quarta-feira, março 23, 2011

Quando a poeira assentar...

... veremos:

1 - Que Sócrates disputará eleições no timing que mais lhe convinha e com a banda sonora preferida: lutei sozinho pelo País contra os que desejam o poder pelo poder, não apresentam alternativas e trazem o FMI no bolso.

2 - Que os planos de Passos Coelho, já que a maioria absoluta parece irrealista, passam por um Governo com o CDS e um PS "pós-socrático", encabeçado por António José Seguro ou Francisco Assis. De modo a que todos permaneçam amarrados às medidas adicionais "sugeridas" pela Senhora Merkel. Em nome do interesse nacional...

93 comentários:

andorinha disse...

Se só mudarem as moscas...:(

Ouvi alguns dos intervenientes dizerem cheios de satisfação que é hora de devolver o poder de decisão ao povo.

Tão preocupadinhos com o povo!
Definitivamente, perdi a paciência para aturar isto...

Cê_Tê ;) disse...

A biodiversidade potencia a evolução- venham outras moscas.

Não vejo muito futuro para o Sócrates- é que até no próprio partido já há muita gente farta dele. O falso apoio ao Manuel Alegre fui cuspir no prato...

Manuel Henrique Figueira disse...

Ontem, depois daquele deprimente espectáculo de teatro ali para os lados de S. Bento, em que os 5 actores (e meio - este meio refere-se a uma coisa que se chama Verdes) dialogaram entre si através de 5 monólogos (e meio), resolvi espreitar alguns blogues por onde às vezes passo fortuitamente, para ver como estava a «temperatura política» da chamada «sociedade civil» (expressão que não aprecio particularmente).
Que falta de nível nos comentários. Da banalidade à agressividade, do lugar comum ao insulto, um maniqueísmo vesgo e paroquial, de tudo isto lá podemos encontrar. Que decepção.
Afinal, o ambiente geral da «sociedade blogueira» não destoa do ambiente geral da «sociedade dos actores políticos». Isto anda tudo ligado.
O Murcon é para mim uma casa recente, mas sinto-me tão bem nela. Como é possível não ter descoberto há mais tempo esta tertúlia virtuosa, de pessoas educadas, afáveis, abertas, espirituosas, sensíveis. Dá prazer ripostar, sugerir, partilhar convosco ideias e gostos. E não será uma qualquer andorinha perdida que tornará a Primavera murcónica menos florida. Ou me engano muito ou vão ter que me aturar por muito tempo.
P. S. Não estou a referir-me à Andorinha com um A maiúsculo, como é evidente, embora ela por vezes assine também com um a minúsculo.

A propósito dos tempos que cá virão, aí vai:
«FMI – 1.ª parte»: José Mário Branco
http://www.youtube.com/watch?v=ZUJts90HIHc

«FMI – 2.ª parte»: José Mário Branco
http://www.youtube.com/watch?v=wj7LKI8rIUo

Boas músicas
M.H.F.

ana b. disse...

Prof:

Ontem de manhã ouvi um comentador da Antena 1 comparar Potugal a um comboio que segue sobre os carris.
Uns gritam para a direita, outros para virar à esquerda, num desnorte completo. Enquanto Portugal continua a sua marcha inexorável, rumo ao abismo. Confesso que ainda não vi melhor imagem que descreva tão bem a atual situação. Com grande triteza minha, tenho de admitir.


Manuel:

Também partilho da sua opinião. Se tiver tempo e paciência espreite o ultimo post de dezembro 2010, intitulado "Porque alguém pode não ler os comentários". Num dos meus ultimos comentários expressei essa mesma opinião.
Tal como já disse aqui, a propósito da violência nos estadios de futebol, a falta de educação e cortesia é transversal a muitas outras areas e situações. Infelizmente. A blogosfera, por permitir o anonimato, apenas permite e potencia a coragem dos cobardes.

Bartolomeu disse...

Noto, que o maralhal se esqueceu já, do ambiente em que Socrates ganhou as eleições pela primeira vez.
O mundo muda a uma velocidade alucinante, a auto-estrada em que essa mudança se opera, chama-se internet, ou seja; conecção em rede, que permite a chegada da informação e a sua discussão em tempo real, entre pontos diferentes, mesmo que distantes entre si.
Um tanto paradoxalmente, esta facilidade de comunicação, gera fossos entre as pessoas. O facto de ser possível comentar, concordar e discordar tão em cima do acontecimento, proporciona a inconsistência das opiniões e, origina que por vezes sejam formuladas erradamente, originando desta forma uma algazarra que impede as pessoas de se ouvirem.
O ambiente que ontem teve início, mesmo antes de o primeiro ministro ter anunciado a sua decisão de demissão do cargo, apesar de ter o aspecto de monólogos sucessivos, como refere muito bem o nosso amigo MHF, deu para perceber que os portugueses irão atravessar de novo um período de algazarra, um período de pregões e de prestidigitação politica.
É necessário restituir a voz ao povo - convergem os políticos discursantes.
Triste frase esta, pois atesta o espírito político generalizado, de que a voz do povo só deve ser reactivada, quando os políticos precisam de ser eleitos. Uma espécie de on/off. Mais ou menos como: pessoal, votem, digam quem acham que é o maior, o que em vossa opinião deve ocupar o poleiro, sacar á grande, dar a sacar aos amigos e camaradas de partido, ti maria, dê cá uma beijoca, sô manele então é o rêmático, né... deixe lá que seu for eleito a primeira coisa que faço é aprovar uma lei que proiba o reumático, votem em mim, votem em mim, tia anastácia... essa menina tão linda é sua neta? chegue-a cá para lhe dar umas beijocas nas bochechas... ó sô jornalista filme aqui, eu a dar uma beijoca á menina. Isto é o on. O off é o contrário disto, o distanciamento o passar nas artérias das cidades e nas auto-estradas em carros topo de gama, com batedores à frente e atrás, viajar de avião em classe VIP, alojar-se em hoteis de 6 estrelas... tudo à pala do esforço dos ingénuos, dos crentes que levantaram nos braços a menina rechonchuda, para que "sua magnificência" lhe osculasse as angelicais facies rosadas, que um dia, após anos de agruras e desânimos, se tornarão pálidas e enrugadas.
C'est la vie...

JoZé disse...

http://exiladonomundo.blogspot.com/2011/03/aproximadamente-catorze.html

brites disse...

Adoro o sócrates, seguro, entusiasmado,decidido,sem complexos.
Cavaco é o contrário e não aguenta gente forte.

E é vingativo,via complexo.
o que se passa é mau..
é mau para os desfavorecidos que nao escrevem, nºao t~em fortuna, nem sequer casa aconchegante...

AQUILES disse...

