Uma palavra - atrasada... - de admiração para os nossos atletas e os Jogos Paralímpicos em geral, que, segundo leio, se têm revestido de um brilho inusitado. Um psi sabe melhor do que ninguém que é impossível prever a reacção das gentes perante a adversidade, mas sempre tive uma fantasia deprimente a meu respeito, vejo-me entregue à auto-piedade e ao isolamento. Também por isso lhes rendo a minha homenagem. Com ou sem medalhas...
38 comentários:
Júlio,
Essa fantasia não tem razão de ser. Entregue à auto-piedade e ao isolamento? Como???
Os amigos não iam deixar...
Quanto aos Jogos Paralímpicos, confesso que não tenho acompanhado de perto. Mas todos os atletas merecem a nossa homenagem, sim, por não desistirem, pela tenacidade e vontade de ir mais além. Admiro imenso essa "gente":)
Quem disse que um psiq não pode ir a um psic?!
Quem anda de bici! Mais um paço, anda a motor...
Secalhar por serem diferentes, é que nos deixam envergonhados e incógnitos no meio deste grande rebanho.
Não tendo acompanhado de perto os Jogos Paralímpicos, admiro muito os atletas.
Mas acompanho de perto, todos os dias, a adversidade ou a diferença, com algumas crianças com quem tenho trabalhado ao longo dos anos. Com problemas e síndromes diversas, tanto elas como as famílias têm uma luta acrescida numa sociedade preconceituosa e desumanizada, e com cada vez menos apoios sociais e de saúde.
Os "diferentes", incluindo os autistas, conseguem ensinar-nos tanto...
Um bom dia para todos
http://www.youtube.com/watch?v=Xhl1kcVsG9Y
Ontem tomei conhcimento do: Bicionário (quem tiver FB pode lá encontrar. Também deve existir noutro lugar). Trata-se de um mais que dicionário. Em que para o mesmo termo são apresentadas duas defenições opostas e a duas fazem sentido.
Homenagem seja feita:
ParaOLIMPÍCOS
"O facto de não nascermos "completos", abre-nos muito o horizontes.
Os diferentes têm de se esforçar 4, 10, 100 vezes mais que os outros, e remam sempre contra a corrente. Há sempre muitas palavras bonitas e discursos ternurentos, mas as palavras não correspondem a práticas.
Jo ão,
se gostas de motas fala com o tio Júlio. Ele também é um aficionado :)
Quanto à última afirmação até pode ser verdade. Mas se lhes desses a escolher, escolheriam ser como nós. Os 'normais'.
Beijo
(o coma que me foi induzido não resultou. Talvez se falar com o médico do Michael Jackson... :))))
Aquiles,
andas com um ar meio assustador ;)
Caidê
respondendo à questão da demografia no post anterior:
Seria demasiado extenso estar aqui a desenvolver esse tema. Mas 3 pontos:
1- A ocupação do espaço (território)
2- O mercado interno
3- A sustentabilidade da solidariedade entre gerações.
Se quiser seguir com atenção vai haver um encontro nos dias 14 e 15 de Setembro, no CCB,(http://www.presentenofuturo.pt/#/home/) por iniciativa da Fundação Soares dos Santos. o comportamento dinâmico da nossa sociedade vai estar em análise.
Quanto à História, eu sou adepto da história integra. Não se pode estudar só história económica, ou política, sem se saber a história sociológica, demográfica, cultural e das mentalidades, até a do clima, que pode influir muito no comportamento das sociedades. A mini glaciação dos séculos XIV e XV é um bom exemplo disso. O porquê das sociedades terem um comportamento e não outro, tem sempre de ser estudado com todos os componentes. Naqueles livros que indiquei, como mera sugestão, e como auxiliar de análise, tem todas as vertentes para se entender a Europa, incluindo a económica e a política. Mas a demográfica é crucial porque sem pessoas não há acção.
Sugiro a todos o encontro Presente no Futuro cujo link deixei acima.
Cycle
Assustador ou assustado? :):):)
Agora a sério. Eu gosto muito de estudar, coisa que agora faço muito. E trato os assuntos com empenho e seriedade, sobretudo com honestidade intelectual. Sou escravo da verdade, e detesto as meias verdades.
