O problema é que os espelhos apenas transmitem a nossa aparência exterior. Mas o pior é quando ficamos a olhar para eles tentando ver o que vai lá dentro e aí, talvez tenhamos pena de nós por ter pecado tantas vezes.
Ana, Apesar de desfasadas no tempo, parece que somos homozigóticas. Quando oiço falar em Mari... e esquecem Mísia fico irritada. E dou-lhe ainda esta achega para mostrar o que o tempo faz, ou talvez não.
Gente, Se quiserem ouvir os discos têm de sair do blogue, e quando voltarem a entrar têm de pôr o vídeo do blogue em parar, mesmo assim ainda se ouve a incomodativa publicidade.
Paula um dia...se tiver sapiência e coragem, ainda lhe digo porque me irrita tanto, ver falar inglês quem não sabe falar português e os analfabetos que não sabem nem uma coisa nem outra, e ainda aqueles que não tiveram oportunidade de sequer ir à escola. Só sabemos falar mal do que é nosso e nem sabemos defender o que nos pertence, e que já foi grande, enquanto os espanhóis e os brasileiros fazem questão de traduzir tudo que é estrangeiro, e estes ainda se estão maribando para o acordo ortográfico. Porque não emigramos todos para a Commonwelth e aí saberemos como a vida é dura e temos mesmo de trabalhar.
Que induza grandes distorções agravadas por narcisismo sobrenadante, acredito- "corrupto" acho que não, professor. A não ser... ;))) que já esteja a antever a reciclagem da prata do espelho e a su transformação em vidro de janela.:P, a troco de alguns "robalinhos".
A Piedade possui um auto, em cujo banco de trás pecamos com relativa assiduidade. O Auto-de-Piedade, está equipado no interior com um espelho retrovisor-panorâmico, onde revemos os pecados que praticamos com relativa assiduidade no banco de trás do auto da Piedade. É amplo, o banco do auto da Piedade, onde praticamos atrás, com relativa assiduidade, pecados da maior corrupção. Já está corrompido atrás o pecado da Piedade, dado a relativa assiduidade, com que pecamos no seu auto. Mas afinal... quem é essa tal Piedade???
concordo consigo. A auto-piedade e a canção do coitadinho, faz-nos enquistar numa posição de fragilidade e auto-complacência, a quem tudo lhe é devido e nada exigido,sempre em busca de tolerância e piedade. Haverá coisa mais corrupta? Ao ficarmos entretidos a ter pena de nós proprios, e a culparmos os outros pelas nossas derrotas e fracassos, camuflamos e branqueamos os nossos próprio defeitos. Pois é. Por muito que nos custe,somos responsaveis pelos nossos atos e pelas escolhas que fazemos, as boas e as más. E se,numa primeira leitura, nos pode parecer duro, repare-se na vantagem que é podermos modificar o nosso destino! Por isso,e tal como já disse num comentário anterior, deixemos de nos lamentar da crise,olhemos o copo meio-cheio e façamos todos a nossa parte.
Anfi,
na verdade,também já tinha notado a semelhança dos nossos gostos. Cheguei até a pensar, ter finalmente encontrado a minha alma gémea.Mas pronto, cedo reparei que era mulher, pelo que mais uma vez, a ilusão foi fugaz. É que,apesar das tentativas falhadas,eu ainda não perdi a esperança...de encontrar a alma gémea! (não falei em viver debaixo do mesmo teto...). Como diz o outro: à primeira caem todos, à segunda cai quem quer, à terceira cai quem é burro. E eu de burro tenho muito pouco.
Para animar as hostes:
http://www.youtube.com/watch?v=XUXwBQnyEZw
lindo,lindo,lindo de morrer! Que desperdício, meu Deus! Já perdi a conta às vezes que o fui ver; para cima de 10 vezes, seguramente! E, numa delas, tive oportunidade de conversar com ele no camarim, após o espetaculo (no "Pescador de pérolas",recorda-se?). Que encanto de homem!
Tal qual! Tirou-me as palavras...agora já não tenho mais nada para dizer:)
Por outro lado a auto-piedade por vezes será talvez a forma encontrada para pedir socorro!...quando se pensa mesmo que não se sabe ou não se pode fazer mais nada...
Eu reajo muito mal à auto-piedade nos outros mas por outro lado fico...enfim! de coração partido!:)
Estou com o Bart. Grande Amigalhaço e espertalhaço que ele é. Recentemente e talvez das únicas vezes que entrei numa de auto piedade, dei-me muito mal. Para tentar remediar um erro, cometi um ainda maior. Prefiro mil vezes ser narcisista- fiquei com essa certeza. Enfim... Anfi, ficarei á espera. Gosto de si, acredite. Meto-me consigo, para lhe tirar chalaças e aqui para nós, até gosto de a espicaçar... não leve a mal. Beijinhos dos bué bons. Paulinha
"Quem cai de amores por si próprio tem ao menos uma vantagem - não há-de encontrar muitos rivais."
Menina da Lua:
por acaso até tem cara de ter um coração de manteiga.Tem um ar doce. Espantada? É que eu sou pior que o Assange na coscuvilhice. Não resisti a espreitar os jantares murcónicos...
Sois umas cridaaas... estragais o Bartinho com tantos mimos. Mas voltando ainda à questão da "vaca fria", aqui fica um desafio inquisitório: Quem nunca pecou no banco de trás de um auto, espreitando ao mesmo tempo, pelo retrovisor... que feche a porta... da bagageira! ;)))
Pois é! eu sou muito má para a minha Auto-Piedade!:) quando ela começa a queixar-se...salto-lhe em cima e aviso-a logo:)- deixa-te disso! não te mexas não! não te aquentes não! não faças o que tens a fazer não! olha que eu não te ligo nenhuma e ficas sozinha!...aí ela assusta-se coitada:) e lá limpa as lágrimas, levanta-se...e aí vai ela pronta para enfrentar o dia seguinte...:))
ai Bart, só tu para me deixares assim tão fora, tão louca... tás a ver? Mas tu achas que quando estamos nessas situações, um tanto ou quanto alucinadas, teremos tempo de olhar para o espelho? Oh meu, quando se entra em cena, os espelhos não intressam. Vale mais olhar de frente, yes Baby?
ANA b.- Não leu a notícia da japonesa que se casou com ela própria, estou a ver... Adorei, embora não entenda como vai fazê-lo... Também há para aí tantos brinquedos.
Chers commentateurs, Alguns de vós expressaram a ideia de que somos sempre nós próprios os responsáveis pela nossa infelicidade. Não concordo inteiramente com esta afirmação. Muitas vezes não somos culpados pelo que nos acontece, pois o factor acaso também existe na vida de cada um. Somos responsáveis, isso sim, é pela forma como reagimos à adversidade. Aí estou plenamente de acordo com a opinião de que cair na auto-piedade, embora possa ser tentador, não serve de nada e que, em lugar de gastar preciosas energias com lamentações, é sempre melhor de passer a l’action.
