizer que a infeliz criatura que aqui aparece é um caso isolado de (profunda) anormalidade. Mas não será isso uma forma continuadamente tentada de auto-convencimento da tua parte...?! Não te iludas... acredita que qualquer gay, xunga ou refinado, assinaria por baixo as nojentas "linhas programáticas" que foram aqui expressas pelo espécimen anti-higiénico que se auto-designa por "natcho popcorn".

thorazine disse...

FDL,
não acho que seja caso isolado, deve haver muitos acéfalos por ai. Falta de bom senso e educação há em todo lado. Achas mesmo que qlq gay assinaria? Tipo..Eugénio de Andrade, incluído e tudo? lol Tenho amigos gays que eram os primeiros a dar um calduço no rapaz.

Ameninadalua,
já fui ver o avatar, sem dúvida um grande filme! :))

E ontem à noite vi um dos grandes filmes que vi até hoje, The time traveler's wife. Uma história grandiosa, com momentos deliciosos..

Aqui fica o trailler, não sei quando sai em portugal ou sequer se vai sair: http://www.metacafe.com/watch/3174444/the_time_travelers_wife/

Fora-de-Lei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fora-de-Lei disse...

”Achas mesmo que qlq gay assinaria? Tipo..Eugénio de Andrade, incluído e tudo? lol"

Não conheci Eugénio de Andrade, merece-me o maior respeito como poeta e ser humano, mas não é o facto de o anfitrião fazer dele uma espécie de ícone - e (apenas) com isso arrastar atrás de si toda uma legião de fãs apressada(o)s - que me vai impedir de dar resposta a este teu comentário. Eugénio de Andrade viveu um tempo em que era muito difícil assumir fosse o que fosse. Também não tinha forçosamente que o fazer, até porque no chamado mundo das “artes e espectáculos” nunca constituiu qualquer estigma ser-se maricas ou fufa. O único que teve coragem para o fazer – e honra lhe seja feita – foi o grande Ary dos Santos. Outros, mais ciosos da sua “clandestinidade”, arranjavam sempre umas amigas de ocasião, uns afilhados a propósito, etc, etc.

Hoje os tempos são outros. Hoje é fácil “sair do armário” e até marcar pontos através dessa assumpção. É dos maricas de hoje que eu falo e não dos de antigamente. Mesmo no antigamente, só o pobretanas do chamado “paneleiro de urinol” é que era ostracizado. Mesmo que não fossem artistas, desde que tivessem uma posição social vantajosa, tudo lhes era facilmente aceite. Tal como no mundo real, também no mundo da paneleiragem quem é pobre está sempre f*****.

Vivemos uma época em que certas coisas não podem ser ditas. Vive-se na base de uma espécie de complexo de culpa que nos inibe de expressar o que pensamos. Não se pode criticar os Judeus, porque 6 milhões (?) foram mortos nos campos de concentração nazis. Mesmo que os Judeus matem todos os dias não sei quantos Palestinianos. As notícias dos jornais escondem a etnia dos gangs que assolam, no mau sentido, a Grande Lisboa porque coitados dos pretinhos que foram escravizados e colonizados pelos brancos durante séculos. Os suíços são uns extremistas, só porque já sabem do que a casa vinha a gastar na sequência da aprovação dos minaretes. Isto porque os cruzados foram uns malandros quando, há mil anos atrás, correram com os muçulmanos ao pontapé. Os maricas podem fazer tudo o que lhes apetece, até vir a adoptar crianças, porque foram sempre uns discriminados.

