quarta-feira, março 05, 2008

God forbid!

Tudo indica que Obama será o candidato dos Democratas em Novembro. E o psi balança entre a saliva e a preocupação: como resistirá este pregador brilhante da mudança aos corredores do poder, se for eleito? E se a chama se acinzentar, como reagirão os americanos que abraçaram um movimento de fé, mais do que um projecto político? Com toda a franqueza, achei Hillary mais sólida nos debates e creio que o género e as "dinastias" contaram mais do que a cor de pele. Mas como se resiste a um sonho de regeneração, desenhado sobre o pano de fundo de Kennedy e Luther King? Afinal, assisti a uma entrevista de uma senadora que apoiava Obama e não conseguia apontar uma só medida significativa lançada por ele! Ná, isto foi mais do que experiência vs. mudança; foi uma catarse colectiva, a nostalgia de um recomeço do sonho americano à revelia dos "jogos políticos", do Pentágono, dos lobbies. Que, todos o sabemos, irão sobreviver a esta eleição... Como lidará Obama com tal espartilho? Espero bem que não abane a cabeça, descoroçoado, e suspire - "That's life!". Palavra que o acuso de plágio:).

11 comentários:

thorazine disse...

A Hillary só "dava" mais segurança porque tem um bom (comparado com as políticas seguintes) ex-presidente por trás!

O Obama já está farto de saber do espartilho! Aquilo não deixa de ser máfia..

lobices disse...

...Obama...humm, a ber bamos :)
...(no entanto, votaria nele...)

yes! my love! disse...

I loved this post ~~

Fora-de-Lei disse...

Se eu fosse camone, até votaria no Obama. Mas há uma passagem da Bíblia que diz:

"É mais fácil fazer passar um camelo pelo um buraco de uma agulha, do que eleger um preto para presidente dos EUA."

Uma versão revista da Bíblia acrescenta outra passagem:

"É quase tão difícil eleger uma mulher para presidente dos EUA como um preto."

Jessie disse...

Caro Professor!

Eu tambem gostava de ver mulheres a frente das 'poderosas' naçoes: Segolene Royal em França (nao aconteceu), Hillary Clinton nos EUA (talvez..), Angela Merkel aqui na Alemanha... Nao por ser feminista mas porque acredito que seria diferente... talvez nao melhor...

Num registo diferente, tomei conhecimento ontem de um novo filme (http://www.imdb.com/title/tt0484740/) e como sei que tambem e fa do livro... ;-)

Beijinhos,
Mariquita

andorinha disse...

Boa tarde.

Sou mais uma fã do Obama, se lá estivesse e votasse, seria nele sem qualquer dúvida.
E por enquanto o tempo é de sonhar, as agruras e os escolhos virão depois.
Cada coisa a seu tempo...

FDL,

Bíblia esquisita, a tua:))))

CêTê disse...

Eu só depois de ouvir a mulher de Obama é que votaria.;)))) é que atrás de um grande homem, está quase sempre uma grande mulher. E atrás de uma mulher pode estar um grande...
Eu que até era a favor das mulheres em determinados cargos de chefia, hoje penso que as nossas capacidades de bom senso e de empatia só se revelam na retaguarda - como alías as revelou a que pode ser a nova Presidente do MUNDO.

Andorinha, desde que o homem não diga "A vida não é Justa" já não é mal.

Anónimo disse...

Bom dia maralhal.
Se estivesse nos EUA não votava em nenhum dos dois; era candidata também :-P

Laura disse...

Mas Hillary, felizmente, ainda mexe...
Os resultados de ontem não deixam Obama com tanta tranquilidade assim
Ainda bem! Por mim, adoraria ver Hillary ganhar.

A eleição de uma mulher é ainda uma dívida a saldar com a História! E esse "ajuste de contas" não caducou de maneira nenhuma...
Se duvidássemso, bastaria percorrer a blogosfera e apreciar as "bocas" absolutamente rupestres que se ouvem acerca dessa possibilidade.
Nem mais nem menos.;)

Su disse...

não estou assim tão certa quanto a um deles ser o vencedor..opsss

td bem ..podem sempre votar em mim:)


jocas maradas..sempre

JFR disse...

Concordo consigo, Prof JMV, quanto à maior solidez do projecto de Hillary. Ressalta, nas intervenções de Obama um brilhantismo de forma e uma ausência de substância. Chego a questionar-me se Obana não poderá ser um Santana Lopes ou um Sócrates à escala americana. E, para o Partido Democrata, esta indefinição que se vai mantendo, poderá dividir o seu eleitorado flutuante no futuro confronto com o representante Republicano que funciona na margem esquerda do seu partido. Criando condições para uma derrota dos Democratas. O que eu lamentaria.