A culpa afrodisíaca parece-me compatível com a frieza "não deliberada" que caracteriza a inocência, entendida como desconhecimento do amor. Também as crianças misturam culpa e crueldade na sua descoberta da vida...
Está-me a parecer que esse amante danou-se:(( ou então está para danar-se...
"Que chamar a um Deus que deposita o amor nas mãos esburacadas dos amantes?"...
Quem diz esburacadas, diz inexperientes... E se bastassem apenas as boas intenções e o querer... Deve ser por isso que alguém escreveu qualquer coisa como "Estes difíceis amores"...:))))
Mas a culpa afrodisiaca não é bem a mesma coisa da volupia da culpa. No primeiro há adjectivação e no segundo não. Portanto coisas diferentes. E há outra coisa, o tal amante do post anterior não era criança. Ou então era, no sentido em que as mulheres acham os homens acriançados.
E Thora Em relação ao coment do post anterior drvo dizer que o egoísmo no amor faz parte da tal diferença de percepção do amor que há do homem para a mulher. Percepções bem diferentes, expectativas não coincidentes, sincronismos desfazados. Mas isto sou eu a divagar, é claro
Lá no meu sitio escrevi há dias atrás sobre o "precipício da paixão", frase que ouvi a Tonia Carrero sobre Vinicius. Ora isto também marca a grande diferença entre o homem e a mulher, na vivência do amor.
Quanto ao amor e pronto, que comentei acima, é uma inocência. Eu julgo que não há amar e pronto. Amar não é nada simples, não porque difícil, mas porque complexo. Ninguém sai de um amor e pronto. Todas as saídas deixam as suas marcas "cravadas". Quantos bancos de "apeadeiros" ocupados por pessoas a digerirem essas marcas? Quantos comprimidos de leveza nocturna tomados com vodka são digeridos? Lá me deixei ir nas divagações. Tenham um bom dia.
bendita inocência, a das crianças! a coisa mais linda do mundo! e deixemos que eles descubram a vida por eles próprios, à vontade, no esvoaçar das suas asas! com inocência/crueldade/LIBERDADE! um beijo, doutor
Aquiles, Não sei se haverá uma diferença assim tão acentuada na forma como o homem e a mulher vivem o amor. Essas diferenças têm vindo gradualmente a ser esbatidas, mas isso daria para um grande divgação e estou sem tempo:)
Claro que não há "amar e pronto", aí concordo. Se fosse assim, por um lado seria mais prático, mas teria muito menos piada:)
Quando eu disse, que no amor total "ama-se e pronto" !
Tal significa que se ama sem fazer perguntas :) e muito menos, sem esperar respostas !
E pode muito bem ser este o segredo dos "amores eternos " !
O amor com dias ou minutos contados, não é Amor, e muito menos ainda, Amor total!
Naquele sim, "ama-se e pronto" no sentido mais "horizontal" :) do verbo amar!
Mas não foi nesse sentido que eu escrevi o que escrevi! por vezes, as frases retiradas do seu contexto, ganham sentidos que de outro modo nunca teriam...
Naquele contexto, eu nunca teria olhado para aquela frase dessa forma tão vazia :( e tão prática :)
Talvez por isso também, a comunicação seja o maior desafio que o Homem enfrenta !
Isso dizes tu. Eu continuo a dizer que não sei se há...:)
"Ama-se sem fazer perguntas e muito menos sem esperar respostas?"
Não concordo nada nem contigo nem com Non mon amour. O amor tal como a amizade é uma construção permanente. Este é o caminho para o "Amor eterno"? É o caminho mais curto para o desamor...e que coisa horrivel seria viver sem perguntas ou respostas.
Existe o Amor e o amor? Alguém me explica a diferença? Estas visões tão idealizadas e romantizadas do amor fazem-me uma confusão do caraças:)
(necessário o WinRAR, e fazer os 2 downloads primeiro)
E não é que ela diz mesmo isto tudo como poderão comprovar vendo!
É tudo "of course". Vi este filme anteontem.
Este filme está engraçado porque começa com uma abordagem na rua a uma rapariga que se mostra muito disponível mas depois felizmente quando eles vão para uma casa, eles não fazem sexo! Ela toma um banho apenas.
Eu não cheguei a dizer mas os norte americanos são os piores do mundo a fazer filmes de sexo, ou pelo menos, em média. A primeira fixação dos realizadores norte-americanos quando estão a fazer filmes porno deve ser a palavra "Moron!" Deve ser uma forma de desemprego nos EUA, e os compradores são bons samaritanos!
Eu não tenho visões idealizadas do amor. Quanto ao perguntas e respostas, se reparaste, eu disse que não era fácil. Já antes eu tinha afirmado que "Amar não é nada simples, não porque difícil, mas porque complexo." E assim nada é idealizado e muito menos romantizado. Isso é algo que se passa nos Corin Tellado (lembras-te?) e que ilude muita gente, mas talvez alimente muita frustações adoçando o imaginário.
Concordo totalmente contigo e vou explicar:) Nessa parte do meu comentário eu estava-me a referir ao Non mon amour, mas não deve ter ficado bem explícito, concordo. Eu li o que disseste acima, por isso não faria sentido.
Quanto aos Corin Tellado lembro-me de ver essas revistas nos escaparates mas só li uma ou duas porque nunca me despertaram interesse. Que algumas mulheres ainda funcionem nesses moldes é que me faz uma confusão do caraças:)
Pode-te fazer confusão, mas não imaginas, então, as milhares de mulheres que ainda funcionam nesses moldes. Como nunca foram "surpreendidas" pelo amor, deixam-se enlevar pelas novelas e telenovelas. São sonhares frustrados que amenizam a aridez de casamentos, uniões ou solidões.
Aquiles, Quando digo que me faz confusão, e faz, quero dizer também que me entristece. Que mulheres hoje em dia ainda "vivam" as suas vidas através de telenovelas, através de toda a irrealidade e fantasia que lá se vive é deprimente. E não será assim que encontram "o amor"...cada vez o desfasamento entre as suas vidas e o mundo cor-de-rosa novelesco será maior. E viver a vida por interpostas pessoas não é nunca, viver.
Andorinha, O "não deliberada" não é uma porta das traseiras:). Podemos ser frios por não conhecermos o resultado - gélido... - dos nossos comportamentos, falo da frieza do acto e não da sua intenção. E por isso a inocência pode ser fria, cortante, cruel... e não o saber!
Aquiles, Bom ponto! Mas creio que só uma culpa afrodisíaca pode levar à volúpia. Quanto aos mecanismos que a tornam afrodisíaca - talvez umas aspas se justificassem... - podem ir da transgressão religiosa à social ou ao trajecto psicológico individual.
Non mon amour, Aquiles, Andorinha e demais, se me permitem dar uma achega, lembrei-me destas letras:
"Com açúcar com afecto Fiz seu doce predilecto Pra você ficar em casa Qual o quê Com seu terno mais bonito Você sai, não acredito Quando diz que não se atrasa Você diz que é operário Vai em busca do salário Pra poder nos sustentar Qual o quê No caminho da oficina Há um bar em cada esquina Pra você comemorar…"etc.
E no final:
"Quando a noite enfim lhe cansa Você vem feito criança Pra chorar o meu perdão…"etc. …"E ao lhe ver assim cansado Maltrapilho e maltratado Ainda quis me aborrecer Qual o quê Logo vou esquentar seu prato Dou um beijo em seu retrato E abro meus braços pra você."
