É mais repousante, pelo menos. É para que veja: não é só ser psi que é complicado, ser arquitecto também o é. Mas isso já o Júlio sabia, não é, pai babado?:)))
Embora não tenha relação directa com este tópico escrito pelo Júlio, peço a sua bondosa permissão para lançar aqui três pontos de reflexão sobre a sexualidade.
Em jeito de introdução, perguntamos: ATÉ QUE PONTO A SEXUALIDADE NÃO É UM PROCESSO PURAMENTE MENTAL?
Analisemos as seguintes questões:
1º-Sendo o pensamento detectado por aparelhos de medição eléctrica (p.ex. no electroencefalograma), e inclusivamente já um grupo de cientistas inventou um computador cujo cursor funciona apenas com o pensamento do utilizador, que é decifrado através das ondas eléctricas que a sua mente emana ao desejar simplesmente que o cursor se movimente numa determinada direcção no monitor, com o propósito de ser usado por deficientes motores, isto não é uma prova inquestionável de que sendo o pensamento apenas ondas de tipo eléctricas, que ele sobreviverá depois da morte pois não depende da matéria, e como tal o pensamento é tudo, controlando tudo consoante a sua força e fé, inclusivamente capaz de perturbar ou restabelecer uma sexualidade satisfatória?
2º-A Parapsicologia demonstrou já que o poder da mente é um facto, utilizando métodos científicos e empíricos em testes realizados em universidades. Isto não significa que a ciência do futuro passa essencialmente pelo estudo das potencialidades de cura do próprio indivíduo, que é afinal, o maior responsável, por acção ou omissão, das suas próprias doenças?
3º-Não devemos confundir religião no seu sentido adulterado de instituição opressora com o seu verdadeiro sentido original de re-ligare, ou seja, ligar a Deus. A religião institucional teve de facto um papel muito negativo ao longo da História, como teve a ciência materialista desde que surgiu. Mas como diz e bem o médico escritor Vernon Coleman, nomeadamente no seu livro "Como impedir o seu médico de o matar", é de facto a continuação do materialismo científico que impede que a ciência avance, inclusivamente a médica. Segundo este autor, os tais "milagres" no aumento da esperança de vida deveram-se sobretudo ao aumento dos cuidados de higiene e à descoberta de cerca de 200 substâncias químicas (com grande relevo para a penicilina) que vieram a combater as maiores causas de mortalidade de antigamente (todos os outros medicamentos para além desses cerca de 200 são totalmente inúteis do ponto de vista químico). Mas segundo o mesmo autor, que é médico convencional, a esperança de vida hoje deveria ser muito maior se a medicina tivesse dado relevância ao poder da mente de se curar do próprio paciente: nove em cada dez doenças o corpo cura-se sozinho; grande parte dos óbitos verificados nos hospitais são devidos aos próprios hospitais, nomeadamente pela contaminação bacteriológica; grande parte dos doentes morre também devido ao tratamento, nomeadamente por negligência médica. Segundo o mesmo autor (sublinhe-se que é um médico convencional) todos os hospitais deveriam ter afixado à porta um aviso de insalubridade, e todos os médicos deveriam usar um aviso de perigo colado à testa. Ora, isto não prova exactamente que a esperança de vida hoje deveria ser de 150 anos ou mais se os progressos da ciência tivessem continuado, mas com uma perspectiva mais espiritualizada?
Obrigado, por nos ter franqueado a sua casa. Foi a Primeira Obra do seu filho? Se sim, é magnífico! São poucos os artistas que ficam com as suas primeiras obras. Um abraço de parabéns para o seu filho.
Regressado de uns dias sem tempo para a Tertúlia Murcónica, estive a “pôr a escrita em dia” e senti-me lisonjeado com duas citações em comentários teus! Tarde, mas sempre a tempo, aí vão as minhas notas ao que escreveste. Não sem antes te dizer o seguinte:
1 - Comentas tarde “p’ra carago”. Mais de acordo com o horário da Barcelona do Chávez. Isso, às vezes, dificulta a resposta no próprio post. 2 - Escreves muito, muito ... 3 – Leio, leio e ... confesso, nem sempre percebo. Culpa minha.
Nota: Fazendo como tu :))))))
Mas, eliminados que foram os pontos 1) e 2), vou ver se consigo “engatar” uma resposta, ao que escreveste em "Ilibado??????? De mala na mão????? Foi o lobby gay!:)" às 2:40 am (“se a tanto me ajudar o engenho e arte”). Esta não foi difícil. Foi só pedir emprestado ao Luís (Vaz de Camões).:))))
Peço desculpa ao Prof Júlio e aos restantes murcónicos por estar a responder neste post.
Chamas “chico-espertismo” ao facto de aproveitar aquele vídeo para dar sequência ao teu repto de uma conversa sobre arte? Deixa-me ajudar-te a ver como esse vídeo é muito mais interessante, para início de conversa, do que aquele que referes do Nico di Mattia. Primeiro, o deste tem mais de 1 milhão de visitas. Claro, com a Scarlett Johansson como estrela, o search do YouTube ajuda muito. Por outro lado, quantos interessados na técnica da criação por computador e que se estão maribando para o lado artístico, serão visitantes? E, falando em lado artístico, para mim a obra não consegue transmitir a sensualidade de Scarlett. Nomeadamente, os seus lábios. Que diferença, quando comparados com a “realidade” interpretada como criada de Vermeer. E, quanto aos comentários, a riqueza dos do vídeo da ARCO (apesar de menor quantidade) é bem superior. Compara uns e outros. Qualitativamente. Vê quantos serão princípios de conversa interessantes.
Também chamas “chico-espertismo” se te disser que não sabia o que era o movimento Nabis? Mas que fui, apressadamente, ler umas “coisitas” a um livro de arte, cheio de pó e páginas coladas, adormecido na minha estante (este nem participou no Baile da Biblioteca) e que, o que vi e li, não despertou a minha sensibilidade? Que os enquadrei como expressão artística que copia fracamente - pretendendo ser diferente - os impressionista e pós-impressionistas?
E, já agora, não generalizes tanto, como o fazes quanto ao que, cada um dos vídeos referidos antes, provoca emocionalmente nas pessoas. Podes estar - não digo que estejas – enganado.
E, por concordar com o que referes quanto ao primitivismo da educação implicar o imediatismo da percepção é que acho que essa perspectiva é muito mais de considerar no vídeo do Nico di Mattia do que no da Arco. Aquela posição da Scarlett deve provocar variadíssimas idealizações sobre como irá acabar!
Quanto aos museus, estou de acordo que muitos dos que lá vão, se falassem, fariam figuras idênticas às do vídeo da Arco. E essa denúncia é um aspecto muito imporrtante daquele vídeo. É um retrato vivo.
E, já agora, sobre Thomas Hirschhorn. Podias ter arranjado exemplo mais fácil. De uma maneira geral, não gosto do que o “tipo” faz. E admito que isso seja comum a muita gente. Portugueses e estrangeiros. Só que não o admitem publicamente. É “cool” “gostar-se”.
Entretanto se tivesses metido uma chalaça não ficava mal. Até porque tens arte quando o fazes! Quanto a continuidade na boçalidade ... explica isso melhor. Não percebi.
Quanto ao teu comentário em "Pois ..." pelas 11:04 PM não sei o que pensar dele! De facto, não são os vídeos do YouTube a forma mais corrente de aqui expressar o meu pensamento. Creio que andas distraído!
Crítico, A ondas electromagnéticas vêm de algum lado e neste caso vêm do cérebro. Dependem fortemente da matéria.
Mesmo assim a que os engenheiros conseguiram não foi bem descodificar mas sim gravar a sequência de impulsos cerebrias para certos movimentos e depois reproduzi-los na prótese.
Mas mesmo que não dependesse da matéria como explicaria os casos em que as pessoas morrem com doenças degenerativas? Existiria uma mecanismo de recuperação de dados ou a informação iria ficar corrompida para sempre? :(
Humm..o poder da mente é um facto. Mas curiosamente só têm "poder" no corpo em que esta está "inserida". Não será que a mente é o cérebro e este coordena o corpo? Não sei.. :| Se através de pensamentos podemos facilmente iniciar a secreção de hormonas porque é que com "pensamentos positivos" não podemos segregar antibióticos? :D :D
Em relação ao terceiro ponto penso que a resposta é porque ainda estamos sujeimos às leis de Darwin, neste caso específico ao gene do envelhecimento. Foi Haldane (o amigo do Oparin :) que estudou o assunto e disse que o envelhecimento seguido da morte é programada genéticamente pois em termos evolutivos só a juventude tem utilidade reprodutora! :))
Cada vez mais acho que a simplicidade é o que dá mais trabalho. O ser humano tem tendência para complicar.
