terça-feira, julho 11, 2006

Mais um que adormece...

Syd Barrett morreu. Que dizer? Shine on you crazy diamond, wish you were here!

52 comentários:

andorinha disse...

Toca a todos...
E morreu tranquilamente em casa; é o melhor modo de partir.

Fora-de-Lei disse...

A minha homenagem a Roger Keith Barrett.

Pode ser que aquele que era mais conhecido por Syd Barrett, esteja agora no meio dos espantalhos, dos gnomos e das fadas de que tanto gostava e o que o LSD o "ajudava" a materializar (The Piper at the Gates of Dawn).

thorazine disse...

Bem professor, o syd até direito têm a umas "posta" destas" :))))

O mito do Syd irá ficar para sempre, talvez por se ter fechado tão novo! Outro mito que ficará por arrasto é o ter "flipado" devido ao LSD, o que não é de todo verdade pois ele já sofria pertubrações antes das drogas. Verdade pode ser que esta deu um "empurrãzinho"! E devido a isto os Pink Floyd sempre se afastaram das drogas (pelo menos o Roger Waters e o David Gilmour), pois pelo que sei só experimentaram uma ou duas vezes LSD. Pink Floyd, um nome que talvez logo se associe a psicadélicos ou LSD, e ironia ou não, pralém dos espétaculos pouco têm a ver com elas! :))))

Hoje toca a ouvir o Dark Side 3 vezes em forma de oração...hehehehe :)))))))))

andorinha disse...

Thorazine,
Isso é que é cultura discográfica, miúdo!
Como é que tu, com 19 anos, conheces os Pink Floyd???!!!:)))))))

CêTê disse...

Wish You Were Here
So, so you think you
Can tell
Heaven from hell
Blue skies from pain
Can you tell
a green field
From a cold steel rail
a smile from a veil
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
Your heroes for ghosts
hot ashes for trees
Hot air for a cool breeze
cold comfort for change
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?

How I wish
how I wish you were here
We're just two lost souls
swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here

Nobody knows where you are
How near or how far
Shine on, you crazy diamond
Pile on many
more layers
And I'll be joining you there
Shine on, you crazy diamond
And we'll bask in the shadow
Of yesterday's triumph
And sail on the steel breeze
Come on you boy child
You winner and loser
Come on you
Miner for truth and delusion
And shine

Que me perdoe mas gosto de as ouvir na voz de David Gilmour- som alto, luz baixa e saudade alada e ferida à solta

Que adormeça sem sonhos

CêTê disse...

andorinha, então as tuas convicções? Não é Thorazine "AQUELA" pessoa que todos julgam que é e que tu pasas a vida a insinuar? ;p

De toda a maneira eu já estou perto dos entas e nem por sombras fazia ideia de quanto bonitão fora o charmoso David Gilmour. Bolas...
Que gostos não se discutem.;]]]]

APC disse...

Num momento vai-se uma vida que a tantas vidas lembra tantos momentos.
Bem-haja quem cá fica! :-)

CêTê disse...

(Superapita,
Desanda que isto é só para a "velhada"- se não te inscreves não tens direito a ler)

ASPÁSIA disse...

Sorry por essa perda. Não sei bem a causa, se foi o LSD, double sorry. Não sou fanática dos Pink mas gosto bastante mesmo. Vou reouvir.

Andorinha

Desculpem intrometer-me, tu e o Thora.
Afinal, nós com +- 50 também conhecemos o Tomaz Alcaide e o Tony Bennett...;))

Beijocas para ambos

Amigos, tenho andado atarefada noutros campos, e depois não se chega para tudo por isso a minha relativa ausência quer aqui que nos meus blogorecantos...
regressarei assim que puder.

Prof., ainda bem que essa descida à Moirama foi tão gratificante. É bom saber que apesar das ausências, essas amizades ficam. Decerto é porque reciprocamente se merecem. Beijoca mourisca ;)

Fiquem todos bem e cuidem-se com o calor...:(

thorazine disse...