E isto pode permitir que venha aqui um gajo dizer “morte aos brancos” sem ninguém ripostar porque, como brancos e europeus, sentem culpas no cartório. Ou que venha aqui um gajo dizer “morte aos comunistas” e toda a gente se calar porque o Estaline mandou matar não sei quantos russos e então eles, comunistas, são todos iguais. No entanto, se vier aqui um indivíduo de esfíncteres pasmados dizer “morte aos heterossexuais” toda a gente se cala enquanto, fingindo-se muito crédulos, se atiram a um gajo que – numa clara brincadeira – disse que ele e os seus “amigos” skinheads, enchiam o cabaz à paneleiragem no Príncipe Real. Mas se aparecesse aqui um anormalóide qualquer a dizer, por exemplo, "morte aos gays", isso é que havia de ser o bom e o bonito. O que até estava certo, mas reflectiria desigualdade de tratamento...

Estamos a atravessar um clima cívico de merda. É por estas e por outras, que a extrema-direita começa a galgar terreno por essa Europa fora. E porquê ? Porque a Esquerda, numa de universalismo e multiculturalismo cagados, e numa do politicamente correcto hipócrita e contra-natura, tem dado espaço político para que essa gentalha neo-nazi vá progredindo. As opções políticas são o que são, as raças são o que são, as orientações sexuais são o que são... Sempre diferentes e nunca tendencialmente iguais. Só que, como é óbvio, ninguém tem o direito de se afirmar superior apenas porque é branco ou porque é heterossexual. No entanto, eu quero sentir-me livre de afirmar o que penso, mesmo que isso vá contra o que outros, condicionados pela actual onda de auto-flagelação, pensem ser politicamente correcto. E podes estar certo que ninguém defende mais do que eu aquilo que é comum designar-se por direitos humanos.

Caidê disse...

Cada modelo social tem as suas instituições e mecanismos, através dos quais se produz a termo e se reproduz a longo termo - e reproduz-se através de muitas agendas ocultas.
Depois, cria doenças sociais.
Foi óptimo fabricar toxicodependentes, porque isso acautelou a prazo que a geração da inovação social se aquietasse, para deixar que o modelo social das grandes desigualdades caminhasse para o modelo da "desigualização" global.

Foi óptimo reprimir sexualmente, porque à custa do selo das virgindades femininas se mantinha intacta a instituição familiar à laia da "Família, Trabalho e Nação". Nesse modelo, a homossexualidade vinha contrariar mais filhos, mais operários, oferta de gente para trabalhar superior à procura (mão-de-obra excedente), para criar urbes e manter curtos os salários.

Em África, havia poligamia, porque um homem é fértil até acabar e as mulheres são férteis menos tempo (e havia a coisa da EMV curta - típica do país de 3º ou 4º mundo) e era preciso gente para haver sociedade e grupos de solidariedade informais em número suficiente para serem funcionantes. Numa sociedade de caçadores recolectores só os homens jovens caçam em grupo grandes animais. Uma sociedade que só tenha velhos pode passar os saberes, mas não vai buscar as proteínas para todo o grupo. Então, o número dos adultos jovens masculinos é fundamental...
Isto para dizer duas coisas:
é o modelo social que tem de ser desconstruido, para ver o que é que um fenómeno reprimido ou legalizado lhe vem trazer de produtivo.

É que a homossexualidade não significa o mesmo para uma sociedade da Antiguidade ou do século XIX (ou actual, da Europa ou da Índia...).

E até a pedofilia tem a idade (social) determinada pela cultura- uma garota de 14 anos aqui (Europa)pode ser uma "maternidade adolescente", em África não o é. E isso não é explicado pela maturação física de duas raparigas cada uma da respectiva origem - não é a natureza que determina, é a cultura.
Até dá dó expor assim estas problemáticas, mas "já tá".

fiury disse...

CAIDÊ

Se formos por aí temos de falar da emancipação da mulher e centrar as atenções em modelos sociais ideais para economias e não para a felicidade das pessoas.

Depois de chumbado o referendo, ainda vamos levar com a inconstitucionalidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo, como se as leis não tivessem sido feitas para serem alteradas de acordo com o progresso do Homem. Haja paciência.
Os pardais à solta vão-nos lixar a todos com desentendimentos com a aprovação do orçamento: cambada de putos!

lobices disse...