Fotos muito bem acompanhadas pela simplicidade de "Something in the way". Esta música não será uma composição brilhante, mas é seguramente um marco geracional. :)
O filme está feito com uma subtileza e um toque de sensibilidade que realça aquilo que tem para realçar; a casa tem um excelente enquadramento na natureza, é "despojada" para a beleza, e como mostra nos vários exemplos, tem fortes possibilidades de acolher o calor humano das pessoas que por lá entrem ou por lá permaneçam:).
Para alem disso a casa é muito promissora de Futuro; as crianças são lindas...:)
Eu quero uma casa assim. Anselmo Braancamp também fazia lembrar um vale, o teu lado da rua em declive, nas costas a alta D. João IV e mais abaixo a Sociedade Nacional de Sabões (sabão-rio - Povo que lavas no rio (com sabão, claro). Os catraios vestidos com roupa da Fátima Lopes, devem ser teus netos. Sejam ou não, muitos beijinhos para eles, para ti e para a malta toda que tu amas. Henrique Samagaio
Profe, perdoe a minha ignorância. A leitura dos comentários permitiu esclarecer as minhas dúvidas. Quanto à casa, acho-a linda quer pela simplicidade geométrica, quer pelo cuidado em não "adulterar" a magnífica paisagem.
Parabéns, principalmente por, desta vez, fazer parte da assistência. Imagino que durante o congresso esteve tão nervoso como quando está no palco...penso eu, claro!
Professor, Muita saúde para que possa usufruir de um cantinho tão lindo! Gostei especialmente de recordar o verde e as sombras minhotas. Fez-me lembrar a minha infância e o meu avô materno, homem muito simples e de uma bondade do tamanho do mundo. Lembrei-me do sorriso dele e que a minha mãe herdou, de como me levava a pastar as ovelhas, de como se ria do meu espanto e algum medo com as coisas do campo e de como ralhava comigo (sempre a rir) por eu querer andar descalça. Mal se distraía já eu estava de pés dentro da levada e, dependendo do tempo que ele demorava a chegar “à minha beira”, às vezes mais qualquer coisa… Obrigada por me ter feito lembrar disto. Desejo que os seus netos se recordem sempre dos momentos aí vividos da mesma maneira que eu recordo os meus momentos, com muito carinho! Muito obrigada!
...não discutindo os dotes do Guilherme (não percebo nada de nada de arquitectura), adorei o vale onde a casa está integrada... ...a casa, dá-me ideia, faz parte do meio que a envolve e é como se não estivesse ali... tudo é natureza... foi disso que eu gostei ...parabéns
Já ontem fiz o comentário a "seco" porque não vi nada. Hoje acontece a mesma coisa. Aparece-me a velha mensagem "A sua pesquisa não encontrou nenhum documento correspondente"
Consigo entrar no site do Youtube, claro, mas depois não sei como procurar este filme:))))) Loooool
Ainda por cima não tenho cá o meu técnico privativo:)
Por isso, se houver uma alma caridosa que me possa ajudar, dou uma boa recompensa:)))))))))))))
andorinha, não faço a minima ideia! Estás a copy/pastar correctamente o link? Tenta fazer uma pesquisa no youtube por "Valley house portugal"! Se não der a única opção é com a devida autorização sacar o vídeo do utube e enviar-te! :|
Em relação à casa, apesar de também não perceber puto de arquitectura, acho que as cores interiores não beneficiam mt a enorme de luz que deve entrar. Mas as fotos também não estão com grande definição..não dá para tirar grandes conclusões! O acabamento exterior é betão por pintar?
Mas que o design exterior encaixa perfeitamente na paisagem é verdade! É brutal! ;))
Andorinha: ...passa o cursor sobre o endereço do youtube que está no post do Prof que ficará azul ...clicas em Ctrl+C e levas o cursor ao browser fazendo clique no botão esquerdo do rato ...a seguir clicas em Ctrl+V e fazes enter :)))
Thora, Tou a copy/pastar direitinho, sim:) Já fiz essa pesquisa e não consegui. Se puderes então sacar o video e enviar-me, a recompensa será ainda maior:)))))))))))
Lobices, É isso que eu faço, Quim:) Mas há dias em que isso funciona e outros,como hoje, não percebo porquê, em que me aparece sempre esta mensagem: A sua pesquisa (o link) não encontrou nenhum documento correspondente.
Honestamente, acho que quando se pretende fazer crer que é preferível estarmos na plateia do que no palco, não estamos a ser lá muito sinceros... A não ser que - como é este o caso - seja para vermos no palco alguém de quem gostamos ainda mais do que de nós próprios.
Se eu fosse psicólogo, talvez soubesse responder se neste tipo de situação vemos (narcisísticamente) no palco uma extensão / encarnação de nós próprios ou se conseguimos olhar para o palco de uma forma desprendida desse tipo de sentimento / sensação. Ou se uma mistura das duas...
Anyway... quem me dera um dia poder passar por uma experiência pessoal que me facultasse dados que me ajudassem a responder - in loco - a esta minha interrogação.
Já agora, também da autoria do Guilherme e publicado no YouTube, vale a pena ver um trabalho magnífico: uma sepultura!
Curiosamente, imaginei, através desse trabalho, o que poderão ser as sepulturas do futuro, utilizando a tecnologia "Surface" e permitindo "dialogar" com o passado do sepultado.
“1 - Comentas tarde “p’ra carago”. Mais de acordo com o horário da Barcelona do Chávez. Isso, às vezes, dificulta a resposta no próprio post.”
Então n leste a mensagem até ao fim? Se tivesses lido poderias constatar o suplício por que passava no momento ; )))) “Mas pronto... o voo ainda vai demorar umas horas... era isto ou uns clips porno e o raio da airline meteu-me aqui ao lado um puto de 7 anos de vigia... ainda se fosse a mãe... ou a irmã mais velha... parece tar já dentro da idade legal da maior parte dos Estados que vamos atravessar... : )))))))))))))))”
”2 - Escreves muito, muito ...”
Juntas um gajo opinativo, um cérebro com uns bons gigas, insónia por anos suficentes para ele encher o dito de ligações entre assuntos e é o que dá ; )))
”3 – Leio, leio e ... confesso, nem sempre percebo. Culpa minha.”
Como é que o nosso brother in arms iniciava o blog dele? “Nem sempre sou da minha opinião”? Eu sou da opinião dele ou seja, nem sempre da minha. O voo foi terrível e ainda por cima o puto era dos Lakers e só debitava o quanto o Kobe Bryant podia ter feito esta época se o tivessem deixado. Enfim… crianças!
”Peço desculpa ao Prof Júlio e aos restantes murcónicos por estar a responder neste post.”
Não peças. Se a Aspásia não pede… caraças, ninguém tem de pedir! ; ))))))))))
”Chamas “chico-espertismo” ao facto de aproveitar aquele vídeo para dar sequência ao teu repto de uma conversa sobre arte?”
É para mim o exemplo de um péssimo lançar de discussão, mas quem sou eu para teres em conta a minha opinião? Só uso o Youtube para ver o Top Gear e pouco mais! Um analtubefabeto, é o que é.
“Deixa-me ajudar-te a ver como esse vídeo é muito mais interessante, para início de conversa, do que aquele que referes do Nico di Mattia. Primeiro, o deste tem mais de 1 milhão de visitas. Claro, com a Scarlett Johansson como estrela, o search do YouTube ajuda muito. Por outro lado, quantos interessados na técnica da criação por computador e que se estão maribando para o lado artístico, serão visitantes?” Lá está. A tua relação com a leitura continua difícil. Para começar os 5 mais visitados trabalhos de di Mattia nem sequer têm nada a ver com mamas. Então pq é que tens de atribuir o médio-sucesso da Pintura da MidMiss ao par de mamas em causa? E os comentários não são em grande parte sobre a chavala mas sobre a técnica de pintura. Di Mattia era na altura em que te mostrei o exemplo da MidMiss o 88 postador do Youtube mais visitado. Portanto, estava a dar-te um exemplo de como alguém consegue trazer as pessoas para a pintura, para mais para o muito popular estilo do speed-painting (vai lá ao Google, eu espero)… … … … muito usado nas ruas por essa Europa fora. Aliás, em Portugal esta arte o máximo que temos dela é a pintura a partir de fotos nas lojas da Moldura Minuto e de quando em vez uma sessão de caricaturas numa praça ou shopping local. Portanto, nada de geeks potencialmente masturbadores em relação ao trabalho do argentino ; )))) eu próprio só me masturbei duas vezes a ver a construção daquela gravura… um valor perfeitamente aceitável, refira-se.
“E, falando em lado artístico, para mim a obra não consegue transmitir a sensualidade de Scarlett. Nomeadamente, os seus lábios. Que diferença, quando comparados com a “realidade” interpretada como criada de Vermeer.”
Mas há ali honestidade realista: nem sequer negou os dentinhos de coelho da miúda… e comparar uma pintura de speed-painting com um filme não é muito justo, digo eu.
