... é o alívio de presenciar a saída (?) de cena deste inenarrável Berlusconi. Como foi possível, numa democracia, serem os mercados e não os votos a afastá-lo?:(.
62 comentários:
Anónimo
disse...
"Dos mercados vieste aos mercados voltarás" e assim se ganha e se perde popularidade. O Mercados são implacáveis. Pode ser que estejamos numa era de politicos mais Biológicos e menos Panfletários ou Iconográficos. Mesmo vivendo ao revez a matéria é toda a mesma...
Bem, eu diria que quando grande parte da comunicação social está nas mãos de um indivíduo, grupo ou organização, não podemos falar exactamente em democracia.
Os mercados também cairão, depois levantar-se-ão e depois tornarão a cair. Isto é cíclico, como a história nos ensina. No essencial somos os mesmos de há mil anos e seremos os mesmos daqui a mil anos. Por mais que o amor prevaleça...
É o Julio que dá a resposta quando duvida. A maioria das nossas democracias, na realidade não o são. Para mais, endereço-vos para o comentário da Tangerina. Por acaso, no outro dia, ao ver o Berlusconi na televisão, a dizer as suas alarvices, lembrei-me do nosso produto nacional chamado Alberto João.
A democracia???? A democracia é uma utopia- melhor: uma farsa. As leis que regem a política internacional são a do ouro (seja ele amarelo ou negro). Se Itália o produzisse Berlusconi seria mais um intocável até que uma sobre-dosagem de viagra o levasse. Mas não- é apenas mais um chulo que arrecadou mais do que devia e deixou de ter piada quando brincou com quem fecha os olhos para ele continuar a roubar. Bom bom seria ele restituir o que ganhou à margem da lei.;/
pois...Berlusconi não é assexuado mas é parvo.O meu pai diria UM ALARVE, se por acaso lhe ligasse meia. Estou zangada com um mundo onde os mercados mandam. Prontos. E não é melancólica, é capaz de lhe dar uma valente sova. Digo: que o mundo dos mercados cá lamber sabão (interessada, achei tão engraçado quando o disse :)A minha avó esfregava-nos um trapo ensaboado na língua se dizíamos asneiras :).
Não li Moita Flores, mas atento-lhe nas palavras quando o vejo na TV; diz que a morte o rodeia mas isso não o faz estar morto, que vive dos afetos indistintos de vivos e mortos, e que a perda é a perda da materialidade dos afetos. Entra na casa do pai e sente os passos da mãe na casa, os seus abraços, o som dos seus beijos na cara, e sabe que senti-los não a faz regressar. E depois diz calmamente que os encontros são o bom de nós porque abraçamos a outra pessoa (neste caso era mesmo o António Sala) e no abraço e na conversa existe a materialidade que nos faz falta por sermos vivos. Ah! E que “ai devia falar com o meu filho”, é aberrante, fala-se já porque o depois é o que não se sabe se há. E pronto. Não terá sido bem assim, mas foi o que mais me cativou. Com que concordo. E até já tenho ouvido aqui :) Se vos aborreci foi por bem :)
Boa tarde a todos. Volto para a lista de compras de Natal (por ser apressadinha como diz o Bart e porque a faço com muuuuiiiito gosto :)))
Interessada, eu não quero acreditar que ser tarado (e não é um Taradice qualquer!!!) acrescentava mais valia ao nosso Alberto João?!?!?!!? ou lhe diminuía a falta de virtude. Por ser mulher afirmá-lo ainda soa pior! Ainda se fosse o FDL a dizê-lo ....
No caso de Berlusconi, só os mercados poderiam depô-lo, a democracia aplicada aos votos, nunca... o "homem" já deve ser pai de mais de metade da população italiana... não cabe na cabeça de ninguém, que os filhos votassem contra o pai. Hmmmmm? Ah não são filhos?! Tão? Ahhhhhh!!! São afilhados! Fá mal. Vái dar no mêmo!
Provávelmente, a história repete-se, ciclo após ciclo, personágem, após personagem, numa interminável espiral que talvez seja afinal, não mais que uma esfera... sem lado de fora... nem lado de dentro. Ora vejam; http://www.youtube.com/watch?v=gtYjdEwa8GA&feature=related
Aprendi essa de "lamber sabão" com uma pessoa que é bastante mais velha que eu. Mas está muito bem achada não só para mandar uma pessoa dar uma curva (foi com este sentido que a aprendi), mas ainda mais quando queremos dizer a outro que “vá lavar a boca”. Penso que foi neste caso que a utilizei, embora já não faça ideia nenhuma com quem e porquê.
CT
A Senhora demita-se do que quizer. Eu não renego a minha sexualidade e considero-me bem feminina. Mas se o não fosse também não tinha qualquer problema com isso. Há dois termos que me deliciam de riso. São eles "soa mal" e "deselegante". Sempre que os ouço rio-me à gargalhada. É que são tão pretenciosos e vagos que na realidade não significam nada. Olhe, imagine-me de calças, que é como habitualmente ando, e talvez isso me faça ganhar direitos no seu lexico machista.
É verdade quando diz que tenho o espírito sempre aberto a coisas novas. Mas gosto de as perceber, porque só assim faz sentido. Da conversa dele entendi Matthias Brandt, Willi Brandt, Teatro e Berlim. :( Agradeço a bos intenção pois fico atenta ao nome.
Interessada, o SEU equívoco é entre o que é um ser "sexuado" e um "tarado". Provavelmente considera normal o comportamento sexual rotineiro descrito pelo fulano, o facto de promover mulheres (menores não ficavam de fora) que lhe faziam favores sexuais ou as muitas orgias que promovia. Factos agravados pelos facto do dinheiro gasto vir de negócios que só existiam pelo poder que concentrou pela manipulação das leis que o serviam. Por tanto, poupe-nos a esse disparate. Desfoque.
"Bem, eu diria que quando grande parte da comunicação social está nas mãos de um indivíduo, grupo ou organização, não podemos falar exactamente em democracia."
Tangerita dixit...
Está aqui tudo dito, ou quase... Demagogia e populismo fazem o resto. Democracia? Cada vez sei menos o que isso significa.
Bea,
A mim não me aborreceste nada, já sabes que te leio sempre com prazer.
Compras de Natal já???????????? Meu Deus! És mesmo apressada!
Cêtê,
Gosto de te ver zangada:))))))) E neste caso, poupas-me trabalho a mim. Loooooooooooooooooooooooooool
Ena caramba, o que para aqui já vai....Berlusconi, humm, vi ontem um vídeo amador sobre ele, no Eixo do Mal que define com clareza o estilo dele...Pena, melancolia, tenho apenas pelo facto de não ter saído há mais tempo. Foram os mercados a deitarem-no abaixo; pois paciência, alguma coisa tinha de ser. Melhor eles que um AVC. E agora? Bom agora, virada a página os italianos terão de arregaçar as mangas, tal qual nós, com um Step Rabbit (SR) que quer ser mais rápido que a Troika; um verdadeiro Lucky Lucky da austeridade. Step Rabbit esse grande líder, já escreveu aos "mercados" a tranquilizá-los relativamente à manutenção dos objectivos de consolidação orçamental. Isto demonstra que o SR não se sente muito seguro (embora tenha um Seguro na oposição). Sem alguém com algum prestígio em Finanças ou Economia, o SR vai ser mais do mesmo com a agravante de a sua curva de aprendizagem estar no início. Assim, quando finalmente tiver conseguido ler todos os dossiers Já a Nau foi ao fundo. Bolas para a alternativa. Oremos...... No entretanto, tal como diz Rui Tavares, lembre-mo-nos que: "uma democracia só morre quando os cidadãos não a defendem" Deixo o link do artigo que mais uma vez me parece bem escrito. http://ruitavares.net/textos/cronica-de-uma-revolucao-anunciada/#more-2391
Existem muitas coisas que nos deixam melancólicos, mas o que se passa em Itália, Grécia, e sobretudo em Portugal, onde a intransigência do nosso "querido" PM e do MF e dos senhores e instituiçôes que estão por detrás deles, fazem-me pensar numa coisa:
Um resto de domingo com muito sol por dentro também para ti.
