segunda-feira, dezembro 31, 2007

Private investigations.

Examinou o bidé em busca de respostas. A primeira era evidente, mas não dissipava o nevoeiro - casa de putas sim, mas longe de França, país avesso à existência de lavatórios especializados para vergonhas prazenteiras. Acordara em prostíbulo nacional. Mas antes ou depois de? A relativa limpeza de tão útil acessório, que significava? Ainda nada acontecera de espasmósdico? Ou, findo o acto, a profissional – hipótese masculina era demasiado monstruosa! – deixara-o cozer a bebedeira, enquanto preparava o palco para o actor seguinte? O pêlo solitário que namorava a margem do ralo era seu, dela ou de transacção antiga? Associação de mau-gosto injectou-lhe na alma versos favoritos dos pais - despidos de grandeza; brejeirotes; heréticos: “e o bidé cala a desgraça, o bidé nada me diz…”.

33 comentários:

Migmaia disse...

Uma vez que ainda existem algumas questões por esclarecer, anseio por 2008, também para ver as cenas dos próximos capítulos. Um verdadeiro best seller, pela terminologia... ("pelo solitário na margem do ralo", etc...)
A TODOS (Murcónicos e ... os Outros)muito boas entradas e UM ANO COM MUITAS FELICIDADES e SAÚDE!!!

Fernanda disse...

Há muitos, muitos anos, era eu uma criança...havia na minha terra natal «O Pacato».
O bidé à entrada dos quartos...a toalha...o homem a descer as escadas meio zonzo...era assim!
Um dia, eu e mais duas cachopas, aguçadas pela curiosidade, sorrateiramente, subimos.E vimos...os quartos...os bidés...as toalhas...as mulheraças de boca vermelha e unhas da mesma cor...e fugimos...
Continue, que com jeitinho, vai reavivar-me a memória.

Feliz 2008 para todos

lobices disse...

...pa todo o Maralhal:
FELIZ 2008
...abreijos

AQUILES disse...

A investigação está estagnada. As diligências estão, ainda, centradas no mobiliário do prostíbulo, enredadas em malhas de inconsciência pesada. Ainda mastiga as provas na alma. Lá para o ano de 2008 haverá desenvolvimentos reveladores do porquê do despejo em tal antro. Terá a Menina da Lua razão? Só 2008 o saberá, se o 2007 lhe confidenciar.

Um Bom Ano A todos vós.

Fora-de-Lei disse...

Fernanda 7:52 PM

Se não fosses de Braga, diria que tinhas nascido na Rua da Rosa... ;-)

AQUILES disse...

ÚLTIMA HORA

O princípe Carlo de Inglaterra está interessadissimo no bidé com pelo no ralo (e não na venta) para a sua colecção particular.

joaninha disse...

Que o 2008 seja magnífico!
Um abraço gigante para todos com votos de tudo BOM!!!

AQUILES disse...

ULTIMA HORA

Fontes fidedignas, não documentadas nem apresentáveis, informaram o nosso gabinete de gestão de crises (GDGC)que o fulano se armou em matcho, muy matcho. Impôs-se. Mas a outra, já anteriormente revelada pela Menina da Lua, não se impressionou, e, simplesmente debandou. E de repente a táctica de se armar em forte redoudou na exposição da sua fraqueza. Daí a ir reforçando o seu ego em várias tascas de renome ao longo da margem, foi um ápice. Reforçou o ego, fraquejou o consciente.
O GDGC continuará em campo para tentar confirmar ou não estas fontes, para que a verdade se sobreponha a qualquer boato, e sempre na defesa do bom nome dos cidadãos, mesmo que esporádicamente amnésicos.

Paulo Agostinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Agostinho disse...

