quinta-feira, novembro 13, 2008

O amigo madeirense.

Fecho os olhos e deleito-me - Sócrates entra em casa, desfaz o nó da gravata, tira o casaco que ainda não é da marca Obama e vê o noticiário. Da pérola do Atlântico jorra o maná: avaliação instantânea e governamental dos professores e curso intensivo sobre como degradar a Democracia na Assembleia Regional. Quando o sempre vociferante e pletórico Jardim surge no ecrã, Sócrates não resiste e levanta o polegar na sua direcção, "porreiro, pá!". Mas a gratidão sentida é para ser mostrada! Ei-lo que pousa, enlevado, o Magalhães 1 no colo e surge o mail - "Meu caro Alberto...".

E não seria justo, digo eu? O homem permite que o meio-sorriso de Vitalino Canas emoldure a pergunta "cândida" - é este o modelo que o PSD...? Rumo ao grand final da maioria dos comentadores, "o silêncio de Manuela Ferreira Leite acerca da assembleia Regional da Madeira é atroador e mina a sua autoridade moral". Devo confessar que o não esperava, embalei a esperança de a ver quebrar a cumplicidade, longa e deprimente, com todos os caprichos e dislates do "ganhador insular", que salvará o PSD nacional quando lho solicitarem por unanimidade e aclamação.

Como devo confessar que, num registo diverso, também esperava mais de Cavaco Silva. Não duvido que assista, arrepiado, à última traquinice de quem o apelidou de Senhor Silva; não duvido que no recato dos gabinetes pressione; não duvido sequer da eficácia de tal pressão. Mas quando atropelos desta gravidade são cometidos, espero do Presidente palavras serenas e firmes, bastar-me-ia qualquer coisa como "a legalidade democrática deve ser restabelecida o mais depressa possível".

Eu sei, fui sábio por não ter enveredado pela política:). Institucionalizada!..., pois é política o que fazemos no Murcon.

42 comentários:

José Lemos disse...

Artigo excelente! Continuação de bom trabalho, sou um seu leitor assíduo

Cumprimentos

Fora-de-Lei disse...

Cavaco Silva é uma pessoa muito frugal. Não só nos "jaquinzinhos" que ofereceu em tempos ao Padre Melícias, como também nas "admoestações" que (não) faz... ;-)

yes! my love! disse...

"Eu sei, fui sábio por não ter enveredado pela política:). Institucionalizada!...," JMV

pois foi ~~ e muitos assim pensarão, mas é precisamente por isso que ela está tão mal entregue!

e que todos os dias sofremos desilusões quase inexplicáveis ~~

enquanto candidatos, eles podem tudo, e dizem que têm tudo para chegarem lá dentro e serem eles próprios,

mas depois, não se levam totalmente consigo, deixam o mais importante em casa, para usar numa próxima campanha eleitoral!

alguma coisa os faz desistir de si mesmos, quando abraçam aqueles cargos!

Será este porém, o verdadeiro significado

de " a política é a arte do possível ? "

Talvez seja isso! talvez todas as razões do nosso descontentamento sejam afinal as regras do jogo, num sistema de governação e representação popular que já deu o que tinha a dar,

até porque já provou que a ética e esta forma de fazer política são inconciliáveis ?

urge encontrar outros sistemas para substituir esta Democracia que não passa de uma Partidocracia, que já nem isso é ~~ e só não vê quem não quer ver!

estamos nas mãos de um ou de uns poucos, entregues à sua boa vontade, engenho e arte! e apesar de não ter votado em JS, hoje nem hesitaria!

no meio do caos, alguém tem de fazer alguma coisa, e alguma coisa está a ser feita ~~

não há reformas a valer, sem indignação a valer,

e se o País chegou onde chegou, e a Educação andou a bater lá no fundo, não foi porque toda a gente andou a dar o melhor de si ~~

E chegou a hora da verdade! as cotas são sempre muito injustas ~~ mas infelizmente, se queremos encontrar mais mulheres nos orgãos soberania teve de ser assim!

E na Educação se queremos encontrar os maus e os bons professores, terá de ser assim também,

ou seria como na Madeira - seriam todos bons por decreto!!! - sem ter de provar nada a ninguém nem a si mesmos, nem aos seus alunos, nem ao País, nem aos Contribuintes que lhes pagam!

Ninguém quer ser o dedo acusador, mas se eles professores não se avaliarem uns aos outros, terão se se constituir Comissões de Avaliação, e lá passará o odioso todo para as Comissões, e quem lhes der posso, e lá virão os maus professores dizer que os Avaliadores não sabem da poda que que que ~~ que se movem por outros interesses etc etc.

e para terminar, os meus parabéns pelo excelente post! de analista político ~~ isento e sobretudo livre! que é coisa que já não se vê em lado nenhum ~~ infelizmente!

lobices disse...

...permita-me, com humildade, subscrever por baixo o seu post

andorinha disse...

"Eu sei, fui sábio por não ter enveredado pela política:). Institucionalizada!..., pois é política o que fazemos no Murcon."