Anfi,
Sei que não ajuda, mas eu também já passei por isso. E o pior não foi decerto para mim, que ainda estou viva. E os meus olhos ainda podem ver o mundo, e os meus ouvidos ainda podem ouvir as músicas que eu quiser ouvir. E quando estou realmente em baixo, converso com o mar. Um abraço.
tento fazer algumas prendas :) o que por vezes resulta extravagante. A mania de fazer o que não sei, não me deslarga:)
Cê_Tê e Inter não vos percebo. Inter "soa mal" e "deselegante" é quê? ora. Se se ri, melhor. A gostar tanto de poesia e a dizer que "soa mal" não...ora esta. A poesia é oral, tem de soar bem. E há muita deselegância sim.
Está-me a parecer que é só um abanar no creme da CT :))
Rain igualmente. Não sei falar com o mar. para mim é mais de sentir. E já tem muita conversa
Está correctíssima a posição do Rui Tavares, mas não esqueçamos do que ele nos adverte e que passo a citar “É a minha tentativa de resposta. Mas, sinceramente, precisamos de ir além. Os representantes valem pouco, e as palavras no papel valerão nada, sem uma verdadeira insurgência democrática dos cidadãos europeus”. A democracia tem de ser mais participativa e, infelizmente, no nosso país (só posso falar do que conheço) ainda estamos muito longe disso, porque obviamente há quem não esteja interessado, e outros que nem consciência disso têm. Tendo ainda em atenção o que a Tangerina dizia acima, não me parece fácil a tarefa. Mas não apoio a inacção. Antres pelo contrário, não acreditando de todo que as greves venham alterar qualquer uma das novas regras, no imediato, sou apologista de que se façam, e participarei nas manifestações. Só assim deixarermos bem claro o nosso descontentamento, não só aos governantes, mas a todos os políticos, que são ao fim e ao cabo os nossos legítimos representantes. Saberão que não passamos cheques em branco, e que em qualquer ocasião podem perder o nosso apoio. Será necessário também que participemos mais a nível do trabalho , nomeadamente nas instâncias previstas na lei. As greves não deverão ser dias de folga.
Claro que o mar também é um dos meus interlocutores privilegiados. Como eu disse "no andar de baixo", àcerca das fotografias, também ele nos sabe ouvir, não nos interrompe, e quando dialoga deixam-nos radiantes. No fundo, acho que se chama a tudo isto, saber falar com o silêncio.E o interlocutor podemos ser nós próprios ou um outro. Se for com o mar, pode ter a vantagem de nos fazer lembrar o verde de uns olhos bonitos ;)
Ía passando despercebido esse “We Are All Connected” tão original e bonito, como é teu hábito. Vou repetir o link, para chamar novamente a atenção para ele. Deixo-te o meu agradecimento.
Gostei de todo o artigo, mas este excerto é marcante.
"Há anos que se troca democracia por eficácia na Europa. A crise provou que agora não temos democracia nem eficácia, e o problema deste ciclo é que ele se reforça mutuamente e se acelera a cada rotação. Vemos agora coisas que ainda há pouco seriam impensáveis. Há governos que já são meros simulacros e chantagens que se fazem às claras. A crise europeia está a atacar as democracias nacionais."
Não poderia estar mais de acordo. Ainda vivemos em democracia?????????
Abraço.
Bea,
Eu não sei fazer prendas. Também não tenho muito tempo para isso, é verdade, mas algumas gostava de fazer. São mais personalizadas e há mais de nós nelas.
Hoje vive-se um mundo da deturpação da verdade através da sua mediatização. Já referi isto aqui em tempos. O problema da esquizofrenia da percepção e do juízo à priori. Se houver o juízo à priori de que o ciclista é sempre atropelado pelo carro, nunca se pode provar que foi o ciclista que se precipitou para cima do carro. Analogamente, se dissermos sempre que os erros são dos trabalhadores e do exagero de salários que eles representam como factor de produção, dificilmente provaremos o contrário. E tudo isto porquê? Porque é mais fácil acreditar do que verificar! É cepticismo? Não, nada disso! Basta ter uma boa dose de descrença nos “factos” veiculados na grande imprensa. Não esquecendo que esta é um negócio e não uma forma de veicular a verdade, arrisco-me a dizer que apresenta aquilo que o poder dominante paga para ela apresentar. E pode pagar em dinheiro, alugando tempo informativo como pode pagar em espécie, prometendo aumento do negócio. Hoje tudo se negoceia, inclusive a informação. Contudo, e felizmente, nem tudo se cala e nem tudo se silencia. Há quem prese a sua honra e a sua independência, mas, há medida que os tempos passam vão sendo cada vez menos. E não me sinto à vontade em criticar ninguém, sobretudo esta nova geração. O espaço de vida deles é muito apertado. E que direito, em boa verdade, temos nós de lhes dizermos que se querem viver vão daqui para fora? Tenho-me interrogado muito sobre a validade desta ideia!
Andorinha:-
A UE do Jacques Delors era uma coisa a EU do Durão Barroso é outra. Tinha-se de começar por algum lado e se calhar criar uma moeda única não foi a melhor solução. Mas pensar que se cria uma União Europeia fazendo desta não mais do que um somatórios de países com uma moeda única e com livre circulação de cidadãos entre eles é coisa que só é sustentável em momentos de crescimento mas que facilmente revela as suas debilidades em momentos de recessão. E agora não dá para adiar mais, ou se mergulha na piscina ou se despe o fato de banho. È isto que nos resta!
Comigo não necessita desses preciosismos de correcção. O “à medida” estava bem explícito. E um pouco de cansaço não é sinónimo de taralhoquice :) Aceito com alguma facilidade que uma pessoa preze a sua independência ou não, mas nunca poderei encarar com a sua bonomia a falta de honra. Mas não tem nada a ver com gerações. Sempre houve períodos da história muito difíceis para alguns, e desses, uns comportaram-se de forma honrosa e outros não. Nunca poderei considerar aceitável a desonra por motivo de dificuldades. Aliás, para mim, a desonra é sempre inaceitável. E repare que se assim não for, entramos na grande balda em que ninguém se entende, porque se irão sempre buscar motivos abonatórios. Obviamente que não concordo que se diga à geração actual que se quer ficar no seu país, não se queixe. Acho que eles têm o direito de querer viver condignamente no seu país. Mas é um facto que incentivo a juventude a procurar o que os seus interesses exigem, quer seja em Portugal ou não. Um abraço
Essa canção era do Rui Veloso e cantada por ele. Muito gira. Recordo-me da polémica que deu o facto de haver uma professora (creio que de português)que analisou o texto numa aula. Bons sonhos.
"Como foi possível, numa democracia, serem os mercados e não os votos a afastá-lo?"
Hoje quem manda e tem o Poder já não são os políticos são efectivamente os mercados que comandam tudo. Os americanos nisso são bem objectivos e pragmáticos; quem vai a Nova Yorque sabe que eles têm muito o hábito de se manifestarem mas nestas últimas grandes manifestações contra o Poder e o Sistema, passaram do espaço aberto das avenidas em frente às Nações Unidas ou das outras mais centrais como Time Square e acabaram por se manifestarem em frente à Bolsa em Wall Street com ruas bem curtas e apertadas pois bem sabem que é lá que está o Poder... Na Europa a população é que já nem sabe bem em frente de quem ou aonde se manifestar.:(
Entretanto aproveitem bem a vida e tenham uma boa semana!:)
Interessada, vais passar a se a Murconpédia :)), que tal, ah? Gracinhas à parte, eu gosto do saber.
A letra: Ai que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos As meias rotas e os sapatos descascados Nas avenidas ainda fazes os teus engates E tudo graças ao perfume patchouly
Essas miúdas das escolas secundárias Com cheiro a leite e o soquete pelo artelho Ficam maradas com o teu charme perfumado, Yeah O teu perfume patchouly
Essas miúdas das escolas secundárias Já fumam ganzas na paragem do eléctrio Conversas parvas com mais buço que pintelho Não dizem duas quando estão ao pé de ti
O que elas gostam de te ver e de cheirar, o teu perfume patchouly O que elas gostam de te ver e de cheirar, o teu perfume patchouly O que elas gostam...
Gostaria ainda de acrescentar que na Europa os vários governos bons ou maus, contudo eleitos pelos eleitores, têm vindo constantemente a cair: David Trimble na Irlanda, Sócrates em Portugal, Papandreou na Grécia e agora Berlusconi na Itália mas a todos lhes é comum o facto de serem derrubados por questões ligadas às dívidas controladas pelos mercados os quais são apolíticos e não têm quaisquer normas morais nem obedecem aos interesses nacionais de qualquer país. Os mercados e quem os constituem vivem para enriquecer mais e mais até lhes ser possível isso acontecer...