Andorinha,
lá estás tu a meter a idade na coisa. :P

Mas eu respondo. Apesar de a música cá em casa nunca foi o forte, Pink Floyd e Beatles sempre se ouviu. :)))

Mas digo-te já, não gosto nada dessas modernices musicais do tipo : "my babe, yeahh, my car yooo"! Não é que não se faça boa música actualmente, mas....é raro.

Cête,
oi? não entendi.

ASPÁSIA disse...

"quer nos meus e nos vossos blogorecantos"...

Shine on You All

thorazine disse...

onde está "foi" deverá ser "ter sido"!

andorinha disse...

Cêtê(9.48)
Eu posso ter suspeitas, agora chamar a isso convicções não é o termo adequado.
Todas as minhas convicções se mantêm firmes.:)

Quanto ao que os outros julgam, não sei de nada.Looool

Aspásia (9.54)
Intromete-te à vontade:)
Eu é que estou sempre a "brincar" com o miúdo.

Thorazine(9.57)
Só falei na tua idade para te fazer um elogio.
Não entendeste a Cêtê?
Acho que entendeste...tenho-te na conta de miúdo esperto.:)

thorazine disse...

Aspásia,
Tony Bennett eu também conheço...agora o Sr. Tomaz é que já não.

Mas acho que não é por ser "contemporâneo de" que se ouve mais ou não. A música, talvez até mais do que os livros, é intemporal! :))

Aliás, sou uma grande apreciador de Count Basie, não só o senhor mas sim a orquestra. E não só as novas formações, mas sim também de muita coisa aquando a formação de 30. Acho que poucos aqui ouviam música por essa década...:)))

Só não se ouve cantigas de amigo porque os gravadores ainda eram projecto.. :))))))))))

thorazine disse...

Andorinha,
é uma questão de português. Insinuar pode ser aconselhar...como pode ser insinuar que sou outra pessoa. Ou não? :)

Obrigadinho pelo elogio. Esperteza é diferente de inteligência, como disse a Sra. mãe do prof. E às vezes ´re preciso ter inteligência para decifrar o português. Creio, também, não ter essa ilusão.. :)))))))))))))))

Pamina disse...

Boa noite.

Passou-me pela cabeça o seguinte: comparada com a geração do Thorazine (que só tem 19 aninhos), a "geração cinquentona" teve o privilégio de poder ouvir (logo desde a adolecência, pois "nós" éramos um pouco mais novos), uma enorme quantidade de músicos/grupos excepcionais. Depois perguntei-me se este meu sentir corresponderá efectivamente à realidade. Conheço pouco do que os jovens gostam e não sei até que ponto o que se faz hoje em dia será muito ou pouco relevante. Provavelmente todas as gerações consideram que a "sua época" é que foi a idade de ouro:).

andorinha disse...

Thorazine,
Ai... já me estás a baralhar os neurónios:)
Sim, eu pensei no início que tu não fosses tu, mas sim outra pessoa. Ultimamente tenho falado contigo como se tu fosses mesmo tu.:))))
Eu sei que isto parece conversa de doidos, mas não é. Loooooooooool

Esperteza é diferente de inteligência, sim, mas a que propósito vem isso agora?
Acho-te esperto e inteligente.
Querias que eu dissesse, não era?:)
Estou a brincar contigo, miúdo.

fiury disse...

pamina
embora não pertença ainda à sua geração, penso que há vozes e grupos intemporais,dos quais todos gostamos, por mais que passe o tempo.
fiquei surpreendida com a idade do barrett. o tempo voa!

thorazine disse...

