O Zeca na RTP. "O Povo é quem mais ordena..." cantou naquela noite. Burguês e céptico, nunca cheguei a acreditar. Mas ordenar tão pouco, anos e anos depois, confesso que nunca me ocorreu:(.
Prof. Seríamos em número suficiente para formar um novo partido: cépticos a quem nunca ocorreu que o povo tão pouco viesse a ordenar anos e anos depois(quiçá incluindo nesse povo o povo que é português e diz governar o seu povo).
Desculpe-me desconfiar da diferença que seria um partido liderado por si. E fico triste por não ter respondido concretamente à questão que lhe coloquei. E sabe porquê? Porque reconheço nesse seu gesto, aquilo que fazem os partidos, a quem a Caidê tanto critica: quando confrontados com afirmações que fizeram e que foram postas em causa, e ao invés de se explicarem claramente ou de reconhecer o seu erro se for o caso, preferem responder ao lado, com discursos vagos e rebuscados, embora corretos.
Prof:
Também não a mim. Mas não deixo de me congratular com o 25 de Abril. Apesar dos desaires e dos dissabores,estou convicta que foi a melhor coisa que aconteceu a Portugal.
Ana Definir sociologicamente um grupo não é chapa 3. Um grupo pode formar-se em torno de um objectivo a cumprir e a ser avaliado ao fim de um tempo - o previsível para a sua implementação.
Se os partidos são projetos, então diga-me qual o projeto de cada um - de preferência antes do dia 5 do mês 6 do ano em curso. Qual deles tem por projeto deixar o povo sem qualquer proteção social? Qual deles pensa em criar as condições para empoderar todos os cidadãos? Qual deles crê paternalistamente que todos somos cidadãos, embora uns mais que outros?
Posso votar em mulheres/homens cuja acção política conheça. Não tenho que votar em partidos. Por exemplo. Sou muito Ghandista - tá visto!
Não gosto de funcionar com os referentes mais comuns - se puder fugir um pouco à assimilação (aculturação) escolho ficar indígena.
Não alieno as minhas utopias.
Posso votar na minha escola e na minha fábrica em torno de opções concretas. Não quero sentir-me representada a toda a hora por quem sei que na hora "agá" não me representará no que penso em relação à justiça social e ao caminho para o desenvolvimento sustentado e ao respeito pelo ambiente.
Mas, Ana, não estou aqui a teclar para me colocar de acordo ou em desacordo consigo ou outrem. Entendo que espaços de exposição de ideias e reflexões são saudáveis e faço-me a eles - nada para além disso!
Parece-me que José Afonso pretendia convocar o povo para a ação. Se o povo não se deixa convocar é uma pena, possivelmente que está entretido na árdua tarefa de se auto promover a burguês. Realmente assim, sem povo para ordenar vai ser uma caturreira, sei lá...
Podia ser o Movimento da Igualdade Transversal. Estou a brincar é claro! Embora a sigla de um partido e o debate para chegar a uma comunhão de vontades pode de uma forma simples começar pela sigla. Ou apenas M.U.R.C.O.N. Isso não interessa. Gostava de assistir ao debate. Se me deixarem!
É claro que o seu objetivo não passa por estar de acordo ou desacordo comigo ou com quem quer que seja. Mas para que a exposição de ideias e relexoes seja, no mínimo, elucidativo e já agora também produtivo, convém que se consiga explicar as afirmações que se faz. Senão, mais parece que andamos aqui a arrotar postas de pescada. E para isso já temos os partidos, mestres nessa arte.
E exatamente por não ver nenhum projeto, mas acima de tudo, pessoas com idoneidade para os executarem é que irei votar em branco, como já aqui disse largas vezes.
Não creio que os que se viam forçados a recorrer a uma saúde miserável, quem trabalhava logo após a instrução primária, quem se coibia de emitir opinião com receio de ser denunciado, quem demorava 6 horas de viagem de ida e volta a Coimbra para visitar um preso político, quem era despedido sem justa causa, quem recorria a "curiosas" para fazer o "desmancho", quem vivia escondido por ter uma opção sexual diferente, quem não tinha meios para usar a justiça na defesa dos seus direitos, quem nem sequer estes tinha, etc., etc., possa estar de acordo com o último parágrafo do post.
O 25 de Abril trouxe a liberdade de escolhermos o nosso futuro. Bem ou mal tem sido o Povo que o tem feito. E, por isso, tem sido ele "quem mais ordena".
A diferença entre abstenção e voto em branco, é para mim por demais evidente. Não vou voltar a esta questão. Já foi suficientemente debatida aqui. E como é salutar, houve opiniões dispares. Embora todas amplamente justificadas, condição indispensável para poderem ser consideradas.
É evidente que as coisas melhoraram, mas considero que discursos desse teor são "perigosos". Porque levam a que nos acomodemos, que achemos que somos livres porque de 4 em 4 anos votamos em determinadas forças políticas, em suma, em última análise podem até levar à demissão da nossa participação cívica.
Ser livre é poder votar de 4 em 4 anos? Durante as campanhas eleitorais os partidos esmeram-se em fazer as mais espatafúrdias e inconcebíveis promessas e todos sabemos como há sempre gente incauta que nelas cai. Uma vez no poleiro, as promessas vão ao ar e pouco se preocupam com o cidadão comum e com o país. Preocupam-se com eles próprios e com os amigalhaços:( E o povo não tem voz; quando se manifesta, os senhores do poder logo afirmam que é gente manipulada e instrumentalizada por forças antipatrióticas.
Claro que ordenamos pouco, pouquíssimo. Então agora não ordenamos mesmo nada, o FMI fá-lo por nós. É muito triste, mesmo, que nos tenham conduzido a este estado.
Pode haver outra revolução mas o feriado continua. Embora o sistema eleitoral pudesse evoluir e aí está o cerne do problema. Não poderei eu confiar em duas candidaturas no mesmo voto? Andorinha, está resolvido o problema! Vou ler-te:).
Um grupo de 74 portugueses nascidos depois de 74 assinou um Manifesto para que a revolução de Abril não seja esquecida. Deixo aqui um excerto de uma entrevista.
Este manifesto é um grito de alerta? Sim, de preocupação de gente que não existia no 25 de Abril de 1974. Vivemos num tempo em que quem manda é o FMI e os consensos alargados. Democracia não é isso, pressupõe debate e discussão de ideias. Era bom que neste momento eleitoral os partidos apresentassem alternativas e as pessoas decidissem. O que estamos a ver é uma espécie de apagamento do processo eleitoral. Convinha que os partidos fizessem política e não arranjos prévios. O manifesto é também um convite a que as pessoas saiam à rua, cada um com os seus activismos, para manter vivo o património cívico e simbólico do 25 de Abril que está em erosão.
Como se vê/lê, não sei se vivemos em democracia... Só não assino porque não tenho idade:)
É por isso que irei votar em branco. Vou lá, dobro o meu boletim e coloco-o na urna. Este meu gesto diz que eu não me revejo em nenhum daqueles partidos, nem nas pessoas que por eles dão a cara. Que não confio neles o bastante, para me representarem nas decisões a tomar. Que não lhes reconheço idoneidade moral para governarem um país. Mas o meu gesto diz também, que reconhece legitimidade ao sistema democrático. Que embora com defeitos é a unica alternativa que se me afigura válida.
A geração que mais se identifica com o 25 de Abril porque o vivenciou não pode por si só tudo fazer. Esta nova geração desconhece na totalidade o 25 de Abril,a sua verdadeira génese,os seus intervenientes,etc. Nas escolas o interesse em chegar a esta parte da História é nulo e todos se escudam que o programa é longo e não chega para falar nestes acontecimentos...vale mais a pena decorar todas as especiarias e rotas que no futuro nos são sempre úteis! O povo pouco ordena porque este povo de brandos costumes a tudo se adapta. E quem muito deseja ordenar é comunista,sindicalista e não apenas incorformado! O Zeca foi um grande letrista com quem muitos em tempos se identificaram mas muitos por exemplo nem tão pouco sabem que este Homem de múltiplas sensibilidades morreu em sofrimento profundo. Hoje o 25 de Abril é apenas e só mais um feriado. Fica a minha homenagem a todos quantos ainda se insurgem e recordam o 25 de Abril como o dia da viragem,a oportunidade da dar voz a um povo imensamente pobre,com pouca formação e altamente explorado!
Nas aulas de história a estória acabava aí. Porque era necessário dar 50 anos. E isto foi à 20 anos. Será que ainda vamos a tempo de valorizar as grandes mudanças. Claro que sim!
Professor, esse hábito de ler o Publico on-line e depois ler a versão impressa no café e ainda por cima levá-lo para casa não é um bom comportamento social. Mais pessoas o vão querer ler.
Cada vez me convenço mais que você daria uma otima dirigente partidária: É inteligente, culta e domina na perfeição a arte da retórica e da demagogia. Mas não levaria o meu voto:) Prefiro confiar em pessoas que se mantenham rente ao chão e proponham alternativas menos espetaculares mas exequiveis. Como diz um amigo meu: Na pratica, a teoria é outra.
O povo é como um elefante amestrado... no mais profundo do seu íntimo, sente o apelo selvagem da liberdade, mas ainda não descobriu a força da sua vontade. Tal como o elefante de circo, a quem o tratador alimenta e depois exige que se sente, que levante as mãos e a tromba... também ele se ilude e baralha com o discurso do apresentador e as luzes de palco. Senhorrrrrrassss e senhorrrrreessss, meninassss e meninooosssss, prrrrezado público, vamossss asssistirrr de novo, no prrrróximo dia 5 de Junho... a mais um marrravilhoooso nº do nossssooo elefante amestraaado. Não perrrcam por favorrrrr e deliciem-se com as crrrruzes que o nosssso elefanteee amestrrrrado é capazzzz de desenharrrrr numa folhaaaa de papel!!!! Será este o tal elefante branco de que tanto gosto? Talvez a minha amiga ana tenha resposta para esta pergunta... ;)
Eu andava a passear a minha ignorâncis politica no 2º ano do ciclo preparatório, bem no meio do Atlântico. E com os olhos bem tapados como convinha. Nem fazia a mais pálida ideia do que se passava à minha volta. Recordo-me de nesse dia haver um ligeiro borburinho, mas mesmo muito ligeiro, e dos meus pais passarem o dia colados à rádio. Escrevi bem: à radio. É que naquela altura não havia televisão nos Açores. Só dois anos mais tarde é que tivemos a companhia da dita caixinha. Toda a minha infância e parte da adolescência foi TV free, o que só me fez bem. Por isso ainda hoje vejo as imagens da revolução e parece-me que estou a assistir a algo fisicamente longínquo. E infelizmente, também cada vez mais, ideologicamente longinquo.
Mas porque acredito que o povo unido jamais será vencido:
http://youtu.be/RTuv6LfOQrU
Deixo a sugestão para quem vive no Porto e arredores. Esta fantástica pianista estará hoje na Casa da Música. A não perder, portanto.
Demagogia é tudo aquilo que abomino. Onde estavas nos anos 70? Na escola primária?
Muitos jovens de então acreditaram com veemência num certo projeto de sociedade e militaram em associações de estudantes, de moradores, de trabalhadores, em estruturas sindicais, em partidos políticos, em movimentos de ação católica, ...
Demagogia é um chapéu que não me serve. Falo com as palavras que sei e a isso não chamo retórica, porque não me fico por as dizer - eu faço, quando tem de ser feito.
Creio que só se compreende de au-dedans, fazendo observação participante. Tens alguém desempregado em casa, por exemplo? Já trabalhaste numa fábrica? Já ocultaste a tua formação académica para arranjares um trabalho a ganhar o ordenado mínimo para dares teto e alimento à tua filha? Já passaste fome? Já fizeste alguma greve de fome porque esses dias sem alimento te doíam menos que os dias de fome real a que te destinavam mais perpetuamente? Já fizeste política do quotidiano realmente? Vivência opõe-se a demagogia, cara Ana. Em vivência não temos alternativa senão criar alternativas. Em momentos de dureza vivencial ou vivemos ou morremos e quando não foi fácil dei comigo a pensar que, se calhar, estaria onde era preciso – sobre certas realidades, pelo menos, deixaria de falar de cátedra e manual. Raramente pude usar só a cabeça, estive em muitas situações de “corpo e alma”, no choice!
Mas ser líder só por contingência. Não terás de escolher se me darias o voto que dizes não dar. E apesar de cada um de nós ter tido as suas vivências (mais ou menos confortáveis) num dia como o de 25 do mês de Abril alegra-me poder estar em identidade com os que clamam por mais justiça social. E como o sectarismo é abominável não me aproximo ou distancio de ninguém pela sua filiação partidária, mas procuro observar pontos de contacto entre o que pensamos.
Pedro É dia - não vás dormir já. Não te deixes "enformar", jovem. Bjs
O seu discurso fez-me lembrar a dita criança a correr atrás da galinha com a migalha na boca. Como vê, tem muitos pontos de contato com os politicos que tanto abomina. Mas eu não vou entrar por aí. Recuso-me andar a comparar quem já viu mais miséria. É a isso que eu chamo demagogia. E acho que numa coisa estamos de acordo, na necessiadade de mais justiça social. Diferimos é na forma da lá chegarmos. Para si é num regime sem partidos. E foi aí que divergimos. Tudo o mais foi folclore trazido aqui por si para evitar explicar como pode um regime democrático sobreviver sem a existència de partidos. Apenas isso. A isso chamo retórica.
Quanto ao Lula e apesar do seu mérito, não se esqueça que até ele teve de comprar votos no Congresso para conseguir levar a agua ao seu moinho.Recorda-se do"mensalão" certamente. A propósito, recomendo-lhe um excelente artigo do Miguel Sousa Tavares na sua coluna habitual do Expresso desta semana e que explica e muito bem, na minha pespetiva, o sucesso do Lula.
Só temos o que merecemos! se queremos mais e melhor ha que lutar por isso, deixarmos de criticar, dizer mal de tudo, achar que o que se passa la fora é que é bom. Vamos acreditar em nós, e no que sabemos fazer, era bom se fossemos mais patriotas. Viva a Liberdade! de falar, de cantar, de expressão, de criticar, de dizer não, de dizer sim, de sermos nós proprios.
Eu entendo que o povo, ou seja nós todos (não devemos falar como se não fossemos parte integrante dele), manda hoje exactamente o que mandava há 35 anos atrás. Pouco. Porque vota de 4 em 4 anos, escolhe um grupo a quem passa carta-branca para fazerem o que querem e entendem. E depois não fiscaliza, não questiona o grupo pelo que faz. Normalmente até se vão demitindo de intervir civicamente, que é o que vem acontecendo progressivamente nos últimos 20 anos. Por isso manda o mesmo, que é pouco, mas ainda manda menos porque se foi demitindo do dever cívico.
Ana Deixe lá a galinha. A migalha é mais dramática. E pela criança (que tanto aprende por imitação) vale a pena a aposta na assertividade e na delicadeza do diálogo, mesmo porque uma atitude de respeito pelo outro nos convida a aceitar a sua plena LIBERDADE, o que inclui a liberdade de ele se pensar e de ele pensar a vida social e política numa grelha de leitura que é a sua e que terá construído sem imposição, nem pressão social.
Haverá como outro ponto de contacto entre nós que ambas discordamos da ditadura de opinião?
Olhe, gostei do discurso de Jorge Sampaio. E sabe que mais? Dia 5 de Junho vou votar, embora seja no quotidiano que menos consigo ficar indiferente.
Pedro Tb já perdi uns comentários. E desde quando são os nossos comentários tão importantes que possamos lamentar terem ficado perdidos? Escrevem-se outros, ora bem! Se bem-dispostos melhor. Se ofensivos ou agressivos nunca.
Na maior parte das vezes, identifico-me completamente com os seus comentários; às vezes tenho até uma sensação estranha de estar a ler exactamente aquilo que eu penso, tal como eu o diria. Aprecio.
No entanto, no que se refere ao "voto" em branco, não poderia estar em mais desacordo consigo. O conceito de "voto" em branco começa logo por gerar um imenso equívoco por se apelidar de "voto". Só se apelida de "voto" porque se deposita o papel na urna, mais nada. Aquilo não é um voto. É uma abstenção camuflada. É um engano. É um embuste. É chegar lá e quando se está quase, quase, a escolher, dar um passo atrás.
O "voto" em branco é uma maneira cómoda de acalmar a consciência. É dizer: "eu não sou como os outros, não sou abstencionista. Eu saio do conforto do meu sofá e vou lá; vou à mesa de voto e voto". Vota nada! Abstém-se e permite que outros escolham por si. Demite-se de ajudar a escolher o destino do seu país e do seu povo e nem sequer o admite. É uma demissão com um emoliente para o ego.
A tirinha da Mafalda que o Manuel aqui trouxe, fantástica, é uma das que eu mais gosto. Esqueceram-se foi de ler tudo. É que essa tirinha não tem por base o voto em branco. O pai da Liberdade vai votar. Teve dificuldade em escolher, andava com uma cara o desgraçado :-), mas escolheu.
Tenho para mim que a maioria dos votos em branco e dos abstencionistas são gente de esquerda desiludida com o destino do país. Se assim é, porque razão contribuem, efectivamente contribuem!, para aumentar o percentual dos votos de direita e assim afastar ainda mais os destinos do país dos seus ideais? Lamento, Ana, mas não faz sentido.
Se todos os abstencionistas de esquerda (reitero que o "voto" em branco é uma abstenção camuflada) votarem à esquerda do PS, BE e CDU conseguem percentuais históricos. Se todos os desiludidos de esquerda, mesmo todos, votarem na esquerda, imagino que conseguirão até dobrar os percentuais anteriores destes partidos. Isso fará com que, apesar dos números absolutos se manterem, os percentuais da direita diminuam. Imagino/gostaria/espero que neste caso, o PS (mesmo este PS de Sócrates) se veja quase obrigado a fazer uma aliança de esquerda para governar. Por outro lado, imagino/gostaria/espero que BE e CDU se vejam obrigados a adoptar uma postura mais responsável, porque terão uma oportunidade única para influenciar a governação. Pode ser que sim; pode ser que não. Mas pode ser que sim! Pode ser que sim. Porque não tentar?
A questão não está em aceitar ou não outras leituras do nosso sistema politico. Está em você ter tão prontamente discordado de mim sobre a inevitabilidade da existência dos partidos numa democracia, sem que soubesse propor alternativas. Eu só a questionei sobre isso.Mais nada. E apenas porque fui interpelada por si. Tudo o resto foi aqui trazido por si. Embora a fulcro de questão continue por respender. Mas eu já me resignei. Todas as pessoas que eu questionei não souberam propor alternativas. Pelos vistos, você também não. Já agora também acho importante ensinar à criança, que não basta discordar. É preciso saber fundamentar a nossa opinião. Condição fundamental para que a outra pessoa a aceite. Quer concorde, quer não.
Tangerina:
Não está sozinha nesta sua posição. Ainda há poucos dias esgrimi-me de razões com a Anfi sobre isso. Não vou voltar a explicar as minhas razões. Inclusavemente, e por sugestão da Cêtê, passei um a um todos os partidos, justificando pormenorizadamente as minhas reticências. Se tiver curiosidade procure. Compreendo os seus argumentos mas não concordo. Ainda não foi desta que me fizeram mudar de ideias. Mas estou sempre pronta a fazê-lo. Desde que me faça sentido.
Caidê: Já que não leu os comentários atrasados, recordo-lhe como tudo começou.
Estava eu a dizer: "Não há democracia sem partidos. E os partidos são feitos por pessoas. Filiadas ou não, para mim é apenas um pormenor."
Ao que você me interpelou ( eu não estava a dirigir-me a si):
"Não tinha lido esta: "Não há democracia sem partidos." Totalmente em desacordo! Essa dos modelos prêt-a-porter não me serve. Quando ainda não se viu está na altura de inventar."
Ao que eu retorqui:
"Caidê:
Be my guest!
Confesso que não me ocorre como, mas estou sempre pronta para me render às evidências."
Resta dizer que até hoje ainda não conseguiu inventar. Apesar do alarido.
Como se vê, esse cenário de que fala verificou-se sem 2009, com PS+BE+PC a obterem 128 deputados (em percentagens dá 54% dos três, contra apenas 39,5% do PSD+CDS). Destes 128 deputados é de notar que o PC conseguiu mais 1 deputado do que em 2005 e o BE mais 8, ou seja dobrou! o número de deputados. Se nada disto trouxe uma viragem à esquerda ou um entendimento do PS com estes partidos, como é que o iria trazer agora, para mais com a imposição à priori de certas medidas que têm que ser obrigatoriamente cumpridas pelo próximo governo e com as quais o PCP e BE nunca concordarão?
2- Um aparte sobre o CDS: passou de 12 deputados em 2005 para 21 em 2009. Não dobrou, como o BE, mas teve um grande ganho que deverá manter ou até aumentar. É particularmente preocupante (para quem não se identifica com o CDS obviamente), porque o PSD teve quase a mesma percentagem em 2009 (29,11%) do que em 2005 (28,76%). Assim, o CDS não se limita a subir quando o PSD desce, mas está a conseguir conquistar votos à esquerda do PSD. São reflexos do descontentamento com o PS, mas também do trabalho do P. Portas, pessoa que me irrita solenemente, mas que pelos vistos passa uma imagem de firmeza e autoridade que agrada a muita gente.
Ana Continuo a querer ser delicada ao pedir-lhe que mudemos o registo. Descobrimos que discordamos numa dada vertente de pensamento, mas devem existir muitas mais. Todos os desacordos são preferíveis a uma ditadura de opinião. Desculpe, então, o alarido, mas creio que não devemos incomodar os outros com ele - não está a ser construtivo. Fique bem. Bom soninho para esta noite. E obsessão minha aqui vai outro Mantovani. http://www.youtube.com/watch?v=v13uDrFEniY
" O conceito de "voto" em branco começa logo por gerar um imenso equívoco por se apelidar de "voto". Só se apelida de "voto" porque se deposita o papel na urna, mais nada. Aquilo não é um voto. É uma abstenção camuflada. É um engano. É um embuste. É chegar lá e quando se está quase, quase, a escolher, dar um passo atrás."