“E, quanto aos comentários, a riqueza dos do vídeo da ARCO (apesar de menor quantidade) é bem superior. Compara uns e outros. Qualitativamente. Vê quantos serão princípios de conversa interessantes.”
Oh, mas concordo totalmente que há muito mais a dizer do vídeo da Arco. Mais de 80% dos comentários ao trabalho de di Mattia são simplesmente “fabulous” e “amazing”. A arte tem este efeito nas pessoas, a malta pasma-se. Obviamente com o vídeo da Arco é preciso dizer como tantos disseram que a Arco é apenas uma enorme máquina de lavar dinheiro ; ))))))))) mas lá está. Uma opinião despojada em relação a uma obra de arte mostra um enriquecimento que não se obtém de algo que nos vem tranquilizar o espírito do tipo “se aqueles cromos caíram qualquer caia, até eu”. Enquanto que uma obra de arte enriquece e espanta uma reportagem de denúncia serve apenas para ser tragada e passada para o choque seguinte.
”Também chamas “chico-espertismo” se te disser que não sabia o que era o movimento Nabis? Mas que fui, apressadamente, ler umas “coisitas” a um livro de arte, cheio de pó e páginas coladas, adormecido na minha estante (este nem participou no Baile da Biblioteca) e que, o que vi e li, não despertou a minha sensibilidade? Que os enquadrei como expressão artística que copia fracamente - pretendendo ser diferente - os impressionista e pós-impressionistas?”
Mas lá está, essa é a grande vantagem da ignorância. Vai-se a qualquer lado buscar uma referência e pronto, opinião formada. Um livro de arte é aberto, vemos um quadro e voilá, bota sarradura sobre isso. Que é feito do tão respeitado “desconheço!” de Zola? Porque desconhecer é a base para se saber alguma coisa. Mas para isso a ignorância tem de ser verdadeira, e uma verdadeira ignorância tem de ser feita de falta de meios para se preencher o vazio dela e não apenas do desconhecimento.
”E, por concordar com o que referes quanto ao primitivismo da educação implicar o imediatismo da percepção é que acho que essa perspectiva é muito mais de considerar no vídeo do Nico di Mattia do que no da Arco. Aquela posição da Scarlett deve provocar variadíssimas idealizações sobre como irá acabar!”
Depende de quem vê. Se achas que a maioria pensa assim isso diz mais de ti que da intençaõ do Di Mattia : ))))))))))
”Quanto aos museus, estou de acordo que muitos dos que lá vão, se falassem, fariam figuras idênticas às do vídeo da Arco. E essa denúncia é um aspecto muito imporrtante daquele vídeo. É um retrato vivo.”
Não. Aquilo é um retrato fácil. Faz-me pensar naquela exposição de arte comtemporânea brasileira aqui à uns anos em que por acidente um andaime (obra de arte) ficava suspenso sobre uma mangueira de incêndio (que sempre esteve lá) e toda a gente achava a obra “como um todo”. E nem foi preciso uma senhora jornalista dar-se a tanto trabalho. Ou os horrores que se ouvem nas visitas guiadas, por exemplo.
”E, já agora, sobre Thomas Hirschhorn. Podias ter arranjado exemplo mais fácil. De uma maneira geral, não gosto do que o “tipo” faz. E admito que isso seja comum a muita gente. Portugueses e estrangeiros. Só que não o admitem publicamente. É “cool” “gostar-se”.”
Mas lá está. Tu n gostas n interessa. É o problema básico desta deificação da ignorância nos dias de hoje. Da minha parte posso dizer que passei muitas boas horas na companhia dos pequenos “in vase” de Mondrian, que adoro, mas também dediquei muito bom tempo aos excessivos preciosimos de Tiepolo e ao tratamento que epitomino de banal de Kandinsky. E como descartar totalmente Kandinsky que viveu e exprimiu-se por entre tantos movimentos? Como descartar totalmente um artista que atravessou tantos estilos? Parece-me abusivo fazer isso, mesmo que o livro seja sobre KAndinsky : )))))))) E até mesmo pelo processo de criação histórico de um artista deveria ser impossível apreciar gostos. Disseste que os Nabis n te interessaram, mas por exemplo o trabalho de Bonnard teve inúmeras transfigurações ao longo dos anos. Como pode não interessar algo que se desconhece e que se espalha por tantos anos? A mim desinteressam-me estas brincadeiras na Arco pq à anos que essa questão se coloca. A “ditadura” dos críticos não diverge muito da “ditadura” das cortes, quanto um pintor oficial recebia automaticamente imensas apreciações. Ou da ditadura do Salon, contra o qual Manet criou a tal Olympia que referi. Projecção e reconhecimento andam de mãos dadas e pintores negligenciados em determinadas épocas são elevados aos píncaros em outras. E artes consideradas menores num tempo deixam-no de o ser noutro. Exemplo disso é o design, hoje em dia algo que, imbuído numa peça, tem muitas vezes mais valor que uma mensagem que o artista deseja veicular. Mas isso são para mim discussões complexas que originam textos longos. Lamentavelmente, a realidade é complexa e sujeita a necessidade de palavras para expressar essa complexidade. Isto para quem está em contacto com ela, obviamente. Eu recorreria a exemplos muito mais exóticos do que ao dos putos. Recorreria ao exemplo do elefante pintor, ao do macaco pintor, ao da pintura por robôs, ao da geração de quadros com zeros e uns nos anos setenta nas primeiras impressoras de agulhas. Mas não a uma reportagem feita para dar conforto aos ignorantes que a vêem. Seria para mim muito mais interessante o fait-divers das pizzas com imagens de Cristo ou do diabo. Pq ao menos essas não pretendem chamar para o simplismo. Sempre apelam a alguma imaginação para vermos as tais figuras. É aí que radica a minha baixa consideração pela reportagem em causa. Mas atenção, JFR, estás na sociedade em franquíssima maioria no interesse dado áquela reportagem. Em larga e franquíssima maioria. Eu limito-me a fazer parte desses bichos-da-madeira que conhece esses fracotes e desinteressantes Nabis.
”Quanto ao teu comentário em "Pois ..." pelas 11:04 PM não sei o que pensar dele! De facto, não são os vídeos do YouTube a forma mais corrente de aqui expressar o meu pensamento. Creio que andas distraído!”
Eu ando sempre distraído, hombre. A culpa obviamente é de Deus, que com apenas esse fim, distrair-me, criou as mulheres ; )))))))))
Em relação à casa, n era para mim. Sou um fã de casas com alguma verticalidade, escadarias longas, espaços em L e outros fetiches. Mas uma encomenda de uma casa deve acima de tudo respeitar o móbil do futuro proprietário e nessa metáfora sinto-a um encaixe quase perfeito. Só me faz impressão a localização da piscina, imaginando, do pouco que conheço da casa, o medo das ex-promessas do ténis nacional de ver a sua prole cair daquele terraço. Mas se funciona assim, é dos sítios que mais me agrada em todo o edifício: aquele espelho de água da Cabreira ; )))))))
Em relação a Sábado mantém-se (e manter-se-á): 21h20, Rodízio das Pizzas, Sábado 9 de Junho.
Não me sinto no direito de chatear quem por aqui passa, com uma (agradável para mim) conversa a dois. Mas deixo-te algumas notas:
1- Confundiste mamas com o realce que eu dou ao efeito duplo Scarlett/Mattia e que serve de arrastamento para os outros vídeos do autor;
2- Afinal sabes "à brava" sobre o YouTube. Não tenhas vergonha de o confessar!:))))
3- Ó pá, não fiques com a ideia de que não aprecio o trabalho do homem. Mas, confesso, o meu apreço é mais tecnológico. Só me desiludiu o Nico di Mattia não ter sido capaz de captar a sensualidade da boca da Scarlett. Tive pena!
4- Mas o que é uma obra de arte? Aquilo que tu consideras como tal? O que acho que deve ser assim referido? O que os outros entendem considerar merecedor desse título? Francamente!!!
5- A ignorância é um estado "não permanente" e como tal, existe em todos os indivíduos durante o período em que se desconhece um certo saber. Eu assumo sempre as minhas ignorâncias e, se o assunto merece que lhe dê a "minha importância", procuro colmatar o desconhecimento e formar uma opinião. Chama-se a isso processo de aprendizagem.
6- Deixa-me corrigir-te. Dizes "tu não gostas nao interessa". Errado. Deturpador. Deverás dizer "tu não gostas não te interessa". Aquele pronome faz toda a diferença.
7- E se leres o que tu próprio escreves não te sentes um crítico um pouco ditador?
Bom já chega. Pena não poder estar presente no sábado. Seria uma maneira interessante de continuarmos a conversa e sujeitarmo-nos a que a maralha desandasse aborrecida e nos deixasse a conta para pagar.
