quinta-feira, novembro 11, 2010

Continuando...

Estou de acordo, há por aí muita "coragem" que não passa de inconsciência. Ou fuga para a frente!, alguns heróis de guerra assim o fizeram e ai de quem se lhes atravessou no caminho... O medo é um mecanismo adaptativo eficaz. Idealmente deveríamos determinar se é justificado ou não e agir em conformidade, mas essa avaliação depende das narrativas de vida individuais e possíveis factores biológicos. É preciso suportá-lo e à girândola de sintomas neuro-vegetativos que por vezes o acompanham. Mais do que vencê-lo, aprender a viver com ele, sem deixar que nos paralise.
Mas falar e escrever é fácil:).

105 comentários:

Cê_Tê ;) disse...

Saber quando o medo é um acto de coragem ou de cobardia é difícil (às vezes). Avaliar quanto a sua expressão é homeostática ou não, é ainda mais difícil sobretudo quando a percepção de segurança que pretendemos preservar se estende a outros que não só nós. (Ainda que os gestos altruístas sejam no fundo no fundo atiudes de defensivo egoísmo.;P)

andorinha disse...

"Mais do que vencê-lo, aprender a viver com ele, sem deixar que nos paralise."

Esta devia pagar direitos de autor:)))


"O medo não se vence, vive-se. Um gajo pára, treme, agarra na vida e continua..:)"
Thora dixit.

Anfitrite disse...

Cobardes são os que fabricam heróis de guerra. Não são só os factores biológicos que contam. A educação proteccionista tem muita influência nos medrosos. Eu só tenho medo de um um dia estar consciente e a precisar de tratamentos paliativos.
Tenho enfrentado e suportado tudo nesta vida sozinha e não tem sido nenhum mar de rosas. Se um dia não tiver pão, como palha. E espero ter forças para acabar comigo, antes que a palha acabe.
Essa dos gestos altruístas serem de defensivo altruísmo é para quem tem a consciência pesada. A "esmola" é de quem a dá, não é de quem a recebe.
E até os animais protegem os filhos orfãos de outros, por isso é que a humanidade chegou até hoje.

Bartolomeu disse...

«falar e escrever é fácil»
Essa é para rir...!
Medo de falar, é o que mais existe, nestes tempos conturbados que se vivem... quando se tem algo para dizer.
Medo de que aquilo que dizemos, seja mal entendido, medo de que seja exageradamente levado à letra.
Quantas vezes temos de advertir o nosso interlocutor de que, aquilo que acabámos de dizer, não tinha o sentido que ele lhe atribuiu, ou então, que não exagere no sentido da nossa frase?!
Estes excessos acentuam-se frequentemente, quando pretendemos dizer, escrevendo.
Felizes daqueles que se revelam capazes de ilustrar com as palavras, os pensamentos que desejam transmitir.
Medo;
Uma doença, onde encontramos por vezes a cura!

bea disse...

Cê-tê
o medo não me parece um acto, mas algo dentro da amálgama de emoções que leva a ele. E posso pensar mal porque as reacções acontecem antes do pensamento, não é? Independcentemente disso, determina-nos limites onde todos somos às vezes heróis e outras não, ainda que só mesmo o próprio o saiba na maioria dos casos, e nem a outros interesse. A homeostasia pura e simples não será o que mais abunda no homem. Seres mais ou menos solitários que só são em sociedade, é uma das nossas peculiares contradições (diria que outra riqueza).

Bart
seremos uns mais felizes que outros na tentativa de identificar pensar e dizer. Mas há transformadores no caminho: quem nos ouve e lê. Isto, se existisse a inteira possibilidade de dizer. Dizes o que pensas no seu sentido mais objectivo e factual (dirás). Não conseguirás dizer o que sentes, se sentes expressivamente. nesse caso,as palavras rodeiam o teu sentir, aproximam-se. (outro inédito humano, a tornar o silêncio chave única)

bea disse...

upsss...tenho ali um c que não pertence...fui ver e nem sequer me parece um engano de teclas próximas...terá sido um acto falhado?! ai ai... deixa...deixa...

Bartolomeu disse...

Sim bea, os fossos entre a palavra, a expressão, o sentimento e o entendimento, podem ser imensamente profundos. Por vezes a experiência constroi a ponte que permite atravessar esses vazios. Uma ponte que será mais sólida e eficiente, quanto mais simples e humildes forem os materiais que a construírem.
Mia Couto, inicia o seu "Jesusalém" com uma frase de Hermann Hesse «Toda a história do mundo não é mais que um livro de imagens reflectindo o mais violento e mais cego dos desejos humanos; o desejo de esquecer.
Este pensamento, recorda-me uma frase de Agostinho da Silva: O medo de ser dominado foi sempre muito mais vivo no ser humano! E neste momento existe ainda!
Ora bem, o medo... sempre o medo, combatido em alguns caso, com a arma do esquecimento, noutros com a arma da esperança... mas sempre, sempre... irracional, institivo, ocasional, imprevisível.
;)

Peacock disse...

Não basta comprar um cão?

A Menina da Lua disse...

Bartolomeu:

Incrível você tirou-me as palavras:
"O medo de ser dominado foi sempre muito mais vivo no ser humano! E neste momento existe ainda!"

Oh se existe! para mim o pior dos medos é ser dominado ou seja perder a liberdade... o medo aceita-se, o medo enfrenta-se, o medo gere-se, o medo vira-se mas o medo em dominação e sem liberdade não...
Penso que tambem "se aprende" a não ter medo e uma das formas é exactamente a consciência em nós de termos sobrevivido ao próprio medo. Isso dá-nos o antídoto necessário para o voltarmos a enfrentar.
Por esta razão é que eu concordo tambem com a ideia de que, quanto mais se vive e nos damos à vida, menos a vida nos assusta. A desordem dum medo no passado, vira em uma nova ordem no nosso presente.

Bartolomeu:)

"os fossos entre a palavra, a expressão, o sentimento e o entendimento, podem ser imensamente profundos."

Quanto a isso é melhor tirarmos o cavalinho da chuva; os fossos não só podem ser imensos como ainda vindos de outros paradigmas e outras galáxicas diferentes...
Como explicação disso aqui deixo uma frase do Jorge de Sena que considero muito lúcida e profunda:

""Por isso o nosso conhecimento dos outros depende tanto mais do que lhes não vemos fazer e do que não dizem, quando falam. Depende precisamente do que, ao certo, não podemos saber, e, muitas vezes, nem eles mesmos sabem. Daí que as palavras servissem simultaneamente dois fins opostos e complementares: prever verbalmente o provável e sugerir o silêncio do possivel."

Bom fim de semana para todos

$hort disse...

Maldita/Abençoada Pandora?

;)

Bartolomeu disse...

Hmmmm... sim... Menina...!
Tenho 6 cães, ou seja, 2 cães e 4 cadelas, mais precisamente. Nasceram todos em minha casa, criei-os a todos, alimento-os a todos, brinco com todos, mas... caráças, sempre que abro a porta da cozinha e os mando calar, enfiam o rabo entre as pernas e bazam para um canto, não voltando a tugir nem mugir, durante algum tempo.
Fica-me o travo amargo de ter dominado a vontade dos bichos, de lhes ter cerceado a liberdade de exteriorizarem o seu sentimento de medo, de raiva, ou de alegria, que eu não tolerei, tão pouco identifiquei, só sei que o ladrar deles me incomoda...
;)

Julio Machado Vaz disse...

Thora,

Comecei a ver a série:).

Bartolomeu,

É fácil falar e escrever sobre o medo... Senti-lo é outra coisa.

Bartolomeu disse...

Eu sei... refere-se a descrevê-lo, Julio. Ou... a necessidade de exorcisar o sentimento de ter medo, de ter medo...

A Menina da Lua disse...

Oh Professor:)

Tem toda a razão; é fácil falar e escrever sobre o medo...senti-lo é outra coisa...de facto.