Pamina,
Entre linhas foi o que tentei dizer, que actualmente a música que se faz é (antes da própria música,) IMAGEM! "My car, my baby, my car". Não nutro esse sentimento de que aquilo que se faz actualmente é que é bom. Cantado em Português, com instrumentos acústicos, talvez só Clã, Radio Macau, Margarida Pinto e mais um ou outra banda me cativa. O resto, ou é pimba ou é projectado para vender (como as girlsbands e por ai fora...). Do que é feito lá fora, aquilo que é "fashion" actualmente é o que têm uma boa imagem. Basta ter um bom rabo, uma cara laroca que já se pode ser uma cantor(a) de sucesso. Mas sim, faz-se ainda alguma coisa boa recente (lembro-me assim de repente de Jamie Cullum,) mas pouco comparado com o Jazz e Blues dos anos 30 a 50, e do rock progressivo e psicadélico dos 60's/70's. Mesmo em portugal "vocês" tinham a Amália, que ainda hoje me arrepia quando ela projecta aquele vozeirão (, e como ainda há dias me lembrei, muitos velhinhos, das Amerias à Australia, se devem gabar de já ter ouvido a fadista tuga). Por isso, respondendo por mim, não, não acho que o que se faz agora é que é bom. Aliás, eu foco-me muito mais em música antiga do que a actual.

Só há uma vantagem: música eléctronica. Muita coisa boa, ou mesmo dizendo muito boa se faz com sintetizadores. Desde Massive Attack ou tosca até ao tango de Gotan Project. Muita coisa de qualidade.

thorazine disse...

andorinha,
ouviste a última sessão Dominical d'"O amor é" ? Se calhar é por isso que não percebeste...

Mas sim, podes dizer. É sempre bom alimentar o ego....:))))))))

Mas só me acredito se este ano conseguir entrar na fac no curso que almejo..bahhhh

thorazine disse...

Fizeste-me lembrar um poema que já não sei qual é: "Por vezes não sou o eu nem o outro, sou o intermédio..."

(Será mesmo assim? LOL)

andorinha disse...

Thorazine,
Não ouvi, não.:(
Espero que consigas entrar na fac no curso que almejas, que é...? Pode-se saber?:)

E concordo contigo, grande parte do que se faz hoje em dia em termos musicais, não tem qualidade.

CêTê disse...

Andorinha & Torazine, sem e com burca, vocês hoje animam este café.;]

PS- Não acham o professor muito out?

Pamina disse...

Thorazine (11.06),

Obrigada pelas dicas:). Estou a ouvir "La revancha del tango" e donde este veio há muitos mais para vir (cala-te boca):))). Já conhecia o tango do "Shall we dance", pois quem não viu o Richard Gere e a J Lo naquele suadoro?:)

Até amanhã meninos.

thorazine disse...

Andorinha,
eu dizer até digo mas o Noise (tenho quase a certeza) vai inferir de forma pejorativa! Mas eu digo, é Bioquímica. Gostava de um dia poder fazer investigação. Não têm nada a ver com drogas. Gostava sim, um dia, se possível, fazer investigação na área da neurofarmacologia. Mas isto são tudo sonhos..:))


"La revancha del tango". Muito boa escolha! :)))))))))))

andorinha disse...

Thorazine,
Parecem-me óptimos projectos/sonhos.
Só tens que lutar por eles.:)

Só não percebi bem uma coisa: sentes tanta necessidade assim em te demarcares do Noise??!!
Por que é que te preocupa o que ele possa pensar?

Até amanhã, miúdo:)
Beijinhos.

P.S. Amanhã leio a resposta, podes meditar bem nela. Loooooooooool

noiseformind disse...