O velho sonho e objectivo europeu de nivelar rendimentos e direitos humanos pode estar em causa e começando pelo velho ditado "em casa onde não há pão todos ralham e ninguem tem razão" rapidamente se esquecem das solícitas ajudas e solidariedades onde os mais fortes, Alemanha e França. voltam a reivindicar os velhos galões, daí aos nacionalismos pode ir um um passo...
Entretanto e prolongando-se este contexto os nossos filhos terão assim o seu futuro bem ameaçado...:(
"Os mercados e quem os constituem vivem para enriquecer mais e mais até lhes ser possível isso acontecer... "
Há uma pequena nuance que me faz discordar. É que, penso eu, chegará uma altura em que os mercados se tornarão (se não foi sempre essa a sua natureza) autofágicos. Destruir-se-ão, como vulgares parasitas após matarem o hospedeiro (que, lamento, neste caso somos nós).
Portanto, eu não concordo exactamente consigo, porque acredito que os mercados vivem para enriquecerem mais e mais até lhes ser *impossível* isso continuar a acontecer. E nessa altura iniciar-se-á o desabamento.
Partindo agora para outro assunto, será isso que acontecerá também com o aquecimento global.
Lamento a visão negra, mas há dias em que *estou* mais realista. ;-)
Concordo mais uma vez com todo o teu comentário. Até podes pensar que sou 'patetinha':), mas não sou. O que acontece é que não tenho nada a rebater nem a acrescentar de tal forma me identifico com o que escreves.
"E que direito, em boa verdade, temos nós de lhes dizermos que se querem viver vão daqui para fora?"
Direito não temos, mas também aconselho qualquer um dos meus amigos mais novos a procurarem o seu futuro noutros mundos. Mochila às costas e irem por aí fora. Alguns já o fizeram e estão em melhor situação do que se tivessem continuado por aqui.
Compreendo a sua lógica e poderá como sugere eventualmente haver o risco do caos! mas há mercados e mercados...existem situações no hemisfério sul bem diferentes e não só. Eles, os mercados, não constituem uma identidade única; não me parece que eles estejam unidos para agir duma maneira concertada antes pelo contrário, eles alem de rivalizarem entre si competem entre si...querem como já disse ser mais ricos e hão-de perceber os limites da sua actuação e a primeira medida que já surgiu é começar a perdoar dívidas...
Mas eu não percebo nada de economias e ainda menos de finanças , o que eu sei é que péssimismos não nos levam a lado nenhum e entre as dúvidas e nebulosas, opto sempre pela esperança e por vezes avanço até pelo optimismo...
do pensamento em abraços. (...) (Armindo Rogrigues)
E o que diz ali acima é bonito mas difícil. E aumenta o bonito :)
Quanto à crise, aos políticos, aos mercados, essa corja que nos cerceia a respiração...eu não digo o que quero pra eles porque é feio e sou uma miúda bem comportada e por aí. E vou-me embora que não posso ver sangue. Ui.
Vocês tenham tato que o professor ainda nos põe com dono de tanto mal querer, estragamos o blogue e depois isto não tem arranjo e é tudo prejuízo. E para onde é que eu ia dizer parvoíces destas, que tão bem acompanhada estivesse, ham?
Sobre uma música que alguém deixou e não sei quem, mas também não interessa que não ouvi :)mas tem um título muito dado a traduções:"crash into me". uma pessoa fica sem saber se é bater à bruta, estilo amolga-me a lata toda, se é mais dá cabo de mim, entra e estraga tudo, assim como assim não vale nada.Arrasa. E quando quiserem podem pedir que traduzo qualquer coisa, como podem reparar.
Os mercados são apolíticos ? Essa não lembraria nem ao diabo. Os mercados são auto-fágicos ? Perigosíssima ilusão. Os governantes democraticamente eleitos foram afastados fora do normal quadro eleitoral ? Sim. Mas será que tinham sido democraticamente eleitos ? Será alguma vez democrático criar um clima eleitoral de medo e pseudo-inevitabilidades para forçar os povos a elegerem os fiéis representantes dos mercados ? Já só falta vir alguém dizer que Berlusconi era, por excelência, o primeiro-ministro da classe trabalhadora italiana… ;-)
Há variados "contributos" para termos chegado onde chegámos. O clube bielderberg e a maçonaria são alguns instrumentos “visíveis” que não existem por acaso. A implantação da chamada terceira-via, verdadeira peça de destruição ideológica dos partidos socialistas/sociais-democratas, foi um processo que demorou décadas mas que, paulatinamente, foi dando os resultados pretendidos. Tudo isto era mais que esperado. Os “goldman & sachs” deste planeta há muito que preparam aquilo que alguns designam de nova ordem mundial. Leiam-se, por exemplo, as 'Cartas de Inglaterra' de Eça de Queiroz e tirem-se as respectivas conclusões.
«[…] O motivo do furor anti-semítico é simplesmente a crescente prosperidade da colónia judaica, colónia relativamente pequena, apenas composta de quatrocentos mil judeus; mas que pela sua actividade, a sua pertinácia, a sua disciplina, está fazendo uma concorrência triunfante à burguesia alemã.
A alta finança e o pequeno comércio estão-lhe igualmente nas mãos: é o judeu que empresta aos estados e aos príncipes, é a ele que o pequeno proprietário hipoteca as terras. Nas profissões liberais absorve tudo: é ele o advogado com mais causas e o médico com mais clientela: se na mesma rua há dois tendeiros, um alemão e outro judeu, o filho da Germânia ao fim do ano está falido, o filho de Israel tem carruagem! Isto tornou-se mais frisante depois da guerra: e o bom alemão não pode tolerar este espectáculo do judeu engordando, enriquecendo, reluzindo, enquanto ele, carregado de louros, tem de emigrar para a América à busca de pão.
Mas se a riqueza do judeu o irrita, a ostentação que o judeu faz da sua riqueza enlouquece-o de furor. E, neste ponto, devo dizer que o Alemão tem razão. A antiga legenda do israelita, magro, esguio, adunco, caminhando cosido com a parede, e coando por entre as pálpebras um olhar turvo e desconfiado – pertence ao passado. […]»
Interessada, Gostei da canção e da voz rouca da Buika.
Quanto ao vídeo do Matthias Brandt, a intenção foi mais que ficasse a saber que ele existia, que era bom actor e qual o seu aspecto, do que propriamente perceber tudo o que se lá dizia. Para além da recomendação do referido espectáculo teatral e do disco, também não havia muito mais a notar.
Aproveito para agradecer o Schubert que me deixou e para desejar bom concerto na Gulbenkian.
FDL, não me expliquei bem: são auto-fágicos depois de terem comido tudo o que havia para comer e de se terem lambuzado bem. E claro que não são apolíticos.
E quanto a isto não há nada a fazer: as mudanças de regime não têm resultado apenas do descontentamento do povo; têm também origem em lutas nas classes dominantes (quer a gente lhes chame mercados, ou outra coisa qualquer). Assim foi e assim será.
Vi há umas semanas um programa na televisão alemã acerca do qual gostaria de saber a vossa opinião, dado que o que se passa/irá passar naquele país influencia naturalmente a vida dos portugueses. Vou colocar a coisa muito esquematicamente:
1º- Reportagem - Imagens de uma manifestação de protesto em Berlim e entrevistas de rua. As pessoas, no geral, criticaram os especuladores, os bancos e o governo por "lamber o rabo ao Ackermann" (chefe do Deutsche Bank).
2º - Debate entre: a) Antigo Primeiro Ministro do estado da Saxónia - CDU
b) Actual Ministra do Trabalho - CDU
c) Deputada do partido Die Linke (género de Bloco de Esquerda)
d) Autor do livro "Salvem o nosso dinheiro! A Alemanha está a ser vendida". Este sujeito tem o apelido Henkel. Assim, é provavelmente um grande industrial.
e) Presidente da associação "Jovens Empresários".
