quinta-feira, março 22, 2012

Sábado em Serralves...

... estarei com médicos pela segunda vez em quinze dias. O tempo parece ter esmaecido algumas reticências ao meu trabalho por parte de alguns colegas. Eu era o regente de uma disciplina que muitos consideravam inútil e "agressiva" para a Medicina, por se obstinar em reflectir sobre as práticas, teorias - e ideologias... - da profissão. É reconfortante ver o cenário mudar, pois a conjuntura, uma sociedade capitalista de consumo e os dilemas bioéticos com que nos defrontamos não perdoariam a inércia de profissionais cujos quotidianos transbordam de situações-limite. Assim os Poderes compreendam que a eficácia desses quotidianos não depende apenas da competência e idiossincrasias das pessoas, mas também dos contextos que lhes são proporcionados. E aos doentes...

40 comentários:

andorinha disse...

É reconfortante ver o cenário mudar, sem dúvida! Acho que já não era sem tempo, digo eu que sou leiga na matéria:)

Quanto aos Poderes sou mais cética. As pessoas, médicos e doentes, não poderão fazer melhor em contextos adversos. Penso até que em contextos cada vez mais adversos:(

Anónimo disse...

Faz-me lembrar uma frase:

"Em tempos de crise fazem-se grandes "Fortunas""

;-)

bea disse...

Não sei qual era a cadeira, mas quando a mudança nos aproxima de um lugar onde temos que ser próximos, caso dos médicos - qualquer a especialidade - há benefício em todos. Julgo. Doentes, colegas... E faz bem ao ego sentir que não pregamos no deserto

bea disse...

Na parte do contexto, com pena minha mas concordo com a andorinha. Não somos únicas, decerto.

Anónimo disse...

Andorinha e Bea,

Concordo. Que estamos cada vez mais contaminados. Mas por outro lado á uma sensiblização maior para temas que são vitais e que foram esquecidos nos ultimos 200 anos. É como caminhar sobre rochedos. Há sempre pedras que estão soltas. Como o pensar também o caminhar devagar é um destino. Em qualquer parte do mundo em qualquer idade.

http://vimeo.com/19616658

andorinha disse...

Pedro,

Não deixas de ter razão. E o caminho faz-se caminhando...

Inté:)

Interessada disse...

Já aqui referi no Murcon, que uma das faltas dos psis era precisamente não analisarem tendo em atenção o contexto.
Verdade que ele merece consideração na relação médico-doente, como em tudo.
Para mim, o que é reconfortante é o Julio ver o cenário mudar, porque eu ainda não vi.
O que eu vejo é uma massa amorfa, cada vez mais ampla, completamente subjugada ao poder, sem distinção a não ser a nível cultural. E este não tem paralelismo com os diplomas académicos, como penso que o Julio reconhecerá.
Quanto ao poder, é manifesta a sua insensibilidade, e não se avizinha qualquer mudança de práctica.

Bea, Maria, Impio, Manuel e Pedro
Façam-me o favor de descer as escadinhas até ao anterior post. Grazie =D

Interessada disse...

CLARIFICAÇÃO IDEOLÓGICA PRECISA-SE
Seria o título que eu daria a este post.
Não tenho dúvida, meu caro amigo, de que ao clarificar posturas se clarificam posições ideológicas.

Fora-de-Lei disse...

"Assim os Poderes compreendam que a eficácia desses quotidianos não depende apenas da competência e idiossincrasias das pessoas, mas também dos contextos que lhes são proporcionados. E aos doentes..."

E aos doentes compete-lhes - se possível enquadrados por comissões de utentes - exigir que sejam dadas condições aos médicos para que estes os possam atender como deve ser.

Pena é que a ética médica que - por exemplo - faz com que não se cobre o preço de uma consulta a um colega de profissão - não seja suficientemente forte para fazer frente às imposições das administrações hospitalares que vão cada vez mais no sentido de "para quem é, bacalhau basta".