Tome-se um exemplo comum como os calos. Meu Deus, para além de inestéticos, como podem fazer sofrer os nossos pauvres pieds, reféns dos tão frequentemente incómodos sapatos que a moda nos impõe! Mas nada de queixumes que só nos irão deprimir ainda mais. Também para remediar este problema recorro aos conselhos de minha avó. Diz ela que para se tirarem os calos basta usar uma pomada qualquer com 10% de ácido salicílico. Como vêem não podia ser mais fácil.
Quem preferir receitas mais elaboradas, poderá encontrar outras sugestões no meu blogue. Não desdenhem dos ingredientes! Só experimentando é que saberão se resultam. Posso já dizer-vos que uma destas receitas contem um produto derivado de uma planta muito do agrado de notre jeune ami Thorazine…
Seria impossível concordar mais com a vossa aristocrática opinião, caríssima Condessa de Til. E nem preciso recorrer ao exemplo dos plebeus "calos", para demonstrar que o simples facto de existirmos, é devido, única e exclusivamente a um acaso. Com efeito, já lá vão uns largos milhares de anos - recorrendo à escala temporal actual - habitavam uns antepassados meus uma gruta num condomínio de luxo, ali para os lados daquela que é hoje conhecida por Turquia, quando, já enfastiados de permanecer ha tanto tempo no interior, por via do gêlo que cobria tudo no exterior, a minha antepassada se voltou para o meu antepassado e lhe perguntou: e tu e eu, o que é que vamos fazer? O meu antepassado, deitou-lhe um olhar maroto pelo canto do olho, dirigiu-se à entrada da caverna, retirou do gêlo umazinha de Moet Chandon e duas flutes do mais puro cristal que uma boémia que tinha andado "enrolada" com ele, quando fêz um Erasmus na Jugoslávia, lhe oferecera, dirigiu-se à vitrola e colocou o mais recente LP de Pedro Abrunhosa e esperou... depois... nove meses depois, nasci eu! ;)
"Lá faz Primavera, pá cá estou doente manda urgentemente algum cheirinho para mim"
Não tem a ver com o post? Ai tem, tem, olhar para o espelho dá dor de cabeça e não tem piada. Mas a auto comiseração tem lugar gordo e espreme o resto. Nesta confraria não existe. Escrita. Vai tudo para o céu :)menos eu. Curto ter peninha de mim, lamber as feridas mesmo sabendo que, ao contrário dos outros animais, não é assim que as curo. Mas lá que é a melhor maneira de passar, é. Fiquem bem
O eu que eu sei que sou, o eu que eu julgo que os outros julgam que eu sou, o eu que eu sinto que sou depois do eu que eu julgo que os outros julgam que eu sou – vai para aqui uma baralhada, que mais espelho menos espelho…
E ainda vejo uma imagem para lá da que me possa dar o dito espelho – - o inter-relacional. É o eu que eu não sei se já sou razoavelmente, o eu que eu projecto ser ou o eu que eu quero para mim. Não é com o super-eu que fazemos a nossa projecção? Todos nós não somos apenas em construção?
O operário do Vinícius era. Por mim, cada vez me sinto mais operária – enquanto tiver” Job”, claro está. E esta minha sensação se vai alimentando da descapitalização que estão fazendo no meu bolso. Mas ainda assim, no foro da personalização, creio poder capitalizar. E, oh! , também preciso de recursos… Que as metas são calmas, comedidas...(Fala-se agora tanto deste jargão, que pensei em lhe dar algum uso)
Não estou é nada virada para aplaudir quem diz que a dor faz amadurecer. Tretas! É a ser feliz que se tem liberdade para se desenvolver. A dor aprisiona, interrompe, desacelera o desenvolvimento. O calo é mesmo aquela foleirice – tirá-lo de campo e quanto antes!
Aprender a revirar a frustração é preciso - mas depois de ganho o jeito, para quê andar a treinar?
Rir só por rir também não lava a alma. Apenas não retro-alimenta a tristeza.
Chorar a rir, sim: é autêntico e revigora. Há catarse, seja lá do que for. Irrompe e solta-se e, se regressar, lá para de onde partiu já regressa chorado e rido.
É que o espelho é coisa pouca. Os circuitos inconscientes é que nos podem escapar ao controle. Por mim, abomino ser controlada – por fora entro em contestação e por dentro gosto de saber a razão.
Troco um espelho por uma sonda e parte da maquilhagem por um sensor. Até porque hoje já vi uma ruga a mais. :-)!
Belo discurso. Não sei se se inspirou no meu espelho para reflectir até onde reflectiu. De qualquer modo julgo estarmos de acordo quando deixa clara a ideia de que reagimos sem agir, o que transforma o devir numa sinfonia constantemente desafinada,incompreensível,utópica e corrupta. Quando afinal é tão simples não votar...
Bart, Estou espantada. Já viste que, começamos a dar-nos com a aristocracia murcónica? Ai meu, Deusas, depois Condessas e agora Princesas... Digam ilustres, que pretendeis para o almoço que, aqui a serva vai fazer. Bart vai lá arranjar os flutes. Dp vem ter comigo á copa que despejamos o barril. Ana, Fora, Caide, Cete, Andorinha, Menina, etc, estão convidados. Eheheh. Só filmes. Beijinhos. Paulinha- VOssa Serva
Temos barril na copa, Paulinha? Vê lá que já passei tantas vezes por "aquilo" estava convencido que era um sofá... é que, por mais de uma vez, encontrei o motorista da senhora Códença assentado lá incima a dermire. Mas pronto... fico feliz, até porque ter um barril... é do baril!
A Senhora Dona Condensa até que tem o seu savoir faire...ou melhor a Senhora Dona Til tem um certo charme discret que neste caso não é da bourgeoisie mas de la aristocracie!...:)
Bom! aqui em Lisboa parece que caie o ceu! chove a cantaros!
Canseirita Se acha que ver-me ao seu espelho me tira aquela última ruguita que me nasceu quando botei as vistas largas ao meu, alinho e torno público. Mas não votar? A democracia já não me dá mais nada, amigo! Acha que abdique do que já é tão pouco? Onde hei-de eu ir nesse dia e a essa hora?
Paula, Se não andar muito afadigada, bote aí na lista dos convidados o Canseirita.
Barril de Touriga? Dão? Então não deixem abrir a pipa antes de estarmos todos.
Ana b. encomende mais desses ao poeta Ricardo, que hoje é mesmo dia de reis. O brinde foi agradável, mas veja a minha sorte: a mim calhou-me a fava do destino e a mirra pro mau olhado. O que um espelho pode fazer quando se quebra a cara!...
Bem...tenho de ir pôr a máscara (a de dormir). Vou dar luta a esta ruga!... Ou não me chame...Caidê! E não nasci no Minho...
Olá Professor, Só para dizer que gostei muito da sua intervenção hoje na RTP. Tenho familiares que adoptaram recentemente uma criança e todas as considerações apresentadas foram muito pertinentes e úteis. Obrigado!