Quanto a isso não há palavras, cuidados, compaixão e carinhos que cheguem...mas ele o medo insiste sempre em voltar; de formas e vestes diferentes mas volta sempre...

A Menina da Lua disse...

Bartolomeu:)

Pois tadinhos dos cães!:))

O que vale é que se calhar têm um dono com um coração de manteiga e os estraga de festas e de mimos a seguir:)quem sabe!

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

A vida não é uma girândola de sentidos, é uma presa a quem se estendeu uma passadeira de ilusões e de realidades, asfixiadas nas presas em que se tornam, por influência dos muitos falsos profetas que por aí giram, como se todos nós estivéssemos de serviço à mesma colmeia. Que se lixe a abelha-mestra.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa 12/11/2010

Bartolomeu disse...

Também lhes ofereço uns suculentos ossos, de quando em vez, Menina. Mas... só por medo que me mordam se o não fizer...
;))))))))))))))

Bartolomeu disse...

Manuel, se a realidade não fosse composta por uma girândola de ilusões, teria de o ser, por algo que desconhecemos, ainda... a certeza.
E... a vida, não está inteiramente dependente da incerteza?

AQUILES disse...

O medo gera fantasmas.
A cobardia não têm a ver directamente com o medo, mas sim com a falta de carácter e a intenção de prejudicar o outro.
O herói, aquele que enfrenta o perigo com risco de vida, é sempre alguém com muito medo, que no limite para lidar com uma carga insuportável de medo, ultrapassa-se, e de forma inconsciente.

thorazine disse...

Prof,
:))

Maralhal,

Num diploma aprovado há 15 dias, o Governo decidiu vedar a possibilidade de uma criança ser "afilhada" de um casal de pessoas do mesmo sexo, mesmo que esse casal seja considerado o que melhor podia cuidar dela...

"O ministro da Presidência afirmou hoje que o apadrinhamento civil está vedado aos casais homossexuais tal como a adopção, devido ao entendimento pelo Estado de que as “condições sociais não favorecem o desenvolvimento da criança nem a sua inclusão social”."

Fonte: http://publico.clix.pt/Pol%C3%ADtica/governo-veda-apadrinhamento-e-adopcao-a-gays-em-nome-do-desenvolvimento-da-crianca_1465897

Quem é que são os profissionais que chegam a estas brilhantes conclusões? Baseados em que estudos? É que todos os estudos que encontro dizem precisamente o contrário..

thorazine disse...

A APA (American Psychological Association) e a AAP American Academy of Pedritics), as duas maiores entidades mundiais em psicologia e pediatria referem:

"Numerous studies over the last three decades consistently demonstrate that children raised by gay or lesbian parents
exhibit the same level of emotional, cognitive, social, and sexual functioning as children raised by heterosexual
parents. This research indicates that optimal development for children is based not on the sexual orientation of the
parents, but on stable attachments to committed and nurturing adults. The research also shows that children who
have two parents, regardless of the parents’ sexual orientations, do better than children with only one parent.

While some states have approved legislation sanctioning second parent adoption, other court judgments and
legislation have prohibited lesbian women and gay men from adopting or co-parenting. Therefore, in most of the
United States, only one partner in a committed gay or lesbian couple may have a legal parental relationship to a
child they are raising together. Adoption by a second parent, however, would not only formalize a child’s existing
relationships with both parents in a same-sex couple, it would also provide vital security for the child. Children
could avail themselves of both parents’ health insurance benefits, access to medical care, death benefits, inheritance
rights, and child support from both parents in the event of separation. Adoption protects both parents’ rights to
custody and/or visitation if the couple separates or if one parent dies.

The American Psychiatric Association has historically supported equity, parity, and non-discrimination regarding
legal issues affecting mental health. In 2000, APA supported the legal recognition of same sex unions and their
associated legal rights, benefits, and responsibilities. APA has also supported efforts to educate the public about
homosexuality and the mental health needs of lesbian women, gay men, and their families. Removing legal barriers
that adversely affect the emotional and physical health of children raised by lesbian and gay parents is consistent
with the goals of the APA.

The American Psychiatric Association supports initiatives which allow same-sex couples to
adopt and co-parent children and supports all the associated legal rights, benefits, and
responsibilities which arise from such initiatives. "

http://archive.psych.org/edu/other_res/lib_archives/archives/200214.pdf

Bartolomeu disse...

Até que enfin, se vê alguma coisa aprovada com coerência, por este governo!

thorazine disse...

Coerência Bart? Com o preconceito, só se for..

Porque não é em nada coerente com o que realmente é o superior interesse da criança! Basta ver os casos de estudos..

thorazine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
thorazine disse...

Checka só a primeira frase elaborada com base em 30 anos de estudos:

"Numerous studies over the last three decades consistently demonstrate that children raised by gay or lesbian parents exhibit the same level of emotional, cognitive, social, and sexual functioning as children raised by heterosexual parents."

Hum..era a mesma coisa que estares a defender, 30 anos de estudos depois, que fumar não aumenta a probabillidade de desenvolver cancro..

Bartolomeu disse...

Meu amigo Thora... para que o desenvolvimento físico e cognitivo de um ser humano possa decorrer de forma saudável, é necessário que determinados parâmetros se verifiquem.
Alguns desses parâmetros, têm a ver directamente com o ambiente em que decorre esse processo.
Daí, encontrarmos problemas nesse campo, em crianças cuja infância decorreu em ambientes degradados do ponte de vista social e familiar.
Para que os parâmetros a que atrás me referi, ocorram de uma forma "ideal", é necessário que a criança tenha a referência do masculino e do femenino, tenha inclusivamente contacto com as diferenças, tanto físicas, como de personalidade.
Ora bem saberás, meu amigo Thora, que a aprendizágem é baseada num processo mímico, adaptado e em constante transformação e crescimento.
Com isto não pretendo dizer, que em minha opinião, aumentem as probabilidades de uma criança, apadrinhada por um casal homossexual, venha a ser no futuro tambem ela homossexual. Não quero dizer inclusivamente que essa opção sexual, seja criticável.
O que pretendo dizer, relativamente aos superiores interesses do ser humano, é que seja preferencialmente criada e educada no seio de um casal constituído por um homem e uma mulher, de preferência heteros.
Porque a heterossexualidade, reveste-se de características referênciais, não so no campo sexual, mas também no cognitivo, social, religioso, ético, social, etc.
Portanto e concluindo: se uma criança já inicia a vida com o problema de não ser criada pelos pais biológicos, não se lhe vá criar mais um, estigmatizando-a, marginalizando-a. E olha que não estou a encaixar a minha opinião nos campos do preconceito.

Cê_Tê ;) disse...

(Quanto à adopção nada que o dinheiro não compre. Alías se não fosse a falta de "tintins" de alguns colunáveis em se assumirem de uma vez por todas como homossexuais já teriam mudado a lei há muito tempo- sim porque por razões que também não se prendem com os superiores interesses das crianças ela foi mudada.Sobre essa matéria reconheço que ainda sou preconceituosa- teria de conhecer casais homossexuais e a forma como lidam com as crianças- eu cá tenho UMA GRANDE desconfiança nos tratamentos estatísticos e a desconfinaça começa logo por quem faz os inquéritos;P)

thorazine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
thorazine disse...

art,

"..para que o desenvolvimento físico e cognitivo de um ser humano possa decorrer de forma saudável, é necessário que determinados parâmetros se verifiquem."