Andorinha
O povo, como é costume, não decide nada. Quando muito escolhe qual o bando que se vai saciar. E o Estado deixou de ser o receptor de impostos para passar a ser só o cobrador de impostos, o recolector, aquele que entrega depois os impostos ao receptor, no presente caso a finança nacional e internacional. Que crise é esta em que as empresas têm lucros desmedidos e há tanto enriquecimento desorbitante? Isto não é uma crise; é só um rapinanço onde "as aves de rapina" actuam em bando sobre os rebanhos.

AQUILES disse...

E o FMI chegará a seu tempo, com o agrado de muita gente, pois assim serão impostas medidas que TODOS querem, mas que não têm coragem política para o fazerem, e assim podem usufruir das medidas ficando o FMI com o oneroso da culpa e rceptor dos ódios para ele desviados. Os nossos políticos são brilhantes a pensarem nos seus interesses.

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

Nunca mais vai assentar. A poeira veio para ficar, não sei por quantos anos. Como eu já por diversas vezes afirmei, isto só vai lá com uma verdadeira requalificação partidária. Duvido é que ela se faça alguma vez. Não passaremos da cepa torta. Alguns de nós.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 24/03/2011

Caidê disse...

Irlanda, Grécia, Portugal - deuses menores. A economia dos Estados da Zona Euro já não passa de uma micro-economia, como se cada Estado já não fosse mais que uma célula de um tecido empresarial.E, para mais, o paradigma económico mudou radicalmente. Lá vai o tempo do pensamento económico à Adam Schmidt - produzir riqueza, criar necessidades, transformar dinheiro em capital, inovar. Havia, então, materialidade económica, mesmo quando já não se falava só em bens, se passara cada vez mais a falar de serviços. Mas agora o mercado é outro - é financeiro. Auf wieder sehen economia, Wie geht es ihnem finanças. No mundo da especulação financeira fala-se da capacidade de gerar moeda, de gerar credores e endividados. Fala-se de DEPENDÊNCIA, de uma certa TOXICO- DEPENDÊNCIA em que lobbies financeiros fazem uns Estados mergulhar na escravatura de outros Estados. Hoje os operários explorados dos primórdios da industrialização não são homens, nem mulheres, nem crianças são Estados em peso. Já não precisamos de reivindicar a ajuda dos Cruzados para fazer do Condado um Reino com território soberano e fronteiras nacionais, só precisamos é de inventar a cura para a doença da especulação financeira. Teremos de mudar de paradigma e de escolher se vamos devagarinho, pela via reformista ou se aceleramos e vamos pela via revolucionária. Se não queremos virar-nos de cabeça para baixo, então temos de introduzir a par com estes sufocantes mecanismos macro-financeiros alguns ajustes de discriminações positivas - como podemos ser quase iguais se uns são tão mais iguais que outros? Falo da Zona Euro e da diversidade de capacidades de integração nestes mecanismos por parte dos diversos Estados. Faltam-nos bons políticos, bons economistas e bons financeiros e temos políticos muito maus, isso nos deixa indefesos para pressionar no sentido da renovação do paradigma.

A poeira vai assentar? E há sinal disso? Diz-me a minha meteorologia que nos espera um fogo cruzado de ventos - do norte vs suão, das estepes continentais, frios polares, dos USA e das Ásias.

Quando deixaremos de estar subterrados?

AQUILES disse...

Caidê
Yeeees
Todavia só queria dizer que não faltam bons economistas. Eles existem. Só que ... Temos mesmo maus políticos. Todos eles. Mas deviamos começar a questionar porque é que os portugueses insistem em os aturar. Porquê?

Caidê disse...

Aquiles
Somos paupérrimos - só temos duas camisas: a do PS e a do PSD. Também só temos uma classe média e média-baixa que quando se agarra ao poder político é para ...
Não haver uma maneira de desfragmentar o bloco central e cada um desses partidos como fazemos com o disco do CPU!

Anónimo disse...

Fica bem, Andorinha.

ana b. disse...

Caidê e Aquiles
Eu estou com a Andorinha: perdi a paciência para esta gente.
Vejo-me de novo perante o dilema de escolher o menos mau...Com a certeza porém que nada vai mudar substancialmente.
Como dizia o Principe de Salinas no Leopardo: É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma. Parece-me que é o que vai acontecer!

Brites:

Porreiro, pá!
Realmente o Socrates pode ser acusado de muita coisa, mas de falta de entusiasmo, jamais!:)))
Só espero que, quando confrontado com o nosso rumo em direção ao abismo, ele não desate a gritar: P´ra frente Portugal!:)))

Caidê disse...

Ana b.
Ele não fez outra coisa todo este tempo! Tornar-se-ia repetitivo! E o PS está a ficar obsoleto: já dizem que estarão com o seu futuro Secretário. Porra!(Sorry, meninos!) O mesmo? Já há divórcio em Portugal.
E Prof. Francisco Assis - um passo para o futuro ou um regresso ao passado. E esse também traz corda à cinta ou já a traz ao pescoço. E os nós? Obediência à senhora MerKel? E mais?...:-))))?

Manuel Henrique Figueira disse...

O Prof. Allen Gomes, médico psiquiatra e fundador da Sociedade Portuguesa de Sexologia, deu uma entrevista à revista Única este fim-de-semana. Retive esta frase: «Na intimidade sexual não se entra sem delicadeza.»

A «música que nos têm dado» nos últimos tempos é atonal, em vez de adormecermos com ela, tira-nos o sono.

Experimentem ouvir estas à noitinha, e dormirão em paz.

«Manu»: Nancy Vieira – CD ???
http://www.youtube.com/watch?v=Vm-enJm4sIA

«Ouverture Nawa Athar»: L'Ensemble Aromates – CD Jardin De Myrtes – Mélodies andalouses du Moyen-Orient
http://www.youtube.com/watch?v=KYYejE6knjA

Boas músicas e bons sonhos.
M.H.F.

Nuno Guimas disse...

Caro Professor...

Touché!

Anfitrite disse...

Eu nunca vi uma maior perseguição "ad hominen". Não às políticas que,
apesar dos erros, teve de ir alterando, porque as circunstâncias também mudavam a uma velocidade alucinante.

Nunca vi um homem ser tão enxovalhado só porque tentou acabar com alguns previlégios das Corporações.
POrque não conseguiu, porque a comunicação social também ajudou os poderosos(basta lembrar a perseguição infernal de Mário Crespo, desde o princípio, só pq tentou acabar com a Cx. De Previdência dos Jornalistas, das últimas q restavam, e q dá previlégios escandalosos), teve de atacar os mAIS FRACOS, E DE EFEITOS MAIS RÁPIDOS, Pq assim não podemos continuar a viver.