Mas…não posso deixar de comentar esta frase: “Não há espelho mais corrupto do que a auto-piedade”, onde faço uma interpretação com outro sentir, e que fui impelida a expor: - A vida consiste em mudanças e, a menos que as aceitemos e que nos deixemos fluir com a corrente, iremos sofrer. Hoje, aqui, agora, neste momento, estamos a aprender uma lição da impermanência. Não devemos ficar agarrados a frases, mas sim vivenciar através delas, o aqui-e-agora, estarmos felizes, estarmos em harmonia e em paz. Caso contrário, vamos continuar a ser infelizes, descréditos e revoltados, virados para os outros com o dedo indicador apontado como se os outros fossem os culpados da nossa involução. Se nós nos esquecermos deste momento e continuarmos a olhar para o futuro, ou se ficarmos a lamentar-nos pelo passado, vamos perder o aqui e agora. Para isso temos que fazer as pazes conosco, e aqui reside a auto-piedade, não em termos de conduta social ou imposta por dogmas religiosos onde é pecado sentir amor por nós próprios. Vejam-se ao espelho sim, e amem-se em primeiro lugar, para estarmos preparados para amar os outros. Por vezes, não precisamos de fazer mais nada, basta que sejamos o nosso eu verdadeiro, basta darmos, o amor, sentir a compaixão e, então depois sim podemos partilhar com tudo e todos ao nosso redor, com os nossos entes queridos, a nossa família, os nossos amigos, e toda a humanidade. Despeço-me com um abraço para todos, do tamanho do universo. Um bom ano de 2011, cheio de espelhos. Maria
Obrigada! Fui espreitar o seu perfil. Fiquei surpreendida por o saber de Ponta Delgada.Também eu, embora viva em Lisboa há já 29 anos. Contudo, mantenho visitas regulares à ilha,pois a minha família reside aí. Descobri um patricio murcónico!
Parabéns! Viva a "nossa" querida filha. Como vê, não há sonhos impossíveis. Mas com tanto amor, não a sufoque. Deixe-a cair mas ponha-lhe a mão por baixo, ou ajude-a a cuidar das feridas, se tal for necessário. Desculpe lá mas tenho direito a botar opinião.
Quanto à "alma gémea" pode ser que ela também se torne realidade. Mas eu apesar de já ter lido e ouvido Brain Weiss, de já ter lido todas as "almas gémeas" de Dulce Regina e de já ter falado com ela, como não acredito nos jardins do Éden, estou tramada. Mas como disse o nosso douto professor, na outra semana, "o segredo está na complementaridade entre big brothers e little sisters"(a tanto sou forçada).
E para baralhar as hostes:
http://www.youtube.com/watch?v=TRtvsObqUf0
P.S.-Ao contrário de si, o Aquiles é de cá e foi para lá tratar de deficientes auditivos.
Paulinha,
Senti-me traída e ultrajada. Eu, ou não fui convidada, ou faço parte do etc. Já sabe que para mim tem de ser convite pessoal e intransmissível. Por isso, escafedi-me. No entanto, porque vi uma referência oclusa, venho agora dar-lhe os Parabéns. Mas olhe que os juris de agora são duma ignorância total, ou então dum grande poder de encaixe, porque essa anedota do FDL, já era muito conhecida.
Para ajudar a cumprir a minha intenção, a minha máquina ficou com Parkinson e vai ser difícil resolver a trabalhada que por aqui vai.
Caidê,
Era só para lhe dizer que a mim calhou-me no destino o brinde feito de metal ferrugento e que ao trincá-lo parti os dentes, e que apesar do ricardo gostar da monarquia eu prefiro o outro desassossegado.
já me inquietava o seu silêncio. Não a imginava tão romântica, mas ainda bem. É que, apesar do seu aparente desencanto e dos brindes de metal enferrujado, ainda mantém viva a chama da esperança.Fundamental, a meu ver. Agora começo a perceber o porquê da minha dificuldade em encontrar a alma gémea. É que eu não me revejo na complementaridade fraternal,defendida pelo Prof. Eu sou como a Florbela Espanca, prefiro a zona das paixões, apesar das tempestades.
Já imaginava que o Aquiles estivesse relacionado com deficientes auditivos. Ao espreitar o perfil reparei nos blogues que ele segue. Mas não me recordo de o ver por lá (também espreitei os jantares murcónicos),o que é normal visto a nossa troca de lugares ter coincidido no tempo. A propósito,o (Sapa)Teia já me bateu à porta. E também com uma dedicatória, que eu sou muito invejosa! Comecei e lê-lo ontem à noite. A minha masterpeace veia ao mundo, tinha eu já 39 anos. Não por fatalidade do destino, mas por opção.Fui sempre adiando um projeto que me inquietava. No fundo, no fundo, acho que não me sentia capaz...(Prof. esta parte foi para si).Infelizmente, e por mais que tente (e só Deus sabe como tento...),não consigo evitar as quedas.Ainda há dois meses foi parar ao hospital com traumatismo craneano,felizmente sem sequelas (para além da testa escalavrada) e de um braço esgessado. Quanto às feridas da alma, já que inevitáveis, quanto mais tardias, melhor!
E, tirado de um filme,do meu cineasta europeu preferido, cantado pelo mano Caetano:
"É que eu não me revejo na complementaridade fraternal,defendida pelo Prof. Eu sou como a Florbela Espanca, prefiro a zona das paixões, apesar das tempestades." como eu a compreendo:)) Mas olhe que com a idade, a complementaride fraternal não é nada de desprezar:) antes pelo contrário, ou melhor, a conciliação mesmo que utópica é desejável!...:) Parabens atrasados à filha.:)
Ontem vi "A Última Estação" e recomendo-vos francamente este filme; estética e dramaticamente muito bem feito... as personagens são tal como se esperam que sejam... humanas! com todo o sublime mas tambem com a "imperfeição" que as tornam verosímeis, autênticas e encantadoras!...:) Baseado na vida de Tolstoi apresenta inclusive no final, fotografias e filmes reais nos quais o realizador se baseia.