Tais condições estão asseguradas numa família composta por dois elementos do mesmo sexo. Muito mais que o poder de observação de uma pessoa, muito mais que a experiência de vida de uma pessoa, há métodos de análise da psicologia, da pediatria que avaliam o desenvolvimento de uma criança. Como te mostrei, ao longo de muitos anos entidades referenciadas avaliaram se essas condições se verificavam. E não vai ser o Tono serralheiro, o Chico trolha, a Amélia padeira ou o Pedro ministro da presidência que vêm com o seu saber popular, ou com o seu preconceito, dizer o que é melhor ou pior para o desenvolvimento de uma criança. Da mesma forma que não são eles que vâo aconselhar alguém a remover um pulmão ou a fazer quimio. Há técninos, profissionais que estudam esses casos. Cada um pode ter a sua opinião baseados nos seus valores, o Jeovás não removiam o pulmão porque são contra a transfusões de sangue. Mas daí até transformar opiniões em leis..vai uma grande distância. Cada um pensa o que quiser, mas que não venha com os seus conhecimentos de serralharia ou de fazer pão decidir o que é melhor para as crianças dos outros. As leis deverão ser baseadas na ciência, e a ciência neste caso diz o contrário do que tu pensas.

"Ora bem saberás, meu amigo Thora, que a aprendizágem é baseada num processo mímico, adaptado e em constante transformação e crescimento."

Meu amigo, se assim fosse nem havia homossexuais, até porque 100% dos homossexuais são criados em lares heterossexuais. Logo, a mimíca cai por terra..

"Portanto e concluindo: se uma criança já inicia a vida com o problema de não ser criada pelos pais biológicos, não se lhe vá criar mais um, estigmatizando-a, marginalizando-a."

Bart, com esta lei é que a marginalizas. Por exemplo, eu tenho um irmão, caso tivesse filhos e algo me acontecesse eu deixaria-os ao seu cuidado. Se o meu irmão fosse homossexual, por esta lei, o meu filho não poderia ficar ao seu cuidado. O seu tio, que sempre o tinha acompanhado o seu desenvolvimento, que tinha estado no dia do seu nascimento, que tinha partilhado as alegrias e as tristezas da sua vida...não poderia tomar conta dele, educa-lo, dar-lhe amor..só porque era homossexual? Só porque em vez de amar uma mulher amava um homem? Eu cagava na lei! Dava ordem para que o meu irmão fizesse todos os possíveis para ficar com aquela criança. Marginaliza-las era entrega-las a alguém, que não ele!

Tu tens os teus preconceitos, os teus valores, os teus ideias de família. Mas não queiras impor isso aos outros quando um entidade neutra te diz que é igual. Que amor é amor, quer venha de dois homens, duas mulheres, de um padre, de um professor. O que elas precisam é de amor!

Olha o caso da Cête: o filho dela é criado com o amor de duas mulheres. Duas mulheres que lhe dão amor, compreensão, carinho, que ralham quando é preciso, que lhe dão conselhos..:) Simplesmente, em vez de serem duas mulheres que mantêm uma relação conjugal, são mãe e filha. Duas mulheres que criam uma criança com amor, a única coisa necessária para a vida andar para a frente. :)

AQUILES disse...

Thora
peço imensa desculpa por me intrometer.
Mas "que criam uma criança com amor, a única coisa necessária para a vida andar para a frente" também é um clichê.

thorazine disse...

Aquiles,
Não há nada a desculpar, a discussão aqui é aberta! É bom ver-te por aqui.. :))

Quantos valores pelos quais regemos a nossa vida não são cliché? :) Na verdade amor só e só não chega, mas é o elemento essencial. É preciso dinheiro, bom senso, etc.. Mas principalmente nesta questão é o elemento fundamental!

A ideia principal que queria passar é que se a relação é homem-homem, mulher-homem, mulher -mulher, mãe-filha, tia-mãe..pouco importa! Importa é que haja uma vontade de criar aquela criança num ambiente com carinho, respeito, amor, etc...

Bartolomeu disse...

Lamento meu amigo Thora mas, não conheço esse tal Pedro... ministro da presidência? e... é homossexual?
Bom, seja como for, não conheço, definitivamente.
Seja como for, Thora, eu não defendi o pressuposto de um casal homossexual, não possuir capacidades que lhes permitam educar uma criança como um casal heterossexual.
Aquilo que referi, como sendo a minha opinião pessoal, baseada unicamente na minha forma particular de avaliar esta "questão", foi que, o IDEAL, no meu ponto de vista, é que a criança seja criada por um casal constituído por um homem e uma mulher, independentemente de serem ou não seus pais biológicos.
De resto Thora, não me parece que algum estudo psicológico, possa garantir o sucesso de uma educação homossexual.
Obviamente que qualquer de nós é capaz de distinguir bons pais e bons educadores de maus pais e educadores, tenham eles as preferências sexuais que tiverem.
Ah... e não confundamos nada disto, por favor, com conceitos de afecto, amor e dedicação...

thorazine disse...

Bart,
temos pena..mas "o IDEAL" não existe.. :) Porque qualquer pai e qualquer mãe falha, comete erros, tem dúvidas..

"De resto Thora, não me parece que algum estudo psicológico, possa garantir o sucesso de uma educação homossexual."

E ninguém falou em "sucesso educacional". Até porque isso não está garantido a nenhum casal, seja hetero ou homo. No entanto o que o estudo verificou foi se um casal formado por pessoas do mesmo sexo, se a sua relação, poderia afectar o desenvolvimento cognitivo emocional, social, sexual de uma criança. E não afecta. Talvez se fizessem esse estudo com um casal de lobos a educar uma criança, os resultados não fossem os mesmo. Nada está garantido, quer para um casal homossexual quer para um casal heterossexual. No entanto, como o ideal não existe, vive-se com o que se tem..

"Aquilo que referi, como sendo a minha opinião pessoal, baseada unicamente na minha forma particular de avaliar esta "questão"

E tu tens o direito a teres a tua visão, a tua opinião. Só acho que estás a ultrapassar esse direito quando defendes uma lei que impõe a tua visão do mundo a outros, quando uma lei decide que outros não podem educar crianças quando todos os factos, toda a ciência que estuda o desenvolvimento da criança aponta para o contrário.

Seria o mesmo que viveres num país de Jeovás onde todos achavam errado fazer transfusões de sangue, e por causa das opiniões deles e dos seus valores, tu terias de te sujeitar a morrer durante uma operação porque a lei não permitia que recebesses sangue de outrém! Neste caso, não são valores que se impõe à ciência - apesar de na génese o serem - mas sim valores baseados no preconceito e rejeição à diferença. Ambos não são valores científicos, simplesmente valores baseados em crenças que seriam, e neste caso foram!, transformados em leis..

thorazine disse...

Errata: onde se lê: "Neste caso, não são valores que se impõe.." deverá ler-se "Neste caso, não são valores religiosos que se impõe.." :)

Bartolomeu disse...

Ok... Thora, meu amigo...

Anfitrite disse...

Aquiles

Estou completamente de acordo com o seu comentário inicial. Eu por acaso utilizei o termo cobarde mas queria dizer outra coisa. Até há aqueles chefes militares que drogam os seus homens para que eles sejam heróis à força e sem comtemplações. Mas piores que todos são aqueles que decidem fazer ou entrar numa guerra só por interesses próprios, e muitas vezes esses é que são os homenageados, os condecoradose os que ficam na história como heróis.