No tempo do Botas publicavam-se normas assim, para evitar a corrupção:

RETRATOS DA PJ 1962
EXTRACTO DO ARTIGO 1º. DA O. S. Nº. 27 DE MARÇO DE 1962

Artº. 1º. -DETERMINAÇÃO. Os funcionários subalternos
da Polícia Judiciária, com o seu vencimento estabelecido den-
tro dos quadros do funciolanismo público, não podem aspirar
a um nível económico que vá normalmente para além da satisfa-
ção das necessidades vitais quotidianas. Deste modo, não ga-
nham em regra o bastante para aquisição por compra ou troca,
e manuntençao de uma viatura automóvel. O facto dessa aquisição
pode dar lugar a suspeitas e especulações no espirito público
dirigidas contra o aprumo e dignidade que o funcionário deseja
briosamente defender. Por isso, determino, ouvido o Conselho
de Polícia, e na defesa do bom nome e reputação do funcionário
e, reflexamente, do prestígio da Corporação, que a aquisição
de automóveis por parte de qualquer daqueles funcionários, fei
ta em seu nome, no de seu cônjuge ou outra qualquer pessoa,
fique sujeita à sua prévia comunicação ao Director, com indi-
cação das fontes de vencimentos que lhe permitam a aquisição
e manutenção do veículo.


Hoje o PPC já disse isto para sacudir a água do capote:

http://aeiou.expresso.pt/passos-so-o-governo-sabe-se-portugal-precisa-do-fundo-de-resgate=f639708

Mas este povo tem o que merece. Portugal é que merecia mais.

ESTAMOS FRITOS!

Aquiles,

Há quem diga que temos um bom economista. Que também não é mau político.Só que é vil e mesquinho. Sempre fez o que quis para levar a água ao seu moinho.


Bartolo,

Mordomias políticas sempre as houve. Só que agora têm aumentado em quantidade e qualidade, como as nossas têm aumentado em quantidade.
Mesmo no tempo da miséria compraram um Rolls Royce para receber a Raínha de Inglaterra.

Manuel,

Parabéns pela brilhante análise. Apesar de recente no recanto conseguiu aperceber-se de todos os pormenores.
Ainda dizem que não se consegue conhecer uma pessoa virtualmente. Acho que é onde se conhece melhor. Seja ela marreca ou coxa, isso não importa.
Exprime os seus sentires.

Apesar dos reveses da fortuna, aqui vai outra vez uma canção de que gosto muito, desta vez por uma dupla de peso, tendo eu tido o previlégio de ver e ouvir a mais leve aqui no Dramático de Cascais. Que saudades!

http://www.youtube.com/watch?v=wze9r6JvXEY&feature=player_embedded#at=123

Professor,

Desculpe que lhe diga, mas considero que é muito melhor analista de futebol do que de política. Talvez seja por eu não perceber nada de futebol:). ☺

Manuel Henrique Figueira disse...

Anfi:

Antes de tudo, não precisava de ter sido tão cruel para com o nosso Prof., olhe que ele percebe mesmo de futebol.

Muito obrigado pelo elogio, um bocado excessivo, acho eu.

Muito obrigado pela «minhas mulheres» que você me trouxe hoje ao convívio musical.

Eu tenho sempre cromos para a troca, aí vai, no mesmo comprimento de onda:

«La Pulpera de Santa Lucia»: Soledad Bravo – CD Paloma Negra
http://www.youtube.com/watch?v=n9QKw80G6aY

«Procuro Olvidarte»: Tania Libertad – CD ??
http://www.youtube.com/watch?v=lipasz6IFNU

Boas músicas
M.H.F.

Anfitrite disse...

Para a Ana e para quem quiser saber, e que pode estranhar as minhas posições para com o professor, informo que não faço sob anonimato. Eu envie-lhe a minha identificação e o meu mail pessoal.
Nunca escrevi nada que não o possa dizer pessoalmente, seja a quem for. Só que alguns nem me merecem essa consideração, como é o caso do representante máximo do país, que este povo desgraçado escolheu.
Também informo que tomo as minhas posições sem estar sujeita a qualquer amarra partidária,(nunca aceitei benesses,nem quis prisões) mas apenas pela análise que faço, com os elementos que tenho. E podem continuar a dizer mal porque não é por isso que as coisas melhoram. Tenho pena que não haja punição para os oportunistas, aldrabões, bajuladores, cínicos, etc. para os outros já há, mas não é aplicada, porque a justiça neste momento é a que mais nojo me mete.

andorinha disse...

Bart (8.48)

Assino por baixo!


Aquiles,

Assino por baixo, também:)
Estou totalmente de acordo com os dois.


Pedro (9.29)

Tem alguma piada entrares aqui com o nick "andorinha"?
Há cada um....:(

Anfitrite disse...

MHF,

Eu faço parte da coligação negativa. Como toda a gente elogia
alguém tem de bater, para a poeira(vaidade) assentar. Como achei o elogio demasiado, tive de acrescentar mais um parágrafo.:)

Olhe que o Chico Allen Gomes é um amigo de peito do professor.

Tome lá mais uma doce senhora

http://www.youtube.com/watch?v=Y6HWZ_wa_l4



Pedro,

Só você para entender a diferença entre maiúscula e minúscula.

Anfitrite disse...

Ana,
Cuidado que o slogan "Prà frente Portugal" tem direitos de autor. Era a frase da campanha do prof. Freitas do Amaral. Tem piada que nessa altura, ainda se dicutia que o acento estava errado nos cartazes, porque estava para a direita mas devia ser para a esquerda. Isto nos tempos em que ainda nos preocupávamos com a língua portuguesa. Agora já cedemos tudo o que havia a ceder. Até já nos esquecemos, ou perdeu a importância o étimo da palavra. Até me dá náuseas os media terem começado já a utilizar o acordo, quando a isso ainda não estavam obrigados. Os brasileiros estão-se nas tintas e ainda usam o trema, que já estava em desuso. No entanto é o único sinal diacrítico que eu acho apelativo porque dá um certo valor à vogal, e de que nós nunca deveríamos ter abdicado em 1945.

ana b. disse...

Anfi:

Entendo o anonimato na net, não como meio de ataque, mas como forma de proteção.É impossivel selecionar as pessoas que nos leem. E os meus nucleos paranoicos receiam a perseguição de algum tarado:)). Não me refiro a tarado sexual porque neste campo já estou bem servida com o nosso querido Bart:)))

Bart:

Não me diga que o seu priapismo teve consequências dráticas. Eu bem que o avisei que a situação não era pera doce...
Nem se acanhe homem!:)))
É claro que a simples imagem daquela situação pode enjoar e chatear algumas pessoas. Mas o mesmo já tinha acontecido com as palestras sobre disfunção eretil do Prof. Curioso como estas temáticas podem enjoar alguns estômagos mais sensiveis...

Manuel:

Do excelente CD LisGoa do Chainho:

http://www.youtube.com/watch?v=S-wmwRZXfaI

http://www.youtube.com/watch?v=98dXu-mWGLg

Espero que goste.

ana b. disse...

Anfi:

A lingua não é imutável, como sabe. Não sei do assunto o bastante para ajuizar da pertinência e adequação do novo acordo ortografico. Mas como tenho uma filha no 2º ano (antiga 2ª classe) e que está a aprender a lingua, sinto-me na obrigação de me manter atualizada.
De qualquer maneira, penso que o teria adotado. Convivo bem com as mudanças.Embora ainda me cause estranheza certas palavras.

