sexta-feira, maio 31, 2013

Good Night - The Beatles


quarta-feira, maio 29, 2013

terça-feira, maio 28, 2013

O engano.

Maria, O dilúvio. E eu encharcado até aos ossos, no rosto águas se misturam, patinho em lama trepadeira, aceno a barca que passa. Estranhamente seca… Afogo o grito, recolho a mão, aceito o fundo. Seca… Não é a tua.

domingo, maio 26, 2013

Pró ano há mais! Do mesmo?:(.

Maria, Mas tu estás louca!, o que a distância não conseguiu vai acontecer por obra e (des)graça de um jogo de futebol?????? Ficas furiosa por te dizer que me enternecem os festejos em Guimarães? Que os miúdos mereceram a vitória? Mas afinal quem é o fanático do Benfica e a simpatizante por solidariedade amorosa? Ainda por cima uma cidade que sempre nos recebeu de braços abertos e lábios fechados, a pretexto da Cultura vivemos lá desejo telúrico, para roubar o adjectivo ao Torga. Ah, o problema não é a alegria dos vimaranenses, mas o meu estatuto de profeta da desgraça, o coração chora enquanto o córtex trauteia frase que todos odiamos – “eu avisei…”. Estás enganada, querida. Quando pedi às tropas cautela depois das vitórias contra o Sporting, na Madeira e sobre os turcos, não imaginas como desejei ser um velho do Restelo – e da Luz… - a caminho do ridículo. Sou psi, fui educado para ouvir, se possível escutar. E naqueles dias, perdoa a herança dos meus queridos padres do João de Deus!, a música pecaminosa da soberba soava por todo o lado. Como o ano passado… Houve quem reservasse o Marquês, o silêncio absoluto sobre as arbitragens pariu mais uma daquelas conferências de imprensa trauliteiras indignas da grandeza do Benfica, a vertigem da final da Liga dos Campeões na Luz da próxima época espreitou por cima do ombro do bom senso, cúmulo dos cúmulos! – milhares correram aos bilhetes do jogo com o Estoril para festejar o campeonato, pois o FCP “ia perder contra o Nacional”. Avisei? Avisei. Mas fiz mais – disse que se perdêssemos tudo agradeceria de qualquer forma muitos dos momentos ao longo da época. E agradeço! Não peço a cabeça de Vieira ou de Jesus, continuo a pensar que o Benfica fez um longo caminho, lembras-te de estar no primeiro pote – palavra divertida e infantil… - do sorteio da Liga dos Campeões? Mas agora, que não podemos perder mais nada, e já que Inglaterra – ou algum benfiquista emigrado que desconheço? - te tornaram numa surprising treinadora de bancada, permite-me umas duvidazinhas de algibeira: quando no princípio da época disse que não era justo exigir a Melgarejo que se transformasse num defesa-esquerdo competente sem a muleta de um veterano, por que me crismaram de ave agoirenta?; para onde exilaram o miúdo nos últimos jogos e porquê, se não por ter errado?; a célebre rotatividade… Manda para casa de folga o Enzo e o Matic, quem ficava?; Nolito e Bruno César saíram em Janeiro, Carlos Martins e Aimar não existiram; André Almeida foi médio, defesa-direito e defesa-esquerdo; o gélido Artur derreteu-se em boa parte dos jogos fundamentais; Jesus tem tanto de bom treinador como de megalómano que sacode a água do capote, quando ele próprio envia para dentro de campo apostas que este teu humilde servidor não entende, como Martins contra o Estoril e Roderick contra o Porto; mais do que física, a equipa exibiu uma fragilidade psíquica aterradora, que torna impossível defender qualquer resultado tangencial sem um permanente credo na boca. And so on, and so on, darling. E tu ralhas-me?????? Zurzido ao jogo, devo também sê-lo ao amor? (Já nem respeito há pelos ditados populares…). Pois é muito boa altura de esquecer os punhos de renda e pegar no megafone – o teu lugar hoje era aqui; comigo. Para festejar um pálido prémio de consolação ou chorar a última fatia de azedo bolo, “anda, vem-te deitar”. A minha cama vazia e a tua almofada no armário proíbem-te os remoques, amanhã levar-te-ia de bom grado ao avião. Quando eu era puto, dizia-se “que se lixe a Taça, o que interessa é o campeonato”. Também o perdi… Mas se te ouvisse a voz exigindo que desligasse computador e televisão e adivinhasse sorriso maroto entre os lençóis ainda navegando o corredor, em verdade digo que mandaria lixar o próprio futebol! E perder-me-ia, grato, nos jogos que me ensinaste. Mas não me peças fair play perante a tua falta de comparência:(.

