"Não sei se se apercebeu da ligação secreta que existe entre "Análise pelos não-médicos" e"O Futuro de uma Ilusão". Num, quero proteger a Análise dos médicos, no outro dos padres. Gostaria de lhe proporcionar um estatuto que ainda não existe, o estatuto de pastores seculares de almas, que não teriam a necessidade de ser médicos nem o direito de ser padres".
Freud a Pfister, Novembro de 1928.
88 comentários:
Assim como uma especie de psi, diria.
É uma especialidade médica,é certo, mas com um marcado pendor para tratador de almas (consolador, pelo menos).
O psicanalista em todo o seu esplendor: entre médico e padre.
E não deveriam ser, assim todos os médicos?
A tratar o corpo mas tendo sempre em mente a alma.
psicopatologismos
em acordeão
e inspiraçoa, do blog, uma vez disse: talvez um dia, não haja diferença, apenas pessoas. eu discordo: não passa pelo tempo: a meu ver: pela enegia do lugar: acupado/livre:
ocupado
Como poderia o Homem de hoje, inteligente, não se sentir compelido a fazer coisas... grandiosas !?
;)
Talvez subtil mas essencial e significativa a associação de "necessidade" a médicos e "direito" a padres e não o contrário, sendo que ambos pastoreiam, cada um com o seu cão de guarda.
Alquimista:
Cheira-me que nada do que o Freud diz, é por acaso.
Ainda bem que gostou do Caetano. Eu também gosto da mana, mas o Caetano tem outro charme...
A todos os Murcons:
Leiam, por favor, a crónica do Eugenio Lisboa publicada no último JL. Embora triste é de uma ternura imensa!
!?jeff bukley?!
Perco o senso da análise quando no painel do meu olhar passam criaturas do deserto. Bem sei que há oásis, mas, mesmo estes, são lugares de estagnação ou de ilusões passageiras. A metáfora é uma sombra de si mesmo.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 01/02/2011
Em tempos, li "O futuro de uma ilusão", mas não "Análise pelos não médicos", e o mesmo para as epístolas de Freud. Daí o impressionismo do comentário: parece-me razoável o campo fixado, entre necessidade e direito, mas algo indefinido. Fica por saber a sensibilidade de quem se move hoje na área.
Bea
"parece-me razoável o campo fixado, entre necessidade e direito, mas algo indefinido. Fica por saber a sensibilidade de quem se move hoje na área."
Bem observado!
Com o fim da obrigatoridade religiosa e segundo Weber, depois que passámos para época do desencanto, fica de certo modo por preencher no homem, espaço para a sua espiritualidade.
Ao tentarmos entender e sistematizar quais os especialistas, cujo papel terão na sua intervenção humana, é nos fácil entender que o médico trata do físico, que o psicólogo ou psiquiatra tratam da mente mas poderão ser talvez os poetas que tratam daquilo a que podemos chamar a alma e que num sentido essencial e abrangente podem dar respostas à Verdade que a nossa própria espiritualidade no fundo procura...e assim sendo não teriam a necessidade de apenas serem médicos nem o direito de só serem padres...
Freud foi sempre de opinião que a psicanálise (sendo os psicanalistas os pastores seculares da alma) não deveria estar restringida à pratica médica,por considerar um pouco redutor o individuo visto como um corpo, apanágio da observação médica. Tão pouco, deveria ser praticada por um padre, por a religião pretender formatar o individua segundo os princípios e valores da mesma.Embora o padre se ocupe da alma, em detrimento do corpo, não estará habilitado para a psicanálise. Esta deverá ser como uma espécie de renascimento. Ao psicanalista cabe a tarefa de ajudar na revelação e tomada de conhecimeto da alma do individuo. Jamais, impor-lhe uma visão do mundo.
Ou seja: pastorear a alma mas deixando-a livremente expressar-se.
Assim como uma espécie de Prof. Júlio em relação às nossas almas virtuais...
"post bom, como quase, sempre" (http://murcona.blogspot.com/)
Menina
os poetas não tratam nada :)pelo menos no sentido de eliminar patologias.Se tratam, é quem lê que se dá conta, eles só purezas de fonte que não se explicam. Não os entendo, apesar do que mostram. A verdade é simples, mas não é fácil, diria Boaventura Sousa Santos. Mas a alternativa que a Menina sugere com a poesia, parece interessante, ainda que pouco viável.
Compreendo o desencanto de Weber e outros (o nosso até), mas quando se está dentro de uma onda não se vê bem a dimensão. Somos parte :)
E aproveito para lhe agradecer as dicas de filmes, os extractos de obras e outras coisas boas. Há um filme de que gostei pela surpresa. Chama-se Joint Security Área.
Não li nenhuma destas obras, mas vou "bisbilhotar":)
"Pastores seculares de almas" parece-me uma boa designação:)
Subscrevo o post da Ana às 5.41.
Fiquei sem nada para dizer:) uma vez que a minha opinião é rigorosamente igual à que ela exprime.
"Assim como uma espécie de Prof. Júlio em relação às nossas almas virtuais..."
:))))))
Ai, ai ...mas que coisa se passa aqui? Quem se atreve a puxar para o entretien uma temática que me apaixona? É que andava eu a resistir às paixões, encontrei uma pedra destas no meu sapato - ou bota -(é o que menos importa agora).
O CORPO?!................Isto não se faz! Decididamente, atravessam-se no meu caminho os historiadores (Ex: Georges Duby El caballero, la mujer y el cura), os antropólogos, os psi(s)de todas as escolas e tendências, as artes, os etnolinguistas e, vá... condescendendo, os médicos também :-)e ...ainda...mais modernamente...os sexólogos e os profs. E depois tudo isto, mas dito no feminino.
É mesmo muita gente à conversa para um post só.
Começaria por aqui.
http://www.ufes.br/ppghis/dimensoes/artigos/Dimensoes21_CarlileLanzieriJunior.pdf
E observaria para já como a designação de padre em castelhano é provocatória - cura?
Questões: o quê? como? quem?
(Ana b.
"...veja o video até ao fim, mesmo. os últimos segundos são imperdíveis. Que charme de homem..."
Não me esqueci do seu último post. Pois, pois: o do Caetano Veloso - reparei nos acordes finais e no charme, claro está.Pensei: "Sozinho"....? Ou "Leãozinho"? Mas o Ivan Lins também é um sujeito com predicativos, ou não? Boas baladas! E jazz!... tá?)
Ana b.
"...o individuo visto como um corpo, apanágio da observação médica."
Há médicos e médicos - para uns não passamos de fragmentos, não chegamos a ser corpos inteiros, e fazem-nos em pedaços de morfologia e funcionamento - dividem-nos em órgãos, em sistemas, em doentes disto e/ou daquilo, em funcionais ou disfuncionais destoutro e/ou daqueloutro.
Menina da Lua
"Fica por saber a sensibilidade de quem se move hoje na área". Que reparo certeiro. Ah, pois fica!
As sensibilidades são tão mais importantes!
Apesar do deficit das contas públicas era uma boa ideia gastar uns dinheiros na distribuição por todos os políticos portugueses da correspondência entre Freud e Pfister. Talvez aprendessem como estabelecer um diálogo construtivo com os adversários.
Tirado de um blogue que me está a apaixonar,o "Bibiofilms Festival":
http://www.youtube.com/watch?v=J-_ck7AHKKE
Que delícia de video!