Anfitrite disse...

Ó ana,

Sei que tem de rentabilizar o seu tempo e às vezes não se apercebe do espírito das palavras.
Quando falei no anonimato foi só para dizer que não me sirvo dele para dizer o que quero.
Quanto à língua também foi para brincar consigo por causa do "prà frente Portugal". Compreendo perfeitamente que tenha de acompanhar a sua filha embora isso ainda não vigore em todas as escolas, mas vigorará. De qualquer modo, considero que, apesar da língua não ser imutável, se deveria sempre respeitar a origem das palavras. E, no campo das cedências, somos sempre nós, os pais da língua, aqueles que abdicamos de tudo. Tudo isto porque nunca tivemos uma Academia de Letras que zelasse pela língua, como tem o Brasil, a França e muitos outros, que não permitem neologismos, sem primeiro terem sido adoptados. Nós, quando vergonhosamente resolvemos fazer uma adaptação vamos contra todos os princípios, como por exemplo, quando saíu o último dicionário termos lá metido, palavras como "stresse", com três consoantes seguidas no início. Ao menos o Brasil adoptou estresse. A origem principal da nossa língua é o latim, apesar de muitas outras influências, enquanto os ingleses têm como origem principal o germânico. Eu estou dizer isto mas não percebo nada de linguística. Mas o que eu preferia mesmo falar era grego arcaico.
Ao menos agora a vida nos foi facilitada, porque se acabaram as maiúsculas para tudo que é cargo, e por aí fora.

Não me venham dizer que existe uma academia de ciências porque eu sei. Só que não tem feito o seu trabalho.

E como sou arcaica aqui vai uma jóia do passado:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=X6oHxq77_MI#at=24

Bartolomeu disse...

Ana, o priapismo, usado conveniente e adequadamente, pode ser de grande utilidade para o seu "portador". Dou-lhe o exemplo de um amigo que é cirurgião e que, antes de iniciar o acto cirúrgico, após a estirilização, não precisa usar as mãos, para abrir as portas.
No meu caso, que sou sem-abrigo, o priapismo, ajuda-me a manter a parte de cima da caixa de cartão, levantada... desde que durma de barriga para o ar.
É certo que também terá alguns inconvenientes. Estou a recordar-me de um amigo que praticava natação e "sofria" de priapismo, um dia resolveu entrar numa competição no rio Tejo. Ao passar sob a ponte 25 de Abril, nadando de costas, percebeu que esbarrava no tabuleiro. Decidiu então mudar o estilo para crawl, mas ficou "ancorado" no fundo. Como não dominava o estilo de "ladecos" viu-se obrigado a desistir das competições de rio, optando somente pelas de alto mar.
E tal... e assim...
;)

Princesa Isabel disse...

Sócrates é um "animal de palco" do ponto de vista político nacional e, presentemente, não tem nenhum outro que se lhe assemelhe ou lhe consiga fazer frente, pelo menos no meio dos restantes actores, sejam eles da oposição ou mesmo do próprio PS.
Ninguém como ele sabe escapar em clima de confusão generalizada e reaparecer numa bela "rentrée", tal qual Fenix renascida das cinzas...
Pessoalmente penso que vamos gastar uma pipa de massa em Eleições antecipadas para o reencontrar dentro de pouco tempo. Isso só não acontecerá se o PSD e o CDS se coligarem mas com Fadas madrinhas destas, vamos pelo mesmo caminho, ou pior.
A ver vamos as desculpas que se vão inventar a seguir e os passes de mágica para mostrarem quantos coelhos saiem da cartola, eheheh...
Namasté!

Fora-de-Lei disse...

A aflição dos actuais governantes em manter o poder é de tal ordem que me faz lembrar aquilo que o "pobre" Vale Azevedo deve ter sentido quando perdeu as eleições no Glorioso. Devem estar todos à brocha com medo que se venham a descobrir buracos e mais buracos e/ou com receio de perder a influência que têm nos meios judiciais. Cambada...

Um dia destes ainda fazem como fez o sinistro Paulo Portas, sobre o qual se diz ter passado uma noite inteira a fotocopiar e a retirar documentos do seu ministério. A porca miséria chegou ao ponto do artista da CML, qual lambe-botas de serviço, ter tido a lata de dizer - para quem o quis ouvir - que o Ministro das Finanças tinha feito a pior declaração que já alguma vez alguém proferiu quando se limitou a dizer a verdade sobre o congelamento por três anos das pensões de miséria. Cambada...

Julgo que se tivéssemos na Islândia, as nefastas consequências para o povo do simples facto de se ter nacionalizado o osso (BPN) deixando a carninha (SLN) para os tubarões do costume, seria uma razão mais do que suficiente para o Sócrates e o Ministro das Finanças irem de cana. Mas, infelizmente, estamos num país onde a Justiça só funciona contra os desgraçados e onde existe um algarvéu, designado por PR, que - mal ganhou as eleições - tratou logo de arranjar maneira para que o povo seja ainda mais fodido. Cambada...

ana b. disse...

Princesa:

Concordo consigo. Eu sempre disse que o Socrates tem sete vidas, como os gatos:))

FDL:

...a pior declaração do hemisfério norte, saliente-se. Achei esta particularidade elucidativa:)

Bart:

Nunca me tinham ocorrido estas utilidades, é certo!
Relembro-lhe que os cirurgiões após a desinfeção jamais usam as mãos para abrir a porta. Usam o cotovelo, o pé, frequentemente o rabo. Receio contudo, que após saberem desta nova modalidade, se prontifiquem a testá-la. Ou não os conhecesse eu tão bem...:)))
No seu caso´, sugiro-lhe apenas que arranje um mecanismo que o impeça de se virar de barriga para baixo, não vá dar-se o caso de se partir. Então é que a desgraça é completa.

Anónimo disse...

Tenho uma forma de satelite ou poeira cosmica por cima da minha cabeca.

Bartolomeu disse...

Garanto-lhe que não parte, Ana!
Ha de partir... um dia... para o descanço eterno, mas até lá, mantenho a fé e a confiança inabaláveis!

Bartolomeu disse...

Será caspa, Andorinha?!

ana b. disse...

Já viram o meu perfil atualizado?
Digam lá se a fotografia não está catita:)))

Anfitrite disse...

FDL,

É tão fácil criticar sobretudo a quem nunca quis participar num governo(a não ser num provisório). Assim ninguém lhes pode assacar culpas e pode continuar a fazer exigências, mesmo que impossíveis ou pouco lúcidas. Não seja faccioso. O António Costa não precisa do governo para nada. O problema é que pelas vossas bandas, ninguém pode divergir de opinião, se não é logo proscrito, expulso e atacado como o FDL tem feito ao prof. Vital Moreira e a muitos outros, só porque ousaram pensar pela sua cabeça.

andorinha disse...