Estava descalço. E nú. O arrepio que o percorreu deu-lhe consciência da sua nudez. Para que precisara Eva da maçã? Olhou em redor, à procura da roupa. E ela ali estava, quase fora de cena, adormecida numa cadeira. Bem dobrada, por sinal. Não se recordava de nada, mas não perdera (totalmente) parte da sua lucidez. Aquelas dobras eram obra dele. Conhecia o seu modus operandi(outra expressão que lhe ocorria quando o seu imaginário brincava ao far-west, de rédea solta e horizontes intermináveis). A roupa bem arrumada demonstrava que tivera tempo quando entrara naquele quarto. Tempo para conversar? Não, isso certamente foi feito antes, no bar (incontornável apeadeiro de todas as viagens que tinham em quartos deste género o seu fim de linha). Tivera tempo porque (elementar, meu caro Watson, apeteceu-lhe dizer) a rapariga esteve entretida naquele bidé que não deixava de o atrair.
E, de súbito, um clarão. Dentro dele. Aproximou-se da roupa e procurou a carteira. Primeiro num bolso. Depois noutro. Encontrou-a. Abriu-a com sofreguidão. As notas sorriram para ele. Não tinha sido roubado, menos mal. A rapariga era séria.
A propósito... E a rapariga, onde está?
Sentou-se na cama. O quarto rodou um pouco. A bebida continuava com ele, não o tinha deixado, como ela. Resolveu esperar que a rapariga voltasse. Não sabia o que fazer. E o silêncio daquele sítio. Nem estalos dos móveis, nem soalhos a gemer, nem passos no andar de cima (mas, haveria andar de cima?). Só a cama reclamou quando se sentou nela. De repente, um pingo, cristalino, sonoro, mergulhou da torneira para o fundo do bidé.
Que horas seriam?

AQUILES disse...

Que horas seriam? Bem, a manhã já ia alta, pois já toda a gente da casa estava fora da cama, com excepção dos que tinham o sono, e não só, mais pesado. Casa de gente séria. O GDGC fica aliviado em sabê-lo. Continua no entanto em busca, detectivesca, das causas que levaram a vítima (sim, porque não passa de uma vitima de ele próprio)até este quarto.

yes! my love! disse...

"Ou, findo o acto, a profissional – hipótese masculina era demasiado monstruosa! – deixara-o cozer a bebedeira, enquanto preparava o palco para o actor seguinte? O pêlo solitário que namorava a margem do ralo era seu, dela ou de transacção antiga?" (?)


demasiado monstruosa (?) a hipótese de ter tido sexo anal (?) ou de ter simplesmente descoberto esse prazer (?)

e não podia ser um homem a preparar o palco para o actor seguinte (?)

e ainda um pêlo (?)

só pode ser uma história passada há muitos muitos anos (?)


e sem mais (?)

aqui fica o meu comentário sob a forma link que farão o favor de copiar

http://originalninoblogger.blogspot.com/2007/09/o-ponto-g-gay.html

( porque a vida, como as histórias antigas, não precisa continuar a ser vivida a preto e branco ~ )

Olhar disse...

Foi o que apeteceu muito...
ouvir
aqui vai:)

http://www.youtube.com/watch?v=sul_A22gB8c

Anónimo disse...

SEXOOOOOOOOOOOOOO!

Explicações sobre filmes pornográficos e eróticos (continuação e conclusão.)

Para quem não sabe, na TV não passam filmes classificados como pornográficos, pois tal podia levar à suspensão da licença de emissão. Onde "pornográfico" corresponde a um filme de "baixo nível", só com sexo (, e sem história).

Eu já vos expliquei que pode-se ficar todo excitado ao ver filmes pornográficos se se tiver alucinações eróticas. Agora pensem nestes últimos textos do Dr. Murcon. Reparem, se ficam excitados com estes textos que basicamente não têm nada para excitar, não será mais fácil ficarem excitados com filmes pornográficos? Isto não é uma justificação, é só para perceberem a ideia.

Além das alucinações eróticas, também podemos considerar uma espécie de partilhar do ver de algo não recomendado, uma forma de pecado, com um grupo de outros que sabemos que também vêem, mesmo sem sabermos quem são. (Uma espécie de culpa afrodisíaca partilhada com uns desconhecidos.)

Esta questão dos filmes pornográficos é interessante porque eu acho os filmes porno profissionais chatos.

Note-se, no entanto, se cada casal tivesse uma webcam ligada no seu quarto quando estivessem a fazer sexo, haveria uns filmes excitantes (que seriam aqueles onde entram as mulheres que eu acho atraentes, e que não inclui nenhuma actriz porno). Nunca esquecer a questão da selectividade nas interpretações.