Abençoada sageza!
Hoje não seria a pessoa que é, isso lhe garanto eu:)))

Excelente post!
Só não o subscrevo porque ao contrário de si e do Lobices eu já não esperava nada de positivo destes políticos, do Sócrates, do Cavaco, da Manelinha e de todos os outros. Estão no registo medíocre a que nos habituaram.

Anónimo disse...

Bom dia maralhal.

Dr. Murcon
Não enveredou, mas devia.

Teófilo M. disse...

Do senhor da pérola do Atlântico já nada há que eu estranhe, salvo se ele um dia aparecer delicado e bem comportado com discurso a condizer.

Dos restantes que se há-de dizer?

Cavaco quer um segundo mandato, o Sócrates também, a Manuela sabe que não pode hostilizar o aposentado do CFPM e ex-professor convidado da Universidade Independente sob pena de baixar ainda mais nas sondagens, logo há que ser paciente pois os 'tachos' de qualidade não abundam por aí.

Ah! e a democracia?... pois, mas essa não é amiga, familiar ou apenas conhecida de nenhum.

Fora-de-Lei disse...

Para destapar a (sua) panela de pressão, o Sr. Silva resolveu desancar os miúdos que andaram para aí a atirar uns ovos...

Cavaco desiludiu-me. Afinal, porque é que ele não se vai meter com homens de barba rija, tipo Alberto João ?! É o metes...

Anónimo disse...

Foi sábio.

Com boas intenções, e vasculhando espelhos interiores, já nós tivemos um 1º ministro, chamava-se António Guterres, e depois "fugiu" do poder, e deixou o País "de tanga"...

Henrique Dória disse...

Nunca é demais voltar a referir: na Madeira foi posto em crise,DE FACTO, o regular funcionamento das instituições.
Por uma ninharia, o Sr. Presidente pôs o país em suspenso.
Com este gravísismo atentado à democracia na Madeira, o Sr. Presidente, ao país, nem xus nem bus.
Efectivamente, por mais Sr. Silva que lhe chamem, ele será sempre o Silva do PSD.
E seria interessante saber se a reacção ao estatuto autonómico seria a mesma se o que estivesse em causa fosse o da Madeira e não o dos Açores.
Apostaria cem contra dez em como não.

andorinha disse...

Recebi por e-mail e partilho com vocelências, para que se veja ainda melhor o ridículo da coisa:)))


Avaliação dos professores

Opinião de uma advogada

Já que muitos jornalistas e comentadores defendem
e compreendem o modelo proposto para a avaliação
dos docentes, estranho que, por analogia, não o
apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc.).

Se é suposto compreenderem o que está em causa e
as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a
sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.

A carreira seria dividida em duas:

Médico titular (a que apenas um terço dos
profissionais poderia aspirar) e Médico.

A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços.
Assim, o médico titular teria de assistir a três
sessões de consultas, por ano, dos seus
subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento
e prescrição de todos os pacientes observados.
Avaliaria também um portefólio com o registo de
todos os doentes a cargo do médico a avaliar,
com todos os planos de acção, tratamentos e
respectiva análise relativa aos pacientes.

O médico teria de estabelecer, anualmente os seus
objectivos: doentes a tratar, a curar, etc.
A morte de qualquer paciente, ainda que por
razões alheias à acção médica, seria penalizadora
para o clínico, bem como todos os casos
de insucesso na cura, ainda que grande parte dos
doentes sofresse de doença incurável, ou
terminal. Seriam avaliados da mesma forma
todos os clínicos, quer a sua especialidade
fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...

Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas
penso que os nossos 'especialistas' na área da
educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.

A questão é saber se consideram aceitável o modelo?

Caso a resposta seja afirmativa, então porque não
aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?

Será???!!!

Já agora...
Poderiam começar a 'experiência' pela Assembleia da República e pelos (des)governantes...

A avaliação para ser eficaz, justa e rigorosa terá que ser feita por elementos exteriores à escola ou não passará de um ajuste de contas mais ou menos encapotado consoante os casos.

andorinha disse...

P.S. O último parágrafo já não pertence ao e-mail, é tão só a minha opinião.

cabecinhapensadora disse...

Andorinha, sendo uma avaliação externa, boa ou má, é igual para todos. Sendo interna ajustam-se contas e efectivam-se protecções. A qualidade não é um grelhado. Não cabe.

yes! my love! disse...

Cabecinha Pensadora,

se assim for, a situação na Educação - nas Escolas - é muito mais grave do que parece ~~

protecções e ajustes de contas, são coisas de gente sem carácter,com falta de integridade moral, coluna vertebral e responsabilidade profissional social, tudo aquilo que não queremos de exemplo para os nossos filhos!

Se o problema da avaliação está na falta disto tudo,por parte de quem vai avaliar, muito provavelmente estará na hora de mudar a tripulação e não o barco!