Esta outra:
"Encontrei o meu pedaço na avenida de camisa amarela Cantando a florisbela, oi, a florisbela Convidei-o a voltar pra casa em minha companhia Exibiu-me um sorriso de ironia Desapareceu no turbilhão da galeria No estava (muito) nada bom O meu pedaço na verdade estava bem mamado Bem chumbado Atravessado Foi por aí cambaleando Se acabando Num cordão Com um reco-reco na mão Mais tarde o encontrei num café zurrapa Do largo da Lapa Folião de raça Bebendo o quinto copo de cachaça Voltou àss sete horas da manhã, mas só na quarta-feira Cantando a jardineira, oi, a jardineira Me pediu ainda meio zonzo um copo d'água com bicarbonato Meu pedaço estava ruim de fato Pois caiu na cama e não tirou nem o sapato E roncou uma semana Despertou mal-humorado quis brigar comigo Que perigo! Mas eu não ligo O meu pedaço me domina Me fascina Ele é o "tal" Por isso não levo a mal pegou a camisa amarela Botou fogo nela Gosto dele assim Passou a brincadeira e ele é pra mim."
E ainda esta:
"Sur cette terr', ma seul' joie, mon seul bonheur C'est mon homme. J'ai donné tout c'que j'ai, mon amour et tout mon cœur À mon homme Et même la nuit, Quand je rêve, c'est de lui, De mon homme. Ce n'est pas qu'il est beau, qu'il est riche ni costaud Mais je l'aime, c'est idiot, I'm'fout des coups I'm'prend mes sous, Je suis à bout Mais malgré tout Que voulez-vous
Je l'ai tell'ment dans la peau Qu'j'en d'viens marteau, Dès qu'il s'approch' c'est fini Je suis à lui Quand ses yeux sur moi se posent Ça me rend tout' chose Je l'ai tell'ment dans la peau Qu'au moindre mot I'm'f'rait faire n'importe quoi J'tuerais, ma foi J'sens qu'il me rendrait infâme Mais je n'suis qu'un' femme Et, j'l'ai tell'ment dans la peau ...
Pour le quitter c'est fou ce que m'ont offert D'autres hommes. Entre nous, voyez-vous ils ne valent pas très cher Tous les hommes La femm' à vrai dir' N'est faite que pour souffrir Par les hommes. Dans les bals, j'ai couru, afin d'l'oublier j'ai bu Rien à faire, j'ai pas pu Quand i'm'dit : "Viens" J'suis comme un chien Y a pas moyen C'est comme un lien Qui me retient.
Je l'ai tell'ment dans la peau Qu'j'en suis dingo. Que cell' qui n'a pas aussi Connu ceci Ose venir la première Me j'ter la pierre. En avoir un dans la peau C'est l'pir' des maux Mais c'est connaître l'amour Sous son vrai jour Et j'dis qu'il faut qu'on pardonne Quand un' femme se donne À l'homm' qu'elle a dans la peau ..."
Devo dizer que gosto muito da canção do Chico cuja letra é lindíssima, mas...
De que falarão estas canções? Amor incondicional ou amor obsessivo? Não haverá na atitude desta Mulher que tudo perdoa uma boa dose de masoquismo, de falta de auto-estima (como se diz actualmente), de dependência patológica (o homem da canção francesa até lhe rouba o dinheiro e lhe bate)? Diz também a mesma canção que atire a primeira pedra quem nunca sentiu assim. Pergunto-me, será que eu poderia "cair" numa situação semelhante, que qualquer mulher pode? E um homem? Há tantas histórias de amores fatais (para os dois lados) no cinema. Por ex., lembrei-me agora do filme a "Sereia do Mississipi", onde a personagem do Belmondo, mesmo sabendo que está a ser envenenado, não consegue deixar a personagem da C. Deneuve.
aquiles, neste caso aplico aos dois géneros. :) Não é que eu veja o amor como um "simples" acto egoísta, sim que este tem de existir já que há amores que têm fim. Ao ter fim, está dependente de uma ou mais partes sentirem-se bem na relação. O prazer...emocional, afectivo, sexual, etc...é a força motriz!
Mesmo pensando naqueles casos em que uma das partes leva porrada, é humilhada, é desamada! há de certeza alguma recompensa, mesmo que fictícia, que a prende - se assim não fosse a relação acabava.
É deste tipo de egoísmo que falo. E (acho que) não se aplica a outros tipos de amor (maternal, de filho, etc..).
Prof, desculpe estar a corrigir a sua morada, mas tem de ser. Temos de proteger os Josés Manueis Valentes!!! :D
Stella, Será "Gonçalo" e não "Gonalo"! :)
PS - "A Comunidade" de Luiz Pacheco foi reeditada!!! Vou dar descanço aos alfarrabistas!!! :))))))
Quanto ao "não deliberada" viu-se na obrigação de acrescentar, portanto...:))))))
"Podemos ser frios por não conhecermos o resultado - gélido... - dos nossos comportamentos, falo da frieza do acto e não da sua intenção."
Aqui não há discordância possível.
" E por isso a inocência pode ser fria, cortante, cruel... e não o saber!"
Absolutamente de acordo, também. Mas onde fica então espaço para a culpa? Se alguém não tem noção do que causa, então não é culpado, pelo menos até que seja alertado para tal.
Amar sem fazer perguntas nem esperar respostas não integra nenhum perdão antecipado
para aquilo que a pessoa amada faz com a sua liberdade a sua privacidade a sua intimidade !
Amar sem fazer perguntas nem esperar respostas,
pressupõe o desejo de que o outro se realize ao máximo, como quiser e com quem quiser! se quiser ~
Pressupõe um conceito de confiança ilimitada que só faz sentido entre pessoas que se amam e se conhecem se respeitam e se aceitam como são, em total liberdade!
As perguntas e as respostas, só fazem sentido,
numa relação em que as pessoas acham que se amam, mas
não se conhecem, não se respeitam, e não se aceitam mutuamente como são, em total liberdade!
e como tal, não se amam, como realmente :) são !
E quando digo isto, lembro-me sempre desta música:
Esse primeiro paragrafo tem tanta coisa ... que precisariamos de bastante tempo para o debate.
Agora o "quanto mais me bates mais gosto de ti", tem que se lhe diga. Até pode haver amor de ambos, pode acontecer, mas não em numero substancial. Mas há, seguramente, muito egoísmo, logo o tal "desamor". Para mim amar é dar-se. Numa relação amorosa isso tem de ser bidireccional. Se falha, rompe-se o âmago da relação. Ficam todos muito amigos porque são civilizados, modernos, cabeças arejadas, etc, e ninguém se magoa... Pois, mas eu já não acredito em gambuzinos. Sei que estou já a divagar.
Mas gostei muito do 1º paragrafo. Deviamos esmioçar essa do prazer no seio do amor. Sempre se aprofundava isto. E talvez fosse elucidativo para se distinguir entre o ângulo masculino e o feminino. Talvez.
E Thora Há sempre quem goste de apanhar "porrada". Há sempre aquela percepção feminina do "que é que tem com isso? Está a bater no que é seu qual é o seu problema? O meu homem é muito homem. E você não bate na sua mulher seu mansinho?" :):):):):) Há de tudo
Conheço bem essa culpa viciante, assim como a frieza mas esta que me foi dada a conhecer, deliberada. As crianças fazem as suas descobertas, mas ao contrário da maioria dos adultos, fazem-nas com entrega "deliberada".