O que vale é que - como os enfermeiros continuam a não morrer de amores pela classe médica - muitas coisas se vão sabendo no que respeita à pseudo-poupança de custos no tratamento dos doentes.

É verdade que há muitos pobres que não fazem greve com medo de perder o seu mísero ganha-pão, mas talvez não seja menos verdade que há também muitos médicos que - alegadamente - não ousam pôr em risco os seus "privilégios" de classe, optando por se submeterem ao que lhes é ditado de cima.

Ou seja, o Hipócrates que se lixe (com éfe grande)...!

Interessada disse...

FDL

Seja bem vindo !
Já andava a sentir saudades. Até mesmo desses ffffff ;)

E enquanto tardam outros comentaristas habituais, até porque nunca se sabe se estão para aqui virados, aqui vai:

Assim vai a democracia no nosso país.

http://4.bp.blogspot.com/-M48K4LfKPEA/T2xXOf7W72I/AAAAAAAABUg/w1lc4Kv3yJw/s1600/to+protect+and+serve.jpg

http://4.bp.blogspot.com/-4LLhfrr78nM/T2xXPzFzUwI/AAAAAAAABUo/yVqj39BvwP0/s1600/jornalista+contacta+com+a+psp.jpg

E como diz a Rita Maria, no "Boas Intenções": "também acho que não é por acaso que há polícias à paisana a inventar confrontos sempre que o assunto de uma manif é incómodo e existe alguma possibilidade de ela ser muito participada - no dia seguinte só se discutem os confrontos e na manif seguinte as pessoas pensam duas vezes se querem ir lá para o meio."
E ainda: "Claro – as claques de futebol são como as peregrinações a Fátima, não colocam nada em perigo. As manifestações e as greves são um bocadinho diferentes – logo as ordens são diferentes, tal como diferentes são aqueles que as executam.
E se no dia seguinte toda a gente estiver a discutir a bastonada numa jornalista, às tantas até já ninguém fala da greve, o que é porreiro."


E como eles dizem que é SUPER GOOD, penso que todos irão gostar.

Interessada disse...

Não estive presente, porque como sabem, ando com o pé às costas.
Também não tive oportunidade de ver as imagens que a TV transmitiu, mas sei que fomos notícia no "El Pais".
Deixo-vos um link para quem quizer documentar-se melhor.

Interessada disse...

http://spectrum.weblog.com.pt/

gina henrique disse...

Acredito que o professor esteja satisfeito com a mudança de mentalidade em relação a alguns colegas seus ( e, por Deus já não era sem tempo),mas quanto aos poderes instituídos nem é bom falar porque mudanças só mesmo para pior. Na realidade não descortino nada para além da demagogia que nos servem diariamente, das falcatruas,das vigarices , das mentiras que venderam a tanta gente como verdades durante a campanha eleitoral e esta é a situação que eu encontro neste nosso pequeno país à beira mar plantado onde meia duzia de formigas trabalham incessantemente para sustentar milhares de cigarras ,por isso meu caro prof. já não tenho nem muitas ilusões nem muita esperança de mudança...

Interessada disse...

gina

Entrei sorrateira em sua casa e roubei esta prancha.
Certamente não se importará ;)

Interessada disse...

Todas as faces têm uma verdade?

Agora vou ali ver se encontro a bea.

bea disse...

Interessada

encontrou-me?

free culture lisbon disse...

O contexo é tudo.

ps: ja estava com saudades de vir aqui

andorinha disse...

Não me apetece falar de política. Nem de nada...por hoje:)


Bom fds, malta:)

Interessada disse...

bea

encontrei-a ali mais acima de Lisboa, por baixo de onde as avezinhas voam.
a terra está triste- acho eu.
ficou-nos o silêncio, sem boas músicas e boas palavras.
também sem arco-íris para deslumbrar.

amanhã....

Canseiroso disse...

...«muitos consideravam inútil e "agressiva" para a Medicina, por se obstinar em reflectir sobre as práticas, teorias - e ideologias...»

