quarta-feira, novembro 23, 2011

A céu aberto.

A solidão é o mais fiel dos espelhos. Sublinha a nossa imagem e reduz a dos outros ao exílio das recordações. E assim corta as goelas a preguiçosos álibis...

246 comentários:

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Interessada disse...

Pedro
Gostei do samba e do malandro. Grazie pela sugestão.
Gostei igualmente de sentir que acordaste bem disposto.
Um dia belo para ti :D

Devo dizer que já fiz a minha escolha e deixei para trás a inquietação e a escuridão. Pelo menos até que chova :D
Fica o poema

"De um e outro lado do que sou,
da luz e da obscuridade,
do ouro e do pó,
ouço pedirem-me que escolha;
e deixe para trás a inquietação,
a dor,
um peso de não sei que ansiedade.

Mas levo comigo tudo
o que recuso. Sinto
colar-se-me às costas
um resto de noite;
e não sei voltar-me
para a frente, onde
amanhece."

Nuno Júdice, in "Meditação sobre Ruínas"

Interessada disse...

ah, esqueci-me de dizer que gosto muito do puto Nuno. mas também gosto de todos os poetas, e por isso
OS POETAS AO PODER, JÁ!
Um outro poema que tem muito que contar ;)

"Em cada cem pessoas:

sabendo de tudo mais do que os outros:
- cinquenta e duas,

inseguras de cada passo:
- quase todas as outras,

prontas a ajudar
desde que isso não lhes tome muito tempo:
- quarenta e nove, o que já não é mau,

sempre boas porque incapazes de ser de outro modo:
- quatro; enfim, talvez cinco,

prontas a admirar sem inveja:
- dezoito,

induzidas em erro
por uma juventude afinal tão efémera:
- mais ou menos sessenta,

com quem não se brinca:
- quarenta e quatro,

vivendo sempre angustiadas
em relação a alguém ou a qualquer coisa
- setenta e sete,

dotadas para serem felizes:
- no máximo vinte e tal,

inofensivas quando sozinhas
mas selvagens quando em multidão:
- isso, o melhor é não tentar saber nem mesmo aproximadamente,

prudentes depois do mal estar feito:
- não mais do que antes,

não pedindo nada da vida excepto coisas:
- trinta, mas preferia estar enganada,

encurvadas, sofridas,
sem uma lanterna que lhes ilumine as trevas
- mais tarde ou mais cedo, oitenta e três,

justas
- pelo menos trinta e cinco, o que já não é nada mau,

mas se a isso juntarmos o esforço de compreender
- três,

dignas de compaixão:
- noventa e nove,

mortais:
- cem por cento,

número que, de momento, não é possível alterar."

Wislawa Szymborska

Queria musicar os poemas, mas não acerto nem por nada.
Se alguém quizer fazer o favor de ajudar, os Murcons habituais agradecem.
Grazie, grazie **

rainbow disse...

Boa tarde,

Bea,

"É certo que brincar é preciso. E obrigada por. Mas é mau pensar que deixamos o mundo pior do que o encontrámos."

É verdade que deixamos o mundo pior do que o encontrámos,mas essa constatação só é feita muito mais tarde. Felizmente.Porque todos temos direito à idade da inocência.
O que é inconcebível e inaceitável é o facto de a muitas crianças, até isso lhes ser negado.

"Ninguém muda o mundo sozinho, é inglório lutar contra? é pá...é, mas lutemos na mesma. As mudanças são lentas, mas têm princípio."

Concordo plenamente.
Abraço:)

andorinha disse...

Pedro,

Vou deixar para o fds, sim. À semana 45 minutos é muito tempo:)


Bea,

"Ninguém muda o mundo sozinho, é inglório lutar contra? é pá...é, mas lutemos na mesma. As mudanças são lentas, mas têm princípio."

A Rainbow já salientou este aspeto e eu reforço:)
De facto, por algum lado tem que se começar. Desistir é que não é caminho.

andorinha disse...

Manuel,

Li o artigo e desta vez concordo no essencial com o que está escrito.
Partilho também o tom de certa forma pessimista com que termina.
Continuaremos a assistir à fuga de cérebros por falta de condições exigíveis para uma investigação de qualidade?
"Sejamos sábios", sim.

Manuel disse...

Andorinha:

Tu percebes sempre tudo direitinho.

Interessada disse...