A um "técnico" como o professor deve ser fácil adivinhar o caminho de um trilho de afectos que se vai abrindo, permitindo, fazendo. Essa clarividência não será contudo um dom de quem não tem intencionalidade consciente de coisa nenhuma a não ser gerar afectos comuns.
Não creio que a isso se possa chamar "coisas" feias ainda que adornadas de um contexto desculpabilizador.
Quando se ama (e agora vou usar uma expressão castradora ;))))no pecado (pareço a Ti Josefa a palrar ;))é porque se ama de facto e se há culpa ela deve-se a uma moldura que nunca deixa de enquadrar todos os sentimentos que deveriam ser tão puros como os demais.
Nunca foi inocente o meu amor. Sempre o quis devolvido e acrescido. Para, em novo desafio, entregar ainda mais. Num movimento ininterrupto que nos sacia pela vida fora. E que nos culpa se não acontece.
Senti algumas vezes culpa. Pela insensibilidade inocente. Pela arrogância dolosa. Pela verdade incontida. E, por isto, sinto remorso. Mas de uma forma fugaz. Pouco aderente. Leve.
Remorso. Culpa. Inocência. Que importam? Sei o que são. Só não sei o que é o amor. Sei, apenas, que o sinto. Que o dou. Que o recebo. Só isso me interessa.
Da inocência da frieza ou da frieza da inocência ? ou de nenhuma das duas :) será que este artigo trata de alguma delas ?
" Diz-se que a castidade é uma virtude. Mas quando a abstinência sexual não é voluntária pode transformar-se num tormento e afetar seriamente a saúde. Um apartamento hiperdesorganizado. Roupa amontoada em um canto, paredes forradas com calendários que "respiram erotismo" e diversos alimentos - que alguém denominou de afrodisíacos - espalhados no armário da cozinha. Os vídeos pornô formam uma pilha na mesa da sala. Mas não estão sós. Acompanham-nos latas de cerveja (uma bebida cai sempre bem) e uma pizza acabada de descongelar no microondas. Este é um ritual diário e, como tal, termina sempre da mesma maneira: com a masturbação. Uma dúvida se levanta: a protagonista da fantasia noturna será a atriz do filme, a criatura do poster ou a vizinha do segundo andar? Ou quem sabe, uma aventura a trois?! Embora exagerado, este cenário não está nada longe da realidade. Muita gente vive o sexo de forma solitária. E não pense que estas pessoas renunciaram ao sexo. Bem pelo contrário. Respiram energia sexual por todos os poros, mas desfrutam o prazer de uma forma onanista. Determinadas pessoas recorrem à masturbação mesmo tendo parceiro e uma atividade sexual satisfatória. Depende da importância que atribuem a tal atividade erótica. Se a utilizam como substituta, pode dever-se a inibições que impedem a relação, afirmam os sexólogos. Problemas de caráter, traumas ou taras físicas que as envergonham são algumas das causas que os impedem de encontrar um parceiro para desfrutar toda a sua sexualidade. O sexo, ao contrário de comer e de beber, não é uma das funções vitais do ser humano. A prova disso é que a falta de relações sexuais nunca foi responsável pela morte de ninguém. Mas podemos ser felizes sem sexo? Ou corremos o risco de virmos a sofrer de algum transtorno físico ou psíquico? Em 2002, "The Journal of Sexual Research" publicou um estudo de Elizabeth Burgess, professora auxiliar de Sociologia na University Research of Georgia, EUA, do qual participaram 82 homens e mulheres com mais de 30 anos que ou ainda eram virgens, ou estavam há mais de um ano sem sexo. O objetivo era saber se essas pessoas se consideravam felizes ou se sofriam de algum problema. As conclusões foram desoladoras: 100% dos pacientes apresentaram sintomas de depressão e níveis de auto-estima muito baixos que se repercutiam noutras áreas, como o trabalho. Mais: todos se sentiam infelizes. Os autores do estudo decidiram que o sexo era um fator influente nesse estado depressivo. Mas não é obrigatório que seja assim. Existem abstinentes que não apresentam sintomatologias depressivas, afirma o sexólogo Júlio Machado Vaz. É verdade que somos pessoas sexuadas e renunciar a isso equivale a cortar com um aspecto chave da nossa natureza. Isto não quer dizer que a abstinência seja uma opção ilegítima. "Se essa é a vontade da pessoa, é ela que a legitima", afirma Rosário Gomes, sexóloga e psicóloga clínica. E acrescenta: "Os problemas surgem quando a abstinência é involuntária". Questão de desejo - Para alguns sexólogos, falar de sexo é falar de prazer. No entanto, Júlio Machado Vaz diz que infelizmente as coisas não funcionam assim, sobretudo para as mulheres. "O homem tem mais dificuldade em simular, fisiologicamente, o desejo. A mulher pode simulá-lo mais facilmente. Ao longo dos tempos, ela foi obrigada a suportar o sexo sem qualquer prazer, apenas pela sua posição subordinada ao poder masculino. Logo: sexo sem desejo", explica. Ainda hoje se defende que a energia libidinosa tem de ser descarregada através do ato sexual, sendo o orgasmo um estado de plenitude. E quando isso não acontece? O neurocirurgião Carlos Belmonte explica as conexões existentes entre o cérebro e a satisfação do desejo sexual. "A zona do cérebro conhecida como sistema límbico é responsável pelos mecanismos de recompensa do nosso organismo. Assim, quando temos fome e comemos, é o sistema límbico que nos proporciona a sensação de satisfação". O mesmo se passa com o sexo. Quando um indivíduo é submetido a um estímulo sexual, o sistema límbico ativa-se; se o desejo é satisfeito, recebe-se a sensação de prazer e o mecanismo cerebral desativa-se. Para Julio Machado Vaz, "o prazer pressupõe a percepção psicológica dos estímulos físicos, logo está na cabeça. Além disso, a percepção da própria excitação aumenta-a, tornando o contato mais desejado". O problema surge quando esse desejo sexual não é satisfeito. O mecanismo permanece ativado, mas sem poder atuar. Resultado: surge a frustração. Os hormônios do prazer - Entre os mecanismos de recompensa produzidos pelo sistema límbico encontram-se as endorfinas (chamadas hormônios de prazer). São uns neurotransmissores - cuja missão é colocar em contato certos neurônios - que se libertam em momentos de prazer. É durante o orgasmo que o nosso cérebro segrega maior quantidade de endorfinas. No entanto, os benefícios que produzem as endorfinas vão além da mera sensação de prazer. O investigador Paul Pearsall, da Universidade de Havard, descobriu, por exemplo, que esta descarga hormonal contribui para fortalecer o sistema imunitário das pessoas, na medida em que favorece o aumento dos glóbulos brancos no sangue. Além disso, está demonstrado que as endorfinas atuam como um antídoto contra a depressão, que normalmente surge quando os níveis deste hormônio são muito baixos no organismo. Todavia, "praticar a abstinência sexual não significa, necessariamente, que o cérebro deixe de segregar endorfinas", salienta Júlio Machado Vaz. Opinião corroborada por Rosário Gomes: "Uma pessoa pode ter prazer em outras áreas da sua vida que não a sexual. As pessoas desviam as suas endorfinas e vão buscar prazer em outras áreas. No fundo, são compensadas. Se, por outro lado, tomam esta opção como uma questão de evitamento ou bloqueio, isso acaba por trazer instabilidade". Mesmo não praticando sexo, podemos sempre ficar descansados: não haverá uma diminuição nos níveis de hormônios sexuais (testosterona e estrogênios), nem