Mais de 40 mil idosos da Grande Lisboa deixaram de comprar o
passe terceira idade no primeiro semestre deste ano, , quando deixaram de
usufruir de desconto, segundo dados enviados à Agência Lusa pela Carris.
De acordo com a empresa, no primeiro semestre do ano passado,
242.717 pessoas compraram o passe Navegante Urbano 3ª idade (Carris, Metro e CP
na zona urbana), um número que nos primeiros seis meses deste ano desceu para
200.876, correspondendo a uma redução de mais de 17 por cento.
Além dos vários aumentos de preços que os tarifários sofreram no
último ano, em fevereiro o Governo decidiu diminuir o desconto que os idosos
beneficiavam na compra do passe social, que passou dos 50 para os 25 por cento.
Além dos idosos, também os restantes utentes estão a reduzir a
utilização dos transportes públicos, tendo a Carris perdido mais de 26 milhões
de passageiros no primeiro semestre deste ano, comparativamente com o mesmo
período de 2011.
Segundo dados da empresa, no ano passado foram registados
125.422.560 passageiros, enquanto este ano esse número caiu para 99.370.330 (-
20,8 por cento).
Por seu lado, o Metropolitano de Lisboa registou uma redução de
11.500 milhões de passageiros, tendo passado dos 92.174.086 registados nos
primeiros seis meses de 2011 para os 80.662.283 registados este ano.
Na Transtejo, a queda foi menos acentuada: menos 1.630.799
passageiros.
A empresa teve no primeiro semestre do ano passado 14.082.619
passageiros, número que caiu para os 12.451.820 este ano.
À Lusa, fonte da Carris atribui a “acentuada quebra de
passageiros” à “recessão” e ao “aumento do desemprego, que se verificam em
Portugal”, frisando que também há uma “diminuição do transporte particular”.
35 comentários:
Ola Doutor. Ha varios anos que ouco o seu programa sempre que posso, especialmente ao domingo. E tambem uma forma de me manter ligada a minha terra. E muitas vezes me pergunto se o que diz e 'sentido' ou simplesmente para 'ingles ouvir'. Alias estou precisamente a ouvi-lo agora falar a proposito de divorciados e divorciados e das suas atribuladas relacoes com amigos/amigas. Seja como for, e agradavel ouvi-lo assim como a sua interlocutora. As vossas piadas as vezes tem graca. Cumprimentos. Helena Fortunato
Somos ainda um país? é que estamos a ser empurrados para lá dos limites. e agora não, que tenho de tratar da gatita e estou sem trambelho, mas a seguir apetecia-me andar à porrada. Devo estar a adoecer, desuso o bélico:) mas a seguir é capaz de muito tempo e até lá passa-me a veneta :))
Bom Domingo
Bom dia:)
É revoltante que se tirem os descontos nos transportes a idosos, que precisam destes para se deslocarem a hospitais e serviços de saúde, e que vêem as suas pensões reduzidas com cortes,pagam impostos e gastam muito dinheiro em medicamentos, porque alguns nem são comparticipados e acabam por não os comprar, total ou parcialmente.
Para não falar das outras faixas etárias, famílias inteiras com rendimento diminuído ou mesmo no desemprego.
Mas aflige-me a situação dos idosos, muito.
"A Vida é feita de pequenos nadas":
http://www.youtube.com/watch?v=YP9Rc3KIz9g
Se os melhores deste pais são os que emigram, porque não emigram os que nos governam, resolvendo os problemas deles e os nossos?
Pois de facto, infelizmente assim é e contudo:
"Portugal está em segundo lugar no top das desigualdades na União Europeia. Portugal apresenta o segundo valor mais alto no índice de desigualdade social da União Europeia, indica o livro "Desigualdades Sociais 2010 - Estudos e Indicadores", lançado hoje, quinta-feira, pelo Observatório das Desigualdades.
O livro indica que a Letónia é o país com mais desigualdade na distribuição de rendimentos, mas logo a seguir vêm, ex-aequo, Portugal, Bulgária e Roménia, refere o estudo apresentado no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa.
No que toca às diferenças de rendimento total entre os mais ricos e os mais pobres Portugal está no quarto lugar da lista dos países mais desiguais.