Pamina

Porque acredito nas boas fadas, este presentinho traz o seu nome, para matar saudades.
LUIS AGUILE en el Gran Rex - Buenos Aires con un Tango de su autoria " Buenos Aires te quiero
"

Manuel disse...

Deixo-vos a Nina para o serão:

«I loves you Porgy»: Nina Simone
http://youtu.be/tq5A0YadWKs

Interessada disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Interessada disse...

:))))))))))

bea disse...

Boa noite
o doutor Mário Soares é o velhote mais sábio e simpático que conheço.

“Será que o potencial de criatividade dos nossos cérebros – afinal a nossa maior riqueza numa época em que esta vem do conhecimento e não da conquista - está a ser aproveitado da melhor maneira, dotando-os de condições de trabalho adequadas?”
Carlos Fiolhais

O problema senhor Professor Carlos F. estará na ausência de relação. Lâmpadas acesas fechadas numa caixa, não iluminam. 1569 doutorados com mais os que já existiam, não nos colocou como país, acima do lugar que somos, exceto nesse item. Faltam condições de trabalho. E propósitos de universalidade. Todos devemos aos outros, enquanto mundo e nossos iguais, alguma coisa; ater-se a gerar filhos e continuar uma família apouca quem é homem e goza da sorte de viver pensando. Ora, há uma espécie de legado necessário de quem mais conhece e sabe, porque nada é bom para si mesmo, nem sequer no mundo inanimado. Não entendi ainda se foi delegado em ou por hipotéticos governos e governantes ou se, obliterado, passou à não existência.
Precisamos mesmo ser sábios.

Interessada disse...

Fugiu-lhe a boca p’ra verdade ?

https://www.youtube.com/watch?v=8QJuyQ7gi2A

Interessada disse...

Bea

Clap clap clap, para depois do Dr. Mário Soares.
O que é que as bochechinhas estão aqui a fazer?

Impio Blasfemo disse...

Interessada

Perdi a cábula do bloguês! Estou nessa. Bora jantar; fixe!
marque-se uma data!

Ímpio

PS- Talvez fosse melhor aproveitar enquanto o IVA da restauração não sobe. Pronto, lá sai uma bocarra...Não tenho emenda!

Interessada disse...

Impio

A mim convinha-me um jantar de dieta. Pode ser?:)))))))

Pamina disse...

Interessada,
Tenho estado cheia de trabalho. Muitíssimo obrigada pela lembrança e pelo presente, mesmo ao meu gosto.
Deixo-lhe também música da América Latina, primeiro a Amália mexicana (acho que se lhe pode chamar assim), Chavela Vargas, e depois uma cantora espanhola que "repescou" algumas canções da Chavela e fez um disco com o pianista Chucho Valdés. Resultou uma mistura curiosa de rancheras mexicanas com canto "aflamencado" (5* para o pianista).

Chavela Vargas (a autêntica, como a aspirina da Bayer) - En un rincon del alma
http://youtu.be/UrOXNGNfV94

Buika - faixa 1 - Soledad
http://youtu.be/Jc62Vv6FXIM

Buika - faixa 6 - En el último trago
http://youtu.be/p6ULfWjtPUc

Interessada disse...

Pamina

Fico muito contente por ter gostado, e agradeço também os seus miminhos, que já só ouvirei amanhã.
Muito trabalho? Bom, não?

bea disse...

Estive a acabar o melancolia. Afinnal há um dinamarquês que tb dá a mão à morte :)
durmam bem

rainbow disse...

Good morning per tutti:)

http://www.youtube.com/watch?v=eFjP7x5nMwU&feature=related


Andorinha,

"De facto, por algum lado tem que se começar. Desistir é que não é caminho."

Desistir nunca é caminho. Mas hoje é dia de curtir o Sol.
Um abraço e bom feriado para ti:)


Pamina,

Obrigada pelo teu mail. Beijinhos.

Manuel disse...

Bea:

Não concordo com o que diz no comentário das 12.04AM.
As universidades (e todo o sistema de ensino) só por si nunca salvarão os países, mas sem eles os países nunca se salvarão, especialmente no mundo actual, de base tecnológica e baseado no saber.
Veja os dados do Site da Agência Para a Sociedade do Conhecimento, onde constam as empresas de base tecnológica criadas com base no saber:
Chipidea; Novabase; YDreams; ALERT Life Sciences Computing; Link Consulting; SISGOG; WIT-Software; ISA- Remote Management Systems; Critical Software; Enabler; WeDO Consulting; Atitude Software. Fica-se a saber quando nasceram, onde nasceram, quem as fundou, o que fazem e para quem trabalham.
Apesar dos nomes em inglês, são bem portuguesas, saíram a maior parte, ou estão ainda ligadas às universidades através dos seus fundadores, alguns são lá professores.
Estão todas internacionalizadas, trabalhando, algumas, inclusivamente para a NASA.