da produção de sêmen. Já lhe disseram que quanto mais relações sexuais você tiver, maior quantidade de esperma irá produzir, certo? Pois se esqueceram de lhe dizer que o contrário também acontece. Ou seja, que a menor atividade sexual não diminui a produção de sêmen. O organismo, se não produz sêmen através do coito, o faz automaticamente através dos sonhos. Também as mulheres têm sonhos noturnos que podem culminar em orgasmos. Mas, nestes casos, poderão estar entrando num círculo vicioso. "A falta de estimulação vai provocar um reforço negativo do seu próprio desejo. Isso faz com que a pessoa invista naquela área, pois só conhece esse modo de prazer", afirma Rosário Gomes. Disfunções sexuais - A abstinência sexual muito prolongada e involuntária pode ser originada por diversos transtornos psicológicos. "Pode haver uma dificuldade no âmbito da interação social, ou da abordagem com o outro e, às vezes, há dificuldade em encontrar novas pessoas. Na sociedade individualista em que vivemos, isso é cada vez mais comum", diz a sexóloga Rosário Gomes. Mas isso não é o mais grave. "Uma abstinência forçada e prolongada pode aumentar os níveis de insegurança e ansiedade quanto ao desempenho sexual, o que, por sua vez, facilita os problemas sexuais", afirma Júlio Machado Vaz. São várias as disfunções sexuais que tal ansiedade pode provocar. No caso do homem, pode ser uma disfunção erétil ou disfunção da ejaculação precoce. No caso da mulher, pode ocorrer o vaginismo (uma contração intensa e muito dolorosa dos músculos constritores da vagina, impedindo a penetração), a dispaurenia - o coito com dor e dificuldades orgásmicas. "São problemas físicos, mas a sua causa é de natureza psicológica ou emocional", diz Rosário Gomes. Como se isso não bastasse, alguns pacientes que viveram a abstinência involuntária, ao encontrarem um parceiro podem vir a padecer de uma disfunção conhecida como inibição sexual. "O desejo ´parece´ ausente como proteção contra o receio de um fracasso. Mas não é comum", salienta Júlio Machado Vaz. Segundo os especialistas, estes problemas não aparecem quando a abstinência sexual é uma decisão voluntária. "Se a pessoa tomar a abstinência como uma opção consciente, em que conhece seu corpo, mas tem outro tipo de valores, variados interesses e canaliza os seus desejos para outras áreas da vida, não existirá qualquer problema de caráter psicológico", conta Rosário Gomes. Porém, um estudo realizado pela pesquisadora Jennifer Berman, da Universidade de Maryland, EUA, diz que muitas das pessoas que praticam com êxito a castidade e a contenção sexual padecem de anafrodisia, uma disfunção que consiste na anulação (total ou parcial) do desejo sexual libidinoso. Mesmo assim, o governo de George W. Bush diz que a abstinência sexual é a única forma de evitar uma gravidez indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis. Para estimular esse comportamento, irá financiar as escolas que acabarem com as classes mistas. Será que ele nunca ouviu falar que o fruto proibido... Reclusas As práticas onanistas são tão freqüentes como no caso dos homens.
As celas são enfeitadas com fotografias dos namorados, dos maridos e dos filhos.
É habitual as reclusas envolverem-se sexualmente com a companheira de cela
Estas relações lésbicas não são apenas uma forma de satisfazer o desejo sexual, tem também um poderoso lado afetivo. Tentam reproduzir os laços familiares e sentimentais que tinham lá fora.
Grande parte destas mulheres quando recuperam a liberdade voltam a ser heterossexuais. Reclusos A masturbação é uma prática constante.
Reaparecem comportamentos próprios da adolescência, como a masturbação em grupo.
As celas estão adornadas com fotografias das namoradas ou esposas, e com imagens eróticas.
Alguns reclusos fechados em celas de isolamento chegam a excitar-se com a mancha de umidade nas paredes, nas quais identificavam figuras de caráter lúdico.
As relações homossexuais (como maneira de satisfazer o desejo sexual) são freqüentes. Os pedófilos são, por norma, violados.
O mito da promiscuidade juvenil está proibido nos Estados Unidos. Na Europa, a castidade converteu-se numa "virtude" muito valorizada pelos adolescentes. A última moda é a chamada "segunda virgindade". Os casais que desejam casar, embora já vivam juntos, regressam à casa dos pais antes da cerimônia. Até as estrelas fazem campanha a favor da abstinência sexual, tal como ocorreu com a Miss América 2003, Erika Harold, cujo desejo é dar conferências para falar das virtudes da castidade. Um caso diferente é o de Monica Narano. A jovem cantora espanhola atravessou em 1998 um período de abstinência sexual forçada que durou quase um ano. O cansaço e o estresse das apresentações foram os responsáveis pela sua falta de apetite sexual."
Numa aparente simplicidade, refere as "voltas" e os meandros por onde andam os nossos sentires que apesar de diferentes em cada um, convergem nisso:" Sei, apenas, que o sinto. Que o dou. Que o recebo" e de facto só isso interessa mesmo...:)
49 comentários:
Está-me a parecer que esse amante danou-se:(( ou então está para danar-se...
"Que chamar a um Deus que deposita o amor nas mãos esburacadas dos amantes?"...
Quem diz esburacadas, diz inexperientes...
E se bastassem apenas as boas intenções e o querer...
Deve ser por isso que alguém escreveu qualquer coisa como "Estes difíceis amores"...:))))
Boa noite.
Ora vamos por partes:)
Não me venha agora com as crianças para tentar dificultar e baralhar ainda mais as coisas...:)
"Frieza "não deliberada" já é uma tentativa sua de aligeirar o radicalismo do post anterior.
A culpa funcionar como afrodisíaco? Sem dúvida!
Um amante ser desconhecedor do amor parece-me um contrasenso.
Continuo a não estar nada convencida:)
Temos aqui um braço de ferro:) Loooool
Mas a culpa afrodisiaca não é bem a mesma coisa da volupia da culpa. No primeiro há adjectivação e no segundo não. Portanto coisas diferentes. E há outra coisa, o tal amante do post anterior não era criança. Ou então era, no sentido em que as mulheres acham os homens acriançados.
E Thora
Em relação ao coment do post anterior drvo dizer que o egoísmo no amor faz parte da tal diferença de percepção do amor que há do homem para a mulher. Percepções bem diferentes, expectativas não coincidentes, sincronismos desfazados.
Mas isto sou eu a divagar, é claro
A Non Mon Amour
Disse no post anterior: ama-se e pronto.
Isto é que é a inocência.
Aquiles,
Divaga, homem, que divagas com pertinência.
Júlio, dois contra um, tá feito:)))
Até amanhã, malta.
andorinha 12:41 AM
É um pouco ao estilo de "freek da passsa" versus "fraco da pissa", não é ?!
Lá no meu sitio escrevi há dias atrás sobre o "precipício da paixão", frase que ouvi a Tonia Carrero sobre Vinicius.
Ora isto também marca a grande diferença entre o homem e a mulher, na vivência do amor.
Quanto ao amor e pronto, que comentei acima, é uma inocência. Eu julgo que não há amar e pronto. Amar não é nada simples, não porque difícil, mas porque complexo. Ninguém sai de um amor e pronto. Todas as saídas deixam as suas marcas "cravadas". Quantos bancos de "apeadeiros" ocupados por pessoas a digerirem essas marcas? Quantos comprimidos de leveza nocturna tomados com vodka são digeridos?
Lá me deixei ir nas divagações.