Não é nada disso, é uma tomada de posição tão válida como qualquer outra. Não percebo porque fazem um bicho de sete cabeças desta questão. Quando nenhum dos partidos nos agrada devemos então fazer o quê? Escolher o menos mau? Dar o benefício da dúvida? São hipóteses, assim como o voto em branco.
Eu vou votar à esquerda com a perfeita noção de que o meu voto não vai servir para nada, rigorosamente para nada. Vão ficar os mesmos no poleiro:(
Para a troca envio-lhe o Beethoven. Prefiro-o ao Mantovani. É apenas mais um ponto de discordia:) Eu estou a brincar!!! :) E desculpe se a ofendi. Eu sou muito exagerada. Sou como a Florbela, prefiro a zona das paixões, apesar das tempestades.
Porque hoje foi 25 de Abril e porque com a entrada do FMI, teremos uma outra tirania estrangeira, que infelizmente está cá porque os Portugueses e os políticos em especial não souberam “ir além mar e conquistar novos rumos”. Em vez disso dividiram para conquistar, aquilo que não havia para conquistar! Poder ? Prestigio politico? E Portugal? E os Portugueses ?
Estamos numa Liberdade que se encontra refém de outras Liberdades. E no fim o cravo definha , mas o forte povo aguarda, aguarda pelo eterno D. Sebastião, que nunca surge, que nunca altera. Portugal definha e quem quer mudar é ostracizado e perece… Resta-nos a esperança, por isso celebremos o 25 de Abril, pela mudança de mentalidades.
Quando eu me travava de razões com a minha irmã mais nova, que ainda é mais teimosa que eu (difícil reconheço:) ) costumavamos, quando a tempestade abrandava, apertar as mãos e uma de nós dizia: - Amigas? Ao que a outra respondia: - Amigas!
O telefone toca e a dona da casa atende: - Estou?! - Queria falar com a Sra. Silva, por favor. - É a própria. - Daqui é o Dr. Arruda, do Laboratório de Análises. Ontem, quando o médico do seu marido enviou a biopsia aqui para o laboratório, chegou também uma biopsia de um outro Sr. Silva e agora não sabemos qual é a do seu marido... e infelizmente, os resultados são ambos maus... - E o que é que o Sr. Dr. quer dizer exactamente com isso? - Um dos exames deu positivo para Alzheimer e o outro deu positivo para HIV. Nós não sabemos qual é o do seu marido. - Que horror! E vocês não podem repetir os exames? - Não, a Segurança Social só paga estes exames caros uma única vez por paciente. Agora com os cortes... - Bem, o que é que o senhor me aconselha a fazer? - A Segurança Social sugere que a senhora leve o seu marido para um lugar bem longe de casa e o deixe por lá. Se ele encontrar o caminho de volta... não faça mais sexo com ele.
Está provado que desde 2005 o Ps, fez bem á educação. Mesmo com "til".
E uma reposição que será sempre actual em qualquer Mudança.
("Alívio Não creio que se deva complicar o que hoje se passou neste país, o resultado destas eleições traduz apenas um esforço conjunto dos eleitores para preservarem a saúde mental. E a poesia vem sempre a propósito:
Sweet Jane
vivi muito tempo pendurada de um fio telefónico de uma caixa de correio sem fechadura das mãos de uns homens que não quiseram encontrar-me
acumulava toda a espécie de comprimidos esquivava como podia os domingos à tarde vivi demasiado tempo do outro lado do ecrã
a olhar o amor pelos anúncios.
(Pablo García Casado).
Hoje passámos para o outro lado do ecrã. Espero que o PS tenha aprendido a lição... Fiquem bem.")
Pedro é só um nick! - :-) To whome it might consider...
A Demo Cracia, faz bem há Saude.
Pela vossa Saude votem só se estiverem muito doentinhos.
E um Portugal menos Nacional, porque nem tudo oque é Nacional é Bom.
("19+1") e o bom sentido de humor vai-nos levar a quase todas as finais.
Envio-lhe a anedota que mandei para o Bart (acho-a apropriada para ele:))
Maneli, alentejano de gema, adormeceu na praia sob um sol escaldante e sofreu graves queimaduras nas pernas. Foi transportado para o hospital de Beja, com a pele completamente vermelha, cheio de bolhas, e as dores eram horríveis. Qualquer coisa que lhe tocasse na pele ... era a mais completa agonia! O médico, um alentejano de Serpa, foi ver o Maneli e prescreveu-lhe soro, por via intravenosa, um sedativo leve e 3 comprimidos de Viagra de 8 em 8 horas. Antonieta, a enfermeira de serviço também ela alentejana, da Vidigueira, completamente boquiaberta perguntou: - Oh Doutori, vomecê desculpe ... mas vomecê receitou Viagra ?!!! Responde o médico: - Si senhora, recetê Viagra e muito bêm. A Antonieta volta a perguntar: - Mas atão pra que serve ao Maneli o Viagra nas condições em quele tá? Ao que o médico respondeu: - Atão nã se tá memo a vere ? É prós lençois nã tocarem nas quêmaduras das pernas !!!
Acredite: o nosso futuro colectivo está nas mãos dos desalinhados e dos abstencionistas de esquerda. Quando for dar a primeira dobra no seu boletim de voto virgem, lembre-se disto.
andorinha,
Concordo consigo: o seu voto é apenas mais um. É como o meu, como o da Caidê, como o da Cê-Tê, como o do FDL, como o da Anfitrite, como o do Bart, como o do Júlio... Como o do Sócrates e como o do Cavaco. Cada um conta um. Cada um conta um. :-)
Se todos votarmos e se todos os abstencionistas e desalinhados votarmos à esquerda, quem sabe conseguimos provocar a mudança. Temos de acreditar na nossa força colectiva. Temos de votar e convencer os outros a votar. A mudança está nas nossas mãos.
Eu não me revejo no comunismo. Olho à volta e não vejo um só país comunista em que me apetecesse lá viver. Dir-me-á que com os nossos comunistas o caso seria diferente. Se calhar. Só que não me apetece correr o risco. Quanto ao BE só me ocorre a célebre frase: "nem f. nem sai de cima".
O nosso drama é esse: é sermos maioritariamente de esquerda e vermos a direita no poder ou políticas de direita a serem implementadas por um partido que só se lembra da esquerda na altura das eleições. Acrescido do facto de parte da esquerda se recusar constantemente a negociar. Por isso, acho que todos, mas mesmo todos, os partidos contribuíram de uma forma ou de outra para a situação que estamos a viver.
Contudo, se deixarmos de votar a situação apenas se vai agravar, porque o percentual da direita aumenta e aí vai ser muito pior. A única solução que eu vejo é dar uma votação forte na ala esquerda ao PS (BE e CDU) para os obrigar a todos a fazer alianças a bem de Portugal e dos Portugueses. Se vir outra solução melhor, avise, porque eu também estou interessada. Estou mesmo. :-)
Aquiles,
Os partidos à esquerda do PS como disse anteriormente. É a única solução que se me afigura como válida nesta altura.
pois... eu também não. Mas, Ana, também não precisamos de ver as coisas a preto e branco. O facto de votar num partido não significa que vote para que ele ganhe; pode votar apenas para lhe dar poder de influência.
É muito provável, com os erros que PPC felizmente tem cometido, que o PS ganhe novamente as eleições. Estes votos são do chamado "centrão" (palavra que, já agora, abomino), não são da ala esquerda do PS. Estas pessoas, as da ala esquerda do PS, são muita das que não vêem em quem votar. São os desiludidos, os que se têm abstido constantemente. E vamos esperar o quê? Cruzar os braços e deixar que se faça um bloco central, ainda por cima quando a maioria do povo português é de esquerda? Não. Temos de dar poder à esquerda. Não vejo outra solução para escaparmos a um destino semelhante ao dos Gregos ou dos Irlandeses, que parece tornar-se mais negro a cada dia que passa.
Você mais parece a Yulunga. Em capacidade persuasiva, entenda-se:) Não creio, contudo, que tenha sorte, aqui pelas minhas bandas. Não sei estar nas situações a meio gáz. Preciso de acreditar no projeto para vestir a camisola.
Mas o melhor é passares por uma Farmácia antes! Ou ainda acreditas na Fada Madrinha. Bons Sonhos! Cuidado com os novos Humoristas. Daí a Farmácia e alguma incontinência. Não te preocupes o Tangerina vota por ti.
Tangerina,
Para dar sentido ao tem nick deverias dar mais liberdade de voto!
Caidê, Vota Ps pela educação da classe Politica. Já a pensar na Reforma.
Cê_Tê ;), O Benfica esteve muito bem na ultima final, a divisão de Honra está cada vez melhor...
FDL, Se fosses portista eras Perfeito!
Professor Júlio Machado Vaz, Keep going, está num bom caminho.
Estranho os Pedros ficam um pouco de lado no Second-Life.
Anfitrite, Sol na eira, chuva no nabal. Por vezes acontece:) Verdade.
Bartolomeu, Vota Ps para ver se o Sócrates muda de estatuto. Vem Ferro a caminho. Vamos precisar de muita emigração. Cá dentro e lá Fora. Para manter este estado de sítio. Não há melhor circo. Este feriado foi marcante, as feras vão começar a entrar. Show must go on...
Bea, O voto continua a ser Secreto.
Andorinha, Acabas sempre por ter razão. Espero que felizmente.
Aquiles, O voto é Seguro?
Anónimo, Se não votares outros votam por ti.
Eleitores, Corrida ás urnas ou caminhada para a mesa de voto. (levar colete reflector, pode surgir um impulso inesperado)
Portuguesas e Portugueses vamos ter circo ao melhor nível. À Saída contem como foi.
A segunda é sempre diferente da Primeira. Portugal está muito bem visto lá fora. Uns formados e informados outros apenas informados. Sempre gostamos de meias medidas. E de consensos. Como em qualquer parte. Consolidem-nos que depois o Turismo faz o resto.
Percebi melhor a sua ideia, mas parece-me completamente utópico um entendimento PS/PCP/BE, mesmo que as percentagens do PC e do BE subissem com os votos dos "desiludidos de esquerda" que pensam votar em branco. Como já fiz notar, estes três partidos juntos tinham a maioria - os tais 128 deputados - e não serviu para nada. Na minha opinião, nem mesmo com uma maioria PS/BE em 2009 (sós sem PC) a situação actual seria outra. Julgo que a esperança nesse resultado terá sido a motivação de muitos que votaram BE nessa altura, mas não penso que essa maioria tivesse feito grande diferença. Eles nunca se entenderiam, basta o exemplo do OE.
Conforme a Ana reparou, a Tangerina é muito persuasiva. Fui-me deitar, mas não consegui adormecer preocupada com este assunto.
Continuo a achar que qualquer hipótese de entendimento entre o PS, BE e PCP é pura utopia, mas concordo consigo que é preciso dar força à esquerda, especialmente nos tempos do mais puro e duro – como diria uma pessoa muito conhecida da rádio, televisão e disco:) – neoliberalismo que se aproximam. É importante que o terceiro partido mais votado não seja o CDS. Assim é possível que o meu voto afinal não seja em branco. Contudo nunca irá para o BE (esclareço que não é desilusão por causa da moção de censura), a ir vai para o PCP, aliás melhor colocado nas sondagens para ficar em 3º lugar.
A Tangerina é terrivel. Chiça! Vinha eu,hoje, no carro, a pensar neste mesmo assunto. Como não me revejo no comunismo e o BE também não me convence (já dei para este peditorio e o resultado foi o mesmo) até equacionei votar no Socrates. Olhe, até ia batento com o carro, tal o sobressalto que a ideia me provocou:)
Ora, ora, minhas senhoras ;-), eu só sou persuasiva porque, na verdade, na verdade, com o panorama político que temos não há alternativa e a ausência de alternativas clarifica a mente.
Concordo que não será fácil que BE, CDU e PS se unam mas, reparem, se houver uma grande votação na esquerda, também lhes será muito difícil arranjarem argumentos políticos para deixarem que seja a direita minoritária a traçar os destinos do país. Estes senhores têm de ganhar juízo! Já chega de se acantonarem num reduto ideológico. Têm de sair da sua zona de conforto e assumir as suas responsabilidades.
Além disso, existem vozes dissonantes neste partidos. Gente que quer que eles façam parte de uma alternativa de governo. Ouçam o Daniel Oliveira do BE, por exemplo. O Carvalho da Silva também foi lá falar com a troika - pode não servir de nada, mas pelo menos foi lá fazer ouvir a sua voz.
Ana, o tudo ou nada pode dar em nada. ;-) É isso que a CDU e o BE também precisam de entender. Não é hora do tudo ou nada. É hora de negociar e andar para a frente. Não se compreende como é que um país maioritariamente de esquerda ora é governado pela direita, ora é governado por uma coisa estranha a que chamam centro que também implementa políticas de direita. Esta é a hora da escolha, de não baixar os braços, de bater o pé.
Depois da ausência pascal só hoje regressei ao convívio murcónico. E deparo-me com 98 comentários ao desafio do último post do Prof. Já não dá para entrar na discussão, até porque me parece que caiu numa certa viciação, um tema recorrente (o voto em branco) e os mesmos argumentos, com cada um entrincheirado no seu reduto. Só me resta regressar à origem, ao post. Diz o Prof. que, segundo Zeca Afonso, «O Povo é quem mais ordena…». É evidente que a afirmação não é para ser tomada à letra, ela resulta do entendimento do poeta, um incorrigível basista, que tomava a realidade pelos seus desejos, melhor, apontava-nos os seus desejos como farol para construirmos a realidade que ele idealizava como boa para todos nós. É o papel dos poetas (os de poemas escritos, simplesmente, ou os de canções), traçarem metas impossíveis, verem para além do comum. Mas algo fica desse visionarismo, algo (muito) ficou depois do 25A, daí a decepção do Prof. pelo que se tem vindo a perder: «Mas ordenar tão pouco, anos e anos depois, confesso que nunca me ocorreu».
É preciso que não nos esqueçamos de que Zeca Afonso, premonitório, pois estávamos em 1971, preconizou, na canção «Grândola, Vila Morena», a generalização: da cidadania; da fraternidade; da igualdade; da amizade, valores universais, intemporais. Quanto deste guião não guiou tantos e as suas acções durante tantos anos?
Outro poeta (este apenas de poemas escritos), Manuel Alegre, em 1965, na «Praça da Canção», de forma premonitória, falava-nos do País de Abril como um possível, ao contrário da realidade que então se vivia:
«País de Abril tem gente que não sabe ler os avisos secretos do poema. Por isso é que o poema aprende a voz dos ventos para falar aos homens do País de Abril.
País de Abril tem estranhas sentinelas. Todavia seus ventos ensinam aos homens que não se pode proibir os homens de viver. País de Abril tem ventos ilegais.
Mais ensinam que o mundo é do tamanho que os homens queiram que o mundo tenha: o tamanho que os ventos dão aos homens quando sopram à noite no País de Abril.
A esperança aqui espelhada certamente que alimentou imaginários e deu ânimo para lutar para que o povo passasse a ordenar alguma coisa no País de Abril.
Fecho com outro poeta de canções, que, em 1971, nos deu um hino à Liberdade e à esperança na sua breve realização:
Independentemente de tudo o que se debateu por aqui e centrando toda a minha atenção em José Afonso, adorei reve-lo em destaque na RTP, num programa feito com qualidade e sentimento. Quem realizou, também devia adorá-lo. E como ouvi algures por aí numa frase solta com admiração, podíamos escolher uma só palavra para definir o grande Zeca Afonso: "todas". Viva o 25 de Abril!
Devo dizer que já escrevi vários comentários, mas não enviei por não estava com paciência para polémicas. E agora sem ter lido os de hoje ainda, vou só dizer uma coisimha. -Não vale a pena malhar em ferro frio; -se eu mandasse tornava o voto obrigatório; -Acabava com os votos nulos, só existiriam os inutizados, por gente imbecil ou brincalhona, e havia de descobrir maneira de esses votos não serem considerados nos cadernos de eleitores. Talvez quando isso for feito electronicamente se consiga arranjar essa solução. -Quem votasse em branco, devia ficar com uma determinada braçadeira para depois lhe ser proibido falar mal da situação política.
Tangerina, Parabéns pelo seu trabalho humanitário. Há tanto tempo que tinha deixado de nos comtemplar com a sua missão cívica diária. As suas intervenções são sempre apreciadas mesmo por aqueles mais novos, que deconheciam a sua presença aqui.
Ana,
V. é mais teimosa que uma burra empancada. E contra isso, só se demove a chicote. Mas explique-me uma coisa: Diz que o Sócrates não lhe serve porque não é de esquerda. CRitica os sistemas comunistas porque não resolveram nenhum problema. Olhe que o Estaline resolveu muitos. Pôs toda a gente a trabalhar até morrer de fome, frio ou doença,(foram só uns largos milhões). Eliminou todos os que não pensavam como ele, ou lhe podiam fazer frente. Exigiu de cada um segundo a suas possibilidades e deu a cada um segundo as suas necessidades. Matou toda a gente que plantasse uma couve num quintal que julgasse seu. Agora por causa da anedota do alentejano, até me lembrei daquele alentejano que depois da reforma agraria, no fim do dia perguntou: Então não posso levar a minha enxada? E o camarada disse-lhe: A tu enxada agora é da cumprativa! Mas continuando...Será que anda disfarçada e já faz parte das novas elites que grassam pela Europa? È que se não escolhemos do mal o menos estamos tramados. Tenho lido aqui comentários que eu tinha vergonha de os fazer, sobretudo de pessoas que deviam ensinar outras. Quem está realmente a ganhar com tudo isto é direita. O Portas anda de peito inchado, mas não diz nada que o possa comprometer. É pena ter tido como ministro das finanças aquele anormal do gato das botas, que nunca teria sido alguém se o Morais Leitão não lhe tivesse dado a mão. Tem pida que também teve sempre nas mãos a pasta da Segurança Social, com secretário de estado e depois como ministro. Foi precisamente no tempo dele que rebentou a caso inicial da Casa Pia, que ele fez questão de abafar, e até se demitiram uns ministros, vá-se lá saber porquê.
Princesa,
Ontem também adorei ver o programa. Só que os cravos em novembro, não tinham cheiro, como se queixou o JMBranco. Mas olhe que o Zeca, que eu conheci, estava-se maribando para homenagens e para politiquices. Ele viajava apenas com um grande saco às costas só com uma escova de dentes lá dentro. A maior homenagem que lhe deviam ter feito era terem-lhe dado uma assistência médica correcta e uma reforma para o poder fazer. Mas como ele sempre foi um desalinhado, andou saltitando de galho em galho enquanto pode. Imagine que todas aquelas músicas que ouvi, eu as ontem no FB, mas ninguém pôs lá um gosto, sequer.
Estou como o pedro(?). O programa segue dentro de momentos...
Jamais faria tal coisa. Logo agora que já comecei a engraçar com o homem:) OK! Tirando o nariz e as casas que projetou:)))
Tangerina:
Mas em que pomar nasceu você!? Bem adubado estava, certamente! Até adivinhou a minha preferência no Eixo do Mal, pelo Daniel Oliveira. Realmente identifico-me muito com as ideias dele. So que isso não basta para votar BE. Helas! Sapo por sapo, antes o Socrates. Este ao menos, sempre pode impedir que o PPC vá ao pote. É que, mesmo vazio, sempre vai sobrando para alguns. E sempre os mesmos, claro está! Credo! Só de equacionar esta alternativa até fiquei enjoada:)) Mas como até ao lavar dos cestos é vindima pode ser que entretanto me passe. A ver vamos, como diz o ceguinho (invisual, corrigiu-me a minha filha há dias).
«O estudo da História torna-nos tão indulgentes para os erros dos governos e dos povos, como a experiência da vida para aqueles dos homens em geral»----Confúcio
Em Portugal vive-se a política como se vive o futebol: com paixão e nenhuma racionalidade. O meu clube ou partido é o melhor e está absolutamente certo, é a atitude comum da maioria dos cidadãos. Que denotam uma incapacidade democrática porque são incapazes de entender o outro, e de perceber que a riqueza democrática está no convívio das diversidades em prol do bem comum e na persecução de uma boa gestão da res publica. Há uma tendência ditatorial para imporem os seus pontos de vista, para ditarem as regras que gostariam que os outros fossem obrigados a cumprir. Ao acharem-se donos de verdades absolutas e prenhes de certezas blindadas comportam-se como potenciais ditadorezinhos demonstrando, em simultâneo, uma ignorância política e democrática. Nos últimos tempos apercebi-me, e os comentários de hoje aos discursos de ontem, bem como às reacções pífias de ontem, reforçaram essa minha percepção, que a sociedade portuguesa está fracturada radicalmente. Tal como o está no futebol. Temo, por isso, que estejamos a rumar para uma mini guerra civil onde os custos vão ser muito pesados, incluindo a perda numerosa de vidas humanas.
Não sou tão indulgente como a Anfitrite relativamente ao Stalin e aos regimes comunistas. Neste aspecto penso que estou mais próxima da Ana. No entanto os comentários da Tangerina fizeram-me reflectir sobre o 3º lugar. Tinha visto as sondagens, mas não tinha interiorizado suficientemente o facto de que o CDS e o PCP, a acreditar nessas sondagens, se estão a bater por esse lugar e que o PCP poderá lá chegar. Daí o teor do meu comentário anterior pois, como disse, acho importante que o CDS não seja o 3º partido.