Até porque os próximos candidatos ao exercício da profissão ainda não terão contas para ajustar, nem amigos a quem dar proteccção,

ou, talvez já tenham aprendido alguma coisa com os erros dos seus antecessores ~~

Nuno Guimas disse...

Yes! My Love!

Antes de mais olá :).
Agora a citação:
"ou seria como na Madeira - seriam todos bons por decreto!!! - sem ter de provar nada a ninguém nem a si mesmos, nem aos seus alunos, nem ao País, nem aos Contribuintes que lhes pagam!"

E os politicos e administradores nomeados politicamente? Não são todos "Excelentes" por decreto?
Ou vamos acreditar que são nomeados não por serem "Excelentes" como cargos tão elevados merecem, mas por outras nebulosas razões? :)
E depois, tenho de lhe dizer que, embora trabalhe no privado, acho muita graça à ideia dos "contribuintes pagarem os salários dos funcionários públicos". É que estes também pagam impostos, e ademais, são justamente aqueles que não conseguem fugir ao pagamento de impostos com estratagemas que o privado tão bem conhece e aplica.
Talvez a propaganda do nosso Primeiro tolde algumas visões, não?
De resto parece-me óbvio que não é a aveliação que está em causa, mas a forma como está projectada e definida.

Cumprimentos.

yes! my love! disse...

Não é por decreto, não! ( NG) É pelo nosso voto, ou pela ausência dele!

E não tarda nada, estamos noutro processo eleitoral, em que os verdadeiramente excelentes não se vão querer envolver ~~

E se a "excelência" não escolhe a carreira política, o que mais se poderá esperar dela - Política ?

Valha-nos que de mandato em mandato, se renova o sentimento de esperança ~~

andorinha disse...

Cabecinha,
É isso, precisamente.
Uma avaliação externa oferece outras garantias de isenção e credibilidade.
Só não vê isto quem não tem cabecinha...:)

Nuno,

Subscrevo o teu comentário.

"De resto parece-me óbvio que não é a aveliação que está em causa, mas a forma como está projectada e definida."

Claro, é esta "avaliação" que está em causa. Eu nem lhe chamo avaliação, mas sim fantochada.
Há professores de escalões mais altos que vão ser avaliados por colegas de escalões mais baixos, por colegas de departamentos disciplinares diferentes, enfim...por aqui já se vê o panorama.
E há muitas outras incongruências, mas não vou maçar os murcónicos com elas.:)

LR disse...

Claro que os professores têm razão.
E claro que não é a avaliação que está errada, é o modus faciendi da avaliação que está mal.
Não se investem 'pares' em processos de avaliação recíproca, a não ser que seja para fins totalmente diferentes dos que aqui estão em causa (promoção ou não promoção na carreira).
É afinal uma velha máxima: não se pode ser simultaneamente juiz e parte na mesma causa.
Até a 'mal parida' avaliação na administração pública (siadap) respeita este princípio.

Quanto ao PR, é muito simples:
1º- para o país que não votou nele e para o dr. alberto joão da selva em particular, ele pode até continuar a ser o dito Sr. Silva.
'Olhó espanto', é caso para dizer! Então não é ele o tal homem sem cultura e que não servia para ser o magistrado mais alto da nação? Aí o têm.
Eu se fosse PR tb borrifava em mais uma telenovela na RAM.
2º- não foi ninharia alguma o que ele fez a propósito do estatuto dos Açores. Para isso também foi eleito: para manter a unidade da soberania nacional. Claro, são pormenores ténico-jurídicos que não tiram o sono a ninguém... (mas que podem de facto vir a tirar muito mais do que isso).

Anfitrite disse...

Não queria entrar na polémica para não pensarem que estou contra ou a favor de alguém.
Mas como a polémica continua gostaria de dizer que não vejo ódio nem nos olhos da ministra, nem nos do PM. E garanto-vos que se fosse eu já teria desistido e estaria nas Micronésia, a ver os lindos corais. Por alguma razão rejeitei alguns convites e pedidos de inscrição, porque não tenho paciência para tanta imbecilidade. Prefriro cumprir o meu dever como cidadã, sem estar sujeita a disciplinas e subserviêncis. Ódio eu vejo na cara, nas palavras, gestos e cartazes dos manifestantes, que mais parecem os desterrados de "As Vinhas da Ira" (comparação mal feita, que me perdoem o Steinbeck e o Henry Fonda). Ao menos façam as coisas com classe e arranjem um "cartoonista" para fazer uns cartazes, nem que seja com humor...NEGRO!
Eu não tenho medo, mas tenho vergonha da situação a que o meu País chegou, em que já nem as Instituições são respeitadas, País onde tanta gente deu a vida para defender essas mesmas Instituições.
Também não percebo como é que pessoas, que até parecem inteligentes e escrevem bem, conseguem ser tão cegas, que a sua ortodoxia, nas as deixa vislumbrar as coisas e perseguem pessoas, só porque elas tiveram a coragem de abandonar e criticar um certo partido?! Outras que são tão tendênciosas só porque se trata dos seus intereses? Para outras, estão eleições à porta e pode estar em causa um apetecido lugar de deputado! Será que nem o Nietzsche conseguiu ver Para Além do Bem e do Mal, nem descortinar A Genealogia da Moral? Sabem também que o efeito de halo tem muita importância? E que Lombroso ajudava a julgar as pessoas pelos seus estigmas físicos? E que Moreno dava muita importância ao comportamento das multidões?
Eu coro de vergonha de ouvir uma MFL fazer certas afirmações, que nem dez milhões de votos justificariam e que deve estar
sem memória, porque se esqueceu do que fez e disse e, do que se passou, quando era ME e das leis que fez, com efeito retroactivo a 2000, quando foi MF? Deveria estar na prisão porque cometeu uma ilegalidade. E por causa dela também íamos ficado também sem prisões! Felizmente que agora têm mais tempo para negociar a cedência/venda do que já não faz falta.