Num registo diferente, mas igualmente fantástico:
http://www.youtube.com/watch?v=BuRuwR2JSXI
especialmente para alguém, como eu, que detesta ser interrompida quando está a ler.
Adoro o ar zangado e mauzão do Julian Smith.
Digam lá se não parece a foto do Fora-da-Lei.
Bea
Em resposta pragmática e objectiva, claro que os poetas não tratam coisíssima nenhuma...mas a sua pertinente observação:- "Fica por saber a sensibilidade de quem se move hoje na área." levou-me a avançar com esta resposta...
Quanto às coisinhas que aqui ponho,não tem nada de agradecer...es un placer!:)
Caidé:)
Pois fica! e todos nós sabemos a importância dessa sensibilidade; quantas vezes desistimos de nos tratarmos com determinado médico ou especialista que nos desagrada pela ausência de empatia, avontade ou compreensão? mesmo estando à partida garantida a sua competência tecnica.
Ainda e em relação ao tema o que me parece tambem interessante realçar é a questão da trasnversabilidade de saberes versus a especialização exaustiva de saberes.
Quais as suas vantagens e os seus inconvenientes...
Menina da Lua,
Já dizia alguém: sabe-se cada vez mais de cada vez menos.
Ana b.
"...sabe-se cada vez mais de cada vez menos." - Top!
Menina da Lua
Transversalidade: lugar de onde se observa? perspectiva? E do entrelaçado de perspectivas - o que pode sobrevir?
Com que objectivo se observa? Saber a operacionalizar? Sobre que é que se pretende agir, querendo conhecer?
Mas...cada área disciplinar fecha-se tanto em rebuscadas terminologias, que já incorporam conceito e definição - protegem-se assim os especialistas das diversas áreas do saber, mas é também assim que refinam sobre o que querem conhecer - que entrecruzar linguagens e saberes disciplinares é trabalhoso.Requer amplitude, iniciação, flexibilização, especializações sucessivas?
Perguntamos vezes de mais - o que diferencia....? Perguntamos vezes de menos ... - o que aproxima ...?
E sim!
Por que razão não nutro grande simpatia pela maioria dos médicos por quem "fui vista" em consultório? E que linguagem eles usam para falar das rotinas do seu métier - ser visto? ganhar visibilidade? ter direito a um olhar clínico?
Puxa!
Acho que de facto há um pacto subliminar entre psiquiatras e padres. Ambos conhecem a falácia das suas mezinhas, tem os padres a esperança, os psiquiatras a fé, de que a ignorância dos outros seja a chave da necessária cegueira para encarar a morte.
Falta acrescentar a 3.º dimensão: a Física.
Com quem emparelha o físico? Não acredtio que um físico tenha fé ou esperança. Terá só uma "fezada"...
Talvez um físico, sobre as mesmas questões existências discutidas no confessionário ou no divã, se identifique com um jogar de póker.
Na sequência de comentários anteriores, Ana b., Menina da Lua e a quem mais o tema interesse,
Lembram-se com certeza da conversa sobre aos últimos filmes do W. Allen e do C. Eastwood. Este post é mais uma coincidência curiosa. Quando li pensei nas personagens do Matt Damon e da rapariga do tsunami. Como os julgaria Freud? Não sou perita na matéria, mas penso não me enganar se disser que em variadas obras que escreveu ao longo da vida Freud considera todas as crenças como neuroses obsessivas. Assim, do ponto de vista de um psiquiatra freudiano e ateu aquelas pessoas precisariam de tratamento? E os pastorinhos de Fátima? E a filha do Solnado? E, levando a coisa ao extremo, os católicos em geral?
São interrogações que me levam a reflectir sobre o possível conflito entre psiquiatria e crença religiosa na observação de, chamemos-lhes, os Iluminados.
Um exemplo:
Um homem, católico praticante, reformado, na sequência da morte da mulher, começou a passar as tardes frente a uma igreja a ler e a comentar passagens dos Evangelhos. Ao princípio a audiência consistia apenas em mendigos instalados à porta dessa igreja, mas pouco a pouco as pessoas que passavam por ali começaram a juntar-se à volta dele para o ouvirem falar. Um dia uma rapariga que ia na rua pareceu tropeçar e cair desmaiada, sendo socorrida por uma das habituées, enfermeira reformada, que constatou que a rapariga não tinha pulso. Gerou-se naturalmente uma comoção, até que o pregador se aproximou dela, esfregou-lhe a mão e a rapariga abriu os olhos, levantou-se e foi-se embora como se nada fosse. Nesse momento apareceu um raio de sol, num dia até ali enevoado. Milagre, disseram logo alguns, e o próprio pregador a partir dessa altura ficou convencido que tinha poderes especiais e que havia sido escolhido para ser um género de novo Cristo. Esta situação levou a filha do pregador a consultar um psiquiatra que, por acaso, não era ateu nem crente, mas agnóstico. Para decepção da filha, que achava que o pai estava vulgo maluquinho, o psiquiatra, após várias conversas com o pregador, considerou que o homem não era esquizofrénico, que não era perigoso para si ou para os outros, que se sentia bem e que se o próprio não se queria tratar, o que era o caso, não havia necessidade de uma terapia nem de o internar. No entanto, o seu espírito científico levou-o a tentar investigar o que tinha acontecido exactamente com a rapariga do desmaio. A antiga enfermeira, pessoa muito experiente, confirmou o óbito, pelo que se tornou essencial para ele falar com a própria rapariga. Para encurtar a história, o psiquiatra descobriu que ela tinha um aparelho especial no coração, porque sofria de um síndrome raro com um nome esquisito que lhe podia provocar em qualquer altura uma paragem cardíaca, sendo reanimada pelo toque.
Isto não é um caso real, mas o argumento de um filme. Naturalmente as pessoas comuns encaram este tipo de casos segundo aquilo em que acreditam ou não, podendo ir da aceitação plena do sobrenatural à sua negação total, com várias nuances intermédias. Um psiquiatra é alguém especializado, mas nestas questões, não sendo agnóstico como o do filme, poderá realmente manter-se imparcial?
Sem que a homens e mulheres seja negado o direito ao contraditório, que os deuses se assumam como dirigentes da humanidade.
Playing Cards
Já que estão a falar de almas, apesar de eu pensar que nem os médicos conseguem tratar do físico, como poderá haver alguém que trate das almas. Almas penadas é o que todos nós somos.
Mas para dar uma ajudinha, lembrem-se que hoje é dia de Santa Maria, aí no Norte dizem que é dia de Nossa Senhora das Candeias, portanto tratem todos de acender uma vela, para ver se alguém nos ajuda. Mas tem de ser uma vela benta!
Ana,
Como estamos no ambiente em que tudo é permitido, quem diria que este actor é o mesmo de "o Caçador". Os grandes homens são mesmo assim. E ela de THelma & louise". Já agora veja também ele a contar a história dos três porquinhos.
http://www.youtube.com/watch?v=sEH5zmAtLks&feature=related
Para falaar de médicos , médicos especialistas, poetas polipolares,
e para repararem na consideração que tenho por eles darei umas dicas:
I) A última vez que fui à minha médica de família, que é próxima e quase diria amiga, sabendo que eu tenho vários problemas, e que não ía lá há 2 anos, quando entrei no consultório já tinha uma receita, em triplicado, que nem abrangia todos os medicamentos que tomo, e eu para não dizer nada, nem escrever no tal livrinho,já que ela é a directora da extensão, preferi pagar os que faltavam pela totalidade.