Agora compare isto com os dados da Holanda e tire as suas conclusões. O nosso atraso educativo e cultural é que nos impede de ir mais longe, apesar dos enormes progressos dos últimos anos, que só por si não chega.

(Informação retirada do blogue: Tempo Contado
Livros e números
Nunca se sabe. São números que a mim interessam e podem também interessar outros. Com pouco mais de 16 milhões de habitantes e cerca de um terço do território português, a Holanda dispõe de 1.150 bibliotecas públicas e 90 bibliotecas volantes, com 4 milhões de utentes.
2008
Livrarias - 1.780
Livros vendidos - 51 milhões
Valor - € 641 milhões
Títulos - 14.435
Preço médio do livro - € 12.67
Livros digitais - c. de 100.000
2010
Livrarias - 1.750
Livros vendidos - 49 milhões
Valor - € 619 milhões
Títulos - 11.500
Preço médio do livro - € 12.59
Livros digitais - c. de 352.000
O tempo médio de leitura passou de 6 horas por semana em 1975 para 4 horas em 2005 e mantém-se estável desde então. A média de ligação semanal do holandês à Internet é de 9,3 horas.
Na fotografia: a primeira biblioteca pública holandesa, inaugurada na cidade de Bussum em 1913
P. S. A fotografia perdeu-se ao passar o texto para aqui.

andorinha disse...

Bom dia:)

Rainbow,

Não sei se o amor muda tudo, mas que torna tudo mais colorido, isso é verdade:)))

Vou curtir o sol, sim, embora ele aqui esteja muito fraquinho.

Bom feriado para ti também.

Fiquem bem:)

bea disse...

Manuel

não concorda? paciência. Mas parece-me até que estamos na mesma onda ou semelhante. Não que não seja importante haver quem há ou, se quiser, as universidades e suas cabeças pensantes, imaginativas e talvez sábias. Mantenho que o problema é da relação entre elas e a realidade comum do país. Não sei onde está o erro, Manuel. Mas há de estar. Não é normal uma tal explosão de qualificados doutores que não gere maior bem estar e harmonia na sociedade a que pertence. De acordo com os dados que apresenta

"O nosso atraso educativo e cultural é que nos impede de ir mais longe, apesar dos enormes progressos dos últimos anos, que só por si não chega."

e era minha convicção, temos um fosso entre os cérebros bem pensantes e preparados desta geração e o imenso patamar de analfabetos funcionais e outros tipos semelhantes que pululam por cá. Será das políticas educativas. E de outros fatores também educativos e não consagrados nelas. Tenho dúvidas se os recursos humanos de que dispomos estão atualizados em toda a sua potencialidade. a NASA e o não sei quantos....o país a arder e não vêm ajudar a apagar o fogo?

bea disse...

Interessada

o clap, clap, são palmas? ou palmadas?:)

Força nos poetas!

Não sei se é sonho, se realidade,
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sul se olvida.
É a que ansiamos. Ali, ali
A vida é jovem e o amor sorri
Talvez palmares inexistentes,
Áleas longínquas sem poder ser,
Sombra ou sossego dêem aos crentes
De que essa terra se pode ter.
Felizes, nós? Ah, talvez, talvez,
Naquela terra, daquela vez.
Mas já sonhada se desvirtua,
Só de pensá-la cansou pensar,
Sob os palmares, à luz da lua,
Sente-se o frio de haver luar.
Ah, nesta terra também, também
O mal não cessa, não dura o bem
Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não,
Que cura a alma seu mal profundo,
Que o bem nos entra no coração.
É em nós que é tudo. É ali, ali,
Que a vida é jovem e o amor sorri.
Fernando Pessoa

Interessada disse...

Pamina
A Chavelas é realmente um fenómeno extraordinário. Escaqueira-me a alma.

Bea
Vou deixar-lhe qualquer coisa que eu considero perto do sublime, mas que me parece que é daquelas que a Bea não entende. Depois me dirá.

