quinta-feira, maio 27, 2010

A whiter shade of pale.

Para lá da morte do ruído e antes do silêncio da morte há um bar. O empregado é mudo, evidentemente. A máquina de discos está avariada e a banda rock não apareceu porque a carrinha teve um furo. (Os copos não tilintam por mera delicadeza...). Como vês, trata-se do lugar perfeito. Bebe um trago, esgota a exaustão e pensa. Depois decide se recuas ou vais em frente, mas não percas demasiado tempo - a diferença não é assim tão grande, acredita. Lança a moeda ao ar, se preferes acreditar em sorte ou acaso. Mas não a deixes cair!, perdoo tudo menos o mais raquítico dos barulhos. Shhh..., incluindo o das palavras, sacana mentiroso e inútil, faltam-lhe demasiadas cores na paleta para aflorar o sentimento.

45 comentários:

Tangerina disse...

Que texto bonito...


T.

Unknown disse...

(Talvez lhe faltem porque já as usou)Shhh...
Boa noite.

Cê_Tê ;) disse...

Tanto que poderia ser escrito/ dito.
Gostei particularmente do "Sacana mentiroso".

BN

bea disse...

Barulho.Palavra mais sem beleza. Certo, há em todas as coisas tempo de ser barulho. E de não.
Cumprimentos

Anónimo disse...

tão atonal ?!!

delicadeza...não está mal.
concordo com o lugar perfeito e a
boa clientela.

também detesto indecisões e sou muito mentiroso, ihihih

fico com o cão ou deixo escapar o gato? a diferença é pouca na verdade. um dilema

vou por mim.
e não se diz que é segredo
para que não conste no relato :)

que "morrinha" deu nos residentes
queria tanto ouvir alguns dos 'ruidinhos', sorrir e assim...

(suspiro)


rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

as melhoras menino Julinho. depois diga se passei no teste ;)

Ah! posso cantar? sou afinadinho.


murrinhos
Maomé

RAM disse...

Estranho esta espécie de limbo que descreve.
Habita-o um estranho silêncio: não sei se opção de ser ou imagem simples da incompetência do sujeito para o verbo.
Assim como assim, entre o branco virginal e ensurdecedor de uma qualquer tela e os ruídos multicolores excessivos de quem não domina a arte da pintura, almejo o dia em que, como o meu querido Eugénio, o meu dia se torne diáfano a poucas palavras:

"Foi um dia, e outro dia, e outro ainda.
Só isso: o céu azul, a sombra lisa,
o livro aberto.
E algumas palavras. Poucas,
ditas como por acaso.

Eram contudo palavras de amor.
Não propriamente ditas,
antes advinhadas. Ou só pressentidas.
Como folhas verdes de passagem.
Um verde, digamos, brilhante,
de laranjeiras.

Foi como se de repente chovesse:
as folhas, quero dizer, as palavras
brilharam. Não que fossem ditas,
mas eram de amor, embora só adivinhadas.
Por isso brilharam. Como folhas molhadas."

Anónimo disse...

tch tch

ó meus amigos

olhem lá para cima...o sorriso zombador do mestre Júlio

balha-me deus!

o pessoal ficou mesmo na montanha!
porquê?

não sei, mas parou de chover e humidade.
nada.

tudo seco

:))))

jinhos

ps: tou cuma morrinhice e tou tiste

as melhoras pronto. não sei de quê mas as melhoras

beijinho Maomé e não deixes fugir o gato ;)

(*



anda

Anónimo disse...

andorinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

poças!


jinhos Maomé :)


@---»-------

Olhar disse...

She said, "There is no reason and the truth is plain to see"


http://www.youtube.com/watch?v=Mb3iPP-tHdA&NR=1

Thanks for remember and sharing this beautiful and familiar!:), colorful painting of words and sound.

:).

thorazine disse...

:))

http://www.youtube.com/watch?v=OtYmXFaGgTM

Olhar disse...

I like this one:)

"and although my eyes were open
they might have just as well've been closed"


http://www.youtube.com/watch?v=qqfTioTvNcQ

A Menina da Lua disse...

Quando leio estes seus textos fico assim na dúvida; será que fazem parte de alguma ficção que anda escrevendo ou será apenas uma "tirada" do momento?:)
Fica-se assim meio suspensa.:)

Pois as palavras por vezes são escassas para dizermos o que sentimos e por vezes nem sabemos o que realmente sentimos...outras, porem, desejamos apenas que "o meu dia se torne diáfano a poucas palavras" e dê espaço apenas ao estar ou ao sentir...:)

RAM:)

Optima escolha, gostei imenso:)

Thora

Muito giro! mesmo!:)

andorinha disse...