Há, no entanto, ainda um aspecto a focar, a forma como um indivíduo fica excitado. É que a excitação pode surgir como uma soma de excitações independentes associadas a diferentes perspectivas ou componentes. Ou, em oposição, pode-se primeiro fazer ligações, associações entre todas essas perspectivas ou componentes, e só depois fazer a medição da excitação.

Portanto, temos preponderantemente uma espécie de excitações desconexas em uns indivíduos, e uma excitação integrada noutros.

Os filmes porno profissionais são mais compatíveis com excitações desconexas.

Por isso, há quem se excite só por ver sexo (excitação desconexa).

---

Em conclusão.

Tipos de filmes de sexo

F1. com actores profissionais
F2. com actores semi-profissionais (part-time, etc)
F3. com actores amadores não pagos - exibicionismo ou voyeur. Muitos filmes voyeur são de mulheres em topless, ou nuas em praias de nudismo.
F4. Webcam no quarto de todas as mulheres (Selecção individual das melhores para cada um)

Tipos de excitação

E1. Excitação desconexa não selectiva - sexo em si
E2. Excitação integrada não selectiva - o envolvimento emocional
E3. Excitação selectiva - as mulheres que eu quero

Tipos de filme e associadas excitações (isto depende também do indivíduo, por exemplo, uma actriz porno pode ser o tipo de gaja que um "moron" pretende)

F1 -> excitação E1

F2 -> excitação E1, um pouco de excitação E2 (pois a mulher pode estar a sentir prazer)

F3 -> excitação E1 (pode ser menor, pode ser um simples filme de uma mulher em topless), E2 (aqui a mulher já encontra-se numa situação agradável para ela), E3 (sobretudo em mulheres em topless na praia, aquelas que se gosta)

F4 -> excitação E1, E2, e a E3 completamente

Note-se que a excitação E1 pode até não acontecer em F1 e F2. Mas é certa em F4.

Noto ainda que há pessoas que acham os filmes pornográficos profissionais violentos. Isso não é propriamente correcto, uma vez que não há envolvimento emocional. Entre os filmes amadores é que se encontram os filmes mais agressivos, no bom sentido.

Anónimo disse...

nota: referia-me à TV em canal aberto

CêTê disse...

"hipótese masculina era demasiado monstruosa!", não nos esqueçamos que essa era a posição da figura em causa. Bem me parecia que o tipo, apesar de tudo (;), era um Homem como deve ser! (LOOOL, ;))))

CêTê disse...

Paulo ;) gostei.
Essa de ele ser muito arrumadinho pode muito bem explicar "outros" problemas de fundo... ;)))

non! mon amour! disse...

Olhar,

adoro isto :)

e é tão parecido com Pink Floyd

que nem parece Dire Straits :) :)


E não consigo ouvir isto sem me lembrar das sebentas :) de Direito :) por que será ???

Olhar disse...

mon amour!,
Oui,:)
Também gosto muito deste tema e, concordo sabe..., até quase que parece...:)

Quanto a lembrar-lhe as sebentas de Direito, não sei...,
diga-nos você.., porque será?
Terá a ver também com o post supra?:)))))

non! mon amour! disse...

Olhar,

lembra-me as sebentas :) porque ouvia isto a estudar para os exames :)

CêTê disse...

Ó "chefinho" estou aqui à espera do resto da história e... nicles.


;P


Estou a ver... "ganda" passagem de ano, sim senhor!;)


Bem..................... volto mais tarde.

Anónimo disse...

Nota: os filmes tipo F4 basicamente não têm representação real (podem haver algumas excepções em casais swingers e liberais).

A seguir: sexo - futurologia!

Fazendo um bocado de futurologia, as casas do futuro poderão já incluir uma webcam de alta definição no quarto. A partir daí os casais podem se definir como casais exibicionistas e então escolhem na net outros casais que também gostam do exibicionismo. E deste modo fazem filmes de sexo - em directo ou diferido -, uns para os outros. E naturalmente outros casais preferirão esconder as suas actividades sexuais. Também há mulheres que escondem a cara, por exemplo. A cara, que também é sexo. Pode ser muito mais do que as mamas! É uma mera questão de intensidade de sexo, se me estão a acompanhar.

(Eu estou só a explicar-vos o sexo!)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Henrique Dória disse...