"Odiarei se puder; se não, amarei apesar de mim."
As Rimas de Petrarca - Vasco Graça Moura

Bea e Manuel
Confesso que me sinto inquieta e por isso sem paciência para ir consultar estatísticas, mas tenho como dado adquirido que dois dos cursos que em Portugal são de frequência em excesso, são o de gestão e o de advocacia.
Convenhamos que assim, não vamos longe.
Que interessa ter muitos licenciados, se não tiverem utilização?
Há ainda que corrigir algumas práticas.
E a propósito da Bea ter falado em analfabetos funcionais, lembrei-me de uma médica que conheço, que há um mês atrás vivia aterrorizada com a obrigatoriedade de passagem de recibos electronicos, pois dizia ela que não sabia mexer em computadores, nem queria aprender. Depois de aprender, aquilo que lhe deu uma grande satisfação foi ver que a máquina somava os valores e portanto ela não teria de o fazer quando da entrega do IRS.
Com este panorama também não se vai longe.

andorinha disse...

Li parte de uma entrevista de Margarida Rebelo Pinto.
A dada altura diz ela:"Quando uma mulher corre é para ser apanhada. As mulheres são muito poderosas e hoje só não o são mais porque querem ser independentes e ser tão respeitadas como profissionais que algumas perderam a sua feminilidade e já não utilizam essa arma como poderiam, para seduzir os homens."

Fico doenteeeeeeeeeeeeeee!
Não suporto este tipo de afirmações. Quem me dera viver daqui a 200 anos para ver se já nada disto existia...


Interessada,

"Vou deixar-lhe qualquer coisa que eu considero perto do sublime, mas que me parece que é daquelas que a Bea não entende. Depois me dirá."

Eu sei que devia ficar calada, mas não consigo, não consigo mesmo.
Mas que arrogância e presunção!
Eu pasmo!:(

Estás sempre a mandar outros ao psiquiatra, mas eu acho que a ti talvez te fizesse bem uma consulta. Talvez fosses ficando menos desconfiada, menos agressiva aqui com pessoas que sempre te trataram com toda a educação e menos provocatória no mau sentido.
Mas pronto, és maior e vacinada, lá saberás (ou não)zelar pela tua saúde...

Anónimo disse...

Andorinha

Eu recomendo a Interessada a levantar-se sozinha mas isso já ela sabe.

E como não vivemos 200 anos ou de conversa fiada. Aqui fica:

http://youtu.be/m-pgHlB8QdQ

rainbow disse...

Andorinha,

A observação da Margarida R.Pinto fez-me pensar em Marguerite Duras que, quando muito jovem,com apenas quinze anos, ainda na antiga Indochina, seduziu e foi seduzida por um chinês, que por ela quase sucumbiu.
Contudo, foi a adulta e independente Marguerite Duras, já em França, que ao tornar-se escritora, foi autora do fabuloso livro "Uma barragem contra o Pacífico", que só não ganhou um prémio literário, por ela pertencer ao partido comunista. Só com o autobiográfico "O Amante", mais tarde adaptado ao cinema, lhe foi feita justiça.
É legítimo perguntar: em que circunstância Marguerite Duras foi mais poderosa? Enquanto jovem sedutora ou enquanto escritora que arrebatou mentes e corações, incluindo eu própria?
Só que eu não coloco este assunto em termos de poder, porque se assim fosse, eu diria que Carlos Tê é poderosíssimo, no bom sentido. Porque até consegue desmistificar o poder de sedução:

http://www.youtube.com/watch?v=mwgEj905I7w

Interessada disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Interessada disse...

Andorinha

"Estás sempre a mandar outros ao psiquiatra"
Isto é mentira, e portanto uma calúnia tua!

"Mas pronto, és maior e vacinada, lá saberás (ou não)zelar pela tua saúde..."
"Eu sei que devia ficar calada, mas não consigo, não consigo mesmo."

Estas transcrições são suficientes para traçar o teu perfil.
E vais dizendo todos os disparates que te vêm à cabeça.
Se eu tivesse falado contigo, explicar-te-ía o que tu não consegues perceber.

Pedro

Obrigada pelo conselho. Só não percebo porque não o deste directamente.
Ficas a saber que eu prefiro :D

bea disse...