Pas de problem, jfr. Eu tb devia saber quando parar de dar pérolas a porcos ; ))))))))) para depois receber o resumo esforçado mas quase nulo de uma mente imprópria para consumir mensagens complexas. Mas este lado tertuliano, como dizem os títulos dos blockbusters do Bruce Willis, dies hard...
Não percebo nada de arquitectura... mas gosto da simplicidade, minimalismo e conforto... tudo no mesmo espaço... a Casa do Vale é um exemplo de simplicidade bem conseguida! E para mim, conseguir excluir o supérfluo e obter de modo excepcional tão harmoniosos resultados... é, de facto, merecedor de rasgados elogios!
fdl, É claro que a questão narcísica existe:). Mas a Andorinha tem razão: jamais me passaria pela cabeça escolher outro trajecto, mas nunca subi a um palco sem que uma parte de mim rosnasse impropérios e exigisse o retorno à clandestinidade da plateia:).
Não digo perante todas as audiências, mas perante algumas, estou certo que também eu "rosnaria" umas brutas caralhadas. O que me daria um gozo fora do normal...
Essa é a parte das suas subidas ao palco que me desperta mais inveja... ;-)
Boa tarde e bom fim de semana prolongado- se for o caso- a todos os participantes e leitores do blog do Professor JMV. Tenho estado um pouco ausente por razões de saúde, mas creio que o prof. não levará a mal o facto de vir aqui deixar aqui um apelo a uma visita ao meu blogue (último post)- não é por mim, mas pela divulgação de um projecto admirável de uma jovem portuguesa, que por acaso é irmã de alguém que conheço. O mundo é pequeno, sobretudo quando metemos pernas ao caminho e temos vontade de SER PESSOA ACTIVA AQUI E AGORA, em prol do bem estar comum. Um abraço Cristina
Gostei num sentido do youtube. Não gostei noutro (fez-me lembrar o estado do meu país [e crianças noutros países]. Era tão bom se tudo fosse tão simples como a natureza.
Noise, Sábado lá estarei, miúdo, palavra de Andorinha:)
JFR, Tenho pena, sinceramente que não possas aparecer no sábado. Dava para continuar essa conversa e ter muitas outras e dava também para veres que o Noiseformind e o Pedro Maia nem sempre são uma e a mesma pessoa. E não o estou a acusar de ser esquizofrénico:)))))))))))) É assim um bocado o género do FDL, cada um no seu estilo, claro. Fiz-me entender?:)
FDL (5.32) Faço-te um enorme elogio e respondes-me assim?:))))
Qualquer pessoa medianamente inteligente percebeu que essa era a frase que tu querias escrever, hombre!:)
Thora, Sempre a pegares comigo, miúdo.:))) Que queres que te responda? A verdade ou aquilo que tu queres ouvir/ler? É que são duas coisas diferentes:))))) Loooooool Loooooool
PS: E não devias estar a estudar em vez de leres os disparates que eu escrevo?:)
Gostaria antes de mais de felicitar o Arquitecto Guilherme pelo magnífico resultado do seu “trabalho de imaginar aquela simplicidade.” É notável a complementaridade da natureza com a obra humana, expressa por exemplo, na perspectiva da piscina com o vale. Os interiores também são de uma simplicidade admirável, em que destaco a casa de banho, que parece ser a continuação do espaço (verde) exterior. No outro vídeo (Jazigo) que tive oportunidade de ver, a vocação também se manifesta. Parece-me uma boa sugestão para tornar os N/ cemitérios mais bonitos e harmoniosos. Felicito também o Pai, não só pelo (s) Filho (s), mas também por partilhar e divulgar a obra com o orgulho que lhe é legitimamente devido! Fiquei foi com uma dúvida quanto à localização da Casa do Vale. Parecem existir algumas coincidências com a casa onde foi escrito o “Tempo dos espelhos”… será a casa de Cantelães? Há já uns tempos que, não tenho encontrado tempo para visitar o espaço murcónico. Aproveitando a ponte, fui ver o “Ocean thirteen” à sessão da meia-noite (e 20), e como a insónia persistia, vim espreitar. Induzido também, por um artigo que (não me consigo lembrar onde) li sobre o Consultório do Prof. JMV em Sá da Bandeira, onde o tema teria a ver com a respectiva decoração, mas onde eu registei a sua ligação ao seu Pai que, se manifesta através da presença de alguns objectos e do próprio espaço. Outra leitura, esta hoje na praia, que me remeteu para o Prof. JMV, foi na Visão Sete (pág. 16) desta semana, de uma sugestão de um percurso pelo Monte Tadeu por Germano Silva. Lugares comuns…
Migmaia, Exacto, a Casa do Vale é a casa de Cantelães. E não estejas tanto tempo desaparecido, senão és excluído dos murcónicos, isto de acordo com o novo regulamento aprovado em Assemblaia Geral:)))
E pronto, parto em meditação (vulgo PARK HOTEL) preparatória para mais uma jantarada murcónica. A quem desaguar no Rodízio da Pizza pelas 21h15 a mesa é a 7.
O Rodízio da Pizza fica em frente ao edifício do Jornal de Notícias, ali sobranceiro à Estação da Traindade, no Porto. Não sei quantos mais jantares se realizarão no país para comemorar esta solene ocasião mas a todos desejo boa disposição e alegria.
vi um ponto-de-encontro-de-gerações, que surpreende pela originalidade, muito bem captada, projectada, construída, vivida e sentida ! gostei da música! e na Casa, apreciei, sobretudo, o contraste entre a extrema dureza do opaco, e a infinita fragilidade das transparências, atravessadas pela luz que entra - ou que sai - rumo à escuridão ou à profundidade dos espaços; espaços que assim se fundem, naqueles jogos de luz e cor, de sons e de imagens, habitados ainda :) pelas emoções que lhe dão vida !
É um conjunto muito original ! sem deixar de ser simples e funcional, num lugar privilegiado, em que a Vida Humana se integra na Natureza, de uma forma especialmente bela e harmoniosa !
II. No outro filme,
a sepultura, parece um pedacinho de Céu verdadeiro :) ( assim, até apetece morrer :))
mas é uma pena que não tenha ficado num Cemitério todo relvado e com muito mais espaço entre as sepulturas...
56 comentários:
Boa noite.
:)
É mais repousante, pelo menos.
É para que veja: não é só ser psi que é complicado, ser arquitecto também o é.
Mas isso já o Júlio sabia, não é, pai babado?:)))
Hasta mañana
Embora não tenha relação directa com este tópico escrito pelo Júlio, peço a sua bondosa permissão para lançar aqui três pontos de reflexão sobre a sexualidade.
Em jeito de introdução, perguntamos:
ATÉ QUE PONTO A SEXUALIDADE NÃO É UM PROCESSO PURAMENTE MENTAL?
Analisemos as seguintes questões:
1º-Sendo o pensamento detectado por aparelhos de medição eléctrica (p.ex. no electroencefalograma), e inclusivamente já um grupo de cientistas inventou um computador cujo cursor funciona apenas com o pensamento do utilizador, que é decifrado através das ondas eléctricas que a sua mente emana ao desejar simplesmente que o cursor se movimente numa determinada direcção no monitor, com o propósito de ser usado por deficientes motores, isto não é uma prova inquestionável de que sendo o pensamento apenas ondas de tipo eléctricas, que ele sobreviverá depois da morte pois não depende da matéria, e como tal o pensamento é tudo, controlando tudo consoante a sua força e fé, inclusivamente capaz de perturbar ou restabelecer uma sexualidade satisfatória?
2º-A Parapsicologia demonstrou já que o poder da mente é um facto, utilizando métodos científicos e empíricos em testes realizados em universidades. Isto não significa que a ciência do futuro passa essencialmente pelo estudo das potencialidades de cura do próprio indivíduo, que é afinal, o maior responsável, por acção ou omissão, das suas próprias doenças?
3º-Não devemos confundir religião no seu sentido adulterado de instituição opressora com o seu verdadeiro sentido original de re-ligare, ou seja, ligar a Deus. A religião institucional teve de facto um papel muito negativo ao longo da História, como teve a ciência materialista desde que surgiu. Mas como diz e bem o médico escritor Vernon Coleman, nomeadamente no seu livro "Como impedir o seu médico de o matar", é de facto a continuação do materialismo científico que impede que a ciência avance, inclusivamente a médica. Segundo este autor, os tais "milagres" no aumento da esperança de vida deveram-se sobretudo ao aumento dos cuidados de higiene e à descoberta de cerca de 200 substâncias químicas (com grande relevo para a penicilina) que vieram a combater as maiores causas de mortalidade de antigamente (todos os outros medicamentos para além desses cerca de 200 são totalmente inúteis do ponto de vista químico). Mas segundo o mesmo autor, que é médico convencional, a esperança de vida hoje deveria ser muito maior se a medicina tivesse dado relevância ao poder da mente de se curar do próprio paciente: nove em cada dez doenças o corpo cura-se sozinho; grande parte dos óbitos verificados nos hospitais são devidos aos próprios hospitais, nomeadamente pela contaminação bacteriológica; grande parte dos doentes morre também devido ao tratamento, nomeadamente por negligência médica. Segundo o mesmo autor (sublinhe-se que é um médico convencional) todos os hospitais deveriam ter afixado à porta um aviso de insalubridade, e todos os médicos deveriam usar um aviso de perigo colado à testa. Ora, isto não prova exactamente que a esperança de vida hoje deveria ser de 150 anos ou mais se os progressos da ciência tivessem continuado, mas com uma perspectiva mais espiritualizada?