Tenham um bom dia.
bendita inocência, a das crianças! a coisa mais linda do mundo!
e deixemos que eles descubram a vida por eles próprios, à vontade, no esvoaçar das suas asas!
com inocência/crueldade/LIBERDADE!
um beijo, doutor
Boa tarde.
FDL(10.18)
No comments!:)
Aquiles,
Não sei se haverá uma diferença assim tão acentuada na forma como o homem e a mulher vivem o amor.
Essas diferenças têm vindo gradualmente a ser esbatidas, mas isso daria para um grande divgação e estou sem tempo:)
Claro que não há "amar e pronto", aí concordo.
Se fosse assim, por um lado seria mais prático, mas teria muito menos piada:)
Hasta...
Andorinha
Olha que há
Aquiles
Quando eu disse, que no amor total "ama-se e pronto" !
Tal significa que se ama sem fazer perguntas :) e muito menos, sem esperar respostas !
E pode muito bem ser este o segredo dos "amores eternos " !
O amor com dias ou minutos contados, não é Amor, e muito menos ainda, Amor total!
Naquele sim, "ama-se e pronto" no sentido mais "horizontal" :) do verbo amar!
Mas não foi nesse sentido que eu escrevi o que escrevi!
por vezes, as frases retiradas do seu contexto, ganham sentidos que de outro modo nunca teriam...
Naquele contexto, eu nunca teria olhado para aquela frase dessa forma tão vazia :( e tão prática :)
Talvez por isso também, a comunicação seja o maior desafio que o Homem enfrenta !
"Ai que horror..Ai que horror..Ai que horror.." :D
Professor,
tem o dom de deixar as pessoas preocupadas consigo... Tenho uma carta para si desde o "Tempo dos Espelhos". Como é que faço para que ela lhe chegue?
Non Mon Amour
"Tal significa que se ama sem fazer perguntas :) e muito menos, sem esperar respostas !"
Concordo totalmente.
Mas que não é fácil, não é. ):):):)
E depois temos o belissimo texto a abrir o Lobices-2,«porque te amo?».
É muito elucidativo.
Aquiles (2.33)
Isso dizes tu. Eu continuo a dizer que não sei se há...:)
"Ama-se sem fazer perguntas e muito menos sem esperar respostas?"
Não concordo nada nem contigo nem com Non mon amour.
O amor tal como a amizade é uma construção permanente.
Este é o caminho para o "Amor eterno"?
É o caminho mais curto para o desamor...e que coisa horrivel seria viver sem perguntas ou respostas.
Existe o Amor e o amor?
Alguém me explica a diferença?
Estas visões tão idealizadas e romantizadas do amor fazem-me uma confusão do caraças:)
A Stella está com a coisa na boca!!!!!!!!!!!!!!
Eu vi a Stella aqui,
Of course, I like to suck! Of course, I like to swallow! Of course, I'm shy!
(necessário o WinRAR, e fazer os 2 downloads primeiro)
E não é que ela diz mesmo isto tudo como poderão comprovar vendo!
É tudo "of course". Vi este filme anteontem.
Este filme está engraçado porque começa com uma abordagem na rua a uma rapariga que se mostra muito disponível mas depois felizmente quando eles vão para uma casa, eles não fazem sexo! Ela toma um banho apenas.
Eu não cheguei a dizer mas os norte americanos são os piores do mundo a fazer filmes de sexo, ou pelo menos, em média. A primeira fixação dos realizadores norte-americanos quando estão a fazer filmes porno deve ser a palavra "Moron!" Deve ser uma forma de desemprego nos EUA, e os compradores são bons samaritanos!
Professor,
Vocês, mandam! Of course!
Andorinha
Eu não tenho visões idealizadas do amor.
Quanto ao perguntas e respostas, se reparaste, eu disse que não era fácil.
Já antes eu tinha afirmado que "Amar não é nada simples, não porque difícil, mas porque complexo." E assim nada é idealizado e muito menos romantizado. Isso é algo que se passa nos Corin Tellado (lembras-te?) e que ilude muita gente, mas talvez alimente muita frustações adoçando o imaginário.
Agora que há a tal diferença, há. Mantenho.
Aquiles
Pois ! Amar nunca foi uma coisa fácil!
Mas penso que o lado doloroso do Amor, é o lado maternal/paternal do sentimento - o da preocupação com o outro!
O das perguntas e respostas, faz parte de outros sentimentos paralelos que por vezes somos levados a confundir com o Amor ao outro!
E que, em boa verdade, têm muito mais de Amor próprio do que de outra coisa :)
E quanto ao post do Lobices, fui ler e é um bom exemplo sim, do que eu escrevi ! mas para mim, haveria mais muito mais a dizer ~
Mas não há pessoas iguais nem há sentimentos iguais !
E o Amor, quando acontece, é sempre uma coisa diferente de tudo o que já vivemos,
ou não fosse o Amor, a coisa mais surpreendente :)) que nos pode acontecer ! Literalmente ...
Aquiles (6.44)
Concordo totalmente contigo e vou explicar:)
Nessa parte do meu comentário eu estava-me a referir ao Non mon amour, mas não deve ter ficado bem explícito, concordo.
Eu li o que disseste acima, por isso não faria sentido.
Quanto aos Corin Tellado lembro-me de ver essas revistas nos escaparates mas só li uma ou duas porque nunca me despertaram interesse.
Que algumas mulheres ainda funcionem nesses moldes é que me faz uma confusão do caraças:)
Non Mon Amor
Literalmente. E não é que é? :):):)
Andorinha
Pode-te fazer confusão, mas não imaginas, então, as milhares de mulheres que ainda funcionam nesses moldes. Como nunca foram "surpreendidas" pelo amor, deixam-se enlevar pelas novelas e telenovelas. São sonhares frustrados que amenizam a aridez de casamentos, uniões ou solidões.
passo a vida a misturar coisas...qto mais sentires,,,,,
jocas maradas...literal.mente:)
Aquiles,
Quando digo que me faz confusão, e faz, quero dizer também que me entristece.
Que mulheres hoje em dia ainda "vivam" as suas vidas através de telenovelas, através de toda a irrealidade e fantasia que lá se vive é deprimente.
E não será assim que encontram "o amor"...cada vez o desfasamento entre as suas vidas e o mundo cor-de-rosa novelesco será maior.
E viver a vida por interpostas pessoas não é nunca, viver.
Andorinha,
O "não deliberada" não é uma porta das traseiras:). Podemos ser frios por não conhecermos o resultado - gélido... - dos nossos comportamentos, falo da frieza do acto e não da sua intenção. E por isso a inocência pode ser fria, cortante, cruel... e não o saber!
Aquiles,
Bom ponto! Mas creio que só uma culpa afrodisíaca pode levar à volúpia. Quanto aos mecanismos que a tornam afrodisíaca - talvez umas aspas se justificassem... - podem ir da transgressão religiosa à social ou ao trajecto psicológico individual.
Stella,
Rua Gonalo Cristóvão, 23 3º 4000-267 Porto. E obrigado!
Boa noite.
Non mon amour, Aquiles, Andorinha e demais, se me permitem dar uma achega, lembrei-me destas letras:
"Com açúcar com afecto
Fiz seu doce predilecto
Pra você ficar em casa
Qual o quê
Com seu terno mais bonito
Você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é operário
Vai em busca do salário
Pra poder nos sustentar
Qual o quê
No caminho da oficina
Há um bar em cada esquina
Pra você comemorar…"etc.