Bart,

"Será caspa, Andorinha?!"

Looooooooooool Minha não é, não sofro desse mal.
Só se for do Pedro que resolveu agora travestir-se de andorinha.
Mas pronto, devemos deixar as crianças divertirem-se...:)

andorinha disse...

Só de pensar que agora vêm aí semanas de ruído eleitoral apetecia-me fugir:)))))

Anos e anos de "vira o disco e toca o mesmo" já não se aguenta...

ana b. disse...

Andorinha:

Leve-me consigo!:)))))

andorinha disse...

Ana,

Está bem. Se eu decidir mesmo fazê-lo depois combinamos.:)))

Anfitrite disse...

Ana,
Só falta agora sentar-se na cadeira, e exercer as funções já que tem bagagem e gosto para isso.

Quanto a fugir não se esqueça que estamos num mundo globalizado, e para onde quer que vá, anda quase tudo pelo na mesma, se não pior.
Há muito sítio onde não há sequer á gua para beber.

Anónimo disse...

7 Soluções para a crise!!

1) Alteração da constituição. Nomeação de Carvalho da Silva como Presidente com total soberania, denominado por “El Presidente”. Aumento dos salários, subsídios e pensões.
2) Acolhimento massivo de imigrantes, pois a imigração cria procura de bens e serviços, produzidos pela população hóspede, com impacto positivo no emprego. Paralelamente, reforço da receita fiscal do Estado com os descontos dos imigrantes.
3) Incentivo ao casamento gay, pois como é sabido os gays têm poder de compra, e portanto quantos mais gays, mais poder de compra.
4) Recorrer à ajuda dos Psicólogos, pois com ajuda psicológica as pessoas toleram muito melhor uma redução dos seus rendimentos, além de se resolver o problema do emprego para os psicólogos.
5) Indemnização paga pela União Europeia ao povo português, por tido sido vítima de abusos de Predadores políticos, que serão enviados directamente para Guantanamo, sem fazerem escala nos Açores.
6) Venda de 40% dos lugares da assembleia da república aos mercados financeiros, ou mesmo mais do que 50% em caso de necessidade especial, desde que seja garantida uma “golden chair” aos deputados portugueses, que permite votação a dobrar em certas circunstâncias especiais e não muito bem definidas.
7) Criação de um governo 100% feminino, pois as mulheres são mais pragmáticas, dominam nas universidades, e as melhores empresas avaliam-se pelo número de colaboradores do sexo feminino que têm nos seus quadros.

Chinezzinha disse...

solução...só mais à esquerda.uma esquerda totalmente unida!
o resto é tudo igual.não temos visto isso todos estes longos e longos anos?
:)
beijo

ana b. disse...

Anfi:

Mas há uns mais à mesma que outros:)
Adoro a minha cadeira de realizador. Estava indecisa entre esta foto e outra com um um Oscar. Ganhou a cadeira. Acho-a mais estilosa:)

Manuel Henrique Figueira disse...

Ana b.

Uns comentários atrás dizia que tinha uma filha no 2.º ano de escolaridade, talvez tenha 7/8 anos.

Permita-me que lhe sugira uma coisa, se ainda não conhecer:

«Canta o Galo Gordo», é um projecto que inclui um Livro e um CD (histórias/poesias e músicas).
Há na FNAC, no sector dos livros, custa 13 euros.

Ela irá adorar, de certeza. Já o ofereci a uns quatro ou 5 amigos com criancinhas dessas idades, e adoraram-no.
M.H.F.

ana b. disse...

Manuel:

Obrigada pela sugestão. Fui espreitar na net e pareceu-me muito interessante.
Espreite o meu perfil: também já tenho um clip de audio!

Manuel Henrique Figueira disse...

Na sequência dos últimos comentários, vejam a intervenção de Marinho Pinto na abertura do ano judicial.

As verdades doem, e mesmo que se seja por vezes inconveniente, outras um pouco contraditório (lembremo-nos da sua posição nos casos Casa Pia e Freeport), é preciso que nos deixemos de rodriguinhos e sejamos capazes de chamar os bois pelos nomes.

A frouxidão das palmas no final é um bom sintoma de que tocou no fundo de muita gente ali presente.

http://www.youtube.com/watch?v=pb8sZR-bI6o

Manuel Henrique Figueira disse...

E agora o saque externo.

Colapso Económico, Fome e Miséria Programados e Iminentes.

http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY

Bartolomeu disse...

Manuel, Marinho Pinto falou deles, para eles e ainda o aplaudiram... acabou-se a vergonha e o dinheiro.

Caidê disse...

Manuel
Muito bons vídeos!
Desculpa, já os passei a seguir.

Teófilo M. disse...

Não tenho muita fé que o que aponta no seu nº 2. vá acontecer.

Nem sequer iremos ter mais do mesmo, vai ser um bocadinho pior só para satisfazer o provérbio:

- Atrás de mim virá...

Anónimo disse...

Xelim e o oitavo qual seria?

Manuel Henrique Figueira disse...

Mudando de assunto, mas não muito:

Texto da contracapa de «Do Espírito das Leis», de Montesquieu, Edições 70:

«Depois da criação do sol, esta obra é, na minha opinião, a que poderá mais iluminar o mundo». Foi com estas palavras que um contemporâneo de Montesquieu saudou a publicação de Do Espírito das Leis. Exageros à parte, de resto próprios do chamado «Iluminismo» que a viu nascer, Do Espírito das Leis é a obra mais abrangente e variada da história da filosofia política europeia. Em nenhuma outra obra do cânone filosófico é possível encontrar uma reflexão articulada tão exaustiva sobre todos os grandes assuntos das ciências humanas: a religião e os costumes, a história e a guerra, a geografia e o clima, a economia e a fiscalidade, a demografia e a identidade nacional, a liberdade e o direito, a grandeza e a decadência, a educação e a família, e, claro, a política. Nenhuma outra obra conseguiu absorver com tanta subtileza a diversidade irredutível do mundo humano. Nenhuma outra obra até então se atrevera a considerar a condição feminina como questão política, económica e social de primeira ordem. Pode até dizer-se que Do Espírito das Leis é a primeira grande obra política que apresenta e analisa em detalhe o fenómeno hoje conhecido por «globalização».
Do Espírito das Leis é o resultado de vinte anos de meditação. É o produto de uma ciência humana que Montesquieu pretendia que fosse genuinamente integral, isto é, que falasse do homem, da sua natureza e da sua experiência, sem omissões nem reduções.

Boas leituras.
M.H.F.

Anónimo disse...

Xelim, murcon so depois das refeiñoes. manda foto e fazemos o cartaz.

Anónimo disse...

vou seguir o vossos concelhos.

Anónimo disse...

Partilho o ideal: deveremos evitar ver a politica como uma partida de futebol. Todos os votos precisam-se. Mas acho que vamos no bom caminho.

ana b. disse...