É pá andorinha, eu não fico chateada com a interessada (mau, tou a rimar). Vou pensar por que será que não entendo. Nem tudo na falta de entendimento é burrice pura:)

E a Margaridinha... prefiro as redações da guidinha que pelos vistos era homem. Quando uma mulher corre pode estar atrasada, fazer joging, ou querer experimentar, a ver se ainda sabe. Também pode ser porque se esqueceu de apagar a boca do fogão e está tudo a arder. Ou é o jogo da apanhada; a MRP gosta de jogar à apanhada.Com homens. Certo. É uma divertida, a garota. Não percebo que graça tem ser apanhada logo no princípio do jogo, salvo se ela joga com um anão, ou um homem normal atacado do reumático. Pronto, se quer ser apanhada que seja. Cabou.

Olha que tem razão numa coisa: as mulheres são sedutoras. Ou não somos, mas os homens pensam que sim. Quer dizer, estão mesmo convencidos e encontram pontos e tudo. Isto e aquilo, tás a ver? e se te calham a dizer, tu estranhas, é pá não sabia que. Também não é caso para te convenceres porque além de poderes estar a ser "indrominada", pode atuar só nessa pessoa. Ou seja, pensando bem, só para aqueles olhos é que és assim. A feminilidade cresce natural com o ser feminino. Aí é que, pronto, a Margarida divaga. Uma mulher seja onde for que esteja é mulher e pensa como mulher; ainda que queira, não sabe ser homem (pelo menos com a mesma qualidade), e o inverso também vale.

Diverte-te andorinha. Não penses nisso. Daqui a 200 anos? Pá não sei. Pode que algum vendaval me torne um grão de areia da praia.

Antes de pensar na Interessada ainda vou dizer umas coisas ao Bart

bea disse...

Bart
Antes que o professor mude o post, umas minudências acerca da tua conversa de um dia que não sei
E porém. O professor disse que não pretende seguidores. De que tipo? Aqui cada um pensa por si e por vezes em conjunto, mas poucos dizem ámen, (há quem ámendoim); ou não havia tantos e tão extensos comentários. Além de que nos desviamos um enormíssimo do post, qualquer o assunto - bonito, poético, contundente ou triste, por vezes em ondas de paixão, o senhor professor sabe: tergiversamos.

O catarismo o quê, Bart? Pois, cátaros. Somos então muito outros do que (nos) escrevemos e tão fora do tempo?! Não é que não agrade essa ascese da alma ao plano infinito, daria menos trabalho a vida. Mas o certo é que temos corpo e ele se faz notar. Conheces exclusivos prazeres da alma? Se conseguires um em que ele não participe, avança. E prazeres do corpo sem a alma? It depends do que penses dela, cuja ninguém sabe o que é:). O prazer é humano. E ponto. Os outros o limitam ou ampliam. Aos homens, só o humano acrescenta. (cont)

bea disse...

(cont) Para os cátaros parece que as mulheres não bem elas, mau maria. mas a vida sem, era um aborrecimento, Bart. e igual sem homens. Não se complementam, muitas vezes não se entendem, mas o imperfeito é entusiasmante, trabalha para alguma coisa :)
Portanto Bart, se o seguidor é quem perfilha doutrinas assinando de cruz, acredito que aqui nem interessem nem existam. Quem segue não pode discutir, anda atrás:) Prefiro pensar-nos “seres sós em companhia”.
Quanto às cascas de castanha no chão…o lixo é pró caixote. Ai, ai. Toda a gente olha? Será aborrecido. Se tu anónimo, ninguém te repara. Que pele veste quem é público? Uma vez cruzei-me com Diogo Infante, ele seguia muito depressa, fixava um ponto ao longe e abanava muito os braços. Não achei piada, mas era eficaz. E a solução da rainha também não me parece boa, mandar fechar as ruas para ir às compras (não sei se é verdade). Palerma, aquilo não são as ruas nem as lojas, é um filme só para ela.

Interessada

amanhã também é dia. E noite.

Fiquem bem pessoal

Anónimo disse...

Bea

Quanto piores escreves, melhor eu entendo:)

andorinha disse...

Pedro(9.26)

Excelente entrevista de Eduardo Galeano.
Imperdível!

"A utopia serve para caminhar."

Obrigada, miúdo:) pelo que nos deixas aqui ficar.