Saudações dum Crítico.
Essa modesta casita é de quem? Quem é o senhor que ostenta um sorriso de orelha a orelha?
Ah! e tem uma "chaise longue", será que pertence a um psi?
Fiquei cheiinha de dúvidas...
:\
Obrigado, por nos ter franqueado a sua casa. Foi a Primeira Obra do seu filho? Se sim, é magnífico! São poucos os artistas que ficam com as suas primeiras obras. Um abraço de parabéns para o seu filho.
noise:
Regressado de uns dias sem tempo para a Tertúlia Murcónica, estive a “pôr a escrita em dia” e senti-me lisonjeado com duas citações em comentários teus! Tarde, mas sempre a tempo, aí vão as minhas notas ao que escreveste. Não sem antes te dizer o seguinte:
1 - Comentas tarde “p’ra carago”. Mais de acordo com o horário da Barcelona do Chávez. Isso, às vezes, dificulta a resposta no próprio post.
2 - Escreves muito, muito ...
3 – Leio, leio e ... confesso, nem sempre percebo. Culpa minha.
Nota: Fazendo como tu :))))))
Mas, eliminados que foram os pontos 1) e 2), vou ver se consigo “engatar” uma resposta, ao que escreveste em "Ilibado??????? De mala na mão????? Foi o lobby gay!:)" às 2:40 am (“se a tanto me ajudar o engenho e arte”). Esta não foi difícil. Foi só pedir emprestado ao Luís (Vaz de Camões).:))))
Peço desculpa ao Prof Júlio e aos restantes murcónicos por estar a responder neste post.
Chamas “chico-espertismo” ao facto de aproveitar aquele vídeo para dar sequência ao teu repto de uma conversa sobre arte? Deixa-me ajudar-te a ver como esse vídeo é muito mais interessante, para início de conversa, do que aquele que referes do Nico di Mattia. Primeiro, o deste tem mais de 1 milhão de visitas. Claro, com a Scarlett Johansson como estrela, o search do YouTube ajuda muito. Por outro lado, quantos interessados na técnica da criação por computador e que se estão maribando para o lado artístico, serão visitantes? E, falando em lado artístico, para mim a obra não consegue transmitir a sensualidade de Scarlett. Nomeadamente, os seus lábios. Que diferença, quando comparados com a “realidade” interpretada como criada de Vermeer. E, quanto aos comentários, a riqueza dos do vídeo da ARCO (apesar de menor quantidade) é bem superior. Compara uns e outros. Qualitativamente. Vê quantos serão princípios de conversa interessantes.
Também chamas “chico-espertismo” se te disser que não sabia o que era o movimento Nabis? Mas que fui, apressadamente, ler umas “coisitas” a um livro de arte, cheio de pó e páginas coladas, adormecido na minha estante (este nem participou no Baile da Biblioteca) e que, o que vi e li, não despertou a minha sensibilidade? Que os enquadrei como expressão artística que copia fracamente - pretendendo ser diferente - os impressionista e pós-impressionistas?
E, já agora, não generalizes tanto, como o fazes quanto ao que, cada um dos vídeos referidos antes, provoca emocionalmente nas pessoas. Podes estar - não digo que estejas – enganado.
E, por concordar com o que referes quanto ao primitivismo da educação implicar o imediatismo da percepção é que acho que essa perspectiva é muito mais de considerar no vídeo do Nico di Mattia do que no da Arco. Aquela posição da Scarlett deve provocar variadíssimas idealizações sobre como irá acabar!
Quanto aos museus, estou de acordo que muitos dos que lá vão, se falassem, fariam figuras idênticas às do vídeo da Arco. E essa denúncia é um aspecto muito imporrtante daquele vídeo. É um retrato vivo.
E, já agora, sobre Thomas Hirschhorn. Podias ter arranjado exemplo mais fácil. De uma maneira geral, não gosto do que o “tipo” faz. E admito que isso seja comum a muita gente. Portugueses e estrangeiros. Só que não o admitem publicamente. É “cool” “gostar-se”.
Entretanto se tivesses metido uma chalaça não ficava mal. Até porque tens arte quando o fazes! Quanto a continuidade na boçalidade ... explica isso melhor. Não percebi.
Quanto ao teu comentário em "Pois ..." pelas 11:04 PM não sei o que pensar dele! De facto, não são os vídeos do YouTube a forma mais corrente de aqui expressar o meu pensamento. Creio que andas distraído!
Bona Nit
Crítico,
A ondas electromagnéticas vêm de algum lado e neste caso vêm do cérebro. Dependem fortemente da matéria.
Mesmo assim a que os engenheiros conseguiram não foi bem descodificar mas sim gravar a sequência de impulsos cerebrias para certos movimentos e depois reproduzi-los na prótese.
Mas mesmo que não dependesse da matéria como explicaria os casos em que as pessoas morrem com doenças degenerativas? Existiria uma mecanismo de recuperação de dados ou a informação iria ficar corrompida para sempre? :(
Humm..o poder da mente é um facto. Mas curiosamente só têm "poder" no corpo em que esta está "inserida". Não será que a mente é o cérebro e este coordena o corpo? Não sei.. :| Se através de pensamentos podemos facilmente iniciar a secreção de hormonas porque é que com "pensamentos positivos" não podemos segregar antibióticos? :D :D
Em relação ao terceiro ponto penso que a resposta é porque ainda estamos sujeimos às leis de Darwin, neste caso específico ao gene do envelhecimento. Foi Haldane (o amigo do Oparin :) que estudou o assunto e disse que o envelhecimento seguido da morte é programada genéticamente pois em termos evolutivos só a juventude tem utilidade reprodutora! :))
Acho, não tenho a certeza..
Cada vez mais acho que a simplicidade é o que dá mais trabalho. O ser humano tem tendência para complicar.
Fotos muito bem acompanhadas pela simplicidade de "Something in the way". Esta música não será uma composição brilhante, mas é seguramente um marco geracional. :)
Bom dia!
Professor!
O seu Guilherme é muito dotado! ponto final...:)
O filme está feito com uma subtileza e um toque de sensibilidade que realça aquilo que tem para realçar; a casa tem um excelente enquadramento na natureza, é "despojada" para a beleza, e como mostra nos vários exemplos, tem fortes possibilidades de acolher o calor humano das pessoas que por lá entrem ou por lá permaneçam:).
Para alem disso a casa é muito promissora de Futuro; as crianças são lindas...:)
Eu quero uma casa assim. Anselmo Braancamp também fazia lembrar um vale, o teu lado da rua em declive, nas costas a alta D. João IV e mais abaixo a Sociedade Nacional de Sabões (sabão-rio - Povo que lavas no rio (com sabão, claro).
Os catraios vestidos com roupa da Fátima Lopes, devem ser teus netos.
Sejam ou não, muitos beijinhos para eles, para ti e para a malta toda que tu amas.
Henrique Samagaio
Profe, perdoe a minha ignorância. A leitura dos comentários permitiu esclarecer as minhas dúvidas.
Quanto à casa, acho-a linda quer pela simplicidade geométrica, quer pelo cuidado em não "adulterar" a magnífica paisagem.
Parabéns, principalmente por, desta vez, fazer parte da assistência. Imagino que durante o congresso esteve tão nervoso como quando está no palco...penso eu, claro!
:)
Professor,
Muita saúde para que possa usufruir de um cantinho tão lindo!
Gostei especialmente de recordar o verde e as sombras minhotas. Fez-me lembrar a minha infância e o meu avô materno, homem muito simples e de uma bondade do tamanho do mundo. Lembrei-me do sorriso dele e que a minha mãe herdou, de como me levava a pastar as ovelhas, de como se ria do meu espanto e algum medo com as coisas do campo e de como ralhava comigo (sempre a rir) por eu querer andar descalça. Mal se distraía já eu estava de pés dentro da levada e, dependendo do tempo que ele demorava a chegar “à minha beira”, às vezes mais qualquer coisa…
Obrigada por me ter feito lembrar disto. Desejo que os seus netos se recordem sempre dos momentos aí vividos da mesma maneira que eu recordo os meus momentos, com muito carinho! Muito obrigada!
