A distância é piedosamente enganadora - faz-nos crer que amamos as pessoas e não apenas o amor que tecemos à volta delas. Como a pérola, abraçada ao corpo estranho que a encanta e ameaça. Beleza prisioneira de concha própria...
Adoro pérolas, no entanto sinto-as muito insipidas, talvez por se sentirem tao presas dentro da casinha que escolheram. Talvez se tivessem mais liberdade, se falassem mais com as outras pedrinhas, conchinhas se sentissem bem melhor e nao julgassem tanto as da mesma espécie?... se é que isso existe... um lugar com amor, com mais janelas(mesmo que pequenas) para o exterior delas proprias. - Mesmo assim não deixo de as considerar muito, muito belas. E afinal vivem no seu pequeno mundo, que poderá ser bem melhor...
Metáfora, é a "minha praia". A vida é uma caleidoscópica metáfora. Sempre que o "tubinho" se agita e os vidrinhos mudam de posição, constroi-se de imediato uma nova imágem, colorida e simétrica. Culmina o fim desta metáfora, com o princípio... não ha meios, somente princípios e fins, que são os principios e os fins, de si mesmos. Que maravilhosa metáfora... ;)))
Mas a propósito de amores e dos seus possíveis enganos... aqui fica um poema brincalhão e engraçado do Fernando Pessoa:
Ai, Margarida, Ai, Margarida, Se eu te desse a minha vida, Que farias tu com ela? — Tirava os brincos do prego, Casava c'um homem cego E ia morar para a Estrela.
Mas, Margarida, Se eu te desse a minha vida, Que diria tua mãe? — (Ela conhece-me a fundo.) Que há muito parvo no mundo, E que eras parvo também.
E, Margarida, Se eu te desse a minha vida No sentido de morrer? — Eu iria ao teu enterro, Mas achava que era um erro Querer amar sem viver.
Mas, Margarida, Se este dar-te a minha vida Não fosse senão poesia? — Então, filho, nada feito. Fica tudo sem efeito. Nesta casa não se fia.
Alvaro de Campos
Ainda há as que não se deixam enganar...e depois! qual é a graça!:)
Senhor Professor, efectivamente as suas metáforas relacionadas com a Geomorfologia são piorzitas… que estas malacológicas. Olhe que “malacológicas” também é giro. Faz lembrar certas lógicas…
Bolas, bolas!!!!!;) Tenho de ir estudar para estar à altura ;D
E meninadalua, divinal o seu post.;) Posso dizer que não conheço nada de Fernando Pessoa, ainda que se calhar seja prima afastada dele! ;)))Mas era um grande criativo, não sei se verdadeiramente sofredor. Agora já sou eu a especular um malabarista das palavras e das percepções.
A distância é memória. A recordação é saudade. À distância somos perturbados pelas nossas paixões, pelo que julgamos como bom. Juntos é a realidade, com aquilo que, nós achamos, de bom e de mau no outro, e vive-versa. Sim, a distância é piedosamente enganadora.
Senhor professor a metáfora é de boa água :)mas as pérolas só chegam a pérolas dessa forma paciente. Desconfio de amizades por pedras, ainda que preciosas. Quanto a distâncias piedosas...o senhor é quem sabe. Alinhava mais na força das distâncias impiedosas. Mas isso era mim.
Bart
Nunca simétrico salvo na tua (nossa) cabeça. A simetria é o cansaço dos olhos.E talvez do espírito.
Menina, obrigada. a Menina é cheia de surpresas agradáveis; também desconhecia esse poema. E lembrou-me um outro que F. Pessoa fez à Ofelinha, entre a estação de Casa Branca e Barreiro A - numa viagem de comboio, onde terá ido o poeta? Um nonsense de entreter crianças, que ainda me faz sorrir.