Rainbow,

Se pões a questão de quando é que ela foi mais poderosa, considero claramente que enquanto escritora.
Para mim não é uma questão, sequer.
O que me irritou na frase foi MRP afirmar que uma mulher ao ser independente perde a sua feminilidade, o que eu considero um perfeito disparate.
Uma mulher tem que estar sempre no papel de sedutora?
Ou só quando lhe apetece?
E as duas coisas, ser-se sedutora e independente e boa profissional são incompatíveis?
Não sei...ou eu sou uma feminista exacerbada que 'leio' o que lá não está escrito...
Mas que a frase me caiu mal, caíu...


Interessada,

Não admito que me chames mentirosa. Se já não te lembras, tens também problemas de memória.

andorinha disse...

Bea,

"Vou pensar por que será que não entendo. Nem tudo na falta de entendimento é burrice pura:)"

:))))) Loooooooooool

Tu és demais, cachopa:)

"Não percebo que graça tem ser apanhada logo no princípio do jogo, salvo se ela joga com um anão, ou um homem normal atacado do reumático."

Looooooooooooooooooool de novo.

Também não percebo a graça. Se é para jogar é muito melhor fazer durar um bocado o jogo:)

Anónimo disse...

Andorinha...

Melhor é que o jogo não acabe:)))

andorinha disse...

Pedro,

Ou isso...ou então que acabe esse e comece outro:))))
Para um jogo interminável não sei se haverá pachorra...

Fica bem:)

bea disse...

Rain

Em Marguerite Duras julgo que falas de planos diferentes. Ainda que a escrita seja influenciada pelo vivido, não são comparáveis.Como diz Vergílio Ferreira, a realidade está para lá de todo o escrevê-la.A escrita pode ser de alguma forma a confissão da impotência e inconcretude.
Porém, quem escreve para ser lido, por profissão ou gosto, tem poder persuasivo e sedução qb. E que pode não existir na realidade.

Somos muito desejantes.

BOM DIA

bea disse...

"Quanto piores escreves, melhor eu entendo:)"

Olha lá Pedro, deu-te pra embirrar?até penso que me entendes sem conversa, vê tu. É uma intuitiva certeza.

Bartolomeu disse...

bea;
lamento mas, não possuo "bagagem" intelectual que me permita alimentar um diálogo contigo, ao nível que propões.

bea disse...

“Odiarei se puder, se não, amarei apesar de mim”

Tem razão interessada, não entendo o lado nem o propósito do ódio, conheço-lhe o devastante fora e dentro.
À face de não sofrer chamo indiferença, e curiosamente, Petrarca não a aflora; o que sente e ele o sabe, não será nunca indiferença, mas também não ódio.
O resto, sendo difícil, é de fácil compreensão. Há uma sorte que acompanha os amores felizes, mas não é por serem felizes que são amores.

Diz-me: E se é medo de viver? Rio disso, interessada. um medo de tal natureza não inibe, é desafio.

O amor metafísico não me aparece superior ao físico, encontro-os misturados, separá-los é retirar essência. Mas envolve um único sujeito direto, logo, é mais fácil. Nunca saberemos o que teria acontecido se a Beatriz de Dante ou a Laura de Petrarca tivessem sido amores das duas vertentes. Um amor com apenas um lado é muito incompleto. O que traria a experiência da reciprocidade aos dois poetas?

O “sublime” surge-me ligado à criação literária…Seriam Laura e Beatriz umas tais belezas raras? Ou, não confrontadas com as pantufas, foram idealizadas? Como os heróis, morrem jovens e amadas, talvez sem que o saibam. Teremos então que concluir que, quer Dante quer Petrarca, se amaram a si próprios uma vida, tendo Laura e Beatriz como pretexto? – uma imagem é já construção do sujeito, se idealizada, dobra.

Por outro lado, é na verdade sublime que um sentimento perdure de forma a mover tal processo criativo - Petrarca afirma que, marginal a estado e condição, dura contra si - e disso somos gratos devedores.

Assim é também o amor

Não é uma opinião original, mas à interessada interessou… eisea

BFS

Anónimo disse...

Bea

Sem amor sobrevive-se!
Com Amor de pouco vale sonhar.

Princesa Isabel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Princesa Isabel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Princesa Isabel disse...

Ana B.
Vi hoje o filme de David Cronenberg. Adorei!
Especialmente..., Keira Knightley encarna uma personagem fabulosa.
Obrigada pelo conselho!
Abraço!

Princesa Isabel disse...

Ana B.
Vi hoje o filme de David Cronenberg. Adorei!
Especialmente..., Keira Knightley encarna uma personagem fabulosa.
Obrigada pelo conselho!
Abraço!

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