...não discutindo os dotes do Guilherme (não percebo nada de nada de arquitectura), adorei o vale onde a casa está integrada...
...a casa, dá-me ideia, faz parte do meio que a envolve e é como se não estivesse ali... tudo é natureza... foi disso que eu gostei
...parabéns
Boa tarde.
Já ontem fiz o comentário a "seco" porque não vi nada.
Hoje acontece a mesma coisa.
Aparece-me a velha mensagem "A sua pesquisa não encontrou nenhum documento correspondente"
Consigo entrar no site do Youtube, claro, mas depois não sei como procurar este filme:))))) Loooool
Ainda por cima não tenho cá o meu técnico privativo:)
Por isso, se houver uma alma caridosa que me possa ajudar, dou uma boa recompensa:)))))))))))))
T H O R A !!!!!!!!
Can you help me?:)
Adorei estar num palco um dia....
Hoje só assisto, quem sabe um dia muda.
andorinha,
não faço a minima ideia! Estás a copy/pastar correctamente o link?
Tenta fazer uma pesquisa no youtube por "Valley house portugal"! Se não der a única opção é com a devida autorização sacar o vídeo do utube e enviar-te! :|
Em relação à casa, apesar de também não perceber puto de arquitectura, acho que as cores interiores não beneficiam mt a enorme de luz que deve entrar. Mas as fotos também não estão com grande definição..não dá para tirar grandes conclusões! O acabamento exterior é betão por pintar?
Mas que o design exterior encaixa perfeitamente na paisagem é verdade! É brutal! ;))
Andorinha:
...passa o cursor sobre o endereço do youtube que está no post do Prof que ficará azul
...clicas em Ctrl+C e levas o cursor ao browser fazendo clique no botão esquerdo do rato
...a seguir clicas em Ctrl+V e fazes enter
:)))
Thora,
Tou a copy/pastar direitinho, sim:)
Já fiz essa pesquisa e não consegui.
Se puderes então sacar o video e enviar-me, a recompensa será ainda maior:)))))))))))
Lobices,
É isso que eu faço, Quim:)
Mas há dias em que isso funciona e outros,como hoje, não percebo porquê, em que me aparece sempre esta mensagem: A sua pesquisa (o link) não encontrou nenhum documento correspondente.
Querias a recompensa, era?:)))))
(Just kidding)
Thanks, anyway:)
Andorinha:
No site do YouTube digita no espaço de "search" (topo direito) gmv01. Aparecem dois vídeos. Selecciona o segundo.
Estás dispensada da recompensa :)))
JFR,
Obrigada, amigão:)
Finalmente consegui ver e escusado será dizer, adorei.
O meu agradecimento é extensivo ao Thora e ao Lobices que também tentaram ajudar esta pobre alma em apuros:)
Deus vos pague, já que abdicam da minha recompensa:))))))))))))))
Honestamente, acho que quando se pretende fazer crer que é preferível estarmos na plateia do que no palco, não estamos a ser lá muito sinceros... A não ser que - como é este o caso - seja para vermos no palco alguém de quem gostamos ainda mais do que de nós próprios.
Se eu fosse psicólogo, talvez soubesse responder se neste tipo de situação vemos (narcisísticamente) no palco uma extensão / encarnação de nós próprios ou se conseguimos olhar para o palco de uma forma desprendida desse tipo de sentimento / sensação. Ou se uma mistura das duas...
Anyway... quem me dera um dia poder passar por uma experiência pessoal que me facultasse dados que me ajudassem a responder - in loco - a esta minha interrogação.
Buenas noches!
Acabei de ver...
Hum... Até já ia de fim de semana...:)))))
Muito bem! É uma casa com vida.:) E isso, para mim, é o mais importante.
Quanto ao Guilherme, palavras para quê?! É um artista português!
E quem sai aos seus...:))
Já agora, também da autoria do Guilherme e publicado no YouTube, vale a pena ver um trabalho magnífico: uma sepultura!
Curiosamente, imaginei, através desse trabalho, o que poderão ser as sepulturas do futuro, utilizando a tecnologia "Surface" e permitindo "dialogar" com o passado do sepultado.
Creio poder ser um bom nicho de negócio!:))))
Desculpem. Esqueci o endereço. Aqui vai.
http://www.youtube.com/watch?v=Xwf8_5bWAwQ
FDL (11.45)
Tu hoje esmeraste-te, homem.
Estou banzada!:)
Nunca te supus capaz de escrever esse post.:)))))))))))))
Esmiuçando-o um bocadito...
Quando já se esteve centenas de vezes no palco, entendo perfeitamente que seja reconfortante estar na plateia.
Quanto ao segundo parágrafo, penso que coexistirão as duas realidades.
Quanto ao terceiro quem te diz que não poderás um dia passar por essa experiência?:)
Até amanhã, malta.
Para quem não esteja familiarizado com a tecnologia "Surface" aqui vai um endereço:
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/052007/30052007-5.shl
“1 - Comentas tarde “p’ra carago”. Mais de acordo com o horário da Barcelona do Chávez. Isso, às vezes, dificulta a resposta no próprio post.”
Então n leste a mensagem até ao fim? Se tivesses lido poderias constatar o suplício por que passava no momento ; ))))
“Mas pronto... o voo ainda vai demorar umas horas... era isto ou uns clips porno e o raio da airline meteu-me aqui ao lado um puto de 7 anos de vigia... ainda se fosse a mãe... ou a irmã mais velha... parece tar já dentro da idade legal da maior parte dos Estados que vamos atravessar... : )))))))))))))))”
”2 - Escreves muito, muito ...”
Juntas um gajo opinativo, um cérebro com uns bons gigas, insónia por anos suficentes para ele encher o dito de ligações entre assuntos e é o que dá ; )))
”3 – Leio, leio e ... confesso, nem sempre percebo. Culpa minha.”
Como é que o nosso brother in arms iniciava o blog dele? “Nem sempre sou da minha opinião”? Eu sou da opinião dele ou seja, nem sempre da minha. O voo foi terrível e ainda por cima o puto era dos Lakers e só debitava o quanto o Kobe Bryant podia ter feito esta época se o tivessem deixado. Enfim… crianças!
”Peço desculpa ao Prof Júlio e aos restantes murcónicos por estar a responder neste post.”
Não peças. Se a Aspásia não pede… caraças, ninguém tem de pedir! ; ))))))))))
”Chamas “chico-espertismo” ao facto de aproveitar aquele vídeo para dar sequência ao teu repto de uma conversa sobre arte?”
É para mim o exemplo de um péssimo lançar de discussão, mas quem sou eu para teres em conta a minha opinião? Só uso o Youtube para ver o Top Gear e pouco mais! Um analtubefabeto, é o que é.
“Deixa-me ajudar-te a ver como esse vídeo é muito mais interessante, para início de conversa, do que aquele que referes do Nico di Mattia. Primeiro, o deste tem mais de 1 milhão de visitas. Claro, com a Scarlett Johansson como estrela, o search do YouTube ajuda muito. Por outro lado, quantos interessados na técnica da criação por computador e que se estão maribando para o lado artístico, serão visitantes?”
Lá está. A tua relação com a leitura continua difícil. Para começar os 5 mais visitados trabalhos de di Mattia nem sequer têm nada a ver com mamas. Então pq é que tens de atribuir o médio-sucesso da Pintura da MidMiss ao par de mamas em causa? E os comentários não são em grande parte sobre a chavala mas sobre a técnica de pintura. Di Mattia era na altura em que te mostrei o exemplo da MidMiss o 88 postador do Youtube mais visitado. Portanto, estava a dar-te um exemplo de como alguém consegue trazer as pessoas para a pintura, para mais para o muito popular estilo do speed-painting (vai lá ao Google, eu espero)… … … … muito usado nas ruas por essa Europa fora. Aliás, em Portugal esta arte o máximo que temos dela é a pintura a partir de fotos nas lojas da Moldura Minuto e de quando em vez uma sessão de caricaturas numa praça ou shopping local. Portanto, nada de geeks potencialmente masturbadores em relação ao trabalho do argentino ; )))) eu próprio só me masturbei duas vezes a ver a construção daquela gravura… um valor perfeitamente aceitável, refira-se.
“E, falando em lado artístico, para mim a obra não consegue transmitir a sensualidade de Scarlett. Nomeadamente, os seus lábios. Que diferença, quando comparados com a “realidade” interpretada como criada de Vermeer.”
Mas há ali honestidade realista: nem sequer negou os dentinhos de coelho da miúda… e comparar uma pintura de speed-painting com um filme não é muito justo, digo eu.
“E, quanto aos comentários, a riqueza dos do vídeo da ARCO (apesar de menor quantidade) é bem superior. Compara uns e outros. Qualitativamente. Vê quantos serão princípios de conversa interessantes.”