Compreendo a tua defesa, de uma certa assimetria, bea. Mas, concordarás que em algumas análises e decisões, é imperativo que optemos convictamente pelas simetrias, mais não seja, para tornar úteis, algumas assimetrias. ;)
Ó distância, diz-me se és geográfica ou temporal. Ó distância, diz-me se és a distância dos amantes que se amaram sem trair a palavra Amor. Ó distância, diz-me apenas porque te instalaste. Ó distância, diz-me, depois, para quem existes. Ó distância, fala-me da tua grandeza, da que distas de um ao outro lado e da que distas do outro ao primeiro lado. Ó distância, fala-me da tua geometria ou falta dela.Se existes de um lado e se existes do outro lado, diz-me se ainda tens voz. Diz-me qual a língua que falas, para ver se te compreendo.Ó distância, diz-me, então, apenas, por que raio passaste a existir. Ou porque não te rompes ou não mais quiseste romper-te. Porque continuaste tu, ó distância? Do boato que aqui me chegou, ó distância, diz-se que caíste ao mar sob a forma de duas lágrimas que nunca secaram por se terem diluído em tanto mar - e que mar salgado foi esse onde ainda hoje continuas a navegar, que te abraça sem te deixar regressar ou que te encerrou nessa concha só para poderes guardar a pérola do amor que aconteceu. Ó distância, significas tanto assim? Navega, então,que não precisas desnudar-te da concha em que te agasalhas nesse mar por vezes tão frio, tão imenso, tão distante.Também eu guardo as minhas pérolas, guardando distâncias ou despojando-me delas.
Garantidamente que se a pérola é tão bela será pq se sente muito bem dentro da sua casinha, diga-se mundinho. Penso que se estivesse ausente, o seu mundo aí surgiria a falta e quem sabe, para a conchinha, sentir-se-ia muito incompleta. Bom feriado, caros MURCONS. Beijinhos grandes Paulinha
Agora vou debruçar-me sobre o post do senhor professor (ó pra mim debruçada), é que me parece um bocadito um poço sem fundo à vista, a não ser o próprio mesmo. Diz que a distância propicia o amor de si mesmo no(s) outro(s) e não dele? como gostar de um ideal é ainda apenas nós, distanciando-nos da realidade (supus eu no meu exercício de leitura). Afirma de tal estado ilusório-perceptivo da mente, ou lá onde seja que os sentimentos se alojam, que, movido a distância, a mesma se faz lente “piedosamente enganadora”. e ambos, pérola e amor, são, no caso, reacção à estranheza. A diferença, senhor professor, parece-me estar na falta de beleza desse amor de clausura. Que a reacção de um molusco produza tal maravilha, até para quem só vai até aos seixos da praia, é um inexplicável do melhor.
Aquiles Sei de distâncias sem caminho. Naturais e insolúveis. Como uma vez o Thora disse, “há que vivê-las. E andar”. Acompanham-nos? Claro. Cada vez mais acompanhados e próximos. Mas continuam términus e não objectivos. O sentido? Nenhum.
Bart Quando a simetria pertence à necessidade, nada contra. Mas nunca entendi por que raio queria a minha professora de desenho que desenhássemos duas coisas simétricas, com papel químico. Colocar duas flores iguais dentro de um triângulo é-me tão insípido como ver-me ao espelho, ainda que por motivos diferentes. Não dá para entender? Talvez não.
BEA As distâncias consomem-se percorrendo os caminhos. Há caminhos agrestes, mais do que outros, labirinticos até, mas são os caminhos que cada um tem de percorrer para alcançar o outro lado da distância. Mas esse é a questão, é o outro lado, não o nosso lado.
Bem vinda AnaMar, quando se encontrar so dentro da sua concha, no mar ou seja onde for, apareça por aqui. Pelo menos, tem quem a "ouça". Beijo grande Paulinha
"Beleza prisioneira de concha própria" só tem como escapadela feliz sorrir muito à espera que alguém a queira comer. Então a ameaça desaparece e o encanto acontece.