Meus caros confrades Não vim para os Açores para tratar de deficientes auditivos. Estou, sim, ligado à Associação de surdos local na defesa dos interesses dos surdos. Também luto pelo sindrome de Asperger, e empenho-me, mesmo à distância, com a APSA (Associação Portuguesa Sindrome de Asperger), sobretudo na sua página do facebook (http://www.facebook.com/#!/pages/APSA-Associacao-Portuguesa-de-Sindrome-de-Asperger/379197967672). Um dia talvez vos diga porque vim para os Açores.
já vi o filme a que se refere.É realmente fantástico, com uma interpretação da Helen Mirren a cheirar a Oscar.Competentíssimo! Recomendo-lhe também uma das estreias desta semana "O Preço da Traição" que fui ver ontem.Não podia ser mais oportuno, pois aborda precisamente a morte da paixão e a desejável, mas dificilima (na minha opinião) transição para o amor fraternal. O filme é do realizador arménio, embora residente no Canadá, Etam Egoyan e tem nos pricipais papeis o Liam Neeson e a lindissima Julianne Moore.A não perder,seguramente.
eu sei que já esteve num jantar murcónico. Por isso disse que não me lembrava de o ver em Ponta Delgada. Mas é natural; eu vou sempre por períodos curtos. No ano passado estive duas vezes: em Agosto,15dias e em Dezembro só 4 dias. Se o consola, o tempo aqui também não está muito melhor; chove todos os dias e eu também ODEIO CHUVA!!! Mesmo quando estou a ler,enrolada na manta,blá, blá, quentinha na cama, com a chuva a bater nos vidros,blá,blá... Odeio chuva de qualquer maneira.Não lhe acho piada nenhuma!
ana b. Eu gosto de chuva. Do que me queixo é de estar quase há 3 meses debaixo de uma neblina quase constante. Um dia por outro lá se vê um pouco de Sol. Há aqui muito pouca constância de Sol e céu limpo.
a quem o diz, meu caro! Não se esqueça que eu moro em Lisboa por opção. Bom, mas tem umas morcelas ótimas,não tem? E umas paisagens de cortar a respiração.
A mim também me arrepia a música. Este filme faz parte da minha lista de favoritos. Só um homem com sensibilidade de mulher pode fazer um filme destes. Imagine que quando vi o filme estava tratando, quase em pleno, de minha mãe. Nunca me identifiquei tanto com uma personagem. Só me faltou tirar o curso de manicura, mas não foi preciso porque tenho esse jeito como dom natural. E aqui se vê a diferença entre falar ou não falar com ela/e. (Houve também outro filme com que me identifiquei parcialmente, cujo título era: "Raquel, Raquel").
Arriba, el vaso es lleno! http://www.youtube.com/watch?v=jMKQFXn9WiM
Aquiles,
Desculpe ter servido de porta voz, mas foi a maneira mais rápida de dar a informação. Quando à ida pode falar, que aqui ninguém lhe morde nos calcanhares. O blogue tem muito mais graça, quando de põem nele as emoções.
Mais alguém a quem essa cena do filme também arrepia: moi. Acho uma das interpretações mais bonitas e emocionantes da canção La Paloma. Igualmente maravilhosa é a versão do fado - Estranha forma de vida - que o Caetano Veloso canta no filme Fados do Carlos Saura. Bem, não sei se na voz dele se lhe pode chamar propriamente fado, mas isso não tem a mínima importância, pois é lindo, lindo.
não conheço o "Raquel,Raquel" mas fui ler a sinopse na net.Efetivamente têm pontos em comum.
Condessa,
ainda bem que gostou do video. Quanto ao "Fado" do Saura, concordo consigo, é realmente um filme muito interessante. É preciso ser muito talentoso, para misturar cantores de generos tão diferentes, num projeto que visa sobretudo o fado. Parece-me que o segredo está, no cantar com a alma.
Num registo totalmente diferente, mas também com a alma inteira:
http://www.youtube.com/watch?v=XEdpaUjt56w
faz parte da lista dos "CDs da Minha Vida", e hoje, acompanhou-me o dia todo. Tirada desta CD, a música "Tango Ballad" do Kurt Weill, vai direitinha para a Anfi:
Anfitrite Eu conheço bem o blog e sei que não mordem. E posso contar porque é muito simples. Em 1978, num baptizado em que era padrinho, apaixonei-me de imediato pela madrinha. Amor à primeira vista. Até hoje. Ela voltou aos Açores após o baptizado, e fomos namorando por carta, e nessa altura o telefone ainda não era automático, era pela Marconi. Até parece que estou a falar de pré-história. Como ainda estava na tropa pedi transferância e cá cheguei em 1979. Cá fiquei. É uma história simples.
eu sabia que era uma história de amor!! É uma história simples,é certo, e sendo de amor, ridícula.Mas só para os outros. Fico contente por sí. Ah! E revela bom gosto...
67 comentários:
Por isso mesmo o Teodósio instituiu o «Senhor tende piedade de nós»...mas já estávamos perdidos no Ocidente.Tarde demais...
...Mas depois veio a barbárie e ficámos todos a saber quem mandava:«O Senhor»
...Trinitáriamente fomos vivendo na graça do Senhor.
...Depois vieram os Mecenas e mais tarde os iluminados.
...Depois as revoluções e os ditadores.
E a democracia senhores??
Espelho meu,espelho meu...há corrupto mais fiel (piedoso) do que eu??
Pois é!
O problema é que os espelhos apenas transmitem a nossa aparência exterior. Mas o pior é quando ficamos a olhar para eles tentando ver o que vai lá dentro e aí, talvez tenhamos pena de nós por ter pecado tantas vezes.
Ana,
Apesar de desfasadas no tempo, parece que somos homozigóticas.
Quando oiço falar em Mari... e esquecem Mísia fico irritada.
E dou-lhe ainda esta achega para mostrar o que o tempo faz, ou talvez não.
http://www.youtube.com/watch?v=C2RIPve3Iyk&feature=related
E agora uma jovem rouxinol, que se chama Suzan Erens, que não precisa de respirar para cantar, e ainda por cima loira e subalimentada.
http://www.youtube.com/watch?v=X4oPWINVVEw&feature=related
Gente,
Se quiserem ouvir os discos têm de sair do blogue, e quando voltarem a entrar têm de pôr o vídeo do blogue em parar, mesmo assim ainda se ouve a incomodativa publicidade.
Paula um dia...se tiver sapiência e coragem, ainda lhe digo porque me irrita tanto, ver falar inglês quem não sabe falar português e os analfabetos que não sabem nem uma coisa nem outra, e ainda aqueles que não tiveram oportunidade de sequer ir à escola. Só sabemos falar mal do que é nosso e nem sabemos defender o que nos pertence, e que já foi grande, enquanto os espanhóis e os brasileiros fazem questão de traduzir tudo que é estrangeiro, e estes ainda se estão maribando para o acordo ortográfico.
Porque não emigramos todos para a Commonwelth e aí saberemos como a vida é dura e temos mesmo de trabalhar.
"Não há espelho mais corrupto do que a auto-piedade."
Ah isso é que há...!
Não há machado que corte a raíz ao pensamento... mas esta, do espelho da auto-piedade é bonita. Não é o espelho uma rotação de 180º da imagem?
Que induza grandes distorções agravadas por narcisismo sobrenadante, acredito- "corrupto" acho que não, professor.
A não ser... ;))) que já esteja a antever a reciclagem da prata do espelho e a su transformação em vidro de janela.:P, a troco de alguns "robalinhos".
A Piedade possui um auto, em cujo banco de trás pecamos com relativa assiduidade. O Auto-de-Piedade, está equipado no interior com um espelho retrovisor-panorâmico, onde revemos os pecados que praticamos com relativa assiduidade no banco de trás do auto da Piedade.
É amplo, o banco do auto da Piedade, onde praticamos atrás, com relativa assiduidade, pecados da maior corrupção.
Já está corrompido atrás o pecado da Piedade, dado a relativa assiduidade, com que pecamos no seu auto.