O rendimento dos 20 por cento da população mais ricos é 6,1 vezes superior ao dos 20 por cento mais pobres, concluiu a equipa coordenada pelo investigador Renato Miguel do Carmo.
Usando dados de 2007, os responsáveis pela investigação concluíram também que 18 por cento da população estava em risco de pobreza em 2007, com especial incidência para os jovens até aos 17 anos (23 por cento em risco) e para os idosos com mais de 65 anos (22 por cento).
"A baixa escolaridade, o desemprego, a monoparentalidade, o número elevado de filhos e viver só são fatores que contribuem para elevar a taxa de risco de pobreza", indica-se no livro."
Ver link
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1725906
Saravá
Ímpio
Sobre a situação política e social do país e porque, na minha opinião, é importante fazer uma auto-crítica e avançar com soluções, vale a pena ler esta entrevista a Rui Tavares:
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=56185
Este post, suscita que pensemos na teoria dos mundos paralelos e reflectamos: aquilo que em primeira análise parece representar um desastre sociologico, pode em última análise resultar num benefício; dependendo da forma como for equacionado.
Assim; se o aumento do número de idosos que não comprou o passe no 1º semestre deste ano, corresponder ao aumento do número de idosos que passou a ficar em casa, sentado em frente ao televisor, ou a dormitar no sofá, então estamos perante um desastre social. Mas se esse mesmo aumento se traduzir num maior número de idosos que por não ter possibilidades económicas que lhes permitam comprar o passe, passaram a andar a pé, poderemos então concluir que os sucessivos aumentos dos preços, acompanhados da redução do desconto para os idosos, resulta num aumento de qualidade de vida, devido ao exercício físico que passam a fazer durante as caminhadas.
Como bónus, podemos imaginar os ajustes de políticas de preços e de gestão das frotas, que as companhias de transportes terão de efectuar, face ao aumento do número total de pessoas que deixam de ter meios económicos que lhes permitam viajar nos transportes públicos.
Diz o pobõe: ha males que chegam por bem...
Rain
De há muito que sinto que essa equação de se ir a votos partidários é uma solução cada vez menos "inteira"/satisfatória para a construção de uma "nova democracia", que urge inventar por esse sistema adentro de capitalismo extremista. Bombardeados pela economia, estou de há muito convencida que só haverá rutura no ciclo pela revolução política e social.
Enquanto não chegarem às esferas da decisão maior mulheres e homens capazes de fundamentar medidas governativas em critérios científicos nóbeis e em ideologias de franca e discriminatória justiça social, estaremos arruinados no presente e para o futuro. Depois, havia que velar para que os pequenos poderes não governassem alienadamente nos pequenos territórios.
As máquinas partidárias são "nowadays"as raízes de muitos males e da sua tão longa perpetuação na história recente do país - disso não tenho dúvidas.
Sempre vi mais erros na esquerda portuguesa do que na direita - a última tem chegado onde sempre quis, a primeira é que não tem chegado senão à ocupação de umas cadeiritas na AR, à representação simbólica nos executivos, e às manifestações de rua e outros protestos depois do(s) mal(es) feito(s)e que, lamentavelmente, cada vez menos têm invertido o rumo da mudança atentatória da cidadania.
Gostaria mais que o discurso de Rui Tavares tivesse incidido sobre políticas praticadas contra o povo e alternativas às mesmas do que sobre richas entre políticos.
Já volto.
Helena,
Receio que a minh audiência inglesa seja muito residual:).
Caidê,
É verdade que a esquerda tem cometido muitos erros. Mas é a direita, apoiada pelo grande capital, que aprova leis que favorecem a sua clientela. Se bem que eu ache que há pessoas com muito valor e com sentido de justiça social em todos os partidos.
Mas concordo contigo, este sistema partidário já não funciona. Tem que haver uma mudança no sentido de criar uma democracia plena, genuína. Uma democracia participativa e sobretudo transparente.
Talvez seja uma sonhadora, but i'm not the only one.
E aqui te deixo um miminho:)
http://www.youtube.com/watch?v=Kl1rRxG251s
Por norma os remédios são agressivos para o doente. São bons, numa determinada conjectura e tempo, para debelar determinada patologia, mas acabam sempre por prejudicar outras àreas do paciente. Se se exagera na prescrição pode-se correr o risco de causar sério dano ao doente, indo até à morte.