2) Há poucos meses consegui chamar pelo tacto o 112, fui de urgência para o novo Hospital de Cascais e como eu ía com vómitos, depois de passar lá um dia, vim com um remédio para a diarreia,(quando o meu problema é o contrário), e não consegui dizer nada ao clínico de medicina interna, porque tinha ficado sem voz.
3)Quando fui ao Prof. Mário Andreia, perguntaram-me na recepção, se eu tinha algum familiar que já tivesse sido doente dele. Eu disse que não, então perguntaram por amigos,respondi o mesmo.E por aí fora.Às tantas eu perguntei se tivesse isso tudo era melhor atentendida ou pagaria menos que os 130€. Mandaram-me para um assistente, porque o tempo do prof. é precioso, mas como vingança no final comecei a perguntar pela irmã dele, que eu sabia que estava mal e que era/é da A.P.de Lúpus, falei da entrevista que ele deu ao CC 4ª feira, no programa c/ o n/ anfitrião e acabou por gastar muito mais tempo do que esperava, mas foi sempre sendo simpático, só que do meu problema quase não se falou.
Tinha tantos exemplos ainda mais relevantes para dar. Como por exemplo uma dermatologista, na Cuf de Cascais, a quem fui mostrar um pequeno sinal, e que me disse que era uma hiperplasia sem importância nenhuma, mas que eu fiz questão de tirar, e que depois de se perder o resultado da biopsia acabei por saber ao telefone por uma enfermeira,
depois de ter vindo a 2ª. via, meses depois, que era "apenas" um carcinoma espinocelular, quando eu já tinha antecedentes ainda piores.
Rendo-me aos Caidê e Yulunga, parecem fazer uma vacinaçao responsável. Provar o "próprio-veneno" com a família Simpson á mistura e um humor irrepreensivel que se mistura com amor do genérico que diz tudo. Primo da Su e do Xelim.
Anfi,
Acredito que possa ter queixas de alguns médicos. Parece-me, contudo, injusto a generalização que faz de "nem os médicos conseguem tratar o físico, como poderá haver alguem que trate das as almas."
Creio que posso afirmar que muitos doentes encontram cura ou, pelo menos, alívio para os seus padecimentos de corpo, e também de alma.
Como em todas as profissões, haverá os menos e os mais empenhados e talentosos, os mais e os menos honestos e rigorosos.
Generalizar é que me parece um pouco abusivo e redutor.
E errar, todos podem.
Não tenha ilusões: não há quem não erre. Nesta ou noutra profissão.
Neste momento não posso ver o video. Fá-lo-ei mais tarde.
Fantástico filme o " Thelma and Louise". Adoro a Susan Sarandon.
Caro Professor Júlio Machado Vaz,
A propósito do seu post, recomendo-lhe a leitura de um livro de um colega seu, Patrick DE FUNES, filho do actor Louis de Funes. O livro chama-se "Médecin malgré moi".
Deixo aqui um excerto:
« Sur 211 000 médecins français, je pose 40 000 imbéciles.
J'ignore les gynécologues, grands prédateurs d'utérus.
Je raye les radiologues de ville qui n'y connaissent rien et les chirurgiens massacreurs.
Par respect de la sensibilité du lecteur, je m'abstiendrai de tout commentaire sur les médecins du travail.
Je vire une bonne moitié des psychiatres. Je me débarrasse des liposuceurs, des nutritionnistes et des membres du conseil de l'Ordre.
J'élimine enfin les professeurs médaillés qui nous terrorisent à la télévision. J'en retiens 100 234. ».
Um grande abraço
Michel Martins
A Psicanálise é uma visita analítica à obscuridade da mente. O pastor é um conceito em vias de extinção e a alma é um insecto que não voa porque é a sombra de uma imaginação poética, portanto, usada como alibi para a salvação do ser humano. Secular é um tempo indefenido que dá largas ao espaço e reduz o infinito a nada. Será que Freud, sabendo o que se sabe hoje, seria o pastor que pretendeu ser?
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 02/02/2011
Anfi
Concordo consigo: O Cristopher Walken é um excelente ator.
Recordo-me deste filme.Um pouco bizarro, se bem me lembro.
Mas interessante de ver.
Murcons:
Já repararam que o sol voltou à capital? Já não era sem tempo...
http://www.youtube.com/watch?v=ahb7kQoLTTA
E pronto, agora estamos numa de diabolização dos médicos...
O que seria de nós todos se não houvesse (bons) médicos?!
Generalizar é próprio de quem não tem capacidade de uma análise ojectiva e lúcida.
Ana,
"Já repararam que o sol voltou à capital? Já não era sem tempo..."
E Porugal é só Lisboa, por acaso?:)
Ana B:)
Pois voltou! e eu já fiz a minha estreia do ano com um almoço ao sol à beira mar na esplanada:)
E tambem lhe queria dizer que já vi o filme do Woody Allen e que o achei um pouco aquem do que esperava...
Porem gostei de o ver. É uma realização escorreita, divertida e inteligente...
Caidé:)
Lá meti água outra vez; claro que é transversalidade e não da outra forma:(. Quanto à questão que põe não tem resposta simples mas parece-me que o importante a reter é a necessicidade de qualquer especialista tentar ter uma análise o mais abrangente possível, relativamente às particularidades da pessoa que observa por um lado e utilizar saberes e soluções que lhes possam melhor corresponder...
Condessa:)
As suas divagações são muito interessantes! e gostei das ler.:)
Anfi, adoro-te.
Aconteceu num fôlego: num instante estava lúcido e no seguinte apaixonado.
Oh Thora:)
Mas que bom! seu sortudo:))
Mon Dieu! aproveite bem essa boa onda:))
Porem e como dizia o outro,tenha calma! e vá com ponderação, enfim a possível...:)
ah, ah, ah, um apaixonado com calma. Menina, Menina.
Thora
Ficaste quê? talvez translúcido:)
Murcons:
Parece que o Thora se apaixonou!
Celebremos!!!
http://www.youtube.com/watch?v=Vw_bBbwMxC4
Andorinha,
presumo que em Guimarães tambem tenha estado um lindo dia de sol. Por vezes esqueço-me que o núcleo duro deste blogue é do norte, carago!
Gostei do seu comentário em relação aos médicos. Que haja alguém que reconheça o obvio...
Menina da Lua:
Encheu-me de inveja por ter almoçado ao sol. Infelizmente, o meu foi a correr, entre afazeres. Não faço intervalo para almoço.
Mas faço sempre questão de comer a sandes, à janela, contemplando o Tejo, a Baixa Pombalina e bairros adjacentes.A vista é soberba!
Em relação ao filme do Woody Allen, e apesar de já o ter dito aqui, repito:
O meu amor por ele é incondicional. Perdoo-lhe tudo!!
Menina da Lua
Falou de diabolização dos médicos e de generalização como incapacidade de análise objectiva. De acordo!