Realmente,sei de pessoas que desistem de intervenções cirúrgicas no serviço nacional de saúde, por se sentirem pouco informadas e amedrontadas, com o que os espera...

«Assim os Poderes compreendam que a eficácia desses quotidianos não depende apenas da competência e idiossincrasias das pessoas, mas também dos contextos que lhes são proporcionados. E aos doentes...»

Já aqui, Professor...passar a bola ao adversário é louvável quando se tem consciência que o contexto é severo e o campo está enlameado, no entanto, focar a «conversa» em Serralves, na «utilidade» deontológica para logo a seguir ilibar os médicos,dessa responsabilidade, remetendo para o Estado o ónus das más condutas...não sei não...

rainbow disse...

Bom dia per tutti

http://www.youtube.com/watch?v=c4NoZtmxf6o

:)

rainbow disse...

Andorinha,

Ontem de manhã, lembrei-me de ti no cinema. O filme de animação "Lorax" tem uma mensagem ecológica e anti-capitalista.
A história fala duma terra de plástico e sem natureza,em que até o ar que se respira se paga, e em que os interesses económicos comandam a nossa vida. Mas depois há a redescoberta da natureza.
Lembrei-me, por momentos, do que me disseste no post anterior: em dias muito bonitos as pessoas preferirem passear em centros comerciais.
E não me fales em piqueniques:), que é uma coisa que adoro e que já não faço há anos.
Bom fim de semana:)

Ímpio,

Como a Interessada referiu, eu falava da Marguerite Duras, mas os livros dela não são de crime.
Os livros de Marguerite Duras falam da pobreza, da sobrevivência, e como isso condiciona tudo, incluindo os afectos.
Volto a recomendar o magnífico "Uma barragem contra o Pacífico".
"Contacto" de Carl Sagan é SÓ:) o segundo livro da minha vida. Também gostei muito do filme ,mas prefiro de longe o livro. Geralmente prefiro os livros aos filmes, com a excepção de "A insustentável leveza do ser". Mas talvez o facto de ser fã de Daniel Day Lewis e de Juliette Binoche tenha tido influência.
Voltando a Carl Sagan, ele era um cientista inovador, e foi um dos responsáveis pelas sondas Voyager, que seguiram para o espaço, com um desenho dum homem e duma mulher, uma mensagem audio com saudações em todas as línguas da Terra e canções dos Beatles.
ESpero que já esteja bem da sua gripe. Abraço:)

bea disse...

Bom Dia a todos

Nem sei se estou no post certo, acordei com o eu mais destapado. Qualquer coisa. O professor hoje está em Serralves que é um lugar de que gosto. E penso que sim :) E que há gente que não conhece Serralves, não conhece a Gulbenkian, situação que o tempo e os homens vão engordar. São lugares que nos induzem a pensar diferente, nos modificam o pensamento e o resto, nos criam hábitos que não havia. Eles nos chamam a uma claridade que os dias não cultivam, os homens esquecidos dela, submissos à roda do hamster. E quando passo na brancura de Serralves ou no verde dos jardins e olho os lagos, como dizia o poeta da gota de água, não passo eu, só os passos são os meus. Mas a verdade é que ainda que eu olhe por eles, eles não estão lá. É provável que nunca estejam. É mais que certo que muitos nunca estarão – por condicionalismos económicos, por defeito de cultura que aperfeiçoamos a cada dia e mais nos distancia de nós mesmos e dos outros. Afinal não arrasámos os fossos medievais:(

Uma frase que li hoje e me traduz, “O interesse individual é legítimo, mas não chega para construir um país. A liberdade é uma fonte de criatividade.” Jorge Sampaio

É que a própria esquerda me parece diletante e anacrónica. Com as devidas ressalvas a quem.

Interessada disse...

Para a Rain.

Carpe Diem

Interessada disse...

bea

Óbvio que a esquerda não tem os usos e costumes da direita :s
Anacronica? Isso era um elogio? É que à esquerda compete inovar, sempre!
Diletante, não sei se é, mas eu muito.
Também irei a Serralves brevemente, mas espero não precisar de médicos. Vou com um oficial do exército- serve?

andorinha disse...

