(Não posso adiar o
amor para outro século)
Não posso adiar o amor para outro
século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na
garganta
Ainda que o ódio estale e crepite
e arda
Sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos
sobre as costas
e a aurora indensa demore
não posso adiar para outro século
a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa.
41 comentários:
Pessoas e cidadãos cada vez mais adiados, por circunstâncias exteriores, por leis impostas que nos limitam os passos, que nos condicionam a vida.
Mas não se pode adiar o amor para outro século, nem a vida. É aqui e agora que pertencemos, ao presente.
Não se pode adiar o coração.
Caidê,
Às vezes é bom trocarmos as voltas.
Já com bilhete comprado para o festival da sardinha, eu e a Pamina decidimos fugir da multidão, consegui vender o meu bilhete (foi uma risota), e pisgámo-nos para a zona ribeirinha. Também muita gente, mas deu para conversar, caminhar, rir. Ouvia-se Pedro Abrunhosa lá ao fundo.
Também a Amizade é uma construção.
Vivam os encontros e reencontros:)
E vê lá se o teu plano A avança e estás presente no dia 30.
Bea,
As melhoras.
Bom domingo para todos
http://www.youtube.com/watch?v=oXRQYsrnZqA
No Coração, Talvez
No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.
José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"
Saravá
Ímpio
Bom Dia. é domingo não é? pois bom domingo.
penso um bocado desligada, mas lembro-me de gostar de António Ramos Rosa.
Rain
Obrigada.não passo no controlo de doping. flutuo.
Não aprecio grandemente este poeta, no entanto é este um dos seus poemas que mais me tocam.
Quanto ao resto...pois, quem detém o Poder nos está a obrigar a adiar a vida e até a esperança.
Bom resto de domimngo.
ZECA AFONSO
Epígrafe para a arte de furtar
(poema de Jorge de Sena)
Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei
Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei
Sempre há quem roube
Quem eu deseje
E de mim mesmo
Todos me roubam
Quem cantarei
Quem cantarei
Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei
Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei
Roubam-me a voz
quando me calo
ou o silêncio
mesmo se falo
Aqui d'El Rei.
http://www.youtube.com/watch?v=iOcDjUrjJVA
Quase um Poema de Amor
Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
— Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
Miguel Torga, in 'Diário V'
Rainbow
Causas exteriores têm, sem dúvida, alguma responsabilidade. Mas as tais "pessoas e cidadãos" não têm responsabilidades? Eu acho que os mais responsáveis são os próprios. É confortável descartar para algures as responsabilidades, mas os cidadãos são imbecis? Escolhem mal, votam mal, não reagem, sentam-se no sofá, comodamente, a dizer mal do que passa na televisão sem que ninguém os ouça e depois queixam-se. Já agora recomendo que leiam estes poemas de Maiakovski, Brecht, e de Niemöller, aqui:
http://divagan.blogspot.pt/2007/07/depois-depois-j-tarde.html#links
E em sequência vejam isto:
http://www.youtube.com/watch?v=MU_87zvKfkg
Apanhando a tua onda, Aquiles!
Perguntas de um Operário Letrado
http://www.youtube.com/watch?v=w9YqrGydZbQ
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias
Quantas perguntas
Outra achega:
http://www.youtube.com/watch?v=YguqaDBbPrE&feature=related
Aquiles,
É óbvio que a responsabilidade passa por todos nós, nas nossas acções, nas nossas escolhas,no nosso voto, na maneira com vivemos e encaramos a vida e as lutas a travar, diariamente.
Nem se trata de imbecilidade, mas talvez de medo, o medo de perderem o emprego, o medo de adoecerem, o medo de perderem a casa. Medo, é o que mais vejo por aí. E falta de solidariedade.
Talvez seja preciso mais determinação e coragem.Digo eu, que sou uma sonhadora activa, como diz a Caidê.
Mais uma achega:
http://www.youtube.com/watch?v=YguqaDBbPrE&feature=related
Enganei-me no link. Era este:
http://www.youtube.com/watch?v=JKqhoMAvo9c
E para libertar o medo das crianças vide:
http://195.23.38.178/casadaleitura/portalbeta/bo/portal.pl?pag=sup_pesquisas&familia_pesquisa=pesq_do_mesmoAT&at_pesquisa=medo
De pequenino se torce o destino...