Mas há vertentes do nosso "olhar" sobre os profissionais:
a) falamos das experiências que temos e ainda assim o nosso olhar participante está cheio de subjectividade;
b) uns podem falar das experiências em consultório ou clínica, outros só podem falar do que experienciaram em centros de saúde e em hospitais civis;
c) daí decorre que para falar de médicos e de experiências clínicas no diabólico lugar do cliente? utente? paciente? não podemos arredar-nos do contexto do exercício, ou seja, da organização em que o médico exerce;
d) e quanto às representações da medicina e de cada médico sobre o sujeito clinicamente observado e sobre a saúde e sobre doença ou a sua prevenção rios de textos haveria a escrever - a tal transdisciplinaridade ajudaria;
e) e dessas representações brota a entrevista clínica realizada para conhecer o sujeito a observar - vai-se inquirir a sua história de vida? vai saber-se o seu estilo de vida? vão saber-se as suas condicionantes para uma mudança necessária? Vai tentar perceber-se como sente? Vai tentar-se compreender o sujeito a observar e em que dimensões?
Mas, sobretudo, vai respeitar-se o sujeito a observar? Não raro, à frente do clínico se encontra o sujeito doente, fragilizado - e é tão fácil ouvi-lo mas achá-lo menor. De que cadeira observa o clínico? Da de um palco?
A falta de médicos tem contribuído para que muitos se vejam de cima, à custa da necessidade em os procurar dos que procuram a clínica por estarem fragilizados.
Agora que, falando de médicos, os há excelentes como clínicos e do ponto de vista humano, ai Deus e os há.
A experiência individual não dá o rigor da medida e muito menos da generalização cega, mas que os portugueses andam mal tratados da sua saúde quem o negará.
Procurem-se os motivos intrínsecos à classe socioprofissional e também os extrínsecos ao grupo de profissionais num país que é o nosso, num tempo que é o que vivemos.
Por falar em terapias... Este video tem bolinha, ok?
:-P
Thora,
Outra vez?????
Ou é um reapaixonamento?:))))
Ana,
Esteve um dia belíssimo, frio, mas o sol também raiou por estas bandas, sim.
Caidê,
Fui eu que fiz essa afirmação. Não quero que outros sejam responsabilizados pelo que digo:)
Subscrevo o que dizes, incluindo o facto de muitos portugueses andarem maltratados da sua saúde. Por condicionalismos vários, que nem sempre terão a ver com o pessoal médico, mas sim por uma deficiente organização de serviços entre outros factores que me escaparão.
Claro que um médico que observa um doente de um palco não é um bom médico, isso nem se discute.
Como já aqui foi várias vezes frisado: Um médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe.
Além de que não há doenças, mas sim doentes, o que implica conhecer a história clínica/história de vida da pessoa que têm pela frente.
Ana,
Eu aqui sou a única prática. Não filosofo. Por isso dou sempre exemplos, para reforçar o que digo e não para generalizar.
Para mim um bom profissional tem de ser uma boa pessoa.
Se não fosse uma boa médica eu já nã estava viva. Mas só à quarta tentativa, dentro da mesma especialidade, é que me safei.
No entanto, como ela não tem tempo, nem para dirigir uma palavra de conforto, aquilo parece uma linha de montagem, sempre que lá vou lembro-me do Charlot nos "Tempos Modernos"
e venho de lá sempre a apertar porcas.
É como aqui. Há sempre aquelas pessoas que não têm capacidade de entender o que se diz e então são redutoras.
Mas a gente tem de ter capacidade de lidar com toda a gente, embora eu não tolere chicos espertos.
Atenção, tem de rever "o Caçador". O filme não é bizarro. Tem um rol de actores e interpretrações extrordinárias. Aquela cena da roleta russa ninguém esquece, a não ser quem não tenha ALMA.
Thora,
Aproveite!!! Goze, chore, ria, cante na rua, dê pulos, mude de visual, mas tenha cuidado em não magoar ninguém.
Abraço. E não se esqueça de nós, que precisamos de si.
P.S.-Para mim, na generalidade, não há sexos. Falo sempre no masculino para me dirigir às Pessoas. Só há género quando estou a falar especificamente
com alguém, ou de alguém, ou de acordo com substantivo de que falo.
Pedro,
Obrigada.:)
Anfi,
não me referia ao "Caçador", filme belissimo e nada bizarro, por sinal. Diria antes, esmagador.
Referia-me ao filme do qual foi tirado a cena do Chritopher Walken a cantar o Delilah, que a Anfi trouxe aqui: "Romance and Cigarettes" do Turturo, com a Susan Sarandon, Kate Winslet e o James Gandolfini O C. Walken e o Steve Buscemi (outro excelente ator) fazem pequenos papeis. O filme é um pouco estranho: é um musical onde reina o nonsense.
Há mais uma coisa que nos aproxima: eu também sou prática. Não filosofo, até porque não me sinto habilitada para tal.E o que posso dizer em meia dúzia de palavras, digo-o. E da forma mais clara possível, desde que o meu saber o permita, claro.
E a minha posição em relação à classe médica é clara: Há de tudo. Bons e maus. Honestos e desonestos.Educados e mal-criados.Empáticos e arrogantes. Como em todas as áreas e profissões. E penso que não se pode exigir a perfeição aos médicos.São seres humanos, com virtudes mas também com muitos defeitos próprios da condição humana. Como todos nós, aliás.
Pronto, tenho que me defender, não?
Professor,
PARABÉNS!
Ao menos hoje espero que tenha dado uns pulos de contente, e não só para aquecer.
Afinal o senhor é matreiro. Quando, aqui há tempos, lhe recomendei a chaise-longue dos meus sonhos, para não sofrer no sofá a ver os jogos, vi agora no vídeo que se não tem uma Corbusier, tem uma boa imitação.
Pedro
;-)
És o pardaleco
Caidê,
Gostei do seu comentário das 9e11, mas a resposta ao mesmo dava pano para mangas. Toda a gente sabe que também há bons médicos como há boas pessoas, vistas de vários ângulos. Acontece que os médicos são os que têm menos razão de queixa. Sentiram-se uns senhores no alto da sua cátedra, não palco, desde que depois do 25/4 passou a estar vedada a entrada a quem tinha menos de 19.??? de classificação. Para ser um bom médico não é preciso ter 20 a matemática. É preciso menos e muito mais do que isso. Hoje como há poucos sentem-se o dono do pedaço e tratam as pessoas duma maneira incrível. Tenho ouvido resposta de médicos para mim, para outras pessoas, para os pp colegas, que me deixam sem palavras, o que não é fácil. E então a falarem mal do SNS, até de sistema inglês, nos anos seguintes a s/ implantação, que é de bradar aos céus. Até falavam que agora toda a classe social podia ir para médico. Eles têm mais condições para exercer a profissão à nossa custa do que qualquer outra classe. E os gastos exagerados que há são em grande parte culpa sua, pq como não queriam arriscar um dagnóstico, porque não tinham seguro, exigiam
sempre uma bateria de exames que rebenta com qq sistema. Então de medicamentos nem se fala. Até para os manterem ligados aos hospitais,
passaram a dar consultas privadas nos pp hospitais. Eu pago 90€ por uma consulta de rotina que dura entre 5 e 10 minutos. E ainda há especialistas que não passam recibo. Já estou farta de falar.
Boa noite.