E dou um exemplo de se ver as coisas de forma superficial: Por aqui muito se falou do cavaleiro tauromáquico que investiu sobre uns manifestantes. Coisa de que não gostei. Devo dizer que não sou fã de touradas. Todavia não vi por aqui nenhuma referência a ele ter sido, antes, apedrejado, o que o levou àquela reacção. Que foi incorrecta. Mas terem lançado pedras também o foi. Mas eu consigo olhar para os dois lados. Por não ser fã de tourados não vou olvidar ou escamotear factos só para defender o meu ponto de vista.
Espero com isto não ser assustador. :):):)
Bom dia!;)
Lindas as sua plavras de homenagem! Pena que outras figuras públicas não as façam em horário nobre- quando a eles lhe cabia a obrigação de o fazer. Mas como estes heróis são minorias e não costumam ser fotogénicos para campanhas...
Imagino que a alegria dos atletas seja tão grande como a dos seus treinadores e dos que lhe são mais queridos.
O professor fala bem do que representa para os "normais" um cenário assim. Adivinha-se aterrador, de facto! E todos andamos no fio da navalha! AVC, acidentes rodoviários,... mas se a si aflige essa possibilidade (a mim também, não o nego) pior é imaginar que possa acontecer a um filho!!!! Acho que empatizo mais com a dor das mães daqueles filhos que dependem de outros para sobrevivier. E tendo em conta o contexto económico que temos... Por isso, quando vejo os apoios que são dados aos que fazem (de forma informada) opções/percursos de morte, "não entendo" critérios que são para mim claríssímos. Não estarão os próprios profissionais de saúde com uma visão de nicho muito restrita? Não seria importante uma análise a alta altitude das prioridades dos serviçõs a prestar a toda uma comunidade?
Abraço
Um bom dia para todos ;*
Há diferentes e diferentes!...e nos chamados normais tambem os há bem diferentes...:) Mas a vontade de viver e de nos superarmos existem nos dois lados; uns com umas determinadas insuficiências e outros com outras...
Nos Paralímpicos admiro-os particularmrnte porque a linha de partida é muito mais a trás que a dos outros e o esforço, a luta , o empenho e o sofrimento terão de ser a dobrar e bem maiores.
Concordo que as medalhas são talvez o menos importante...mas nunca para os próprios! cujo orgulho e dignidade lhes compensa adversidades e escolhas impossíveis de "normalidade"...
Professor
Deixe-se disso...dessa fantasia deprimente a seu respeito:) até porque sabe que é sempre bem mais fácil de a superar tendo, como tem, tanta gente assim a gostar à volta de si...
Aquiles
Não leve tão a sério os comentários da Cicle :) que aliás por vezes tem imensa piada e é muito brincalhona, tal como a Tangerina que desapareceu e igualmente gostava de a ter por aqui.:)
Quanto às touradas, que aliás eu detesto, não pode haver fundamentalismos em ambas as partes porque a hipocrisia por vezes toca os dois lados...
Cycle,
Nada mau! Fazer o processo ao contrário do MJ. Porque no sentido que levou! O homem foi-se!
Pois de facto há que salientar as diferenças, sobretudo ter em conta o mérito delas. Pois há diferenças que têm muito pouco mérito, como as sociais. E sobretudo não cair na tentação de que culpar sempre os cubanos de tudo o que de mal nos acontece, aconteceu ou venha a acontecer, como sugere o meu amigo António Eloy que me enviou este artigo, que dada a sua extensão vou colocar em 2 ou 3 posts.
Saravá
Ímpio
“1- Duvido que em *1964 Bob Dylan tivesse a mínima ideia sobre alterações climáticas
quando escreveu esta letra (The Time They are A-changing). Embora a sua actualidade seja total, esta, como tantas outras era uma letra iniciática com alusões a estados de espírito libertos pelo consumo de alucinogénios (pesem actuais desmentidos!!!), maconha, ácidos etc.
Mas hoje estamos, em 2012, no Verão mais quente, desde que há registos, nos Estados Unidos (todos os anos têm sido os mais quentes nos últimos anos) e depois de termos liberto, dos gelos, o Estreito de Behring este ano fomos, no final de Julho, apanhados de surpresa por fotos da NASA que nos mostram um degelo enorme (de 98% do gelo de superfície, quando normalmente é de 40%!) sobre a Gronelândia. Ao mesmo tempo que enormes glaciares (icebergues) se desprendiam das massas árcticas. Esses são os factos.