Amigas e Amigos (esta invenção do Guterres, também na onda com todos vocês. E claro, o medo. Mas lá voltamos aos 3 poemas que citei. E quem muito se agacha ..., é inevitável.
E eu estou, há muito, farto de cidadãos que elegem politicos com processos na justiça, condenados e etc. Estou farto de cidadãos que admiram e valorizam os escroques que jogem ao fisco, e se gabam disso; dos que roubam e vigarizam, mas que os cidadãos os acham uns génios e exemplo a seguir; estou farto dos cidadãos que falam mal dos políticos mas andam sempre de volta deles para ver se apanha, sobras das pulhices deles. Que refilam contra as cunhas, mas que depois tudo fazem para meter uma cunha para o filho, lambendo os bandidos e pervertendo os valores. Estou farto de cidadãos hipócritas, que refilam muito, mas no fundo anseiam por comer da gamela. Estou farto.
Não é só o medo, é também a falta de carácter, de integridade e de verticalidade.
Professor,
Hoje, como de costume, estivemos juntos, radiofonicamente,no programa " o amor é...", seu programa e da Inês Menezes. Como sempre, BEM, mas... um pequeno particular, vejamos :
Os pronomes possessivos são os tipos de pronomes que fazem uma referência às pessoas do discurso indicando uma relação de posse.
Isto é gramática, e em comunicação as palavras valem pelo conteúdo e significante que transportam. tem um peso enorme, por vezes muito para lá do que julgamos.
Não leve a mal, o Professor tem arcaboiço para aguentar o que lhe vou dizer: Não diga "a minha ex-mulher".
Na verdade, a senhora em causa, que não conheço, não é a sua (posse).
Imaginemos que eu me tinha divorciado de alguém, e que esse alguém tinha voltado a casar de novo,com o Joaquim, por exemplo, e de novo se tinha divorciado. Como diria eu?! a minha e do Joaquim ex-mulher?
Um abraço :)!
Rainbow,
Vivam!:)
Acabou por ser mais giro assim, com música muito alta não tinha dado tão bem para conversar. Beijinhos nossos.
E, na sequência, e por causa dos jogos olimpicos, lembrei-me dos 10 estádios de futebol. Os cidadãos nunca se opuseram aos estádios, antes pelo contrário. Se o tivessem feito e tivessem obrigado os governos a gastarem esse dinheiro em equipamentos desportivos para outras modalidades, e por todo o país, talvez a população beneficiasse com isso. Mas o tal medo, a tal falta de tanta coisa, deu no que tem dado. E parece que dos 10 estádios 4 são para vender ou demolir. E os cidadãos calados. E conformados.
"Quem por amor se perdeu não chore, não tenha pena"...cadê o meu ?
bj
Pro prof.
Meninos
Voltámos a morar numa casinha térrea – repararam?
E não sei se é essa a razão, ou se já falta por lá pão, mas que falta música na nossa casa é visível!
Ó meu caro professor, os bons hábitos perdem-se depressa!...
Ora bote lá por aqui uma sugestão musical, senão ficamos “very jealous” com o que anda a fazer lá pelo Fb, deixando-nos aqui à míngua.
Para mais, a Andorinha está a chegar e não vai gostar nada do que o professor tem feito por ausência de reivindicação. Lembre-se que o nosso 1º foi de férias, mas que por cá ficou o Gaspar a substituí-lo. Não! Agora não é o seu. Que coisa!... É preciso estar sempre a explicar. Também sou Maria, mas não sou a sua Maria. No entanto, se for preciso ralhar, também ralho. Cantar é que não sei. Ao invés, arrulho : )))
E cito:
“Música e fala deveriam andar unidas, eram no fundo, uma e a mesma coisa, a fala era música, a música um modo de falar. “ , Thomas Mann
Carlos
“Sua” antes de um nome (ou se quiseres substantivo) é determinante, não é pronome. Só é pronome se está em vez do nome. Mas possessivo continua! Continua “sua” Alteza e muitas outras Altezas, até depois do “desquite” ( desculpem o banho de lusofonia !). Pois é! Com sorte chegamos à coletivização dos bens – comunismo acho de mais : ))) É assim que já podemos pertencer a um coro quando dizemos com descontração q.b. “o nosso ex”. Também ouvi esse programa. E porque não solidariedade entre as ex- ? Se um homem for altamente galã, mas tiver uma ex- vampiresca eu é que não quero nada com ele te garanto: só a trabalheira!... : ))).