E já agora, não sei se conhecem, mas vale a pena:
http://www.youtube.com/watch?v=MU_87zvKfkg
A quem respondeu ao meu Pedido de Ajuda lançado há um dia atrás, o meu MUITO OBRIGADO.
Rain(bow)
Pronto, pronto...Com esta me curaste o furor político. E é que o abracinho foi do princípio ao fim :)))Como o amor é protetor, já viste? :)))Não! Não serás a única sonhadora. Pessoalmente, tenho resistido pelo sonho.
Vê se esta também te dá a força para continuares a ser como és - sonhadora ativa:
http://www.youtube.com/watch?v=voNBZkzDN54
Ainda hoje tinha estado a ouvir essa e outras do Sérgio, pela manhã. Vozes e gente cantadeira que me dão uma saudade!...
Aquiles
Já conhecia e está cinco estrelas! :))
Bart
Cala-te! (Com todo o respeito!)Achas que vais fazer jogging até aos 90? Olha nas pequenas cidades como a minha adotiva (ponho o "p" ou tiro o "P"?) Caldas da Rainha o TOMA faz a rondinha gratuita - isso é que são transportes públicos, não percebes? E são para o menino e para a menina, para o jovem e para a jovem, para os verdes e para os maduros. Queriiiiiias!...
Aqui por Lisboa não há disso, não. E no meu bairro deslocalizaram o Centro de Saúde até onde se ia saudavelmente a pé. É para veres!
Também te digo que antes me parece que havia mais doentes, pois quando lá vou agora deparo com uma desertificação tal que me faz lembrar uma aldeiazinha pouco global do interior. Já tenho pensado que ou as taxas moderadoras não são moderadas ou os médicos dali são tão bons que curaram os enfermos quase todos duma virada, bem...ou tão maus, antipáticos e rabugentos que já nem os pacientes têm paciência para os aturar.
...
Carlos Alves
Ah, pois era!
Ímpio
Que estatísticas deploráveis para Portugal! E conseguem ser sintomas agudos em estados já tão crónicos.
Professor
Estive a ouvir "O Amor é... ao fim de semana" de 21 de julho. Fale mais de Antropologia Médica, pois é um tema em que é excelente e acorda muitas consciências.Obrigada. Estou a pôr a audição em dia :))).
....
Durmam com os anjos e acordem felizes.
Caidé
"Um dos factores que mais contribui para aumentar este risco de pobreza é o desemprego, que no último trimestre de 2009 afectava mais 504 mil portugueses, contando com os inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Três quartos deste meio milhão de pessoas só tinham estudado até ao 9º ano de escolaridade.
A maior parte destes desempregados tinha entre 35 e 54 anos. Nesta faixa etária, o desemprego em Dezembro de 2009 aumentou 30,1 por cento face ao que se verificava em Dezembro de 2008.
Os investigadores registaram que o maior aumento de desemprego de 2008 para 2009 se registou entre pessoas que tinham concluído no máximo o ensino secundário, com uma taxa de 34 por cento.
Nas conclusões, a equipa do Observatório das Desigualdades estabelece que "a economia portuguesa depara-se não só com o problema das baixas qualificações da população trabalhadora, mas também com a questão da baixa oferta de emprego de qualificação intermédia". (Continuação da notícia do post anterior com link do JN)
Mas :
“Os dados mais recentes do gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que Portugal continua a ter das mais elevadas taxas de desemprego da Europa, apenas superada por Espanha (24,8) e Grécia (22,5, valor referente a abril).
Na comparação homóloga, verifica-se que a taxa de desemprego em Portugal subiu 2,8 pontos percentuais, de 12,6 % em junho de 2011 para 15,4 em junho de 2012. Face a maio, a subida é de duas décimas, de 15,2 % para 15,4 %.
Já a taxa de desemprego entre os jovens com menos de 25 anos permaneceu estável em junho, mantendo-se em 36,4 %, das mais elevadas da União Europeia, e 7,1 pontos percentuais acima do valor registado um ano antes (29,3 %).
Em termos gerais, a taxa de desemprego estabilizou na zona euro, nos 11,2 %, o mesmo sucedendo no conjunto dos 27 Estados-membros (10,4 %), o que significa que atualmente existem 25,1 milhões de desempregados na UE, 17,8 milhões dos quais na zona euro.