Opiniões dos participantes:
a) O antigo PM da Saxónia criticou a política alemã dos últimos anos relativamente aos países mais fracos da UE, disse que tinha que haver mais solidariedade, que isto era um dever sagrado da Alemanha, que preconceitos do tipo "nós somos trabalhadores e os outros mandriões, por isso não ajudamos" não levam a nada e que uma saída do euro era impensável.
b) A actual Ministra do Trabalho concordou + ou - com ele, disse que a Grécia deveria permanecer no euro e que se devia apressar a criação dos Estados Unidos da Europa, de modo a que as dívidas deixassem de ser dos países individualmente. Segundo ela, só unidos se pode lutar contra os ataques ao euro. Quanto às leis do trabalho, disse que recusava um modelo tipo China.
c) A deputada dos Linke queixou-se também (como os manifestantes) da falta de firmeza do governo para com os bancos. Disse ainda que tinha que acabar a concorrência fiscal (no IRC e IVA) entre países de UE e que era necessário promover a convergência dos salários (dreams!).
d) O autor do livro (talvez grande industrial?) disse que é necessário uma nova moeda só para a Alemanha, Finlândia, Áustria e Holanda (curiosamente deixa de fora o Luxemburgo, por ex.) e que está a pensar fundar um novo partido político com este objectivo.
e) A jovem empresária disse que os países que não pagam as suas dívidas têm que ser punidos, que os gregos estão a fazer chantagem e que não é bom que a Alemanha dê dinheiro a esses países.
3º- Reacções em entrevistas e comentários na internet: No geral (com amostragem reduzida, não uma sondagem séria), pouco suporte das posições dos 2 da CDU (uma pessoa disse que são traidores), algum apoio ao Henkel.
Este programa claro que foi para consumo interno (o facto de eu ter visto é naturalmente uma excepção), logo esta gente estava a falar para o "povo" alemão. Ora, o que os da CDU e Linke disseram vai mais de encontro ao que nós, países do sul, gostaríamos de ouvir do que o dito povo a quem não agradam lá muito estas posições de solidariedade e união. Foi teste da CDU ao eleitorado? O velho PM da Saxónia pareceu-me sincero.
Como disse, Fora-de-lei e Tangerina, gostaria da vossa análise (e/ou de quem mais tiver interesse nestas questões).
Competir com Fernando Pessoa "jamais", mas não conheço a versão do POEMA PIAL referida ao Pios. Porque razão será esta de haver um Poema Pial só pra Pias? Acho injusto além de descriminatório. Ousei corrigir essa injustiça apresentando a versão para os PIOS.
Aí vai.
Toda a gente com calafrios Beba dois bagaços contra ARRE PIOS.
Acho que o povo alemão nunca irá ter a atitude politicamente correcta, como qualquer outro povo não teria. Obviamente que eles já sentem que as condições no seu país estão a piorar, e portanto não querem pagar a dívida dos outros países. Acresce que, muito provavelmente as ideias disseminadas pelos mass media vão ao encontro desta realidade. Por outro lado, talvez os elementos afectos à CDU saibam, que acabando a UE, acaba também a supremacia da Alemanha e muito provavelmente algumas benesses provindas de outros países.
O espectáculo foi muitíssimo bom. De início foi contido, mas depois do rapazinho ter “aquecido” foi mesmo muito muito bom. Bem, esta foi a minha opinião. Um amigo meu achou que ele foi muito bom desde o início. Mas não só ele. A orquestra (Apollo’s Fire - Americana) também é muitíssimo boa. Quando comentei isto, disseram-me que de momento é considerada a melhor orquestra de música barroca. Os aplausos foram tantos que tivemos direito a três extras, e com o aviso prévio de que seria o último :) O rapazito já devia estar com receio de ficar refém. Para quem conheça o público português deste tipo de espectáculos, isto não será novidade. Eu senti que eles absorveram o entusiasmo da assistência, e isso é sempre muito bom. :*
Interessada, Também me parece compreensível que o "alemão médio", especialmente se o seu nível de vida se deteriorar mais, adira às ideias do tal Henkel. Quanto à CDU, se continuar a não conseguir convencer o eleitorado de que a manutenção da união a todo o custo é necessária, vai ter de mudar de discurso ou arrisca-se a perder as eleições. Esta é a minha dúvida, será que de grandes defensores dos E.U. da Europa, com a formação actual, vão passar a apoiar também a criação do "clube germânico"? O antigo PM da Saxónia quase explodiu quando o Henkel disse que a França definitivamente não podia fazer parte do novo "super euro" e afirmou que isso era inaceitável. Assim, é interessante seguir os desenvolvimentos. Falta naturalmente aqui um elemento importante, a agenda do partido socialista, o SPD, que não sei exactamente qual é. Veremos o que sucede durante o próximo ano e quais as consequências para Portugal.
Ainda bem que gostou do concerto (já esperava que gostasse). Quanto a orquestras barrocas, acho que depende do tipo de interpretação que se prefere e do compositor. Para quem gosta do "estilo inglês", digamos assim, a Academy of St Martin in the Fields continua a ser muito boa. Para Vivaldi, há um maestro que nos (a mim e ao Viktor) encantou num programa da ARTE, o Rinaldo Alessandrini.
Vivaldi-Gloria 1ª parte http://youtu.be/1bfUhjEMgpw
Vivaldi - Gloria 2ª parte http://youtu.be/8OjGvCZ_gvs
Também gosto(amos) do Jordi Savall, por ex., aqui:
Concerto das Nações - Lully http://youtu.be/MoVhEGrLXx0
ou aqui:
Rameau http://youtu.be/vbvIaiFhNRM
Para acabar, deixo ainda Martin Gester e o grupo Le Parlement de Musique:
Inimaginável esta personagem bizarra à frente da democracia Italiana, por tantos anos... A dada altura, cheguei a crer que o dito não sairia do Governo, antes de mandar uma palmada ou dar um belisco no rabo da Sra. Merkel... Se deu, não foi filmado em directo!
62 comentários:
"Dos mercados vieste aos mercados voltarás" e assim se ganha e se perde popularidade. O Mercados são implacáveis. Pode ser que estejamos numa era de politicos mais Biológicos e menos Panfletários ou Iconográficos. Mesmo vivendo ao revez a matéria é toda a mesma...
Secalhar ir a votos era demasiado despesista. (vamos ver quem se segue!)
Bem, eu diria que quando grande parte da comunicação social está nas mãos de um indivíduo, grupo ou organização, não podemos falar exactamente em democracia.
Os mercados também cairão, depois levantar-se-ão e depois tornarão a cair. Isto é cíclico, como a história nos ensina. No essencial somos os mesmos de há mil anos e seremos os mesmos daqui a mil anos. Por mais que o amor prevaleça...
http://youtu.be/GqYnMOpV4Io
(a votos é claro!)
Contra alguma melancolia:
http://sicnoticias.sapo.pt/vida/article981914.ece?mid=5285
:).
É o Julio que dá a resposta quando duvida.
A maioria das nossas democracias, na realidade não o são.
Para mais, endereço-vos para o comentário da Tangerina.
Por acaso, no outro dia, ao ver o Berlusconi na televisão, a dizer as suas alarvices, lembrei-me do nosso produto nacional chamado Alberto João.
Bem...pelo menos o Berlusconi não é assexuado.
A democracia???? A democracia é uma utopia- melhor: uma farsa. As leis que regem a política internacional são a do ouro (seja ele amarelo ou negro). Se Itália o produzisse Berlusconi seria mais um intocável até que uma sobre-dosagem de viagra o levasse. Mas não- é apenas mais um chulo que arrecadou mais do que devia e deixou de ter piada quando brincou com quem fecha os olhos para ele continuar a roubar. Bom bom seria ele restituir o que ganhou à margem da lei.;/
pois...Berlusconi não é assexuado mas é parvo.O meu pai diria UM ALARVE, se por acaso lhe ligasse meia.
Estou zangada com um mundo onde os mercados mandam. Prontos. E não é melancólica, é capaz de lhe dar uma valente sova. Digo: que o mundo dos mercados cá lamber sabão (interessada, achei tão engraçado quando o disse :)A minha avó esfregava-nos um trapo ensaboado na língua se dizíamos asneiras :).
Bolas, queria dizer vá lamber sabão :)
Não li Moita Flores, mas atento-lhe nas palavras quando o vejo na TV; diz que a morte o rodeia mas isso não o faz estar morto, que vive dos afetos indistintos de vivos e mortos, e que a perda é a perda da materialidade dos afetos. Entra na casa do pai e sente os passos da mãe na casa, os seus abraços, o som dos seus beijos na cara, e sabe que senti-los não a faz regressar. E depois diz calmamente que os encontros são o bom de nós porque abraçamos a outra pessoa (neste caso era mesmo o António Sala) e no abraço e na conversa existe a materialidade que nos faz falta por sermos vivos.