Sabia-o louco por comentários feitos por um primo meu que pela sua maturidade (já tinha apalpado a mama de uma rapariga enquanto a beijava, feito megalómano para um rapaz de 8 anos ainda totalmente virgem de contaminação fêmea) me inspirava respeito. O meu primeiro album de Pink Floyd foi uma cassete de The Final Cut, comprada pelo meu pai juntamente com outras numa tentativa (fracassada) de passar de D'Adamo como auge musical. Foi comprada algures em 1986, 87. Sei que gostei muito e corri para junto do meu primo a mostrar soberano conhecimento da coisa. O meu primo consultou outros que sabiam mais do que ele e voltou com uma lista de albums, que começava no The Dark Side of The Moon. E assim fiquei praticamente até The Division Bell, o meu grande momento de esperança. Se ainda lançavam albums daquela qualiade o filão ainda não estava esgotado, eu ainda poderia ver um concerto, quem sabe sacar um autógrafo... mas nada disso aconteceu, como já aqui contei. Foi com o tanto gostar de The Divison Bell que fui escavar mais para trás, comprei as remasterizações de todos os albums ou adquiri versões digitais de bootlegs de raridades. Sou o feliz proprietário da versão de 3h21m original do Ummagumma ; ))))))))))))))))))))))))))))) em ficheiro claro, que segundo as más línguas uma coisa dessas em vinil vale centenas de milhar de euros ; )))))))))))))

Como disse ao início, sabia-o louco. Porém, ao ouvir OPEL só soava a génio, portanto lá fui escavando até reunir a discografia do homem toda (não é vasta, mas tentem arranjar o Madcap Laughs e depois digam-me qualquer coisa...)

Nos velórios servem-se sempre umas bebidas para animar os espíritos. Como aqui no tasco o alcool está proibido por causa de o maralhel fêmeo se começar logo todo a despir em cima das mesas ficam dois doces caseiros:

A cover que os Pink Floyd fizeram de Lucy In The Sky With Diammonds ; ))))))))))))))))) (momento que une em termos de influência as duas bandas)


O registo ao vivo de Syd ou então "Requiem pelo próprio"

Thoraman,
Bioquímica em breve vai ser coisa de engenheiros. Engenharia Genética (especialmente os ramos que estudam os virus como transportadores de bio-material para debelar certas doenças que não são marcáveis em termos de composição celular) já me agrada mais. Mas isto é um paleo-genetecista frustrado a falar, que se contenta em ser um estudioso de Darwin, Dawkins e Gould ; ))))))))))))))

fdl,
Toca a afogar as mágoas em downloads ; )))))))

fiury,
Tens toda a razão, e mesmo quando o estilo passa temos sempre as REMIXES para puxarem o lustro a certos monstros sagrados (olhem para o caso recente de há dois anos do Elvis Presley com aquela remixe de "A little less ocnversation").

Andorinha,
Isso dos neurónios deve ser do jet-lag cultural entre Porto e Guimarães ; ))))))))))

Cêtê,
Tb torces pelo Gilmour? Então és cá das minhas. Até tenho o bonequinho do Waters para espetar de quando em vez ; )))))))))))

thorazine disse...

Tiveste bem. :)))))))))))

Realmente não tenho nada que me preocupar. Mas talvez seja uma "fantasia" (como diria o professor) com uma opressão do noise com a minha crença nalgum benefício das ditas cujas.

Sendo sincero, demarco-me, (ou desmarco-me mesmo,) para não me apontarem o dedo outra vez! (ei, ei..não estou a fazer-me de vítima, só a explicar!!!!) :)!Traquinices do subconsciente. Defesas, talvez.

Mas diz-me lá tua agora, já não é a primeira vez que apanhas as manhas destas: estás sempre atenta aos promenorzinhos? Sempre a analisar o possível significado? Neurolinguística sempre em funcionamento! Deve ser difícil mentir-te! :)))

Beijinhos!

Boa noite!

Maria disse...

Poucos meses decorreram desde aquela noite fantástica naquele Pavilhão Atlantico, como companhia um homem “único”… ao som dos meus 17 anos… revivi, sonhei, dancei, ri, amei!
Beijos Maralhal.
Para si Prof. 3 links, sei k gosta…

http://no-words.com/blog/songs/45-cd.wma

http://mp3.earthreactor.com/cgi-bin/spew/38806/time.mp3

http://reptilist.com/Music/Pink%20Floyd%20-%20Dogs%20of%20War.mp3

thorazine disse...