Comparando com os dados homólogos, há mais 2,1 milhões de desempregados na UE e mais 2,0 milhões na zona euro. “
Ver link http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/07/31/taxa-de-desemprego-em-portugal-aumenta-para-154-em-junho-e-estabiliza-na-zona-euro
CONCLUINDO estamos , grosso modo, com 1.840.000 de desempregados (12 milhões hab, x 15,4 %) o que equivale a multiplicar por cerca de 3,6 o nº de desempregados em 2009. Por outras palavras, quase que quadruplicamos de 2009 para 2012 o nº de desempregados.
Abraço
Ímpio
Infere-se portanto, meu Amigo Ímpio, que os governos demonstram não possuir capacidade de dinamização social e empresarial, de apoio e de regulação económicas, de adequação e requalificação de serviços.
É explícita a falta de capacidade que os governos demonstram possuir, para colocar o país a funcionar, no sentido da estabilidade económica e social.
Em vez disso, percebemos que os governos demonstram possuir capacidades imensas para legislar em prejuizo do cidadão, para borocratizar, para dificultar a iniciativa privada, para facilitar a corrupção, para garantir os "tachos" e para hipotecar o país até daqui a várias gerações.
Uma vez que os cidadãos não dispõem de uma forma efectiva para demitir os governos (eles escudam-se na eleição livre e democrática e ordenam a carga policial sobre aqueles que se manifestam), resta-lhes usar o voto; não votando.
Bartolomeu
Certíssimo
BART – Amigão
Cuidado com os SOFISMAS!
Embora sendo da área das informáticas, por vida profissional tive de fazer umas incursões nas áreas da economias. E como tinha que falar com economistas, tive que aprender a linguagem destes senhores. Aí agarrei-me ao Samuelson/Nordhaus que na sua 12ª edição (já nem sei em quantas vai) logo na página 11, fala no Sofisma da Composição. Este sofisma verifica-se SEMPRE QUE SE PENSA QUE AQUILO QUE É VERDADE PARA UMA DAS PARTES TAMBÉM O É, NECESSARIAMENTE, E APENAS POR ESTA RAZÃO, PARA O TODO.
O exemplo que os autores dão até é um dos temas predilectos deste blog. Reza assim: “Já alguma vez reparou como os espectadores de uma partida de futebol tendem a pôr-se de pé durante um jogo emocionante para verem melhor? E que quando todos se põem de pé a visão raramente melhora?
E depois dá vários exemplos de AFIRMAÇÔES VERDADEIRAS que contrariam o chamado SOFISMA DA COMPOSIÇÃO. De todos eles o que mais me agrada reproduzir e admito até, aquele que vem mais a propósito da situação que Portugal, da Grécia, d a Espanha e da Itália, para não falar da restante Europa, vem logo na página 12 onde os autores escrevem que é verdade afirmar que “As tentativas individuais de poupar mais durante um período recessivo podem reduzir o total de poupança da comunidade”. Admito que o oposto desta afirmação verdadeira seria um sofisma de composição do tipo” Se todos pouparmos, logo o Pais poupa no final”. Extraordinário como a Troika não chegou à página 12 do acima citado livro de Economia do Samuelson/Nordhaus mas se calhar a 12º edição, para eles, já está desactualizada, pois todo o mundo é feito de mudança, como dizia Camões.
Há outros sofismas de composição talvez como por exemplo dizer “que se os últimos governos de Portugal foram maus logo todos os governos de Portugal serão maus”
Quanto ao não votar no sentido de melhorar. Pois usando a alegoria de “estar sentado” = “não votar” e “estar em pé” = “ir votar” e “não ver bem o futebol” = “ter maus governos” e “ver bem o futebol”=”ter bons governos”, seguindo o sofisma inicial apresentado como exemplo pelo autores, penso que não posso afirmar que pelo facto de irmos todos votar passamos de imediato a ter bons governos mas parece-me também arriscado afirmar que pelo facto de não irmos votar passamos à anarquia, logo sem governo, e o facto de não termos governo é melhor que termos maus governos, pois no mínimo, evitamos esta certeza.