Manuel:

Só agora vi os seus videos.
Excelente retrato do nosso país feito pelo Marinho Pinto.
Só tenho pena que não tivessem filmado simultaneamente os rostos da assistência. Acredito que se teriam visto muitos semblantes crispados e alguns sorrisos amarelos...

João Gil disse...

De acordo!
Um Abraço Júlio
jg

Anfitrite disse...

Em especial para a ana, para recordar o tempo em que as mulheres eram lindas, inteiras e não precisavam de remendos.

http://www.time.com/time/video/player/0,32068,850438078001_2061096,00.html

ana b. disse...

Anfi:
...assim, como nós!:)))
Presunção e agua benta...:)))
Não consegui abrir o video: diz já não estar disponivel. Ou será azelhice minha...

Anfitrite disse...

Ana,

O endereço do vídeo é muito extenso. Tem de maximizar a caixa dos comentários para ver tudo. Eu experimento sempre antes de enviar um vídeo. À 1ª não deu. ìa pôr de novo, e depois descobri que tinha de fazer isto. Não costuma ser assim, mas eles lá sabem porquê.
Boa noite.
Este é para relaxar.
http://www.youtube.com/watch?v=VkAuYHjcqtw&feature=player_embedded#at=32

Bartolomeu disse...

Ou então, Ana, desces na caixa de comentário até ao canto inferior direito, clicas na seta ao lado da percentagem e seleccionas 75% ou 50% e já tens o endereço por inteiro à tua disposição.

ana b. disse...

Anfi:
Magnífica Elizabeth Taylor! Linda, inteligente, generosa e talentosissima!
Faz parte da minha vida. E da minha paixão pelo cinema.
Bem me parecia que era azelhice minha... Eu, que já me julgava um génio da informática, terei que me resignar novamente:)))

Bart:

Obrigada pela dica.
Conciso mas muito eficaz:)
Dei logo com a coisa!

brites disse...

Com um presidente tão imprestável, podiam ser um pouco mais democráticos e justos,dividindo os insultos,conforme e proporcionalmente aos erros cometidos...

Manuel Henrique Figueira disse...

Anfi:

Obrigado pelo Laginha, não desmerece o original, com a vantagem da doçura do piano relativamente à guitarra.

Mas continua a ser bom ouvir o original,
«Porto Santo»: Carlos Paredes
http://www.youtube.com/watch?v=Y4UWHrsmcOM

tal como regressar aos Os Verdes Anos (transformado em ícone do novo cinema português pela mão do Paulo Rocha),
«Verdes Anos»: Carlos Paredes
http://www.youtube.com/watch?v=W2X_7Gi5krs

Boas músicas
M.H.F.

Anfitrite disse...

Manuel,

Obrigada por me ter avivado a memória.
Acho que não há ninguém que não consiga vibrar como a cordas da guitarra nas mãos de Carlos Paredes.

Há pessoas par quem foi injusto terem nascido em Portugal, ou então deviam ter nascido mais tarde. Este homem teve de trabalhar a vida inteira, como arquivista, para se poder alimentar.
Outro que viveu praticamente na miséria, num quarto alugado.

Aqui vai o meu tributo:

http://www.youtube.com/watch?v=_u6tO1GvGmo

A ana deve gostar porque a letra é das suas bandas.

Como vi uma dedicada à minha mãe, também não podia deixar de a colocar aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=aFLu_SttlBU&feature=related

ana b. disse...

Anfi:

É claro que gosto! Recorda-me a minha terra. Ao piano estava a Ministra da Cultura, ou melhor, a ex.

Manuel e Anfi:

Do fantastico CD "Mongrel" do Laginha, com musicas de Chopin. Adoro este Cd. É super relaxante.

http://www.youtube.com/watch?v=hjtbp0I6SNI

Para quem tem filhos pequenos ou netos ou sobrinhos ou..: Gostei imenso do filme "Gnomeu e Julieta". Baseado no clássico de Shakespeare, as personegens são bonecos de jardim. A mesma rivalidade entre familias mas com um desfecho lindo. A música é toda do Elton John, algumas originais, mas a maioria são clássicos. Muitissimo engraçado!

andorinha disse...

O meu dever é falar, para não ser tomado por cúmplice!

Santana Castilho *

“Que patifes, as pessoas honestas” é uma citação atribuída ao escritor
francês Émile Zola, que me revisita sempre que vejo os políticos
justificarem com o manto diáfano da legalidade comportamentos que a
ética e a moral rejeitam. E é ainda Zola que volta quando a
incoerência desperta o meu desejo de falar, para não ser tomado por
cúmplice.

Foi duplamente incoerente o apelo ao respeito e à valorização dos
professores que Cavaco Silva fez há dias em Paredes de Coura.
Incoerente quando confrontado com o passado recente e incoerente face
ao que tem acontecido no decurso da própria campanha eleitoral. Em
2008 e 2009, os professores foram continuamente vexados sem que o
Presidente da República usasse a decantada magistratura de influência
para temperar o destempero. E foi directa e repetidas vezes solicitado
a fazê-lo. Por omissão e acção suportou e promoveu políticas que
desvalorizaram e desrespeitaram como nunca os professores e promulgou
sem titubear legislação injusta e perniciosa para a educação dos
jovens portugueses. Alguma ridícula e imprópria de um país civilizado,
como aqui denunciei em artigo de 11.9.06. Já em plena campanha, Cavaco
Silva disse num dia que jamais o viram ou veriam intrometer-se no que
só ao Governo competia para, dias volvidos, aí intervir, com uma
contundência surpreendente, a propósito dos cortes impostos ao ensino
privado. Mas voltou a esconder-se atrás do silêncio conivente, agora
que é a escola pública o alvo de acometidas sem critério e os
professores voltam a ser tratados, aos milhares, como simples trastes
descartáveis.

Imaginemos que o modelo surreal para avaliar professores se estendia a
outras profissões da esfera pública. Que diria Cavaco Silva? Teríamos,
por exemplo, juízes relatores a assistirem a três julgamentos por ano
de juízes não relatores, com verificação de todos os passos
processuais conducentes à sentença e análise detalhada do acórdão que
a suportou. Teríamos médicos relatores a assistirem a três consultas
por ano dos médicos de família não relatores; a verificarem todos os
diagnósticos, todas as estratégias terapêuticas e todas as prescrições
feitas a todos os doentes. Imaginemos que os juízes teriam que
estabelecer, ano após ano, objectivos, tipo: número de arguidos a
julgar, percentagem a condenar e contingente a inocentar. O mesmo para
os médicos: doentes a ver, a declarar não doentes, a tratar
directamente ou a enviar para outras especialidades, devidamente
seriadas e previstas antes do decurso das observações clínicas.
Imaginemos que o retorno ao crime por parte dos criminosos já julgados
penalizaria os juízes; que a morte dos pacientes penalizaria os
médicos, mesmo que a doença não tivesse cura. Imaginemos, ainda, que o
modelo se mantinha o mesmo para os juízes dos tribunais cíveis,
criminais, fiscais ou de família e indistinto para os
otorrinolaringologistas, neurologistas ou ortopedistas. Imaginemos,
agora, que um psiquiatra podia ser o relator e observador para fins
classificativos do estomatologista ou do cirurgião cardíaco.
Imaginemos, por fim, que os prémios prometidos para os melhores assim
encontrados estavam suspensos por falta de meios e as progressões nas
respectivas carreiras congeladas. Imaginemos que toda esta loucura
kafkiana deixava milhares de doentes por curar (missão dos médicos) e
muitos cidadãos por julgar (missão dos juízes). A sociedade
revoltava-se e os profissionais não cumpririam. Mas este modelo,
aplicado aos professores, está a deixá-los sem tempo para ensinar os
alunos (missão dos professores), com a complacência de parte da
sociedade e o aplauso de outra parte. E os professores cumprem. E
Cavaco Silva sempre calou.

andorinha disse...