Thora,
Já tinha lido a notícia e os comentários há dias. Até a frustada de elisa pregado veio botar palavra na TV, para ver se arranja mais uns clientes.
Mas não se preocupe nem tente esclarecer quem não quer ser esclarecido. Nem acabei de ler estes comentários todos. A lei está feita. A seguir virá a possibilidade de adopção e apadrinhamento. E também não esqueça que a ideia que muita gente tem da homossexualidade é do folclore gay que se vê por aí.(Não se esqueça que o papa até pôs cá fora agora um "despacho" onde são considerados nulos os casamentos de um católico com um não baptizado).
É irreversível. Mas os fanáticos esquececem que a maoioria das crianças são maltratadas, quer pelos casais hetero, quer pelos monoparentais, quer pelos divorciados, onde as crianças são joguete e moeda de troca. Eu sou anormal porque até levava porrada por ir a casa da minha avó paterna, porque eu gostava muito dela, mas ela fazia a vida negra à minha mãe. E quem pagava as favas era eu. Mas tudo isso não me fez mal. Fez-me sempre encarar a verdade de frente e de ser uma besta a dizer o que sinto, porque detesto hiprocrisias e boas maneiras dos filhos com pedigree, herdeiros de barões feitos com dinheiro trazido do Brasil. Por alguma razão há aquele ditado: " Foje ladrão que aí vem barão". Mas continuando, eu conheço casais de homossexuais, um de Homens e outro de Mulheres. Ao dos homens eu, e muita gente ía quase diariamente a casa deles. Nunca vi uma atitude que me chocasse e nunca vi homem ser convidado e padrinho de tanta gente. É uma pessoa culta, inteligente sensível, bem disposta e por aí fora. Ainda hoje, com antecedência, começa a elaborar a sua lista de Natal e a mandar pelo correio, os seus cartões personalizados de Boas-Festas. Não envia sms(short message service). E se eu lá estiver à hora de jantar, não saio sem vir servida.Tudo o que se passa à nossa volta é fruto de interesses e compadrios e de gente com a cabeça fechada, mas todos têm direito à sua opinião, não se preocupe. E não se esqueça: "A maior de todas as drogas é a PALAVRA!" Por isso eu não filosófo, digo o que penso.
Bom fim-de-semana para todos
o.O

Cê_Tê ;) disse...

Thora, é pá!!!!!! eu já li o teu comentário TRÊS vezes e ainda que eu não seja prendada a nível da lingua materna só posso concluir que das 3 uma delas: ou estás muito pedrado ou tens um humor non sense melhor do que eu alguma vez encontrei ;))) ou és muito distraído. LOL
Eu não vou dizer que dessa água NUNCA beberei porque Deus é um grande sacana para quem se arma em ateia e o mal Alzheimer parece que não está nos heterossomas...
Mas que tiveste piada... tiveste com essa. ;P

Poderias ter até apimentado a coisa...

Cê_Tê ;) disse...

Thora, não vou apagar o comentário que fiz, para que entendas o que vou escrever a seguir.
Eu é que ando distraída de facto.
(Desculpa a parte do pedrado- fui incorrecta- foi uma saída minha infeliz baseada na tua bandeira sobre a legalização das drogas.)
De toda a forma o teu erro avaliação não +e culpa tua.
Bjnhs (se os quiseres aceitar ;*)

Mas não deposites tanta fé na ciência- ela é feita por Homens

Bartolomeu disse...

«E também não esqueça que a ideia que muita gente tem da homossexualidade é do folclore gay que se vê por aí.»
Assim sendo Anfi, se a decisão te coubesse, entregarias a educação uma criança aos cuidados da "classe" de homossexuais citada, ou... aprovarias uma lei sectária que os excluísse?

thorazine disse...

Anfitrite,
:)))

"A maior de todas as drogas é a PALAVRA!" É uma das grandes, sem dúvida! :D

Cêtê,
"Mas não deposites tanta fé na ciência- ela é feita por Homens".

Deposito mais credibilidade na ciência do que em pessoas que projectam a sua experiência de vida para a realidade, e que desta forma querem que a realidade seja como elas pensam que é.

E é verdade, esse teu comentário sobre eu estar pedrado só mostrou quais são os processos lógicos que te levam a defender o que defendes. Nada tem de mal...para além de ser triste haver gente a ensinar ciência com este padrão de pensamento..

Bartolomeu,
Meu amigo, e tu? Excluirias heterossexuais candidatos à adopção do folclore? Malta que apesar de ter um casamento tradicional gosta de usar camisas abertas até meio, calças cor-de-rosa e camisas amarelas, que falam alto ou são fanhosos, palitam os dentes em público, dizem asneiras, gostam de comer frango assado com as mãos, usam sapatos de palhaço, não cortam a unha do dedo mindinho?

Em que altura é que alguma destas características ia afectar a parentalidade? Qual é a ligação lógica Nei Mato Grosso -> mau pai? É que não percebo mesmo!

Bartolomeu disse...

Penso que não tenhas percebido inteiramente a questão que coloquei, Thora.
É precisamente pelo facto de não concordar com qualquer género de discriminação, que a coloquei.
Repara, todos conhecemos a realidade com maior ou menor profundidade, e sabemos que em todas as classes sociais, existem pessoas, ou grupos de pessoas, cujos habitos e práticas sexuais, ou sociais, não são aquelas que fácilmente concordaremos, serem tudos, menos as ideais para inserir uma criança.
É também do conhecimento geral, que as entidades que decidem a entrega de uma criança a um casal proponente, procuram apurar, se os mesmos estão na posse de variadíssimas condições que o permitam.
Agora, uma coisa é real e incontornável; quando essa lei, se essa lei for alguma vez aprovada, ela vai ser geral, não impedindo os gays, exibicionistas que a Anfi refere, de se proporem. Receio até, que as entidades a quem compete deferir os pedidos dos candidatos, venham a ter graves problemas com a comunicação social e as associações de defesa dos direitos homossexuais, quando indeferirem um pedido a um desses casais. Problemas mais graves que quando diferem um pedido a um casal hetero.

Cê_Tê ;) disse...

Thora, se te leres constastarás que sofres do mesmo mal do qual me acabas de acusar. ;) Mas eu compreendo a tua atitude.
Hoje não vou voltar ao assunto, quem sabe noutro dia.
Fiquem bem

Unknown disse...

A principal razão para as pessoas serem contra a adopção por casais homossexuais é por, consciente ou inconscientemente, associarem homossexualidade, na versão mais simpática, a anormalidade ou, na versão mais intolerante, a perversão. A polémica em torno da questão da adopção por casais homossexuais só vem mostrar que a homossexualidade está longe de ter o seu lugar na sociedade, como uma forma de expressão da sexualidade. A sociedade ainda se rege por ideias feitas e por ideais baseados na aparência e não na verdade do sentir. As crianças, essas só precisam de amor e de colinho de quem, verdadeiramente, tenha amor e colinho para dar. E enquanto as discussões se arrastam, as crianças fazem-se adultos nas instituições…

thorazine disse...

Bart, tu fartas-te de dizer que és contra a discriminação e preconceito, no entanto as ideias que expões vão contra isso mesmo!

"... sabemos que em todas as classes sociais, existem pessoas, ou grupos de pessoas, cujos habitos e práticas sexuais, ou sociais, não são aquelas que fácilmente concordaremos, serem tudos, menos as ideais para inserir uma criança."

Então estás a sugerir que quê? Que os casais homossexuais são um grupo em que estes hábitos com que "não concordamos" - ou que tu não concordas pelo menos, porque não sei do que falas - são mais predominantes? E assumes que esses hábitos serão passados de pais para filho?

Que tipos de hábitos referes? Sexuais? Como por exemplo sexo anal, sexo oral, sexo em pé? Achas que um casal hetero que faz sexo anal tem uma probabilidade de ter uma parentalidade mais deficiente do que o casal que não o pratica? Essa ideia que os homo é que são promíscuos já é velha, meu velho :), mas está ultrapassada! Vai fazer quase 100 anos que Alfred Kinsey mostrou que não há diferenças nos hábitos sexuais entre heteros e homos, apenas a ideia que as pessoas têm. Como sempre a ideia de que promiscuidade é "o que eu faço + 1".

Hábitos sociais? Tipo quê? Fumar? Dizer asneiras? Arrotar em público? Falta de educação e bom senso é transversal!

"Receio até, que as entidades a quem compete deferir os pedidos dos candidatos, venham a ter graves problemas com a comunicação social e as associações de defesa dos direitos homossexuais, quando indeferirem um pedido a um desses casais."

Por isso é que é preciso a avaliação cientifica - leia-se psicológia - dos casais adoptantes. Não é baseado se usam plumas ou são fanhosos. Mas sim qual é o projecto de vida que têm para aquele ser humano, que condições podem suportar, o quanto desejam criar aquele filho juntos. Agora, que diferença faz se a pessoa leva aneis e fala efeminado, ou se aparece de casaco de couro, pelos no peito à mostra e palito no canto da boca armado em macho?