E no final:
"Quando a noite enfim lhe cansa
Você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão…"etc.
…"E ao lhe ver assim cansado
Maltrapilho e maltratado
Ainda quis me aborrecer
Qual o quê
Logo vou esquentar seu prato
Dou um beijo em seu retrato
E abro meus braços pra você."
Esta outra:
"Encontrei o meu pedaço na avenida de camisa amarela
Cantando a florisbela, oi, a florisbela
Convidei-o a voltar pra casa em minha companhia
Exibiu-me um sorriso de ironia
Desapareceu no turbilhão da galeria
No estava (muito) nada bom
O meu pedaço na verdade estava bem mamado
Bem chumbado
Atravessado
Foi por aí cambaleando
Se acabando
Num cordão
Com um reco-reco na mão
Mais tarde o encontrei num café zurrapa
Do largo da Lapa
Folião de raça
Bebendo o quinto copo de cachaça
Voltou àss sete horas da manhã, mas só na quarta-feira
Cantando a jardineira, oi, a jardineira
Me pediu ainda meio zonzo um copo d'água com bicarbonato
Meu pedaço estava ruim de fato
Pois caiu na cama e não tirou nem o sapato
E roncou uma semana
Despertou mal-humorado quis brigar comigo
Que perigo!
Mas eu não ligo
O meu pedaço me domina
Me fascina
Ele é o "tal"
Por isso não levo a mal
pegou a camisa amarela
Botou fogo nela
Gosto dele assim
Passou a brincadeira e ele é pra mim."
E ainda esta:
"Sur cette terr', ma seul' joie, mon seul bonheur
C'est mon homme.
J'ai donné tout c'que j'ai, mon amour et tout mon cœur
À mon homme
Et même la nuit,
Quand je rêve, c'est de lui,
De mon homme.
Ce n'est pas qu'il est beau, qu'il est riche ni costaud
Mais je l'aime, c'est idiot,
I'm'fout des coups
I'm'prend mes sous,
Je suis à bout
Mais malgré tout
Que voulez-vous
Je l'ai tell'ment dans la peau
Qu'j'en d'viens marteau,
Dès qu'il s'approch' c'est fini
Je suis à lui
Quand ses yeux sur moi se posent
Ça me rend tout' chose
Je l'ai tell'ment dans la peau
Qu'au moindre mot
I'm'f'rait faire n'importe quoi
J'tuerais, ma foi
J'sens qu'il me rendrait infâme
Mais je n'suis qu'un' femme
Et, j'l'ai tell'ment dans la peau ...
Pour le quitter c'est fou ce que m'ont offert
D'autres hommes.
Entre nous, voyez-vous ils ne valent pas très cher
Tous les hommes
La femm' à vrai dir'
N'est faite que pour souffrir
Par les hommes.
Dans les bals, j'ai couru, afin d'l'oublier j'ai bu
Rien à faire, j'ai pas pu
Quand i'm'dit : "Viens"
J'suis comme un chien
Y a pas moyen
C'est comme un lien
Qui me retient.
Je l'ai tell'ment dans la peau
Qu'j'en suis dingo.
Que cell' qui n'a pas aussi
Connu ceci
Ose venir la première
Me j'ter la pierre.
En avoir un dans la peau
C'est l'pir' des maux
Mais c'est connaître l'amour
Sous son vrai jour
Et j'dis qu'il faut qu'on pardonne
Quand un' femme se donne
À l'homm' qu'elle a dans la peau ..."
Devo dizer que gosto muito da canção do Chico cuja letra é lindíssima, mas...
De que falarão estas canções? Amor incondicional ou amor obsessivo? Não haverá na atitude desta Mulher que tudo perdoa uma boa dose de masoquismo, de falta de auto-estima (como se diz actualmente), de dependência patológica (o homem da canção francesa até lhe rouba o dinheiro e lhe bate)?
Diz também a mesma canção que atire a primeira pedra quem nunca sentiu assim. Pergunto-me, será que eu poderia "cair" numa situação semelhante, que qualquer mulher pode? E um homem? Há tantas histórias de amores fatais (para os dois lados) no cinema. Por ex., lembrei-me agora do filme a "Sereia do Mississipi", onde a personagem do Belmondo, mesmo sabendo que está a ser envenenado, não consegue deixar a personagem da C. Deneuve.
aquiles,
neste caso aplico aos dois géneros. :) Não é que eu veja o amor como um "simples" acto egoísta, sim que este tem de existir já que há amores que têm fim. Ao ter fim, está dependente de uma ou mais partes sentirem-se bem na relação. O prazer...emocional, afectivo, sexual, etc...é a força motriz!
Mesmo pensando naqueles casos em que uma das partes leva porrada, é humilhada, é desamada! há de certeza alguma recompensa, mesmo que fictícia, que a prende - se assim não fosse a relação acabava.
É deste tipo de egoísmo que falo. E (acho que) não se aplica a outros tipos de amor (maternal, de filho, etc..).
Prof,
desculpe estar a corrigir a sua morada, mas tem de ser. Temos de proteger os Josés Manueis Valentes!!! :D
Stella,
Será "Gonçalo" e não "Gonalo"! :)
PS - "A Comunidade" de Luiz Pacheco foi reeditada!!! Vou dar descanço aos alfarrabistas!!! :))))))
FALSO ALARME!
Peço desculpa aos Senhores Alfarrabistas pelo lapso.
Preço S/IVA: € 857.14
PVP: € 900.00
Edição limitada. :(
Júlio,
Quanto ao "não deliberada" viu-se na obrigação de acrescentar, portanto...:))))))
"Podemos ser frios por não conhecermos o resultado - gélido... - dos nossos comportamentos, falo da frieza do acto e não da sua intenção."
Aqui não há discordância possível.
" E por isso a inocência pode ser fria, cortante, cruel... e não o saber!"
Absolutamente de acordo, também.
Mas onde fica então espaço para a culpa?
Se alguém não tem noção do que causa, então não é culpado, pelo menos até que seja alertado para tal.
É esta agora só a minha dúvida:)
Pamina
Amar sem fazer perguntas nem esperar respostas não integra nenhum perdão antecipado
para aquilo que a pessoa amada faz com a sua liberdade a sua privacidade a sua intimidade !
Amar sem fazer perguntas nem esperar respostas,
pressupõe o desejo de que o outro se realize ao máximo, como quiser e com quem quiser! se quiser ~
Pressupõe um conceito de confiança ilimitada que só faz sentido entre pessoas que se amam e se conhecem se respeitam e se aceitam como são, em total liberdade!
As perguntas e as respostas, só fazem sentido,
numa relação em que as pessoas acham que se amam, mas
não se conhecem, não se respeitam, e não se aceitam mutuamente como são, em total liberdade!
e como tal, não se amam, como realmente :) são !
E quando digo isto, lembro-me sempre desta música:
http://www.youtube.com/watch?v=1BFrTxvxKTs
Uma boa noite a todos !
Carissimo Thora
Esse primeiro paragrafo tem tanta coisa ... que precisariamos de bastante tempo para o debate.
Agora o "quanto mais me bates mais gosto de ti", tem que se lhe diga. Até pode haver amor de ambos, pode acontecer, mas não em numero substancial. Mas há, seguramente, muito egoísmo, logo o tal "desamor".
Para mim amar é dar-se. Numa relação amorosa isso tem de ser bidireccional. Se falha, rompe-se o âmago da relação. Ficam todos muito amigos porque são civilizados, modernos, cabeças arejadas, etc, e ninguém se magoa...