Para além disso, tudo indica que se aproximam graves alterações à legislação laboral e reflecti também que um PCP forte poderá se não impedi-las, uma vez que PS e PSD as farão passar com a sua maioria, pelo menos dar-lhes a necessária contestação. Observando alguns documentos, fica muito claro o tipo de alterações pretendidas pela UE, tendo em vista a manutenção em Portugal de mão de obra barata e ainda mais fácil de descartar, quando não seja necessária. Não sei se procuram ler documentos originais. Eu não me costumo ficar pelos resumos dos jornais, muito incompletos e por vezes até errados. Hoje em dia encontra-se tudo na internet, pelo que se se quiser é relativamente fácil estar bem informado. Por exemplo, quando analisaram o PEC5, os jornais e televisão fizeram um grande barulho sobre o IVA do leite com chocolate, mas pouco falaram de uma medida muito mais séria que lá estava: simplificação das regras do lay off (anteriormente, já tinha sido anunciada a descida das indemnizações por despedimento). Depois o comunicado do Ecofin do início de Abril menciona também muito claramente que a concessão do empréstimo está condicionada à flexibilização das actuais leis laborais. No mesmo sentido vão ainda as próprias intenções do P. Coelho, já anunciadas há meses quando falou na eventual revisão constitucional. Assim, vem aí muita luta (sem gozos).
A sua última proposta é para mim um prazer (Friends!). (Terá as suas teimosias como eu tenho as minhas - quem as não tem?!) .............................
Eu já não acredito na democracia construída pelo sistema político-partidário que temos: isso porque nenhum dos que tem tido eleitorado tem tido uma pragmática eficaz na dissolução dos mecanismos neoliberalistas de monopólio e de imperialismo, pelo contrário!
Assim sendo, nenhum tem semeado uma política de alternativa que, em simultâneo, seja de obstrução aos avanços e técnicas desse modelo de neoliberalismo que nos tem tornado cada vez mais alienados. E defino alienação num sentido pós-marxista, ou seja, de entrega dos nossos pequenos poderes ao grande poder, ou seja, num sentido que é contrário ao do empoderamento de cada cidadão.
Não vote em branco! Grão a grão, a galinha enche o papo(como sugere a/o Tangerina em resposta à Andorinha). Reduzindo o panorama a duas variáveis: opte pela esquerda (digo eu!).
Já fiz voto útil. Já votei PS. O único PR em quem votei e ganhou foi Jorge Sampaio. Já fiz voto branco, mas noutra conjuntura - na qual nem o voto útil se justificava, pois antevia-se o resultado com grande margem.
No PS de Sócrates não posso votar. Não esqueço a porrada que mandou dar aos professores! Não esqueço que a sua primeira grande mentira foi a de aumentar impostos no dia seguinte a ter tomado posse, depois de ter feito da afirmação contrária o seu maior slogan eleitoral. Nem na política admito a mentira e a falsidade. Ou há integridade ou não me serve.
Percebo muitos amigos que tenho no PS e até no PSD - às vezes também se acredita que se pode transformar melhor estando dentro!
Esse era o caso de muitos amigos católicos que entre partirem para outra fé religiosa e manterem-se na Igreja Católica escolheram a 2ª opção, não deixando de lutar por uma Igreja Católica outra. E se alguns aí foram sementes férteis!... (Lembro o Pde Alberto Neto - e uma vida entregue aos jovens - , o Pde Martinho - padre e operário da construção civil - e outros...)
Desta vez tenho de votar e só posso votar num partido - que contradição a minha!... :-) Resta-me ser coerente numa política de quotidiano - quero, pelo menos, saber sê-lo (se verá!...)
Ana e restantes murcónicos: Não digam que vai daqui. Como eu também já perdi montes de comentários palavrosos, já descobri a solução além de jogar pelo seguro.
1- Façam a indentificação primeiro, antes de tentar colocar o comentário, antes mesmo de o escrever.
2- se não o fizerem e para jogar pelo seguro, façam uma cópia de segurança, nem que seja no bloco de notas, antes de o tentar visualizar.
Para terem um poker garantido, façam as duas coisas.
Caidê, Ana, etc. porrada nos professores?! Coitados! Afinal é mais uma corporativa a defender a sua capela;(basta ver as listas mensais de aposentações, são bem superiores à do n/ anfitrião). Assim não vamos a lado nenhum. Todos vamos perder previlégios e muitos. À situação a que chegámos, só espero que a direita não ganhe, para que o mal seja distriubuido pelas aldeias. O PC nunca fará acordos com ninguém, para não perder posição. E quanto mais excursões organizadas houver pior será. O Sócrates cortou muitas regalias quando teve um governo de maioria absoluta. Por alguma razão o 1º. ministro das Finaças (Santos e Cunha), pediu logo a demissão, porque passaram a ir-lhe à reforma. Por alguma razão o PR está só(?) a receber só as suas pensões e não está a receber remuneração como PR que estaria a receber se não tivesse havido alteração da lei. Imagina o que isto o incomoda. Muito mais haveria a dizer. As casas de mau gosto(considero de muito mau gosto a imprensa andar a coscovilhar isso). De qq modo ele tinha habilitações para o fazer. Era engenheiro-técnico do ISEL e a todos que conheço chamam engenheiros, estejam em que firmas estiverem. A raiva contra estes senhores partu dos meninos do IST, porque se consideravam especiais.Vejamos o saso do antigo predidente da Ordem. E estava a frequentar um CESE( Curso de Ensino Superior Especializado), que constava de dois anos com 2 semestres cada, com disciplinas altamente especializadas, e que foram criados também no ISCAL, para darem a equivalência aos antigos bacharéis, dado que esses Institutos passaram a conceder o grau de licenciarura. Estes cursos foram criados muitoa antes do S. ser PM, e tiveram umma duração muito limitada. E esses bacharéis tinham muito mais halilitações e capacidades que qualquer licenciatura de Bolonha.a Quanto ao Nariz, é normal todos que chegam ao governo terem de alterar as suas políticas em função da situação interna ou internacional. A MFL vendeu quase 12 mil milhões de créditos, ao Citybank por apenas 1,2 mil milhões adiantados, para cobrir o défice. E quando lhe perguntaram que juros iríamos pagar, disse que não sabia, nem queria saber se iria pagar juros. E como a cobrançaa tem sido inferior ao acordo, temos estado a pagar juros à taxa de 17,5%. Acham pouco? Mas ninguém fala nisso. Inventaram casos para liquidar o S. porque ele tem sido um tipo de garra. E só não vê quem é egoista, só pensa nos seus interesses, ou está mal informada.
P.S.- tb gosto do Daniel Oliveira, que é um desalinhado do BE, e este sábado foi de partir o coco com a ironia deles.
Obrigada pelo aconchego. :-) Sabe, eu vou passando por cá - tenho é preguiça de comentar porque é preciso entrarmos no gmail, etc. Mas volta e meia venho cá e acompanho um pouco das vossas conversas. Estou a par de tudo, até do namorico entre o Bart e a Ana. ;-)
Quanto à teimosa, deixe-me que lhe diga que a Anfitrite não é menos teimosa do que a Ana. Essa fixação no Sócrates... :-)
ana b., Caidê e Condessa
Concordo em tudo com a Condessa. Também me caio mais para o lado da CDU, mas admito que pode não ser uma postura racional. A Anfitrite tem uma certa razão. Estou entre um e outro com a única convicção de que não posso deixar de votar num deles.
Quanto ao Sócrates, tenho um problema sério com ele: a letra "p". Empresas públicas, parcerias público-privadas, serviços públicos, dinheiros públicos -> bolsos privados, impunidade... Não sei se estão a ver...
Admiro-lhe, contudo, a tenacidade. Aquele é que eu não queria para ex-marido, nem morto! ;-))
Estão a tentar fazer-me a cabeça. Sinto-me pressionada e condicionada na minha liberdade:))) Quando eu começo a discorrer alguma coisa vem uma e arrasa tudo. Começo de novo a equacionar outra solução, lá vem outra com outra explicação. Tudo do principio outra vez... Estou a ficar seriamente preocupada com a minha sanidade mental:) Quanto ao seu programa: é claro que gostei de o ouvir mas prefiro quanda fala de amor:)))
Com tanto comentário por aqui, nem sei bem por onde começar.
Caidê:
Friends! Eu também não gosto do Sócrates e nem nunca votei nele. Mas pior que Socrates só mesmo o Passos Coelho. Esse nem esperou para lá chegar para começar a mentir. Pelo menos não pode ser acusado de ser dissimulado:) E sapo por sapo, ao menos que tenha algum proposito.
Anfi:
Ao menos posso escolher a cor da minha braçadeira? É que eu sou muito vaidosa. Já agora que faça pendant com a roupa:))) E desculpe lá: Aquelas casas não lembravam ao mafarrico. Eu até estou verdadeiramente convicta que ele apenas assinou de cruz. Acho impossivel ter-se tão mau gosto:)
Tangerina:
Namorico com o Bart!? Mas acha que eu namoro pela internet? Sempre ao vivo e a cores:)))
Quanto ao Socrates, eu também lhe admiro a persistência. Mas também não me ocorre mais nada:)))
Também eu sinto um enorme descrédito pelo que dizem os media. Frequentemente vejo noticias que eu sei serem falsas, ou melhor, deturpadas, e que os factos narrados não correspondem de todo, ao que se passou. Ora se isso acontece com assuntos da minha área, seguramenete que também acontece com outros. Por isso, estou sempre de pé atrás...
Quanto à teimosia já a minha Mãe dizia: "Nunca vi uma pessoa tão torta gostar das coisas tão direitas". Fosse no que fosse nunca gostei de ver um erro escondido. Se ela estivesse a fazer crochet e tivesse o azar de eu descobrir algum erro camuflado, pode crer que lhe desmanchava tudo. Eu também gostava muito de fazer tricot, se tivesse o azar de ver uma malha caída, fora de tempo, estava lixada. Quanto ao S. não é fixação. É que o meu negócio são números. E aí é difícil também me dar a volta. Quanto aos pês, Apetecia-me dizer PORRA! Os maiores começaram no tempo do cavaco, depois no tempo do cravinho, que foram empurrando para a frente e agora é que começamos a pagar as favas. Não se fez nada de especial para aparecer tanta dívida de repente. É certo que ele não teve mão em muito oportunista, até porque o nível das pessoas tem vindo a descer muito. Eu ía a pé a Fátima se ele conseguisse reduzir os orgãos autárquicos. Um presidente de uma Cãmara tem mais poder do que um Secretário de Estado. E não imagina o que eles têm feito. Mas também não podemos esquecer das pessoas que ficariam desempregadas. Mas bastava que eles dessem aos seus trabalhadores só as regalias que têm os funcionários públicos. È que além da ASDE, que está a ser limitada para todos, elas têm seguros para o pessoal que paga o resto e até dentes e mais aquilo que a ADSE não paga. Isto é um exemplo. Podia dizer-lhe muito mais coisas e dar nomes, nas dáva-me muito trabalho. As Fundações é a mesma coisa. Elas sempre existiram. Tenho um amigo que foi despedido duma grande empresa e já está como chefe de Divisão numa Fundação, não sei como. Se fizesse carreira na função pública nunca lá chegaria, até porque não tem filiação partidária, e entrou agora com 50 e tal anos. Mas não foi o S. que criou a Fundações. Sabe eu andei a fiscalizar algumas. Mas isso só se sabia quando havia denuncias e quando eram financiadas pelo Estado. (Ai Agostinho, que rico vinho). Que sorte a minha que ele pudesse ser meu marido. Ao menos não estava a pagar as dívidas que um ladrão me arranjou. E que eu para me ver livre dele fui-me divorciar sozinha com o advogado dele, porque o que eu tinha só tratava se eu fosse para litigioso, mas eu preferi paz de espírito. E pode não acreditar mas foi o advogado dele que me telefonou (o que não é legal) a dizer-me que desistia do seu constituinte, se eu continuasse com o meu advogado. e eu como prefiro a paz de espírito disse-lhe tudo bem. Vamos divorciarmo-nos os dois. e ainda paguei para ficar livre. A ana vai-se rir de certeza, mas ninguém imagina o romance que dava a minha vida. Só que era muito enfadonho. Por hoje é tudo se precisarem de alguma ajudinha aqui estou eu. Quer rir-se mais? No outro dia vim do Hospital de Cascais, com um fatinho de papel, azul, de médico, ainda por cima de tamanho médio, que vi jeito de ele se rebentar quando me sentei no táxi.
"Há uma tendência ditatorial para imporem os seus pontos de vista, para ditarem as regras que gostariam que os outros fossem obrigados a cumprir."
Até aqui no Murcon! Pessoas que tentam influenciar outras para não votarem em branco ou em preto ou para votarem neste e não naquele... Chiça! Não somos todos seres pensantes? Então? Dialogar é uma coisa, tentar impor é outra.
Por último, e aí discordo de ti, não me parece que se corra o risco de uma guerra civil. Cruzes! Ainda és mais pessimista do que eu! A situação social vai-se agravar bastante o que acarretará por certo o aumento da violência, haverá fenómenos de agitação diversa, mas daí a uma guerra civil...
Oh homem! Você foi colocar-nos um espelho à frente... Estava à espera de quê? Que atirassemos foguetes, não?:)
Nem por sombras foi falta de atenção ou de interesse. Até me recordei de uma entrevista dada pelo Eco à LER em que ele diz, a propósito do seu recente livro: "O recurso à Historia serve para demonstrar que a Historia não progrediu. O recurso à Historia não é necessariamente a demonstração de um progresso". Está a ver como não caiu em saco roto? E também me ocorreu a célebre frase de Terencio: Nada do que humano me é estranho!
Mas no meio de tanto comentário controverso, o seu, por ser do consenso geral, foi omitido.
O cão que eu gosto mesmo, é o cão do Sócrates:) O tal que lhe comeu o diploma:))) Até já pensei oferecer a sua autobiografia (do cão, entenda-se) à Anfi. Estou certa que ela o irá apreciar:)))
É importante questionar o quanto o entendimento das metas propostas nos poderá levar a considerar a reestruturação das direcções preferenciais no sentido do progresso. Um abraço,
fiquei esclarecidíssima com o naco de prosa anterior.
Caidê, Tudo que é papel escrito pode oferecer-me, que não sai das minhas maos sem ser lido. Até estou sempre ansiosa para abrir a caixa do correio só para ver a publicidade, já que notícias boas nunca espero. É pena que ninguém do governo venha aqui, podia ser que ainda me calhasse alguma condecoração, por serviços prestados ao país.
Certo, todos sabemos (ou pelo menos, uma parte da população sabe) onde começou este descalabro. Nem pensar em isentar Cavaco. O homem vai ficar na história e não é por bons motivos. Mas daí a branquear a actuação de Sócrates, vai muita coisa. E olhe que eu sou socialista.
O homem não teve mão nos oportunistas? Teve e muitas: para lhes dar a comer. É verdade que fez reformas e algumas muito interessantes. Ainda lhe havemos de agradecer a energia, a administração pública electrónica, educação, ciência (pelo menos em parte porque muito daquele dinheiro foi conseguido à custa da desorçamentação das universidades) e algumas na saúde, entre outras. É verdade também que ele atacou determinados grupos quase intocáveis. Mas deixou outros, muitos, ao desvario, não foi? Não sei se o homem também beneficiou ou se foi levado ao engano, mas olhe que se for esta última hipótese, então temos um anjinho como PM - também não serve. É que a coisa foi à descarada! Só não comeu quem não quis. E agora temos nós de pagar isso a dobrar? É que já pagamos, lembra-se? O dinheiro era nosso... Quem é assaltado é obrigado a repor o dinheiro que lhe levaram? :-O Eu só queria o nosso dinheiro de volta, mais nada... Se não desse muito incómodo... e, já agora, com juros a 12% sff.
Quanto aos ex, a Anfitrite parece ter uma atracção pelo abismo: revela uma tendência preocupante para se encantar por homens que fazem dívidas às escondidas. ;-)) :-P
(deixe lá que a minha história é muito parecida e não devemos ser as únicas. Por isso é que eu me dou ao luxo de brincar consigo com este tema.)
Aquiles,
É o que a Ana diz: pôs-nos um espelho à frente e queria o quê? Olhe, eu ando horrorizada com esta espécie de unanimidade à volta de uma coisa a que chamam de "bloco central". Parece uma procissão e encarreira tudo no mesmo discurso. 70%, pelo menos. É obra! :-( Parece que o Jorge Sampaio também prefere outro caminho. E não é só ele, mas é bom que apareçam mais antes das eleições.
Ainda vai ter me contar o porquê do seu passeio de taxi em fato de bloco. Não me diga que lhe roubaram a roupa:)) Não seria a primeira, garanto-lhe! E do pouco que sei, acho mesmo que a sua vida dava um filme. E do melhor do surrealismo:)) É bem certo, que a realidade ultrapassa, e muito, a ficção...:)
E se recentrássemos o debate, o Prof. pôs-nos o problema da perda de poder do povo em tão pouco tempo, pois apesar de ele não se ter entusiasmado demasiado com a palavra de ordem do Zeca, nunca pensou que as coisas chegassem a este ponto. Sem querer menosprezar os vossos pontos de vista (afinal, um ponto de vista não é mais do que uma vista a partir de um ponto, incluindo os meus), penso que estarão a valorizar demasiado a «árvore em detrimento da floresta.» E eu digo que o que desanima o Prof. resulta de 3 ordens de razões: Internas ─ o lastro que trazíamos era tão pesado que o 25A não o conseguiu resolver (nem podia); Externas (à latitude da UE) ─ a partir de 1986 passámos a competir com parceiros europeus com outras «armas» muito mais poderosas do que as nossas; Externas (à latitude global/mundial) ─ a globalização, que afecta todos os países desenvolvidos do Ocidente, afecta muito mais os mais fracos como nós. Não ter isto em consideração, hiperbolizando a acção (criticável a tantos títulos) dos nossos políticos (e das nossas elites, tantas vezes esquecidas) é tomar a «árvore pela floresta». Quanto às duas últimas ordens de razões (a competição a 27 e a competição global/mundial) pouco podemos fazer (até porque em primeiro lugar devemos arrumar a casa). Quanto às razões internas, é evidente que houve ao longo dos anos, especialmente desde 1986, em que os euros jorraram, muita irresponsabilidade de todos os governos, muito esbanjamento imoral, e também muita irresponsabilidade da parte dos cidadãos que foram alimentando as várias narrativas eleitoralistas. Mas o essencial está dito há muito tempo pelo Medina Carreira (goste-se ou não dele), vejam os gráficos da evolução da economia desde 1970 ─ sempre em perda ─ e os gráficos da evolução da despesa (educação / saúde / justiça / /segurança / reformas / ordenados da F. Pública / Forças Armadas, etc.) ─ sempre a subir. As duas coisas não jogam. Só o crescimento da economia resolve o problema. Mas este entronca na conjuntura que vos descrevi nas 2 razões externas. Que bico-de-obra. E o futuro próximo? As regras do acordo/imposição que o FEEF ─ FMI ─ UE que iremos assinar, a troco do resgate da bancarrota, deixarão uma tão pequena margem de manobra ao futuro governo, independentemente de qual for, que não vale a pena tanta excitação com a cor do voto de cada um, afinal, cada voto só vale 1/8 000 000, o que não é nada. De uma coisa estou certo, com este «folclore» político-eleitoral dos últimos anos não vamos lá, é preciso mostrar o cartão vermelho a esta gente. É por isso, e só por isso, que acho que votar em branco ─ MAS EM MASSA ─ representava o tal cartão vermelho e mostrava determinação em participar criticamente. E quanto à perda de poder do povo, o nosso Sérgio Godinho há muito que nos tem avisado, tem-se tratado de uma caminhada por uma via de sentido único.
Ouçam os alertas que nos vem fazendo desde 1974:
«O meu compadre»: Sérgio Godinho ─ CD À queima roupa (1974) http://youtu.be/xMj37ZPDHs0
«Cuidado com as imitações»: Sérgio Godinho ─ CD Campolide (1979) http://youtu.be/Gs0TalacXyI
«Não te deixes vestir assim»: Sérgio Godinho ─ CD Coincidências (1983) (não consegui encontrar o link, se tiverem o disco ouçam)
Para depois passar à ironia com a nossa forma de ser:
«A Democracia»: Sérgio Godinho ─ CD Aos amores(1989) http://youtu.be/MeUgkNFRKKQ
«Só neste país»: Sérgio Godinho CD Ligação directo (2007) http://youtu.be/F81PyXJq-a8
Minha Cara Eu falei em mini quando me referi à guerra civil. Crê-me que eu seria uma pessoa bastante mais feliz se estivesse errado na minha suposição. Detestaria que me viessem dizer “tinhas razão”. A violência armada, quando iniciada, é muito difícil de travar. Porque existiriam muitas vingançazinhas que exporiam o pior das pessoas. Nunca esqueças como termina “OS LUSÍADAS”. Manuel (11:18 AM) Subscrevo
"As regras do acordo/imposição que o FEEF ─ FMI ─ UE que iremos assinar, a troco do resgate da bancarrota, deixarão uma tão pequena margem de manobra ao futuro governo, independentemente de qual for, que não vale a pena tanta excitação com a cor do voto de cada um, afinal, cada voto só vale 1/8 000 000, o que não é nada."
Pois, é isso. Como já disse, vou votar à esquerda sabendo perfeitamente que o meu voto não vai servir de nada. É uma terrível frustração!:(
Aquiles,
Continuo a achar que tu és um incorrigível pessimista:)
Diz bem, Manuel: mais coisa, menos coisa, cada voto vale 1/8000000. Sem o seu cada um vale 1/7999999. E sem 40%, cada um vale 1/4800000. Por isso é que somos governados com políticas de direita.
O Cartão de eleitor devia ter indicações mais completas!
Pedrão
Aquilezinho, tens que terminar em inho ou inha. Toda a gente entende e por vezes terminar apenas em ão. Como: Limãosinho (toda a gente entende que o "murcon" é um espaçozinho de debatezões que fazem falta á blogosferazinha.