Ah! E que “ai devia falar com o meu filho”, é aberrante, fala-se já porque o depois é o que não se sabe se há.
E pronto. Não terá sido bem assim, mas foi o que mais me cativou. Com que concordo. E até já tenho ouvido aqui :) Se vos aborreci foi por bem :)
Boa tarde a todos. Volto para a lista de compras de Natal (por ser apressadinha como diz o Bart e porque a faço com muuuuiiiito gosto :)))
Interessada, eu não quero acreditar que ser tarado (e não é um Taradice qualquer!!!) acrescentava mais valia ao nosso Alberto João?!?!?!!? ou lhe diminuía a falta de virtude.
Por ser mulher afirmá-lo ainda soa pior! Ainda se fosse o FDL a dizê-lo ....
No caso de Berlusconi, só os mercados poderiam depô-lo, a democracia aplicada aos votos, nunca... o "homem" já deve ser pai de mais de metade da população italiana... não cabe na cabeça de ninguém, que os filhos votassem contra o pai.
Hmmmmm?
Ah não são filhos?!
Tão?
Ahhhhhh!!! São afilhados!
Fá mal. Vái dar no mêmo!
Provávelmente, a história repete-se, ciclo após ciclo, personágem, após personagem, numa interminável espiral que talvez seja afinal, não mais que uma esfera... sem lado de fora... nem lado de dentro.
Ora vejam;
http://www.youtube.com/watch?v=gtYjdEwa8GA&feature=related
Bea
Aprendi essa de "lamber sabão" com uma pessoa que é bastante mais velha que eu. Mas está muito bem achada não só para mandar uma pessoa dar uma curva (foi com este sentido que a aprendi), mas ainda mais quando queremos dizer a outro que “vá lavar a boca”.
Penso que foi neste caso que a utilizei, embora já não faça ideia nenhuma com quem e porquê.
CT
A Senhora demita-se do que quizer.
Eu não renego a minha sexualidade e considero-me bem feminina. Mas se o não fosse também não tinha qualquer problema com isso.
Há dois termos que me deliciam de riso. São eles "soa mal" e "deselegante".
Sempre que os ouço rio-me à gargalhada. É que são tão pretenciosos e vagos que na realidade não significam nada.
Olhe, imagine-me de calças, que é como habitualmente ando, e talvez isso me faça ganhar direitos no seu lexico machista.
Pedro
Até parece que não conheces o dito "o cão conhece o dono".
É uma realidade, rapaz :)
Pamina
É verdade quando diz que tenho o espírito sempre aberto a coisas novas. Mas gosto de as perceber, porque só assim faz sentido.
Da conversa dele entendi Matthias Brandt, Willi Brandt, Teatro e Berlim. :(
Agradeço a bos intenção pois fico atenta ao nome.
Interessada, o SEU equívoco é entre o que é um ser "sexuado" e um "tarado". Provavelmente considera normal o comportamento sexual rotineiro descrito pelo fulano, o facto de promover mulheres (menores não ficavam de fora) que lhe faziam favores sexuais ou as muitas orgias que promovia. Factos agravados pelos facto do dinheiro gasto vir de negócios que só existiam pelo poder que concentrou pela manipulação das leis que o serviam. Por tanto, poupe-nos a esse disparate. Desfoque.
"Bem, eu diria que quando grande parte da comunicação social está nas mãos de um indivíduo, grupo ou organização, não podemos falar exactamente em democracia."
Tangerita dixit...
Está aqui tudo dito, ou quase...
Demagogia e populismo fazem o resto.
Democracia?
Cada vez sei menos o que isso significa.
Bea,
A mim não me aborreceste nada, já sabes que te leio sempre com prazer.
Compras de Natal já????????????
Meu Deus! És mesmo apressada!
Cêtê,
Gosto de te ver zangada:)))))))
E neste caso, poupas-me trabalho a mim.
Loooooooooooooooooooooooooool
andorinha, ;)))) não sei se deva rir ou zangar-me contigo: ;D
(Fizeste-me rir "parva" ;P)
E rir é saudável...
Quem é amiga, quem é?:)
"Democracia ("demo+kratos") é um regime..."
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia)
Regime politico:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_pol%C3%ADtico
Ora bem! Assim sendo, desde que não haja tiros bem vamos que ter que esperar por um regime menos confuso.
Um bom regime para todos:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dieta_(nutri%C3%A7%C3%A3o)
Bou ali e já venho;)
Ena caramba, o que para aqui já vai....Berlusconi, humm, vi ontem um vídeo amador sobre ele, no Eixo do Mal que define com clareza o estilo dele...Pena, melancolia, tenho apenas pelo facto de não ter saído há mais tempo.
Foram os mercados a deitarem-no abaixo; pois paciência, alguma coisa tinha de ser. Melhor eles que um AVC. E agora? Bom agora, virada a página os italianos terão de arregaçar as mangas, tal qual nós, com um Step Rabbit (SR) que quer ser mais rápido que a Troika; um verdadeiro Lucky Lucky da austeridade. Step Rabbit esse grande líder, já escreveu aos "mercados" a tranquilizá-los relativamente à manutenção dos objectivos de consolidação orçamental. Isto demonstra que o SR não se sente muito seguro (embora tenha um Seguro na oposição). Sem alguém com algum prestígio em Finanças ou Economia, o SR vai ser mais do mesmo com a agravante de a sua curva de aprendizagem estar no início. Assim, quando finalmente tiver conseguido ler todos os dossiers Já a Nau foi ao fundo. Bolas para a alternativa.
Oremos......
No entretanto, tal como diz Rui Tavares, lembre-mo-nos que:
"uma democracia só morre quando os cidadãos não a defendem"
Deixo o link do artigo que mais uma vez me parece bem escrito.
http://ruitavares.net/textos/cronica-de-uma-revolucao-anunciada/#more-2391
Abraços e coração ao alto
Ímpio
CT
Poupe-me às suas lições.
O seu equícoco não foi e de referir o que eu não disse, o que é um facto, mas sim o de alterar com mórbido propósito.
E assim se enfrenta a realidade
Até ver se há mais :)
Existem muitas coisas que nos deixam melancólicos, mas o que se passa em Itália, Grécia, e sobretudo em Portugal, onde a intransigência do nosso "querido" PM e do MF e dos senhores e instituiçôes que estão por detrás deles, fazem-me pensar numa coisa:
http://www.youtube.com/watch?v=ZUEeBhhuUos
Bea,
Um resto de domingo com muito sol por dentro também para ti.
Anfi,
Sei que não ajuda, mas eu também já passei por isso. E o pior não foi decerto para mim, que ainda estou viva. E os meus olhos ainda podem ver o mundo, e os meus ouvidos ainda podem ouvir as músicas que eu quiser ouvir.
E quando estou realmente em baixo, converso com o mar. Um abraço.
andorinha
tento fazer algumas prendas :) o que por vezes resulta extravagante. A mania de fazer o que não sei, não me deslarga:)
Cê_Tê e Inter
não vos percebo.
Inter "soa mal" e "deselegante" é quê? ora. Se se ri, melhor. A gostar tanto de poesia e a dizer que "soa mal" não...ora esta. A poesia é oral, tem de soar bem. E há muita deselegância sim.
Está-me a parecer que é só um abanar no creme da CT :))
Rain
igualmente. Não sei falar com o mar. para mim é mais de sentir. E já tem muita conversa
Inté.
Assim também:
http://youtu.be/ZWmrfgj0MZI
(Massive Attack - Unfinished Sympathy)
http://vimeo.com/19835490
Caro Impio
Está correctíssima a posição do Rui Tavares, mas não esqueçamos do que ele nos adverte e que passo a citar “É a minha tentativa de resposta. Mas, sinceramente, precisamos de ir além. Os representantes valem pouco, e as palavras no papel valerão nada, sem uma verdadeira insurgência democrática dos cidadãos europeus”.
A democracia tem de ser mais participativa e, infelizmente, no nosso país (só posso falar do que conheço) ainda estamos muito longe disso, porque obviamente há quem não esteja interessado, e outros que nem consciência disso têm.
Tendo ainda em atenção o que a Tangerina dizia acima, não me parece fácil a tarefa.
Mas não apoio a inacção. Antres pelo contrário, não acreditando de todo que as greves venham alterar qualquer uma das novas regras, no imediato, sou apologista de que se façam, e participarei nas manifestações.