Noise,
mas como sabes que nos sonhos tudo é possível posso seguir uma especialização (mesmo que esta seja para os insectos) bem mais aprazível e repleta de ideias novas! Na química há sempre coisas novas. Aliás, uma das coisas que me empurra para lá é a verdadeira possibilidade de se criar coisas novas. Enquanto que a maioria das ciência é descobrir/decifrar o que já existe (não descorando a sua importância), a química dá a oportunidade de criar novas combinações, nova matéria...e por arrasto novas reacções, novas sensações. Apesar de parecer anti-natura, é das ciências mais "humanas" que conheço. A inovação! :) ~

Evolução um tema brutal. Aliás, para além de ciência é uma chamada à realidade! Toda a gente fica de boqueaberta quando pela primeira vez vê uma sequência de vários embriões mamíferos. O verdadeiro choque que somos 2iguais" ao que comemos. Uma área muito interessante...mas pelos vistos no 12º temos que optar pelo que queremos e pelo que sei até então (o que não é muito) bioquímica é o curso que mais ciências abrange...

PS - Engraçado teres o primeiro album de Pink Floyd por volta do ano em que eu nasci! :)))))))))))9

APC disse...

Thorazine:
"Eu não sou eu nem sou o outro, sou algo de intermédio; pilar da ponte da tédio, que vai de mim para o outro" - M. de Sá Carneiro
:-)

APC disse...

E muito boa sorte nesse passo!!!

APC disse...

& I wonder... O que será a ementa amanhã, depois de dois lutos?...
(Fui!)

A Menina da Lua disse...

Bom dia a todos!

Claro que podemos e devemos apreciar músicas de gerações anteriores, principalmente quando elas são de qualidade :)

Mas é evidente que a música da nossa juventude fica-nos duma forma muito particular; marca-nos pela "descoberta" de sensações e tambem pelas lembranças daquilo que culturalmente nos afectou e com o qual fomos protagonistas...

Curiosamente as músicas da infância já não têm em nós (pelo menos em mim) a mesma capacidade de identificação cultural pessoal mas ficam-nos como uma "lembrança doce"... e como bom exemplo disso são as canções lindas do Nat King Cole :)

E depois há as que são transversais a todas as gerações; que se gosta sempre e ganham valor acrescido, quando se actualiza a instrumentação...

thorazine disse...

apc,
Sempre em cima do acontecimento. "Brigadinho"! :)))

Noise,
Em relação a musicol raro há sempre ali na Praça Carlos Alberto o Mr.Cool. Impecável. Já arranjei lá, coisa que não encontrei em mais lado nenhum um DVD de George Clinton & Parliament Funkadelic. E também aconteceu, muitas vezes, ir para lá de bloco de notas e caneta apontar nomes de bandas para chegar a casa e por a sacar. É feio, eu sei, mas têm o seu lado positivo.. :)))))))9


Em relação ao Sr.Dawkins nunca li nada dele, apesar de já ter ouvido falar das suas teorias meméticas e do seu famoso livro pela boca (ou escrita) de ourta cientista, Susan Blaclmore. Aliás, Ela até têm um blog e diz umas coisas engraçadas : http://commentisfree.guardian.co.uk/sue_blackmore/

Continuação de um bom dia para vocês! :)))))))

thorazine disse...

Só uma questão: Sérá que o facto de se estar a organizar uma encontro em fátima com o tema "Crescei e multiplicai-vos" é algum tipo de propaganda para o referendo que se aproxima?

lobices disse...

...Portugal dorme!...
...acabou-se a "pica", acabou-se a única coisa que mantinha Portugal acordado: o futabóliiiiii....
...mas que chatice
...e ainda por cima com o calor que está não dá mesmo para estar acordado e aos saltos e aos berros (o que vale é a bejeca...)
...quanto ao facto do Syd ter partido apenas dizer que todos temos de ir um dia com LSD ou sem LSD... a verdade é que iremos
...a única coisa que me chateia quando chegar a hora de eu partir é não poder escrever: Parti!...

peciscas disse...

Estes desaparecimentos, são, também, cortes nas amarras que rebocam o nosso passado.

thorazine disse...