O chavão (esquerda ou direita), se nos ficarmos apenas por aí, é muito pouco. Há bastos exemplos em vários países de governos de esquerda decentes e de direita para esquecer, e o contrário também. Quando vamos comprar o pão e as batatas ninguém nos pergunta se somos de esquerda ou de direita, querem é os euros correspondentes. A esquerda e a direita são duas categorias que, como sabe, surgiram na Assembleia dos Estados Gerais da Revolução Francesa, em 1789. No essencial, e que se prolongaria no tempo, estes conceitos marcaram duas posições quanto à justiça social. Daí para cá muita água correu por debaixo das pontes, a política saiu dos estados-maiores das forças políticas para se alojar nos estados-maiores das forças económicas, no pós mundo bi-polar o neo-liberalismo passou a dominá-la. E não será com conceitos anacrónicos e com líderes de pacotilha, analfabetos politicamente (e às vezes quase literalmente) que vamos lá, por muito de esquerda que se digam. Veja no Brasil qual foi a estratégia de Lula, não afrontar ninguém SÓ pelo slogan de esquerda, mas fazer uma política pragmática, imbuída de valores (de esquerda) em favor das pessoas. Há outros sítios em que SÓ o slogan de esquerda conduziu ao desastre, outros em que a direita mais facínora conduziu à tragédia. Não é preciso referir nomes, você sabe.
Nós cá também temos um sindicalista pragmático com valores de esquerda (um Lula à nossa medida), o António Chora, na AutoEuropa, que negoceia permanentemente com o «inimigo». Mas um só é pouco, tem pouco peso. Os nossos partidos, ditos de esquerda, nem se dignaram ir falar com a troika, nem que fosse só para exporem os seus pontos de vista. Elucidativo da esquerda que temos. A direita foi lá para dizer que aceita tudo, e que ainda quer mais, pois o que lhe interessa é apenas deitar a mão ao pote, apesar de este já estar vazio. Temos de construir massa crítica para sairmos deste círculo vicioso (deste circo indecoroso), não me pergunte como, mas alimentando, eleições após eleições, sempre o mesmo esquema é que não nos leva a lado nenhum. Há dias o Prof. Jorge Miranda, um dos protagonistas da actual Constituição, de 1976, dizia que já tem votado em branco, sempre que não encontra a mínima razão para escolher alguém. Acha que é perfeitamente legítimo, e concorda com a proposta que um colega dele fez há pouco (não consegui perceber o nome) de o parlamento ter lugares vazios correspondentes a esses votos, pois são votos explícitos, claros, de quem fez uma escolha criticamente. É evidente que os partidos não irão aceitar isso. P. S. A revista Sábado traz uma interessante entrevista com Almerindo Marques, em que este, para além de desmascarar dois cromos dos «media» (M. Crespo e J. Rodrigues dos Santos) diz o seguinte da esquerda e da direita: «a nossa esquerda é imbecil e a direita é reaccionária até à medula». Com o que eu concordo.
Ó Manel, Eu até tenho medo de falar consigo porque sei dos seus dotes para a correcção. Mais, je m'en fous. Diga-me lá de que serve um cartão vermelho? Nunca ouviu dizer que uma descompostura numa cara sem vergonha é uma barrigada de riso? Pois é. Ficavam-se a rir de nós, a dizer que nós é que somos os culpados porque não nos interessamos. Ainda dáva-mos muito dinheiro a ganhar a muito analista político, social, económico, histórico, etc. E, dependendo de quem tivesse mais votos, ainda podiam chegar à conclusão, que não vale a pena votar, nem estar a gastar dinheiro com eleições. Uns colégios eleitorais quaisquer serviam para resolver o problema. Que vamos ter de nos sujeitar às regras, isto se a finlândia não se opuser, é verdade, mas mesmo assim é muito importante saber se nos vão cortar os pés ou a cabeça. Além disso eles não podem impor nada. Quem decide é o nosso parlamento. Eles aconselham, dão pistas, põem-nos uma lebre à frente. Mas nós podemos se uns coelhos bravos com GPS, e fintarmos os caçadores. Quanto a o Sérgio Godinho, sempre gostei muito dele (e até está melhor com a idade, e sabe que acho que ele tem semelhanças dom o n/anfitriâo?).Tem umas letras lindas, tem um método especial de respirar quando canta e escreve muito bem. Sabe que o professor num programa de "O Sexo Dos Anjos" (que disse q tb ouvia) fez a análise de um livro(inho) dele? Mas o Sérgio sempre .teve numa boa. Lembra-se de quando ele foi preso no Brasil?
Tenho um texto escrito sobre os 3 dês do 25A e sobre o poder do povo, que é muito, Sobretudo quando encarneirado nas manifestações, para servir as oligarquias, mas não me apetece dar-lhe a volta. Talvez mais tarde.
Gente ingrata! ninguém me disse se as dicas que eu dei deram resultado. Eu sei que não sou professora, mas a ana soube agradecer ao Bartolo, aqui há uns tempos atrás.
E o Almerindo Marques fez a reestruturação da RTP, com ordenados de afrontar qualquer pessoa, e agora deixou as estradas de portugal porque não tinha a guita que queria.
Eu não simpatizo com a arrogância do JRdos Santos(aí está um que nunca votou para não dizerem que ele tem partidos), mas compará-lo com a alimária facciosa que é o encrespado, valha-ma deus! Não o tenho visto, será que ele está de férias? Depressa se zangou com o Medina.
Mini? Imperial, sff! Como dizia o Prof. no programa do Dom. de Páscoa (mais ou menos isto): uma sociedade que se organiza numa lógica de fazer mais ricos os mais ricos e mais pobres os mais pobres só pode ser muito violenta - uma violência imperial, portanto.
Ana O Sócrates tem cão? Acredito! Quem não tem gato caça com cão. Qual será a marca? Cão de água? )) É o que traz um lenço ao pescoço às riscas azuis, brancas e vermelhas com muitas estrelinhas? Sim, porque a net é a cores . Cores vivas – serve? Não sei porquê, agora lembrei-me do Bart!...
Anfi We can’t allways get what we want, mas texto para ler é coisa que não vai faltando por enquanto. E, enquanto houver o que precisamos, o resto imagina-se!
Pedro Quase não te reconheço – agora tens um nick ENORME. E depois fazes perguntas que não são para responder , outras que não têm resposta e outras a que não sei responder – e, porque uma trilogia nunca vem só, ainda misturas as ditas questões com laranjas que se atiram ao ar . Não consegui apanhar nenhuma. A ver se te explicas!... Mudando de conversa: em que partido vais votar ? )))
Anedota do dia Fui fazer o cartão de cidadã. Primeiro, estou mais alta! Fantástico. Segundo, os meus indicadores já não têm impressão digital legível – não sei se posso continuar a teclar tanto assim! Foi lá outro cidadão que também não tinha as ditas impressões por contar muitas notas em tempos idos. Perguntei se era o Sócrates. Disseram-me que não, que era um caixa do BPN ! E eu, agora que já não deixo impressões (nem boas, nem más), e com a crise que se instalou, vou passar ao assalto. Mais uma coisa em que não sou a primeira. (Ainda a Ana me convidou para líder – para não votar em mim, ainda por cima!). E digo que não sou a primeira porque, também com a crise que aí vai, fui assaltada. Cheguei ao monte para passar a pausa letiva da Páscoa e zás! um assaltante tinha-me levado uma botija de gás gigante a estrear. Também não foi a primeira vez que perguntei: porquê eu?! Bom…hoje não me apetece falar de política. Ao cinema não fui. De amor também não. Apesar de tudo, Pedro, bjs Para os outros abreijos (já cá faltavam)
o Medina é que se zangou com ele, ao entrar para o programa discutiram e foi cancelado. Eu nunca fui à bola com o Crespo, o Medina é também um bocado arrogante, mas é certeiro nos números macro, que ninguém desmente, ignoram-no, simplesmente. Do R. dos Santos não gosto, francamente.
Esqueça por favor, DEFINITIVAMENTE, o medo de falar comigo. Quanto à correcção, é o mínimo que devo fazer. Se não respeitar os outros, como quererei ser respeitado por eles? Quanto aos seus argumentos, nem os contexto, eles falam por si, e, no fundo, dão-me razão. Analise-os bem.
Eu não atinei com as sugestões. E agora vai fazer-me passar pela vergonha de expor publicamente a minha ignorância informatica:) Primeiro não sei a que bloco de notas se refere. Segundo, não descortino como posso por a identificação e só depois escrever; para por a identificação eu tenho que carregar primeiro no "publicar o seu comentario" e depois já não consigo voltar para trás. Está a ver? Agora estão todos a rirem-se de mim:)
Eu também não vou muito à bola com o encrespado mas ao menos ele não escreve aqueles livros horriveis do JRdos Santos. Eu li A Filha do Capitão e fiquei traumatizada:) Desde então, sempre que o vejo a apresentar o telejornal mudo de canal. Juro. Não estou a brincar. Mudo mesmo.
Caidê:
Não sei a marca do cão e muito menos a cor da coleira:) Só sei que tem um apetite voraz e que se tramou totalmente ao comer o diploma de curso do dono. Ele nunca lhe perdoou!:) Aliás, ele agora anda à procura de um novo dono. O cão entenda-se.:)
Manuel, Está a ver como eu tinha razão? Está a chamar-me mal educada, quando isso nunca me passou pela cabeça. Eu estava a referir-ma à correcção de textos, dada a forma brilhante como escrevo, mas V. foi logo para o meu outro eu. É sinal de que não escrevo assim tão mal. Obrigada.
O Manuel só uma vez, melhor duas vezes, corrigiu alguém aqui. E esta alguém, fui eu:) Mas eu chamei-lhe chato e ameacei-o que nunca mais lhe mandava musicas. Remédio santo! Nunca mais corrigiu ninguem:)))
Não, não conhecia as origens da categorização entre esquerda e direita. Se conhecia, pelo menos não me lembrava. Obrigada. Aprendo muito por aqui e por todo o lado. Fico perplexa, por exemplo, com as coisas que a Anfitrite sabe e ainda mais com o que se lembra. Eu, que já tive uma boa memória e desde que os meus filhos nasceram que comecei a perder memória de curto prazo, delicio-me com as coisas que a Anfitrite conta e com as coisas de que se lembra.
Sabe, parte do nosso drama é mesmo essa que aponta. Uma esquerda com líderes "de pacotilha". O que se passa é que eu tenho esperança que eles ganhem juízo e assumam as suas responsabilidades, ou por pressão nossa, ou por pressão interna. E tenho esperança, também, que se esses partidos tiverem uma boa votação, se sentirão encostados à parede e pressionados a negociar para formar governo. Tenho esta esperança porque é a única luz que vejo ao fundo do túnel.
Não me preocupo muito com o que diz ou pensa o Jorge Miranda relativamente ao voto em branco. Nem ele nem ninguém. Sou pragmática: olho para esta realidade, leio os números e vejo que se quero ter uma palavra (ainda que muitíssimo pequena) a dizer, não posso dar-me a esse luxo. Além disso tenho um gene qualquer estranho que me impede de desistir.
Quer uma nova realidade? OK, vamos a isso, mas esta é a que temos agora e é com esta que temos de lidar. Depois de 5 de Junho trabalho consigo para uma nova realidade, se quiser.
Desculpe-me, mas não percebi nada do que quis dizer. Eu a chamar-lhe mal-educada? Mesmo que o tivesse sido (e nunca o foi) acha-me capaz disso? Para mim, argumentos contrários são isso mesmo, só argumentos, valem o mesmo que os meus, as pessoas são outra coisa, e valem sempre mais do que os argumentos, pois podem mudar de argumento, por isso é que nas discussões as tentamos convencer.
P. S. O meu comentário das 07:54 PM, em resposta à Anfitrite, tem uma gralha. Contesto (do verbo contestar) é com S e não com X.
É claro que o aumento do diálogo entre os diferentes sectores oferece uma interessante oportunidade para verificação das formas de acção. O cuidado em identificar pontos críticos na constante divulgação das informações possibilita uma melhor visão global do sistema de participação geral.
Ana, você fez-me realmente rir. Se você não tem bloco de notas no computador é pq já está muito mais avançada do que eu e já não tem o Windows ou qq coisa parecida. Quando você carrega, na barra de tarefas,em baixo, em iniciar, aonde tem o símbolo do windows(um tipo de bandeira com as cores vermelho, verde, azul e amarelo. Carregando nesse iniciar, abre-se uma lista de programas , um deles é o bloco de notas,que tem o símbolo de um bloco, com uma argola em espiral e tudo, tem também o símbolo para abrir o correio electrónico, etc. Mas v. pode copiar um texto para qualquer lado. Até pode fazê-lo como se fosse uma nova mensagem que pode guardar nos rascunhos se quiser. Também pode copiá-lo para o Word e por aí fora.
Quanto à identificação pode fazê-lo em qualquer altura. Se usa a sua conta deo Gmail, v. abre o seu correio normalmente identificando-se e verá que qd for escrever no blogue já aparece lá a sua identificação.
Para não perder os textos pode escrever, como se fosse uma mensagem, ou no word, ou no bloco de notas. Depois copia o texto carregando no botão do lado direito do rato, e uma das hipóteses é copiar. Clica no copiar e o texto fica a azul. Depois para colocar esse texto na caixa do murcon, v. minimiza as outras janelas, as q tiver abertas, carregando no sinal menos, que está no canto superior direito das páginas que estão abertas. E as páginas ficam guardadas na barra de tarefas em baixo, com o respectivo nome. vai à caixa do murcon e cola lá o texto, e depois clica em visualizar ou em publicar, conforme quiser. Se por acaso não estiver ainda identificada pode fazê-lo e mesmo que perca o texto ele está guardado onde escreveu inicialmente. se a publicação falhou, abre de novo o blogue vai buscar o texto onde o escreveu inicialmente, maximizando a janela, para isso basta carregar, na barra de terefas em baixo no nome res pectivo. Parece difícil mas não é. Imprima estas instruções ou copie-as para outro lado e escreva-as à sua maneira. pq já estou identificada escrevi isto sem ver, deve estar uma baralhada. mas depois corrigo.
Manuel, desculpe lá, a culpa é minha porque não percebe o meu retorcido sentido de humor. Diga-me o que consta do seu currículo como actividade secundária(?). A ana entendeu o que eu quis dizer. Vou tentar inscrever-me na Universidade onde esteve para tirar um curso avançado de ...Terei de ser mais clara?
Quanto ao comentário anterior em que lhe respondi estava a brincar, partindo do princípio que, se não acha que eu escrevo mal, só posso ser mal-educada. Será que me fiz entender?
A correcção que lhe fiz duas vezes tinha outro significado, foi feita noutro contexto (este contexto é que é com X). E não foi por me ameaçar que não repeti, foi porque não costumo estar sempre a corrigir os outros com ar professoral, só se for para os provocar (no caso de eles merecerem, estarem a pedir, a provocação, o que não foi o seu caso). Mas é evidente que não gostava de ter sido ostracisado por si, muito menos de perder as suas músicas maravilhosas.
Aqui ficam algumas (com dedicatória) só para os mais assíduos, os ocasionais parece que desistiram):
Ana b. «Eternity And A Day»: Eleni Karaindrou http://www.youtube.com/watch?v=Yz12AHWMFNE
Anfi «Marido de dono»: Neyma (a Diva da Kizomba - Moçambique) http://youtu.be/ecuaJAtRyVA
Caidê «Big yellow taxi»: Johnny Mitchell http://youtu.be/ZgMEPk6fvpg
Tangerina «Blue Tangos»: Paolo Conte http://youtu.be/25hdicMcths
Afinal eu tinha bloco de notas no "Iniciar". Só que dizia sticky notes:)))) Mas agora percebi! Tem de ser explicado como se eu fosse muito burra:) Mas dado o adiantado da hora, só irei testa-lo amanhã. Depois dir-lhe-ei se foi suficiente:)))
Manuel:
Adorei a minha musica. Acertou como sempre! Para troca envio-lhe uma das minhas musicas preferidas de sempre, aqui cantada em dueto. Vi-os há dias no mezzo e fiquei emocionada com tanto talento. Desculpe a gravação não estar boa mas não encontrei melhor,
http://youtu.be/gIDaxN2pi
Aqui fica a mesma musica mas numa versão mais direitinha:
176 comentários:
25 de Abril SEMPRE!
Prof.
Seríamos em número suficiente para formar um novo partido: cépticos a quem nunca ocorreu que o povo tão pouco viesse a ordenar anos e anos depois(quiçá incluindo nesse povo o povo que é português e diz governar o seu povo).
Fora-de-Lei
Depois de amanhã só haverá outro decorrido que seja um ano civil.
Também vi e ouvi...e fiquei com uma enorme nostalgia.
Também nunca me ocorreu...
E por isso mesmo o desencanto aumenta:(
Vi partes do programa e gostei muito em especial as entrevistas...
Caidê:
Desculpe-me desconfiar da diferença que seria um partido liderado por si.
E fico triste por não ter respondido concretamente à questão que lhe coloquei.
E sabe porquê? Porque reconheço nesse seu gesto, aquilo que fazem os partidos, a quem a Caidê tanto critica: quando confrontados com afirmações que fizeram e que foram postas em causa, e ao invés de se explicarem claramente ou de reconhecer o seu erro se for o caso, preferem responder ao lado, com discursos vagos e rebuscados, embora corretos.
Prof:
Também não a mim. Mas não deixo de me congratular com o 25 de Abril. Apesar dos desaires e dos dissabores,estou convicta que foi a melhor coisa que aconteceu a Portugal.
FDL:
Estou consigo:)
Caidê
Eu assino de olhos fechados.
Vale a experiência!
Ana
Definir sociologicamente um grupo não é chapa 3. Um grupo pode formar-se em torno de um objectivo a cumprir e a ser avaliado ao fim de um tempo - o previsível para a sua implementação.
Se os partidos são projetos, então diga-me qual o projeto de cada um - de preferência antes do dia 5 do mês 6 do ano em curso. Qual deles tem por projeto deixar o povo sem qualquer proteção social? Qual deles pensa em criar as condições para empoderar todos os cidadãos? Qual deles crê paternalistamente que todos somos cidadãos, embora uns mais que outros?
Posso votar em mulheres/homens cuja acção política conheça. Não tenho que votar em partidos. Por exemplo. Sou muito Ghandista - tá visto!
Não gosto de funcionar com os referentes mais comuns - se puder fugir um pouco à assimilação (aculturação) escolho ficar indígena.
Não alieno as minhas utopias.
Posso votar na minha escola e na minha fábrica em torno de opções concretas. Não quero sentir-me representada a toda a hora por quem sei que na hora "agá" não me representará no que penso em relação à justiça social e ao caminho para o desenvolvimento sustentado e ao respeito pelo ambiente.
Mas, Ana, não estou aqui a teclar para me colocar de acordo ou em desacordo consigo ou outrem. Entendo que espaços de exposição de ideias e reflexões são saudáveis e faço-me a eles - nada para além disso!
FDL, subscrevo. Viva a Liberdade!
"O Povo é quem mais ordena..."
Parece-me que José Afonso pretendia convocar o povo para a ação.
Se o povo não se deixa convocar é uma pena, possivelmente que está entretido na árdua tarefa de se auto promover a burguês.
Realmente assim, sem povo para ordenar vai ser uma caturreira, sei lá...
Podia ser o Movimento da Igualdade Transversal. Estou a brincar é claro! Embora a sigla de um partido e o debate para chegar a uma comunhão de vontades pode de uma forma simples começar pela sigla. Ou apenas M.U.R.C.O.N.
Isso não interessa.
Gostava de assistir ao debate.
Se me deixarem!
Os Povos são quem mais ordena!
Caidê:
É claro que o seu objetivo não passa por estar de acordo ou desacordo comigo ou com quem quer que seja.
Mas para que a exposição de ideias e relexoes seja, no mínimo, elucidativo e já agora também produtivo, convém que se consiga explicar as afirmações que se faz.
Senão, mais parece que andamos aqui a arrotar postas de pescada. E para isso já temos os partidos, mestres nessa arte.
E exatamente por não ver nenhum projeto, mas acima de tudo, pessoas com idoneidade para os executarem é que irei votar em branco, como já aqui disse largas vezes.
25 de Abril SEMPRE.
Não creio que os que se viam forçados a recorrer a uma saúde miserável, quem trabalhava logo após a instrução primária, quem se coibia de emitir opinião com receio de ser denunciado, quem demorava 6 horas de viagem de ida e volta a Coimbra para visitar um preso político, quem era despedido sem justa causa, quem recorria a "curiosas" para fazer o "desmancho", quem vivia escondido por ter uma opção sexual diferente, quem não tinha meios para usar a justiça na defesa dos seus direitos, quem nem sequer estes tinha, etc., etc., possa estar de acordo com o último parágrafo do post.
O 25 de Abril trouxe a liberdade de escolhermos o nosso futuro. Bem ou mal tem sido o Povo que o tem feito. E, por isso, tem sido ele "quem mais ordena".
José Rocha
Ana, então entra na abstenção é o verdadeiro voto ecológico. Poupas papel, transportes e tempo. E a paciência da mesa de voto.
25 de Abril sempre.
(e só se consegue votando)
Pedro:
A diferença entre abstenção e voto em branco, é para mim por demais evidente. Não vou voltar a esta questão. Já foi suficientemente debatida aqui. E como é salutar, houve opiniões dispares. Embora todas amplamente justificadas, condição indispensável para poderem ser consideradas.
"mas ordena, perdendo o (r)"
25 de Avguil sempegue. Não estou a brincar.
JFR,
É evidente que as coisas melhoraram, mas considero que discursos desse teor são "perigosos". Porque levam a que nos acomodemos, que achemos que somos livres porque de 4 em 4 anos votamos em determinadas forças políticas, em suma, em última análise podem até levar à demissão da nossa participação cívica.
Ser livre é poder votar de 4 em 4 anos? Durante as campanhas eleitorais os partidos esmeram-se em fazer as mais espatafúrdias e inconcebíveis promessas e todos sabemos como há sempre gente incauta que nelas cai. Uma vez no poleiro, as promessas vão ao ar e pouco se preocupam com o cidadão comum e com o país. Preocupam-se com eles próprios e com os amigalhaços:(
E o povo não tem voz; quando se manifesta, os senhores do poder logo afirmam que é gente manipulada e instrumentalizada por forças antipatrióticas.
Claro que ordenamos pouco, pouquíssimo. Então agora não ordenamos mesmo nada, o FMI fá-lo por nós.
É muito triste, mesmo, que nos tenham conduzido a este estado.
Pode haver outra revolução mas o feriado continua. Embora o sistema eleitoral pudesse evoluir e aí está o cerne do problema. Não poderei eu confiar em duas candidaturas no mesmo voto? Andorinha, está resolvido o problema! Vou ler-te:).