Caidé
Eu tambem gostei do seu comentário das 9.11h:) mas encheu-me de questões de tal ordem que nem sei por onde começar ou melhor nem vou começar...:)
Tenho várias pessoas que me são próximas que trabalham como médicos ou junto a instituições médicas e hospitalares. É evidente que nesse mundo há de tudo; os competentes , os responsáveis, os mais humanos, os assim assim e os nem por isso...
Não li mas sei que Patrick de Funès (filho do velho Louis de Fune do cinema frances) acabou de lançar um livro "Medicin Malgré Moi"onde desmascara e denuncia várias situações do meio da actividade médica.
Deixo aqui para os interessados a referencia do livro e como lá refere:- "est une satire enlevée du monde médical et une galerie de portraits qui fait rire et qui fait peur."
http://www.agoravox.fr/actualites/sante/article/medecin-malgre-moi-le-livre-de-41105
Aproveitem bem este solinho de inverno que está lindoooo e não dura!:)
Para a menina da Lua:
Bom dia,
Eu, num comentário anterior, também já tinha sugerido ao Prof. Júlio Machado Vaz, a leitura do livro do Patrick DE FUNÈS.
É um bom livro, cuja leitura recomendo.
Um abraço
Michel Martins
Michel Martins:(
Peço-lhe desculpe mas não li, pois não teria o descaramento de o colocar de novo. Por vezes espreito rápido os comentários mas devo confessar que nem sempre os leio a todos.
De facto já me tinham falado no livro e pelos vistos e por coincidência achámos pertinente colocá-lo aqui:)
Para a Menina da Lua,
Quero dizer-lhe que fiquei extremamente agradado por podermos partilhar bons gostos pela leitura.
Quanto ao facto de eu ter referido em 1º ou em 2º lugar o livro, isso para mim é irrelevante, no sentido em que o importante é o conteúdo da mensagem que ambos quisemos transmitir.
Tive a oportunidade de comprar o livro em Novembro passado, em Cannes, e fiquei muito agradado com o que li.
Recomendo-lhe, ainda, a leitura do Blog do Patrick DE FUNÈS.
Por último, quero dar-lhe os parabéns pelos seus comentários sempre bastante “arejados” e pertinentes.
Cumprimentos.
Michel
MIchel Martins:)
Touche!:)
Agradeço-lhe não só o cuidado que teve em me desculpar como ainda a adicional simpatia para com os meus comentários:)
Quanto à sua sugestão, penso que a vou levar a sério; mais logo desço à livraria aqui de baixo para espreitar o livro com olhos de ver...:)
Quanto ao blog do Patrick de Funès é ainda mais fácil; vou tambem espreitar e depois dou notícias mais tarde:)
Obrigada!
Menina da Lua,
Boas leituras!
Depois diga se gostou do livro e do blog.
Michel
PS: Vamos contradizer fernando Pessoa, quando ele diz: Ai que prazer ter um livro para ler e não o fazer!
Afinal, ler é o melhor remédio...
Anfi:
Sente-se um rancor enorme, no seu texto, contra os médicos.As razões, desconheço-as.
Embora reconheça alguma verdade no que diz, o seu texto revela amargura e ressentimento, sentimentos que , frequentemente, colidem com uma análise objetiva, justa e imparcial.
Concordo que o critério de acesso ao curso de medicina não seja o mais justo. Mais uma vez, esta realidade é comum a muitas outras profissões. Também não me parece que advogados, magistrados ou até mesmo professores (entre inúmeras outras situações), realizem testes psicotécnicos para aferir a sua adequação à profissão pretendida.
E que bom seria se todos os professores estivessem habilitados pedagogicamente para o cargo. Para se ser bom professor também não basta saber. É preciso muito mais que isso. É preciso saber ensinar. Infelizmente, nem todos sabem.
Garanto-lhe contudo que nada me move contra os professores. Antes pelo contrário. Admiro-os imenso e tenho uma enorme divida de gratidão para com os meus antigos professores, alguns dos quais ocupam um lugar previligiado no meu coração.
Também concordo consigo no excesso de exames, que por vezes se pedem.
No entanto, a sua explicação não me parece correta.Não se prende com ter ou não ter seguro. Não há médico que arrisque exercer medicina sem seguro profissional. A meu ver, prende-se mais com a necessidade de se defender de um eventual processo, vendo a sua competência profissional posta em causa.Acredite, isto é tudo muito bonito, mas quando as coisas dão para o torto, esquecem-se frequentemente os fatores económicos...
Parece-me que a Anfi se move, no meio de elites médicas, que fazem do seu saber um feudo, e toma o todo pelas partes.
Mas, até aqui, as generalizações são perigosas. Conheço excelentes Professores, cujas qualidades técnicas e humanas são admiraveis. E conheço outros cujo ditado "muita parra e pouca uva" se lhes aplicam na perfeição.
Sugiro-lhe apenas que se deixe de elites e recorra aos milhares de médicos que tratam anonimamente os doentes. Pode ser que tenha uma grata surpresa.
Menina da Lua e Michel Martins:
Também já ouvi falar deste livro que me parece interessante. Que mais não seja para dar umas boas gargalhadas. E para fazer uma auto avaliação que me parece sempre de bom tom.
A medicina tem podres que se prestam e bem à caricatura e ao humor. E a brincar dizem-se coisas muito sérias...
Parece-me, no entanto, abusivo e perigoso, as generalizações. E os ódios de estimação deixam-me sempre de pé atrás. Habitualmente têm na sua génese, razões que a própria razão desconhece.
E agora fiquei sem tempo para almoçar. Já viram o meu juízo?
Hay, un libro de, (Auto Da Barca do Inferno-Gil Vicente) escrito en los cambios de la idade Media y inicio de la Idade Moderna. Seguro un momento especial, de la literatura infanto-juvenil. Una mirada de continuidad, sentir como los medios de comunicacion have changed but the language is the same. (sin más para, comunicar). Simples los sentimientos de la distancia, que nos hacen sentir passion y respecto. Por cosas muy simples. The interest belong to people you can share it. That´s why a simple touch is enough to feall the truth we want to know. Kodak, two moments to share.
Ana,
Andas a alimentar-te mal e isso depois reflecte-se na tua saúde. Tem cuidado!:)
"Para se ser bom professor também não basta saber. É preciso muito mais que isso. É preciso saber ensinar. Infelizmente, nem todos sabem."
Se viesses para aqui dizer mal da minha classe profissional, estavas feita. Esse lugar já está ocupado:)))
Falando mais a sério, é evidente que para se ser um bom professor é preciso isso e muito mais. Ter disponibilidade para escutar o aluno, sabermo-nos colocar no lugar deles quando é preciso ( quantos de nós já esquecemos que também fomos adolescentes e cometemos "disparates" próprios da idadde?)
Estou a falar de pequenas coisas e não de comportamentos altamente conflituosos, como é evidente.
E penso que tal como para se ser um bom médico, é preciso ter paixão, paixão pelo que se faz, pelo brilho que se vê no olhar de um aluno quando supera um problema ou quando se supera a si mesmo...
Já fugi um bocado ao tema, mas pronto...só para dizer que continuo a gostar muito da minha profissão, apesar de todos os atropelos que nos têm feito.
Quanto a médicos, como é vidente, já encontrei de tudo: médicos excelentes, com um fantástico sentido humano e outros que são uns autênticos palermas.
Mas é como dizes, em todas s profissões há bons e maus profissionais, ponto.
