Maria,
O meu Velho, dizia, quando ainda navegava a todo o pano, que a velhice era um naufrágio. Sempre encarei a frase num registo individual - os anos desgastariam "este barco" a nível mental e físico. Puro engano, o afundar dos outros deixa-me o travo amargo da impotência em boca e espírito - sou um patriarca malgré moi e ineficaz:(.
10 comentários:
A velhice, quando vivida em paz e na decorrência normal dos anos, deve ser como um espraiar à beira-mar, numa areia morna, com um mar sereno. Foi assim que os meus velhos viveram a deles, com excepção do meu pai que nem chegou à minha idade, porque não teve um pai que o orientasse.
Dá-me raiva que o senhor, com as capacidades que tem, fale dessa maneira. Apetece-me atiçá-lo com um graveto em brasa para ver se dá uns pulos. Dance o rock, o slow, o twist, o swing, o quick-step o charleston, etc. E que rica morte que foi a da Isadora Duncan, embora eu preferisse um Lamborguinni a um Bugatti.
http://www.lambocars.com/highres/spaitalia_2010/events_0_spaitalia201000.html
Fique bem.
Sei lá...acho que tendo a concordar com o seu Velho, mas mesmo que não se chegue ao extremo de um naufrágio, rombos no casco há sempre.
E ver afundar os outros é complicado, muito. Deixa-nos um travo amargo, na boca e no coração.
No entanto, entre os dias de chuva, há que aproveitar os de sol, ou não?
E não brilha o sol em Cantelães tantas vezes?:)
Anfitrite:)
Você decididamente é terrível!:)
Como é que você quer que o Professor siga o seu conselho de "Dance o rock, o slow, o twist, o swing, o quick-step o charleston" o que eu acho uma optima ideia,:) se começa logo por lhe ter raiva à partida!:)
A velhice será assim sim "...quando vivida em paz e na decorrência normal dos anos, deve ser como um espraiar à beira-mar, numa areia morna, com um mar sereno." mas tambem como sabe com o envelhecimento começamos inevitavelmente a sentir diminuar a nossa própria utilidade; não só perante aquilo que já não conseguimos fazer a nós próprios como relativamente aos outros...e assim o sentimento de impotência se vai cozinhando devagarinho, lentamente e em lume brando dentro de nós...
A impotência e a ineficácia sentida perante aquilo que acontece aos outros e principalmente perante aos que mais amamos vai-nos dando esse tal amargo de boca que nos encaminha gradualmente para o processo de rendição e de alguma maneira, de aceitação daquilo que de mais certeza no fundo temos...
Porem o que nos vale é que alguns, os que nos gostam e amam, aprendem tambem gradualmente a contar menos e com sorte, a valorizar mais e melhor o pouco que cada vez menos vamos sendo capaz de conseguir realizar...no fundo gerem-se melhor as espectativas que nos pode dar um certo equilibrio...
C'est la vie!...:)
A velhice é uma sonoridade de belezas, em todos os cantos da idade que nos encantam, e desencantam quem não os sabe ouvir e partilhar.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 29/11/2010
Por vezes, o mal dos outros pesa-nos mais a nós.
Por vezes, eu pelo menos tenho a sensação, que o peso aos outros vai sendo acrescentado à miligrama e quando pego no seu fardo me parece impossível que o consigam carregar.
olá
estou aqui de novo:)
gostei na nova cara do blog, imaginei.o logo ali naquela sala.... nem sei pq?....
o prof fala desta maneira Anfitrite pq estava desejoso de ser espicaçado para dar pulos :)e que venha o rock, o slow, o twist, o swing, o quick-step o charleston...........:))))
prof eu detesto é o invernoooo e mais não digo:)
jocas maradas
Anf....eu prefiro um Bugatti ;)
sei lá......
Patriarca malgré e ineficaz, nem se meta nisso. Ainda lhe dá o "badagaio" e precisamos cá de si, e ele também, ... até porque o adora.
Um abraço quentinho e bom( diga-se apertadinho e quentinho), nestas noites que nao lhe fazem bem, nem a si, e muito menos a quem o ama, com muita paixao.
Só passei por aqui, pelo cantinho do "murcon.blog" a ver se estava tudo bem.
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