Bom dia:)

Rainbow,

Sendo assim, "Lorax" está também na minha lista de filmes a ver. Ainda por cima está cá em Guimarães. Vou aproveitar as férias para ver mais alguns, cá ou no Porto.
Piqueniques? Com produtos caseiros aqui do norte? Olha só: frango caseiro bem tostadinho, salpicão, queijos variados, presunto, azeitonas, broa caseira, um bom tintol ou verdol, o resto deixo à tua imaginação:)))))))))))

Nunca li nada de Carl Sagan.
Por norma também prefiro os livros aos filmes. Mas também já me aconteceu várias vezes nem sequer saber que determinado filme é baseado num livro:)
Aí depois de ver o filme nem sequer vou ler o livro.


Bea,

Tu estás sempre no post certo, assim como qualquer um de nós:)

Ainda do post anterior:

"Mas ser presença noutra pessoa é para alguns de nós muito importante."

Para mim também. Não será para todos nós? Penso que só quem for muito desligado de tudo não lhe dará importância...

Serralves é um encanto! Pelo que dizes...e por tudo!:)
Qualquer dia podiamos ir lá tomar um chá, sentarmo-nos por lá e ficarmos pura e simplesmente a ver as estrelas:)
Deixa...se calhar acordei zonza:) lol
Mas tu também nem sequer tens disponível um mailzito para eu te falar ao ouvido...:)

Fiquem bem, cachopas:)

bea disse...

Andorinha
"Mas ser presença noutra pessoa é para alguns de nós muito importante."

aquela pessoa, existindo, não existe.

rainbow disse...

Andorinha,

De Carl Sagan, tenho alguns livros, entre eles "Cosmos" que deu origem à premiada série de TV que eu via religiosamente na minha juventude.
Quanto aos filmes baseados em livros, por exemplo,o filme "As pontes de Madison County" é baseado num livro, outro exemplo o célebre "ET", que também habita cá em casa (o livro:))
Piqueniques... Ai é? Estás a fazer-me salivar com essas iguarias nortenhas? Aqui vai: se der para levar uma geleira, faço a minha mousse de ananaz:))

Bea,

:)

rainbow disse...

Interessada,

Obrigada pelo filme de animação que me deixou e as melhoras.

bea disse...

Interessada

Em algum lugar se referiu ao "O amor é..."?
Oiço uns bocadinhos e neles me parece amor presente. Por estar em todas as coisas :). Talvez queira dizer que já não se cinge ao restrito das relações ditas amorosas. Mas sempre passa por lá, ou não? E não é boa técnica mudar nomes de programas, por razões mais que duas.

Como ouvinte, agrada-me a elucidação de questões feita numa espécie muito particular de conversa. Digo particular por ser socrática em termos do que e até do como é dito – A Inês apresenta a linha e escolhe a cor, o professor tem o pano e cose – e muda cor e ponto, se quer.

1:10
E está inovando, a esquerda? o atrofio de greves repetidas é arma da esquerda e mais parece estar a ser usada sem cabeça, para direitar, sem pôr direito.

Vai a Serralves com um oficial do exército. Pergunta-me se serve?! A mim que sou praça rasa. Verdade, com algum orgulho. Que lhe sirva a si, é quanto baste. Irá “fermosa e segura”.

Andorinha
Tu não tas bem a ver a dimensão do teu piquenique, pois não? Isso é mais para um acampamento :) Mas pronto, já entendemos que não és estilo sandes de nutela e coca cola (bolas que aquilo calha mesmo mal).
Fiz um piquenique e correu bem. Mando-te uma foto, quando haja. Aviso: vai estar no ângulo feirante desleixada. E depois dizes se tinhas coragem de beber um chá comigo em Serralves onde almocei uma vez com uns senhores todos muito engravatados e senhoras a condizer, que falavam baixinho de assuntos de que não entendi nada de nada. Mas eram delicados e responderam a tudo que perguntei.