Sendo a nossa memória meteorológica muito falível poucos são hoje os que não registam na sua experiência cognitiva alterações significativas em comparação com o que era o tempo/meteo antes. Os tempos estão mesmo a mudar. Alterações das pluviosidades e da humidade relativa, alterações e imprevisibilidade crescente em relação aos padrões de referência, extremos cada vez maiores e com mais frequência, tudo isto articulado e encontrando ainda por cima perturbações nos ecossistemas, de origem antromórfica, e erros na ocupação humana do território, o que agrava as consequências de todos os desastres ou catástrofes. As companhias de seguros aumentam os prémios e são cada vez mais relutantes em fazer seguros em relação a ocorrências naturais, (gostaria que algum dos cépticos
climáticos, se ainda existirem, produzissem teoria sobre este facto inquestionável...)
Dois elementos cruzam-se no parágrafo anterior, além do ‘fait-divers’ do céptico.
A crise do clima e a crise da economia, que vive numa lógica do «diz-se que», e da especulação sobre o mercado de capitais. Infelizmente esta articulação entrando pela geo-política e o que segundo muitos observadores é a incapacidade dos nossos responsáveis políticos de dar respostas efectivas e apresentarem ideias e soluções para o actual, os actuais impasses socio-economicos reais, pois essa articulação já conduziu a humanidade aos seus piores momentos ou tempos, no século passado, e hoje a crise do euro e da Europa política pode conduzir-nos a mais do mesmo, ainda por cima (outra vez o tempo...) se articulado com outras estações ...
...Como a chamada Primavera (porque raio lhe foram chamar Primavera?) árabe que conduziu os países onde brotou directamente das ditaduras mais torcionárias aos piores pesadelos espirituais e humanos onde os corpos têm que obedecer a uma outra ditadura, e o das mulheres é o paradigma do ódio à vida que os zelotas da «virtude» agora no poder «primaveril» utilizam em nome de um dito sagrado. Mas a questão é que agora temos às portas (e também floresce entre nós e de diversas formas) a intolerância no poder que se conjuga com sociedades em desagregação rapidíssima, nas suas estruturas económicas, ambientais e humanas. O caldinho está pronto. Tudo começou em Serajevo em 1914. Será que vamos a tempo de evitar a morte de outro ‘arquiduque’ ou vamos entrar noutra espiral...” (António Eloy)
(CONTINUAÇÂO)
“2- A espiral parece voltar todos os anos ao nosso país, e no momento em que sai este número devem estar a ser preocupantes dado um Setembro quente e alguma lestada (e continuam a inventar pirómanos por aí...), em forma de fogos. Nada a ver com o ponto anterior (directamente, porque nada na vida está separado do bosão de Higgs) mas as modificações padrões dos nossos «tempos» também alteram os outros tempos. No momento em que escrevo tivemos já (em Julho) os grandes fogos da Madeira e do Algarve. Diferentes mas com características semelhantes. No caso do Algarve desenvolveu-se em zonas onde as gentes foram rareando, onde o mato foi crescendo «natural» e onde não há qualquer, ou escasso, manuseio da natureza. O fogo, recordo velhas discussões com o director do Mediterranean Information Office, Michael Scoullos, faz parte dos nossos ecossistemas e tem funções importantes nesses, de vida e de morte. Acontece que o homem alterou-lhe os paradigmas com a sua ocupação do território e estes diminuíram, sendo desde logo o pastoreio e as suas queimadas providenciais para os limitar. Hoje (e na serra algarvia) já não há homens no território, já não há gado, já não há fogos controlados. Pouca humidade, picos de calor, vento leste e desertificação e temos a identidade do pirómano!, articulada com a desumanização do território. Não é o mesmo no caso da Madeira. O piromano aí é o desleixo, a incúria, a construção desenfreada, a ausência de qualquer planeamento, e a má gestão do território. E ainda há quem culpe os cubanos. Continuaremos a escrever sobre este tema, assim a tinta não nos seque a língua.”
Impio
Muito boa análise. Então a dos fogos é no alvo.
Menina da Lua
Concordo em pleno consigo. A hipocrisia instala-se com muito facilidade nestas, e noutras, questões.
Ímpio
Excelente texto.Obrigada por trazeres.
Aquiles
Lembro numa das primeiras aulas de Antropologia Política dada pelo meu querido professor José Feliciano: " O governo faz-se sobre o território e sobre a população". Levei isto a sério em toda a análise a que me aventurei depois.