Se quiserem posso fazer um desenho!
Ou pedir para traduzir!
No um de maio já ninguém se lembra, deste dia. No Natal Talvez!
Um grupo de 74 portugueses nascidos depois de 74 assinou um Manifesto para que a revolução de Abril não seja esquecida.
Deixo aqui um excerto de uma entrevista.
Este manifesto é um grito de alerta?
Sim, de preocupação de gente que não existia no 25 de Abril de 1974. Vivemos num tempo em que quem manda é o FMI e os consensos alargados. Democracia não é isso, pressupõe debate e discussão de ideias. Era bom que neste momento eleitoral os partidos apresentassem alternativas e as pessoas decidissem. O que estamos a ver é uma espécie de apagamento do processo eleitoral. Convinha que os partidos fizessem política e não arranjos prévios. O manifesto é também um convite a que as pessoas saiam à rua, cada um com os seus activismos, para manter vivo o património cívico e simbólico do 25 de Abril que está em erosão.
Como se vê/lê, não sei se vivemos em democracia...
Só não assino porque não tenho idade:)
Hasta mañana.
Para quem quiser ver com outros olhos:
http://www.fbernadet.org/cat/home.html
Andorinha:
É por isso que irei votar em branco. Vou lá, dobro o meu boletim e coloco-o na urna. Este meu gesto diz que eu não me revejo em nenhum daqueles partidos, nem nas pessoas que por eles dão a cara. Que não confio neles o bastante, para me representarem nas decisões a tomar. Que não lhes reconheço idoneidade moral para governarem um país.
Mas o meu gesto diz também, que reconhece legitimidade ao sistema democrático. Que embora com defeitos é a unica alternativa que se me afigura válida.
Vota em branco, Ana é um direito que te assiste. O Mundo por vezes mais parece um concurso televisivo. Convenceste-me!
Ana
Os burgueses e pequeno-burgueses arrotam talvez o que dizes. Outros só arrotam a fome que têm.
Caidê
Boa Sorte, para o teu espaço Feudal!
Caidê
Não tens tempo para te informar. Entendo;)
http://www.reuters.com/article/2011/04/25/us-libya-airstrike-compound-idUSTRE73O08620110425?WT.tsrc=Social%20Media&WT.z_smid=twtr-reuters_%20com&WT.z_smid_dest=Twitter
http://www.lasrecetascocina.com/2011/04/25/bacalao-con-huevos-y-pasas/
A geração que mais se identifica com o 25 de Abril porque o vivenciou não pode por si só tudo fazer.
Esta nova geração desconhece na totalidade o 25 de Abril,a sua verdadeira génese,os seus intervenientes,etc.
Nas escolas o interesse em chegar a esta parte da História é nulo e todos se escudam que o programa é longo e não chega para falar nestes acontecimentos...vale mais a pena decorar todas as especiarias e rotas que no futuro nos são sempre úteis!
O povo pouco ordena porque este povo de brandos costumes a tudo se adapta.
E quem muito deseja ordenar é comunista,sindicalista e não apenas incorformado!
O Zeca foi um grande letrista com quem muitos em tempos se identificaram mas muitos por exemplo nem tão pouco sabem que este Homem de múltiplas sensibilidades morreu em sofrimento profundo.
Hoje o 25 de Abril é apenas e só mais um feriado.
Fica a minha homenagem a todos quantos ainda se insurgem e recordam o 25 de Abril como o dia da viragem,a oportunidade da dar voz a um povo imensamente pobre,com pouca formação e altamente explorado!
http://www.gastronomiaycia.com/2011/04/25/hoy-cocinas-tu-aceitunas-alinadas/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+GastronomiayCia+%28Gastronom%C3%ADa+y+C%C3%ADa.%29&utm_content=Twitter
Sónia
Nas aulas de história a estória acabava aí. Porque era necessário dar 50 anos. E isto foi à 20 anos. Será que ainda vamos a tempo de valorizar as grandes mudanças. Claro que sim!
Professor, esse hábito de ler o Publico on-line e depois ler a versão impressa no café e ainda por cima levá-lo para casa não é um bom comportamento social. Mais pessoas o vão querer ler.
Viva os 40 e a mim só me faltam 6.
Caidê:
Cada vez me convenço mais que você daria uma otima dirigente partidária: É inteligente, culta e domina na perfeição a arte da retórica e da demagogia.
Mas não levaria o meu voto:)
Prefiro confiar em pessoas que se mantenham rente ao chão e proponham alternativas menos espetaculares mas exequiveis.
Como diz um amigo meu:
Na pratica, a teoria é outra.
:)
O povo é como um elefante amestrado... no mais profundo do seu íntimo, sente o apelo selvagem da liberdade, mas ainda não descobriu a força da sua vontade. Tal como o elefante de circo, a quem o tratador alimenta e depois exige que se sente, que levante as mãos e a tromba... também ele se ilude e baralha com o discurso do apresentador e as luzes de palco.
Senhorrrrrrassss e senhorrrrreessss, meninassss e meninooosssss, prrrrezado público, vamossss asssistirrr de novo, no prrrróximo dia 5 de Junho... a mais um marrravilhoooso nº do nossssooo elefante amestraaado.
Não perrrcam por favorrrrr e deliciem-se com as crrrruzes que o nosssso elefanteee amestrrrrado é capazzzz de desenharrrrr numa folhaaaa de papel!!!!
Será este o tal elefante branco de que tanto gosto?
Talvez a minha amiga ana tenha resposta para esta pergunta...
;)
Por vezes é preciso escrever em português antigo para melhor as pessoas perceberem! ViVa os Capitães de Abril!
http://www.dailymotion.com/video/x2i1lm_zeca-afonso-grandola-vila-morena-12_music
Paraseando o Baptista Bastos:
Onde é que estavam quando foi o 25 de Abril?
Eu andava a passear a minha ignorâncis politica no 2º ano do ciclo preparatório, bem no meio do Atlântico. E com os olhos bem tapados como convinha. Nem fazia a mais pálida ideia do que se passava à minha volta. Recordo-me de nesse dia haver um ligeiro borburinho, mas mesmo muito ligeiro, e dos meus pais passarem o dia colados à rádio.
Escrevi bem: à radio. É que naquela altura não havia televisão nos Açores. Só dois anos mais tarde é que tivemos a companhia da dita caixinha. Toda a minha infância e parte da adolescência foi TV free, o que só me fez bem.
Por isso ainda hoje vejo as imagens da revolução e parece-me que estou a assistir a algo fisicamente longínquo. E infelizmente, também cada vez mais, ideologicamente longinquo.
Mas porque acredito que o povo unido jamais será vencido:
http://youtu.be/RTuv6LfOQrU
Deixo a sugestão para quem vive no Porto e arredores. Esta fantástica pianista estará hoje na Casa da Música. A não perder, portanto.
OU isto:
http://www.dailymotion.com/video/x1we4l_zeca-afonso-grandola-vila-morena_music#from=embed
Bart:
Oh homem! Vá ao mail!!!
Não a esse. Ao outro!
Credo! Tem que se lhes explicar tudo. Tanto elefente branco e depois são do mais básico que há!
Ana
http://www.youtube.com/watch?v=AnpOux3jN64
Demagogia é tudo aquilo que abomino. Onde estavas nos anos 70? Na escola primária?
Muitos jovens de então acreditaram com veemência num certo projeto de sociedade e militaram em associações de estudantes, de moradores, de trabalhadores, em estruturas sindicais, em partidos políticos, em movimentos de ação católica, ...
Demagogia é um chapéu que não me serve. Falo com as palavras que sei e a isso não chamo retórica, porque não me fico por as dizer - eu faço, quando tem de ser feito.
Creio que só se compreende de au-dedans, fazendo observação participante. Tens alguém desempregado em casa, por exemplo? Já trabalhaste numa fábrica? Já ocultaste a tua formação académica para arranjares um trabalho a ganhar o ordenado mínimo para dares teto e alimento à tua filha? Já passaste fome? Já fizeste alguma greve de fome porque esses dias sem alimento te doíam menos que os dias de fome real a que te destinavam mais perpetuamente? Já fizeste política do quotidiano realmente? Vivência opõe-se a demagogia, cara Ana. Em vivência não temos alternativa senão criar alternativas. Em momentos de dureza vivencial ou vivemos ou morremos e quando não foi fácil dei comigo a pensar que, se calhar, estaria onde era preciso – sobre certas realidades, pelo menos, deixaria de falar de cátedra e manual. Raramente pude usar só a cabeça, estive em muitas situações de “corpo e alma”, no choice!
Mas ser líder só por contingência. Não terás de escolher se me darias o voto que dizes não dar. E apesar de cada um de nós ter tido as suas vivências (mais ou menos confortáveis) num dia como o de 25 do mês de Abril alegra-me poder estar em identidade com os que clamam por mais justiça social. E como o sectarismo é abominável não me aproximo ou distancio de ninguém pela sua filiação partidária, mas procuro observar pontos de contacto entre o que pensamos.
Pedro
É dia - não vás dormir já. Não te deixes "enformar", jovem. Bjs
Bjs
Caidê:
O seu discurso fez-me lembrar a dita criança a correr atrás da galinha com a migalha na boca. Como vê, tem muitos pontos de contato com os politicos que tanto abomina. Mas eu não vou entrar por aí. Recuso-me andar a comparar quem já viu mais miséria. É a isso que eu chamo demagogia.
E acho que numa coisa estamos de acordo, na necessiadade de mais justiça social. Diferimos é na forma da lá chegarmos. Para si é num regime sem partidos. E foi aí que divergimos. Tudo o mais foi folclore trazido aqui por si para evitar explicar como pode um regime democrático sobreviver sem a existència de partidos. Apenas isso. A isso chamo retórica.
Quanto ao Lula e apesar do seu mérito, não se esqueça que até ele teve de comprar votos no Congresso para conseguir levar a agua ao seu moinho.Recorda-se do"mensalão" certamente. A propósito, recomendo-lhe um excelente artigo do Miguel Sousa Tavares na sua coluna habitual do Expresso desta semana e que explica e muito bem, na minha pespetiva, o sucesso do Lula.
Caidê,
Também perdi um texto. Paciência. E ás vezes, ainda bem.
Fica isto:
http://www.youtube.com/watch?v=4Z9WVZddH9w&feature=related
Só temos o que merecemos! se queremos mais e melhor ha que lutar por isso, deixarmos de criticar, dizer mal de tudo, achar que o que se passa la fora é que é bom. Vamos acreditar em nós, e no que sabemos fazer, era bom se fossemos mais patriotas. Viva a Liberdade! de falar, de cantar, de expressão, de criticar, de dizer não, de dizer sim, de sermos nós proprios.
Eu entendo que o povo, ou seja nós todos (não devemos falar como se não fossemos parte integrante dele), manda hoje exactamente o que mandava há 35 anos atrás. Pouco. Porque vota de 4 em 4 anos, escolhe um grupo a quem passa carta-branca para fazerem o que querem e entendem. E depois não fiscaliza, não questiona o grupo pelo que faz. Normalmente até se vão demitindo de intervir civicamente, que é o que vem acontecendo progressivamente nos últimos 20 anos. Por isso manda o mesmo, que é pouco, mas ainda manda menos porque se foi demitindo do dever cívico.
Para fazer uma pausa:
http://www.burnmagazine.org/
http://www.youtube.com/watch?v=wTL0t_HHkZI&feature=player_embedded#at=248 para inspirar...
Bons Mergulhos...
A vida dá muitas voltas:
http://www.youtube.com/watch?v=RhmlgzEFNqA
Keep Going!
Ana
Deixe lá a galinha. A migalha é mais dramática. E pela criança (que tanto aprende por imitação) vale a pena a aposta na assertividade e na delicadeza do diálogo, mesmo porque uma atitude de respeito pelo outro nos convida a aceitar a sua plena LIBERDADE, o que inclui a liberdade de ele se pensar e de ele pensar a vida social e política numa grelha de leitura que é a sua e que terá construído sem imposição, nem pressão social.
Haverá como outro ponto de contacto entre nós que ambas discordamos da ditadura de opinião?
Olhe, gostei do discurso de Jorge Sampaio. E sabe que mais? Dia 5 de Junho vou votar, embora seja no quotidiano que menos consigo ficar indiferente.
Pedro
Tb já perdi uns comentários. E desde quando são os nossos comentários tão importantes que possamos lamentar terem ficado perdidos? Escrevem-se outros, ora bem! Se bem-dispostos melhor. Se ofensivos ou agressivos nunca.
Caidê,
Buenissimas escritas...
http://www.youtube.com/watch?v=2x7rPmw6vvI&feature=player_embedded
Nunca se sabe. Ficamos na ignorância que também não é pior.
Bons Partidos;-)
Provocatórios, sempre...( ou melhor, bons catalisadores)
Ana, convenceste-me a ir votar!
A usar a caneta de uma forma útil. Custa mas vale a pena!
ana b.,
Na maior parte das vezes, identifico-me completamente com os seus comentários; às vezes tenho até uma sensação estranha de estar a ler exactamente aquilo que eu penso, tal como eu o diria. Aprecio.
No entanto, no que se refere ao "voto" em branco, não poderia estar em mais desacordo consigo. O conceito de "voto" em branco começa logo por gerar um imenso equívoco por se apelidar de "voto". Só se apelida de "voto" porque se deposita o papel na urna, mais nada. Aquilo não é um voto. É uma abstenção camuflada. É um engano. É um embuste. É chegar lá e quando se está quase, quase, a escolher, dar um passo atrás.
O "voto" em branco é uma maneira cómoda de acalmar a consciência. É dizer: "eu não sou como os outros, não sou abstencionista. Eu saio do conforto do meu sofá e vou lá; vou à mesa de voto e voto". Vota nada! Abstém-se e permite que outros escolham por si. Demite-se de ajudar a escolher o destino do seu país e do seu povo e nem sequer o admite. É uma demissão com um emoliente para o ego.
A tirinha da Mafalda que o Manuel aqui trouxe, fantástica, é uma das que eu mais gosto. Esqueceram-se foi de ler tudo. É que essa tirinha não tem por base o voto em branco. O pai da Liberdade vai votar. Teve dificuldade em escolher, andava com uma cara o desgraçado :-), mas escolheu.
Tenho para mim que a maioria dos votos em branco e dos abstencionistas são gente de esquerda desiludida com o destino do país. Se assim é, porque razão contribuem, efectivamente contribuem!, para aumentar o percentual dos votos de direita e assim afastar ainda mais os destinos do país dos seus ideais? Lamento, Ana, mas não faz sentido.
Se todos os abstencionistas de esquerda (reitero que o "voto" em branco é uma abstenção camuflada) votarem à esquerda do PS, BE e CDU conseguem percentuais históricos. Se todos os desiludidos de esquerda, mesmo todos, votarem na esquerda, imagino que conseguirão até dobrar os percentuais anteriores destes partidos. Isso fará com que, apesar dos números absolutos se manterem, os percentuais da direita diminuam. Imagino/gostaria/espero que neste caso, o PS (mesmo este PS de Sócrates) se veja quase obrigado a fazer uma aliança de esquerda para governar. Por outro lado, imagino/gostaria/espero que BE e CDU se vejam obrigados a adoptar uma postura mais responsável, porque terão uma oportunidade única para influenciar a governação. Pode ser que sim; pode ser que não. Mas pode ser que sim! Pode ser que sim. Porque não tentar?
http://www.youtube.com/watch?v=kNeTeudeygQ
Tangerina
Tora, és tu! Saudades!
Tangerina
Delighted! Que o PS te ouça!
Caidê:
A questão não está em aceitar ou não outras leituras do nosso sistema politico. Está em você ter tão prontamente discordado de mim sobre a inevitabilidade da existência dos partidos numa democracia, sem que soubesse propor alternativas. Eu só a questionei sobre isso.Mais nada. E apenas porque fui interpelada por si. Tudo o resto foi aqui trazido por si. Embora a fulcro de questão continue por respender. Mas eu já me resignei. Todas as pessoas que eu questionei não souberam propor alternativas. Pelos vistos, você também não.
Já agora também acho importante ensinar à criança, que não basta discordar. É preciso saber fundamentar a nossa opinião. Condição fundamental para que a outra pessoa a aceite. Quer concorde, quer não.
Tangerina:
Não está sozinha nesta sua posição. Ainda há poucos dias esgrimi-me de razões com a Anfi sobre isso. Não vou voltar a explicar as minhas razões. Inclusavemente, e por sugestão da Cêtê, passei um a um todos os partidos, justificando pormenorizadamente as minhas reticências. Se tiver curiosidade procure.
Compreendo os seus argumentos mas não concordo. Ainda não foi desta que me fizeram mudar de ideias. Mas estou sempre pronta a fazê-lo. Desde que me faça sentido.
Caidê:
Já que não leu os comentários atrasados, recordo-lhe como tudo começou.
Estava eu a dizer:
"Não há democracia sem partidos. E os partidos são feitos por pessoas. Filiadas ou não, para mim é apenas um pormenor."
Ao que você me interpelou ( eu não estava a dirigir-me a si):
"Não tinha lido esta: "Não há democracia sem partidos."
Totalmente em desacordo! Essa dos modelos prêt-a-porter não me serve. Quando ainda não se viu está na altura de inventar."
Ao que eu retorqui:
"Caidê:
Be my guest!
Confesso que não me ocorre como, mas estou sempre pronta para me render às evidências."
Resta dizer que até hoje ainda não conseguiu inventar. Apesar do alarido.
Tangerina,
1- Mas havia uma maioria de esquerda. Observe estes números.
Resultados de 2005:
PS-121 deputados
PSD-74 deputados
PCP-14 deputados
CDS-12 deputados
BE-8 deputados
Resultados de 2009:
PS-97 deputados
PSD-81 deputados
CDS-21 deputados
BE-16 deputados
PCP-15 deputados
Como se vê, esse cenário de que fala verificou-se sem 2009, com PS+BE+PC a obterem 128 deputados (em percentagens dá 54% dos três, contra apenas 39,5% do PSD+CDS). Destes 128 deputados é de notar que o PC conseguiu mais 1 deputado do que em 2005 e o BE mais 8, ou seja dobrou! o número de deputados.
Se nada disto trouxe uma viragem à esquerda ou um entendimento do PS com estes partidos, como é que o iria trazer agora, para mais com a imposição à priori de certas medidas que têm que ser obrigatoriamente cumpridas pelo próximo governo e com as quais o PCP e BE nunca concordarão?
2- Um aparte sobre o CDS: passou de 12 deputados em 2005 para 21 em 2009. Não dobrou, como o BE, mas teve um grande ganho que deverá manter ou até aumentar. É particularmente preocupante (para quem não se identifica com o CDS obviamente), porque o PSD teve quase a mesma percentagem em 2009 (29,11%) do que em 2005 (28,76%). Assim, o CDS não se limita a subir quando o PSD desce, mas está a conseguir conquistar votos à esquerda do PSD. São reflexos do descontentamento com o PS, mas também do trabalho do P. Portas, pessoa que me irrita solenemente, mas que pelos vistos passa uma imagem de firmeza e autoridade que agrada a muita gente.
Condessa:
O grande equívoco aqui é estarmos a considerar o PS como um partido de esquerda. Neste momento o PS, de socialista, só tem o nome.
Ana
Continuo a querer ser delicada ao pedir-lhe que mudemos o registo. Descobrimos que discordamos numa dada vertente de pensamento, mas devem existir muitas mais. Todos os desacordos são preferíveis a uma ditadura de opinião. Desculpe, então, o alarido, mas creio que não devemos incomodar os outros com ele - não está a ser construtivo.
Fique bem. Bom soninho para esta noite. E obsessão minha aqui vai outro Mantovani.
http://www.youtube.com/watch?v=v13uDrFEniY
Tangerina,
" O conceito de "voto" em branco começa logo por gerar um imenso equívoco por se apelidar de "voto". Só se apelida de "voto" porque se deposita o papel na urna, mais nada. Aquilo não é um voto. É uma abstenção camuflada. É um engano. É um embuste. É chegar lá e quando se está quase, quase, a escolher, dar um passo atrás."
Não é nada disso, é uma tomada de posição tão válida como qualquer outra. Não percebo porque fazem um bicho de sete cabeças desta questão.
Quando nenhum dos partidos nos agrada devemos então fazer o quê? Escolher o menos mau? Dar o benefício da dúvida?
São hipóteses, assim como o voto em branco.
Eu vou votar à esquerda com a perfeita noção de que o meu voto não vai servir para nada, rigorosamente para nada. Vão ficar os mesmos no poleiro:(
Caidê:
Boa noite para si também.
Para a troca envio-lhe o Beethoven. Prefiro-o ao Mantovani. É apenas mais um ponto de discordia:)
Eu estou a brincar!!! :)
E desculpe se a ofendi. Eu sou muito exagerada. Sou como a Florbela, prefiro a zona das paixões, apesar das tempestades.
Caidê:
Reparei que o link não entrou.
Aqui vai:
http://youtu.be/vQVeaIHWWck
Ana
Obrigada pelo Beethoven. Gosto do compositor e do cão homónimo rs..rs..rs
Porque hoje foi 25 de Abril e porque com a entrada do FMI, teremos uma outra tirania estrangeira, que infelizmente está cá porque os Portugueses e os políticos em especial não souberam “ir além mar e conquistar novos rumos”. Em vez disso dividiram para conquistar, aquilo que não havia para conquistar! Poder ? Prestigio politico? E Portugal? E os Portugueses ?
Estamos numa Liberdade que se encontra refém de outras Liberdades. E no fim o cravo definha , mas o forte povo aguarda, aguarda pelo eterno D. Sebastião, que nunca surge, que nunca altera. Portugal definha e quem quer mudar é ostracizado e perece… Resta-nos a esperança, por isso celebremos o 25 de Abril, pela mudança de mentalidades.
Caidê:
Quando eu me travava de razões com a minha irmã mais nova, que ainda é mais teimosa que eu (difícil reconheço:) ) costumavamos, quando a tempestade abrandava, apertar as mãos e uma de nós dizia:
- Amigas?