Tomei a liberdade de trazer para aqui o que o Gonçalo escreveu e que eu estou totalmente de acordo, mas não tenho capacidade para o dizer tão bem.

"Avaliações

A propósito deste tema, dou comigo a arengar com a minha cara-metade, que segundo a lógica professoral e sindical, fui toda a vida um injustiçado, a saber:

1º - Desde 1965 o meu trabalho sempre foi avaliado, e ainda hoje o é;

2º - Creio que me posso queixar de todas as avaliações que tive, pois nunca existiu nenhum critério correcto e efectivo para poderem aquilatar do meu desempenho profissional, e isto porque sempre fui avaliado por pessoas que:

a) - Nem sempre vestiam tão bem quanto eu, e eu era classificado no item - apresentação!

b) - Outros estariam muito longe dos meus conhecimentos profissionais, mas isso não os impedia de me classificarem por comparação com os meus colegas nesse item recorrente nas avaliações;

c) - Vários avaliadores chegavam mais tarde do que eu e saíam mais cedo, pelo que será duvidosa a sua capacidade em me terem avaliado na área da pontualidade/assiduidade;

d) - Tive a felicidade de ter óptimos colaboradores, com quem me relacionava com facilidade, coisa que muitos dos meus avaliadores não conseguiam, mas no entanto tiveram sempre critérios de aferição flutuantes, que variavam, na sua maior parte das vezes, mais com o estilo do avaliador do que com a lógica da avaliação;

e) - Nunca tive nenhum especialista em direito a avaliar-me, muito embora fosse uma área onde eu frequentemente emitia opiniões devidamente fundamentadas;

f) - Nunca tive nenhum professor de português a avaliar-me, não obstante ter de fazer extensos relatórios, para serem entendidos, quer por especialistas, quer por leigos nas matérias então versadas;

g) - Tive oportunidade de avaliar e ser avaliado, fazer parte de comissões de recurso de avaliação, sem ter necessidade de ter a sapiência do Leonardo da Vinci, a compaixão de S. Francisco de Assis, a razoabilidade de S. Tomás de Aquino nem tampouco ser Aristóteles para emitir lógicos pareceres;

h) - Muitas outras que poderia enunciar, mas que certamente enfastiariam o leitor mais apressado.

3º - Nunca entendi porque é que só os confrades se deverão avaliar entre si, pois já sabemos que as confrarias tendem a ser criadas para defender uma casta, e não para aprimorarem a qualidade e o julgamento isento dos confrades;

Assim sendo, não vejo onde é que estarão os grandes problemas da avaliação dos professores, pois as críticas que na sua maior parte são veiculadas, fixam-se geralmente em dois problemas-base:

i - os professores não querem ser avaliados por professores mais novos, ou que tenham especialidade diferente da sua;

ii - a avaliação dá muito trabalho e ocupa-lhes muito o tempo.

Claro que a avaliação dá trabalho, e a primeira é sempre a mais custosa e de maior dificuldade, mas creio que estas não serão de facto razões para rejeitar tal processo."


E eu pergunto também: ONDE É QUE VÃO ARRANJAR COMISSÕES DE AVALIAÇÃO EXTERNA QUE ABARQUE TODAS AS DISCIPLINAS?!

Nuno Guimas disse...

Yes! My Love!

A discussão sobre a excelência ou não dos intervenientes na politica dava uma discussão para encher uns bons milhares de posts :). Entretanto, e sobre o assunto recomendo aos murcónicos um filme muito simpático de Robert Redford, recente, chamado "Lions For Lambs" ("Peões em Jogo", na versão Tuga), que tem excelentes actores e diálogos que fazem pensar.

A Menina da Lua disse...

Hoje vai decorrer na Gulbenkian uma conferência internacional sobre o ensino e em especial da Matemática com a presença de alguns especialistas nacionais e internacionais entre eles:

Richard Askey
"Algumas vertentes de um bom ensino e o que pode ser feito para as reforçar"

e ainda

Ron Aharoni
"Três princípios do ensino da matemática e o que acontece quando eles são violados"

Uma das questões que lá serão abordadas é a afirmação de que o ensino piorou, não só em Portugal mas em todo o mundo e que uma das principais razões é incompetência dos professores.