Com Vandana Shiva haveria que desconstruir o conceito de economia e havia o apelo ao equilíbrio ecológico e dos biomas contra o axioma ganancioso do lucro.
É claro que concordo contigo e que todas as ciências nos fazem falta para denunciar e parar desequilíbrios cegos que se produzem na Terra que vamos deixar para os nossos filhos. E política é decisão sobre o planeta quer na escala do evitamento das catástrofes naturais, quer na escala da desumanização das sociedades que faz de muitos seres humanos tantos seres infrahumanos.
Com tradição católica, não me vergo a dogmas, mas não consigo descamisar-me do protesto face a estes flagelos desumanos e irracionais, pois cultivei uma sensibilidade social e uma sociabilidade pessoal nestas convicções.
Pareceu-me bastante interessante o encontro promovido pela Fundação que sugeres e ainda não descobri como poderei aceder-lhe pelo youtube (suponho que em direto), mas vou tentar não perder.
Volto logo, como costumo.
Fiquem bem.
Bea
Estás melhor?
Ímpio
Pois é! tambem a nível climatérico as ameaças são imensas...:(
Ainda há muito pouco tempo assisti a uma tertúlia partilhada por vários especialistas sobre as chamadas bio energias e uma das constatações importantes que fixei é o facto do clima no planeta ir mudar muito, de diferentes maneiras mas muito mais rapidamente do que pensavam as piores previsões.:(
Um dos aspectos referidos foi a notícia do alargamente de tufões para a zona do Atlântico central/norte e como todos vimos, os Açores foram recentemente já afectados.
O mundo está a mudar sim...e o Oriente, apesar do silêncio de séculos, volta a marcar pontos...e ainda a procissão vai no adro.
Na China quando se pergunta o que acham da Revolução Francesa, respondem que ainda é muito cedo para saber as consequências; pois só se passaram dois séculos.
É assim a noção de tempo para as antigas civilizações e tudo muda de outra forma. Por vezes o acompanhamento económico não segue o mesmo ritmo nem o mesmo sentido das mentalidades.
Concretamente na Coreia desenvolvida, o acesso ao trabalho é repartido entre homens e mulheres. Estas inclusive dirigem como eles mas é interessante vê-los sempre, como manda a tradição, tomar o papel dianteiro e serem elas a acompanhá-los pudicamente a trás quando circulam no espaço público.
À distância, apesar de já ter estado e ter sentido o quanto temos a aprender com eles... as novas cidades do Oriente, são um cruzamento entre as maravilhas das Mil e Uma Noites e a intensa mas tambem assustadora urbanidade das maiores cidades americanas...
Enfim!
Também lhes rendo a minha homenagem. Hoje e sempre. São pessoas de valor.
Então? estais bem? mesmo?
Um abracinho aos paralímpicos. E a vozes.
Bonne nuit
Aquiles,
"Todavia não vi por aqui nenhuma referência a ele ter sido, antes, apedrejado, o que o levou àquela reacção. Que foi incorrecta. Mas terem lançado pedras também o foi."
Não sabia que ele tinha sido apedrejado. Na reportagem que vi, não aparecia isso. Lá está...será que a informação é filtrada consoante os gostos de quem "informa"?
Acho mal, precisamente para não cairmos em fundamentalismos.
Continuo a achar tenebroso o que o tipo fez, claro, mas não se deve escamotear informação.
Impio,
Excelente texto, como já foi dito. Sempre em cima do acontecimento. Obrigada:)
Bea,
Bonne nuit já?????:)))
FDL,
Uér r u?
As férias ainda não acabaram?:)))))
Professor
Numa coisa creio que tem razão: quando alguém está em grande sofrimento há sempre uma parcela de si onde ninguém chega, e há sempre uma solidão que ninguém tem condição para acompanhar.Humanos somos todos - os piegas, os que dizem que não são e os outros.
DIFERENÇA
Refiro a diferença baseada na deficiência.
Incluir tem de ser mais que integrar. Há que desenvolver a capacitação existente e não apenas colar-se à incapacidade avaliada.
Para normalizar, o padrão não podem ser os normais onde se pretenda fazer chegar os que têm deficiência.
Cada deficiência, mais do que cada normalidade, clama capacitação personalizada/ pedagogia diferenciada.