E agora o deber chama-me e eu sou obediente:)
Escutar é debruçar a atenção convicta sobre aquele que nos fala. E o pronome "nos" introduz precisão.
Para este escutar é fundamental a empatia.
Muitos utilizam a atitude - não precisam ser médicos, apenas sensíveis e dispostos a ser um de um par onde acontece uma partilha.
Mas o médico que escuta introduz uma análise do discurso que é técnica. Toma a coerência do discurso seguindo uma grelha de observação que não é a do senso comum. No entanto, o olhar técnico não pode oferecer-se apenas como um esqueleto, ao qual falte a carne. E entenda-se por carne não apenas o indivíduo visível e material, mas o indivíduo pleno de individualidade, de história pessoal, de emoções, de recordações, de projectos. O indivíduo do primeiro género é um transeunte e não passa disso. Mas o indivíduo que se partilha fá-lo num frente a frente como pessoa total.
Só quem é capaz de profundidade pessoal é capaz de olhar profundo sobre o outro. E é por isso que informação, mesmo se muito boa, é tão insuficiente, a faltar-lhe formação pessoal e desenvolvimento da sensibilidade, até para saber dirigir o discurso e as emoções do outro para novas representações, novos esquemas mentais e novas emoções ou as mesmas, mas elaboradas, trabalhadas de dentro pelo próprio. Empoderar o fragilizado - eis o papel que se espera do médico que escuta.
O bom padre escuta sem preconceito e ajuda a trilhar um caminho que conduza o sofredor à libertação - ajudar alguém a sentir-se mais livre é pôr em processo um acto de amor (universal).
Digo isto porque já conheci bons padres, obviamente.
"Para que são os dias?
É nos dias que vivemos.
Chegam, acordam-nos,
Vezes e mais vezes.
São para sermos felizes neles:
Onde havemos de viver senão nos dias?
Ah, responder a essa pergunta
Faz com que o médico e o padre,
De bata e batina comprida,
Atravessem, apressados, os campos."
Tradução de "Os Dias" de Philip Larkin.
Parece-me que vem a propósito. Lá estão o médico e o padre como os tutores da alma...
Para animar a malta:
http://www.youtube.com/watch?v=RQa7SvVCdZk
tirado do excelente filme "Moulin Rouge" do Baz Luhrmann.
Ana,
Ainda nem tive tempo de ler todos os comentários, nem o seu li na totalidade. Apenas lhe digo que tenho razão para falar assim.
Mesmo procurando ser objectiva. Um dia inteiro não dava par escrever o que já se passou comigo e com médicos. E digo-lhe que só a
habitação leva uma parcela superior do meu rendimento.
Como viu também sou amiga de médicos, com os quais até tenho correspondência particular e que estimo muito. Talvez exija demais dos médicos, porque o curso deles é o que mais caro fica ao país, porque acho que eles deviam ser uns Joãos Semana, como antigamente, e não uns exploradores
da situação. Não todos, é verdade. Só lhes exigia um pouco mais de humanidade. Até gostava de ter ido para médica, mas nem sangue eu consigo ver.
Conto-lhe a minha relação com a minha gine, que até já me ajudou a melhorar a qualidade de vida. Esta só tem um defeito. É reaccionária q.b. Para falar com ela de política tem de se lhe dar razão, e às vezes até tem. Depois de vários anos com o colesterol elevado, não o suficiente para tomar remédios mas que a alimentação também não justificava, na minha casa não há fritos nem gorduras animais, além das intrínsecas das peças,nem tenho antecedentes familiares.
Foi a minha gine que me mandou fazer as TTTs. E descobriu-se que eu tinha hipotireódismo. É certo que o médico do meu serviço uma vez já tinha prescrito essa análise
mas como ele só servia para passar atestados, para justificar uma falta, eu nem liguei. Na altura tb ainda não tinha computador pessoal, trabalhava em rede
com um terminal ligado a um grande sistema, que só tinha informações de serviço. Mas a m/gine trata-me de tudo. A minha consulta demora sempre entre uma e duas horas.
Escolho ser sempre a última a ser atendida. Até para ter lugar para estacionar na Av. de Roma.
Da penúltima vez que lá fui, saímos de lá eram quase 4 da manhã. Ela pediu-me para eu esperar que ela desligasse as coisas e fechasse o consultório.
Saímos juntas, ele deixou a carro q estava estacionado numa transversal, disse q no dia seguinte ía de táxi. Eu fui levá-la a casa, nas traseiras da Av. do Brasil, perto do Júlio de Matos
esperei q ela entrasse, e vim feliz e contente, por uma Lx deserta, em direcção à A5, rumo a uma casa portuguesa. Não sei poruê eu não tenho medo.
Será porque não tenho amor à vida? Só não quero é sofrer. Como vê como posso eu dizer mal duma médica destas? Mas ela demore tempo com toda a gente.
Da última vez vim de lá eram quase 2 da manhã. Agora, apesar de ter direito a pagar o mínimo, é ela que me vai tirar um pólipo no útero, particularmente na Clínica de Todos os Santos,
onde trabalha.
(continua)
...(continuação)
Depois da descoberta do hipot. auto-imune, passou a haver a cruz dos endocrinologistas. Depois 2 hérnias cervicais que me estavam a comprimir a medula, mas que eu não podia ser operada pq tinha de mudar as fraldas à minha mãe e não podia ficar tetraplégica. Depois de ter ficado com o estômago arrombado por causa dos AINEs, fiquei com o rabo num passador, e o braço esquerdo a mirrar, pegava num livro, os dedos ficavam em garra,e tinha de os pôr no sítio com a outra mão. Felizmente lembrei-me do meu querido Mestre KoboYashi,dos meus tempos do Judo Clube de Potugal,em que ele quando alguém ficava imolizado, lá ía com as suas maozinhas de veludo,(também é médico), a pessoa só dava um berro mas ficava logo boa.
Conhecia o corpo humano como ninguém. Então descobri que ele tinha um consultório, e lá fui eu. Contei a mimha história, mostrei-lhe os exames, ele passou a manipular-me e também com uns aparelhos, e só dizia: não vai sel opeleda! Sei que fiz, 7/8 sessões, mas passei logo a melhorar, mesmo mudando fraldas.
Depois comecei a fazer quase tudo com o braço esquerdo, felizmente que quase sou ambidestra(por isso vejo em muitas direcções) e aos poucos o meu braço e a mão começaram a ganhar volume e músculo, e hoje só tenho um bocadinho a menos de músculo do lado do dedo mindinho. Ah, e até voltei a fazer musculação, embora agora tenha isso em modo de espera.
Só é pena que ele com oitenta e tal anos, está vivo, mas voltou para o país das cerejeiras. Não lhe conto a história com os neurocirurgiões, nem os ortopedistas, se não a ana ficava doida. E também não lhe falo do que mais grave já se passou comigo.
Já agora falando de médicos: imagine o ridículo duma sessão de psicoterapia, como se vê no "in treatement" em que a pessoa está no meio duma palavra, acaba o tempo
vai para a rua, quando talvez ela tivesse começado a ganhar coragem para falar.
Ana,
Agora que li o s/ comentário com calma, já posso ripostar.
O acesso a outros cursos é bem mais fácil do que era ao de médico. Qualquer universidade privada, de papel e lápis,
vendia cursos. Estas não estavam para fazer investimentos. Só para ganhar dinheiro. Os de medicina tinham de ser públicos, mais baratos para quem os frequentava e de lugar garantido quando acabassem o curso.
