sexta-feira, agosto 26, 2005

"Intuição feminina"?

Maria, minha querida,
Tinhas razão - bastou ver os miúdos na piscina de Cantelães para ter a certeza que a casa foi uma boa ideia e os Machado Vaz crescerão nela com prazer, memória e corações entrelaçados. Devo-te um pedido de desculpas por rosnar "isso é a famosa intuição feminina?" quando mo asseguraste, anos atrás. E apresentá-lo-ei. Mas só se fizeres o mesmo! Achas que responder "não, o caso não a exige. Tu é que sofres de miopia neuronal masculina" foi delicado?!
Pensa nisso. Até porque podíamos desculpar-nos um ao outro e fazer as honras a um peixito em Matosinhos ao mesmo tempo... A meias, claro!, não te quero ameaçar os rituais igualitários:).

102 comentários:

Anónimo disse...

Desta vez eu pago, festejemos a tua saúde ocular :)...
Está combinado... às 8h.

Anónimo disse...

Dr. Murcon
Que delicia de texto.
Faz-me lembrar um frasco com qualquer coisa mágica lá dentro tipo "muitos em um" com o seguinte rotulo: Elixir - Transforme o seu no homem que todas desejam.

Um conselho de amiga do peito:
No dia do jantar troque o parfum por repelente ;-)

RAM disse...

Caro Anfitrião,

Maria...
De onde (re)conheço eu esse nome? O perfil relembra-me algo... :)))
Ahhh... deixe para lá!

lobices disse...

...ruminações privadas, Prof?

Anónimo disse...

Lobices
Mas está a partilhá-las connosco essa é que é essa.

Anónimo disse...

Ora aqui está um texto, algo intimista, que eu gostaria nunca ter que escrever (ou pensar)...

Anónimo disse...

A wonderful piece of writing...
Like the memories we own they remain ours alone - nothing can take them away.
A wish that you'll continue that letter...
Do not wait;))

Anónimo disse...

olha fora da lei
é por essas e por outras que nós somos umas mal amadas :-)

NickyBlue disse...

Obrigada pela sua visita ao meu cantinho... Volte sempre... Se me permite a pergunta: para qunado um novo programa de TV? Ou terei deixado de estar atenta à Dois?

Anónimo disse...

exemplos destes que o "MURCON" nos dá, só alguns "senhores homems" muito poucos, têm a coragem de fazer,e o facto de poder partilhar é um privilégio

Anónimo disse...

Caro doutor,
Desta vez não resisto a comentar, tenho evitado fazê-lo uma vez que a conversa por vezes tende para a geração anterior à minha e aí estou em claríssima desvantagem. Ao longo destes anos (ai que saudades da Rádio Nova!!!) quase me tinha convencido (o senhor a mim) que era privilégio feminino a "guarda" dos pormenores de conversas passadas! Afinal constata-se que não... Terei que começar a ligar o "gravador"?

Anónimo disse...

verifica-se que se homems e mulheres não estivessem tanto "de costas voltadas" no que toca a sentimentos este mundo seria muito mais fácil e cheio de amor

Julio Machado Vaz disse...

Maralhal,
Por uma questão de honestidade, sou obrigado a declarar o seguinte: todos os textos dirigidos a Maria são ficcionados. Maria foi omnipresente na minha vida e nunca existiu. Representa, claramente, uma idealização de mulher que acompanhou - e às vezes irritou:) - as mulheres concretas da minha vida. Não me sentiria à-vontade para escrever este tipo de texto com alguns de vocês a gabarem-me a coragem e outros escandalizados pelo devassar da minha privacidade. Maria não é de carne e osso. O que não lhe retira encanto, pelo contrário:).

Anónimo disse...

Julio Machado Vaz 6:31 PM

"... todos os textos dirigidos a Maria são ficcionados."

Ai se a maria sabe... ;-))

Pamina disse...

Boa tarde JMV (já saudei o maralhal no outro post),

Gostei do reencontro. Penso que o "eu" e a Maria tinham andado ausentes desde o post do "encandeado".

Não quero estar a bater mais no ceguinho, mas era óbvio, não era?:)
(E não, não acho que ela tenha que pedir desculpas, mas, vá lá, com esse convite para o peixinho, presumo que grelhado, pronto, tudo bem, com a generosidade proverbial das mulheres...)