O Syd acho que não morreu "com" LSD, foi mesmo devido a diabetes. O LSD foi quando era jovem..

Quem morreu, literalmente, sob o efeito de LSD (,não consequência de,) foi Aldous Huxley, devido à influência do seu próprio romance, "A ilha de pala" (que por sua vez foi inspiração para o recente filme "a Ilha"!) Na wikipédia diz: "On his deathbed, unable to speak, he made a written request to his wife for "LSD, 100 µg, i.m." She obliged, and he died peacefully the following morning, November 22, 1963. Media coverage of his death was overshadowed by news of the assassination of President John F. Kennedy..."

Lobices,
não te preocupes. Alguém certamente irá escrever por ti, por essa altura irás estar "preocupado" com outras coisas..

Por falar nisso..Alguém daqui já teve oportunidade de ver o documentário da PBS "The Human body"? Excelente toda a série, mas o que quero trazer para aqui é o tema do último episódio: a morte. Cientistas debruçando-se sobre o que acontece ao cérebro depois da morte foram ter a uma base aérea militar. Isto porque, muitos pilotos, devido às forças G têm mortes momentâneas de milésimas de segundos em que, tal como nas experiências de quase-morte, TODOS eles sem excepção (alguns já as tiveram mais de 30 vezes), relataram que esses milésimos foram dos melhores momentos das suas vidas. Os cientistas sugerem que nesses momentos se formam neuroquímicos que até então nunca se tinham formado que proporcionam experiencias de enorme prazer. Ou seja, o próprio cérebro prepara o corpo par a morte. Se puderem, vejam. Penso ser informação bastante útil.

A Menina da Lua disse...

Lobices :)

Está a falar a sério?

Acha mesmo que isso tem importância? :)

Penso tal como você, que todos temos de ir...O que me preocupa não é isso ter de acontecer mas sim o que vai acontecendo enquanto isso não acontece :))

CêTê disse...

É caso para dizer: a vida é que dói! Logo somos todos uns "Ganda Masoquistas" à excepção dos momentos celestiais.

thorazine, o teu gosto pela bioquímica é mais do que justíficável - O segredo da Caixa de Pandora está escrita no alfabeto da Tabela Periódica, "julgo eu de que".
Quanto a esses fenómenos há estudos muito curiosos feitos não com adultos mas crianças - sem contaminações culturais sobre o assunto.
Tão curioso (para mim, claro) é a perda de memória da dor e da própria dor, logo após um trabalho de parto complicado...
Na morte há um abandono, no parto uma vigilia a manter.
bjnhs

andorinha disse...

Boa noite.

Thorazine e Cêtê,
Não sei como conseguem discorrer aparentemente de uma forma tão tranquila sobre a morte e experiências de quase-morte.
Estes temas a mim angustiam-me tanto...

Que todos temos de ir é uma inevitabilidade, não é uma questão de se pensar. Loooooool

CêTê disse...

Andorinha,
sobre a minha própria morte só temo que quando um dia vier (espero que não pelos tempos mais próximos que ainda nem férias gozei, e tenho uns bons disparates para daqui a uns anitos) seja covarde e me permita vê.la à minha volta muito tempo.
(não ligues ;])

thorazine disse...

andorinha,
Falando por mim, depois de confrontado com a morte de perto tive de OBRIGATORIAMENTE de explorar esse tipo de pensamentos. Explicações, teorias, maneiras de encarar vêm por arrasto. É o têm de ser. Tive de começar, e ainda estou no processo, substituir essa angústia por aceitação. Como diria o Sinatra: "that's life and i can't deny it ". É preciso ir afastando esse tabu da morte que abomina o Ocidente. O "não querer pensar" é o adiar do inevitável...e a pensar é que se chega às conclusões. Mas acho que encarar a nossa morte é um processo paralelo de encarar a morte de alguém que a nós é querido. Não é a mesma coisa. E a ciência, em muitos campos me ajudou nessa "aceitação", muito mais que o "transcendente" (que para um agnóstico como eu nada diz, pralém da dúvida!). Separar a razão da emoção, para mim, foi um grande passo. O aceitar a morte como um processo fundamental para podermos experienciar a vida, tal como a conhecemos! A emoção, essa, cada um vive à sua maneira. :))