Toda a gente que tirava esses cursos de meia tigela também tinha acesso a professor, dada a explosão de ensino que houve, toda a gente passou a ir para professor, mesmo sem ter qualquer apetência. Antigamente as meninas finas também íam para Letras porque além de serem mais
fáceis, muitas não acabavam porque entretanto arranjavam marido, e outrs eram só para serem objecto de luxo das familias e não precisavam de trabalhar, mas falavam línguas estrangeiras.
Antes até para se ser professor primário se tinha cadeiras de psicologia, pedagogia, sociologia,
etc. Para outros graus de ensino tinha de tirar Pedagógicas. Entrou aquele enchurrada de professores alguns sem a mínina aptidão, que acabaram por ganhar o direito ao lugar, e com um sindicato a lutar por eles, que conseguiram equivalências para toda a gente, e subidas automáticas, que se revelam hoje nas magníficas reformas que passaram a receber.
E o resultado no ensino está à vista. E não é porque os pais, de hoje, sejam mais analfabetos e ignorantes e que não lhes saibam dar educação. Eles e os equiparados a enfermeiros.(Uma grande maioria destes a fazer trabalho administrativo nos postos médicos).
Ana eu não me movo em elites, vê-se bem que sou bem rústica, só que tanho um raio de um poder de observação que me deixa lixada. Eu até só saio de casa o essencial, porque não me apetece falar com
ninguém, e porque já ninguém respeita ninguém e não vejo solidariedade nenhuma. Quando falo em respeito, não falo em lamber botas, nem em sair às arrecuas diante dos superiores hierárquicos, como eu cheguei a ver. Ai como eu sou livre de dizer o que quero e que penso. Não tenho satisfações a dar a ninguém nem devo nada a ninguém. Só tenho de respeitar o que os outros querem dizer, e aqui estou eu firme e hirta, para receber pancada, porque eu só fico tristre com o que considero injusto, o resto não me importa. E sempre pronta a recber críticas construtivas e nunca me esqueço de alguém que já me tenha ensinado alguma coisa, ao longo da vida, por mais pequena que seja. Pode crer, eu respeito toda a profissão desde que seja exercida com dignidade. E não se amofine por eu a estar a atingir a sua classe. A minha também é muitas vezes atacada, muitas vazes com razão e eu não me zango. Às vezes zango-me é com eles por dizerem tanta asneira.
Pedro,
sabe que eu já fiz de anjo no Auto da Barca do Inferno? E foi precisamente, quando era adolescente e estava a mostrar a garganta a um médico, que também era encenador e director dum grupo cultural, e que disse: Aqui está o anjo que eu ando à procura!
Numa tarde decorei o texto para ir prestar provas à noite.
Será que eu estou a falar com o pedro ou com alguma encarnação multilinguística?!
A nossa língua é tão bonita e o Gil Vicente era Português apesar de escrever português ainda meio arcaico.
Anphy
como disse algures Ana B., as generalizações são perigosas. Por parcialmente erradas. Entendi que não sejam fruto apenas de experiência pessoal, mas também - e, como diz, uma médica/o não é o conjunto. As medicinas paralelas, em certas doenças, serão mais ajustadas se praticadas por quem entende, parece que a chinesa vai dando algumas cartas. No seu caso, foi óptima. Está grata.
Observadores, todos somos. Mas nem todos fazemos, felizmente, o mesmo tipo de observações. Ao contrário de si, sou um poço de saúde, vou aos médicos por mera rotina e poucas vezes, É provável que, por isso mesmo,não haja queixas. Muito pelo contrário, nessas visitas esporádicas gerou-se entre nós alguma coisa que, sem ser amizade, deixou de ser indiferença. Confio neles plenamente dentro daquilo que a ciência permite, admiro-lhes a cordialidade não invasiva. Terei tido sorte. Ou ainda não chegou a minha época dos azares com a medicina :)
Quanto a professores, é verdade, há muita falta de profissionalismo, mas a conversa acerca de generalizações continua a mesma. Mas os propósitos actuais continuam a dar achegas, misturam até outras achas. E o fogo vai queimar todos e talvez quase tudo. Educação e Saúde são processos por demais importantes face à leveza modernizada, "medidas", com que estão a ser tratadas. Mas talvez seja um erro da minha observação. Que nem por isso deixa de ser minha :)
Bom Dia. Há um conta quilómetros ansioso e depois uma casa na ponta. à minha espera e de ninguém mais.
Anfi:
Segundo me pareceu, a relação que estabeleceu com os seus médicos, até saem um pouco da norma. Pela positiva. Revelam familiaridade e empatia. Não é muito frequente os doentes levarem o médico a casa ou trocarem e-mails como já aqui disse.Acho até que tem alguma sorte com os profissionais que encontrou. Dentro da pouca sorte que é estar doente. A saúde é realmente um bem precioso.
Achei piada à imagem que deu do psi a interromper a sessão de psicoterapia por ter chegado a hora.É uma caricatura engraçada. Embora muitas vezes não seja por acaso, que a vontade de falar só apareça no final da sessão. Mas isso o nosso anfitrião poderá opinar muitissimo melhor que eu.Que de psis pouco mais sei do que aprendi na faculdade, vão para mais de vinte anos. E por sinal,com um Professor que muito prezava, o Prof. Eduardo Cortesão.
Tenho de ir. Fique bem!
Atendendo à quadra,vale uma estrofe?
José Gomes Ferreira (1900-1985)
Dá-me a tua mão.
Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.
Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.
Bom fim-de-semana!
Ana,
É verdade, mas muito trabalho me deram a encontrar. Porque como já disse para mim só há um bom profissinal, quando ele é boa pessoa. Os que não me interessam ficam pelo caminho. E o que prova que eu também sou boa pessoa, apesar da forma "rancorosa" ou áspera como falo. Foi só para lhe dar exemplos de que eu sei distinguir o trigo do joio.
Já agora um bom fim de semana para todos.
http://www.youtube.com/watch?v=5FfaX13S7qI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xPaLK1RVeCI&feature=related
Bea,
Esqueci-me de lhe dizer que o mestre Kobayashi é japonês. A flor de cerejeira é o símbolo do país do sol nascente. Também é utilizada como símbolo do judo. Pelo menos é o utilizado no Judo Clube de Portugal. Há outos que defendem outro, com o sol como elemento principal.
As técnicas dele não têm nada a ver com acunpuntura e quejandas, que também já esperimentei, mas que comigo não resulta, porque a minha mente é mais forte do que qualquer mentalização, ou agulhas. E quando o Pedro Choy vem para a televisão dizer que cura hérnias discais e paralíticos, apetece-me mandá-lo passear. Até me doeu a alma quando eu lá vi bebés de meses a pagarem umas dezenas de € por tratamento. O pior é que as pessoas quando estão desesperadas vão a qualquer lado. Eu gosto de experimentar tudo. Até hipnotismo já experimentei, mas ninguém me consegue abstrair da realidade nua e crua.
Obrigada pela comunhão, e não se preocupe com as minhas generalizações. Eu sou assim porque o meu mundo é muito pequeno.