Problemas só haverá se os profissionais não estiverem bem preparados para serem objectivos na sua avaliação e se prenderam nos seus preconceitos.

thorazine disse...

Cetê,
a minha realidade é bem diferente desta que eu tou a defender. Os meus avós são hetero, os meus pais hetero, eu sou hetero. Família religiosa. Avós conservadores. Não faço a mínima ideia do que é ser criado numa família homo. Por isso me baseio na avaliação feita por uma entidade externa e neutra que tem capacidades para fazer avaliação, como a APA e a AAP. Podia imaginar o quão fixe seria ser criado por duas mães ou dois pais, ou o quão mau seria. Mas ia-se limitar a isso: imaginação, visto que nunca vivi num lar assim.

Seria a mesma coisa que a Nasa lançar um estudo a dizer que em Titã a gravidade é 5 m/s² e eu levantar-me indignado a dizer que era mentira, porque em minha casa tudo o que caí é a uma velocidade de 9,8 m/s².

Ambientes diferentes, pessoas diferentes..têm de ser avaliadas por parâmetros objectivos bem fundamentados. Não é baseado nos "eu acho que..". Os "Acho's" devem ficar restringidos às conversas de blog, não podem agora ser usadas nas leis que governam a sociedade em que vivemos!

Bartolomeu disse...

Thora... a minha cena não tem a ver com a forma como os rapazes ou as raparigas se relacionam sexualmente, como se vestem, ou como interagem com a sociedade em geral- A minha cena, tem a ver somente com o facto de serem duas pessoas do mesmo sexo a adoptar uma criança que vai ter de ser acompanhada, educada, iniciada (repara que não incluo aqui outros valores)sensibilizada para uma quantidade de objectivos de vida para os quais concorrem diferentes factores, um deles que considero importante, é o de essa criança ser adoptada por um homem e uma mulher.
A minha cena, é tão somente esta e estou-me perfeitamente a borrifar para os gostos alheios, se comem com as mãos, ou com os pés, se arrotam alto, se esbugalham os olhos quando vêm as pernas de uma mulher, ou se pegam de empurrão. Conheço os meus gostos e respeito os alheios e tenho a noção perfeita de que, viver em sociedade, obriga a que se respeite as regras que essa sociedade determina. A alternativa... é tornarmo-nos eremitas e ir viver para o cimo de uma montanha, passando a ignorar tudo aquilo que uma sociedade nos impõe.
;)

thorazine disse...

Bart,
mas as regras que a sociedade impõe são determinadas pela própria sociedade, ou seja, nós. Neste caso, a nossa condição. E a homossexualidade faz parte da condição humana, logo deverá ser integrada na "regras" da sociedade. Podia-te falar na estorinha de que há milhares de espécies animais com comportamentos homossexuais e, principalmente nos primatas não-humanos, que escolhem apenas parceiros do mesmo sexo para viver com e que apenas se aproximam do sexo oposto para acasalar. Em vez de adoptarem, dirigem-se a um membro do sexo oposto para reproduzir, e depois voltam com a sua cria para ser criada e cuidada por um membro da população do mesmo sexo. Faz parte da natureza humana e, principalmente, faz parte da natureza! :)

"A minha cena, tem a ver somente com o facto de serem duas pessoas do mesmo sexo a adoptar uma criança que vai ter de ser acompanhada, educada, iniciada (repara que não incluo aqui outros valores)sensibilizada para uma quantidade de objectivos de vida para os quais concorrem diferentes factores, um deles que considero importante, é o de essa criança ser adoptada por um homem e uma mulher."

Não incluís agora, mas ainda o post anterior dedicaste exclusivamente a aspectos sociais e sexuais! E tu não achas que é um bocado prepotente inferires de uma realidade que não conheces? O que te leva a concluir que dois homens não têm condições para acompanhar, educar e iniciar na vida uma criança de forma saudável? Aliás, o que te leva a concluir que um homem e uma mulher fazem um trabalho melhor?

Estás a fazer uma generalização enorme,,

Bartolomeu disse...

Ok, tens toda a razão. Estou a generalizar, completamente.

AQUILES disse...

Anfitrite

As razões das guerras escapam sempre aos que combatem, desde o mais graduado ao menos graduado. O Thora referiu a droga da PALAVRA. E muito bem. Porque é que se combate? Que convicções o fazem?
Há algumas respostas, que são claras. O que nuca tem resposta e nunca se sabe são os motivos e os interesses que moveram os decisores dos inícios dos conflitos. Sempre assim foi e sempre assim será. O mal vence sempre o bem. Só nos filmes é que o bem derrota o mal. Mas os filmes são ilusão.

AQUILES disse...

Thora
Tens razão. O amor é essencial para a vida. Sem ele não se vive. E o que as pessoas mais buscam é o amor e não a felicidade. Embora os conceitos sejam intrínsecos

Anfitrite disse...

Bartolo,
Eu não entregaria a adopção a essas pessoas ,como não entregaria a certos manifestantes que dizem as maiores baboseiras. é apenas uma forma de extravasar recalcamentos e libertar o espírito.
mas não te esqueças que para qualquer adopção, são feitos inúmeros testes, verificada a existên
cia ou não de determinadas condições e por aí fora.
Eu também não vejo razões para uma criança ficar traumatizada por determinados acontecimentos. Que eu saiba um casal hetero não anda a fornicar nem a lamber-se na frente dos filhos. Em minha casa nem se tomava banho. Mas com o tempo as coisas vão evoluindo e já não será estranho para ninguém que uma criança diga na escola que tem duas mães. Por enquanto para mim acho que é menos chocante para a sociedade se forem duas mulheres.
Aliás com a crise voltamos aos tempos antigos, antes de haver a riqueza balofa, em que as pessoas partilham as casas tenham elas a orientação sexual que tiverem.
Pior do tudo isto é ver o que se passa com a troca de casais e os bacanais colectivos e os filmes porno para vender onde ninguém utiliza qualquer protecção. nos filmes as grandes produtoras dizem que fazem análises, mas quem garantem que a doença não esteja no periodo de incubação, ou que o artista ao virar da esquina, ou atrás da porta não dê uma queca?
alguém já pensou há quantos anos é que se começou a preocupar com os problemas psicológicos das criancinhas? Em inglaterra ainda existem as mansões onde as criancinhas passavam a vida com as amas nas águas-furtadas e os pais quase nem os viam.

Anfitrite disse...

Aquiles,
Quem referiu a drogra da PALAVRA fui eu. O Thora apenas corroborou.
Só é pena que os senhores da guerra nunca sejam penalizados.
Até o anormal do bush esta semana publicou as memórias a dizer que foi enganado por outro, que agora não me lembro se foi o cheney ou outro.
Boa noite

Anfitrite disse...

A maioria dos casais hetero que quer adoptar é só por puro egoísmo. Procuram crianças loiras de olhos azuis,ou morenas de olhos verdes, feminino ou masculino, conforme os casos, e estão anos à espera dessa encomenda, enquanto há crianças com pequenos problemas, ou de cor que ficam até à maioridade sem conhecer um lar. Algumas dessas adopções apenas são feitas por estrangeiros.

thorazine disse...

Bart,
pareceu-me que esse "Ok" foi um bocado irónico, um "TÁBEM"..

Mas eu insisto! :P Não podes generalizar, cada casal deverá ser visto em particular, sendo dois homens, ou duas mulheres, um homem e uma mulher, uma mulher e um anão! Olhar para o potencial de parentalidade que há.. :)

Para ir entretendo: http://www.youtube.com/watch?v=YrjBkHBGFkc

Bartolomeu disse...

;)
Pareceu-te muito bem, Thora!

Cê_Tê ;) disse...

Boooom dia!
http://www.youtube.com/watch?v=evjJWBcphQk&feature=related

thorazine disse...