Pamina disse...

Ram(4.57),

Na altura não comentava, portanto não sei se já lia o Murcon. Se não conhece, merece a pena ir aos arquivos procurar o texto que eu mencionei. Deve estar em Maio ou Junho.

Anónimo disse...

Dr. Murcon
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não!
Não se justifique.
Desmascarou a Maria, agora nem com o repelente se vai safar.
Estragou tudo e logo agora que ainda não tinha havido uma falhita que fosse na organização

Anónimo disse...

Yulunga,

A Maria, todas as Marias estão resignadas... puff...

Anónimo disse...

Porty
Boa escolha musical.
"... there are so many ways to say i love you..."
A cumplicidade do post é uma das formas.

Anónimo disse...

ai, senhora dona Maria, esse peixinho devia ser oferecido em bandeja de ouro e várias vezes pago em Matosinhos, no Guincho e na Oura. Assim acabava-se o pretérito descomposto da indelicadeza...
(nada pessoal senhor professo júlo MV)

Anónimo disse...

Dr. Murcon
Não lhe tira encanto nenhum, muito pelo contrário dá-lho de tal forma em demasia, que as "suas" mulheres de carne e osso temem a sua mulher ficcionada.

P.S. em surdina
Deixe que lhe diga que o Dr. também as consegue levar à certa com esta coisa da escrita.

Anónimo disse...

'O que não lhe retira encanto, pelo contrário:)'

Também me parece que acrescenta, porque os sonhos e as idealizações têm tanto de desejo, que nos ultrapassam em realidade.

E acredito piamente nas idealizações dos outros como nas minhas.

PortoCroft disse...

Yulunga,

Obrigado. Concordo. Só não entendi uma coisa no texto...

Caro Prof. m8,

"peixito"? O senhor é um romântico. Na minha geração vai-se directo à patanisca. ;))))

Anónimo disse...

e.
Bingo
lá vamos ter que fazer uma vaquinha

RAM disse...

Chérie,

Ainda bem que conseguiste ultrapassar as tuas, e só tuas, fragilidades, dando um passo ao meu encontro.
Ou deveria dizer ao teu encontro?
Como posso eu permanecer impassível, imperturbável, perante uns braços que se estendem...
Façamos pois as pazes... com ou sem peixe, mas certamente na doce companhia um do outro.
Um aparte: pediremos desculpas por algo diferente: tu por rosnares, ironicamente, uma virtude verdadeira; eu, pelo contrário, por revelar um defeito que nos afasta(va).
Pois bem, apraz-me ver que a idade te trouxe a paz de espírito que procuravas e a serenidade que cura não a miopia neuronal, mas a cegueira interior que te impedia de acreditar ainda... tu sabes.
Sempre tua,

Simplesmente Maria

RAM disse...

PortoCroft e E.,

Deixei-vos uma mensagem no post anterior.
Bem hajam!

RAM disse...

Pamina,

Obrigado pela dica, mas a "Maria" à qual me refiro dispensa o recurso ao histórico do blog. :)))))
Thank you anyway :)))))))))))

Anónimo disse...

yulunga
vaquinha porquinho carneirinho peixinho ... peixinhos da horta :)
diga lá o q prefere

Anónimo disse...

ram

Sigur Ros ... ora deixa lá ver ... sou surda mas, gosto!

Anónimo disse...

Porty
O que não entendeste?

Tão só, um Pai disse...

Ah, tu, Maria, mulher feita dos meus sonhos e pesadelos, ora mordaz, ora cínica, por vezes má, mas sempre amiga.

Anónimo disse...

e.
Eu?
VOTO NO ARROZ DE POLVO!
:-)

Julio Machado Vaz disse...

RAM,
Presumo que seja Chéri:)

PortoCroft disse...

RAM,
Li e estou a tratar desse assunto.


Minha Patanisca Linda,
Vamos comer um peixinho? ;)))))

RAM disse...

Caro Anfitrião,

Tem toda a razão. Foi uma gralha.
É o que dão as presas :)))
Desculpe o pontapé no adorado francês.

RAM disse...

Caro PortoCroft,

E já agora - com o consentimento do Anfitrião, obviamente - que tal acrescentar ao Ney o dueto com a Né Ladeiras: Sereia????
Humm???!!!
Parece-vos bem?