Mas afinal... quem é essa tal Piedade???
Prof.
concordo consigo.
A auto-piedade e a canção do coitadinho, faz-nos enquistar numa posição de fragilidade e auto-complacência, a quem tudo lhe é devido e nada exigido,sempre em busca de tolerância e piedade. Haverá coisa mais corrupta?
Ao ficarmos entretidos a ter pena de nós proprios, e a culparmos os outros pelas nossas derrotas e fracassos, camuflamos e branqueamos os nossos próprio defeitos.
Pois é. Por muito que nos custe,somos responsaveis pelos nossos atos e pelas escolhas que fazemos, as boas e as más.
E se,numa primeira leitura, nos pode parecer duro, repare-se na vantagem que é podermos modificar o nosso destino!
Por isso,e tal como já disse num comentário anterior, deixemos de nos lamentar da crise,olhemos o copo meio-cheio e façamos todos a nossa parte.
Anfi,
na verdade,também já tinha notado a semelhança dos nossos gostos.
Cheguei até a pensar, ter finalmente encontrado a minha alma gémea.Mas pronto, cedo reparei que era mulher, pelo que mais uma vez, a ilusão foi fugaz.
É que,apesar das tentativas falhadas,eu ainda não perdi a esperança...de encontrar a alma gémea! (não falei em viver debaixo do mesmo teto...).
Como diz o outro:
à primeira caem todos, à segunda cai quem quer, à terceira cai quem é burro.
E eu de burro tenho muito pouco.
Para animar as hostes:
http://www.youtube.com/watch?v=XUXwBQnyEZw
lindo,lindo,lindo de morrer!
Que desperdício, meu Deus!
Já perdi a conta às vezes que o fui ver; para cima de 10 vezes, seguramente!
E, numa delas, tive oportunidade de conversar com ele no camarim, após o espetaculo (no "Pescador de pérolas",recorda-se?).
Que encanto de homem!
Bart,
adorei a sua chalaça!
Já agora, a minha preferida do último CD/espetaculo dele
http://www.youtube.com/watch?v=hUrKLIj4UZc
Ana B :)
Tal qual!
Tirou-me as palavras...agora já não tenho mais nada para dizer:)
Por outro lado a auto-piedade por vezes será talvez a forma encontrada para pedir socorro!...quando se pensa mesmo que não se sabe ou não se pode fazer mais nada...
Eu reajo muito mal à auto-piedade nos outros mas por outro lado fico...enfim! de coração partido!:)
Bartolomeu:)
Você continua um brincalhão bem divertido!:)
Estou com o Bart. Grande Amigalhaço e espertalhaço que ele é.
Recentemente e talvez das únicas vezes que entrei numa de auto piedade, dei-me muito mal. Para tentar remediar um erro, cometi um ainda maior. Prefiro mil vezes ser narcisista- fiquei com essa certeza. Enfim...
Anfi, ficarei á espera. Gosto de si, acredite. Meto-me consigo, para lhe tirar chalaças e aqui para nós, até gosto de a espicaçar... não leve a mal.
Beijinhos dos bué bons.
Paulinha
Paulinha,
já dizia Lichtenberg:
"Quem cai de amores por si próprio tem ao menos uma vantagem - não há-de encontrar muitos rivais."
Menina da Lua:
por acaso até tem cara de ter um coração de manteiga.Tem um ar doce.
Espantada? É que eu sou pior que o Assange na coscuvilhice. Não resisti a espreitar os jantares murcónicos...
Sois umas cridaaas... estragais o Bartinho com tantos mimos.
Mas voltando ainda à questão da "vaca fria", aqui fica um desafio inquisitório: Quem nunca pecou no banco de trás de um auto, espreitando ao mesmo tempo, pelo retrovisor... que feche a porta... da bagageira!
;)))
Às vezes, parte-se. Vai-se a piedade e fica o auto. O Auto da Alma, está visto.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 04/01/2011
...irá provavelmente para o céu:))))
Ana (11.37)
Subscrevo na íntegra a tua opinião.
É a vantagem de chegar mais tarde: por vezes já alguém disse o que queríamos dizer:)
Bart,
Toma lá mais um miminho. Tu mereces, malandreco:)
Bart,
por acaso nunca me deu para espreitar simultaneamente pelo retrovisor!
Vendo bem, nada que não se possa remediar...
Quem quiser que se agarre à desgarrada (or to whom it may concern).
Nunca vi assunto mais im-pertinente
Então agora não pode a gente
Pecar aqui ali em toda a parte
Pecar com ou sem arte...
Por acto ou omissão?
Nem de longe, nem à vista
Quem quiser que resista,
Eu não vou ao psicanalista.
...........
Ney é Ney minha gente, mas a sua obra-prima continua a ser para mim:
http://www.youtube.com/watch?v=tM3UhueemQM
Que tal como o espelho inverte a imagem que temos de nós.
Ana B:)
Sua cusquinha!:)
Obrigada! mas quanto à doçura!olhe tem dias!...
Pois é! eu sou muito má para a minha Auto-Piedade!:) quando ela começa a queixar-se...salto-lhe em cima e aviso-a logo:)- deixa-te disso! não te mexas não! não te aquentes não! não faças o que tens a fazer não! olha que eu não te ligo nenhuma e ficas sozinha!...aí ela assusta-se coitada:) e lá limpa as lágrimas, levanta-se...e aí vai ela pronta para enfrentar o dia seguinte...:))
ai Bart, só tu para me deixares assim tão fora, tão louca... tás a ver? Mas tu achas que quando estamos nessas situações, um tanto ou quanto alucinadas, teremos tempo de olhar para o espelho? Oh meu, quando se entra em cena, os espelhos não intressam. Vale mais olhar de frente, yes Baby?
ANA b.- Não leu a notícia da japonesa que se casou com ela própria, estou a ver... Adorei, embora não entenda como vai fazê-lo... Também há para aí tantos brinquedos.
Cêtê
Para entender o sentido do texto diz-me apenas: a su é prima de quem?
fiury, "vai roubar ga_______s";)))
Entre amar e pecar: não há escolha! Pois não?
Quem nunca amou? Mas há quem nunca tenha amado? Que pecado :-)!
Qualquer um pode começar por ir ao cinema.
http://www.youtube.com/watch?v=LMFbp_t7h_A&feature=player_embedded
Entre amar e pecar
http://www.youtube.com/watch?v=LMFbp_t7h_A&feature=player_embedded
Os olhos são o espelho da alma!
Chers commentateurs,
Alguns de vós expressaram a ideia de que somos sempre nós próprios os responsáveis pela nossa infelicidade. Não concordo inteiramente com esta afirmação. Muitas vezes não somos culpados pelo que nos acontece, pois o factor acaso também existe na vida de cada um. Somos responsáveis, isso sim, é pela forma como reagimos à adversidade. Aí estou plenamente de acordo com a opinião de que cair na auto-piedade, embora possa ser tentador, não serve de nada e que, em lugar de gastar preciosas energias com lamentações, é sempre melhor de passer a l’action.