Já li ontem o post, mas fiquei apenas a ruminar:)

Hoje, faço minhas as palavras do Ram pois traduzem na perfeição o que penso/sinto.
O poema do Eugénio é lindíssimo e não poderia vir mais a propósito.

Quanto aos Procol Harum, bem...tantas memórias reavivadas...(suspiro) :)

Anónimo disse...

Às tantas já todos conhecem a nova música do Quim Barreiros, o "Casamento Gay", com muito amor e carinho, até porque ele diz que é a favor do casamento homossexual.

Letra:

«Os políticos lutaram: o casamento gay.
Nem todos estão de acordo com a aprovação da lei.
O Zezinho paneleiro casou com o Manuel das tricas.
Convidaram a família, amigos e os maricas.
Um casamento panasca, com muita animação.
Os larilas beijavam-se numa grande confusão.
Depois da cerimónia, o cozinheiro falou,
com gestos de bichona, o menu apresentou:»

Continua com o refrão,

«Primeiro vaca galo, ou assado de peru
e como sobremesa banana pêssego.»

Na repetição do refrão ouve-se uma vozinha efeminada a dizer «Ai... que disparate!»

Aquele Manuel das tricas deve ser a Pilita, baaaah...

Ouvir no YouTube, Quim Barreiros - Casamento Gay

Sim ao casamento gay com penas, música do Quim Barreiros, e muitas crianças casapianas, que depois serão adoptadas por eles para um desenvolvimento extra mais equilibrado, conforme provaram numerosos estudos psiquiátricos sem, no entanto, darem conta disso. E mesmo que uma fundamentalista radical como a Catalina Pestana tente dinamitar o festejo, "No problema!", o boy George, quero dizer o George Clooney - mais conhecido por José Socas aqui em Portugal -, salva-os todos, ou não é ele o Batman!

Bartolomeu disse...

Qual foi a forma que a sereia
encontrou, para enganar Netuno?
Os deuses nunca se deixam enganar pelos mortais, a menos que sejam eles também, deuses disfarçados!
;)

Anfitrite disse...

MACBETH
"She should have died hereafter;
There would have been a time for such a word.
To-morrow, and to-morrow, and to-morrow,
Creeps in this petty pace from day to day
To the last syllable of recorded time,
And all our yesterdays have lighted fools
The way to dusty death. Out, out, brief candle!
Life's but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more: it is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing
".

Skakes...

Anfitrite disse...

Bartolo
o novo AO não chega a tanto!
Os deuses não andam disfarçados-Devem estar loucos- filme que eu adorei.

Anfitrite disse...

Não posso deixar de dizer: quão agarradinha eu dancei ao som desta música! Quero lá saber de silêncios ensurdecedores! Só aprecia o silêncio quem não sabe o que é perder o dom da audição.

Anfitrite disse...

Xelim

Muitas crianças foram parar à Casa Pia
por causa de pais inconscientes, que alguns nem sabem quem são, porque havia mães que viviam da prostituição, não é só por causa da pobreza. E de lá saíram grandes homens. O hábito não faz o monge. Cada um é para o que nasce. E há aqueles que não querem ver mesmo não sendo cegos.
E a Catalina é mesmo assim. Ficou histérica quando foi substituida pela Joaquina Madeira. Mas de tudo isto o que eu mais gostei foi das pérolas da TCMacedo ao serviço de BFélix, que até já falam em ir para PR. Este sr. nunca teria sido conhecido se o ministro Morais Leitão não lhe tivesse dado a mão. A que desgraça nós chegamos. Nem há gente para dirigir o País.
E quanto ao quim barreiros, apesar se não me ter dado ao trabalho de ver as ligações, só sei que ele sempre esteve habituado a viver no meio da Fauna e dos cardos.

Anfitrite disse...

Uma honenagem ao "BillY", o grande Dennis Hopper que se passou hoje.

http://www.youtube.com/watch?v=ZHJNqn-miUc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=DNjzzDNIJWw&NR=1

Anónimo disse...

à entrada do bar há um mapa que divide com uma linha ténue, o céu e o inferno. para o céu, siga o percurso X para o inferno, o que quiser...hilariante!

a clientela afluía, não que fosse um bar exemplar, mas porque existia uma espécie de atracção fatal naquele "evidentemente"!

o lugar perfeito! uma espécie de confessionário.
o "evidentemente", sorria ou baixava os olhos a quem entrava, resultado talvez, dos sussurros que lhe iam chegando ao ouvido entre as conversas dos clientes.