A avaliação torna-se assim não só fundamental para se aferir o estado da arte, como absolutamente necessária para reforçar e ou mudar o que de positivo ou desajustado houver.

O processo avaliativo sempre foi um processo muito complicado e melindroso; pois pode rapidamente cair no efeito perverso contrário ou seja não só não avalia coisa nenhuma como ainda menos permitir quaisquer melhoras possíveis.

Uma das questões fundamentais que devem assistir para o sucesso dum processo de avaliação é o empenhamento dos vários participantes; avaliados e avaliadores, onde a transparência e a comunicação por imprescindíveis devem sempre estar garantidas.

Para mim e por muitas razões que o Ministério tenha, está mais que provado que no actual processo de avaliação de professores o Ministério falhou e penso igualmente que pior do que não ter permitido melhorar coisa nenhuma vai ter que enfrentar e resolver o processo esse sim complicado de resistência e insatisfação por parte de todos os professores.

Quando era muito pequena lembro-me de ter lido um conto que se chamava "Médico à Força" e que muito cedo me fez compreender que ninguem pode ser bom na sua profissão por imposição e ainda muito menos por prepotência e força...

JFR disse...

Já vários apoiaram a possibilidade de, as avaliações dos professores, serem realizadas por entidade externa. Tenho dificuldade em perceber o que se pretende.Troquem isso por miúdos e digam: QUEM?, COMO?, QUANDO?.

MãeAdvogada disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MãeAdvogada disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Teófilo M. disse...

Anfitrite,

olá, quem escreveu o que citou não foi um Gonçalo, fui eu.

Fica a correcção.

Quanto à opinião da advogada sobre os médicos, é pena que a senhora não se lembre que nem todos acabam no topo da carreira, do mesmo modo que os engenheiros, juízes, enfermeiros, carpinteiros, jornalistas, bancários, balconistas, políticos, cantores, etc., etc., etc.,... e tal...

MãeAdvogada disse...

"ONDE É QUE VÃO ARRANJAR COMISSÕES DE AVALIAÇÃO EXTERNA QUE ABARQUE TODAS AS DISCIPLINAS?!"

Sem tempo para mais, Anfitrite,

é só pensar em comissões dotadas de:

pluridisciplinaridade multidisciplinaridade interdisciplinaridade transdisciplinaridade

e é precisamente para isso que elas existem...

cabecinhapensadora disse...

120 000 é um número muito grande para ser um equívoco.
Não que a maioria tenha sempre razão. Mas é demasiada gente de acordo. Merece um olhar mais atento e liberto. Quando julgarmos o Outro como sendo nós mesmos, seremos, talvez, justos; porque só no mesmo patamar há diálogo. A Escola sem avaliação não é escola, não melhora, não pode crescer. Ou cresce sem poda.
Este modelo, tal como se apresenta, não é exequível. Vai cair por si. Se.

Yes, talvez me engane. Ou talvez não tenhamos visto a mesma parte do Filme do Homem. Aos meus professores devo muito do que sou e sinto. Talvez nem se tenham apercebido, mas quando estenderam a mão, avancei. Se a não tivessem estendido, seria decerto outra pessoa. É por eles que luto. E por mim, que me sentia mal se o não fizesse :)

lobices disse...

...pronto, a Ministra acabou de dar a mãò à palmatória

lobices disse...

....(Via Sol):
---------------------
A Escola do Freixo, em Ponte de Lima, foi o palco escolhido por José Sócrates, na passada quarta-feira, para mais uma acção de promoção dos computadores da JP Sá Couto para o 1.º ciclo. Sócrates chamou os jornalistas e distribuiu os Magalhães pelas crianças. Mas, terminada a cerimónia oficial, os portáteis tiveram de ser devolvidos.

Contactado pelo SOL, o conselho executivo da Escola do Freixo explicou que as crianças não puderam ficar com os computadores, «porque há questões administrativas a tratar».

A mesma fonte – que não se quis identificar – assegura que os Magalhães «estão na escola», mas explica que isso não significa que os alunos do Freixo vão receber os portáteis mais depressa do que as crianças de outros estabelecimentos de ensino.

«Não sabemos quando é que os computadores vão ser distribuídos», admitiu, acrescentando que a entrega «depende da logística administrativa».

Antes da entrega real dos equipamentos, a escola vai ter de «preencher toda a papelada e os pais que não estiverem abrangidos pelo 1.º escalão da acção social escolar vão ter de fazer o pagamento do computador». Um processo que a escola admite desconhecer quanto tempo poderá demorar.

Fica também por esclarecer se os Magalhães que Sócrates já deixou na escola serão suficientes para todas as crianças. A Escola do Freixo tem 185 alunos inscritos no 1.º ciclo, mas o conselho executivo diz não saber quantos portáteis foram entregues na cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro. «Não sei quantos computadores cá ficaram», disse ao SOL um elemento do conselho executivo.