Depois, há que dar os suportes em falta - económicos, sociais, de saúde/reabilitação,...- necessários à via da capacitação e à garantia dos acessos.
Mas não se pode querer que o portador de deficiência se torne "igual", bem como não se pode transformar a deficiência em handicap - não criando pontes para o acesso.
A cidadania passa por não lhe vedar acessos só porque não é igual às massas,ou seja, por derrubar obstáculos para que a igualdade de oportunidades tenha algum significado real.
..........
E o soninho desce e vem tapar-nos de mansinho.
http://www.youtube.com/watch?v=oUKzCK4C_hQ
Andorinha
Andamos todos enredados no politicamente correcto. E a defesa dos animais também o é. Que animais é que defendem? Alguém fala das galinhas poedeiras encarceradas em gaiolas, nos aviários, de onde saem no fim da sua vida "laboral" anquilosadas, pois nunca se mexem, só comem, bebem, e põem ovos à hora certa?
E que dizer de animais de companhia em apartamentos, o que é antinatural para eles, bem como de pássaros presos em gaiolas?
Aquiles,
Não me interessa para nada o politicamente correto. Eu sou uma acérrima defensora dos direitos dos animais.
Sei bem isso que falas, das galinhas em aviários e repugna-me. Tento virar a cara para o lado e não ver, é mais cómodo, eu sei, mas como não posso fazer nada...:(
Quanto a animais em apartamentos, há casos e casos. A minha gatica, a Mafalda, fui buscá-la ao gatil. Está muito melhor comigo do que lá. É tratada com todas as mordomias:))))
A minha mãe tem um gatico que eu recolhi há um ano. Estava num quintal abandonado e saltou-me às pernas. Foi amor à primeira vista:)
Convenci a minha mãe a ficar com ele porque eu já tinha a Mafalda.
Na altura resmungou, mas hoje só vê aquele "menino":)))))
Por isso, amigo, nunca podemos generalizar.
Andorinha
Gatos até podem ter condições para viver dentro de casa. Têm caixinha com areão, água corrente, e mais umas coisas. Já cão não tem. E tem de ficar dependente de quem o leve à rua, não sendo livre de ter sua vontade, ou então faz no tapete. Para não falar de outras espécies que as pessoas acham que é chique ter em apartamento. E as gaiolas de pássaros? Por isso só vejo os gatos com possibilidades reais de conforto e satisfação. Mas eles sõa outra coisa. Jás os egipcios os adoravam. E há razões para isso.
Aquiles
Fogos em Portugal :- Uma “endless story” infelizmente. Preocupamo-nos muito com as importações, com as exportações e muito pouco com aquilo que arde e que deixamos de exportar. Não é assim tão pouco quanto poderia parecer à partida, já que arde tanto e todos ao anos, infelizmente!
Conclusão triste. Portugal não é um País de corruptos, felizmente, como parece dizer a Procuradora Cândida de Almeida, mas parece ser um país de pirómanos, ou se calhar, de cubanos, que não os de Cuba do Alentejo.
Menina da Lua
A climatologia, na corrente época, é um assunto que, quando toca ao Global Warming (GW) mais parece aquela discussão que dividiu a Igreja de Galileu. Com uma diferença grande que consiste no facto de ambas as partes (cepticos e defensores do GW) se queimarem em verdadeiras fogueiras acesas de discussão sobre quem tem mais razão. Um raciocínio muito comum parte do princípio de que se o petróleo demorou milhões de anos a formar-se na crosta terrestre e agora o queimamos num século então isso irá decerto ter influência catastrófica pela quantidade galopante de CO2 lançada na atmosfera à custa da queima deste combustível. Este raciocínio parece lógico. A pergunta interessante a colocar é simples. Porque é que se o queimamos assim tão desmedidamente ele não acaba.? Talvez o petróleo não tenha uma origem orgânica, como sempre nos ensinaram, mas sim inorgânica (http://pt.wikipedia.org/wiki/Origem_inorg%C3%A2nica_do_petr%C3%B3leo)
Embora não seja um céptico fui, durante muitos anos colega do engº Rui Moura, esse sim um céptico, que depois de se reformar, resolveu tirar um mestrado em climatologia e dedicar-se a manter um blog a que chamou Mitos Climáticos (http://mitos-climaticos.blogspot.pt/). O engº Rui Moura faleceu há 2 anos; faz-me falta a sua amizade.