Oh, mas concordo totalmente que há muito mais a dizer do vídeo da Arco. Mais de 80% dos comentários ao trabalho de di Mattia são simplesmente “fabulous” e “amazing”. A arte tem este efeito nas pessoas, a malta pasma-se. Obviamente com o vídeo da Arco é preciso dizer como tantos disseram que a Arco é apenas uma enorme máquina de lavar dinheiro ; ))))))))) mas lá está. Uma opinião despojada em relação a uma obra de arte mostra um enriquecimento que não se obtém de algo que nos vem tranquilizar o espírito do tipo “se aqueles cromos caíram qualquer caia, até eu”. Enquanto que uma obra de arte enriquece e espanta uma reportagem de denúncia serve apenas para ser tragada e passada para o choque seguinte.
”Também chamas “chico-espertismo” se te disser que não sabia o que era o movimento Nabis? Mas que fui, apressadamente, ler umas “coisitas” a um livro de arte, cheio de pó e páginas coladas, adormecido na minha estante (este nem participou no Baile da Biblioteca) e que, o que vi e li, não despertou a minha sensibilidade? Que os enquadrei
como expressão artística que copia fracamente - pretendendo ser diferente - os impressionista e pós-impressionistas?”
Mas lá está, essa é a grande vantagem da ignorância. Vai-se a qualquer lado buscar uma referência e pronto, opinião formada. Um livro de arte é aberto, vemos um quadro e voilá, bota sarradura sobre isso. Que é feito do tão respeitado “desconheço!” de Zola? Porque desconhecer é a base para se saber alguma coisa. Mas para isso a ignorância tem de ser verdadeira, e uma verdadeira ignorância tem de ser feita de falta de meios para se preencher o vazio dela e não apenas do desconhecimento.
”E, por concordar com o que referes quanto ao primitivismo da educação implicar o imediatismo da percepção é que acho que essa perspectiva é muito mais de considerar no vídeo do Nico di Mattia do que no da Arco. Aquela posição da Scarlett deve provocar variadíssimas idealizações sobre como irá acabar!”
Depende de quem vê. Se achas que a maioria pensa assim isso diz mais de ti que da intençaõ do Di Mattia : ))))))))))
”Quanto aos museus, estou de acordo que muitos dos que lá vão, se falassem, fariam figuras idênticas às do vídeo da Arco. E essa denúncia é um aspecto muito imporrtante daquele vídeo. É um retrato vivo.”
Não. Aquilo é um retrato fácil. Faz-me pensar naquela exposição de arte comtemporânea brasileira aqui à uns anos em que por acidente um andaime (obra de arte) ficava suspenso sobre uma mangueira de incêndio (que sempre esteve lá) e toda a gente achava a obra “como um todo”. E nem foi preciso uma senhora jornalista dar-se a tanto trabalho. Ou os horrores que se ouvem nas visitas guiadas, por exemplo.
”E, já agora, sobre Thomas Hirschhorn. Podias ter arranjado exemplo mais fácil. De uma maneira geral, não gosto do que o “tipo” faz. E admito que isso seja comum a muita gente. Portugueses e estrangeiros. Só que não o admitem publicamente. É “cool” “gostar-se”.”
Mas lá está. Tu n gostas n interessa. É o problema básico desta deificação da ignorância nos dias de hoje. Da minha parte posso dizer que passei muitas boas horas na companhia dos pequenos “in vase” de Mondrian, que adoro, mas também dediquei muito bom tempo aos excessivos preciosimos de Tiepolo e ao tratamento que epitomino de banal de Kandinsky. E como descartar totalmente Kandinsky que viveu e exprimiu-se por entre tantos movimentos? Como descartar totalmente um artista que atravessou tantos estilos? Parece-me abusivo fazer isso, mesmo que o livro seja sobre KAndinsky : )))))))) E até mesmo pelo processo de criação histórico de um artista deveria ser impossível apreciar gostos. Disseste que os Nabis n te interessaram, mas por exemplo o trabalho de Bonnard teve inúmeras transfigurações ao longo dos anos. Como pode não interessar algo que se desconhece e que se espalha por tantos anos? A mim desinteressam-me estas brincadeiras na Arco pq à anos que essa questão se coloca. A “ditadura” dos críticos não diverge muito da “ditadura” das cortes, quanto um pintor oficial recebia automaticamente imensas apreciações. Ou da ditadura do Salon, contra o qual Manet criou a tal Olympia que referi. Projecção e reconhecimento andam de mãos dadas e pintores negligenciados em determinadas épocas são elevados aos píncaros em outras. E artes consideradas menores num tempo deixam-no de o ser noutro. Exemplo disso é o design, hoje em dia algo que, imbuído numa peça, tem muitas vezes mais valor que uma mensagem que o artista deseja veicular. Mas isso são para mim discussões complexas que originam textos longos. Lamentavelmente, a realidade é complexa e sujeita a necessidade de palavras para expressar essa complexidade. Isto para quem está em contacto com ela, obviamente. Eu recorreria a exemplos muito mais exóticos do que ao dos putos. Recorreria ao exemplo do elefante pintor, ao do macaco pintor, ao da pintura por robôs, ao da geração de quadros com zeros e uns nos anos setenta nas primeiras impressoras de agulhas. Mas não a uma reportagem feita para dar conforto aos ignorantes que a vêem. Seria para mim muito mais interessante o fait-divers das pizzas com imagens de Cristo ou do diabo. Pq ao menos essas não pretendem chamar para o simplismo. Sempre apelam a alguma imaginação para vermos as tais figuras. É aí que radica a minha baixa consideração pela reportagem em causa. Mas atenção, JFR, estás na sociedade em franquíssima maioria no interesse dado áquela reportagem. Em larga e franquíssima maioria. Eu limito-me a fazer parte desses bichos-da-madeira que conhece esses fracotes e desinteressantes Nabis.
”Quanto ao teu comentário em "Pois ..." pelas 11:04 PM não sei o que pensar dele! De facto, não são os vídeos do YouTube a forma mais corrente de aqui expressar o meu pensamento. Creio que andas distraído!”
Eu ando sempre distraído, hombre. A culpa obviamente é de Deus, que com apenas esse fim, distrair-me, criou as mulheres ; )))))))))
Em relação à casa, n era para mim. Sou um fã de casas com alguma verticalidade, escadarias longas, espaços em L e outros fetiches. Mas uma encomenda de uma casa deve acima de tudo respeitar o móbil do futuro proprietário e nessa metáfora sinto-a um encaixe quase perfeito. Só me faz impressão a localização da piscina, imaginando, do pouco que conheço da casa, o medo das ex-promessas do ténis nacional de ver a sua prole cair daquele terraço. Mas se funciona assim, é dos sítios que mais me agrada em todo o edifício: aquele espelho de água da Cabreira ; )))))))
Em relação a Sábado mantém-se (e manter-se-á): 21h20, Rodízio das Pizzas, Sábado 9 de Junho.
E JÁ LÁ VÃO 500.000 VISITAS!!!!!!!!!!!!!!!!!
DISCURSO!!!!!!!!!!!! DISCURSO!!!!!!!!!!! TIRA!!!!!!!!!!! TIRA!!!!!!!!!!!!!!! DESPE!!!!!!!!!!!!!!!! DESPE!!!!!!!!!!!!!!!!!
Noise:
Não me sinto no direito de chatear quem por aqui passa, com uma (agradável para mim) conversa a dois. Mas deixo-te algumas notas:
1- Confundiste mamas com o realce que eu dou ao efeito duplo Scarlett/Mattia e que serve de arrastamento para os outros vídeos do autor;
2- Afinal sabes "à brava" sobre o YouTube. Não tenhas vergonha de o confessar!:))))
3- Ó pá, não fiques com a ideia de que não aprecio o trabalho do homem. Mas, confesso, o meu apreço é mais tecnológico. Só me desiludiu o Nico di Mattia não ter sido capaz de captar a sensualidade da boca da Scarlett. Tive pena!
4- Mas o que é uma obra de arte? Aquilo que tu consideras como tal? O que acho que deve ser assim referido? O que os outros entendem considerar merecedor desse título? Francamente!!!
5- A ignorância é um estado "não permanente" e como tal, existe em todos os indivíduos durante o período em que se desconhece um certo saber. Eu assumo sempre as minhas ignorâncias e, se o assunto merece que lhe dê a "minha importância", procuro colmatar o desconhecimento e formar uma opinião. Chama-se a isso processo de aprendizagem.
6- Deixa-me corrigir-te. Dizes "tu não gostas nao interessa". Errado. Deturpador. Deverás dizer "tu não gostas não te interessa". Aquele pronome faz toda a diferença.
7- E se leres o que tu próprio escreves não te sentes um crítico um pouco ditador?
Bom já chega. Pena não poder estar presente no sábado. Seria uma maneira interessante de continuarmos a conversa e sujeitarmo-nos a que a maralha desandasse aborrecida e nos deixasse a conta para pagar.