Ao que a outra respondia:
- Amigas!
Ocorreu-me , de repente, repetir o ritual.
Isto é que vai uma crise!
Um email um sorriso.
Tempos de crise
O telefone toca e a dona da casa atende:
- Estou?!
- Queria falar com a Sra. Silva, por favor.
- É a própria.
- Daqui é o Dr. Arruda, do Laboratório de Análises. Ontem, quando o médico do seu marido enviou a biopsia aqui para o laboratório, chegou também uma biopsia de um outro Sr. Silva e agora não sabemos qual é a do seu marido... e infelizmente, os resultados são ambos maus...
- E o que é que o Sr. Dr. quer dizer exactamente com isso?
- Um dos exames deu positivo para Alzheimer e o outro deu positivo para HIV. Nós não sabemos qual é o do seu marido.
- Que horror! E vocês não podem repetir os exames?
- Não, a Segurança Social só paga estes exames caros uma única vez por paciente. Agora com os cortes...
- Bem, o que é que o senhor me aconselha a fazer?
- A Segurança Social sugere que a senhora leve o seu marido para um lugar bem longe de casa e o deixe por lá. Se ele encontrar o caminho de volta... não faça mais sexo com ele.
Está provado que desde 2005 o Ps, fez bem á educação. Mesmo com "til".
E uma reposição que será sempre actual em qualquer Mudança.
("Alívio
Não creio que se deva complicar o que hoje se passou neste país, o resultado destas eleições traduz apenas um esforço conjunto dos eleitores para preservarem a saúde mental. E a poesia vem sempre a propósito:
Sweet Jane
vivi muito tempo pendurada de um fio
telefónico de uma caixa de correio sem fechadura das mãos
de uns homens que não quiseram encontrar-me
acumulava toda a espécie de comprimidos esquivava
como podia os domingos à tarde vivi
demasiado tempo do outro lado do ecrã
a olhar o amor pelos anúncios.
(Pablo García Casado).
Hoje passámos para o outro lado do ecrã. Espero que o PS tenha aprendido a lição... Fiquem bem.")
Pedro é só um nick! - :-) To whome it might consider...
A Demo Cracia, faz bem há Saude.
Pela vossa Saude votem só se estiverem muito doentinhos.
E um Portugal menos Nacional, porque nem tudo oque é Nacional é Bom.
("19+1") e o bom sentido de humor vai-nos levar a quase todas as finais.
Murcon.
Anfi e restantes Murcons:
Envio-lhe a anedota que mandei para o Bart (acho-a apropriada para ele:))
Maneli, alentejano de gema, adormeceu na praia sob um sol escaldante e sofreu graves queimaduras nas pernas.
Foi transportado para o hospital de Beja, com a pele completamente
vermelha, cheio de bolhas, e as dores eram horríveis. Qualquer coisa que lhe tocasse na pele ... era a mais completa agonia!
O médico, um alentejano de Serpa, foi ver o Maneli e prescreveu-lhe soro, por via intravenosa, um sedativo leve e 3 comprimidos de Viagra de 8 em 8 horas.
Antonieta, a enfermeira de serviço também ela alentejana, da Vidigueira,
completamente boquiaberta perguntou:
- Oh Doutori, vomecê desculpe ... mas vomecê receitou Viagra ?!!!
Responde o médico:
- Si senhora, recetê Viagra e muito bêm.
A Antonieta volta a perguntar:
- Mas atão pra que serve ao Maneli o Viagra nas condições em quele tá?
Ao que o médico respondeu:
- Atão nã se tá memo a vere ? É prós lençois nã tocarem nas quêmaduras das pernas !!!
Caidê,
Antes os abstencionistas me ouçam. :-)
ana b.,
Acredite: o nosso futuro colectivo está nas mãos dos desalinhados e dos abstencionistas de esquerda. Quando for dar a primeira dobra no seu boletim de voto virgem, lembre-se disto.
andorinha,
Concordo consigo: o seu voto é apenas mais um. É como o meu, como o da Caidê, como o da Cê-Tê, como o do FDL, como o da Anfitrite, como o do Bart, como o do Júlio... Como o do Sócrates e como o do Cavaco. Cada um conta um. Cada um conta um. :-)
Se todos votarmos e se todos os abstencionistas e desalinhados votarmos à esquerda, quem sabe conseguimos provocar a mudança. Temos de acreditar na nossa força colectiva. Temos de votar e convencer os outros a votar. A mudança está nas nossas mãos.
http://www.youtube.com/watch?v=5rtU0pg-kkw
Tangerina
Mas qual esquerda?
Tangerina:
Eu não me revejo no comunismo.
Olho à volta e não vejo um só país comunista em que me apetecesse lá viver. Dir-me-á que com os nossos comunistas o caso seria diferente. Se calhar. Só que não me apetece correr o risco.
Quanto ao BE só me ocorre a célebre frase: "nem f. nem sai de cima".
Condessa de Til,
O nosso drama é esse: é sermos maioritariamente de esquerda e vermos a direita no poder ou políticas de direita a serem implementadas por um partido que só se lembra da esquerda na altura das eleições. Acrescido do facto de parte da esquerda se recusar constantemente a negociar. Por isso, acho que todos, mas mesmo todos, os partidos contribuíram de uma forma ou de outra para a situação que estamos a viver.
Contudo, se deixarmos de votar a situação apenas se vai agravar, porque o percentual da direita aumenta e aí vai ser muito pior. A única solução que eu vejo é dar uma votação forte na ala esquerda ao PS (BE e CDU) para os obrigar a todos a fazer alianças a bem de Portugal e dos Portugueses. Se vir outra solução melhor, avise, porque eu também estou interessada. Estou mesmo. :-)
Aquiles,
Os partidos à esquerda do PS como disse anteriormente. É a única solução que se me afigura como válida nesta altura.
Tangerina
Murcons:
http://musica.sapo.pt/videoclips/a7VfGet4whpvo5ZUSzEZ
Murcon
ana b.,
pois... eu também não. Mas, Ana, também não precisamos de ver as coisas a preto e branco. O facto de votar num partido não significa que vote para que ele ganhe; pode votar apenas para lhe dar poder de influência.
É muito provável, com os erros que PPC felizmente tem cometido, que o PS ganhe novamente as eleições. Estes votos são do chamado "centrão" (palavra que, já agora, abomino), não são da ala esquerda do PS. Estas pessoas, as da ala esquerda do PS, são muita das que não vêem em quem votar. São os desiludidos, os que se têm abstido constantemente. E vamos esperar o quê? Cruzar os braços e deixar que se faça um bloco central, ainda por cima quando a maioria do povo português é de esquerda? Não. Temos de dar poder à esquerda. Não vejo outra solução para escaparmos a um destino semelhante ao dos Gregos ou dos Irlandeses, que parece tornar-se mais negro a cada dia que passa.
Eu acrescentaria, Pára Quem Quer. E vai direitinho para a Cê_Tê ;
;)
Tangerina:
Você mais parece a Yulunga. Em capacidade persuasiva, entenda-se:)
Não creio, contudo, que tenha sorte, aqui pelas minhas bandas. Não sei estar nas situações a meio gáz. Preciso de acreditar no projeto para vestir a camisola.
Ana,
O Tangerina é uma verdadeira Loja de Conveniência. Mais útil que a Farmácia.
Vota em branco mas vais ter que levar muita tinta correctora. Porque vai haver muita variedade de escolha.
A não ser que apareça o Príncipe Encantado e aí nem precisas de te abster. Ele vota por ti.
Ana,
Mas o melhor é passares por uma Farmácia antes! Ou ainda acreditas na Fada Madrinha. Bons Sonhos! Cuidado com os novos Humoristas. Daí a Farmácia e alguma incontinência.
Não te preocupes o Tangerina vota por ti.
Tangerina,
Para dar sentido ao tem nick deverias dar mais liberdade de voto!
Caidê,
Vota Ps pela educação da classe Politica. Já a pensar na Reforma.
Cê_Tê ;),
O Benfica esteve muito bem na ultima final, a divisão de Honra está cada vez melhor...
FDL,
Se fosses portista eras Perfeito!
Professor Júlio Machado Vaz,
Keep going, está num bom caminho.
Estranho os Pedros ficam um pouco de lado no Second-Life.
Anfitrite,
Sol na eira, chuva no nabal. Por vezes acontece:) Verdade.
Bartolomeu,
Vota Ps para ver se o Sócrates muda de estatuto. Vem Ferro a caminho. Vamos precisar de muita emigração. Cá dentro e lá Fora. Para manter este estado de sítio. Não há melhor circo. Este feriado foi marcante, as feras vão começar a entrar. Show must go on...
Bea,
O voto continua a ser Secreto.
Andorinha,
Acabas sempre por ter razão. Espero que felizmente.
Aquiles,
O voto é Seguro?
Anónimo,
Se não votares outros votam por ti.
Eleitores,
Corrida ás urnas ou caminhada para a mesa de voto. (levar colete reflector, pode surgir um impulso inesperado)
Portuguesas e Portugueses vamos ter circo ao melhor nível. À Saída contem como foi.
Viva o dia de Reflexão!
FMI,
A segunda é sempre diferente da Primeira. Portugal está muito bem visto lá fora. Uns formados e informados outros apenas informados. Sempre gostamos de meias medidas. E de consensos. Como em qualquer parte.
Consolidem-nos que depois o Turismo faz o resto.
Temos uma constituição de referência.
Boa Fé nestas eleições.
Tangerina,
Percebi melhor a sua ideia, mas parece-me completamente utópico um entendimento PS/PCP/BE, mesmo que as percentagens do PC e do BE subissem com os votos dos "desiludidos de esquerda" que pensam votar em branco. Como já fiz notar, estes três partidos juntos tinham a maioria - os tais 128 deputados - e não serviu para nada.
Na minha opinião, nem mesmo com uma maioria PS/BE em 2009 (sós sem PC) a situação actual seria outra. Julgo que a esperança nesse resultado terá sido a motivação de muitos que votaram BE nessa altura, mas não penso que essa maioria tivesse feito grande diferença. Eles nunca se entenderiam, basta o exemplo do OE.
Tangerina,
Conforme a Ana reparou, a Tangerina é muito persuasiva. Fui-me deitar, mas não consegui adormecer preocupada com este assunto.
Continuo a achar que qualquer hipótese de entendimento entre o PS, BE e PCP é pura utopia, mas concordo consigo que é preciso dar força à esquerda, especialmente nos tempos do mais puro e duro – como diria uma pessoa muito conhecida da rádio, televisão e disco:) – neoliberalismo que se aproximam. É importante que o terceiro partido mais votado não seja o CDS. Assim é possível que o meu voto afinal não seja em branco. Contudo nunca irá para o BE (esclareço que não é desilusão por causa da moção de censura), a ir vai para o PCP, aliás melhor colocado nas sondagens para ficar em 3º lugar.
Condessa:
A Tangerina é terrivel. Chiça!
Vinha eu,hoje, no carro, a pensar neste mesmo assunto.
Como não me revejo no comunismo e o BE também não me convence (já dei para este peditorio e o resultado foi o mesmo) até equacionei votar no Socrates. Olhe, até ia batento com o carro, tal o sobressalto que a ideia me provocou:)
;))))
ana;
ías batendo com o carro, no Socrates?!
Tu vê lá... não comeces a dar ideias ao pessoal...
;)))
Ora, ora, minhas senhoras ;-), eu só sou persuasiva porque, na verdade, na verdade, com o panorama político que temos não há alternativa e a ausência de alternativas clarifica a mente.
Concordo que não será fácil que BE, CDU e PS se unam mas, reparem, se houver uma grande votação na esquerda, também lhes será muito difícil arranjarem argumentos políticos para deixarem que seja a direita minoritária a traçar os destinos do país. Estes senhores têm de ganhar juízo! Já chega de se acantonarem num reduto ideológico. Têm de sair da sua zona de conforto e assumir as suas responsabilidades.
Além disso, existem vozes dissonantes neste partidos. Gente que quer que eles façam parte de uma alternativa de governo. Ouçam o Daniel Oliveira do BE, por exemplo. O Carvalho da Silva também foi lá falar com a troika - pode não servir de nada, mas pelo menos foi lá fazer ouvir a sua voz.
Ana, o tudo ou nada pode dar em nada. ;-) É isso que a CDU e o BE também precisam de entender. Não é hora do tudo ou nada. É hora de negociar e andar para a frente. Não se compreende como é que um país maioritariamente de esquerda ora é governado pela direita, ora é governado por uma coisa estranha a que chamam centro que também implementa políticas de direita. Esta é a hora da escolha, de não baixar os braços, de bater o pé.
Tangerina
Depois da ausência pascal só hoje regressei ao convívio murcónico. E deparo-me com 98 comentários ao desafio do último post do Prof. Já não dá para entrar na discussão, até porque me parece que caiu numa certa viciação, um tema recorrente (o voto em branco) e os mesmos argumentos, com cada um entrincheirado no seu reduto. Só me resta regressar à origem, ao post.
Diz o Prof. que, segundo Zeca Afonso, «O Povo é quem mais ordena…». É evidente que a afirmação não é para ser tomada à letra, ela resulta do entendimento do poeta, um incorrigível basista, que tomava a realidade pelos seus desejos, melhor, apontava-nos os seus desejos como farol para construirmos a realidade que ele idealizava como boa para todos nós.
É o papel dos poetas (os de poemas escritos, simplesmente, ou os de canções), traçarem metas impossíveis, verem para além do comum. Mas algo fica desse visionarismo, algo (muito) ficou depois do 25A, daí a decepção do Prof. pelo que se tem vindo a perder: «Mas ordenar tão pouco, anos e anos depois, confesso que nunca me ocorreu».
É preciso que não nos esqueçamos de que Zeca Afonso, premonitório, pois estávamos em 1971, preconizou, na canção «Grândola, Vila Morena», a generalização: da cidadania; da fraternidade; da igualdade; da amizade, valores universais, intemporais. Quanto deste guião não guiou tantos e as suas acções durante tantos anos?
Outro poeta (este apenas de poemas escritos), Manuel Alegre, em 1965, na «Praça da Canção», de forma premonitória, falava-nos do País de Abril como um possível, ao contrário da realidade que então se vivia:
«País de Abril tem gente que não sabe ler
os avisos secretos do poema.
Por isso é que o poema aprende a voz dos ventos
para falar aos homens do País de Abril.
País de Abril tem estranhas sentinelas.
Todavia seus ventos ensinam aos homens
que não se pode proibir os homens de viver.
País de Abril tem ventos ilegais.
Mais ensinam que o mundo é do tamanho
que os homens queiram que o mundo tenha:
o tamanho que os ventos dão aos homens
quando sopram à noite no País de Abril.
A esperança aqui espelhada certamente que alimentou imaginários e deu ânimo para lutar para que o povo passasse a ordenar alguma coisa no País de Abril.
Fecho com outro poeta de canções, que, em 1971, nos deu um hino à Liberdade e à esperança na sua breve realização:
«Maré Alta»: Sérgio Godinho
http://youtu.be/oj--AAW8Do8
http://www.youtube.com/watch?v=eHiIOByXqnw&feature=player_embedded#at=23
Independentemente de tudo o que se debateu por aqui e centrando toda a minha atenção em José Afonso, adorei reve-lo em destaque na RTP, num programa feito com qualidade e sentimento.
Quem realizou, também devia adorá-lo.
E como ouvi algures por aí numa frase solta com admiração, podíamos escolher uma só palavra para definir o grande Zeca Afonso: "todas".
Viva o 25 de Abril!
http://www.drbayard.pt/
http://www.myspace.com/140863610/music/songs/61527823
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=hfKU5pA-CRI
Viva o 25 de Abril.
Devo dizer que já escrevi vários comentários, mas não enviei por não estava com paciência para polémicas. E agora sem ter lido os de hoje ainda, vou só dizer uma coisimha.
-Não vale a pena malhar em ferro frio;
-se eu mandasse tornava o voto obrigatório;
-Acabava com os votos nulos, só existiriam os inutizados, por gente imbecil ou brincalhona, e havia de descobrir maneira de esses votos não serem considerados nos cadernos de eleitores. Talvez quando isso for feito electronicamente se consiga arranjar essa solução.
-Quem votasse em branco, devia ficar com uma determinada braçadeira para depois lhe ser proibido falar mal da situação política.
Tangerina,
Parabéns pelo seu trabalho humanitário. Há tanto tempo que tinha deixado de nos comtemplar com a sua missão cívica diária. As suas intervenções são sempre apreciadas mesmo por aqueles mais novos, que deconheciam a sua presença aqui.
Ana,
V. é mais teimosa que uma burra empancada. E contra isso, só se demove a chicote. Mas explique-me uma coisa: Diz que o Sócrates não lhe serve porque não é de esquerda. CRitica os sistemas comunistas porque não resolveram nenhum problema. Olhe que o Estaline resolveu muitos. Pôs toda a gente a trabalhar até morrer de fome, frio ou doença,(foram só uns largos milhões). Eliminou todos os que não pensavam como ele, ou lhe podiam fazer frente. Exigiu de cada um segundo a suas possibilidades e deu a cada um segundo as suas necessidades. Matou toda a gente que plantasse uma couve num quintal que julgasse seu. Agora por causa da anedota do alentejano, até me lembrei daquele alentejano que depois da reforma agraria, no fim do dia perguntou: Então não posso levar a minha enxada? E o camarada disse-lhe: A tu enxada agora é da cumprativa!
Mas continuando...Será que anda disfarçada e já faz parte das novas elites que grassam pela Europa? È que se não escolhemos do mal o menos estamos tramados. Tenho lido aqui comentários que eu tinha vergonha de os fazer, sobretudo de pessoas que deviam ensinar outras.
Quem está realmente a ganhar com tudo isto é direita. O Portas anda de peito inchado, mas não diz nada que o possa comprometer. É pena ter tido como ministro das finanças aquele anormal do gato das botas, que nunca teria sido alguém se o Morais Leitão não lhe tivesse dado a mão. Tem pida que também teve sempre nas mãos a pasta da Segurança Social, com secretário de estado e depois como ministro. Foi precisamente no tempo dele que rebentou a caso inicial da Casa Pia, que ele fez questão de abafar, e até se demitiram uns ministros, vá-se lá saber porquê.
Princesa,
Ontem também adorei ver o programa. Só que os cravos em novembro, não tinham cheiro, como se queixou o JMBranco. Mas olhe que o Zeca, que eu conheci, estava-se maribando para homenagens e para politiquices. Ele viajava apenas com um grande saco às costas só com uma escova de dentes lá dentro. A maior homenagem que lhe deviam ter feito era terem-lhe dado uma assistência médica correcta e uma reforma para o poder fazer. Mas como ele sempre foi um desalinhado, andou saltitando de galho em galho enquanto pode. Imagine que todas aquelas músicas que ouvi, eu as ontem no FB, mas ninguém pôs lá um gosto, sequer.
Estou como o pedro(?). O programa segue dentro de momentos...
Murcons:
Estou calada mas apenas porque estou muito atarefada:)
Não pensem que me reformei:)))
Mais logo conversamos sobre o Sr Engº
Bart:
Jamais faria tal coisa. Logo agora que já comecei a engraçar com o homem:) OK! Tirando o nariz e as casas que projetou:)))
Tangerina:
Mas em que pomar nasceu você!?
Bem adubado estava, certamente!
Até adivinhou a minha preferência no Eixo do Mal, pelo Daniel Oliveira. Realmente identifico-me muito com as ideias dele. So que isso não basta para votar BE. Helas!
Sapo por sapo, antes o Socrates. Este ao menos, sempre pode impedir que o PPC vá ao pote. É que, mesmo vazio, sempre vai sobrando para alguns. E sempre os mesmos, claro está!
Credo! Só de equacionar esta alternativa até fiquei enjoada:))
Mas como até ao lavar dos cestos é vindima pode ser que entretanto me passe. A ver vamos, como diz o ceguinho (invisual, corrigiu-me a minha filha há dias).
«O estudo da História torna-nos tão indulgentes para os erros dos governos e dos povos, como a experiência da vida para aqueles dos homens em geral»----Confúcio
Em Portugal vive-se a política como se vive o futebol: com paixão e nenhuma racionalidade. O meu clube ou partido é o melhor e está absolutamente certo, é a atitude comum da maioria dos cidadãos. Que denotam uma incapacidade democrática porque são incapazes de entender o outro, e de perceber que a riqueza democrática está no convívio das diversidades em prol do bem comum e na persecução de uma boa gestão da res publica. Há uma tendência ditatorial para imporem os seus pontos de vista, para ditarem as regras que gostariam que os outros fossem obrigados a cumprir. Ao acharem-se donos de verdades absolutas e prenhes de certezas blindadas comportam-se como potenciais ditadorezinhos demonstrando, em simultâneo, uma ignorância política e democrática.
Nos últimos tempos apercebi-me, e os comentários de hoje aos discursos de ontem, bem como às reacções pífias de ontem, reforçaram essa minha percepção, que a sociedade portuguesa está fracturada radicalmente. Tal como o está no futebol. Temo, por isso, que estejamos a rumar para uma mini guerra civil onde os custos vão ser muito pesados, incluindo a perda numerosa de vidas humanas.
Desculpem-me o discurso sincopado mas este computado ( ou o bloger) não aceita comentarios muito palavrosos.
Anfi:
Teimosa, e do contra, já dizia a minha avó. Nem sei se com chicote lá vai:)
Ana, Tangerina e Anfitrite,
Não sou tão indulgente como a Anfitrite relativamente ao Stalin e aos regimes comunistas. Neste aspecto penso que estou mais próxima da Ana.
No entanto os comentários da Tangerina fizeram-me reflectir sobre o 3º lugar. Tinha visto as sondagens, mas não tinha interiorizado suficientemente o facto de que o CDS e o PCP, a acreditar nessas sondagens, se estão a bater por esse lugar e que o PCP poderá lá chegar. Daí o teor do meu comentário anterior pois, como disse, acho importante que o CDS não seja o 3º partido.