Bea
Então vais-te pôr boa e vamos ao Porto? De onde teKlas? Se o plano A não falhar podíamos avançar em simultâneo. Parece-te bem? Não me vais é dizer que partes de Bragança!
Rain(bow)
Ai a zona ribeirinha!... Quando sou cicerone em Portimão levo até aí os meus turistas, claro! Não sejas má para mim – fazes-me lembrar essas coisas só para me pôres a sofrer! E ainda tens a safadeza de me dizer que as amizades se constroem. Pois constroem! Mas não é assim! : )))
Ímpio
“Eis o que dói, talvez no coração”, Saramago.
A mim tanto me doem certas exclusões com os olhos da cabeça como com os do coração – acho, mesmo, que é igual! O meu coração fica pertinho do cérebro – não sou muito alta e não chegarei à altivez, “for sure”.
Aquiles
O clientismo é danado! É sim senhores!
Para acabar o discurso, aqui deixo uma retórica:
http://www.youtube.com/watch?v=nyQZbGA8z2w
E porque só se vive uma vez e não sabemos até quando, nem como, daqui em diante, não adiemos o amor. E a avaliar pelas reações/comentários e pelo post do professor talvez possamos resolver dois problemas duma só cajadada – construamos um amor militante!Mas agora cada um por si!
SURPRESA!
http://www.youtube.com/watch?v=UhtkDUUr7bQ&feature=fvwrel
http://www.youtube.com/watch?v=xb60diwkPQU&feature=relmfu
Hoje estou muito conversadeira. So sorry!
Tenham um bom berço!
http://www.youtube.com/watch?v=ZqYVFR70qYI&feature=related
Caidê,
É da gramática dos afectos que falo, não de interditos ou interditas palavras... a língua é criação, não regras de condução; por isso os poetas!
Caidé
A propósito de Inclusões e Exclusões
Quem é pobre é excluído, quem deve é excluído, quem é gordo é excluído, quem é gago é excluído, quem é daltónico é excluído, quem é coxo é excluído, quem é surdo é excluído, quem é mudo também é excluído assim como quem rouba, quem pede e, às vezes, até quem chora, sobretudo se é homem, porque, lá diz o ditado, os homens não choram. E para onde vai tanta gente excluída? Para uma caixa? Para um armazém? Para um campo rodeado de arame farpado? Para uma casa rodeada de grade? Ou fica em casa, rodeado de móveis e paredes? Ou vai à rua, mas anda pelo passeio dos excluídos? Ou quando entra no autocarro vai para trás para o lugar dos excluídos, porque os incluídos vão nos lugares da frente porque nasceram e vão morrer sempre incluídos? E será que os incluídos quando olham a caixa dos excluídos, o que vêm é uma enorme caixa? Ou um enorme campo? Ou uma enorme casa com grades? Ou um enorme prédio nos arrabaldes? E não será que os excluídos não se vêm um a um? Entre eles? E não será que quando olham os incluídos, um a um, os fitam e facilmente os reconhecem na rua, no café, na entrada do cinema ou do teatro ou à porta do shopping? E não será que neste jogo, os incluídos, sobretudo os mais importantes, são os que aparecem nas revistas, nos jornais, na TV? E não será que tudo isto é assim porque tudo isto sempre foi feito para que os incluídos se vejam a si próprios, se mirem e se encantem com a sua beleza, com a sua superior inteligência, com o seu superior charme, com a sua superior cultura, com o seu superior poder e se mostrem aos excluídos, lançando-lhes a inveja de não serem como eles, incluídos? E não será assim que fomos sempre caminhando ao longo dos séculos? E não é assim que estamos caminhando continuadamente? E não será assim que estamos sempre a apregoar que devemos continuar a caminhar? E não será esta a forma que nos mostram como única para caminharmos? E a solução; já que a vida não para e só se vive uma vez, lá dizem..? Irmos caminhando, coração e olhos bem atentos, a ver qual se a tal fronteira não nos atinge um dia, pensa o incluído, ou se nos atinge um dia, pensa o excluído.
Abraço
Ímpio
Caidê,
... mas está correcta quanto aos determinantes possessivos e pronomes possessivos:))!
Caidê:
E o que fazem os surdos com quem o Aquiles lida?
Aquiles,
Ainda na semana passada, acho que foi num jornal inglês, já não tenho a certeza, disseram que os portugueses são os mais inconscientes a votar, que se limitam a pôr a cruz sem se informarem minimamente.