Ao que o SOL apurou, foi explicado a alguns alunos que os computadores tinham de ser devolvidos no final da visita de Sócrates por terem problemas nas baterias. No entanto, o conselho executivo da Escola do Freixo garante que «as crianças sabiam» que não iam ficar com os Magalhães naquele dia, porque lhes «foi explicado que era preciso realizar alguns procedimentos administrativos».

margarida.davim@sol.pt

lobices disse...

...(via Blasfémias - CAA)
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Ministério da Educação admite alterar sistema de avaliação dos professores“, diz a notícia.
Politicamente já é tarde. Principalmente quando se fez da teima um estilo distintivo. Este é um dos principais problemas de Maria de Lurdes Rodrigues - a máscara colou-se-lhe à cara e não a vai conseguir tirar facilmente.
Todo o recuo, qualquer cedência, serão sempre vistas como uma grande vitória dos sindicatos e uma estrondosa derrota do Governo. Mas quem, desde o primeiro momento, colocou a questão nestes termos foi o próprio Governo.
Depois de uma contestação cuja dimensão social não teve paralelo desde o fim do PREC, surgir agora a (ainda) ministra a dizer que “o processo de avaliação dos professores estava a correr mal em todas as escolas” parece-me ser de um desplante notável. E, pior, politicamente inconsequente - porque uma atitude que há 1 ou 2 meses teria sido tacticamente inteligente, agora, depois de tudo o que foi dito e feito, parece ser o último e desastrado remédio de quem já só tenta salvar o seu lugar ministerial.

yes! my love! disse...

~aceitar que se muda uma política, sem dizer como,

só é uma vitória para a resistência, do ponto de vista eleitoralista,

porque só depois de se ver em que consiste,

é que se poderá dizer se efectivamente se trata disso,

ou se não será só mais uma maçã ~~

Fora-de-Lei disse...

lobices 6:19 PM

via Blasfémias

A notícia teve origem na TSF e no Público e não passará, decerto, de uma tentativa da oposição (à direita) fazer passar o boato para observar a reacção da ministra.

Ou então - nunca se sabe - talvez seja um rumor lançado pelo próprio governo no sentido de tentar ganhar tempo para, assim, dividir os professores e os respectivos sindicatos.

Mas pensando bem, também poderá ser tudo verdade. Ao fim e ao cabo, bastaram uns ovos e uns tomates para a ministra alterar o estatuto do aluno, exarando um despacho em pleno Domingo...

Uma trizteza !!!

thorazine disse...

JFR,
avaliação externa das escola e dos professores é o que se faz em França e Itália. É feita de 3 em 3 ou de 5 em 5 anos por um Inspector, formado para tal, e a avaliação é necessária para subir de escalão o que faz com que na maioria das vezes ela seja requesitada pelos próprios professores.

Os gato fedorento retrataram muito bem este novo posto de professor-secretário ao colocarem um separador em vidro e um guiché na sala de aula..hehe

LR disse...

A avaliação pode ser montada sobre um esquema externo ou então sobre um esquema misto.
Ex: Uma inspecção-geral (como algumas outras, reputadas, em Portugal).
Outro ex: ‘comissões tripartidas’, semelhantes a tantas outras que existem para fins diferentes, em domínios sensíveis como o direito do trabalho.
Cada uma com: - 1 representante do ME - 1 dos professores - 1 individualidade independente de reconhecido mérito na área da pedagogia.
Por alguém a avaliação tem de ser feita.
No ensino superior tb. não há isso de promoções automáticas. Em todas as profissões é assim.
Crie-se então um sistema ‘honorável’ (já que infalível não existe).
Mas começar, assim, pelo telhado é que não.
Não se monta uma máquina credível de um dia para o outro (sobretudo, uma máquina que embarque na tarefa, não de exercer a selectividade, mas de fazer rolar muitas cabeças a tempo de reduzir a despesa pública…).

andorinha disse...

A Laura focou um dos pontos essenciais desta fantochada toda:

"É afinal uma velha máxima: não se pode ser simultaneamente juiz e parte na mesma causa.

Não há como ser jurista para se ir logo ao cerne da questão.
Como sabem, para uma avaliação de Muito Bom ou Excelente há quotas consoante as escolas.
Imaginemos que numa escola há, digamos, duas vagas para Muito Bom num determinado departamento.
A essas duas vagas concorrem, suponhamos, três professores, um avaliador e dois avaliados.

Respondam agora a esta 'adivinha': quem acham que consegue obter essa classificação?
Os dois avaliados????
O avaliador cede gentilmente o seu lugar????

Usem a cabecinha antes de falarem daquilo que não sabem:)

andorinha disse...

Thora,
Nem fales dos Gato, eu ontem não conseguia parar de rir.:)))
Os tipos fazem uma caricatura perfeita da situação.