Para além disso, tudo indica que se aproximam graves alterações à legislação laboral e reflecti também que um PCP forte poderá se não impedi-las, uma vez que PS e PSD as farão passar com a sua maioria, pelo menos dar-lhes a necessária contestação. Observando alguns documentos, fica muito claro o tipo de alterações pretendidas pela UE, tendo em vista a manutenção em Portugal de mão de obra barata e ainda mais fácil de descartar, quando não seja necessária.
Não sei se procuram ler documentos originais. Eu não me costumo ficar pelos resumos dos jornais, muito incompletos e por vezes até errados. Hoje em dia encontra-se tudo na internet, pelo que se se quiser é relativamente fácil estar bem informado. Por exemplo, quando analisaram o PEC5, os jornais e televisão fizeram um grande barulho sobre o IVA do leite com chocolate, mas pouco falaram de uma medida muito mais séria que lá estava: simplificação das regras do lay off (anteriormente, já tinha sido anunciada a descida das indemnizações por despedimento). Depois o comunicado do Ecofin do início de Abril menciona também muito claramente que a concessão do empréstimo está condicionada à flexibilização das actuais leis laborais. No mesmo sentido vão ainda as próprias intenções do P. Coelho, já anunciadas há meses quando falou na eventual revisão constitucional. Assim, vem aí muita luta (sem gozos).
Ana
A sua última proposta é para mim um prazer (Friends!). (Terá as suas teimosias como eu tenho as minhas - quem as não tem?!)
.............................
Eu já não acredito na democracia construída pelo sistema político-partidário que temos: isso porque nenhum dos que tem tido eleitorado tem tido uma pragmática eficaz na dissolução dos mecanismos neoliberalistas de monopólio e de imperialismo, pelo contrário!
Assim sendo, nenhum tem semeado uma política de alternativa que, em simultâneo, seja de obstrução aos avanços e técnicas desse modelo de neoliberalismo que nos tem tornado cada vez mais alienados. E defino alienação num sentido pós-marxista, ou seja, de entrega dos nossos pequenos poderes ao grande poder, ou seja, num sentido que é contrário ao do empoderamento de cada cidadão.
Não vote em branco! Grão a grão, a galinha enche o papo(como sugere a/o Tangerina em resposta à Andorinha). Reduzindo o panorama a duas variáveis: opte pela esquerda (digo eu!).
Já fiz voto útil. Já votei PS. O único PR em quem votei e ganhou foi Jorge Sampaio. Já fiz voto branco, mas noutra conjuntura - na qual nem o voto útil se justificava, pois antevia-se o resultado com grande margem.
No PS de Sócrates não posso votar. Não esqueço a porrada que mandou dar aos professores! Não esqueço que a sua primeira grande mentira foi a de aumentar impostos no dia seguinte a ter tomado posse, depois de ter feito da afirmação contrária o seu maior slogan eleitoral. Nem na política admito a mentira e a falsidade. Ou há integridade ou não me serve.
Percebo muitos amigos que tenho no PS e até no PSD - às vezes também se acredita que se pode transformar melhor estando dentro!
Esse era o caso de muitos amigos católicos que entre partirem para outra fé religiosa e manterem-se na Igreja Católica escolheram a 2ª opção, não deixando de lutar por uma Igreja Católica outra. E se alguns aí foram sementes férteis!... (Lembro o Pde Alberto Neto - e uma vida entregue aos jovens - , o Pde Martinho - padre e operário da construção civil - e outros...)
Desta vez tenho de votar e só posso votar num partido - que contradição a minha!... :-)
Resta-me ser coerente numa política de quotidiano - quero, pelo menos, saber sê-lo (se verá!...)
Ana e restantes murcónicos:
Não digam que vai daqui.
Como eu também já perdi montes de comentários palavrosos, já descobri a solução além de jogar pelo seguro.
1- Façam a indentificação primeiro, antes de tentar colocar o comentário, antes mesmo de o escrever.
2- se não o fizerem e para jogar pelo seguro, façam uma cópia de segurança, nem que seja no bloco de notas, antes de o tentar visualizar.
Para terem um poker garantido, façam as duas coisas.
Caidê, Ana, etc.
porrada nos professores?! Coitados! Afinal é mais uma corporativa a defender a sua capela;(basta ver as listas mensais de aposentações, são bem superiores à do n/ anfitrião). Assim não vamos a lado nenhum. Todos vamos perder previlégios e muitos. À situação a que chegámos, só espero que a direita não ganhe, para que o mal seja distriubuido pelas aldeias.
O PC nunca fará acordos com ninguém, para não perder posição. E quanto mais excursões organizadas houver pior será. O Sócrates cortou muitas regalias quando teve um governo de maioria absoluta. Por alguma razão o 1º. ministro das Finaças (Santos e Cunha), pediu logo a demissão, porque passaram a ir-lhe à reforma. Por alguma razão o PR está só(?) a receber só as suas pensões e não está a receber remuneração como PR que estaria a receber se não tivesse havido alteração da lei. Imagina o que isto o incomoda. Muito mais haveria a dizer. As casas de mau gosto(considero de muito mau gosto a imprensa andar a coscovilhar isso). De qq modo ele tinha habilitações para o fazer. Era engenheiro-técnico do ISEL e a todos que conheço chamam engenheiros, estejam em que firmas estiverem. A raiva contra estes senhores partu dos meninos do IST, porque se consideravam especiais.Vejamos o saso do antigo predidente da Ordem. E estava a frequentar um
CESE( Curso de Ensino Superior Especializado), que constava de dois anos com 2 semestres cada, com disciplinas altamente especializadas, e que foram criados também no ISCAL, para darem a equivalência aos antigos bacharéis, dado que esses Institutos passaram a conceder o grau de licenciarura. Estes cursos foram criados muitoa antes do S. ser PM, e tiveram umma duração muito limitada. E esses bacharéis tinham muito mais halilitações e capacidades que qualquer licenciatura de Bolonha.a Quanto ao Nariz, é normal todos que chegam ao governo terem de alterar as suas políticas em função da situação interna ou internacional. A MFL vendeu quase 12 mil milhões de créditos, ao Citybank por apenas 1,2 mil milhões adiantados, para cobrir o défice. E quando lhe perguntaram que juros iríamos pagar, disse que não sabia, nem queria saber se iria pagar juros. E como a cobrançaa tem sido inferior ao acordo, temos estado a pagar juros à taxa de 17,5%. Acham pouco? Mas ninguém fala nisso. Inventaram casos para liquidar o S. porque ele tem sido um tipo de garra. E só não vê quem é egoista, só pensa nos seus interesses, ou está mal informada.
P.S.- tb gosto do Daniel Oliveira, que é um desalinhado do BE, e este sábado foi de partir o coco com a ironia deles.
Quem ainda não o fez, oiça o o Amor é...de domingo.
Tem a ver com muito do que aqui se fala.
Excelente!
Ganda Júlio:)
Anfitrite,
Obrigada pelo aconchego. :-) Sabe, eu vou passando por cá - tenho é preguiça de comentar porque é preciso entrarmos no gmail, etc. Mas volta e meia venho cá e acompanho um pouco das vossas conversas. Estou a par de tudo, até do namorico entre o Bart e a Ana. ;-)
Quanto à teimosa, deixe-me que lhe diga que a Anfitrite não é menos teimosa do que a Ana. Essa fixação no Sócrates... :-)
ana b., Caidê e Condessa
Concordo em tudo com a Condessa. Também me caio mais para o lado da CDU, mas admito que pode não ser uma postura racional. A Anfitrite tem uma certa razão. Estou entre um e outro com a única convicção de que não posso deixar de votar num deles.
Quanto ao Sócrates, tenho um problema sério com ele: a letra "p". Empresas públicas, parcerias público-privadas, serviços públicos, dinheiros públicos -> bolsos privados, impunidade... Não sei se estão a ver...
Admiro-lhe, contudo, a tenacidade. Aquele é que eu não queria para ex-marido, nem morto! ;-))
Tanger Ina
aNDORINHA JÁ transferi o podcast: vou ouvir.
Prof:
Estão a tentar fazer-me a cabeça. Sinto-me pressionada e condicionada na minha liberdade:)))
Quando eu começo a discorrer alguma coisa vem uma e arrasa tudo. Começo de novo a equacionar outra solução, lá vem outra com outra explicação. Tudo do principio outra vez... Estou a ficar seriamente preocupada com a minha sanidade mental:)
Quanto ao seu programa: é claro que gostei de o ouvir mas prefiro quanda fala de amor:)))
Com tanto comentário por aqui, nem sei bem por onde começar.
Caidê:
Friends!
Eu também não gosto do Sócrates e nem nunca votei nele. Mas pior que Socrates só mesmo o Passos Coelho. Esse nem esperou para lá chegar para começar a mentir. Pelo menos não pode ser acusado de ser dissimulado:)
E sapo por sapo, ao menos que tenha algum proposito.
Anfi:
Ao menos posso escolher a cor da minha braçadeira? É que eu sou muito vaidosa. Já agora que faça pendant com a roupa:)))
E desculpe lá: Aquelas casas não lembravam ao mafarrico. Eu até estou verdadeiramente convicta que ele apenas assinou de cruz. Acho impossivel ter-se tão mau gosto:)
Tangerina:
Namorico com o Bart!?
Mas acha que eu namoro pela internet?
Sempre ao vivo e a cores:)))
Quanto ao Socrates, eu também lhe admiro a persistência. Mas também não me ocorre mais nada:)))
Condessa:
Também eu sinto um enorme descrédito pelo que dizem os media.
Frequentemente vejo noticias que eu sei serem falsas, ou melhor, deturpadas, e que os factos narrados não correspondem de todo, ao que se passou. Ora se isso acontece com assuntos da minha área, seguramenete que também acontece com outros. Por isso, estou sempre de pé atrás...
Tanger.ina,
Quanto à teimosia já a minha Mãe dizia: "Nunca vi uma pessoa tão torta gostar das coisas tão direitas". Fosse no que fosse nunca gostei de ver um erro escondido. Se ela estivesse a fazer crochet e tivesse o azar de eu descobrir algum erro camuflado, pode crer que lhe desmanchava tudo. Eu também gostava muito de fazer tricot, se tivesse o azar de ver uma malha caída, fora de tempo, estava lixada.
Quanto ao S. não é fixação. É que o meu negócio são números. E aí é difícil também me dar a volta. Quanto aos pês, Apetecia-me dizer PORRA! Os maiores começaram no tempo do cavaco, depois no tempo do cravinho, que foram empurrando para a frente e agora é que começamos a pagar as favas. Não se fez nada de especial para aparecer tanta dívida de repente. É certo que ele não teve mão em muito oportunista, até porque o nível das pessoas tem vindo a descer muito. Eu ía a pé a Fátima se ele conseguisse reduzir os orgãos autárquicos. Um presidente de uma Cãmara tem mais poder do que um Secretário de Estado. E não imagina o que eles têm feito. Mas também não podemos esquecer das pessoas que ficariam desempregadas. Mas bastava que eles dessem aos seus trabalhadores só as regalias que têm os funcionários públicos. È que além da ASDE, que está a ser limitada para todos, elas têm seguros para o pessoal que paga o resto e até dentes e mais aquilo que a ADSE não paga. Isto é um exemplo. Podia dizer-lhe muito mais coisas e dar nomes, nas dáva-me muito trabalho. As Fundações é a mesma coisa. Elas sempre existiram. Tenho um amigo que foi despedido duma grande empresa e já está como chefe de Divisão numa Fundação, não sei como. Se fizesse carreira na função pública nunca lá chegaria, até porque não tem filiação partidária, e entrou agora com 50 e tal anos. Mas não foi o S. que criou a Fundações. Sabe eu andei a fiscalizar algumas.
Mas isso só se sabia quando havia denuncias e quando eram financiadas pelo Estado. (Ai Agostinho, que rico vinho).
Que sorte a minha que ele pudesse ser meu marido. Ao menos não estava a pagar as dívidas que um ladrão me arranjou. E que eu para me ver livre dele fui-me divorciar sozinha com o advogado dele, porque o que eu tinha só tratava se eu fosse para litigioso, mas eu preferi paz de espírito. E pode não acreditar mas foi o advogado dele que me telefonou (o que não é legal) a dizer-me que desistia do seu constituinte, se eu continuasse com o meu advogado. e eu como prefiro a paz de espírito disse-lhe tudo bem. Vamos divorciarmo-nos os dois. e ainda paguei para ficar livre.
A ana vai-se rir de certeza, mas ninguém imagina o romance que dava a minha vida. Só que era muito enfadonho. Por hoje é tudo se precisarem de alguma ajudinha aqui estou eu.
Quer rir-se mais? No outro dia vim do Hospital de Cascais, com um fatinho de papel, azul, de médico, ainda por cima de tamanho médio, que vi jeito de ele se rebentar quando me sentei no táxi.
Interessante foi ninguém ter reagido ao meu comentário das 05:51 PM.
:Aquiles, Às de 11 e 58
A Andorinha reagiu. Ás, de 10 e 21!
Ás de trunfo.
Manilha de trunfo:(
Às de 11 e 58!
Aquiles
Quase tudo o que disse, disse muito bem!
Há quanto tempo não ouvia
http://www.youtube.com/watch?v=xxGLWy4FNTU&feature=related
C U I D A D O C O M O C Ã O !
Aquiles,
Concordo bastante com o teu ponto de vista.
"Há uma tendência ditatorial para imporem os seus pontos de vista, para ditarem as regras que gostariam que os outros fossem obrigados a cumprir."
Até aqui no Murcon!
Pessoas que tentam influenciar outras para não votarem em branco ou em preto ou para votarem neste e não naquele...
Chiça! Não somos todos seres pensantes? Então? Dialogar é uma coisa, tentar impor é outra.
Por último, e aí discordo de ti, não me parece que se corra o risco de uma guerra civil.
Cruzes! Ainda és mais pessimista do que eu!
A situação social vai-se agravar bastante o que acarretará por certo o aumento da violência, haverá fenómenos de agitação diversa, mas daí a uma guerra civil...
Acrescento que quando escrevi ainda não tinha visto o teu "reparo" das 11.58.
Juro:)
Aquiles:
Oh homem! Você foi colocar-nos um espelho à frente... Estava à espera de quê? Que atirassemos foguetes, não?:)
Nem por sombras foi falta de atenção ou de interesse. Até me recordei de uma entrevista dada pelo Eco à LER em que ele diz, a propósito do seu recente livro:
"O recurso à Historia serve para demonstrar que a Historia não progrediu. O recurso à Historia não é necessariamente a demonstração de um progresso". Está a ver como não caiu em saco roto?
E também me ocorreu a célebre frase de Terencio: Nada do que humano me é estranho!
Mas no meio de tanto comentário controverso, o seu, por ser do consenso geral, foi omitido.
Andorinha,
Para formar uma opinião terá que haver sempre uma segunda versão, feita pelo próprio ou não.
A única excepção é o Alive.
http://www.youtube.com/watch?v=XIX0ZDqDljA
C u I D A d o C o M O s N o v o S B Loguistas ou Bloquistas?
Caidê:
O cão que eu gosto mesmo, é o cão do Sócrates:) O tal que lhe comeu o diploma:))) Até já pensei oferecer a sua autobiografia (do cão, entenda-se) à Anfi. Estou certa que ela o irá apreciar:)))
Caidê,
Quanto tempo uma cadela fica prenha?
Esta não é para responder. Apenas atirar as laranjas ao Ar.
Eu não perguntei em quanto tempo.
Beijinhos, Pedro.
http://www.youtube.com/watch?v=m4quojdZwv0&feature=fvwrel
vá lá, dormir...
Muito boa noite
É importante questionar o quanto o entendimento das metas propostas nos poderá levar a considerar a reestruturação das direcções preferenciais no sentido do progresso.
Um abraço,
Nuno Abílio Coutinho de Oliveira
Eu juro que fui eu que primeiro falei do assunto.
http://jumento.blogspot.com/2011/04/falar-verdade-sobre-as-reformas.html#disqus_thread
fiquei esclarecidíssima com o naco de prosa anterior.
Caidê,
Tudo que é papel escrito pode oferecer-me, que não sai das minhas maos sem ser lido. Até estou sempre ansiosa para abrir a caixa do correio só para ver a publicidade, já que notícias boas nunca espero.
É pena que ninguém do governo venha aqui, podia ser que ainda me calhasse alguma condecoração, por serviços prestados ao país.
Anfi:
E com sorte, alguma reforma milionária:)
Bom Dia,
Ai, eu até já falo com Andorinhas. Pregar aos peixes já tinha ouvido.
Pedro
Andorinha;
O podcast matinal está óptimo.
:).
Anfitrite,
Certo, todos sabemos (ou pelo menos, uma parte da população sabe) onde começou este descalabro. Nem pensar em isentar Cavaco. O homem vai ficar na história e não é por bons motivos. Mas daí a branquear a actuação de Sócrates, vai muita coisa. E olhe que eu sou socialista.
O homem não teve mão nos oportunistas? Teve e muitas: para lhes dar a comer. É verdade que fez reformas e algumas muito interessantes. Ainda lhe havemos de agradecer a energia, a administração pública electrónica, educação, ciência (pelo menos em parte porque muito daquele dinheiro foi conseguido à custa da desorçamentação das universidades) e algumas na saúde, entre outras. É verdade também que ele atacou determinados grupos quase intocáveis. Mas deixou outros, muitos, ao desvario, não foi? Não sei se o homem também beneficiou ou se foi levado ao engano, mas olhe que se for esta última hipótese, então temos um anjinho como PM - também não serve. É que a coisa foi à descarada! Só não comeu quem não quis. E agora temos nós de pagar isso a dobrar? É que já pagamos, lembra-se? O dinheiro era nosso... Quem é assaltado é obrigado a repor o dinheiro que lhe levaram? :-O Eu só queria o nosso dinheiro de volta, mais nada... Se não desse muito incómodo... e, já agora, com juros a 12% sff.
Quanto aos ex, a Anfitrite parece ter uma atracção pelo abismo: revela uma tendência preocupante para se encantar por homens que fazem dívidas às escondidas. ;-)) :-P
(deixe lá que a minha história é muito parecida e não devemos ser as únicas. Por isso é que eu me dou ao luxo de brincar consigo com este tema.)
Aquiles,
É o que a Ana diz: pôs-nos um espelho à frente e queria o quê? Olhe, eu ando horrorizada com esta espécie de unanimidade à volta de uma coisa a que chamam de "bloco central". Parece uma procissão e encarreira tudo no mesmo discurso. 70%, pelo menos. É obra! :-( Parece que o Jorge Sampaio também prefere outro caminho. E não é só ele, mas é bom que apareçam mais antes das eleições.
Fiquem bem. Au revoir.
Tanger In A.
Anfi:
Ainda vai ter me contar o porquê do seu passeio de taxi em fato de bloco. Não me diga que lhe roubaram a roupa:))
Não seria a primeira, garanto-lhe!
E do pouco que sei, acho mesmo que a sua vida dava um filme. E do melhor do surrealismo:))
É bem certo, que a realidade ultrapassa, e muito, a ficção...:)
E ontem voltei a emocionar-me quando revi Zeca a cantar a "Balada de Outono".
Nunca uma despedida foi tão sentida.
Zeca... sempre eterno!
Caras/os Murcónicas/os:
E se recentrássemos o debate, o Prof. pôs-nos o problema da perda de poder do povo em tão pouco tempo, pois apesar de ele não se ter entusiasmado demasiado com a palavra de ordem do Zeca, nunca pensou que as coisas chegassem a este ponto.
Sem querer menosprezar os vossos pontos de vista (afinal, um ponto de vista não é mais do que uma vista a partir de um ponto, incluindo os meus), penso que estarão a valorizar demasiado a «árvore em detrimento da floresta.»
E eu digo que o que desanima o Prof. resulta de 3 ordens de razões:
Internas ─ o lastro que trazíamos era tão pesado que o 25A não o conseguiu resolver (nem podia);
Externas (à latitude da UE) ─ a partir de 1986 passámos a competir com parceiros europeus com outras «armas» muito mais poderosas do que as nossas;
Externas (à latitude global/mundial) ─ a globalização, que afecta todos os países desenvolvidos do Ocidente, afecta muito mais os mais fracos como nós.
Não ter isto em consideração, hiperbolizando a acção (criticável a tantos títulos) dos nossos políticos (e das nossas elites, tantas vezes esquecidas) é tomar a «árvore pela floresta».
Quanto às duas últimas ordens de razões (a competição a 27 e a competição global/mundial) pouco podemos fazer (até porque em primeiro lugar devemos arrumar a casa).
Quanto às razões internas, é evidente que houve ao longo dos anos, especialmente desde 1986, em que os euros jorraram, muita irresponsabilidade de todos os governos, muito esbanjamento imoral, e também muita irresponsabilidade da parte dos cidadãos que foram alimentando as várias narrativas eleitoralistas.
Mas o essencial está dito há muito tempo pelo Medina Carreira (goste-se ou não dele), vejam os gráficos da evolução da economia desde 1970 ─ sempre em perda ─ e os gráficos da evolução da despesa (educação / saúde / justiça / /segurança / reformas / ordenados da F. Pública / Forças Armadas, etc.) ─ sempre a subir. As duas coisas não jogam. Só o crescimento da economia resolve o problema. Mas este entronca na conjuntura que vos descrevi nas 2 razões externas. Que bico-de-obra.
E o futuro próximo? As regras do acordo/imposição que o FEEF ─ FMI ─ UE que iremos assinar, a troco do resgate da bancarrota, deixarão uma tão pequena margem de manobra ao futuro governo, independentemente de qual for, que não vale a pena tanta excitação com a cor do voto de cada um, afinal, cada voto só vale 1/8 000 000, o que não é nada.
De uma coisa estou certo, com este «folclore» político-eleitoral dos últimos anos não vamos lá, é preciso mostrar o cartão vermelho a esta gente. É por isso, e só por isso, que acho que votar em branco ─ MAS EM MASSA ─ representava o tal cartão vermelho e mostrava determinação em participar criticamente.
E quanto à perda de poder do povo, o nosso Sérgio Godinho há muito que nos tem avisado, tem-se tratado de uma caminhada por uma via de sentido único.