Mas esta discussão levava-nos muito longe e já vou extenso no meu relambório, conforme costumas apelidar os meus escritos, que de facto mais pretensão não têm que ser simples relambórios.
Um abraço
Ímpio
Ímpio e Bart
Nos últimos 3 anos mais aprox. 4 em cada 10 portugueses foram empurrados para a pobreza e a exclusão social.
Nunca tivemos uma população tão qualificada, dizem alguns. Escolarizada, pelo menos. E se têm ou não as competências adequadas ao mercado de trabalho não me parece “busílis”, pois aprende-se fazendo, e muitas dessas competências específicas só podem ser desenvolvidas em ação no próprio terreno do trabalho e da atividade propriamente produtiva.
As solidariedades informais já não aguentam tanto. As formais estão a ser retiradas pelas medidas do governo, que não assume o desemprego como indicador da sua inoperância e antes o imputa aos próprios cidadãos.
Mas dos impostos dos cidadãos que trabalham só sai receita para tapar os buracos das erranças do des-governo ou para continuar a enriquecer com facilidade os já envolvidos nas malhas da abastança fácil. Não sei se evite o termo corrupção. Acho que não é possível, porquanto habita o cerne desse sistema. E se até a mobilidade social só está a passar por aí e pelo seu mano clientismo, é, então, inevitável trazê-lo a este baile.
Quase nada em prol dos próprios cidadãos, quase nada como mecanismo de redistribuição imediata ou derivada no tempo, repare-se.
O tecido empresarial das PME tem sucumbido e para o evitar teria sido necessária uma nova ordem fiscal, já para não falar na dinamização de uma nova cultura empresarial que sustentasse o seu crescimento e a sua expansão nos mercados externos. Em vez disso, assassinaram-lhes o mercado interno com as reduções dos salários e a avalanche de desemprego.
Alfredo Bruto da Costa:
“…enquanto um programa de luta contra a pobreza (…) mantiver a Sociedade exactamente como está – como se a pobreza fosse um fenómeno periférico, resolúvel por acções periféricas -, nós nunca chegamos a resolver o problema da pobreza.”
(chegados a um capitalismo extremo, há que enveredar por soluções de base, propriamente cirúrgicas e declaradamente invasivas - acho eu!)
“…é um problema de cidadania, mas é um problema do modo como a Sociedade está organizada e funciona, que permite ou não que determinados grupos possam exercer a sua cidadania.”
( a nublada questão do voto e a turbulenta interrogação de para que serve e a quem serve)
Sabem que mais?
Porra para os governantes, para a direita e até para a esfrangalhada esquerda.
Europa?
Também neste espaço político-geográfico o sul continua a pagar o enriquecimento do norte. Já é galo!
Eu, por mim, grito – antes espartana!
Meu estimado e portentoso Amigo, Ímpio;
"...se os últimos governos de Portugal foram maus logo todos os governos de Portugal serão maus”.
A frase anterior não ilustra o que expus no meu comentário, na medida em que, não referi, o não-uso do voto, mas sim e pelo contrário, o uso do voto; não votando.
Para melhor se entender ao que me referi, é, utilizar o voto, não votando num candidato. O que é uma atitude de indignação e descontentamento para com os políticos e a forma como têm governado o país, o que é diferente da passividade e da preguiça de dar tudo como perdido.
Para que não recaíssemos nos sofismas, como referes, teríamos de possuir o dom da adivinhação, que nos permitisse saber antecipadamente, quando um candidato a ser eleito, possui:
1- Perfil ético
2- Carácter incorruptível
3- Capacidade de antevisão
4- Capacidade de raciocínio
5- Capacidade de execução
6- Capacidade de diálogo
7- Capacidade de intermediação
8- Ideologia
9- Programa para governar
10-Conhecimento concreto das capacidades e potencialidades do país
11-Conhecimento concreto das necessidades do país
12-Capacidade de não prometer, aquilo que é incapaz de cumprir
Sem a garantia destes doze mandamentos, meu caro amigo Ímpio, continuamos através do voto, a fornecer munições para o revolver do gajo que vai atirar sobre nós.
Utilizando o voto, não votando, estamos a guardar as balas, sem as quais o gajo, o mais que pode fazer, é apertar o gatilho... e fazer o PUM! com a boca... se tiver jeitinho para isso...