Já que estamos a falar de psis , padres, almas e eu de hipnotismo, como será que o professor interpreta a posição do dito famoso psiquiatra americano, Brian L. Weiss, M.D., autor de vários livros e cds de meditação que começou com o livro "Muitas Vidas, Muitos Mestres" e muitos outros se lhe seguiram, que mais parece o Paulo Coelho em a "Profecia Celestina"? Ele diz que só o passado cura, e no livro "Os Espelhos do Tempo", até tem um cd para praticar regressão a vidas passadas.
Boa noite.
Anfi,
LOOOOOLL!
A gargalhada é por a imaginar a ser hipnotizada. Acredito que não seja fácil...
Bom fim de semana para si também!
Bom Dia
Anphy
Já aprendi uma data de coisas consigo e não apenas hoje. De medicinas alternativas não sei mais do que aquilo que leio. A TV é tão desinteressante que vou pondo de lado e depois perco o que não devo (também eu generalizo). Depois, estava tão à pressa e a pensar na minha ponta de estrada, que nem li (ou observei tudo o que a Anphy disse, com a atenção devida:) escapou-me o "país das cerejeiras". Peço desculpa. Não me preocupam as generalizações; neste caso, preocupo-me com quem as faz, se lhe são perigosas; mas, todos somos descalços e vamos dando esse pontapé de vez em quando. A Anphy tem um ar desabrido, às vezes um pouco cego a outras formas de realidade, como se só um dos lados existisse ou o queira mostrar. Parece-me um contraditório necessário ao movimento das coisas no blogue, estilo "mexam-se!".
Não sabia que podia haver uma campainha a mandar numa consulta:) Acho meio esquisito, mas o mundo da psiquiatria é todo esquisito. O mais certo é que seja uma maneira de qualquer coisa que não entendemos, por não pertencermos a essa molécula humana, ou nos termos interessado em explicá-la.
Diz o coreografo para bailarina:
"The only person standing in your way is you....Lose yourself!"
http://www.youtube.com/watch?v=CsvtIzebNcw
Excelente!
Para todos os murcons.
Obrigatório para os cinéfilos.
Faltam aqui notícias suas, professor.
Anphy
Que bom estar aqui a ouvir as melodias do seu post!...
Ana
Especialmente depois de ter apanhado uma lotação esgotada para O Cisne Negro e 1h antes :-(!
Pronto...eu sei que pode estar um bocadinho gasta a recomendação, mas o que é certo é que acabei a ver "O amor é o melhor remédio".
OK! a companhia também ajudou :-)!
Continuem com um bom fim-de-semana.
Bjinhos
Caidê,
Qué isso?!
Já arranjou companhia?
Seguiu as pégadas do tHora?
Espero que não nos deixe.
Atenção que as melodias que coloquei são acompanhadas de bonitas imagens.
http://www.youtube.com/watch?v=m4nl8uNXD6Q&feature=related
Ana,
Já tinha visto o vídeo. O filme é candidato a uma data de Òscares.
Acho que a rapariga tem uma excelente interpretação não só como cisne branco mas também como cisne negro.
P.S.- pode estar descansada que nunca me conseguiram hipnotizar, apesar de algumas vezes já ter ficado embasbacada.
Bea,
se já aprendeu algumas coisas comigo, se for como eu, já não se vai esquecer de mim. Eu queria que as pessoas não se acomodassem e vissem o reverso das coisas. É que viver é uma carga de trabalhos. De que serve trabalhar só para ganhar dinheiro?
Aqui há dias não comentei, para não levantar polémica, uma notícia do Público, colocada aqui pela Andorinha e aonde apelava a um movimento popular, semelhante em Portugal. Ela e nós ainda vamos pagar muito caro por tudo o que está a acontecer. Ainda ontem ninguém esperava que alguém conseguisse atacar o viaduto de gás do Egipto, de que é um dos maiores fornecedores e que só tem trezentos e tal Kms de extensão.
Hoje já foi atacado, vejam as notícias que também estão junto a este link.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/slideshows/Vaga+de+contestacao+em+paises+arabes.htm
Caidê:
Fui à sessão das 17.50 no Classic Alvalade (ex cinema Alvalade) que tinha apenas 1/3 da sala ocupada.
Que bom que é o cinema de rua, longe da confusão dos centros comerciais.
Vantagem adicional: frequentado por gente pouco amiga de pipocas, embora as tenha à venda (mais uma vez a perfeição não existe...). Apenas uma roedora confundiu uma sala de cinema com a sua sala de estar. O que , nos tempos que correm, já não é nada mau.
Como podem ver, a minha tolerância para os roedores de pipocas aproxima-se perigosamente do zero...
Também já vi "O amor é o melhor remédio". Embora certeiro no título, não atingiu o meu coração.
Anfi:
Não perca o "Black Swan".
A beleza diáfana do ballet, manchada pelo lado sombrio da alma.
Todo ele metafórico!
Soberbo!
E por falar em alma:
http://www.youtube.com/watch?v=FsG67OOUG8k
Ana,
tem piada que há pouco tempo enviei este vídeo fabuloso a alguém que me perguntou se era o terceiro.
Não há adjectivos para esta mulher
que cada vez se torna mais linda, apesar dos seus cabelos já brancos e dos seus traços irregulares.
http://www.youtube.com/watch?v=BDcFa16ZisY&feature=related
Anfi:
Mais uma coincidência nos nossos gostos.
Concordo totalmente consigo quando diz que a Bethania está mais bonita, apesar dos cabelos brancos e das rugas. E dos traços irregulares. Cada vez tenho mais a certeza que a beleza, em nada tem a ver com a perfeição.Nem com idade.
Há homens que estão fora dos padrões considerados como atraentes e que me conquistam definitivamente. Outros porém são verdadeiras estampas mas não me arrancam mais de duas ou três espreitadelas.
E estou firmemente convencida que o mesmo se aplica às mulheres. Nós é que nos massacramos em atingir as medidas perfeitas. Como diz uma amiga minha, com imenso humor e uma auto-estima à prova de bala: "eles querem cá saber, desde que funcione..."
E a propósito:
http://www.youtube.com/watch?v=txLPlvkGiP4
Alguém ouviu o programa de fim de semana do Prof? Excelente como sempre.
Anfi
Claro que é linda - a Maria de que fala. E quer o seu link como o da Ana são dos melhores - até para acordar a um domingo.
Bom...SÓ fui ao cinema com o meu primeiro namorado. Por que razão deixaria de aparecer pelo murcon :-)?
A companhia, de facto, é muito boa - e é HISTÓRICA - património pessoal, tá visto!
Mas, Ana
Quanto à sala de cinema, eu também optei pela proximidade - embora o Vasco da Gama seja tudo isso que diz. Acrescenta-se ser sábado à noite e assim ter aumentado a procura. Mas o Cisne Negro não vai perder pela demora D= ! Além da companhia bisar :-)! ...sem truque.
Bea:
Só hoje li com atenção o seu comentário das 12.19.
Percebo quando diz que "o mundo da psiquiatria é todo esquisito" e que até é compreensivel não a entendermos, visto "não pertencermos a essa molécula humana".
É mais para os outros, diria eu.
Não se esqueça contudo, que nós somos os outros dos outros...
Caidê,
agora aqui está um bom truque. Escolhemos um filme que se preveja esgotado, e fica sempre no ar um pretexto para um novo encontro.
Sempre a aprender...
E com boas professoras!
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