Caidé e Andorinha
Ainda bem que gostaram. Vou ver se apanho uns trabalhos de umas palestra do António Eloy sobre Energia Nuclear.
Saravá
Ímpio
Impio
Antigamente havia toda uma economia rural e doméstica que absorvia tudo o que se desbastava das matas, fazendo assim a manutenção das terras florestadas. Muito menos perigo de incendio. E por isso, também, as pessoas respeitavam as florestas porque necessitavam delas de imediato.
Aquiles
Assim fora de horas...eu nem sabia que o cavaleiro tinha sido apedrejado. Como poderia falar disso? mas fizeste bem. O seu a seu dono.
Ainda que numa perspetiva muito contestável, eu julgue que neste momento existem bué coisas bem mais importantes que pedras atiradas a um cavaleiro e investidas a cavalo sobre o pessoal. Para além da falta de civismo e de caráter de ambos os lados, mais não me soe escrever.
abraço
Ímpio
Talvez o petróleo tenha uma origem inorgânica, talvez! :) mas aquilo que entendi dos especialistas é que cada vez se descobre mais e em diferentes locais...o problema são os custos de exploração e não só....
Este tema interessa-me apenas por ser estratégico em termos de recursos mundiais mas não tanto por conhecimento em si pois as ciências naturais não são de todo a minha área ou especialidade.:)
Contudo esse tema já me interessa se a abordagem for ao nível da História e do seu impacto na evolução da humanidade e curiosamente já tenho programado frequentar umas sessões sobre esses conteúdos.:)
Aquiles
"E por isso, também, as pessoas respeitavam as florestas porque necessitavam delas de imediato."
E de que maneira!...ainda há dias fui a um local de incêndios em zona rural interior onde as pessoas sem dormir não largavam dia e noite a vigilância das suas casas e dos seus terrenos...
Bea
Concordo, há coisas mais cruciais para se atentar.
O CAPITAL - A Seita dos "Diferentes"
Escrevi em tempos que em Portugal e na Europa se passou a escrever ao contrário, da Direita para a Esquerda! Oh, meu Deus!
Escrevo agora que para além disso se legalizou uma gentalha sem escrúpulos, vestindo-lhes farpelas de detentores de cargos públicos importantes, com demasiado poder, que mais não passam do que uns Robin dos Bosques Invertidos pois mais não sabem fazer do que roubar aos pobres para dar aos ricos.
Vejam o comentário de ontem do José Gomes Ferreira na SIC :
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/09/07/estas-medidas-sao-um-erro-diz-jose-gomes-ferreira
Ímpio
Ouvi agora, Impio. Excelente!
Sempre gostei de ouvir JGF. Partilho grande parte das ideias que defende e tem o condão de explicar as coisas de uma forma simples.
"Erro crasso e tiro no pé!"
Eu não entendo aqueles gajos, juro-te. Ou já vou entendendo...:(
E agora vou-me calar ou iria aqui uma série de palavras à moda do norte...
Andorinha
Já não me lembro quem dizia “que ter escravos não custa nada, o que é difícil é ter escravos chamando-lhe cidadãos” e quem escreveu que “a democracia substituía alguns corruptos por uma cambada de incompetentes”. Está desactualizado, pois a democracia substituiu corruptos incompetentes por outros corruptos incompetentes e a isso chama de governação pelos partidos do arco do poder, ou da governação. Mas foi Saramago que escreveu que "O que chamamos democracia começa a assemelhar-se tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado tarde…….…….O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas nada democráticas democraticamente,,,,,,,,,,,,,,,,,,,A democracia não se pode limitar à simples substituição de um governo por outro. Temos uma democracia formal, precisamos de uma democracia substancial.".
Por tudo isto sinto uma enorme revolta quando penso nesta chusma de desqualificados sem escrúpulos que nos governa e que diz seguir as directizes impostas por outra chusma desqualificada denominada Troika e que tudo faz com um sorriso no lábios ou um ar hipocritamente pesaroso e que ainda por cima tem a desfaçatez de afirmar que é para o bem do País. Malditos sejam e que todas as maleitas lhes caiam sobre os ombros por longos anos; rogo-lhes a pior praga que o mais azedo e implacável diabo possa inventar.
Ímpio
Impio,
Subscrevo as tuas palavras na íntegra.
Sinto igualmente uma enorme revolta...
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