Só assim deixarermos bem claro o nosso descontentamento, não só aos governantes, mas a todos os políticos, que são ao fim e ao cabo os nossos legítimos representantes.
Saberão que não passamos cheques em branco, e que em qualquer ocasião podem perder o nosso apoio.
Será necessário também que participemos mais a nível do trabalho , nomeadamente nas instâncias previstas na lei.
As greves não deverão ser dias de folga.
Rain
Claro que o mar também é um dos meus interlocutores privilegiados.
Como eu disse "no andar de baixo", àcerca das fotografias, também ele nos sabe ouvir, não nos interrompe, e quando dialoga deixam-nos radiantes.
No fundo, acho que se chama a tudo isto, saber falar com o silêncio.E o interlocutor podemos ser nós próprios ou um outro.
Se for com o mar, pode ter a vantagem de nos fazer lembrar o verde de uns olhos bonitos ;)
Andorinha, lool. TU claro!;)
buona settimana per tutti
;P
Pedro
Ía passando despercebido esse “We Are All Connected” tão original e bonito, como é teu hábito.
Vou repetir o link, para chamar novamente a atenção para ele.
Deixo-te o meu agradecimento.
Impio,
Gostei de todo o artigo, mas este excerto é marcante.
"Há anos que se troca democracia por eficácia na Europa. A crise provou que agora não temos democracia nem eficácia, e o problema deste ciclo é que ele se reforça mutuamente e se acelera a cada rotação. Vemos agora coisas que ainda há pouco seriam impensáveis. Há governos que já são meros simulacros e chantagens que se fazem às claras. A crise europeia está a atacar as democracias nacionais."
Não poderia estar mais de acordo.
Ainda vivemos em democracia?????????
Abraço.
Bea,
Eu não sei fazer prendas. Também não tenho muito tempo para isso, é verdade, mas algumas gostava de fazer. São mais personalizadas e há mais de nós nelas.
Pedro(8.52)
Tu descobres cada pérola!:)
Lindíssimo!
Interessada:-
Hoje vive-se um mundo da deturpação da verdade através da sua mediatização. Já referi isto aqui em tempos. O problema da esquizofrenia da percepção e do juízo à priori. Se houver o juízo à priori de que o ciclista é sempre atropelado pelo carro, nunca se pode provar que foi o ciclista que se precipitou para cima do carro. Analogamente, se dissermos sempre que os erros são dos trabalhadores e do exagero de salários que eles representam como factor de produção, dificilmente provaremos o contrário. E tudo isto porquê? Porque é mais fácil acreditar do que verificar! É cepticismo? Não, nada disso! Basta ter uma boa dose de descrença nos “factos” veiculados na grande imprensa. Não esquecendo que esta é um negócio e não uma forma de veicular a verdade, arrisco-me a dizer que apresenta aquilo que o poder dominante paga para ela apresentar. E pode pagar em dinheiro, alugando tempo informativo como pode pagar em espécie, prometendo aumento do negócio. Hoje tudo se negoceia, inclusive a informação.
Contudo, e felizmente, nem tudo se cala e nem tudo se silencia. Há quem prese a sua honra e a sua independência, mas, há medida que os tempos passam vão sendo cada vez menos. E não me sinto à vontade em criticar ninguém, sobretudo esta nova geração. O espaço de vida deles é muito apertado. E que direito, em boa verdade, temos nós de lhes dizermos que se querem viver vão daqui para fora? Tenho-me interrogado muito sobre a validade desta ideia!
Andorinha:-
A UE do Jacques Delors era uma coisa a EU do Durão Barroso é outra. Tinha-se de começar por algum lado e se calhar criar uma moeda única não foi a melhor solução. Mas pensar que se cria uma União Europeia fazendo desta não mais do que um somatórios de países com uma moeda única e com livre circulação de cidadãos entre eles é coisa que só é sustentável em momentos de crescimento mas que facilmente revela as suas debilidades em momentos de recessão. E agora não dá para adiar mais, ou se mergulha na piscina ou se despe o fato de banho. È isto que nos resta!
Abraços
Ímpio
Interessada
Onde está "há medida" deveria estar "à medida". Já ando taralhoco!
Ímpio
Pedro,
Obrigada pela pérola, como muito bem disse a Andorinha.
Para ti e para quem mais quiser:
http://www.youtube.com/watch?v=dqUdI4AIDF0&ob=av2e
Bons sonhos para todos
No meu divã, a fazer zaping, encontrei uma personagem que me cheirou a patchouly. Por isso, aqui fica:
http://www.youtube.com/watch?v=UDKFOdpy5yA
Impio
Comigo não necessita desses preciosismos de correcção.
O “à medida” estava bem explícito. E um pouco de cansaço não é sinónimo de taralhoquice :)
Aceito com alguma facilidade que uma pessoa preze a sua independência ou não, mas nunca poderei encarar com a sua bonomia a falta de honra.
Mas não tem nada a ver com gerações.
Sempre houve períodos da história muito difíceis para alguns, e desses, uns comportaram-se de forma honrosa e outros não.
Nunca poderei considerar aceitável a desonra por motivo de dificuldades. Aliás, para mim, a desonra é sempre inaceitável.
E repare que se assim não for, entramos na grande balda em que ninguém se entende, porque se irão sempre buscar motivos abonatórios.
Obviamente que não concordo que se diga à geração actual que se quer ficar no seu país, não se queixe. Acho que eles têm o direito de querer viver condignamente no seu país.
Mas é um facto que incentivo a juventude a procurar o que os seus interesses exigem, quer seja em Portugal ou não.
Um abraço
Cycle
Essa canção era do Rui Veloso e cantada por ele. Muito gira.
Recordo-me da polémica que deu o facto de haver uma professora (creio que de português)que analisou o texto numa aula.
Bons sonhos.
Realmente o Berlusconi é cá uma figurinha!:((
"Como foi possível, numa democracia, serem os mercados e não os votos a afastá-lo?"
Hoje quem manda e tem o Poder já não são os políticos são efectivamente os mercados que comandam tudo. Os americanos nisso são bem objectivos e pragmáticos; quem vai a Nova Yorque sabe que eles têm muito o hábito de se manifestarem mas nestas últimas grandes manifestações contra o Poder e o Sistema, passaram do espaço aberto das avenidas em frente às Nações Unidas ou das outras mais centrais como Time Square e acabaram por se manifestarem em frente à Bolsa em Wall Street com ruas bem curtas e apertadas pois bem sabem que é lá que está o Poder...
Na Europa a população é que já nem sabe bem em frente de quem ou aonde se manifestar.:(
Entretanto aproveitem bem a vida e tenham uma boa semana!:)
Interessada,
vais passar a se a Murconpédia :)), que tal, ah? Gracinhas à parte, eu gosto do saber.
A letra:
Ai que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos
As meias rotas e os sapatos descascados
Nas avenidas ainda fazes os teus engates
E tudo graças ao perfume patchouly
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
Essas miúdas das escolas secundárias
Com cheiro a leite e o soquete pelo artelho
Ficam maradas com o teu charme perfumado, Yeah
O teu perfume patchouly
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
Essas miúdas das escolas secundárias
Já fumam ganzas na paragem do eléctrio
Conversas parvas com mais buço que pintelho
Não dizem duas quando estão ao pé de ti
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
o-ho, o-ho, o-ho
O que elas gostam de te ver e de cheirar, o teu perfume patchouly
O que elas gostam de te ver e de cheirar, o teu perfume patchouly
O que elas gostam...
Gostaria ainda de acrescentar que na Europa os vários governos bons ou maus, contudo eleitos pelos eleitores, têm vindo constantemente a cair: David Trimble na Irlanda, Sócrates em Portugal, Papandreou na Grécia e agora Berlusconi na Itália mas a todos lhes é comum o facto de serem derrubados por questões ligadas às dívidas controladas pelos mercados os quais são apolíticos e não têm quaisquer normas morais nem obedecem aos interesses nacionais de qualquer país. Os mercados e quem os constituem vivem para enriquecer mais e mais até lhes ser possível isso acontecer...
O velho sonho e objectivo europeu de nivelar rendimentos e direitos humanos pode estar em causa e começando pelo velho ditado "em casa onde não há pão todos ralham e ninguem tem razão" rapidamente se esquecem das solícitas ajudas e solidariedades onde os mais fortes, Alemanha e França. voltam a reivindicar os velhos galões, daí aos nacionalismos pode ir um um passo...