Obrigada por dizeres que estou no post certo. Ando precisada de não sei quê de não sei onde, mas que pode ser só dormir, comer, ver um ou dois filmes, sentar-me aqui a falar contigo e os outros, ver alguns amigos que me faltam e faltam e faltam.

E portem-se. Tenho de ir.

andorinha disse...

Rainbow,

Essa série não me lembro de ter visto.
"As pontes de Maddison County", sabes que já o vi n vezes e ainda consigo choramingar. Falo a sério.
"ET" também vi. Não sabia que eram baseados em livros. Ou se sabia, não associo, não te sei bem explicar. Na minha cabeça parece que há uma dissociação entre livros e filmes. Nunca vou ver um filme por ter lido um livro ou vice versa.

Não me fales em mousse, please!:) ou ainda vou ter que fazer uma hoje...


Bea,

Já disse aqui que sou de muito sustento, um bom garfo:)
Não imaginas o que eu comia quando era mais nova!
Quando fiz a primeira comunhão a igreja organizou um lanche para a pequenada. A minha mãe contou-me que eu comi 12 pastéis de nata, 4 bicos de pato com fiambre e 4 bolos de côco.
Não me lembro já disso, mas a minha mãe nunca mais esqueceu a vergonha que passou:)))))))
Há outro episódio que esse sim, recordo. Um dos padres com quem eu me dava particularmente bem veio ter comigo com uma bola de berlim na mão e disse-me: "Olha, Andorinha."
Eu peguei pensando que ele me estava a oferecer. Virou-se depois para a minha mãe e disse: "Não faz mal, até é um favor que me faz!" :) Looooool

Agora já não faço destes disparates, devo fazer outros...:))))))

Aguardo a foto. Depois te direi então se tenho coragem de ir beber um chá contigo:)))))))))))))))))))))

Em relação ao Amor é...subscrevo tudinhoooo.

Também ando precisada de ver alguns amigos que me faltam e faltam e faltam.
Vês como não és única?:)

Agora vou...
Portem-se como vos der na gana:)

Anfitrite disse...

Pois é Fora de lei!

A deontologia profissional é porreira, pá!
É por eu não ser médica, nem ter amigos como o MSS que, tendo um problema há mais tempo, mesmo pagando, ainda não fui operada e nem sei qual vai ser o meu destino. Ainda por cima o ECG de preparação, acusou uma possível esquémia miocardica. Esquece tudo isto porque eu não sou piegas nem tenho ninguém para preocupar.


Inter,

Carpi bem o dia, e ainda não tive forças para escrever.

Anabela Abreu disse...

É sempre delicioso ouvi-lo no "Amor É"! Em serralves foi uma delicia! As minhas felicitações por ser o comunicador que é. Adorei!

afecto disse...

Mais uma vez,surpreendente! Já tinha saudades de uma amena cavaqueira..... Não dei conta do tempo passar.
Parabéns, excelente momento

bea disse...

A Anabela está tão deliciada que me vou embora, tenho os dedos peganhentos.
Buona notte

Interessada disse...

Ontem fui satisfazer a minha gula. Comi poesia até à ceia, e trouxe para casa.
Foi doce, foi cruel, foi hilariante.huuuuummm....
Já no Sec. XIX, Antero de Quental dizia "A fase poética da Humanidade pode dizer-se que está a terminar. Este século terá visto os últimos poetas, como viu os últimos crentes."

Estamos cá tantos para te contradizer =D

Hoje e agora voltei ao Murconzinho e tento encontrar uma definição para ele, embora só me ocorra "Sem Graça"
Estranho:
Que nome dar a um sítio onde se conversa meio por meio (parte segue com selo), onde se comentam eventos em que um número muito restrito sabe do que se fala, se propoem assuntos que não se comentam, e onde damas seduzidas acrescentam comentários?
Terra de Deus? hospício?tabuleiro de damas?
Vou pedir ajuda a Almada Negreiros.