- benditos "hákaros" que lhe tinham avariado a máquina da música e não largavam as pernas de certa clientela...sorria!

ouvia:
- o cabrão do padre disse-me - suicida-te, porque não te suicidas, não tens coragem, não é?!!
o cabrão, tinha acabado as obras na capela mortuária e queria um estreante! G...F... da P...!
virei as costas e fiquei no desemprego.

o silêncio perseguiu-o durante algum tempo. o que ele ouvia naquele bar, mas o "evidentemente" era fiel àquela clientela que, por delicadeza ou desprezo - nunca o soube -, não ousava fazer um único ruído entre os copos, quando entrava o Tóne - um sem abrigo com muito bom gosto e para mal de quem com ele privava, de uma lucidez acutilante. o Tóne, nada tinha a perder, excepto a si mesmo.

Gostava de ficar horas a fio na penumbra a apreciar o cliente de fundo, o "Lara pintor" - cúmplice de Mefistófoles - a riscar na tela, o que não ousava dizer a si próprio!

As cifras, não tinham segredos para o "evidentemente", para mais,
a sua verdadeira profissão era a arqueologia, tinha estado anos a fio a estudar exemplares mumificados e a escrita hieroglífica, ao serviço do museu do Cairo. habituou-se aos percursos subterrâneos dos vales e das montanhas.

a mudez, tem, por vezes, os seus convenientes, por reflexo, os outros podem pensar que também não se ouve!

preocupava-o a Clarinha que ficava horas à janela a suspirar por um amor incondicional que havia, - segundo ela - de surgir por entre o nevoeiro! O "evidentemente", sabia que ela não acreditava no amor, por isso, se preocupava tanto com ela.

era um homem de sentimentos raros, o "evidentemente". tinha uma ligação directa do ouvido ao coração, já que todo o resto era destilado no cérebro. por vezes, o seu olhar compassivo, deixava transparecer as suas preferências.

antes de sorrir, sequer erguer o olhar, pressentia a chegada dos seus habitués. telepatia?
não!
anos de confessionário.


Laous

Shhhhhrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

.

ps: continuação das melhoras

Anónimo disse...

(suspiro)

Laous, sempre bebes o trago, ou...?

nunca te canses de exercitar, afinal o virtual serve para isso mesmo: "com a verdade me enganas"


beijos e carícias

AH! Andorinhaaaaaa sempre vieste.

ou vies-te? esta agora!!!

jinho

<:0)=

*)
.
.
.

Anónimo disse...

querida Silok

aprecia:
http://ashesandsnow.org

BEIJO

Ponto de Interrogação disse...

Olá a todos!

Eu não faço minhas as palavras do RAM porque não teria capacidade de escrevê-las, dizê-las ou verbalizá-las de alguma forma mesmo que só com silêncio. No entanto, estou em perfeita sintonia com o seu conteúdo à semelhança do que acontece com o que li da Andorinha e da Menina da Lua.
Os restantes, perdoem-me a ignorancia ou estupidez, mas não percebi patavina. Parece que uns estão a falar de alhos e outros de bugalhos.

O silêncio é também um dom. E dos mais difíceis de oferecer e de praticar.

Ontem fui à Invicta!
Gostei muito. Deixei lá beijinhos e abraços a quem dela faz parte.

Deixo mais beijinhos e abraços aos restantes!

:-)

Canseiroso disse...

E que nunca faltem cores às palavras.

Cê_Tê ;) disse...

Vim só ;P deixar os votos de uma boa semana.

A moeda?,atirei-a ao ar para o chapéu de um pedinte cego, à saida do bar. Apanhou-a no ar e pôs o meu destino ao bolso. Desenlace que em nada me surpreendeu.
;)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

.
.
.

Deixa ficar comigo a madrugada,
para que a luz do Sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.

Arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
Crepite, em derredor, o mar de Agosto...
E o outro cheiro, o teu, à minha volta!

Depois, podes partir. Só te aconselho
que acendas, para tudo ser perfeito,
à cabeceira a luz do teu joelho,
entre os lençóis o lume do teu peito...

Podes partir. De nada mais preciso
para a minha ilusão do Paraíso.

.
David Mourão Ferreira, in «Infinito pessoal ou A Arte de Amar


*

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Cê-Tê

era um mendigo, não pedinte.
cego.
sim.

corroboro

(*)


Júlio
;)

*

Anónimo disse...

.
.

Ó. AMUS.

Ó. Mar

Ó. Constelação de céus na minha janela adiada

Ó. Praia

Ó. Lagoa de conchas perladas

Ó. Lua. mentirosa

Ó. Lua. Lua e Lua


(suspiro, pelo perpassar de uma andorinha pela minha janela)


agora, vai!
eu também.
adeus

*

lobices disse...

...ABREIJOS...