Cête,
já foram associados certas substâncias da composição cerebral a relatos de estados místicos, tais como Santo Agostinho e São tomás de Aquino (como espirais, luzes intensas assim como aumento da pressão arterial, da temperatura corporal e mais uma séria de fenomenos físicos), e essas tais experiências quase-morte. Sou completamente agnóstico (certos dias a roçar no ateu), por isso para mim substâncias endócrinas que provocam este tipos de experiências assim como a presença delas na hora da morte é uma hipoótese viável. Aliás, só para dar mais uma achega tenho aqui um documentário (que ainda não vi na totalidade) sobre o culto da morte egípcia chamado "Magical Egypt" que foca certos destes assuntos. :))))

andorinha disse...

Cêtê,
Esperando que realmente "ela" demore a chegar, não percebo como consegues dizer que a queres ver à tua volta por muito tempo.
Tu estás bem???:)
Eu se puder nem a ver...

Thorazine,
Eu sinto angústia sempre que se fala no tema, não vivo diariamente angustiada com esse pensamento, nem pensar.
"...a pensar é que se chega às conclusões."
Mas a que conclusões??? A que conclusões é que se pode chegar a respeito da morte?
A única conclusão é que ela é inevitável, para além disso não vejo o que mais se possa concluir.
O transcendente também não me diz nada. Dizes que a ciência te ajudou nessa aceitação. Em que medida?
Podia ser que também me ajudasse a mim. Estou a falar a sério.
Sinto curiosidade por esses fenómenos de quase-morte que às vezes são relatados. Já vi alguns documentários, embora fique sempre muito impressionada.Vejo porque acho fascinante tentar perceber o que acontece nesses momentos.
Gostaria também de ler algo sobre isso, mas ainda não tive coragem.

CêTê disse...

andorinha,
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
eu não pontuei bem a coisa LOOOOOOOOOOOL
(estou passo a expressão a "cagar-me a rir") É claro que o que eu NÃO QUERO É: vê-la à minha volta. Quero que seja rápida- não covarde!

Estou bem sim, ;]]]] ou melhor estou no meu normal.

thorazine disse...

Bem..é muito difícil, pelo menos para mim, verbalizar essas conclusões. Mas tal como para tudo, eu pelo menos, tenho de arranjar uma visão do assunto para continuar com a minha vida para a frente. E se fizermos "a caminha" com uma base de pensamento sólida acho que nos momentos de mais turbulência podemos atenuar o pânico com conclusões previamente definidas. Quais, não consigo dizer, são demasiadamente pessoais.

Mas a ajuda da ciência, é básica. Pode parecer estúpido para muita gente, mas só o facto de olhar com outros olhos para o ciclo da vida ajuda-me a "aceitar" a morte. Para podermos experiênciar a vida tal como a conhecemos, com este mar de sensaçoes (que boas ou más, são sempre positivas), ou mesmo para o simples facto de o ser humano existir tal como é a morte têm de existir. De acordo com Darwin, se os primeiros seres vivos nunca tivessem tido um fim os únicos habitantes da terra seriam simples procariontes. Só isso é um grande motivo para a morte existir pois existir e morrer é sempre melhor que não existir. Depois, se o ser humano fosse imortal nunca daria oportunidade a outros seres humanos ou mesmo outros seres existirem (aliás, está hipótese para mim assusta-me). Imagina a quantidade de seres humanos que já existiram desde a separação do macaco, que VIVERAM, que experiênciaram a vida, as sensações e todas as outras razões porque é bom viver, não achas que é egoísmo querer ficar ou que todos os outros fiquem sabendo que tu já viveste alguma coisa (mesmo que seja pouco para ti) e estás a negar a existência de outros seres humanos? É o ciclo básico. Uns nascem, evoluem e dão lugar aos próximos. É básico, mas acho que se levarmos bem a sério já é um forte motivo. :)))

Para os humanos é mais difícil porque se calhar já pensamos mais do que devíamos em relação a outras espécies, por isso penso que a resposta está na basicidade.