Bart,
foi um TABEM igual a este?

http://www.youtube.com/watch?v=yh-QNg4D9GI

Tou cheio de a ouvir!

:))

PS - Sabes o que é nada desta vida? É nada desta vida!

Bartolomeu disse...

Não Thora, o meu "Ok, tens toda a razão. Estou a generalizar, completamente." quer dizer que já disse tudo quanto tinha para dizer acerca deste assunto e que não vou repetir aquilo que ja disse.
Espero que tenhas compreendido...

Já percebi que gostas de debater assuntos e pontos de vista; eu também, só que dentro de uma lógica e de uma linha de raciocínio, de outra forma, estamos um a falar de "alhos" e o outro de "bugalhos", nesse caso, se insistirmos no exercício, acabamos numa conversa desinteressante.
;)

andorinha disse...

Minha Nossa Senhoraaaaaaaaaaaaaaa!

A adopção ou não por parte de casais homossexuais resume-se a isto: pessoas inteligentes, defendem-na; trogloditas, como diria a Inês, não. Não há nada mais simples!

Agora num tom um pouco mais sério, subscrevo o Thora, tintim por tintim.
Agora é que eu vejo a vantagem de chegar tarde e já alguém ter dito por nós o que queriamos dizer:)

Fiquem bem.

Um jinho especial ao miúdo por ser quem é com tão tenra idade:)))

bea disse...

Bart e Thora
Pois...assim um pouco como a andorinha. Tarde. Pergunto, (desculpe senhor professor se ofendo a sua realidade tribal) a família é quem? Não oiço a voz do sangue, e tantas vezes oiço olhos que gritam e sou família deles sempre que os oiço gritar e lhes dou atenção, os "ouvi". Somos irmãos quando lhes sei a alegria e isso me satisfaz A MIM ou sou eu que lha preparo. Família é grupo que não tem que ser biológico, nem tem que provir de junções hetero ou homo. São outras as coisas que lhe pertencem como suas. Havendo-as, há família. E tudo o resto deveria ser um cuidadoso trabalho para que estes fossem os princípios a respeitar por exemplo na adopção.

Anphy
Adopção não é capricho. Tem razão, há casos em que as mesmas crianças regressam às instituições várias vezes. Entregues depois de estudo aturado dos senhores psicólogos e assistentes. Mas também há muita gente que aceita um filho com um espírito que ultrapassa o de quem o traz na barriga (situação deveras incómoda): como ele é e como ele será com tudo o que já tem consigo e ainda não se sabe. Pode crer, é muito desafiante. E oxalá se aceitem muitos desafios destes - homo ou hetero, mono ou bi - famílias precisam-se.

andorinha disse...

Bea,

Sabes? Gostava de ter sido eu a escrever isso!:)
Partilho integralmente a tua opinião.
É de uma enorme sageza e sensibilidade.

fiury disse...

Não entendi nada do texto. Medo?Que tipo de medo? Noção de perigo? Coragem? Falta de noção do perigo?Falta de coragem? O que é a coragem?
Estamos a falar de quê? De medo de leões ou de um precípico,do escuro?
Não entendi nada.Mesmo.

Bartolomeu disse...

bea; eu, acho muita graça a estes debates, quando eles se iniciam dentro do argumento "igualdade social" e, num ápice saltam para o campo do individualismo.
Tentei demonstrar que no meu ponto de vista, as leis, são elaboradas e aprovadas para fazer efeito na sociedade, sem excepção.
Como o grupo social homossexual, se caracteriza por ser muito heterogénio, ao ponto de alguns dos seus sub-grupos, se considerarem à margem da sociedade, foi aprovada uma lei que não faculta a possibilidade de adopção ao grupo social, homossexual.
Aquilo que os nossos amigos Thora e Andorinha, replicaram, foi que; um avião que atravessava o Atlântico, se despenhou e se salvaram somente um bébé com semanas de vida e dois homens, homossexuais que adoptaram a criança, nadaram com ela até uma ilha deserta e aí fizeram tudo o que humanamente lhes foi possível, para manter a criança saudável, até serem resgatados.
Obviamente, que este facto, habilita TODOS os homossexuais, a adoptar uma criança, conferindo a todos a ligitimidade para que possam socialmente exigir este direito.
;)

cdgabinete disse...

Gosto deste novo look do blog Professor. Bem escolhido!

Cê_Tê ;) disse...

O melhor era (para além-mar da questão do sexo genético do(s) "Pais" adoptivos)acentar que indicadores deveriam ser avaliados e ter em conta na entrega de uma criança para a adopção. Isso SIM parece-me sensato.
E curiosamente a discussão é tão redutora quanto egoísta. Afinal estamos/estão preocupados com o quê? Com os direitos de QUEM MESMO?

Bartolomeu disse...

Pois é Cê_Tê... por estar precisamente em causa a defesa dos direitos de um ser que, por ser dependente dos cuidados de adultos e não possuir ainda capacidade para poder escolher de acordo com os seus critérios pessoais, o par de adultos que se propõem adoptá-lo, é que a superior consciência social, decidiu legislativamente, não reconhecer esse direito a casais constituídos por dois membros do mesmo sexo.

andorinha disse...

Bart,

Isso nem parece teu. Essa historieta não tem pés nem cabeça:)

Diz-me: onde disse eu que TODOS os homossexuais devem poder adoptar uma criança?
Não sou inconsciente.
A questão é que nem TODOS os homossexuais nem TODOS os heterossexuais. Para mim isto é tão evidente que nem entendo a discussão, sinceramente.

Sou contra qualquer forma de discriminação como já aqui disse milhões de vezes, por isso esta é mais uma que gostaria de ver abolida.

E já agora respondo: estou preocupada com os direitos de todos, claro que também com os da criança, como é óbvio.

E não sei o que é a "superior consciência social"...

Anfitrite disse...

Bea,
Eu sei que adopção não é capricho, regra geral, mas quando a maioria escolhe as característas da criança é pior do que um capricho. Quando alguém faz um filho desconhece como ele será. Não é verdade?
Eu tenho uma amiga(é engraçado mas parece que sou a única aqui que fala daquilo que conhece, os outros discutem ideias, são os inteligentes, ou então têm medo de falar de si), que durante anos procurou adoptar uma criança. Inscreveu-se em tudo que era sítio, foi a hospitais, etc. e não punha condições. Finalmente conseguiu adoptar uma criança do sexo feminino.
Passado algum tempo, telefonaram-lhe a dizer que a menina tinha um irmão já crescido e que ninguém queria adoptar. Ela não hesitou. Juntou dois irmãos. Isto não é capricho.
Quando a gente escreve de sopetão nem sempre escolhe as palavras, sobretudo quando não tem esse dom.

Ontem não disse mas para os homofóbicos pensarem um pouco, gostaria de acrescentar que o amigo a quem me referi em especial tem um irmão machão com dois filhos, é filho dum militar de carreira e duma adorável senhora, que se alguém batesse à porta e ela estivesse de avental, tinha de esperar que ela o tirasse e fosse ao espelho ver se estava apresentável. E a educação para os filhos não foi diferente. O outro também tem um irmão casado e com uma filha. Eu sei que não posso generalizar, mas gosto muito de dar exemplos, faz parte da minha formação científica, em que as coisas têm de ser demonstradas. Eu nunca empinei fórmulas.

bea disse...

Bart

Não me pareceu nada disso na conversa do Thora ou da andorinha. suponho que a ti tb não, ou não terias escrito tanto:) Não sei que te diga da homossexualidade circense ou de outras formas que existam. Não interessa se sou homo ou hetero, sou eu. E esse eu cresce se tive a coragem de assumir
uma condição natural que contraria a norma da própria natureza tal como a sociedade a quer ver. Em relação a debates de opinião, sinto-me muito sem palavras para eles e parecem-me óbvias coisas demais, ainda que vos leia atentamente. AS crianças "são o melhor do mundo", disse o poeta, e ainda que o não dissesse, seria verdade na mesma. Têm que ter infância e liberdade. AS instituições matam tanta coisa como não calculas. Digo eu. Na verdade nem sequer pretendo ter razão. Deixei-me disso :)

Andorinha

Não é engraçado concluirmos que a nossa originalidade de pensamento é nada? Tudo tem vários lados, viramos de outro e chama-se sintonia :) Acontece.
Boa semana

Anfitrite disse...