quarta-feira, maio 22, 2013

TVcine3

Maria, Lua quase cheia e pensamento supersticioso a fazer o pino – estará ela quase vazia de mim? (E se “quase” for optimista?). Um amigo no hospital, as sms falham, no seu lugar faria o mesmo. Ser chefe quando rezo para que tomem conta de mim. A fuga para a televisão, talvez esta angústia se cure a tiro de western ou policial… Frankie e Johnny, o Diabo decidiu divertir-se à minha custa, há quantos anos não tropeçava neste filme? Beber o cálice até ao fim. (Que megalomania é esta?, a frase pertence a Jesus e ao Chico). Pacino, antes de se render ao overacting. Pfeiffer desconfiada, mas fascinada por uma flor. Lembro-lhes cada tropeção até ao abraço final. Mas não arrisco – vou rever para me assegurar que ficam juntos. Se os americanos ganharam a guerra do Vietnam em Hollywood, por que raio não consigo eu um mísero armistício contigo em noite de Lua quase cheia? Eu sei, chama-se vida real.

terça-feira, maio 21, 2013

R.I.P.

Ray Manzarek morreu. Mais uma porta se fechou.

segunda-feira, maio 20, 2013

Eu levo a camisa. Ele fornece as varas...

Maria, Falou-me o Padre Baptista. Sabes o carinho longo que nutro por ele, uma boa alma pastoreando outras. De boca aberta ficou a minha ao escutar-lhe o pedido, feito com doce velhacaria - não é que o maroto vai fazer uma tertúlia com base nos trajectos de vida – e fé… - de duas ou três pessoas? Exacto, eu sou o gentio convidado! Ou seja: uns falarão da Graça que sempre os iluminou; outros de como a buscaram e fizeram sua; alguém, suponho, relatará separação num qualquer cruzamento da existência ou desacordo longamente amadurecido. E eu? Lembro provocação risonha de pároco em Chaves há um ror de anos – “o senhor é um católico que não acredita em Deus”. Talvez. Sem remorsos poderei falar do meu querido João de Deus e dos padres que não negavam os ensinamentos de Jesus aos que – apenas?????? – o consideravam filho do Homem. Ou do não menos querido Ferré, lesto a anunciar igual surpresa perante duas fés - de crentes e ateus. Sou agnóstico. Alturas houve em que precisei desesperadamente de acreditar em Deus e quase Lhe faltei ao respeito, se Ele existe. Porque O faria viver para me atalhar a solidão, a minha fé por um ombro amigo ou relâmpago ao fundo do túnel. Percebi a armadilha à espera de ambos e recuei. A minha eternidade será “vivida” aos pés de uma árvore de Cantelães, com meus Pais e os cachorros, embora deseje aos meus bichitos que vivam como tartarugas. Se me acordar para o Juízo Final, não duvido que o Senhor suspire, fatigado, em face do interminável rol dos meus pecados, mas nenhum anjo amanuense me atribuirá crença funcional… Maria, que vou eu dizer nas tertúlia do Padre Baptista?

quarta-feira, maio 15, 2013

Rescaldo.

O Benfica é a minha única paixão feliz, sobrevive às derrotas sem receio de morte ou crepúsculo. Mas aceito que, precisamente por isso!, a lucidez me esteja vedada. O Benfica foi melhor, muito melhor, enquanto as pernas duraram. E ineficaz... Depois, dois erros defensivos, já são habituais. E contudo, não me passa pela cabeça não agradecer aos meus "meninos", quatro dias após o pesadelo do Dragão, jogaram como se nada tivesse acontecido. A última palavra tem destinatários sem rival - os adeptos foram inexcedíveis ao longo de toda a época e hoje ultrapassaram tudo o que seria expectável. Não há vitórias morais. Esta semana os momentos de tristeza acumulam-se a um ritmo vertiginoso, na minha idade é impossível não os associar ao regresso ao nada. Paciência! Importante é ajoelhar e partir de coluna direita.

Boa noite.

Zapping. Vi O Substituto, com Adrien Brody, dirigido por Tony Kaye. Com um nó na garganta. Um professor aposentado não passa de um tipo com mais tempo e recuo para pensar o Ensino. E perguntar(-se) "como é possível?".

domingo, maio 12, 2013

Com um abraço para a Andorinha:).

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. Confúcio.

quinta-feira, maio 02, 2013

Há limites!

Maria, Pronto, não vens ao Porto. Mas Amesterdão, "estádio" neutro, bicicletas, cerveja virada, charro sem inalar, janela fechada sobre o canal..., olha!, se vieres nem sequer vou ao jogo, não posso fazer mais... Perdão? Beijar o Gaspar? Maria, lá cantava o Dylan - ofereço-te o coração e tu pedes-me a alma:(.