...está fora do contexto mas...porr favor...
...VEJAM ESTE VIDEO:
.........................
http://video.bugun.com.tr/bugunPlayer.swf?file=dagilfilm.flv
.........................
copy o endereço e colem no browser

andorinha disse...

FDL (12.43)

Eu não acredito que tu próprio acredites no que escreveste:)
O Thora já o disse: imbecis e anormais há em todo o lado, os gays não têm esse monopólio:)))

Aliás se verificares desde o início, quantos imbecis e anormais hetero já por aqui passaram?:)

"No entanto, se vier aqui um indivíduo de esfíncteres pasmados dizer “morte aos heterossexuais” toda a gente se cala enquanto, fingindo-se muito crédulos, se atiram a um gajo que – numa clara brincadeira – disse que ele e os seus “amigos” skinheads, enchiam o cabaz à paneleiragem no Príncipe Real."

Estás a ser injusto, amigo e companheiro:)
Eu disse que o tipo é um idiota e que não vale a pena perder tempo com idiotas.
Quanto à tua brincadeira, entendi logo que era brincadeira, tanto que não ripostei:)
Portanto, não generalizes...

"Vivemos numa época...correram com os muçulmanos ao pontapé."

Subscrevo este parágrafo. Concordo com o que dizes.

Caidê disse...

Fiury
A ideia de sociedades viradas para a felicidade pessoal é uma retórica ideológica do neo-liberalismo - não existe, senão na cabeça das pessoas (onde existe). Vai dando aberturas para se ir vitalizando nos imaginários - penetrou nas emoções, na vida privada, na criação de relacionamentos afectivo-sexuais que podem ser agora "monogamias em série". A institucionalização da monogamia para toda a vida já não se adequava ao BIG modelo social em marcha. A mudança é o novo lema. Às vezes até se associa mudança a "melhorias", "aperfeiçoamentos", só porque se muda. Depois, as moscas ficam, apesar da ilusão da mudança.

E depois? Se homem e mulher forem mais reivindicativos na sua relação, começa por afectar só os dois (se não houver compromisso entre eles que arraste mais)e até pode dar para cada um ir equilibrando e ficar mais produtivo para o trabalho.

Há quem diga que a paixão é o melhor anti-depressivo. E para dois apaixonados parece que tudo o mais até corre bem (contagiante às outras esferas da vida!).

Uma mulher divorciada tem mais sucesso profissional que uma casada e com o homem é ao contrário - mas eu não divinizo estatísticas, bem entendido!

Agora, porque recasam os homens mais depressa? Têm mais ganhos com o casamento? A sociedade penaliza mais mulheres que façam lutos pequenos do que o faz com homens (lutos de relação, tá claro!)?
Os homens ainda têm desculpa: é que não sabem cuidar-se sozinhos! As mulheres não, essas que aprendam a usar o maldito berbequim ou a desempanar a gaita do carro.
A mulher tem menos grupos de exterior depois de sair de um casamento, grupos onde novo encantamento possa aparecer?
Os factores são diversos: os sociais contribuem, os individuais também.

andorinha disse...

Lobices,

Esse video nunca está fora de contexto.
Já o tinha visto e ao revê-lo agora emocionei-me de novo.
É arrepiante...e obriga-nos a pensar...

andorinha disse...

Thora (11.31)

Eu já disse que também li como tu, por isso, se mais ninguém se pronuncia é porque essa leitura é válida.
Quem cala, consente...:)

fiury disse...

caidê

o que me interessa é o que existe na cabeça das pessoas e pode chamar-lhe o que quiser. A procura da felicidade cada vez mais é mais afastada de modelos impostos de fora da cabeça das pessoas e parece-me uma tendência irreversível.
acredite no que lhe apetecer mas não me tente vender teorias sociológicas, por que comigo não colhe. Poupe-me e poupe-se.

Caidê disse...

Fiury
Eu partilho, não vendo, que a vender me sentia p. muito barata.
A ser, seria cara!A técnica é que se vende caro, sobretudo se for de ponta.