Uma das opções de avaliação poderá ser essa. Ou as sugestões apresentadas pela Laura. Ou recorrer a professores universitários com formação na área das Ciências da Educação. Há várias hipóteses, é só estudar a mais exequível.
E retirem-se parâmetros absolutamente inaceitáveis das grelhas de avaliação tais como as classificações atribuídas aos alunos ou o facto de eles decidirem abadonar a escola.
Temos que os prender às cadeiras com correntes:))))))))))))))))))

Não corro esse risco:), mas sentir-me-ia ofendida na minha dignidade pessoal e profissional se com este modelo fosse avaliada com Muito Bom. Seria como estar a prostituir-me.
Nunca o fiz na vida, penso que agora seria tarde para enveredar por essa via:)))

Anfitrite disse...

Viva! Teófilo m.,

peço desculpa pelo lapso, mas a minha mente é perversa. Eu hesitei bastante antes de o mencionar, porque não queria dar-lhe trabalho, nem dissabores, por isso, troquei o nome, mas foi mesmo sem querer. Por outro lado, eu noutra geração devo ter sido filha de algum padre, porque costumo baptizar toda a gente e, desde que os nomes tenham mais ou menos as mesmas vogais e um número de sílabas semelhante, troco-os sempre. (Só o Professor poderá explicar isto).
Obrigada por ter feito a correcção e não se ter ofendido com a atitude.
Praticamente também não leio o que escrevo e então vai tudo a eito e conforme as ideias vão surgindo na minha mente.
Mas não se preocupem, eu sou mesmo filha do meu pai, porque sou a cara chapada dele.

Mãe e ...
Será que os professores não conseguem ser isentos para se poderem classificar?
Eu já classifiquei muita gente e lhe garanto que é das coisas mais difíceis, quando se tenta ser objectivo, a nível global. É muito pior do que ser classificado.
As comissões multifacetadas, multidisciplinares, etc., são caras, são apenas mais uns tachos e não garantem nenhuma isenção, além de já haver recurso a trabalhos externos, em demasia.
Sabe por que é que antes do 25 de Abril, havia, em proporção, muito mais licenciados em Direito? É que a Faculdade de Direito, que eu saiba, era a única que permitia alunos voluntários. Isto é: Não eram obrigados a frequentar as aulas e quem não fosse abonado podia trabalhar para ganhar dinheiro e, propor-se a exame, mesmo estando longe das faculdades, que não abundavam na altura.
Eu também peço desculpa pelo meu português, mas o único que me ensinaram, a sério, foi no ensino secundário, e até me criaram o gosto, voluntário, pela leitura. Não é como depois em que toda a gente queria ser licenciada à pressa, e então escolhia um cursinho de Letras, ou de história, que eram mais fáceis e sempre podiam vir a dar umas aulas,(as mulheres, se entretanto não arranjassem marido), dada a grande abertura que houuve para o ensino.

Boa noite!

MãeAdvogada disse...

« Será que os professores não conseguem ser isentos para se poderem classificar?" »

Anfitrite »

a questão nunca se pode colocar desta forma, porque « não existem doenças, existem apenas doentes »

e quando se diz os professores, os médicos os advogados etcetcetc ...
para falar das suas qualidades morais etc entramos no domínio da falácia! e também, é isso que por vezes nos leva a discordar, quando muito provavelmente será muito mais o que nos une, do que o que nos separa nas abordagens dos problemas que nunca são SÒ de uma certa e determinada classe, mas sim de TODOS!

E é claro que existem pessoas capazes de fazer o que quer que seja com grande isenção, muita verticalidade e sobretudo um grande dever de responsabilidade!

E se estas pessoas são professores ou médicos de profissão, muito naturalmente que continuarão a ser iguais a si mesmas no exercício das suas funções - se bem que, para mim, nada é assim tão linear, porque ninguém é perfeito, e mesmo os mais perfeitos » têm os seus momentos de fraqueza que fazem parte da natureza humana,

daí os mecanismos - legais - para contrariar e garantir que sempre que isso lhe seja exígivel, a pessoa consiga - possa e deva - vencer as suas fraquezas!

Voltando à sua pergunta, haverá certamente, quem o consiga fazer com a isenção que lhe é exigível, e haverá certamente quem se aproveite deste instrumento para realizar outros interesses, mais ou menos pessoais! porque quem assim funciona, não iria perder a oportunidade para se revelar! é triste mas acontece!

Em último termo, há que ter fé nos mecanismos de defesa dos avaliados contra actos de avaliação injustos e manipulados por interesses alheios à sua finalidade!

E parece-me que os professores não estão a saber defender-se convenientemente, sobretudo perante uma opinião pública pouco informada! parece que não querem a avaliação! e isso passa uma imagem de medo que os enfraquece e lhes pode complicar o futuro sobretudo dentro de uma sala de aulas, na relação com os alunos! que todos os dias são avaliados e se pudessem também eram todos bons porque sim!