Pois, mas eu já não acredito em gambuzinos. Sei que estou já a divagar.
Mas gostei muito do 1º paragrafo. Deviamos esmioçar essa do prazer no seio do amor. Sempre se aprofundava isto. E talvez fosse elucidativo para se distinguir entre o ângulo masculino e o feminino. Talvez.
E Thora
Há sempre quem goste de apanhar "porrada".
Há sempre aquela percepção feminina do "que é que tem com isso? Está a bater no que é seu qual é o seu problema? O meu homem é muito homem. E você não bate na sua mulher seu mansinho?" :):):):):)
Há de tudo
"Mas creio que só uma culpa afrodisíaca pode levar à volúpia.", JMV
"Deve" estar a pensar no preservativo na ponta do pénis católico!
Conheço bem essa culpa viciante, assim como a frieza mas esta que me foi dada a conhecer, deliberada.
As crianças fazem as suas descobertas, mas ao contrário da maioria dos adultos, fazem-nas com entrega "deliberada".
E depois temos a culpa ostentativa, a "única" que poderá levar ao status...
A bomba de Vitor Baía, um pecador
No fundo, é uma espécie de culpa demagógica feita nas entrelinhas, uma forma de idolatrização do Murcon.
FDL 10.18PM
No Dica vem um azeite de 0,3 e um vinagre balsámico de aproveitar e saborear qualidade preço, espero não existir nada contra...:))))))
Professor
Caramba! Ainda há dias andava e muito bem enluarado....;)e agora? terá a ver já com o solstício de inverno?:)
Ops! em tempo: muito e bem:)
A um "técnico" como o professor deve ser fácil adivinhar o caminho de um trilho de afectos que se vai abrindo, permitindo, fazendo. Essa clarividência não será contudo um dom de quem não tem intencionalidade consciente de coisa nenhuma a não ser gerar afectos comuns.
Não creio que a isso se possa chamar "coisas" feias ainda que adornadas de um contexto desculpabilizador.
Quando se ama (e agora vou usar uma expressão castradora ;))))no pecado (pareço a Ti Josefa a palrar ;))é porque se ama de facto e se há culpa ela deve-se a uma moldura que nunca deixa de enquadrar todos os sentimentos que deveriam ser tão puros como os demais.
Penso eu de que!
Tenham uma boa noite
E já agora um Bom Natal
Um Bom Natal ~
e uma Boa Noite para si também, Cêtê :)
non!mon amour!
;)
"Yes", porque não?;P
Nunca foi inocente o meu amor. Sempre o quis devolvido e acrescido. Para, em novo desafio, entregar ainda mais. Num movimento ininterrupto que nos sacia pela vida fora. E que nos culpa se não acontece.
Senti algumas vezes culpa. Pela insensibilidade inocente. Pela arrogância dolosa. Pela verdade incontida. E, por isto, sinto remorso. Mas de uma forma fugaz. Pouco aderente. Leve.
Remorso. Culpa. Inocência. Que importam? Sei o que são. Só não sei o que é o amor. Sei, apenas, que o sinto. Que o dou. Que o recebo. Só isso me interessa.
Cêtê
o "yes" já tem dono ;)
Olhar 8:40 PM
Boa...!
Da inocência da frieza ou da frieza da inocência ? ou de nenhuma das duas :) será que este artigo trata de alguma delas ?
" Diz-se que a castidade é uma virtude. Mas quando a abstinência sexual não é voluntária pode transformar-se num tormento e afetar seriamente a saúde.
Um apartamento hiperdesorganizado. Roupa amontoada em um canto, paredes forradas com calendários que "respiram erotismo" e diversos alimentos - que alguém denominou de afrodisíacos - espalhados no armário da cozinha. Os vídeos pornô formam uma pilha na mesa da sala. Mas não estão sós. Acompanham-nos latas de cerveja (uma bebida cai sempre bem) e uma pizza acabada de descongelar no microondas. Este é um ritual diário e, como tal, termina sempre da mesma maneira: com a masturbação. Uma dúvida se levanta: a protagonista da fantasia noturna será a atriz do filme, a criatura do poster ou a vizinha do segundo andar? Ou quem sabe, uma aventura a trois?!
Embora exagerado, este cenário não está nada longe da realidade. Muita gente vive o sexo de forma solitária. E não pense que estas pessoas renunciaram ao sexo. Bem pelo contrário. Respiram energia sexual por todos os poros, mas desfrutam o prazer de uma forma onanista. Determinadas pessoas recorrem à masturbação mesmo tendo parceiro e uma atividade sexual satisfatória. Depende da importância que atribuem a tal atividade erótica. Se a utilizam como substituta, pode dever-se a inibições que impedem a relação, afirmam os sexólogos. Problemas de caráter, traumas ou taras físicas que as envergonham são algumas das causas que os impedem de encontrar um parceiro para desfrutar toda a sua sexualidade.
O sexo, ao contrário de comer e de beber, não é uma das funções vitais do ser humano. A prova disso é que a falta de relações sexuais nunca foi responsável pela morte de ninguém. Mas podemos ser felizes sem sexo? Ou corremos o risco de virmos a sofrer de algum transtorno físico ou psíquico?
Em 2002, "The Journal of Sexual Research" publicou um estudo de Elizabeth Burgess, professora auxiliar de Sociologia na University Research of Georgia, EUA, do qual participaram 82 homens e mulheres com mais de 30 anos que ou ainda eram virgens, ou estavam há mais de um ano sem sexo. O objetivo era saber se essas pessoas se consideravam felizes ou se sofriam de algum problema. As conclusões foram desoladoras: 100% dos pacientes apresentaram sintomas de depressão e níveis de auto-estima muito baixos que se repercutiam noutras áreas, como o trabalho. Mais: todos se sentiam infelizes.
Os autores do estudo decidiram que o sexo era um fator influente nesse estado depressivo. Mas não é obrigatório que seja assim. Existem abstinentes que não apresentam sintomatologias depressivas, afirma o sexólogo Júlio Machado Vaz.
É verdade que somos pessoas sexuadas e renunciar a isso equivale a cortar com um aspecto chave da nossa natureza. Isto não quer dizer que a abstinência seja uma opção ilegítima. "Se essa é a vontade da pessoa, é ela que a legitima", afirma Rosário Gomes, sexóloga e psicóloga clínica. E acrescenta: "Os problemas surgem quando a abstinência é involuntária".
Questão de desejo - Para alguns sexólogos, falar de sexo é falar de prazer. No entanto, Júlio Machado Vaz diz que infelizmente as coisas não funcionam assim, sobretudo para as mulheres. "O homem tem mais dificuldade em simular, fisiologicamente, o desejo. A mulher pode simulá-lo mais facilmente. Ao longo dos tempos, ela foi obrigada a suportar o sexo sem qualquer prazer, apenas pela sua posição subordinada ao poder masculino. Logo: sexo sem desejo", explica.
Ainda hoje se defende que a energia libidinosa tem de ser descarregada através do ato sexual, sendo o orgasmo um estado de plenitude. E quando isso não acontece?
O neurocirurgião Carlos Belmonte explica as conexões existentes entre o cérebro e a satisfação do desejo sexual. "A zona do cérebro conhecida como sistema límbico é responsável pelos mecanismos de recompensa do nosso organismo. Assim, quando temos fome e comemos, é o sistema límbico que nos proporciona a sensação de satisfação".
O mesmo se passa com o sexo. Quando um indivíduo é submetido a um estímulo sexual, o sistema límbico ativa-se; se o desejo é satisfeito, recebe-se a sensação de prazer e o mecanismo cerebral desativa-se.