Caidê disse...

Já agora, Fiury, desculpe lá - é que amanhã vou ter um dia DURO.
Não me venha para aqui com durezas das suas, que eu quando solto das minhas acabo sempre por preferir tê-las evitado. Sou dos anos "Peace and love" , "numa boa", "em liberdade" - cada um que viva com o que vai pensando e com o magro ou gordo salário ao fim do mês - tá a ver? Depois, os anos pesam: já fechei os olhos a muita gente, não quero abrir nem os seus, nem os de ninguém. Bastam-me os meus abertos e já agora uma festa na cara de quando em vez (pelo menos), o que também ajuda a suavizar trocas de palavras.E quanto a palavras - só DOCES. De preferência, voz a orelha - e musical.

fiury disse...

Caidê

Ainda bem que percebeu que eu não estou virada para festas nem docuras a determinados temas. Fique bem.

Lobby Queer disse...

Esclarecimento: estava a ser irónico quando disse "MORTE AOS HETEROSSEXUAIS" mas a minha questao é: Se podes ser homofóbico porque é que não posso ser heterofóbico?

Nota: ainda ninguém me respondeu ao argumento do incesto...

Fora-de-Lei disse...

Natcho Popcorn 7:41 PM

Com base nesta definição, eu não me acho uma pessoa homofóbica:

A homofobia é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, consequentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas subtis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais.

A única coisa onde se pode considerar que eu seja "discriminador" em relação aos gays tem a ver com a adopção de crianças. Mas nesse aspecto "discrimino" igualmente muito(a)s heterossexuais...

Fora-de-Lei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anfitrite disse...

O incesto sempre existiu. E não é só na Bíblia. Existe nas sociedades fechadas.
Existe entre familiares cuja origem não foi assumida. E só é chamado incesto em determinados contextos históricos e em certas sociedades.
Ao falar do Jardim do Príncipe Real, fez-me lembrar o que eu me ri quando li "O Fado Alexandrino" de António Lobo Antunes, quando eles não sabiam o que fazer com o morto e o carregaram pelas Escadinhas da Mãe de Água e o levaram para os urinóis do Jardim.

Como não gostei da maneira como este relatório foi apresentado, sem estar formatado, que fiquei sem saber se era prosa ou poesia(lá diz o outro Amor é prosa, sexo é poesia) e acabei por me perder, porque não quis aumentar a minha peugada ecológica. No estanto
rascunhei as minhas idéias sobre o tema, mas acabei por não as publicar, porque realmente há comentários que não se conseguem entender.
Gostava de dar os parabéns ao Thora, pela força que a sua juventude lhe dá para combater.
Gostava de perguntar ao FDL, se ele tem algum amigo comunista homossexual.
Gostava de saber se o Bartolo ficou enleado na fita métrica, dado que não fez mais nehum comentário.
Gostava de saber qual a opinião do professor, visto que outros psis já se manifestaram, e cada cabeça cada sentença. E se a tertúlia era só para os leigos.

Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei!

Fora-de-Lei disse...

Natcho Popcorn 7:41 PM

"Nota: ainda ninguém me respondeu ao argumento do incesto..."

Se no "arrastão" ninguém te responde, por que carga d'água havia alguém aqui de te responder ?!

Anónimo disse...

Natcho
"Se podes ser homofóbico porque é que não posso ser heterofóbico?"
Só se for pela questão da igualdade pela qual vocês tanto batalham. De outra forma não vejo muito bem alguém que foi catalogado, apontado, discriminado e não gostou do que sentiu agir da mesma forma.


E ainda voltando às vossas batalhas e às de outras pessoas, outros grupos, povos, países, whatever.
Nunca por nunca num conflito o lado vencedor deve festejar a vitória como sendo a derrota do adversário. Uma vitória festejada dessa forma terá sempre um amargo de boca; nunca será grandiosa e genuina.

Unknown disse...

Holáx!

Unknown disse...

Olá!