Tome-se um exemplo comum como os calos. Meu Deus, para além de inestéticos, como podem fazer sofrer os nossos pauvres pieds, reféns dos tão frequentemente incómodos sapatos que a moda nos impõe! Mas nada de queixumes que só nos irão deprimir ainda mais. Também para remediar este problema recorro aos conselhos de minha avó. Diz ela que para se tirarem os calos basta usar uma pomada qualquer com 10% de ácido salicílico. Como vêem não podia ser mais fácil.
Quem preferir receitas mais elaboradas, poderá encontrar outras sugestões no meu blogue. Não desdenhem dos ingredientes! Só experimentando é que saberão se resultam. Posso já dizer-vos que uma destas receitas contem um produto derivado de uma planta muito do agrado de notre jeune ami Thorazine…
Seria impossível concordar mais com a vossa aristocrática opinião, caríssima Condessa de Til.
E nem preciso recorrer ao exemplo dos plebeus "calos", para demonstrar que o simples facto de existirmos, é devido, única e exclusivamente a um acaso.
Com efeito, já lá vão uns largos milhares de anos - recorrendo à escala temporal actual - habitavam uns antepassados meus uma gruta num condomínio de luxo, ali para os lados daquela que é hoje conhecida por Turquia, quando, já enfastiados de permanecer ha tanto tempo no interior, por via do gêlo que cobria tudo no exterior, a minha antepassada se voltou para o meu antepassado e lhe perguntou: e tu e eu, o que é que vamos fazer?
O meu antepassado, deitou-lhe um olhar maroto pelo canto do olho, dirigiu-se à entrada da caverna, retirou do gêlo umazinha de Moet Chandon e duas flutes do mais puro cristal que uma boémia que tinha andado "enrolada" com ele, quando fêz um Erasmus na Jugoslávia, lhe oferecera, dirigiu-se à vitrola e colocou o mais recente LP de Pedro Abrunhosa e esperou... depois... nove meses depois, nasci eu!
;)
"Lá faz Primavera, pá
cá estou doente
manda urgentemente
algum cheirinho
para mim"
Não tem a ver com o post? Ai tem, tem, olhar para o espelho dá dor de cabeça e não tem piada. Mas a auto comiseração tem lugar gordo e espreme o resto. Nesta confraria não existe. Escrita. Vai tudo para o céu :)menos eu. Curto ter peninha de mim, lamber as feridas mesmo sabendo que, ao contrário dos outros animais, não é assim que as curo. Mas lá que é a melhor maneira de passar, é.
Fiquem bem
O eu que eu sei que sou, o eu que eu julgo que os outros julgam que eu sou, o eu que eu sinto que sou depois do eu que eu julgo que os outros julgam que eu sou – vai para aqui uma baralhada, que mais espelho menos espelho…
E ainda vejo uma imagem para lá da que me possa dar o dito espelho – - o inter-relacional. É o eu que eu não sei se já sou razoavelmente, o eu que eu projecto ser ou o eu que eu quero para mim. Não é com o super-eu que fazemos a nossa projecção? Todos nós não somos apenas em construção?
O operário do Vinícius era. Por mim, cada vez me sinto mais operária – enquanto tiver” Job”, claro está. E esta minha sensação se vai alimentando da descapitalização que estão fazendo no meu bolso. Mas ainda assim, no foro da personalização, creio poder capitalizar. E, oh! , também preciso de recursos… Que as metas são calmas, comedidas...(Fala-se agora tanto deste jargão, que pensei em lhe dar algum uso)
Não estou é nada virada para aplaudir quem diz que a dor faz amadurecer. Tretas! É a ser feliz que se tem liberdade para se desenvolver. A dor aprisiona, interrompe, desacelera o desenvolvimento. O calo é mesmo aquela foleirice – tirá-lo de campo e quanto antes!
Aprender a revirar a frustração é preciso - mas depois de ganho o jeito, para quê andar a treinar?
Rir só por rir também não lava a alma. Apenas não retro-alimenta a tristeza.
Chorar a rir, sim: é autêntico e revigora. Há catarse, seja lá do que for. Irrompe e solta-se e, se regressar, lá para de onde partiu já regressa chorado e rido.
É que o espelho é coisa pouca.
Os circuitos inconscientes é que nos podem escapar ao controle. Por mim, abomino ser controlada – por fora entro em contestação e por dentro gosto de saber a razão.
Troco um espelho por uma sonda e parte da maquilhagem por um sensor. Até porque hoje já vi uma ruga a mais. :-)!
Vitória, vitória, quando acaba cada história!
Segue o Teu Destino
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nos queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-proprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Caidê
Belo discurso.
Não sei se se inspirou no meu espelho para reflectir até onde reflectiu. De qualquer modo julgo estarmos de acordo quando deixa clara a ideia de que reagimos sem agir, o que transforma o devir numa sinfonia constantemente desafinada,incompreensível,utópica e corrupta.
Quando afinal é tão simples não votar...
Bart,
Estou espantada. Já viste que, começamos a dar-nos com a aristocracia murcónica? Ai meu, Deusas, depois Condessas e agora Princesas... Digam ilustres, que pretendeis para o almoço que, aqui a serva vai fazer. Bart vai lá arranjar os flutes. Dp vem ter comigo á copa que despejamos o barril.
Ana, Fora, Caide, Cete, Andorinha, Menina, etc, estão convidados. Eheheh. Só filmes.
Beijinhos.
Paulinha- VOssa Serva
Temos barril na copa, Paulinha?
Vê lá que já passei tantas vezes por "aquilo" estava convencido que era um sofá... é que, por mais de uma vez, encontrei o motorista da senhora Códença assentado lá incima a dermire.
Mas pronto... fico feliz, até porque ter um barril... é do baril!
cêtê
gafanhotos?! hihihihi
como eu te conheço..... hahahah
Paulinha e Bartolomeu:)
A Senhora Dona Condensa até que tem o seu savoir faire...ou melhor a Senhora Dona Til tem um certo charme discret que neste caso não é da bourgeoisie mas de la aristocracie!...:)
Bom! aqui em Lisboa parece que caie o ceu! chove a cantaros!
e ainda
Ana B:)
Esse poema foi muito bem metido!
Gostei!
Menina da lua,
Obrigada!
Ainda bem que gostou.
Canseirita
Se acha que ver-me ao seu espelho me tira aquela última ruguita que me nasceu quando botei as vistas largas ao meu, alinho e torno público.
Mas não votar? A democracia já não me dá mais nada, amigo! Acha que abdique do que já é tão pouco? Onde hei-de eu ir nesse dia e a essa hora?
Paula,
Se não andar muito afadigada, bote aí na lista dos convidados o Canseirita.
Barril de Touriga? Dão? Então não deixem abrir a pipa antes de estarmos todos.
Ana b. encomende mais desses ao poeta Ricardo, que hoje é mesmo dia de reis. O brinde foi agradável, mas veja a minha sorte: a mim calhou-me a fava do destino e a mirra pro mau olhado. O que um espelho pode fazer quando se quebra a cara!...