Pas de problem, jfr. Eu tb devia saber quando parar de dar pérolas a porcos ; ))))))))) para depois receber o resumo esforçado mas quase nulo de uma mente imprópria para consumir mensagens complexas. Mas este lado tertuliano, como dizem os títulos dos blockbusters do Bruce Willis, dies hard...
Não percebo nada de arquitectura... mas gosto da simplicidade, minimalismo e conforto... tudo no mesmo espaço... a Casa do Vale é um exemplo de simplicidade bem conseguida! E para mim, conseguir excluir o supérfluo e obter de modo excepcional tão harmoniosos resultados... é, de facto, merecedor de rasgados elogios!
fdl,
É claro que a questão narcísica existe:). Mas a Andorinha tem razão: jamais me passaria pela cabeça escolher outro trajecto, mas nunca subi a um palco sem que uma parte de mim rosnasse impropérios e exigisse o retorno à clandestinidade da plateia:).
andorinha 12:21 AM
"Tu hoje esmeraste-te, homem. Estou banzada! Nunca te supus capaz de escrever esse post."
No melhor pano cai a nódoa. Não, não me enganei. Embora de forma enviesada, esta era mesmo a frase que eu queria escrever...
Julio Machado Vaz 2:33 PM
Acredito.
Não digo perante todas as audiências, mas perante algumas, estou certo que também eu "rosnaria" umas brutas caralhadas. O que me daria um gozo fora do normal...
Essa é a parte das suas subidas ao palco que me desperta mais inveja... ;-)
Noise:
A civilidade é um elemento essencial de uma conversa, discussão, troca de pontos de vista, etc. Não a percas. O teu espelho não te agradecerá.
Boa tarde e bom fim de semana prolongado- se for o caso- a todos os participantes e leitores do blog do Professor JMV.
Tenho estado um pouco ausente por razões de saúde, mas creio que o prof. não levará a mal o facto de vir aqui deixar aqui um apelo a uma visita ao meu blogue (último post)- não é por mim, mas pela divulgação de um projecto admirável de uma jovem portuguesa, que por acaso é irmã de alguém que conheço. O mundo é pequeno, sobretudo quando metemos pernas ao caminho e temos vontade de SER PESSOA ACTIVA AQUI E AGORA, em prol do bem estar comum.
Um abraço
Cristina
Caro Prof. Júlio Machado Vaz:
Quando alguém lhe quer enviar um email, como é que faz?...
Um abraço,
LGR
Gostei num sentido do youtube. Não gostei noutro (fez-me lembrar o estado do meu país [e crianças noutros países]. Era tão bom se tudo fosse tão simples como a natureza.
Boa noite.
Noise,
Sábado lá estarei, miúdo, palavra de Andorinha:)
JFR,
Tenho pena, sinceramente que não possas aparecer no sábado.
Dava para continuar essa conversa e ter muitas outras e dava também para veres que o Noiseformind e o Pedro Maia nem sempre são uma e a mesma pessoa.
E não o estou a acusar de ser esquizofrénico:))))))))))))
É assim um bocado o género do FDL, cada um no seu estilo, claro.
Fiz-me entender?:)
FDL (5.32)
Faço-te um enorme elogio e respondes-me assim?:))))
Qualquer pessoa medianamente inteligente percebeu que essa era a frase que tu querias escrever, hombre!:)
Eu não percebi! :(
Será que não sou medianamente inteligente? ;))
Thora,
Sempre a pegares comigo, miúdo.:)))
Que queres que te responda?
A verdade ou aquilo que tu queres ouvir/ler?
É que são duas coisas diferentes:))))) Loooooool Loooooool
PS: E não devias estar a estudar em vez de leres os disparates que eu escrevo?:)
Andorinha:
Também tenho pena de não poder conhecer alguns dos habituais murcónicos. Outra ocasião existirá, seguramente.
Quanto ao Noise ... já estou com saudades do Pedro Maia. A acreditar em ti. O que acontece.
Boa noite,
Gostaria antes de mais de felicitar o Arquitecto Guilherme pelo magnífico resultado do seu “trabalho de imaginar aquela simplicidade.” É notável a complementaridade da natureza com a obra humana, expressa por exemplo, na perspectiva da piscina com o vale. Os interiores também são de uma simplicidade admirável, em que destaco a casa de banho, que parece ser a continuação do espaço (verde) exterior. No outro vídeo (Jazigo) que tive oportunidade de ver, a vocação também se manifesta. Parece-me uma boa sugestão para tornar os N/ cemitérios mais bonitos e harmoniosos.
Felicito também o Pai, não só pelo (s) Filho (s), mas também por partilhar e divulgar a obra com o orgulho que lhe é legitimamente devido!
Fiquei foi com uma dúvida quanto à localização da Casa do Vale. Parecem existir algumas coincidências com a casa onde foi escrito o “Tempo dos espelhos”… será a casa de Cantelães?
Há já uns tempos que, não tenho encontrado tempo para visitar o espaço murcónico. Aproveitando a ponte, fui ver o “Ocean thirteen” à sessão da meia-noite (e 20), e como a insónia persistia, vim espreitar. Induzido também, por um artigo que (não me consigo lembrar onde) li sobre o Consultório do Prof. JMV em Sá da Bandeira, onde o tema teria a ver com a respectiva decoração, mas onde eu registei a sua ligação ao seu Pai que, se manifesta através da presença de alguns objectos e do próprio espaço.
Outra leitura, esta hoje na praia, que me remeteu para o Prof. JMV, foi na Visão Sete (pág. 16) desta semana, de uma sugestão de um percurso pelo Monte Tadeu por Germano Silva.
Lugares comuns…
Saudações
Migmaia,
Exacto, a Casa do Vale é a casa de Cantelães.
E não estejas tanto tempo desaparecido, senão és excluído dos murcónicos, isto de acordo com o novo regulamento aprovado em Assemblaia Geral:)))
também prefiro a plateia.
o palco cansa. estar na plateia é (na maior parte das vezes) revigorante.
bom fim de semana a todos
...bom fim de semana para todos os murcónicos
...abreijos
Andorinha,
Obrigado pela confirmação e pelo Conselho que, vou ter seguir religiosamente!!!
...vou TENTAR seguir...
E pronto, parto em meditação (vulgo PARK HOTEL) preparatória para mais uma jantarada murcónica. A quem desaguar no Rodízio da Pizza pelas 21h15 a mesa é a 7.
O Rodízio da Pizza fica em frente ao edifício do Jornal de Notícias, ali sobranceiro à Estação da Traindade, no Porto. Não sei quantos mais jantares se realizarão no país para comemorar esta solene ocasião mas a todos desejo boa disposição e alegria.
Até já!
Luís,
drjmv@netcabo.pt
blogico 6:05 PM
Vê lá... se quiseres, eu vou ali à Casa do Artista (moro aqui perto) perguntar se têm lá um lugar para ti... ;-)
Noise
"Não sei quantos mais jantares se realizarão no país para comemorar esta solene ocasião mas a todos desejo boa disposição e alegria."
Decididamente não me comparo à tua enorme capacidade de concentrar murcónicos para o jantar, aliás o pessoal do norte ´e o "Maior":)
Ninguem ligou nenhuma ao meu convite/apelo aqui no sul:(
Por isso só tenho de vos desejar a todos um excelente jantar, com muita alegria e boa disposição...:)
Já agora bebam um chazinho por mim no Charles:) talvez para a próxima vos acompanhe...
Beijinhos
Está-me a parecer que se estão a formar células-terroristas pelo país fora!;]]]]
Bom convívio!;]
Cêtê,
Sua inbejosa!:)
Gostei do terrorismo hoje; aliás, gosto sempre.
Éramos poucos mas bons:))))))
Continuação de bom soninho...
Jinhos
I. Neste filme,
vi um ponto-de-encontro-de-gerações, que surpreende pela originalidade, muito bem captada, projectada, construída, vivida e sentida ! gostei da música! e na Casa, apreciei, sobretudo, o contraste entre a extrema dureza do opaco, e a infinita fragilidade das transparências, atravessadas pela luz que entra - ou que sai - rumo à escuridão ou à profundidade dos espaços; espaços que assim se fundem, naqueles jogos de luz e cor, de sons e de imagens, habitados ainda :) pelas emoções que lhe dão vida !
É um conjunto muito original ! sem deixar de ser simples e funcional, num lugar privilegiado, em que a Vida Humana se integra na Natureza, de uma forma especialmente bela e harmoniosa !
II. No outro filme,
a sepultura, parece um pedacinho de Céu verdadeiro :) ( assim, até apetece morrer :))
mas é uma pena que não tenha ficado num Cemitério todo relvado e com muito mais espaço entre as sepulturas...
Muitos Parabéns, por ambos os trabalhos !
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