Fala dos estádios. E o que disseram agora os portugueses da venda do Pavilhão Atlântico, que custou uma fortuna para a Expo, porque não tínhamos um lugar decente para qualquer evento. E logo o foram vender a um dos indíviduos que estando insolvente e con vários processos por dívidas em cima, se isolou da sua firma e, entrou no negócio em nme individual. Eu só de ouvir falar eem festivais fico doente.
Já o disse aqui. O mário Soares proibiu a realização do espectáculo do Júlio Iglésias, para não saírem divisas. Mas nós agora temos os festivais dos campistas de pé descalço, que nem dinheiro deixam, a não ser para os organizadores.
Os santos e o ladrões sempre tiveram o dom da ubiquidade.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=584308
http://www.publico.pt/Local/consorcio-de-luis-montez-compra-pavilhao-atlantico-por-212-milhoes-de-euros-1556482
http://expresso.sapo.pt/pavilhao-atlantico-vai-para-luis-montez-e-ritmos--blues=f742468
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pavilh%C3%A3o_Atl%C3%A2ntico
Vale a pena ler alguns comentários, outros são bacoradas dos imbecis que nós somos.
Tem de se ler várias nptícias porque nem a miséria dos jornalistas sabem do que falam.
O António Ramos Rosa é um grande poeta e escritor. Mas é um homem sofredor. Além de ter sido doente ,não lhe deixavam ganhar a vida por questões políticas. Limitava-se a ganhar algum dando explicações. Por isso tentou várias vezes o suicídio. Por isso é que nem todos gostam dele porque não têm acarboiço para lhe compreender a alma.
GRITO CLARO
De escadas insubmissas
de fechaduras alerta
de chaves submersas
e roucos subterrâneos
onde a esperança enlouqueceu
de notas dissonantes
dum grito de loucura
de toda a matéria escura
sufocada e contraída
nasce o grito claro
ANTÓNIO V. RAMOS ROSA
Viagem Através duma Nebulosa
(1960)
Grandes inovações por aqui!:)
Oh! era giro que os nossos comentários tambem pudessem conter músicas directamente!.
Este poema é...:)
E não é que não podemos adiar mesmo...
Para dar mais colorido, aqui vos deixo o poema numa excelentíssima declamação:)
http://www.youtube.com/watch?v=54SNlyG0UWI&feature=share
Como corolário e para quem for capaz de não adiar...dedico este do Ruy Belo que tambem não lhe fica nada a tràs:)
"Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado"
Continuação de boas férias para o Professor e para todos:)
Anfitrite
Muito bem lembrado, essa do Pavilhão Atlântico. Essa passa pela direcção do gang do BPN. Meu Deus, se começamos aqui a fazer o rol do espoliamento do país, nem daqui a dois meses terminamos a lista.
Bom dia:)
Sobre a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos, o que me fez chorar foi ver a cara de John Lennon a cantar "Imagine", a utopia daquela letra. Para ele, o meu "Wish you were here".
Caidê,
Não é safadeza, não:))
Não tenho culpa de te despertar memórias desta terra com um encanto especial. Mas todas as terras têm a sua beleza. E olha que vim aqui parar por acidente...
Bea,
Ainda sem passares no controle anti-dopping? Ou já em forma?
Abracinho.
Anfi,
Também achei oportuno mencionar a venda do Pavilhão Atlãntico.
E obrigada pelo poema de António Ramos Rosa.
Espero que quarta-feira apareça por aqui:)
Bom dia para todos
http://www.youtube.com/watch?v=ckifB-TM6lk
Afinal razão tinha a andorinha e o
Sr. mandou-a pedir desculpa.
Este blogue e o FB agora parecem o filme "Les uns et les outres". Deixa aqui uma migalhas e vai-se entreter para o FB. Afinal lá a audiência e também a publicudade são maiores.
Ímpio
Fantástico comentário sobre exclusão e inclusão – ao teu jeito!
Leitura e escrita, escrita e leitura libertam.
Carlos A.
Ando toda troikada com as gramáticas – da da linguística à da vida e à dos afetos : )))) Trocam-nos as voltas na gramática das existências, tu não vês?