Para Julio Machado Vaz, "o prazer pressupõe a percepção psicológica dos estímulos físicos, logo está na cabeça. Além disso, a percepção da própria excitação aumenta-a, tornando o contato mais desejado".
O problema surge quando esse desejo sexual não é satisfeito. O mecanismo permanece ativado, mas sem poder atuar. Resultado: surge a frustração.
Os hormônios do prazer - Entre os mecanismos de recompensa produzidos pelo sistema límbico encontram-se as endorfinas (chamadas hormônios de prazer). São uns neurotransmissores - cuja missão é colocar em contato certos neurônios - que se libertam em momentos de prazer.
É durante o orgasmo que o nosso cérebro segrega maior quantidade de endorfinas. No entanto, os benefícios que produzem as endorfinas vão além da mera sensação de prazer. O investigador Paul Pearsall, da Universidade de Havard, descobriu, por exemplo, que esta descarga hormonal contribui para fortalecer o sistema imunitário das pessoas, na medida em que favorece o aumento dos glóbulos brancos no sangue. Além disso, está demonstrado que as endorfinas atuam como um antídoto contra a depressão, que normalmente surge quando os níveis deste hormônio são muito baixos no organismo.
Todavia, "praticar a abstinência sexual não significa, necessariamente, que o cérebro deixe de segregar endorfinas", salienta Júlio Machado Vaz. Opinião corroborada por Rosário Gomes: "Uma pessoa pode ter prazer em outras áreas da sua vida que não a sexual. As pessoas desviam as suas endorfinas e vão buscar prazer em outras áreas. No fundo, são compensadas. Se, por outro lado, tomam esta opção como uma questão de evitamento ou bloqueio, isso acaba por trazer instabilidade".
Mesmo não praticando sexo, podemos sempre ficar descansados: não haverá uma diminuição nos níveis de hormônios sexuais (testosterona e estrogênios), nem da produção de sêmen. Já lhe disseram que quanto mais relações sexuais você tiver, maior quantidade de esperma irá produzir, certo?
Pois se esqueceram de lhe dizer que o contrário também acontece. Ou seja, que a menor atividade sexual não diminui a produção de sêmen. O organismo, se não produz sêmen através do coito, o faz automaticamente através dos sonhos. Também as mulheres têm sonhos noturnos que podem culminar em orgasmos. Mas, nestes casos, poderão estar entrando num círculo vicioso. "A falta de estimulação vai provocar um reforço negativo do seu próprio desejo. Isso faz com que a pessoa invista naquela área, pois só conhece esse modo de prazer", afirma Rosário Gomes.
Disfunções sexuais - A abstinência sexual muito prolongada e involuntária pode ser originada por diversos transtornos psicológicos.
"Pode haver uma dificuldade no âmbito da interação social, ou da abordagem com o outro e, às vezes, há dificuldade em encontrar novas pessoas. Na sociedade individualista em que vivemos, isso é cada vez mais comum", diz a sexóloga Rosário Gomes.
Mas isso não é o mais grave. "Uma abstinência forçada e prolongada pode aumentar os níveis de insegurança e ansiedade quanto ao desempenho sexual, o que, por sua vez, facilita os problemas sexuais", afirma Júlio Machado Vaz. São várias as disfunções sexuais que tal ansiedade pode provocar. No caso do homem, pode ser uma disfunção erétil ou disfunção da ejaculação precoce. No caso da mulher, pode ocorrer o vaginismo (uma contração intensa e muito dolorosa dos músculos constritores da vagina, impedindo a penetração), a dispaurenia - o coito com dor e dificuldades orgásmicas. "São problemas físicos, mas a sua causa é de natureza psicológica ou emocional", diz Rosário Gomes.
Como se isso não bastasse, alguns pacientes que viveram a abstinência involuntária, ao encontrarem um parceiro podem vir a padecer de uma disfunção conhecida como inibição sexual. "O desejo ´parece´ ausente como proteção contra o receio de um fracasso. Mas não é comum", salienta Júlio Machado Vaz.
Segundo os especialistas, estes problemas não aparecem quando a abstinência sexual é uma decisão voluntária.
"Se a pessoa tomar a abstinência como uma opção consciente, em que conhece seu corpo, mas tem outro tipo de valores, variados interesses e canaliza os seus desejos para outras áreas da vida, não existirá qualquer problema de caráter psicológico", conta Rosário Gomes. Porém, um estudo realizado pela pesquisadora Jennifer Berman, da Universidade de Maryland, EUA, diz que muitas das pessoas que praticam com êxito a castidade e a contenção sexual padecem de anafrodisia, uma disfunção que consiste na anulação (total ou parcial) do desejo sexual libidinoso.
Mesmo assim, o governo de George W. Bush diz que a abstinência sexual é a única forma de evitar uma gravidez indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis. Para estimular esse comportamento, irá financiar as escolas que acabarem com as classes mistas. Será que ele nunca ouviu falar que o fruto proibido...
Reclusas
As práticas onanistas são tão freqüentes como no caso dos homens.
As celas são enfeitadas com fotografias dos namorados, dos maridos e dos filhos.
É habitual as reclusas envolverem-se sexualmente com a companheira de cela
Estas relações lésbicas não são apenas uma forma de satisfazer o desejo sexual, tem também um poderoso lado afetivo. Tentam reproduzir os laços familiares e sentimentais que tinham lá fora.
Grande parte destas mulheres quando recuperam a liberdade voltam a ser heterossexuais.
Reclusos
A masturbação é uma prática constante.
Reaparecem comportamentos próprios da adolescência, como a masturbação em grupo.
As celas estão adornadas com fotografias das namoradas ou esposas, e com imagens eróticas.
Alguns reclusos fechados em celas de isolamento chegam a excitar-se com a mancha de umidade nas paredes, nas quais identificavam figuras de caráter lúdico.
As relações homossexuais (como maneira de satisfazer o desejo sexual) são freqüentes. Os pedófilos são, por norma, violados.
O mito da promiscuidade juvenil está proibido nos Estados Unidos. Na Europa, a castidade converteu-se numa "virtude" muito valorizada pelos adolescentes. A última moda é a chamada "segunda virgindade". Os casais que desejam casar, embora já vivam juntos, regressam à casa dos pais antes da cerimônia. Até as estrelas fazem campanha a favor da abstinência sexual, tal como ocorreu com a Miss América 2003, Erika Harold, cujo desejo é dar conferências para falar das virtudes da castidade.
Um caso diferente é o de Monica Narano. A jovem cantora espanhola atravessou em 1998 um período de abstinência sexual forçada que durou quase um ano. O cansaço e o estresse das apresentações foram os responsáveis pela sua falta de apetite sexual."
http://www.vidabrasil.com.br/exibe_noticias.asp?cod_noticia=748&edicao=331&data=15/8/2003
O "estresse" é do pior, sim!
Cê, a tal Josefa deve ser uma "tardona" :D
JFR 10.33h:)
Muita sensibilidade e lucidez no que escreveu!...
Numa aparente simplicidade, refere as "voltas" e os meandros por onde andam os nossos sentires que apesar de diferentes em cada um, convergem nisso:" Sei, apenas, que o sinto. Que o dou. Que o recebo" e de facto só isso interessa mesmo...:)
Gostei muito! e tambem subscrevo...
a menina da lua:
Obrigado pelo seu comentário. Fiquei feliz pelo seu regresso.
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