Faz-me muito sentido!São mais as vezes que nos enamoramos da ideia do amor e da paixão(como estados de alma),do que propriamente da pessoa em si...esta,apenas se pôs a jeito... (recém chegada à blogosfera...mas admiradora atenta do JMV há varios anos)
Anphy a de John Steinbeck é uma pérola do dois em um. Como outras que escreveu e de que até gostei mais. E tem razão, é "ficção da dura realidade", talvez por isso o autor não tenha tido aquela aceitação imediata que caracteriza não sei se outros temas, se outros autores que fazem morna ficção do mesmo tema. Ou são outra coisa. E também coisa boa e durável. Bom Fim de Semana
Professor, sigo-o pelas suas ruelas há muito tempo: pelo "Sexo dos Anjos", pelo "Murcon", pelo "Amor é" e até tive o prazer da sua "visita" num blogue que alimentei durante uns anos. Ouço-o às dez da manhã de domingo (digo: vou ouvir o meu Julinho, com todo o respeito) com a mesma devoção com que a minha mãe ouve a sua missa dominical. Será uma espécie de fé? :) Hoje escrevo-lhe para lhe solicitar uma visitinha a um blogue que alimento na escola a que pertenço. Perdão, deveria ter começado por me apresentar: chamo-me Manuela Couto, vivo no Porto, tenho 51 anos e sou professora (há 30 anos) de português na Escola Secundária de Águas Santas (Maia). O blogue chama-se Nós e Os Outros e encontra-o aqui: http://aeasnoseosoutros.blogspot.com/ Não necessita publicar este comentário. Foi a única forma que arranjei para lhe deixar o convite. Obrigada.
Tive de reler mais 3 vezes á medida que ia lendo os comentários!! À laia da revista "MARIA" : será que sou burra ?? Metáfora lindissima com a qual concordo inteiramente . Depois de várias tentativas abortadas desta vez não resisti . Obrigada professor .
33 comentários:
Adoro pérolas, no entanto sinto-as muito insipidas, talvez por se sentirem tao presas dentro da casinha que escolheram. Talvez se tivessem mais liberdade, se falassem mais com as outras pedrinhas, conchinhas se sentissem bem melhor e nao julgassem tanto as da mesma espécie?... se é que isso existe... um lugar com amor, com mais janelas(mesmo que pequenas) para o exterior delas proprias. - Mesmo assim não deixo de as considerar muito, muito belas. E afinal vivem no seu pequeno mundo, que poderá ser bem melhor...
Já quanto a distancia não estou tao de acordo... embora o sono pese, custa-me acreditar que o amor se esfume por estarmos longe...
Metáfora, é a "minha praia".
A vida é uma caleidoscópica metáfora. Sempre que o "tubinho" se agita e os vidrinhos mudam de posição, constroi-se de imediato uma nova imágem, colorida e simétrica. Culmina o fim desta metáfora, com o princípio... não ha meios, somente princípios e fins, que são os principios e os fins, de si mesmos.
Que maravilhosa metáfora...
;)))
Que bela metáfora mesmo!
Mas a propósito de amores e dos seus possíveis enganos... aqui fica um poema brincalhão e engraçado do Fernando Pessoa:
Ai, Margarida,
Ai, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?
— Tirava os brincos do prego,
Casava c'um homem cego
E ia morar para a Estrela.
Mas, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que diria tua mãe?
— (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.
E, Margarida,
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?
— Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.
Mas, Margarida,
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?
— Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia.
Alvaro de Campos
Ainda há as que não se deixam enganar...e depois! qual é a graça!:)
Senhor Professor, efectivamente as suas metáforas relacionadas com a Geomorfologia são piorzitas… que estas malacológicas. Olhe que “malacológicas” também é giro. Faz lembrar certas lógicas…
Beleza que não se liberta por si própria, mas pela tristeza de quem a não compreende.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 11/2010
Bolas, bolas!!!!!;)
Tenho de ir estudar para estar à altura ;D
E meninadalua, divinal o seu post.;) Posso dizer que não conheço nada de Fernando Pessoa, ainda que se calhar seja prima afastada dele! ;)))Mas era um grande criativo, não sei se verdadeiramente sofredor. Agora já sou eu a especular um malabarista das palavras e das percepções.
A distância é memória. A recordação é saudade. À distância somos perturbados pelas nossas paixões, pelo que julgamos como bom. Juntos é a realidade, com aquilo que, nós achamos, de bom e de mau no outro, e vive-versa. Sim, a distância é piedosamente enganadora.