É preciso acrescentar que apesar de não empinar fórmulas sei muitas de cor, porque sempre tive uma boa memória em todos os aspectos, o que às vezes me dá cabo da cabeça.

E para quem não percebe deixem-me contar que para a praia onde eu comecei a ir quando era miúda havia um tontinho que tocava acordeão para lhe darem qualquer coisa. Então a gente pedia: Ó chico, toca um baião. E ele tocava qualqer tudo menos isso. se a gente replicasse que não era um baião, ele respondia: é preciso não confundir o medo com o cagaço.

thorazine disse...

Bart,
"Aquilo que os nossos amigos Thora e Andorinha, replicaram, foi que; um avião que atravessava o Atlântico, se despenhou e se salvaram somente um bébé com semanas de vida e dois homens, homossexuais que adoptaram a criança, nadaram com ela até uma ilha deserta e aí fizeram tudo o que humanamente lhes foi possível, para manter a criança saudável, até serem resgatados."

Eu nunca disse isso, tens imaginação para dar e vender! Eu nunca defendi a adopção homossexual como último recurso, ou que no fim alguém com mais poder educacional resgatasse a criança. Em parte nenhum escrevi isso, tens de estar mais atenção ou esforçares-te melhor a interpretar o que os outros escrevem.. ;)

Eu acredito, e tenho milhares de especialistas e estudos em childcare a corroborar, que dois homens ou duas mulheres poder fazer um trabalho educativo tão bom ou melhor que um homem e uma mulher! Ponto!

Os casais homossexuais, neste momento, podem adoptar: basta que um dos casais tome plena responsabilidade pela adopção! Em portugal há umas centenas de casos de crianças criadas por homossexuais!

Falas que as crianças não podem escolher
http://vodpod.com/watch/3509893-a-multiplicao-dos-pais-grande-reportagem-sic

" par de adultos que se propõem adoptá-lo, é que a superior consciência social, decidiu legislativamente, não reconhecer esse direito a casais constituídos por dois membros do mesmo sexo."

Eu não percebo que conceito é este que tu por várias vezes já falaste de "consciência global" ou "regras da sociedade", como se isso fosse imposto por uma entidade externa e fosse certificado como o mais correcto moral, ético e cientificamente! Sabes que ainda há 300 anos a "consciência global" e as "regras da sociedade" ditavam que o homem negro era inferior ao branco, que tinha de ser submisso a a ele, e a trabalhar arduamente para purificar a sujidade da sua cor. Ainda há 30 anos, a consciência global e as regras da sociedade determinavam que a mulher deveria obedecer, em qualquer idade, ou ao pai ou ao marido, que tinha de lhes pedir autorização para trabalhar e os seus patronos poderiam ir lá receber o ordenado, assim como lhes devia respeito e permissão para sair do país! Não é pela sociedade ditar que na verdade está correcto, não é por a natureza ditar que está correcto. A moral e a ética foram desenvolvidas por humanos, e evolui com eles!

Eu gosto de discutir ideias! Adoro até. Porque estou sempre a aprender e já evolui várias vezes a minha opinião nestas discussões, já a reforcei várias vezes, como já a mudei para o lado oposto. :))

No entanto, acho que aqui estás preso demais à tua realidade, às tuas concepções e à tua forma de ver o mundo, e relutante em aceitar a diferença, em aceitar que familias diferentes das que tu conheces podem atingir o mesmo resultado! Viste a reportagem da sic "Historias com gente dentro" com o titulo "Famíla"? É muito elucidativo disto mesmo.. ;)

Anfitrite disse...

Bartolo,
A lei que foi feita foi a lei possível, mas ela está já preparada, com mais uma achega, para permitir a adopção, até porque existem outras normas que ajudam nesse sentido.

E quem é que fala aqui em direitos deste ou daquele?

Nunca a mulher do século xxI teve tantos direitos consagrados na lei. no entanto, ela nunca foi tão explorava como agora. Lembrem-se da rica vida da "homewife" que sem direitos mandava que se fartava.

AQUILES disse...

O post não é sobre adopção. Mas escorregou para aí. Não queria opinar sobre a matéria, mas... cá vai.
As famílias, em princípio, são formadas por laços de sangue. Mas depois são os laços afectivos que solidificam as famílias. O ser-se do mesmo sangue não é garantia absoluta de boa afectividade, e exemplos não faltam. O ideal seria que cada um tivesse na família original a sua familia afectiva. Mas quando isso não pode acontecer, há que aceitar-se uma boa oportunidadde de familia afectiva. E o necessário para isso é a existência de pessoas dedicadas e bem formadas. E independente de religião, sexo, ou qualquer outro rótulo. Uma boa pessoa que dê de si à criança, com amor, carinho, ternura, disciplina, compreensão, exemplo de cidadão e que, na dúvida em relação à acção a usar no dia a dia, use sempre de bom senso. Se isto fosse aplicado aos não adoptados de certeza que não haveria crianças para adoptar para além dos órfãos.

Bartolomeu disse...

Ok, caros defensores do não-sei-concretamente-o-quê... coloco-vos um desafio, especialmente àquela mocinha que ali em cima declara ser amante dos exemplos...
;))))
Imaginem uma criança, ou um milhar, pró caso tanto faz, que é adoptada por um casal homossexual e que, à medida que vai crescendo, apesar de reconhecer todo o amor, dedicação e carinho que os pais adoptivos lhe dedicam, se sente desconfortável com o facto de, para além de não ter sido gerada por eles, pertence a uma família diferente. Imaginem ainda que essa criança, ou esse milhar de crianças, pró caso a quantidade não é relevante, passa a viver descontente, quando adquire a consciência da diferença. Passa a viver angustiada, quando na escola, no grupo de amigos, na sociedade, lhe apontam o dedo.
Passa a viver frustrada, deprimida, desenquadrada e consequentemente alienada da sociedade em que vive. Não obtem aproveitamento escolar, isola-se, não tem amigos, torna-se esquizofrénico, depressivo, maníaco, do mesmo modo que outra criança, ou vários milhares delas, não interessa o número, filhos de pais alcoolicos, consumidores de drogas ou indigentes.
Em vossa opinião, quem legisla, como deve prevenir estas situações sociais?!
;)
P.S. Atenção, quem se entrega ao debate, tem sempre como objectivo tornar cativo o(s) seu(s) oponentes!
;)))))))))

bea disse...

Bart

sem essa de cativos ou entregas, tá? O exemplo que referes parece-me um processo natural na vida de quem é adoptado e de quem adopta e não um estado. Apresentas um exemplo extremo e pouco comum, que poderia suceder em quaisquer circunstâncias, por ser devido talvez a características do sujeito (as tais que os adoptantes aceitam sem as saber). Mas, ainda assim, faz parte de um processo. Como diz Aquiles, é uma questão do afecto de anos e de bom senso, tem de ser vivida em família. Talvez até com ajuda externa. Legislação????!

PS: não precisas mais achas; quando o calor excede a medida da lareira, vai-se o prazer

thorazine disse...

Bart,
Aí um casal de homossexuais poderia ser substituido por um casal de coxos, de gajos, de gordos, de negros, de chineses, de fanhosos, de desdentados, de metaleiros, etc..! Tudo o que seja diferente está sujeito a discriminação, agora..será isso um grande motivo ou impedimento para o sucesso educacional?

thorazine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bartolomeu disse...

Ora aí está, Dom Thora... de mansinho, de mansinho, chegaste lá!
;)))
Tu próprio encontraste sem esforço aquilo que a própria sociedade faz questão de descriminar.
Lógico, né verdade?!
;)
É que, quando se avalia uma situação, temos de ter em conta todos os factores que a compõem...

thorazine disse...