Augura-se para aqui um 2008 cheio de boa literatura.Um Feliz e Luminoso 2008 para o Professor e todos os murcónicos.

Paulo Agostinho disse...

Manteve-se sentado na cama. Perdeu a noção do tempo em que esteve assim, imóvel, os olhos presos ao papel de parede, para uma segunda apreciação. Horrendo. Aqueles anjinhos, meu Deus, vem resgatá-los de volta para o paraíso. Olhou para o céu enquanto pensava, mas o seu olhar esbarrou no tecto, a pele maculada pela humidade, como aqueles velhos no parque que atiram pedacinhos de pão aos pombos de olhares desconfiados. Alguns sentavam-se como ele se senta agora, imóveis, de olhos postos no horizonte que tanto podia ser o rio como este papel de parede ou a rapariga que se sentou no muro a saborear a tarde luminosa. Ao sentir-se um desses velhos sentiu repulsa. Não por eles, mas pela condição. Era novo demais para ficar ali em estado de abandono.
Ali... Mas afinal onde era "ali"? E quem morava, ou dormia ou ... "ali"?
Levantou-se. À medida que caminhava, sentia as picadas do lixo da alcafifa na planta dos pés.
Aproximou-se do guarda-fatos e abriu-o. Esperava cintos de ligas e lingeries sedutoras, que pudesse acariciar deslizando lentamente a mão, deixando o toque macio e frio espalhar-se pelo corpo, à boleia dos sentidos e da imaginação. Mas o que encontrou era de uma banalidade que o deixou desolado. Roupas de senhora, jeans e camisolas, dois vestidos e três casacos. Sem se dar conta, começou a ordená-los, do maior para o mais pequeno, por secções. Primeiro os casacos, depois as camisolas e, por fim, as calças. No fundo do guarda-fatos estava um par de botas e dois pares de sapatos. Tamanho 36, calculou, enquanto os alinhava. Voltou aos casacos e às calças. Uma mulher tão desorganizada certamente deixaria coisas nos bolsos. Encontrou uma moeda (com a cara do rei de Espanha), um lenço de papel amarrotado e uma chiclete de mentol. Isto nas calças. Num dos casacos encontrou cotão e um talão de multibanco. Sorriu. Finalmente tinha um nome. Mas era um nome de homem. Oh diabo... Quem é este Carlos? E onde está a roupa interior? Começou a abrir as gavetas e lá as encontrou, umas simples peças de algodão, gastas e mal tratadas. Mas tinham um cheiro a detergente que lhe agradou. Sempre era melhor do que o odor forte que o quarto exalava. A gaveta do fundo era mais interessante. Parecia funcionar como um depósito de tudo o que não coubesse noutro espaço. Uma pulseira de fantasia, um calendário, um estojo de pintura, pensos higiénicos, três amostras de perfume de senhora e alguns papéis. Levou-os para a cama para os analisar. Alguns recortes de revistas (nada de receitas, esperava encontrar receitas depois de tanta banalidade), bilhetes de cinema e... Um bilhete de um jogo de futebol? Do último Benfica Porto a avaliar pela data. Nas costas, em letra redonda (com bolinhas nas pintinhas dos is) um comentário: "meus heróis... hoje não foi possível fazer mais."

CêTê disse...

xelim
como a língua portuguesa é muito rica e o domínio da matemática é em média baixo não vou dissecar o seu comentário. ;)

paulo, (não leve muito a sério o que digo porque percebo muito pouco de escrita), mas gostei de muito do que escreveu.;)

Paulo Agostinho disse...

obrigado cêtê :)
eu também não sou um entendido nas artes literárias (só na óptica do apreciador).

oui! mon amour! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
oui! mon amour! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
oui! mon amour! disse...

O único nick que me parece andar aqui terrivelmente excitado com os útimos posts, é o xelim sxkull

mas posso andar enganada, por ter a mania de me fiar nas aparências ! concedo !

Excelente dia a todos !

oui! mon amour! disse...

Perdão, xelim's skull ! e não xelim sxkull como os dedos escreveram no comment que antecede !

Su disse...

gostei...eheheh.....

brilhante anal.ise:))))

jocas maradas

SEF disse...
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