Ouçam os alertas que nos vem fazendo desde 1974:
«O meu compadre»: Sérgio Godinho ─ CD À queima roupa (1974)
http://youtu.be/xMj37ZPDHs0
«Cuidado com as imitações»: Sérgio Godinho ─ CD Campolide (1979)
http://youtu.be/Gs0TalacXyI
«Não te deixes vestir assim»: Sérgio Godinho ─ CD Coincidências (1983)
(não consegui encontrar o link, se tiverem o disco ouçam)
Para depois passar à ironia com a nossa forma de ser:
«A Democracia»: Sérgio Godinho ─ CD Aos amores(1989)
http://youtu.be/MeUgkNFRKKQ
«Só neste país»: Sérgio Godinho CD Ligação directo (2007)
http://youtu.be/F81PyXJq-a8
http://www.youtube.com/watch?v=sevvaSJIM9M
Andorinha (12:23 AM)
Minha Cara
Eu falei em mini quando me referi à guerra civil. Crê-me que eu seria uma pessoa bastante mais feliz se estivesse errado na minha suposição. Detestaria que me viessem dizer “tinhas razão”. A violência armada, quando iniciada, é muito difícil de travar. Porque existiriam muitas vingançazinhas que exporiam o pior das pessoas. Nunca esqueças como termina “OS LUSÍADAS”.
Manuel (11:18 AM)
Subscrevo
Manuel:
Ora aí está mais uma boa razão para se votar em Ninguem.
E era um belo cartão vermelho, sem duvida.
Mas logo agora que comecei a apaixonar-me pelo Socrates:)))
Oh Ana, oh Ana!
Manuel:
De certeza que fui vitima de tecnicas de marketing e não resisti ao seu melhor ângulo:)
Manuel,
"As regras do acordo/imposição que o FEEF ─ FMI ─ UE que iremos assinar, a troco do resgate da bancarrota, deixarão uma tão pequena margem de manobra ao futuro governo, independentemente de qual for, que não vale a pena tanta excitação com a cor do voto de cada um, afinal, cada voto só vale 1/8 000 000, o que não é nada."
Pois, é isso. Como já disse, vou votar à esquerda sabendo perfeitamente que o meu voto não vai servir de nada.
É uma terrível frustração!:(
Aquiles,
Continuo a achar que tu és um incorrigível pessimista:)
Diz bem, Manuel: mais coisa, menos coisa, cada voto vale 1/8000000. Sem o seu cada um vale 1/7999999. E sem 40%, cada um vale 1/4800000. Por isso é que somos governados com políticas de direita.
TaNgeriNa
Tangerina,
O Cartão de eleitor devia ter indicações mais completas!
Pedrão
Aquilezinho, tens que terminar em inho ou inha. Toda a gente entende e por vezes terminar apenas em ão. Como: Limãosinho (toda a gente entende que o "murcon" é um espaçozinho de debatezões que fazem falta á blogosferazinha.
Pedro
Bart: Faltou-te, a limonada:)))
Isto é que vai aqui um Safari!
Tangerina:
O chavão (esquerda ou direita), se nos ficarmos apenas por aí, é muito pouco. Há bastos exemplos em vários países de governos de esquerda decentes e de direita para esquecer, e o contrário também.
Quando vamos comprar o pão e as batatas ninguém nos pergunta se somos de esquerda ou de direita, querem é os euros correspondentes.
A esquerda e a direita são duas categorias que, como sabe, surgiram na Assembleia dos Estados Gerais da Revolução Francesa, em 1789. No essencial, e que se prolongaria no tempo, estes conceitos marcaram duas posições quanto à justiça social. Daí para cá muita água correu por debaixo das pontes, a política saiu dos estados-maiores das forças políticas para se alojar nos estados-maiores das forças económicas, no pós mundo bi-polar o neo-liberalismo passou a dominá-la.
E não será com conceitos anacrónicos e com líderes de pacotilha, analfabetos politicamente (e às vezes quase literalmente) que vamos lá, por muito de esquerda que se digam.
Veja no Brasil qual foi a estratégia de Lula, não afrontar ninguém SÓ pelo slogan de esquerda, mas fazer uma política pragmática, imbuída de valores (de esquerda) em favor das pessoas.
Há outros sítios em que SÓ o slogan de esquerda conduziu ao desastre, outros em que a direita mais facínora conduziu à tragédia. Não é preciso referir nomes, você sabe.
Nós cá também temos um sindicalista pragmático com valores de esquerda (um Lula à nossa medida), o António Chora, na AutoEuropa, que negoceia permanentemente com o «inimigo». Mas um só é pouco, tem pouco peso. Os nossos partidos, ditos de esquerda, nem se dignaram ir falar com a troika, nem que fosse só para exporem os seus pontos de vista. Elucidativo da esquerda que temos. A direita foi lá para dizer que aceita tudo, e que ainda quer mais, pois o que lhe interessa é apenas deitar a mão ao pote, apesar de este já estar vazio.
Temos de construir massa crítica para sairmos deste círculo vicioso (deste circo indecoroso), não me pergunte como, mas alimentando, eleições após eleições, sempre o mesmo esquema é que não nos leva a lado nenhum.
Há dias o Prof. Jorge Miranda, um dos protagonistas da actual Constituição, de 1976, dizia que já tem votado em branco, sempre que não encontra a mínima razão para escolher alguém. Acha que é perfeitamente legítimo, e concorda com a proposta que um colega dele fez há pouco (não consegui perceber o nome) de o parlamento ter lugares vazios correspondentes a esses votos, pois são votos explícitos, claros, de quem fez uma escolha criticamente. É evidente que os partidos não irão aceitar isso.
P. S. A revista Sábado traz uma interessante entrevista com Almerindo Marques, em que este, para além de desmascarar dois cromos dos «media» (M. Crespo e J. Rodrigues dos Santos) diz o seguinte da esquerda e da direita: «a nossa esquerda é imbecil e a direita é reaccionária até à medula». Com o que eu concordo.
Ó Manel,
Eu até tenho medo de falar consigo porque sei dos seus dotes para a correcção. Mais, je m'en fous.
Diga-me lá de que serve um cartão vermelho? Nunca ouviu dizer que uma descompostura numa cara sem vergonha é uma barrigada de riso? Pois é. Ficavam-se a rir de nós, a dizer que nós é que somos os culpados porque não nos interessamos. Ainda dáva-mos muito dinheiro a ganhar a muito analista político, social, económico, histórico, etc. E, dependendo de quem tivesse mais votos, ainda podiam chegar à conclusão, que não vale a pena votar, nem estar a gastar dinheiro com eleições. Uns colégios eleitorais quaisquer serviam para resolver o problema.
Que vamos ter de nos sujeitar às regras, isto se a finlândia não se opuser, é verdade, mas mesmo assim é muito importante saber se nos vão cortar os pés ou a cabeça. Além disso eles não podem impor nada. Quem decide é o nosso parlamento. Eles aconselham, dão pistas, põem-nos uma lebre à frente. Mas nós podemos se uns coelhos bravos com GPS, e fintarmos os caçadores.
Quanto a o Sérgio Godinho, sempre gostei muito dele (e até está melhor com a idade, e sabe que acho que ele tem semelhanças dom o n/anfitriâo?).Tem umas letras lindas, tem um método especial de respirar quando canta e escreve muito bem. Sabe que o professor num programa de "O Sexo Dos Anjos" (que disse q tb ouvia) fez a análise de um livro(inho) dele? Mas o Sérgio sempre .teve numa boa. Lembra-se de quando ele foi preso no Brasil?
Tenho um texto escrito sobre os 3 dês do 25A e sobre o poder do povo, que é muito, Sobretudo quando encarneirado nas manifestações, para servir as oligarquias, mas não me apetece dar-lhe a volta. Talvez mais tarde.
Gente ingrata! ninguém me disse se as dicas que eu dei deram resultado. Eu sei que não sou professora, mas a ana soube agradecer ao Bartolo, aqui há uns tempos atrás.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/EmDirecto.aspx
E o Almerindo Marques fez a reestruturação da RTP, com ordenados de afrontar qualquer pessoa, e agora deixou as estradas de portugal porque não tinha a guita que queria.
Eu não simpatizo com a arrogância do JRdos Santos(aí está um que nunca votou para não dizerem que ele tem partidos), mas compará-lo com a alimária facciosa que é o encrespado, valha-ma deus! Não o tenho visto, será que ele está de férias? Depressa se zangou com o Medina.
Aquiles
Mini? Imperial, sff! Como dizia o Prof. no programa do Dom. de Páscoa (mais ou menos isto): uma sociedade que se organiza numa lógica de fazer mais ricos os mais ricos e mais pobres os mais pobres só pode ser muito violenta - uma violência imperial, portanto.
Ana
O Sócrates tem cão? Acredito! Quem não tem gato caça com cão. Qual será a marca? Cão de água? )) É o que traz um lenço ao pescoço às riscas azuis, brancas e vermelhas com muitas estrelinhas? Sim, porque a net é a cores . Cores vivas – serve? Não sei porquê, agora lembrei-me do Bart!...
Anfi
We can’t allways get what we want, mas texto para ler é coisa que não vai faltando por enquanto. E, enquanto houver o que precisamos, o resto imagina-se!
Pedro
Quase não te reconheço – agora tens um nick ENORME. E depois fazes perguntas que não são para responder , outras que não têm resposta e outras a que não sei responder – e, porque uma trilogia nunca vem só, ainda misturas as ditas questões com laranjas que se atiram ao ar . Não consegui apanhar nenhuma. A ver se te explicas!...
Mudando de conversa: em que partido vais votar ? )))
Anedota do dia
Fui fazer o cartão de cidadã.
Primeiro, estou mais alta! Fantástico.
Segundo, os meus indicadores já não têm impressão digital legível – não sei se posso continuar a teclar tanto assim!
Foi lá outro cidadão que também não tinha as ditas impressões por contar muitas notas em tempos idos. Perguntei se era o Sócrates. Disseram-me que não, que era um caixa do BPN !
E eu, agora que já não deixo impressões (nem boas, nem más), e com a crise que se instalou, vou passar ao assalto. Mais uma coisa em que não sou a primeira. (Ainda a Ana me convidou para líder – para não votar em mim, ainda por cima!). E digo que não sou a primeira porque, também com a crise que aí vai, fui assaltada. Cheguei ao monte para passar a pausa letiva da Páscoa e zás! um assaltante tinha-me levado uma botija de gás gigante a estrear. Também não foi a primeira vez que perguntei: porquê eu?!
Bom…hoje não me apetece falar de política. Ao cinema não fui. De amor também não.
Apesar de tudo, Pedro, bjs
Para os outros abreijos (já cá faltavam)
Caidê,
No que contar a melhor anedota))))
Anfi,
o Medina é que se zangou com ele, ao entrar para o programa discutiram e foi cancelado.
Eu nunca fui à bola com o Crespo, o Medina é também um bocado arrogante, mas é certeiro nos números macro, que ninguém desmente, ignoram-no, simplesmente.
Do R. dos Santos não gosto, francamente.
Esqueça por favor, DEFINITIVAMENTE, o medo de falar comigo. Quanto à correcção, é o mínimo que devo fazer. Se não respeitar os outros, como quererei ser respeitado por eles?
Quanto aos seus argumentos, nem os contexto, eles falam por si, e, no fundo, dão-me razão. Analise-os bem.
Oí, Manueo... :).
Manuel,
Eu respeito quem mais sabe e melhor escreve. Estou disponivél para qualquer ajudinha ou contribuição:
http://youtu.be/CURjTnIDH3g
Obrigada, Pedro
Meus caros
As experiências acumuladas demonstram que a necessidade de renovação exige a precisão e a definição dos paradigmas.
Nuno Coutinho
Pedro,
eu estou um pouco como a Caidê, não percebo em que o posso ajudar.
Além de que não tenho muito jeito para ser professor de iguais a mim, como é o caso aqui no Murcon.
Como o tempo passa ;)
http://www.youtube.com/watch?v=pZCfZhxdRZw
Mestres!
Anfi:
Eu não atinei com as sugestões. E agora vai fazer-me passar pela vergonha de expor publicamente a minha ignorância informatica:)
Primeiro não sei a que bloco de notas se refere. Segundo, não descortino como posso por a identificação e só depois escrever; para por a identificação eu tenho que carregar primeiro no "publicar o seu comentario" e depois já não consigo voltar para trás. Está a ver? Agora estão todos a rirem-se de mim:)
Eu também não vou muito à bola com o encrespado mas ao menos ele não escreve aqueles livros horriveis do JRdos Santos. Eu li A Filha do Capitão e fiquei traumatizada:) Desde então, sempre que o vejo a apresentar o telejornal mudo de canal. Juro. Não estou a brincar. Mudo mesmo.
Caidê:
Não sei a marca do cão e muito menos a cor da coleira:)
Só sei que tem um apetite voraz e que se tramou totalmente ao comer o diploma de curso do dono. Ele nunca lhe perdoou!:)
Aliás, ele agora anda à procura de um novo dono. O cão entenda-se.:)
Bom Serão:
http://www.youtube.com/watch?v=_cezCaDAYJE
:).
Manuel,
Está a ver como eu tinha razão? Está a chamar-me mal educada, quando isso nunca me passou pela cabeça. Eu estava a referir-ma à correcção de textos, dada a forma brilhante como escrevo, mas V. foi logo para o meu outro eu. É sinal de que não escrevo assim tão mal.
Obrigada.
Anfi:
O Manuel só uma vez, melhor duas vezes, corrigiu alguém aqui. E esta alguém, fui eu:)
Mas eu chamei-lhe chato e ameacei-o que nunca mais lhe mandava musicas. Remédio santo! Nunca mais corrigiu ninguem:)))
Manuel,
Não, não conhecia as origens da categorização entre esquerda e direita. Se conhecia, pelo menos não me lembrava. Obrigada. Aprendo muito por aqui e por todo o lado. Fico perplexa, por exemplo, com as coisas que a Anfitrite sabe e ainda mais com o que se lembra. Eu, que já tive uma boa memória e desde que os meus filhos nasceram que comecei a perder memória de curto prazo, delicio-me com as coisas que a Anfitrite conta e com as coisas de que se lembra.
Sabe, parte do nosso drama é mesmo essa que aponta. Uma esquerda com líderes "de pacotilha". O que se passa é que eu tenho esperança que eles ganhem juízo e assumam as suas responsabilidades, ou por pressão nossa, ou por pressão interna. E tenho esperança, também, que se esses partidos tiverem uma boa votação, se sentirão encostados à parede e pressionados a negociar para formar governo. Tenho esta esperança porque é a única luz que vejo ao fundo do túnel.
Não me preocupo muito com o que diz ou pensa o Jorge Miranda relativamente ao voto em branco. Nem ele nem ninguém. Sou pragmática: olho para esta realidade, leio os números e vejo que se quero ter uma palavra (ainda que muitíssimo pequena) a dizer, não posso dar-me a esse luxo. Além disso tenho um gene qualquer estranho que me impede de desistir.
Quer uma nova realidade? OK, vamos a isso, mas esta é a que temos agora e é com esta que temos de lidar. Depois de 5 de Junho trabalho consigo para uma nova realidade, se quiser.
Anfitrite,
Sim, o seu conselho deu-me jeito. :-) Obrigada.
Tangerina
Anfi,
Desculpe-me, mas não percebi nada do que quis dizer. Eu a chamar-lhe mal-educada? Mesmo que o tivesse sido (e nunca o foi) acha-me capaz disso?
Para mim, argumentos contrários são isso mesmo, só argumentos, valem o mesmo que os meus, as pessoas são outra coisa, e valem sempre mais do que os argumentos, pois podem mudar de argumento, por isso é que nas discussões as tentamos convencer.
P. S. O meu comentário das 07:54 PM, em resposta à Anfitrite, tem uma gralha. Contesto (do verbo contestar) é com S e não com X.
Manuel Henrique
É claro que o aumento do diálogo entre os diferentes sectores oferece uma interessante oportunidade para verificação das formas de acção. O cuidado em identificar pontos críticos na constante divulgação das informações possibilita uma melhor visão global do sistema de participação geral.
Nuno Coutinho
Ana, você fez-me realmente rir.
Se você não tem bloco de notas no computador é pq já está muito mais avançada do que eu e já não tem o Windows ou qq coisa parecida.
Quando você carrega, na barra de tarefas,em baixo, em iniciar, aonde tem o símbolo do windows(um tipo de bandeira com as cores vermelho, verde, azul e amarelo.
Carregando nesse iniciar, abre-se uma lista de programas , um deles é o bloco de notas,que tem o símbolo de um bloco, com uma argola em espiral e tudo, tem também
o símbolo para abrir o correio electrónico, etc. Mas v. pode copiar um texto para qualquer lado. Até pode fazê-lo como se fosse uma nova mensagem que pode guardar nos rascunhos se quiser. Também pode copiá-lo para o Word e por aí fora.
Quanto à identificação pode fazê-lo em qualquer altura. Se usa a sua conta deo Gmail, v. abre o seu correio normalmente identificando-se e verá que qd for escrever no blogue já aparece lá a sua identificação.
Para não perder os textos pode escrever, como se fosse uma mensagem, ou no word, ou no bloco de notas.
Depois copia o texto carregando no botão do lado direito do rato, e uma das hipóteses é copiar. Clica no copiar e o texto fica a azul.
Depois para colocar esse texto na caixa do murcon, v. minimiza as outras janelas, as q tiver abertas, carregando no sinal menos, que está no canto superior direito das páginas que estão abertas. E as páginas ficam guardadas na barra de tarefas em baixo, com o respectivo nome. vai à caixa do murcon e cola lá o texto, e depois clica em visualizar ou em publicar, conforme quiser.
Se por acaso não estiver ainda identificada pode fazê-lo e mesmo que perca o texto ele está guardado onde escreveu inicialmente.
se a publicação falhou, abre de novo o blogue vai buscar o texto onde o escreveu inicialmente, maximizando a janela, para isso basta carregar, na barra de terefas em baixo no nome res pectivo.
Parece difícil mas não é. Imprima estas instruções ou copie-as para outro lado e escreva-as à sua maneira.
pq já estou identificada escrevi isto sem ver, deve estar uma baralhada. mas depois corrigo.
Manuel,
desculpe lá, a culpa é minha porque não percebe o meu retorcido
sentido de humor. Diga-me o que consta do seu currículo como actividade secundária(?). A ana entendeu o que eu quis dizer. Vou tentar inscrever-me na Universidade onde esteve para tirar um curso avançado de ...Terei de ser mais clara?
Quanto ao comentário anterior em que lhe respondi estava a brincar, partindo do princípio que, se não acha que eu escrevo mal, só posso ser mal-educada.
Será que me fiz entender?
Ana b.
A correcção que lhe fiz duas vezes tinha outro significado, foi feita noutro contexto (este contexto é que é com X).
E não foi por me ameaçar que não repeti, foi porque não costumo estar sempre a corrigir os outros com ar professoral, só se for para os provocar (no caso de eles merecerem, estarem a pedir, a provocação, o que não foi o seu caso).
Mas é evidente que não gostava de ter sido ostracisado por si, muito menos de perder as suas músicas maravilhosas.
Aqui ficam algumas (com dedicatória) só para os mais assíduos, os ocasionais parece que desistiram):
Ana b.
«Eternity And A Day»: Eleni Karaindrou
http://www.youtube.com/watch?v=Yz12AHWMFNE
Anfi
«Marido de dono»: Neyma (a Diva da Kizomba - Moçambique)
http://youtu.be/ecuaJAtRyVA
Caidê
«Big yellow taxi»: Johnny Mitchell
http://youtu.be/ZgMEPk6fvpg
Tangerina
«Blue Tangos»: Paolo Conte
http://youtu.be/25hdicMcths
Andorinha
«Melancolie»: Yves Duteil & Veronique Sanson
http://www.youtube.com/watch?v=XjQunKcKx0o
Condessa de Til
«Aquellos ojos verdes»: Nat King Cole
http://youtu.be/rXB33yd4KI0
Princesa Isabel
«Amado Mio»: Pink Martini – CD Sympathique
http://www.youtube.com/watch?v=mCd2ulKPhHU
CeTê
«Tú, Gitana»: Rosa Cedrón
http://youtu.be/YbYmXBmkCq8
Aquiles
«Ergo uma rosa»: Luís Pastor – CD Nesta Esquina do Tempo
http://www.youtube.com/watch?v=tESfRSfZ8s8
Bartolomeu
«Atlantis»: Donovan
http://youtu.be/leI7sfmipuI
Pedro
«Santana Guitar Solo»: Carlos Santana
http://www.youtube.com/watch?v=C9ZRS0F5t34
Manuel
Todos excelentes "musicales": sinto ergo sum!
Retribuindo e dedicando a todos um tema levezinho para acalentar o divã:
http://www.youtube.com/watch?v=LMStRERJNsM&feature=related
Manuel,
Merci:)
Já ouvi a minha, agora vou ouvir as outras.
Diz-me só uma coisa: quais foram os critérios para as dedicatórias?
Baseaste-te nas nossas personalidades virtuais?
Desculpa lá, mas sou mesmo muito curiosa:)
Anfi:
Afinal eu tinha bloco de notas no "Iniciar". Só que dizia sticky notes:))))
Mas agora percebi! Tem de ser explicado como se eu fosse muito burra:)
Mas dado o adiantado da hora, só irei testa-lo amanhã. Depois dir-lhe-ei se foi suficiente:)))
Manuel:
Adorei a minha musica. Acertou como sempre!
Para troca envio-lhe uma das minhas musicas preferidas de sempre, aqui cantada em dueto. Vi-os há dias no mezzo e fiquei emocionada com tanto talento. Desculpe a gravação não estar boa mas não encontrei melhor,
http://youtu.be/gIDaxN2pi
Aqui fica a mesma musica mas numa versão mais direitinha:
http://youtu.be/6iP0q1xIkB4
"O Povo é quem mais ordena..." , pois é, triste ilusão.
Ainda mais no dia de hoje, com os londrinos pacoviamente a ajoelharem perante o status quo que os menoriza.
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