A mim parece que não votar não resolve. A primeira coisa que se faz quando se quer mudar algo é começar por remover os que lá estão e tomam decisão. Depois escolher outros, aqueles de quem o sistema não gosta... e não me venham dizer que são todos iguais, pois, senão, qual seria o receio em votar na dita "esquerda radical", PCP e BE?
O drama que hoje vivemos é o ataque à denominada classe média, essa mesma que se veste e tem trejeitos parecidos com aqueles dos dos que "mandam", achando-se a si próprios mais do que realmente são. E agora o "capitalista selvagem", o neoliberal, está a fazê-los regressar às origens, um a espécie de traição sentida com amargura, desânimo e fatalidade. É que esta classe média desdenhou dos sindicatos, dos "proletários", dos pobres, achando que estes últimos o eram por prazer.
Soluções: ganahr consciência de pertença, organizarem-se, tomarem o poder, fundando um outro modelos de sociedade, baseados em escolhas e caminhos que o percurso já percorrido nos ensinou. Somos a maioria absoluta, se quisermos por em prática a inteligência adquirida. os mais mediáticos que saltem cá para fora e comecem a fazer isto mudar... o resto virá, como sempre veio, tal como nos ensina a História.
BART
Amigão. Arrasado com os itens referidos. Quem quer conquistar o lugar de 1º Ministro promete, promete e depois não cumpre ou ainda pior. faz exactamente o contrário do que prometeu, pelo que, alegoricamente falando, me permito usar uma expressão forte que é:- "merecem que lhes mijemos as calças".
Um pouco como faz o meu gato, quando marca o território; assim já ninguém se enganava pois pelo cheiro se notava a qualidade do bicho. Adiante!
Infelizmente estamos a ficar de tanga, todos! Nem para umas diuréticas bejecas temos guito e isso dificulta a mijadela apropriada. E se a ideia pega, aquela praia da Mantarrota passaria a ser um local pouco próprio para banhos pois passaria a ser o local onde 1.800.000 desempregados iriam alegremente dar a sua mijinha. Bem, adiante!
E depois, pensando melhor, lá teríamos uma acórdão do Supremo explicando que "mijar as calças, pernas ou pés de um 1º Ministro, não pode ser entendido como sinal de tentativa de lhe refrescar as ideias, baixando-lhe a temperatura dos pés, mas sim como um gesto de desrespeito e falta de consideração e, como tal, digno de censura e punição, remível a multa ou prisão, mesmo que o referido Ministro, seja ou tenha sido um mentiroso compulsivo e que mereça a referida mijadela, nas ditas canelas".
Abraço
Ímpio
Carlos Alves, acerca desta matéria, cada um terá a sua opinião, obviamente, contudo, deixa-me recordar-te que a Constituição da República Portuguesa, garante da democracia, proporciona aos governantes eleitos, a protecção necessária para que não seja possível aos cidadãos, de forma nenhuma "remover os que lá estão e tomam decisão".
Existem mecanismos que premitem demitir o governo e até, afastar do cargo, o Presidente da República, mas nenhum deles está legalmente ao alcance do cidadão.
Mesmo o voto, não permite esse acto, mas tão somente, o de eleger.
;)
Ímpio, meu bom blasfemo...
Se não me assumisse como um defensor da igualdade e da equidade, era bem capaz de enfileirar no teu exército de mijadores compulsivos, combatentes do mentirosos compulsivos.
;))))
Assim, prefiro usar o voto e não votar nem em mentirosos, nem em invertebrados, nem em incontinentes!
;))))))
Bartolomeu,
remover os que lá estão e tomam decisão
sempre de acordo com princípios democráticos, com respeito pela vida humana e direitos do Homem, coisa que não tem preocupado um número significativo de pessoas que detem o poder. Eu defendo a DEMOCRACIA não como um instrumento para o exercício do poder, mas como uma IDEOLOGIA, que se confronta e opõe a todas as outras existentes actualmente no expectro político.
Bart (7:41)
como o nosso primeiro: as contrariedades são motor de mudança benéfica. Parece-me mais desculpa de mau pagador. Andar a pé não será sujeição mas opção. And so on.