Bem...tenho de ir pôr a máscara (a de dormir). Vou dar luta a esta ruga!... Ou não me chame...Caidê!
E não nasci no Minho...
http://www.youtube.com/watch?v=f5Try2OiI6o
Beijos espelhados!
Olá Professor,
Só para dizer que gostei muito da sua intervenção hoje na RTP. Tenho familiares que adoptaram recentemente uma criança e todas as considerações apresentadas foram muito pertinentes e úteis.
Obrigado!
Mas…não posso deixar de comentar esta frase: “Não há espelho mais corrupto do que a auto-piedade”, onde faço uma interpretação com outro sentir, e que fui impelida a expor:
- A vida consiste em mudanças e, a menos que as aceitemos e que nos deixemos fluir com a corrente, iremos sofrer. Hoje, aqui, agora, neste momento, estamos a aprender uma lição da impermanência. Não devemos ficar agarrados a frases, mas sim vivenciar através delas, o aqui-e-agora, estarmos felizes, estarmos em harmonia e em paz. Caso contrário, vamos continuar a ser infelizes, descréditos e revoltados, virados para os outros com o dedo indicador apontado como se os outros fossem os culpados da nossa involução. Se nós nos esquecermos deste momento e continuarmos a olhar para o futuro, ou se ficarmos a lamentar-nos pelo passado, vamos perder o aqui e agora.
Para isso temos que fazer as pazes conosco, e aqui reside a auto-piedade, não em termos de conduta social ou imposta por dogmas religiosos onde é pecado sentir amor por nós próprios.
Vejam-se ao espelho sim, e amem-se em primeiro lugar, para estarmos preparados para amar os outros. Por vezes, não precisamos de fazer mais nada, basta que sejamos o nosso eu verdadeiro, basta darmos, o amor, sentir a compaixão e, então depois sim podemos partilhar com tudo e todos ao nosso redor, com os nossos entes queridos, a nossa família, os nossos amigos, e toda a humanidade.
Despeço-me com um abraço para todos, do tamanho do universo. Um bom ano de 2011, cheio de espelhos. Maria
Prof. e restantes murcons,
hoje, a minha filha faz 8 anos!
Celebremos!
http://www.youtube.com/watch?v=3Nr3_AsQrh4
ana b.
Felicitações para si e parabéns para a sua filha.
Aquiles,
Obrigada!
Fui espreitar o seu perfil.
Fiquei surpreendida por o saber de Ponta Delgada.Também eu, embora viva em Lisboa há já 29 anos.
Contudo, mantenho visitas regulares à ilha,pois a minha família reside aí.
Descobri um patricio murcónico!
Ana b.
Uma lembrança carinhosa para si e para a carochinha dos oito anos.
Muitas felicidades para ambas.
http://www.youtube.com/watch?v=3Nr3_AsQrh4
ana b.
Só uma ligeira correcção. Eu vivo em Ponta Delada há 31 anos mas sou nascido em Lisboa.
Caidê:
Muito obrigada!
Aquiles,
apesar dos nossos caminhos se fazerem em sentido opostos, ainda vivemos simultaneamente,2 anos em Ponta Delgada.
Canseiroso e restantes, é claro que estão todos convidados.
Fora Lei, não tive um 17, tive um 18 e olhe que a sua anedota ía lá. Obrigada.
Ana B., Parabéns pela filha.
Menina, discret? Com aquele parfum? Eheheh, mas até gosto dela.
Bom-f-semana
Paula 11:25 PM
"Fora de Lei, não tive um 17, tive um 18 e olhe que a sua anedota ía lá. Obrigada."
Estou certo que esse valor a mais (18) do que o inicialmente previsto (17) se ficou a dever à anedota... ;-)
Parabéns!!!
Ana b.
Parabéns! Viva a "nossa" querida filha.
Como vê, não há sonhos impossíveis. Mas com tanto amor, não a sufoque. Deixe-a cair mas ponha-lhe a mão por baixo, ou ajude-a a cuidar das feridas, se tal for necessário. Desculpe lá mas tenho direito a botar opinião.
Quanto à "alma gémea" pode ser que ela também se torne realidade. Mas eu apesar de já ter lido e ouvido Brain Weiss, de já ter lido todas as "almas gémeas" de Dulce Regina e de já ter falado com ela, como não acredito nos jardins do Éden, estou tramada. Mas como disse o nosso douto professor, na outra semana, "o segredo está na complementaridade entre big brothers e little sisters"(a tanto sou forçada).
E para baralhar as hostes:
http://www.youtube.com/watch?v=TRtvsObqUf0
P.S.-Ao contrário de si, o Aquiles é de cá e foi para lá tratar de deficientes auditivos.
Paulinha,
Senti-me traída e ultrajada. Eu, ou não fui convidada, ou faço parte do etc.
Já sabe que para mim tem de ser convite pessoal e intransmissível. Por isso, escafedi-me.
No entanto, porque vi uma referência oclusa, venho agora dar-lhe os Parabéns. Mas olhe que os juris de agora são duma ignorância total, ou então dum grande poder de encaixe, porque essa anedota do FDL, já era muito conhecida.
Para ajudar a cumprir a minha intenção, a minha máquina ficou com Parkinson e vai ser difícil resolver a trabalhada que por aqui vai.
Caidê,
Era só para lhe dizer que a mim calhou-me no destino o brinde feito de metal ferrugento e que ao trincá-lo parti os dentes, e que apesar do ricardo gostar da monarquia eu prefiro o outro desassossegado.
BOM_FIM_DE_SEMANA.
Anfi,
já me inquietava o seu silêncio.
Não a imginava tão romântica, mas ainda bem.
É que, apesar do seu aparente desencanto e dos brindes de metal enferrujado, ainda mantém viva a chama da esperança.Fundamental, a meu ver.
Agora começo a perceber o porquê da minha dificuldade em encontrar a alma gémea. É que eu não me revejo na complementaridade fraternal,defendida pelo Prof. Eu sou como a Florbela Espanca, prefiro a zona das paixões, apesar das tempestades.
Já imaginava que o Aquiles estivesse relacionado com deficientes auditivos. Ao espreitar o perfil reparei nos blogues que ele segue. Mas não me recordo de o ver por lá (também espreitei os jantares murcónicos),o que é normal visto a nossa troca de lugares ter coincidido no tempo.
A propósito,o (Sapa)Teia já me bateu à porta. E também com uma dedicatória, que eu sou muito invejosa! Comecei e lê-lo ontem à noite.
A minha masterpeace veia ao mundo, tinha eu já 39 anos. Não por fatalidade do destino, mas por opção.Fui sempre adiando um projeto que me inquietava. No fundo, no fundo, acho que não me sentia capaz...(Prof. esta parte foi para si).Infelizmente, e por mais que tente (e só Deus sabe como tento...),não consigo evitar as quedas.Ainda há dois meses foi parar ao hospital com traumatismo craneano,felizmente sem sequelas (para além da testa escalavrada) e de um braço esgessado.