Rain(bow)
Desvendo-te o meu segredo: ancorei em Portimão nas minhas primeiras férias com amigos, vencendo Restelos lá por casa; desembarquei lá de novo, ano após ano, sozinha com o meu rebento pequeno – ano após ano, enquanto ele crescia. Até que um dia ele me pediu ajuda para fazer a mochila para ir para a ilha de Tavira sem mim, sozinho com os seus amigos, pela primeira vez. O ciclo fechou-se : ))) – 16 anos vezes dois, se a tabuada me não falha, são precisamente trinta e dois. Et voilá!
Anphy
Nem imagina como a ausência dos seus comentários nos tem deixado monoparentais : ))). Já estava quase a gritar ANPHYYYYYYYYYYYYYYYYY : ))) !
Volto mais logo. Ainda não abri os links.
Great Afternoon!
Bem haja, Júlio!
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós; deixam um pouco de si, levam um pouco de nós".
Antoine de Saint-Exupéry
Carlos,
Tenho uma solução: a senhora a quem os meus filhos chamam minha Mãe:)))). Como sabe, uma das frases que mais repito é que os nossos filhos não nos pertencem. Imagine as ex-mulheres! (O plural é uma formulação genérica...).
Professor,
Vê porque gosto de si?! tem alma e grandeza!!!
Caidê
Obrigada por Torga e Brecht tão simplesmente ele mesmo em Mário Viegas.
Ao Porto? Arranjei uma coisinha que não é constipação e deve durar uns meses …não sou de Bragança :)
Aquiles (6:02 e 6:05)
Também não é novo este vídeo :) o hífen é afinal outra coisa, por isso antecede o “se” ou o “nós” que não indicam ninguém específico. Ressalvo no entanto que, vezes existem em que a utilização da 1ª pessoa do plural, não pressupõe a fuga à responsabilidade individual; “nós” pode apenas traduzir a ideia de partilha; de que não somos sozinhos a sentir ou a saber; e, por tal situação, nada é vaidade ou vergonha em demasia, os outros podem sempre ajudar porque vivem em semelhança.
Concordo que nos queixamos demais. Também eu.
“Eu prefiro que fique bem do que ter razão”. Não sei o que é.
Quanto à tristeza de que nos queixamos…é verdade que, se temos entusiasmo, fazemos a tal diferença. Li “O caminho menos percorrido”. E como diz o Eça, “a vida não é uma reta” e, “a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom.” Mas é tudo vida :) Depois também ouvi que “O que temos é o que damos por garantido” e nada é garantido. Julgo não ser bem assim. Ainda que tudo seja transitório, precisamos sentir que em cada momento há garantias e referências. Não concordo com o “nada é garantido”. O que não podemos é agarrar-nos à ideia de que teremos sempre as mesmas garantias. Ou melhor, teremos de querê-las eternas, e se nos fugirem, adaptar-nos. Outras virão. É de sofrê-las, não de sofrimento mas de vivê-las intensamente, roê-las até ao tutano, no bom e no mau, e no imenso diferente de ambos. Porque a vida é sem repetições.
E subscrevo tudo o que escreveste às 8:17 :)
Os cidadãos não querem saber. Ou sabem, acham errado, mas não se importam. A demasiada informação banalizou os assuntos. A irritação sobe em mesquinhices do quotidiano – bate-se na mulher ou no filho por dá cá aquela palha; descasa-se por isso mesmo; e o país não importa. Alguém, bem ou mal, pensa por nós. Ele é uma abstração. Os próprios estádios o são apesar da sua concretude. É tudo longe do nosso pequeno círculo. Que se lixe!
Não percebem que estamos ligados.Indissoluvelmente. Que os casamentos podem desfazer-se. Mas não se desfaz a relação entre os homens e o mundo. As bolhas não se aguentam.
Carlos
Então como diria o professor? A ex mulher de mim?
É um bocado palerma essa questão:)
Ímpio (12:20)
Não tenho qualquer inveja dos incluídos. E nõ me sinto excluída:) agora fiquei sem grupo…mau maria. Mas tenho alguma inveja de mim mesma a trabalhar e ir à rua, a conduzir e assim. Não é bem inveja; é mais saudade :)
Fiquem bem que escrever agora me faz mal. Imaginem. E estou quase doente de não ler. Tenho de inventar uma maneira. Estou-me debruçando sobre o tema. Logo agora que comprei e me deram uma data de livros. Bolas!
Rain, caidê , bea, ímpio, aquiles Bart e toda a canalha.