A meu ver, os professores deviam tentar ser mais incisivos, centrando-se nos pontos que efectivamente os indignam - desviando a atenção do público da avaliação em si mesma - resultado - para o processo - que são os meios necessários à sua prossecução, e se eles forem verdadeiramente torturantes, violentos, lesivos de direitos fundamentais, não cruzarem os braços e agirem, pelos meios legais ao seu alcance - até porque a in/constitucionalidade de uma lei, é aquilo que a mantém firme ou que a faz ruir num Estado de Direito! muito para além, dos Ministros que caiem e se levantam...

já não vou poder rever, volto depois se vir que há gralha a mais :)

JFR disse...

Thora:

Um dos problemas do País é a facilidade com que se encontram "soluções" teóricas analisadas pela rama, ou se preconizam "soluções" importadas de outros países, esquecendo que as sociedades em que se desenvolvem são muito diferentes da nossa. Daí que, perante o "teu" modelo eu pergunte: temos inspectores formados para tal? quanto tempo demoraria a implementação dessa solução? como se garante a defesa dos avaliados?

Laura (7:07)

Parte do que digo ao Thora, também se aplica ao seu comentário. Assim, pergunto: quem são e quantos são os operacionais da direcção geral que põe como hipótese? Quem nomeia os representantes das comissões tripartidas e quantas terão de existir? Como se mede a qualidade de "individualidade independente de reconhecido mérito na área da pedagogia" para a nomear? Quantos seiam necessários? Onde existem?

Andorinha (7:12)

"Usem a cabecinha antes de falarem daquilo que não sabem"

Muitas vezes a distância, em relação ao assunto, é um factor adicional de objectividade. Tem mais cabecinha e menos estômago.

andorinha disse...

JFR (11.58)

Esse meu 'conselho' não era para ti, homem:)
Não considero que não uses a cabeça...
:)

Quanto ao teu post, este modelo está provado que não serve, logo há que tentar encontrar alternativas válidas.
Penso que a FENPROF já apresentou algumas..mas se do outro lado há um muro de silêncio...

LR disse...

JFR (11.58)
Agradeço a atenção ao meu comentário.
Presumo que a explícita remissão que me faz para as suas notas ao Thorazine pretendesse advertir-me para que (cito) " Um dos problemas do País é a facilidade com que se encontram "soluções" teóricas analisadas pela rama, ou se preconizam "soluções" importadas de outros países, esquecendo que as sociedades em que se desenvolvem são muito diferentes da nossa."

Ora, a este propósito, várias coisas:
Primeiro:
- Tenho perfeita consciência desse defeito nacional (que de resto não creio ser especificamente português)
- Se há coisa que me repugna a respeito de qualquer domínio técnico é a presunção ingénua, bacoca e imatura de que podemos sustentar uma opinião equiparável à de um especialista na matéria, e reclamar idêntica autoridade. Qualquer (bom) profissional sabe que nada há mais exasperante do que ouvir “bitaites” de quem não sabe do que fala.
- Pelo mesmíssimo motivo, o que eu mais prezo na vida é a capacidade de emitir (ou ouvir) afirmações ponderadas. E mais: (ossos de ofício) afirmações devidamente fundamentadas.

Segundo:
- Não reclamei para mim o estatuto de especialista
- Não emiti opinião num fórum de ‘experts’
- Não sendo professora, sigo há muito, e de perto, o que se passa nas escolas a propósito das várias matérias em discussão
- Como cidadã, tenho opinião
-Por imperativo de profissão, conheço as várias formas de organização de estado e de poder político; o funcionamento da máquina da administração em democracia; as respostas tipificadas que o sistema providencia para as situações conflituais; ao hierarquia de valores a merecer (o dever de) protecção legal.

Terceiro:
- O que eu disse não aspirava a mais do exercer o mero direito de opinião. E nunca particularmente, arvorar-se a descobrir a solução de regime…
Mais: - Verá - se se informar - que a sugestão (coloquial) não é assim tão disparatada.
As comissões técnicas tripartidas, com função representativa das partes e acrescidas do ‘apport’ de individualidades de reconhecido mérito nas matérias em causa, são já uma realidade em Portugal. E têm aliás tradição doutrinária no próprio direito administrativo.
Já quanto a (cito)
"Assim, pergunto: quem são e quantos são os operacionais da direcção geral que põe como hipótese? Quem nomeia os representantes das comissões tripartidas e quantas terão de existir? Como se mede a qualidade de "individualidade independente de reconhecido mérito na área da pedagogia" para a nomear? Quantos seriam necessários? Onde existem?"

- Quem nomeia as personalidades? -Quem mede a qualidade e o mérito dos avaliadores? – Quem garante a defesa dos direitos dos avaliados? "

- Mas será preciso explicar mesmo quais são os mecanismos 'vivos'e fiáveis que a sociedade providencia, e os outros, que o próprio direito estabelece?

Su disse...

prof......... naõ me faça acreditar que esperava mais dos acima mencionados................
------- mostraram faz tempo o que são................

farta.eu

jocas maradas