Quanto às feridas da alma, já que inevitáveis, quanto mais tardias, melhor!
E, tirado de um filme,do meu cineasta europeu preferido, cantado pelo mano Caetano:
http://www.youtube.com/watch?v=-CsA1CcA4Z8
A mim, deixa-me arrepiada.
Bom dia!
Ana B:)
"É que eu não me revejo na complementaridade fraternal,defendida pelo Prof. Eu sou como a Florbela Espanca, prefiro a zona das paixões, apesar das tempestades." como eu a compreendo:))
Mas olhe que com a idade, a complementaride fraternal não é nada de desprezar:) antes pelo contrário, ou melhor, a conciliação mesmo que utópica é desejável!...:)
Parabens atrasados à filha.:)
Ontem vi "A Última Estação" e recomendo-vos francamente este filme; estética e dramaticamente muito bem feito... as personagens são tal como se esperam que sejam... humanas! com todo o sublime mas tambem com a "imperfeição" que as tornam verosímeis, autênticas e encantadoras!...:)
Baseado na vida de Tolstoi apresenta inclusive no final, fotografias e filmes reais nos quais o realizador se baseia.
http://www.youtube.com/watch?v=WSNjeN8iXeE
Meus caros confrades
Não vim para os Açores para tratar de deficientes auditivos. Estou, sim, ligado à Associação de surdos local na defesa dos interesses dos surdos. Também luto pelo sindrome de Asperger, e empenho-me, mesmo à distância, com a APSA (Associação Portuguesa Sindrome de Asperger), sobretudo na sua página do facebook (http://www.facebook.com/#!/pages/APSA-Associacao-Portuguesa-de-Sindrome-de-Asperger/379197967672).
Um dia talvez vos diga porque vim para os Açores.
Menina da Lua,
já vi o filme a que se refere.É realmente fantástico, com uma interpretação da Helen Mirren a cheirar a Oscar.Competentíssimo!
Recomendo-lhe também uma das estreias desta semana "O Preço da Traição" que fui ver ontem.Não podia ser mais oportuno, pois aborda precisamente a morte da paixão e a desejável, mas dificilima (na minha opinião) transição para o amor fraternal. O filme é do realizador arménio, embora residente no Canadá, Etam Egoyan e tem nos pricipais papeis o Liam Neeson e a lindissima Julianne Moore.A não perder,seguramente.
Aquiles,
seja por que motivo for, está numa terra lindíssima, não está?
E com uns bolos levedos fantásticos...
E ana b.
Eu já estive num jantar murcónico. E houve fotos.
E a ilha de S. Miguel é muito bonita, sim, mas os invernos são desesperantes. Sinto ainda muito a falta de Sol e de céu aberto sem nuvens.
Aquiles
eu sei que já esteve num jantar murcónico. Por isso disse que não me lembrava de o ver em Ponta Delgada. Mas é natural; eu vou sempre por períodos curtos. No ano passado estive duas vezes: em Agosto,15dias e em Dezembro só 4 dias.
Se o consola, o tempo aqui também não está muito melhor; chove todos os dias e eu também ODEIO CHUVA!!! Mesmo quando estou a ler,enrolada na manta,blá, blá, quentinha na cama, com a chuva a bater nos vidros,blá,blá... Odeio chuva de qualquer maneira.Não lhe acho piada nenhuma!
ana b.
Eu gosto de chuva. Do que me queixo é de estar quase há 3 meses debaixo de uma neblina quase constante. Um dia por outro lá se vê um pouco de Sol. Há aqui muito pouca constância de Sol e céu limpo.
Aquiles,
a quem o diz, meu caro!
Não se esqueça que eu moro em Lisboa por opção.
Bom, mas tem umas morcelas ótimas,não tem? E umas paisagens de cortar a respiração.
Ana b.
A mim também me arrepia a música. Este filme faz parte da minha lista de favoritos. Só um homem com sensibilidade de mulher pode fazer um filme destes.
Imagine que quando vi o filme estava tratando, quase em pleno, de minha mãe. Nunca me identifiquei tanto com uma personagem. Só me faltou tirar o curso de manicura, mas não foi preciso porque tenho esse jeito como dom natural. E aqui se vê a diferença entre falar ou não falar com ela/e.
(Houve também outro filme com que me identifiquei parcialmente, cujo título era: "Raquel, Raquel").
Arriba, el vaso es lleno!
http://www.youtube.com/watch?v=jMKQFXn9WiM
Aquiles,
Desculpe ter servido de porta voz, mas foi a maneira mais rápida de dar a informação. Quando à ida pode falar, que aqui ninguém lhe morde nos calcanhares. O blogue tem muito mais graça, quando de põem nele as emoções.
http://www.youtube.com/watch?v=jMKQFXn9WiM
Ana b. e Anfitrite,
Mais alguém a quem essa cena do filme também arrepia: moi. Acho uma das interpretações mais bonitas e emocionantes da canção La Paloma. Igualmente maravilhosa é a versão do fado - Estranha forma de vida - que o Caetano Veloso canta no filme Fados do Carlos Saura. Bem, não sei se na voz dele se lhe pode chamar propriamente fado, mas isso não tem a mínima importância, pois é lindo, lindo.
Anfi,
não conheço o "Raquel,Raquel" mas fui ler a sinopse na net.Efetivamente têm pontos em comum.
Condessa,
ainda bem que gostou do video.
Quanto ao "Fado" do Saura, concordo consigo, é realmente um filme muito interessante. É preciso ser muito talentoso, para misturar cantores de generos tão diferentes, num projeto que visa sobretudo o fado.
Parece-me que o segredo está, no cantar com a alma.
Num registo totalmente diferente, mas também com a alma inteira:
http://www.youtube.com/watch?v=XEdpaUjt56w
faz parte da lista dos "CDs da Minha Vida", e hoje, acompanhou-me o dia todo.
Tirada desta CD, a música "Tango Ballad" do Kurt Weill, vai direitinha para a Anfi:
http://www.youtube.com/watch?v=p1cmz-luZS0
Anfitrite
Eu conheço bem o blog e sei que não mordem.
E posso contar porque é muito simples. Em 1978, num baptizado em que era padrinho, apaixonei-me de imediato pela madrinha. Amor à primeira vista. Até hoje. Ela voltou aos Açores após o baptizado, e fomos namorando por carta, e nessa altura o telefone ainda não era automático, era pela Marconi. Até parece que estou a falar de pré-história. Como ainda estava na tropa pedi transferância e cá cheguei em 1979. Cá fiquei. É uma história simples.
Aquiles,
eu sabia que era uma história de amor!!
É uma história simples,é certo, e sendo de amor, ridícula.Mas só para os outros.
Fico contente por sí.
Ah! E revela bom gosto...
Retalhos de um sábado à tarde ou de um Domingo de manhã
http://www.youtube.com/watch?v=CozIGkNVhJM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=dng61zqqSSg&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=PI3bD56GnB0&feature=related
Fiquem felizes!
Jinhus
Bolas como é verdade...
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