Entretanto e prolongando-se este contexto os nossos filhos terão assim o seu futuro bem ameaçado...:(
Menina (11:27 AM),
"Os mercados e quem os constituem vivem para enriquecer mais e mais até lhes ser possível isso acontecer... "
Há uma pequena nuance que me faz discordar. É que, penso eu, chegará uma altura em que os mercados se tornarão (se não foi sempre essa a sua natureza) autofágicos. Destruir-se-ão, como vulgares parasitas após matarem o hospedeiro (que, lamento, neste caso somos nós).
Portanto, eu não concordo exactamente consigo, porque acredito que os mercados vivem para enriquecerem mais e mais até lhes ser *impossível* isso continuar a acontecer. E nessa altura iniciar-se-á o desabamento.
Partindo agora para outro assunto, será isso que acontecerá também com o aquecimento global.
Lamento a visão negra, mas há dias em que *estou* mais realista. ;-)
Bom dia:)
Impio,
Concordo mais uma vez com todo o teu comentário.
Até podes pensar que sou 'patetinha':), mas não sou.
O que acontece é que não tenho nada a rebater nem a acrescentar de tal forma me identifico com o que escreves.
"E que direito, em boa verdade, temos nós de lhes dizermos que se querem viver vão daqui para fora?"
Direito não temos, mas também aconselho qualquer um dos meus amigos mais novos a procurarem o seu futuro noutros mundos. Mochila às costas e irem por aí fora. Alguns já o fizeram e estão em melhor situação do que se tivessem continuado por aqui.
Tangerina,
Eu estou como tu, realista...
Tangerina
Compreendo a sua lógica e poderá como sugere eventualmente haver o risco do caos! mas há mercados e mercados...existem situações no hemisfério sul bem diferentes e não só. Eles, os mercados, não constituem uma identidade única; não me parece que eles estejam unidos para agir duma maneira concertada antes pelo contrário, eles alem de rivalizarem entre si competem entre si...querem como já disse ser mais ricos e hão-de perceber os limites da sua actuação e a primeira medida que já surgiu é começar a perdoar dívidas...
Mas eu não percebo nada de economias e ainda menos de finanças , o que eu sei é que péssimismos não nos levam a lado nenhum e entre as dúvidas e nebulosas, opto sempre pela esperança e por vezes avanço até pelo optimismo...
Feitios:)
Fiquem bem!
Tanger
Mais vale a o poder dos mercados que o poder das armas.
Esse mar não é negro, apenas no negro da noite mas faz-se bem sentir a sua força e calmaria.
...
Ai isto por aqui também está negro. Está está....
Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo, mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em abraços.
(...)
(Armindo Rogrigues)
E o que diz ali acima é bonito mas difícil. E aumenta o bonito :)
Quanto à crise, aos políticos, aos mercados, essa corja que nos cerceia a respiração...eu não digo o que quero pra eles porque é feio e sou uma miúda bem comportada e por aí. E vou-me embora que não posso ver sangue. Ui.
Vocês tenham tato que o professor ainda nos põe com dono de tanto mal querer, estragamos o blogue e depois isto não tem arranjo e é tudo prejuízo. E para onde é que eu ia dizer parvoíces destas, que tão bem acompanhada estivesse, ham?
Sobre uma música que alguém deixou e não sei quem, mas também não interessa que não ouvi :)mas tem um título muito dado a traduções:"crash into me". uma pessoa fica sem saber se é bater à bruta, estilo amolga-me a lata toda, se é mais dá cabo de mim, entra e estraga tudo, assim como assim não vale nada.Arrasa.
E quando quiserem podem pedir que traduzo qualquer coisa, como podem reparar.
Mesmo só por me apetecer e ter a palavra desvairados que me parece que rima com a vossa "boa" disposição
OS SOBREIROS SONHAM
Os sobreiros sonham
sonhos desvairados,
que só os pastores
e as pedras suspeitam
Sonham que são livres
e vão pelo mundo,
com raízes de água
e cabelos soltos.
No céu por lavrar,
as nuvens são cardos
e o sol um milhafre
que esvazia os olhos.
Dos sonhos só resta
A angústia que os ousa
A angústia é concreta
Os sonhos são sombras
Seguros à terra
Com garras de bronze
Os sobreiros sonham
Impossíveis rumos
in Obra Poética, vol. III - de Armindo Rodrigues (1904-1993)
Portem-se. pa variar, bem.
Eu como tenho qq coisa nas unhas dos pés que me anda a afligir, voto Pessoa!
POEMA PIAL
Toda a gente que tem as mãos frias
Deve metê-las dentro das pias.
Pia número UM
Para quem mexe as orelhas em jejum.
Pia número DOIS,
Para quem bebe bifes de bois.
Pia número TRÊS,
Para quem espirra só meia vez.
Pia número QUATRO,
Para quem manda as ventas ao teatro.
Pia número CINCO,
Para quem come a chave do trinco.
Pia número SEIS,
Para quem se penteia com bolos-reis
Pia número SETE,
Para quem canta até que o telhado se derrete.
Pia número OITO,
Para quem parte nozes quando é afoito.
Pia número NOVE,
Para quem se parece com uma couve.
Pia número DEZ,
Para quem cola selos nas unhas dos pés.
E, como as mãos já não estão frias,
Tampa nas pias!
A Pia número SEIS assenta bem aos 'senhores' da Europa :)
Os mercados são apolíticos ? Essa não lembraria nem ao diabo. Os mercados são auto-fágicos ? Perigosíssima ilusão. Os governantes democraticamente eleitos foram afastados fora do normal quadro eleitoral ? Sim. Mas será que tinham sido democraticamente eleitos ? Será alguma vez democrático criar um clima eleitoral de medo e pseudo-inevitabilidades para forçar os povos a elegerem os fiéis representantes dos mercados ? Já só falta vir alguém dizer que Berlusconi era, por excelência, o primeiro-ministro da classe trabalhadora italiana… ;-)
Há variados "contributos" para termos chegado onde chegámos. O clube bielderberg e a maçonaria são alguns instrumentos “visíveis” que não existem por acaso. A implantação da chamada terceira-via, verdadeira peça de destruição ideológica dos partidos socialistas/sociais-democratas, foi um processo que demorou décadas mas que, paulatinamente, foi dando os resultados pretendidos. Tudo isto era mais que esperado. Os “goldman & sachs” deste planeta há muito que preparam aquilo que alguns designam de nova ordem mundial. Leiam-se, por exemplo, as 'Cartas de Inglaterra' de Eça de Queiroz e tirem-se as respectivas conclusões.
Fica aqui um breve trecho dessas cartas:
«[…] O motivo do furor anti-semítico é simplesmente a crescente prosperidade da colónia judaica, colónia relativamente pequena, apenas composta de quatrocentos mil judeus; mas que pela sua actividade, a sua pertinácia, a sua disciplina, está fazendo uma concorrência triunfante à burguesia alemã.
A alta finança e o pequeno comércio estão-lhe igualmente nas mãos: é o judeu que empresta aos estados e aos príncipes, é a ele que o pequeno proprietário hipoteca as terras. Nas profissões liberais absorve tudo: é ele o advogado com mais causas e o médico com mais clientela: se na mesma rua há dois tendeiros, um alemão e outro judeu, o filho da Germânia ao fim do ano está falido, o filho de Israel tem carruagem! Isto tornou-se mais frisante depois da guerra: e o bom alemão não pode tolerar este espectáculo do judeu engordando, enriquecendo, reluzindo, enquanto ele, carregado de louros, tem de emigrar para a América à busca de pão.
Mas se a riqueza do judeu o irrita, a ostentação que o judeu faz da sua riqueza enlouquece-o de furor. E, neste ponto, devo dizer que o Alemão tem razão. A antiga legenda do israelita, magro, esguio, adunco, caminhando cosido com a parede, e coando por entre as pálpebras um olhar turvo e desconfiado – pertence ao passado. […]»
Ãh ? Que tal ? Talvez lá mais para a noite, não?
FDL
Vocemecê quando aparece, arrasa !
Pisco o olho ao seu ponto de vista. Muito correcto.
Interessada,
Gostei da canção e da voz rouca da Buika.
Quanto ao vídeo do Matthias Brandt, a intenção foi mais que ficasse a saber que ele existia, que era bom actor e qual o seu aspecto, do que propriamente perceber tudo o que se lá dizia. Para além da recomendação do referido espectáculo teatral e do disco, também não havia muito mais a notar.