Bart,
por esse comentário então deduzo que tens uma perspectiva Hitleriana da adopção! Vejo que por ti só pessoas bonitas, loiras e de olhos azuis são as unicas possíveis candidatas..

Bartolomeu disse...

;))))
Não é bem isso, Thora.
O leque de opções que apresentas, excede largamente na minha prespectiva, os critérios de escolha.
;)))
Mas... continua a comentar, que eu continuarei a responder... vamos tentar colocar o "Murcon" no Guiness, com o maior número de comentários, colocados a um post.
Combinado?!

Peacock disse...

Quantos cães compraram para perderem tantos medos?

Anfitrite disse...

Eu quero colaborar. Quero ser famosa.

Já apareci mais do que uma vez na tv, mas isso não me tornou famosa. Mas com o background do nosso anfitriâo talvez consiga.
Bartolo,
é assim tão grande a raiva que já nem me chama pelo nome?
As leis normalmente prevêem certas situações fora do comum dos mortais a que se destinam.
E para os que não cumprem, há as sanções: coimas, multas, prisões, etc e tal.
E para os traumatizados, que os há em todos os lados, há as variantes todas de psis, que agora até estão na moda. Lembram-se dum grande filme do Woody Allen,com a Gena Rowlands e a Mia Farrow que até tornou famosa a psicanálise? Muito gosto eu de derivar.

Bartolomeu disse...

Anfi, mesmo que estivessemos frente a frente, cada um a defender pontos de vista diferentes, mesmo que antagónicos, nunca sentiria raiva.
Tenho a noção precisa, que os meus pontos de vista, têm o valor que têm, unicamente para mim. Mesmo que encontre nos outros a concordância com aquilo que penso e que exponho, o que penso continua a valer o que vale, para mim.
É que, eu não possuo um negócio onde venda pontos de vista, opiniões e reflexões. Também não possuo um negócio em que venda cinismo, ou hipocrisia.
Tão pouco possuo um negócio, onde venda a defesa das causas alheias.
Logo... raiva, é um substantivo que prefiro substituir por hironia, quando muito.
;)

Anónimo disse...

"Numerous studies over the last three decades consistently demonstrate that children raised by gay or lesbian parents exhibit the same level of emotional, cognitive, social, and sexual functioning as children raised by heterosexual parents."

E os mesmos numerosos estudos psicológicos provaram então que os homofóbicos são pessoas que não tiveram o "privilégio" de serem educados por um casal gay.

Por extensão, os racistas são pessoas que não tiveram o "privilégio" de serem educados por um casal de pretos.

E o ideal é ser educado por casal de gays pretos psicologicamente equilibrados. Numerosos estudos psicológicos concluíram.

Gostava de saber para quando é que a American Psychological Association e a American Academy of Pedritics vai agendar a publicação do Manual de educação de nabos.

Anfitrite disse...

Ó homem não percebe as minhas hironias. Envio-lhe a música de
"Uma Outra Mulher" para acalmar, já que gosta tanto do Woody Allen.


http://www.youtube.com/watch?v=_wLzQCcxP78&feature=related

Bartolomeu disse...

Excelente memória, Anfi!

Anfitrite disse...

Xelim,
Que me desculpem a expressão, mas eu estou-me cagando para os manuais de instruçao dos psicólogos e pediatras yankies.
Manuais, para mim, só a Cartilha Maternal de João de Deus.

thorazine disse...

Bart,
pois excede! Tu só escolhes, das características que podem ser motivo de exclusão social, aquelas às quais ainda tens preconceito! ;)

"Se o homem é formado pelas circunstâncias, é necessário formar as circunstâncias humanamente". A Sagrada Família, de Karl Marx e Friedrich Engels.

E agora musica de Boa Noite!

http://www.youtube.com/watch?v=Er5uuCYi7q4

thorazine disse...

Anfi, poderoso! :)*

thorazine disse...

PS - http://www.youtube.com/watch?v=ZidBmzFFSyk

Bartolomeu disse...

;)))
Interessante, Thora...
Xacáver se entendi...
«aquelas às quais ainda tens preconceito!»
Quécedezer, conseguiste entrar no meu reduto íntimo e acedeste à minha base de dados mais recôndita, o que te deu o privilégio de conhecer as minhas convicções pessoais.
Foi isso?!
Apanhaste-me a dormir, ou então colocaste-me sob hipnose e andaste a passear pelos meus circuitos neurológicos.
Isso, meu caro, dá-me direito a colocar-te um pocesso disciplinar na Ordem dos Médiuns e Videntes.
ainda te arriscas a ver a tua carreira arruinada, ou que te retirem o alvará.
;)))))

A Menina da Lua disse...

Bom dia!

Gostei da discussão sobre a adopção. Em ambos os lados houve argumentos interessantes a considerar.
Para mim, cada caso será um caso a analisar, tendo sempre presente a ideia de que o foco do interesse deve ser sempre as crianças e se houver alguem de bem que as queiram...as criancinhas, maltratadas e abandonadas gostam e agradecem...

Thora:)

Interessantíssimo o seu último link!

F disse...

Cê-Tê: Por falar em "expressão homeostática", já está provado, em laboratório, que o stress (ansiedade, etc) provocam uma diminuição das defesas do nosso organismo, portanto, afectam o sistema imunitário.
Ver John Gottman:
http://blogscraps.blogspot.com/search/label/John%20Gottman

Sonia Cavigelli (biobehavioural health) também investigou isto:
http://www.huck.psu.edu/people/sac34

Anfitrite disse...

Este blogue já teria entrado no Guiness, ou estaria com acesso restrito, se o FDL já tivesse participado na discussão. Para ele ainda não ter entrado aqui é porque já teve um AVC ou um enfarte. Não acredito que o seu auto-controlo seja tanto que não consiga meter a colherada, ou então está habituado a sofrer muitas frustações e recalcamentos.
Boa tarde

Bartolomeu disse...

after all... the sky has some favorites, Anfy!
;)))))))))))

Cê_Tê ;) disse...

F ;)
Muito interessante, Thora. Esta última geração é de facto uma geração quântica.;P A abordagem foi mas é muito cor-de-rosa mas como foi feita no mesmo tom em qualquer uma das gerações que retratou...

A Menina da Lua disse...

Thora

Tambem já comecei a gravar a "Terapia" e já vi uma das séries.

Gostei! mas vou esperar por mais.

CÊ TÊ

Tambem concordo!as questões são apresentadas apenas em largos traços, porem entendíveis.

Anfitrite disse...

Bartolo,
O nome de baptismo do meu apenas fecundado blogue é precisamente "O Céu Não Tem Favoritos" baseado num livro que li na minha juventude, que muito me impressionou, na altura, e que mostra precisamente o contrário.

http://www.imdb.com/video/screenplay/vi3283026201/

Bartolomeu disse...

Precisamente, Anfi... daí a minha citação!
;))))

Bartolomeu disse...

Este comentário tem a finalidade única de arredondar o número.
Mas... (perguntam os estimados co-comentadores) o post não podia ter ficado com somente 99 comentários?!
Poderia... mas não seria a mesma coisa!
;)))

Anfitrite disse...

Para ficar uma capicua, para dar sorte.
Não sabia Bartolo que sabias tanto de mim e do livro.

Anónimo disse...

102

isabel disse...

103

Su disse...

"Mais do que vencê-lo, aprender a viver com ele, sem deixar que nos paralise.
Mas falar e escrever é fácil:). "


.... mas paralisa......pq falar é fácil.....


aqui todas as conversas vão bater à homossexualidade....uns continuam a considerá-la anormal outros obrigatóra ? :)

prof terá de falar e explicar a sexualidade/prazer/reprodução e esquizofrenia (dasss)
q eles tanto mencionam ouvir/adorar/entender e por fim orar
durante mais 40 anos....

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.