Eu sinto-me em falta para com vocês, mas eu ando numa fase muito em baixo e apetece.me dar porrada em todo o mundo pelo mal que têm feito a este país e aos estúpidos da Europa, que não entendem o que se está a passar. A bolha foi criada nos EU e outra está par rebentar. O bandido do Bush obrigou toida a gente a endividar-se, obrigando os bancos a emprestarem às pessoas 700.000 milhões de dólares, para que toda a gente comprasse casa. Ele só, gastou mais nos mandatos dele, do que todos os presidentes desde George Washington até Clinton inclusive. Essa bolha que ele criou, foi dividida em bolhas mais pequenas e espalhadas pelo mundo todo. E depois das eleições dos e.u. outra virá, porque eles querem rebentar com a Europa. Mas isto é tão complexo que nós só vemos a ponta do iceberg. E eu não quero estragar a vossa boa disposição, até porque não estou bem fisicamente e o professor até muda logo de página quando eu entro. Mesmo que ele quisesse e não há razões para isso, de vez em quando sai-lhe uma que não é permitida a uma pessoa com a sua formação.
A rain é uma doçura de pessoa e eu sou uma casca grossa porque assim fui educada. e só consegui libertar-me um pouco, com rebelião, à minha castração. Mas hoje estava na clínica, onde estive a fazer exames, quando vejo uma senhora, que eu não via desde 1996, era uma elegante miúda que até tinha feito exames para ir para a Judiciária, se nã me engano. Só n~~ao foi admitida porque tinha uma alergia qualquer. dirigi-me a ela, e quando ela me reconheceu, deu-me o maiora abraço, que já não me lembro de ter recebido algum assim, e toda a gente que estava na sala de espera ficou a saber que ela tinha sido minha secretária, e que eu era a pessoa mais querida que existe. Até o disse ao médico que apareceu ali. Reparei que ela está muito em baixo, sujeita a medicamentos e não se lembrava de tudo, pois entretanto, há quatro anos, também tirou um cancro na mama. Mas fiquei contente porque estava lá com o marido porque entretanto casou. Eu também me tem apetecido chamar pela ana ber. A safada nem se veio para aqui gabar se a filha teve boas notas.
Depois de tudo isto já não sei o que escrevi.
Digo só que me lembro de todas, poucas são torcidas e falo como se as conhecesse.
Rain já agora diga-me se ainda há aquela restaurante, ao pé da ponte, junto ao rio, onde se comiam sardinhas acabadas de chegar nas traineiras. Tirando a praia de quando era criança, as de estudante até às últimas passei-as e m Armação de Pera. E ainda me lembro de ir a um barracão que havia na areia, onde projectavam filmes a vinte e cinco tostões.
Uma vez fui pedir à mãe da namorada do meu primo para ir comigo, e a mão dela respondeu: ó filha esse dinheiro dá para comprar o pão amanhã. E no entanto eram donos de quase toda a Armação. Ao lado do hotel Garbe, todos aqueles terrenos e vinhas por onde passava a estrada que ía
dar à estrada 125, onde estava a igreja, era deles.
poara mim o momento mais importante do final dos jogos foi o aparecimento de um anjo chamado freddie Mercury.Porque é que as pessoa especiais morrem depressa. Já os Beatles, para mim só o george Harrison me enchia as medidas.Os outros apesar das letras, e então os filmes foram uma fantochada.
Tomem lá uma música ao bom gosto do Manuel:
http://www.youtube.com/watch?v=SWlQtbq-vkM
Hoje no Estreito de Ormuz chocou um contratorpedeiro lança mísseis americano, com um petroleiro japonês no Estreito de Ormuz. É por ali que todo o desmembramento se vai dar. Os E:U. ainda não intervieram abertamente pq têm aí eleições e porque sabem que aquilo é para desmembrar, porque não há salvação possível. O asad ainda poupava os católicos agora é tudo para arrasar.
Anfitrite
De certeza que hoje o dia vai ser melhor. Corações ao alto.
De resto estou em sintonia com as suas considerações sobre a cena internacional. Eu até costumo dizer que o que o Calendário Maia previa era este cataclismo que a finança detonou, e não os cataclismos cósmicos.
Hoje no Público:
http://economia.publico.pt/Noticia/stiglitz-defende-reestruturacao-das-dividas-nacionais-e-reformas-na-europa-1558985
Carta aberta ao mundo!
Anphy
estava, acho que ainda estou, com saudades suas. e das suas doencas :))
já conseguiu fazer-me rir
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