Aproveito para agradecer o Schubert que me deixou e para desejar bom concerto na Gulbenkian.
FDL, não me expliquei bem: são auto-fágicos depois de terem comido tudo o que havia para comer e de se terem lambuzado bem. E claro que não são apolíticos.
E quanto a isto não há nada a fazer: as mudanças de regime não têm resultado apenas do descontentamento do povo; têm também origem em lutas nas classes dominantes (quer a gente lhes chame mercados, ou outra coisa qualquer). Assim foi e assim será.
Fora-de-lei e Tangerina,
Vi há umas semanas um programa na televisão alemã acerca do qual gostaria de saber a vossa opinião, dado que o que se passa/irá passar naquele país influencia naturalmente a vida dos portugueses. Vou colocar a coisa muito esquematicamente:
1º- Reportagem - Imagens de uma manifestação de protesto em Berlim e entrevistas de rua. As pessoas, no geral, criticaram os especuladores, os bancos e o governo por "lamber o rabo ao Ackermann" (chefe do Deutsche Bank).
2º - Debate entre:
a) Antigo Primeiro Ministro do estado da Saxónia - CDU
b) Actual Ministra do Trabalho - CDU
c) Deputada do partido Die Linke (género de Bloco de Esquerda)
d) Autor do livro "Salvem o nosso dinheiro! A Alemanha está a ser vendida". Este sujeito tem o apelido Henkel. Assim, é provavelmente um grande industrial.
e) Presidente da associação "Jovens Empresários".
Opiniões dos participantes:
a) O antigo PM da Saxónia criticou a política alemã dos últimos anos relativamente aos países mais fracos da UE, disse que tinha que haver mais solidariedade, que isto era um dever sagrado da Alemanha, que preconceitos do tipo "nós somos trabalhadores e os outros mandriões, por isso não ajudamos" não levam a nada e que uma saída do euro era impensável.
b) A actual Ministra do Trabalho concordou + ou - com ele, disse que a Grécia deveria permanecer no euro e que se devia apressar a criação dos Estados Unidos da Europa, de modo a que as dívidas deixassem de ser dos países individualmente. Segundo ela, só unidos se pode lutar contra os ataques ao euro. Quanto às leis do trabalho, disse que recusava um modelo tipo China.
c) A deputada dos Linke queixou-se também (como os manifestantes) da falta de firmeza do governo para com os bancos. Disse ainda que tinha que acabar a concorrência fiscal (no IRC e IVA) entre países de UE e que era necessário promover a convergência dos salários (dreams!).
d) O autor do livro (talvez grande industrial?) disse que é necessário uma nova moeda só para a Alemanha, Finlândia, Áustria e Holanda (curiosamente deixa de fora o Luxemburgo, por ex.) e que está a pensar fundar um novo partido político com este objectivo.
e) A jovem empresária disse que os países que não pagam as suas dívidas têm que ser punidos, que os gregos estão a fazer chantagem e que não é bom que a Alemanha dê dinheiro a esses países.
3º- Reacções em entrevistas e comentários na internet:
No geral (com amostragem reduzida, não uma sondagem séria), pouco suporte das posições dos 2 da CDU (uma pessoa disse que são traidores), algum apoio ao Henkel.
Este programa claro que foi para consumo interno (o facto de eu ter visto é naturalmente uma excepção), logo esta gente estava a falar para o "povo" alemão. Ora, o que os da CDU e Linke disseram vai mais de encontro ao que nós, países do sul, gostaríamos de ouvir do que o dito povo a quem não agradam lá muito estas posições de solidariedade e união. Foi teste da CDU ao eleitorado? O velho PM da Saxónia pareceu-me sincero.
Como disse, Fora-de-lei e Tangerina, gostaria da vossa análise (e/ou de quem mais tiver interesse nestas questões).
Bea,
Gostei imenso dos poemas.
Tens bom gosto, cachopa:)
"Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo, mesmo que sejam vãos os passos."
Há frases que se me colam à pele...
FDL(3.21)
Sempre em cima do acontecimento, buddy:)
Competir com Fernando Pessoa "jamais", mas não conheço a versão do POEMA PIAL referida ao Pios. Porque razão será esta de haver um Poema Pial só pra Pias? Acho injusto além de descriminatório. Ousei corrigir essa injustiça apresentando a versão para os PIOS.
Aí vai.
Toda a gente com calafrios
Beba dois bagaços contra ARRE PIOS.
Pio Um
Arrepio na confissão
Arrependimento nenhum
Pio Dois
Fica pra depois
Pio Três
Cada um na sua Vez
Pio Quatro
Foi ao Teatro
Pio Cinco
Usa calças sem vinco
Pio Seis
Pior não penseis
Pio Sete
Come salsichas em baguete
Pio Oito
Gosta de café com biscoito
Pio Nove
Usa chapéu quando chove
Pio Dez
Procura o Ramsés
E no final
Pios e Pias juntos, num bacanal
Abraços
ÍmPIO pio pio pio pio
Acabou-se-me o pio, até amanhã
Pamina
Acho que o povo alemão nunca irá ter a atitude politicamente correcta, como qualquer outro povo não teria.
Obviamente que eles já sentem que as condições no seu país estão a piorar, e portanto não querem pagar a dívida dos outros países.
Acresce que, muito provavelmente as ideias disseminadas pelos mass media vão ao encontro desta realidade.
Por outro lado, talvez os elementos afectos à CDU saibam, que acabando a UE, acaba também a supremacia da Alemanha e muito provavelmente algumas benesses provindas de outros países.
O espectáculo foi muitíssimo bom.
De início foi contido, mas depois do rapazinho ter “aquecido” foi mesmo muito muito bom.
Bem, esta foi a minha opinião. Um amigo meu achou que ele foi muito bom desde o início.
Mas não só ele. A orquestra (Apollo’s Fire - Americana) também é muitíssimo boa.
Quando comentei isto, disseram-me que de momento é considerada a melhor orquestra de música barroca.
Os aplausos foram tantos que tivemos direito a três extras, e com o aviso prévio de que seria o último :) O rapazito já devia estar com receio de ficar refém.
Para quem conheça o público português deste tipo de espectáculos, isto não será novidade.
Eu senti que eles absorveram o entusiasmo da assistência, e isso é sempre muito bom.
:*
Interessada,
Também me parece compreensível que o "alemão médio", especialmente se o seu nível de vida se deteriorar mais, adira às ideias do tal Henkel.
Quanto à CDU, se continuar a não conseguir convencer o eleitorado de que a manutenção da união a todo o custo é necessária, vai ter de mudar de discurso ou arrisca-se a perder as eleições. Esta é a minha dúvida, será que de grandes defensores dos E.U. da Europa, com a formação actual, vão passar a apoiar também a criação do "clube germânico"?
O antigo PM da Saxónia quase explodiu quando o Henkel disse que a França definitivamente não podia fazer parte do novo "super euro" e afirmou que isso era inaceitável.
Assim, é interessante seguir os desenvolvimentos. Falta naturalmente aqui um elemento importante, a agenda do partido socialista, o SPD, que não sei exactamente qual é.
Veremos o que sucede durante o próximo ano e quais as consequências para Portugal.
Ainda bem que gostou do concerto (já esperava que gostasse). Quanto a orquestras barrocas, acho que depende do tipo de interpretação que se prefere e do compositor. Para quem gosta do "estilo inglês", digamos assim, a Academy of St Martin in the Fields continua a ser muito boa. Para Vivaldi, há um maestro que nos (a mim e ao Viktor) encantou num programa da ARTE, o Rinaldo Alessandrini.
Vivaldi-Gloria 1ª parte
http://youtu.be/1bfUhjEMgpw
Vivaldi - Gloria 2ª parte
http://youtu.be/8OjGvCZ_gvs
Também gosto(amos) do Jordi Savall, por ex., aqui:
Concerto das Nações - Lully
http://youtu.be/MoVhEGrLXx0
ou aqui:
Rameau
http://youtu.be/vbvIaiFhNRM
Para acabar, deixo ainda Martin Gester e o grupo Le Parlement de Musique:
Charpentier
http://youtu.be/evh4lLhuQY4
Inimaginável esta personagem bizarra à frente da democracia Italiana, por tantos anos...
A dada altura, cheguei a crer que o dito não sairia do Governo, antes de mandar uma palmada ou dar um belisco no rabo da Sra. Merkel...
Se deu, não foi filmado em directo!
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