...e aproveito para procurar a bea.

andorinha disse...

Bom dia:)

Atão? Não está aqui ninguém???

Bea, Rainbow, Pedro. uéreáreiu?:)

Bem...fiquem bem e curtam o dia. Vou fazer o mesmo.

Inté...

bea disse...

pá...eu...tava uma hora atrasada. E agora????
Uma hora é o de menos. Bora ir almoçar.

Interessada

E onde andou com tanta poesia? pois foi, enganei-me, o dia oficial era ontem. Olha que chatice. Não faz mal, o meu foi o anterior.

Encontro uma graça especial neste blogue, quer o quê? sempre encontrei, nem sei bem porque, cheguei cá e poucos não andavam desavindos. A Anfitrite e o Fora chamavam-se nomes e diziam coisas que nunca ouvi em lado nenhum; como não apontei, já não sei o que. Não pareciam elogios. Mas que vício de definições! É do ar que respiram, só pode.
Concluímos sempre que só quando vivíamos sem querer definir éramos prováveis felizes, ou o mais próximo que conseguimos de tal utopia. E mesmo na adultícia e velhice, os melhores momentos são os de não pensar senão neles ou seja ocupar-nos a senti-los, seguindo o conselho de Pessoa que, a braços com seus heterónimos, mandava ler para sentir - Chamava ácido sulfúrico à Ophelinha e depois escrevia coisas destas...
agora não tenho tempo.

sou a sua nota de rodapé nos comentários?...e hoje, onde?

Está bué calor e vou para o trabalho. Apetecia-me um fato de banho, e uma areiazinha incómoda mas sensata, que é como quem diz, sem vento, e uma água só de olhar, de rebentação grata, a desmaiar no claro da manhã...e o sol, que me é família chegada.

E boa tarde para quem se diverte. Sem maldade e com inveja boa: um dia ainda hei de estar a divertir-me e vocês a trabalhar. Toca a todos :)

a dopo

Interessada disse...

bea

Quando chegar ao fim deste comentário, vou em busca daquela que não gosta de ser nota de rodapé. Pé? Sim, vou a pé, que não me apetece hoje andar de burro.
Pois então diz vocelência que os murconzinhos estão mais polidinhos? Folgo em sabê-lo.
Mas se com isso perderam a graça, já não sei não.
Agora dava-me tanto jeito aprender palavrões para entreter o pé...
Com um tempo destes e eu sem poder ir à praia. O que eu gostava mesmo era de entrar por aquele mar adentro e por lá ficar.
Ainda um dia hei de atar mãos e pés, que eu e a água somos um.
Ontem estive a comer sentimentos, no CCB. Mas não na sala dos VIPs, que eu sou alérgica ao Francisco José Viegas e ao Nuno Crato.
Foram quatro horas bem passadas, na sala ao lado, onde alguns dos verdadeiramente grandes marcaram presença.
Nem me ocorreu passar pelo WC.
Tudo tinha sido organizado ainda pelo Mega Ferreira, mas o Vasquinho marcou presença, e de sorriso nos lábios. Afinal, também ele é poeta :D
Nos corredores, andei de cabeça bem erguida e bem agarrada à canadiana, na esperança de que um Murconzinho chocasse comigo. Mas nada - parece que estavam todos recolhidos, com receio que aparecesse a Polícia de Intervenção.

Como ainda não perdi a esperança de que voltem a aparecer neste place, vou dar um ar da minha graça :)

Alguém sabe traduzir, para percebermos o que reclamam?

bea disse...

para mim é um comício cantado :) estão um bocadito viciferantes.

ah, ah, ah...era o ambiente de vôo picado. não me fazem diferença os palavrões. se por acaso dão mais graça...avante.

Vamos lá a ver: para quem se considera um parentesis que ninguém viu na tradução, uma nota de rodapé é giro, existe. As coisas mais interessantes do meu livro de história vinham em nota de rodapé.

Atando-se de pés e mãos cai e morre. Não pode.