Ultrapassámos os limites do tolerável e do suportável. Ontem, o estudo
acompanhado e a área-projecto eram indispensáveis e causa de sucesso.
Hoje acabaram. Ontem, exigiram-se às escolas planos de acção. Hoje
ordenam que os atirem ao lixo. Ontem Sócrates elogiou os directores.
Hoje reduz-lhe o salário e esfrangalha-lhes as equipas e os propósitos
com que se candidataram e foram eleitos. Ontem puseram dois
professores nas aulas de EVT em nome da segurança e da pedagogia
activa. Hoje dizem que tais conceitos são impróprios. Ontem
sacralizava-se a escola a tempo inteiro. Hoje assinam o óbito do
desporto escolar e exterminam as actividades extracurriculares. Ontem
criaram a Parque Escolar para banquetear clientelas e desorçamentar 3
mil milhões de euros de dívidas. Hoje deixaram as escolas sem dinheiro
para manter o luxo pacóvio das construções ou sequer pagar as rendas
aos novos senhores feudais. Ontem pagaram a formação de milhares de
professores. Hoje despedem-nos sem critério, igualmente aos milhares.

Os portugueses politicamente mais esclarecidos poderão divergir na
especialidade, mas certamente acordarão na generalidade: os 36 anos da
escola democrática são marcados pela permanente instabilidade e pelo
infeliz desconcerto político sobre o que é verdadeiramente importante
num sistema de ensino. Durante estes 36 anos vivemos em constante
cortejo de reformas e mudanças, ao sabor dos improvisos de dezenas de
ministros, quando deveríamos ter sido capazes de estabelecer um pacto
mínimo nacional de entendimento acerca do que é estruturante e
incontornável para formar cidadãos livres. Sobre tudo isto, o silêncio
de Cavaco Silva é preocupante e obviamente cúmplice.



* Professor do ensino superior. s.castilho@netcabo.pt



In "Público" de 19.1.11

andorinha disse...

Desde já peço desculpas pela extensão do artigo, mas achei oportuno colocá-lo aqui.

Sobretudo depois de ver e ouvir o nosso grande opinion maker, MST, destilar mais uma vez o seu ódio contra os professores a propósito da possível revogação da "avaliação" em curso.

Quem não sabe do que fala, devia estar calado, ou tentar documentar-se para não dizer um chorrilho de asneiras.
Para ele tudo se resume a: os professores não querem ser avaliados, ponto.
É preciso ser-se muito preconceituoso para fazer tal afirmação.
E atenção que estou a medir as palavras por estar onde estou:)

P.S. Mudei de visual, já estava farta daquela ave...

AQUILES disse...

"Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga;" (Provérbios 28.1) E na abertura do filme O Indomável. Isto só me lembra a promiscuidade entre a política e a economia, com a consequente impunidade.
E, também, para corroborar as preocupações sobre a justiça que por aqui se vão referindo, como o fez atrás a Anfitrite, entre outros.

AQUILES disse...

Andorinha
Parabéns pelo novo visual. Belo Look, nem te reconheceria aí à beira do Douro.

ana b. disse...

Andorinha:

Gosto do seu novo visual. O outro era demasiado certinho:))
Não estou muito por dentro deste processo. Mas quando extrapola para outras profissões fica , realmente, um pouco estranho.
Se bem que me alicia a eventualidade de ser relatora e observadora das consultas do Prof:))))

AQUILES disse...

Leiam aqui http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/218085-um-olhar-chines-sobre-a-europa a entrevista a Kuing Yaman. Um excerto:
A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios. Porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...

ana b. disse...

Aquiles:

É claro que isto é uma chalaça.
Receio contudo que tenha o efeito oposto ao pretendido que era o de alertar consciências.
A meu ver a comparação não foi bem conseguida. Certamente pouquissimas pessoas aspirarão ao modelo de vida chinês: Eu, pela minha parte, dispenso. Por mais ricos que eles sejam. Pobrete mas alegrete!!

AQUILES disse...

Ana b.
Leu tudo?

AQUILES disse...

Ana b.
Ninguém aspira ao modelo de vida chinês. O problema é o da sustentabilidade da vida.
Falou em pobrete, mas alegrete. Está bem, mas o que é que isso tem a ver com o trigo que importamos, a electrecidade, que importamos de uma maneira ou de outra, os combustiveis, as frutas, as massas, o arroz, as batatas, leite, filmes, televisão, electrodomésticos, computadores, etc, etc, etc. Há uma conta para pagar ou vai-nos faltar qualquer coisa. O problema não é só ser pobre, é não ter o que comer. É uma verdade que não produzimos. As culpas são de muitos a começar pelo 1º ministro Cavaco Silva e seguintes. E dos portugueses que têm ido, ao longo de 30 anos, satisfeitos e contentes, legitimá-los nas urnas. A guia de remessa há muito que chegou, agora vai chegar a factura. Vão começar a gritar, mas ainda não começaram.

ana b. disse...

Aquiles:

Eu percebo o que o autor do artigo pretendeu transmitir. Mas penso que não foi feliz ao colocar um hipotético Prof. chinês (demasiado básico para ser real) a dissertar sobre o modelo de vida europeu. Até parece que a China é algum modelo de virtudes.
Além disso, ele peca pela demagogia, perdendo assim, eficácia. Eu concordo com a ideia base do artigo. Discordo totalmente com a maneira como ele a explanou. Não me revejo no modelo de vida chinês. De todo! E abomino a maneira como ele trata os ocidentais, como se fossemos todos uns mandriões que só querem folia. Acima de tudo porque é injusto. O nosso modelo está em falência, não pela preguiça dos europeus mas sim pela ganância de uns poucos. É ai, a meu ver, que nos devemos centrar. E não a imitar modelos de vida que, embora geradores de riqueza, são muito pouco abonatórios no que aos direitos do humanos dizem respeito.

andorinha disse...

