quinta-feira, agosto 09, 2012

Born To Be Wild and Easy Rider (Slipshotfilms)

12 comentários:

Impio Blasfemo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caidê disse...

Hirondeeeeeelle!.....

bea disse...

ah, ah, ah...andorinha, se não apareces vai haver um cataclismo qualquer neste blogue.

********** disse...

Venho da terra assombrada

do ventre de minha mãe

não pretendo roubar nada

nem fazer mal a ninguém



Só quero o que me é devido

por me trazerem aqui

que eu nem sequer fui ouvido

no acto de que nasci



Trago boca pra comer

e olhos pra desejar

tenho pressa de viver

que a vida é água a correr



Venho do fundo do tempo

não tenho tempo a perder

minha barca aparelhada

solta rumo ao norte

meu desejo é passaporte

para a fronteira fechada



Não há ventos que não prestem

nem marés que não convenham

nem forças que me molestem

correntes que me detenham



Quero eu e a natureza

que a natureza sou eu

e as forças da natureza

nunca ninguém as venceu



Com licença com licença

que a barca se fez ao mar

não há poder que me vença

mesmo morto hei-de passar

com licença com licença

com rumo à estrela polar



In Teatro do Mundo, 1958

********** disse...

Fala do Homem nascido

António Gedeão

Caidê disse...

Carlos A.

Um dos muitos lindos poemas de Gedeão, o que foi teu escolho!

O poema que segue foi escolhido e declamado por uma das minhas alunas de Língua Portuguesa da turma de Percursos Alternativos (6º ano) para "agraciar" o poeta e receber na nossa escola Cristina Carvalho, sua filha e escritora.

Porque a "minha" menina X esteve em palco com uma interpretação e um sentimento que só visto (arrepiou!)o poema ficou-me mais querido ainda.

(Tanto mais que há quem tenda a pensar que os alunos destas turmas são casos perdidos!...)

Agora para todos os murcons, aqui vai:

"Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos, onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes. Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.

Vê moinhos?
São moinhos!
Vê gigantes?
São gigantes!

"António Gedeão, in Movimento Perpétuo

bea disse...

gostei, mas não me acalmou. ora bolas. talvez um copo de água bem cheio de whisky me leve ao nirvana. as minhas desculpas a António Gedeão que muito prezo e não tem culpa de mim.

rainbow disse...

Dois belos poemas de Gedeão.E como agora há vasos comunicantes:), num andar em baixo deixei outro, cantado por Manuel Freire.

ana b. disse...

Belíssimo filme, Prof.!
Saudações atlânticas para todos os Murcons:)

Anfitrite disse...

http://www.youtube.com/watch?v=0rV-GRiUKIo&feature=player_embedded

Anfitrite disse...

Esqueci-me de dizer que o papel do Jack Nicholson, com uma grande pedrada e um big discurso, assentava que nem uma luva ao professor.
Espero que tenha visto o filme na altura devida e não se tenha ficado só pelo disco.
Uma dúvida: O filho do barbeiro não tinha nome?
Por isso é que somos diferentes. Eu não precisava, nem podia fazer os trabalhos de casa. se me atrasasse no trajecto íam-me buscar e vinha a toque de caixa, porque não tinha direito a ficar a brincar à macaca.

bea disse...

Anphy

Ana Drago é um bom arquétipo