Ponto de Interrogação disse...

... e beijaços...

:-)

Anónimo disse...

tão parco o céu
tão sem abrigo
o meu olhar

uma sombra que seja
um sussurro

.
orfão
e mendigo
morri
morri de ti.



beijos

laous

*.*



*)

Unknown disse...

Mais um caso escabroso, no no Dia Mundial da Criança, com requintes de malvadez:
Criança de 6 anos arrancada da Escola para o pai biológico, pela PSP, sem sequer se despedir dos avós, com quem vivia há 4 anos, na Maia. A esta hora está na Irlanda com gente estranha, sem comunicar com os avós. Assim, sem mais.

Unknown disse...

“Ao fim são muito poucas as palavras que nos doem a sério e muito poucas as que conseguem alegrar a alma.”
Pensei: “Também as que dizemos!”

andorinha disse...

Boas mini-férias, malta:)

Anfitrite disse...

Será que foi de férias para a Irlanda?!
Pode ser que volte.

Mesmo num país em crise ainda há os felizardos que têm direito a férias, só com um dia feriado.

Sobreviveremos.....

fiury disse...

Um dia algum adulto passa-se e mata um juíz.

Anfitrite disse...

O povo é sereno! Ninguém mata juízes aqui. Não ouviu que mais 16 arguidos do ADourado foram todos declarados inocentes. Quem foi condenada foi a parte mais fraca: a CSalgado a 1 ano e meio de prisão. Qualquer dia temos mais uma jovem condenada. Querem-se dar bem na vida sem trabalhar e sem ter as armas dos outros acabam se lixando.
Eu vos garanto que não me importava nada de fazer justiça pelas pp mãos se algo de transcendente me acontecesse.
Na prisão tenho comida e cama de borla, televisão, livrinhos para ler tempo para meditar, banhinho quente, que mais pode uma pessoa desejar?
Eu no outro dia até chamei um polícia a atenção porque deixou estacionar um carro onde empatava tudo, e é proibido parar. Peguei na máquina, que anda sempre comigo, tirei umas fotos, com ele de costas a tirar a matrícula só para o inglês ver. Depois queria-me tirar a máquina. Era o que faltava. E acabamos amigos com ele a pedir-me para tirar fotografias a outras anormalidades, que niguém liga, como uma passadeira em cima dum lugar assinalado para descarga, e eu a dizer-lhe que o sinal de trânsito não era válido, porque não estava numerado nem identificado pela Câmara. Nem assim me safo.

?
Não se admire do comentário porque ainda lhe faltam muitos kms de estrada para fazer a ligação entre alhos e bugalhos(alguns já fazem parte da história) e é preciso ter alguns anos de história do Murcon para saber que aqui se fala de tudo. O patrão agora está um bocado preguiçoso, intimista e pessimista.

Anónimo disse...

Anfitrite,

Ontem fui á praia e não te encontrei, quando apareces, avisa...:)

Anfitrite disse...

pedro,

Andava às turras com o Poseídon. Se me disseres qual é a praia eu aviso. Desde que não seja fluvial....



Gente,

Alegrem-se porque hoje já mataram um juiz e um funcionário judicial na Bélgica.

Tenho pena é que alguém se impressione com uma criança tirada do ninho, mas ninguém comente as que morrem todos os dias, na Faixa de Gaza, com fome, por falta de medicamentos, sejam mortas e estropiadas, mas é muuuuuito looooonge...

Nós somos especiais, vamos para as manifestações, queixar-nos do nível de vida, com óculos de marca e outros com fio e libra de ouro ao pescoço. Nem o Dali tinha imaginação para tanto! Que ele me perdoe, porque isto é menosprezá-lo. Cá é apenas ignorância e falta de lucidez.

Anónimo disse...

Morreu Rosa Coutinho.
Deus me perdoe, mas este senhor nem devia ter nascido.

Anfitrite disse...

Yu,
Por onde tem andado?
Uma conservadora, crente em Deus, não devia falar assim. Há tanta gente que não deveria ter nascido. Angola não está melhor, salvo o seu presidente e família, do que quando ele lá esteve, e por já não haver guerra. É bem verdade que ele e uma grande manada como ele(lembram-se do capitão Duran Clemente?), depois só se aproveitaram da situação. É o que continuam a fazer até agora. Só que o tacho já não tem raspas.

Anónimo disse...

Olá Anfitrite.
Dediquei-me à politica e tenho andado em "campanha eleitoral" ;-P
Nem conservadora, nem crente em Deus (a menos quando me sinto "apertada" e aí digo: ai que Deus me acuda).
Esse senhor, desde pequena, me provoca arrepios de desconforto.