Senhor professor
a metáfora é de boa água :)mas as pérolas só chegam a pérolas dessa forma paciente. Desconfio de amizades por pedras, ainda que preciosas. Quanto a distâncias piedosas...o senhor é quem sabe. Alinhava mais na força das distâncias impiedosas. Mas isso era mim.
Bart
Nunca simétrico salvo na tua (nossa) cabeça. A simetria é o cansaço dos olhos.E talvez do espírito.
Menina, obrigada.
a Menina é cheia de surpresas agradáveis; também desconhecia esse poema. E lembrou-me um outro que F. Pessoa fez à Ofelinha, entre a estação de Casa Branca e Barreiro A - numa viagem de comboio, onde terá ido o poeta? Um nonsense de entreter crianças, que ainda me faz sorrir.
Bea
As distâncias impiedosas geram, seguramente, pérolas, só que às vezes negras.
E a distância do tempo também, às vezes, corrompe a memória e gera o esquecimento. Porque há mais pérolas no oceano, ou porque o registo era frágil.
Compreendo a tua defesa, de uma certa assimetria, bea.
Mas, concordarás que em algumas análises e decisões, é imperativo que optemos convictamente pelas simetrias, mais não seja, para tornar úteis, algumas assimetrias.
;)
Ó distância, diz-me se és geográfica ou temporal. Ó distância, diz-me se és a distância dos amantes que se amaram sem trair a palavra Amor. Ó distância, diz-me apenas porque te instalaste. Ó distância, diz-me, depois, para quem existes. Ó distância, fala-me da tua grandeza, da que distas de um ao outro lado e da que distas do outro ao primeiro lado. Ó distância, fala-me da tua geometria ou falta dela.Se existes de um lado e se existes do outro lado, diz-me se ainda tens voz. Diz-me qual a língua que falas, para ver se te compreendo.Ó distância, diz-me, então, apenas, por que raio passaste a existir. Ou porque não te rompes ou não mais quiseste romper-te. Porque continuaste tu, ó distância? Do boato que aqui me chegou, ó distância, diz-se que caíste ao mar sob a forma de duas lágrimas que nunca secaram por se terem diluído em tanto mar - e que mar salgado foi esse onde ainda hoje continuas a navegar, que te abraça sem te deixar regressar ou que te encerrou nessa concha só para poderes guardar a pérola do amor que aconteceu.
Ó distância, significas tanto assim?
Navega, então,que não precisas desnudar-te da concha em que te agasalhas nesse mar por vezes tão frio, tão imenso, tão distante.Também eu guardo as minhas pérolas, guardando distâncias ou despojando-me delas.
Garantidamente que se a pérola é tão bela será pq se sente muito bem dentro da sua casinha, diga-se mundinho. Penso que se estivesse ausente, o seu mundo aí surgiria a falta e quem sabe, para a conchinha, sentir-se-ia muito incompleta.
Bom feriado, caros MURCONS.
Beijinhos grandes
Paulinha
Desisto!;)
É uma excelente metáfora que não merece ser desventrada.
Lindíssima e... verdadeira.
Muito piores:)))))))))
Mas não sei se concordo...
Concordo mais com o meu amigo Aquiles:
"E a distância do tempo também, às vezes, corrompe a memória e gera o esquecimento. Porque há mais pérolas no oceano, ou porque o registo era frágil."
7:36 PM
Hoje andei o dia todo com esta música na cabeça: http://www.youtube.com/watch?v=3d7FMCc4ADU
:)
Bom feriado!
Agora vou debruçar-me sobre o post do senhor professor (ó pra mim debruçada), é que me parece um bocadito um poço sem fundo à vista, a não ser o próprio mesmo. Diz que a distância propicia o amor de si mesmo no(s) outro(s) e não dele? como gostar de um ideal é ainda apenas nós, distanciando-nos da realidade (supus eu no meu exercício de leitura). Afirma de tal estado ilusório-perceptivo da mente, ou lá onde seja que os sentimentos se alojam, que, movido a distância, a mesma se faz lente “piedosamente enganadora”. e ambos, pérola e amor, são, no caso, reacção à estranheza. A diferença, senhor professor, parece-me estar na falta de beleza desse amor de clausura. Que a reacção de um molusco produza tal maravilha, até para quem só vai até aos seixos da praia, é um inexplicável do melhor.