Depois, e não tão ciêntífico mais filosófico, é o saber que todas as pessoas com quem tive a sorte de partilhar a vida estão "dentro" de mim. Elas foram, mas deixaram o seu legado. Lembro-me de ter muito medo de me esquecer da cara, da voz, do toque, do cheiro das pessoas...mas, quando sonho (e eu tenho, por sorte, grande capacidade de me lembrar perfeitamente dos sonhos) consigo sentir perfeitamente, na totalidade, as sensações que tinha quando estava como essas pessoas. Podem não ser originais, mas elas estão gravadas cá dentro e isso reflete-se na pessoa que eu sou no dia-a-dia. Ou seja, parte das pessoas que eu tive o prazer de partilhar deixaram-me um bocado da sua experiência, continuam a intreferir na minha realidade. Só isso preenche parte do vazio deixado pela sua partida. E deixa-me feliz! :)

Falta-me algum vocabulário para exprimir sentimentos e sensações...mas tentei! :)))

thorazine disse...

Cête,
vês Family Guy? Há um episódio em que o Peter convia a morte para a casa dele, mete a mulher dele a entrete-lo e vai "curtir" a vida, fazendo apostas milionárias com os amigos dogénero saltar de um prédio se morrer, meter-se com uns "mitras" e por ai fora..

Diz lá se a ideia não é boa.. :))))))))))))

CêTê disse...

Andorinha,
Há uma edição antiga sobre a Morte - uma Revista de Psicologia- que gostei imenso de ler alguns artigos muito embora, valha a verdade ;P pouco percebi AHAHA- que os psis são muito herméticos na linguagem- mas a coisa gira que me ficou foi a relação que pode ser estabelecida entre o "acto compulsivo" de fotografar e o medo de morrer.... Mas, olha pá: não te ponhas com essas leituras. Relê o nosso mestre e "vê" o QUINO que é delicioso. Fica bem- O Outono tarda e há muita andorinha que já fica por cá. ;]]]]]

CêTê disse...

À Drª Morte (respeitinho é muito linda)não se deve dar confiança, miúdo- Ou entra, ou sai- mai nada. Qual sentar no sofá, qual quê! ;]]]]

(não vejo quase TV: só alguns documentários que apanho...)
Boa Noite a todos

andorinha disse...

Cêtê (12.35)
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

Fico mais descansada:)
E esse tipo de leitura para férias? Nem pensar!:)

Thorazine (12.38)
Claro que é difícil verbalizar tudo isso, mas expressaste-te duma forma muito clara; e tudo o que dizes faz sentido.
Obrigada por partilhares esses teus sentimentos e sensações.:)

Até amanhã, gente:)

thorazine disse...

andorinha,
partilhar sentimentos e sensações é difícil. Posso é partilhar palavras que te remetem a sensações e a sentimentos que tu ao longo da vida, com as tuas experiências, foste definidas com se havia sentir. Mas isso já é entrar pela filosofia adentro! :)))))

Mas para chegar ao ponto...em que no ocidente a palavra morte remete-nos para lugares distantes do que remete o oriente. Acho que a filosofia "deles" tem uma base filosófica que permite ultrapassar e aceitar o fenómeno da morte. Por aqui separamos muitos os humanos dos outros animais, aqueles que matamos diariamente para nos alimentarmos. A nossa cultura tende para nos afastar do macaco. Aliás, tenho a certezinha absoluta que muita gente gente por estes lado põe o ser humano numa área completamente afastada do resto dos animais e das plantas. Lá por "pensarmos" somos fisiologicamente idênticos.

Mas pronto. Ainda bem que achas que faz sentido.. :)