Aquiles,

Obrigada:)
Já estava farta do pássaro.
Mas reconhecias, sim, estou na mesma:)))

Por acaso não é o Douro, embora pudesse perfeitamente ser. É o Ave em Vila do Conde.



Ana,

Assim já não te pareço certinha?
Que bom!:)

Quanto ao famigerado processo de "avaliação" é totalmente uma coisa sem pés nem cabeça, mas isso é impossível discutir aqui.
Talvez um dia com um café e um pastel de Belém?:)

Querias ser observadora das consultas do Prof?
Também eu:))))))))

E agora vou...já mal vejo as teclas...:)

Anfitrite disse...

Aquiles, ´

Nós importamos tudo isso porque
um economista, inepto e cínico, vendeu a agricultura portuguesa, levantando as barreiras alfandegárias, três anos antes do tempo, por 600 milhões de €, para dar aos seus amigos, e os campos ficaram todos ao abandono, enquanto os espanhóis e franceses
se íam desemvolvendo e precavendo.

Quanto à educação o que terá Zola a ver com isso? Santana Castilho desde que passou a atacar Sócrates, tornou-se um ícone da sapiência. O outro que defendia a magistratura manhosa, já o enviaram para a Europa. Quando há tanto operário que ganha à peça porque será que uma certa classe não quer ser avaliada? porque sabe
que se a avaliação fosse objectiva uma grande parte deles devia ir limpar latrinas. Para a educação foram todos os jovens à rasca dos anos 80 que não tinham emprego em nenhum lugar e devido ao impulso que se quis dar à educação. Foi a educaçaõ e foi a função pública que se encheu com os 600 mil retornados, em que muitos deles se licenciaram de um dia para o outro, e ainda trouxeram muitos certificados de habilitações para vender. E agora estão todos a reformar-se com 2 mil muitos € de reforma. Por isso é que não há medida nenhuma que nos valha. E por estranho que parece uma grande parte deles ocuparam todos lugares de chefia na administraçºão pública.

O Brasil acabou de ter um Presidente operário, que fez mais pelo país que qualquer outro. Aqui gozam com um que acabou por tirar o resto das disciplinas que lhe faltavam, porque já tinha o bacharelato, e até andaram a espreitar datas, coo se fosse necessário ser doutorado, para ser ministro. Normalmente os ratos de biblioteca são os que menos capacidade têm para a coisa pública.

ana b. disse...

Andorinha:

Um café e um pastel de Belém parece-me bem.:))

AQUILES disse...

Ana b.
Eu não defendo o modelo chinês, já o disse. Todavia há muita coisa naqueles pontos para reflectir e muito bem. Dava para se falar de muita coisa. Vou só falar de uma. Um desempregado ao fim de 30 anos de trabalho, para receber o subsidio de desemprego tem de se submeter a uma série de burocracias, incluindo uma apresentação periódica, tal como um marginal com problemas com a justiça que o tenha de fazer. E tem de procurar trabalho e fazer prova de que o faz. Os sustentados pelo, hoje, rendimento de inserção garantida não têm nada disso. E muitos ainda gozam os que vão para o trabalho. Peço-lhe que reflita sobre isto.

AQUILES disse...

Anfitrite
O problema da agricultura portuguesa, na minha opinião, é muito mais do que isso. Transformou-se numa caça ao subsídio, e só vale a pena o que é subsidiado. O que é lógico. Os produtos agricolas são mais baratos vindos do estrangeiro. Podemos discutir as "virtudes" disso, e clamar contra, mas na hora de comprar o consumidor quer é comprar barato, e não tem pensamentos patrióticos sobre as compras. Dói, mas é a verdade. E quem passa já tão mal com ordenados tão baixos, não tem veleidade em pensar patriótico.
Quanto à educação estou, básicamente, de acordo com o que diz. até era capaz de reforçar.

AQUILES disse...

Andorinha
na mesma, talvez, mas com uma frescura rejuvenescida :):):):)

Manuel Henrique Figueira disse...

Vocês estão todos muito deprimidos.
Não é que isto resolva nada, mas ajuda a descomprimir um pouco.
Aqui vai:

«Lamento Borincano»: Caetano Veloso - CD Fina Estampa
http://www.youtube.com/watch?v=bbUZuF9hM9k

«Maria La O»: Caetano Veloso - CD Fina Estampa
http://www.youtube.com/watch?v=WB_sYRnM1aw

Boas músicas.
M.H.F.

ana b. disse...

Manuel:

O Fina Estampa é um dos CDs que mais gosto:)))

Manuel Henrique Figueira disse...

Ana b.

Veja este vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=8Y7i-c10mwk&feature=related

M.H.F.

andorinha disse...

Aquiles,

Saíste-me cá um galanteador!
Não te conhecia essa faceta.:)

Mas é sempre bom ouvir/ler palavras tão simpáticas como as tuas.

ana b. disse...

Manuel:

Percebi o quis dizer.
Obrigada pela correção.
Tirado de um dos CD da minha vida:)))

http://www.youtube.com/watch?v=mfpwaq9R40c

Manuel Henrique Figueira disse...

Ana b.

Grande Nina, obrigado.

Anfritite & Restantes companheiros blogueiros,

Conhecem isto?
Se gostarem digam, tenho mais 3 excepcionais como estas e prontinhas para seguirem.

«Let's never stop falling in love»: Pink Martini – CD Hang On Little Tomato
http://www.youtube.com/watch?v=Sx8WvpGWkHg

«Una notte a Napoli»: Pink Martini – CD Hang On Little Tomato
http://www.youtube.com/watch?v=ICfue4iDseU

Boas músicas
M.H.F.

Cê_Tê ;) disse...

Mas que novidade, Andorinha!!!! ;))))))
Já fizeste as plásticas todas pelos vistos! ;)))) Estou no gozo pá! Quem tem de fazer plásticas pelos vistos sou eu;P...O que me vale é que tenho uns pulmões, um coração e um cérebro "XPÊTÊÓ"!

Mas de qualquer forma já ficas a saber amigas só mais feias e velhas do que eu! ahaha

(Por acaso aqui um estudo de campo interessante de fazer...;P)

bjnhs :*

Acho que fizeste bem, sim senhora- aquela pássara fazia-me lembrar a "naftalina" que é uma passareca do "meu" LAB.;P

andorinha disse...

Cêtê,

Tu és mesmo doida!:)
Dizes essas coisas e depois as almas maldosas pensam que é verdade. Looooooooooooool

Uma vez que só obedeço a um desses requisitos, já não podemos ser amigas???

:))))))))))

Jinhos, cachopa

Cê_Tê ;) disse...

Pássara: ;)))
Não me digas que és mais nova afinal do que eu?1?!?!?!
;))))

Olha pá, tira o burrito da chuva: diz adeus (com lenço branco) às iguarias da minha terra e arredores. ;P
A menos que um paizinho te arranje um bilhete de pendular até aqui com marca epidérmica visível. ;P