Aquiles
Sei de distâncias sem caminho. Naturais e insolúveis. Como uma vez o Thora disse, “há que vivê-las. E andar”. Acompanham-nos? Claro. Cada vez mais acompanhados e próximos. Mas continuam términus e não objectivos. O sentido? Nenhum.
Bart
Quando a simetria pertence à necessidade, nada contra. Mas nunca entendi por que raio queria a minha professora de desenho que desenhássemos duas coisas simétricas, com papel químico. Colocar duas flores iguais dentro de um triângulo é-me tão insípido como ver-me ao espelho, ainda que por motivos diferentes. Não dá para entender? Talvez não.
Pérola, para mim, só a de John Steinbeck. Ficção da dura realidade.
BEA
As distâncias consomem-se percorrendo os caminhos. Há caminhos agrestes, mais do que outros, labirinticos até, mas são os caminhos que cada um tem de percorrer para alcançar o outro lado da distância. Mas esse é a questão, é o outro lado, não o nosso lado.
Amar o amor que tecemos à volta das pessoas não será uma forma de nos amarmos, simplesmente a nós?
É uma bela metáfora.
(Encantada com a sua escrita, viciada no "amor é"...;-))
Agora que o encontrei aqui, virei lê-lo, sempre que possa.
Bem vinda AnaMar, quando se encontrar so dentro da sua concha, no mar ou seja onde for, apareça por aqui. Pelo menos, tem quem a "ouça".
Beijo grande
Paulinha
"Beleza prisioneira de concha própria" só tem como escapadela feliz sorrir muito à espera que alguém a queira comer.
Então a ameaça desaparece e o encanto acontece.
Amar é dar. Quem parte para receber amor, ansiando isso, não encurta distâncias.
Faz-me muito sentido!São mais as vezes que nos enamoramos da ideia do amor e da paixão(como estados de alma),do que propriamente da pessoa em si...esta,apenas se pôs a jeito...
(recém chegada à blogosfera...mas admiradora atenta do JMV há varios anos)
detesto a distancia, tenho horror ao tempo e vivo numa perola
isto não é uma metáfora é um enigma;))))
(brinco)
mas a sua metafora é depre:(
jocas maradas
Anphy
a de John Steinbeck é uma pérola do dois em um. Como outras que escreveu e de que até gostei mais. E tem razão, é "ficção da dura realidade", talvez por isso o autor não tenha tido aquela aceitação imediata que caracteriza não sei se outros temas, se outros autores que fazem morna ficção do mesmo tema. Ou são outra coisa. E também coisa boa e durável.
Bom Fim de Semana
Professor, sigo-o pelas suas ruelas há muito tempo: pelo "Sexo dos Anjos", pelo "Murcon", pelo "Amor é" e até tive o prazer da sua "visita" num blogue que alimentei durante uns anos.
Ouço-o às dez da manhã de domingo (digo: vou ouvir o meu Julinho, com todo o respeito) com a mesma devoção com que a minha mãe ouve a sua missa dominical. Será uma espécie de fé? :)
Hoje escrevo-lhe para lhe solicitar uma visitinha a um blogue que alimento na escola a que pertenço.
Perdão, deveria ter começado por me apresentar: chamo-me Manuela Couto, vivo no Porto, tenho 51 anos e sou professora (há 30 anos) de português na Escola Secundária de Águas Santas (Maia).
O blogue chama-se Nós e Os Outros e encontra-o aqui: http://aeasnoseosoutros.blogspot.com/
Não necessita publicar este comentário. Foi a única forma que arranjei para lhe deixar o convite.
Obrigada.
Eu tenho asma alérgica e esta metafora é tão bonita e verdadeira que me deixa sem ar.*
Obrigado pela sensação, de aperto no peito, naõ a de falta de ar*
Tive de reler mais 3 vezes á medida
que ia lendo os comentários!!
À laia da revista "MARIA" : será que sou burra ??
Metáfora lindissima com a qual concordo inteiramente .
Depois de várias tentativas abortadas desta vez não resisti .
Obrigada professor .
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