Rain
É bonita a canção da Kate Bush; bigada. Como disse a Caidê, é abraço que não principia nem acaba
Aquiles (11:24)
Vale mesmo. Dopada que estou nem sei se entendi por inteiro; vou guardar para ouvir quando tenha o juízo todo
Fora
Pensava que era a brincar:)
Ìmpio
Relambas com garra
Pois é Carlos Alves... Um dos motivos que origina o estado de degradação democrática em que o nosso país se encontra, reside na dificuldade que a maiori dos nossos governantes evidencia, de não conseguir conciliar ideologia, cidadania e exercício de poder.
;)
Aliás, problemas intrínsecos à nossa raça, que vêm daquela época em que os Romanos invadiram a península e o general que comandava as tropas, relatou para o senado, ter encontrado neste extremo da península, um povo, os Lusitanos, que não se governavam, nem deixavam que os governassem.
Com variadíssimas nuance, este "estígma" tem-nos acompanhado ao longo dos séculos.
"Os" de 5 de Outubro de 1910, estavam convencidos que; depondo a monarquia, aniquilando o poder da igreja e elaborando uma Constituição, seríam capazes de tornar esta país um lugar próspero, pacato e culto...
No entanto, Sebastianismos à parte, essa profecia, não perdeu ainda a validade.
;)
Pois não bea, e também não foi esse o sentido do meu comentário.
Não te esqueças, no entanto, que nos encontramos a avaliar uma situação e a opinar sobre ela, vendo de um ponto diferente e, sem tomar em linha de conta o percurso.
;)
BART – Amigão
“….Aliás, problemas intrínsecos à nossa raça, que vêm daquela época em que os Romanos invadiram a península e o general que comandava as tropas, relatou para o senado, ter encontrado neste extremo da península, um povo, os Lusitanos, que não se governavam, nem deixavam que os governassem……”
Informo-te que, de acordo com as estatísticas do INE, já evoluímos.
Agora AGUNS JÁ SE GOVERNAM E BEM…..!
Abraços
Ímpio
Bart
E como explicas tu o que há dias dizia alguém num dado canal da TV "...2012 já prevíamos que ia ser um ano mau (...) e era um ano sem eleições..." e tal e tal?
Ímpio
Olha, estou bem farta de tanta continência. Lá isso não tenho como negar. Mas, como dizes, até falta "guito" para a imperial que não tem a mesma graça sem os caracóis (já nem me atrevo a ir para a santola na Portugália de Belém :-)))! ). Então, parece que isto "tá" mais difícil de se arranjar.
A não ser...espera lá...e se escrevêssemos ao Rui Tavares a dizer que somos independentes e fazemos lista com ele? Não vejo inconveniente em que traga a Ana Drago, a Isabel Moreira e os demais de que fala.
Já votavas assim, Bart?
Professor
Continuando a pôr a audição em dia...
Ouvi o programa das colónias de férias da rapaziada. Espetacular!
Nessa altura forçava-me a dar-lhe asas, mas só queria que a quinzena passasse!...E vê-lo no domingo do meio :)))
Tal e qual: "girar à volta de uma distância ideal", não querer alterar-lhes em nada a vida, deixá-los livres para virem quando desejarem, ficar como pano de fundo.
Até a Inês bateu em cheio quando falou deles partirem para os festivais. Ai o Sudoeste e a falta de bateria no telemóvel. A minha coluna que o diga :)))
....
Vou-me aos livros de férias.
...
Já volto a atazanar-vos!
Há dias, num blog do Brasil, e a propósito de eleições municipais, o blog tinha uma campanha onde defendia a não reeleição de nenhum vereador. Votem noutros, jamais naqueles que já mamaram. Em Portugal isso é dificil, porque não se vota em pessoas, não se podem escolher os bandidos.
Em minha opinião, AQUILES, precisávamos de um governo constituído exclusivamente por mulheres.
Entre outras, a vantagem principal, seria a de; havendo uma corrupta, todas as outras iriam acusa-la. Outras haveria, cetamente, como por exemplo, uma maior sensibilidade para os assuntos sociais e económicos.
Gostava de assistir a um debate entre uma mulher que tem um parco orçamento mensal, e o gere, de forma a conseguir alimentar decentemente uma família de 2 adultos e duas crianças, e um economista carregado de gráficos que demonstram as relações entrer pib e o raio-que-os-parta.
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