Anónimo disse...

parece tão básico... mas é uma porta aberta ao cérebro do homem comum... quando este deambula distraído pela rua.... neste caso pela zona da boavista...

http://boavistass.blogspot.com


abraços

Anónimo disse...

Porty
Foi a Mia que votou na patanisca, sim senhor.

Anónimo disse...

Pergunto eu: será a intuição feminina o resultado de milhares de anos sem pensar ?!

John Fodewell disse que "a intuição feminina é aquele estranho instinto que permite a uma mulher saber que está certa, esteja ou não".

Este famoso psicólogo clínico acrescentou ainda que "as mulheres têm um maravilhoso instinto para as coisas. Conseguem descobrir tudo, menos o óbvio."

Anónimo disse...

Ram
Não me digas que também pertences ao grupo do frasquinho mágico?

Anónimo disse...

Tanta, tanta sedução no ar...
Eu gosto, eu gosto!
As pessoas tornam-se bem mais agradaveis ;-)

Julio Machado Vaz disse...

Ram,
Presumo que pressas:))))))))

Anónimo disse...

fora da lei
E como é obvio, essa do óbvio é a resposta para a pergunta que te fiz, suponho.

Anónimo disse...

fora da lei
Pergunta que fiz, não. Afirmação!

CLÁUDIA disse...

Caro Professor,

mesmo não sendo a sua "Maria" de carne e osso, este texto surge precisamente agora por alguma razão, não?

Costumo dizer que nenhum comportamento é vazio de significado e nenhum significado é opaco... ;))))

Fiquem todos bem. ***

Anónimo disse...

Claudia
É um aviso!
Minhas amigas vocês portem-se bem no jantar, não se esqueçam que existe uma Maria que vos ensombra, vocês são umas gandas malucas e eu até sou timido ;-)

PortoCroft disse...

RAM,
Anotado.

Minha Patanisca Linda
És a única que Mia em mim.;)

Foste tu que pediste um John à altura? ;)))))))))))

Anónimo disse...

Bom fim-de-semana maralhal.
Amem-se uns aos outros como Deus vos amou.
Boas blogadas são os desejos cá da Yullie ;-)

CLÁUDIA disse...

Yulunga,

realmente não tinha pensado nessa interpretação. Pode bem haver aqui a intenção de passar uma mensagem subliminar antes do confronto real no jantar... Afinal aqui somos também todas ficcionadas, somos um amontoado de ideias, frases, palavras...mas não chegamos nunca até ao Professor sendo de carne e osso... ;))))

Anónimo disse...

O seu texto trouxe alento... Vá -se lá saber pk, não? ;I

RAM disse...

Caro Anfitrião,

Embicou comigo... :)))))))
Sim pressa...
Pressa....
É a pressa..... :)))))))))))

Anónimo disse...

depois de muita escrita, podemos concluir "não há concidências", nem naquilo que aparentemente nos é apresentado como ficção. Nas entrelinhas a mensagem foi rebuscada algures nas nossas vivências. Cada um e todos ajusta a "história" à "sua" realidade e sonhos.

Anónimo disse...

Je pense que l'intuition féminine ne trompe jamais la femme;)
- d'une part parce qu'on est plus mature et nous les femmes on va jusqu'au bout de nos doutes,n'est-ce pas?;)
Je crois que les intuitions comme les impressions sont vraies ...
et qu'il faut les suivre...

"Parfois j’ai l’âme lasse et l’esprit dérouté :
J’aspire à ce repos qu’offre la solitude
Loin des autres surtout, loin d’un monde agité,
De ses bruits, de ses heurts, et de ses servitudes.

J’ai besoin d’un abri, d’un petit coin de terre :
Où l’aurais-je trouvé, ce dernier asile,
Ce lieu suffisamment sauvage et solitaire,
Ailleurs que sur la côte escarpée de mon île ?

Mais où exactement, je ne le dirai pas :
On y viendrait troubler mes rêves silencieux.
C’est un endroit béni, secret et délicieux
Où ma présence enfouie ne se remarque pas.
A. M. Charpentier"

andorinha disse...

Boa tarde Júlio e companheiros de tertúlia!

Júlio,
Belíssimo texto. Estes são os meus preferidos. Já tinha saudades desta sua escrita intimista.
Tal como a Pamina, gostei do reencontro entre o "eu" e a Maria.
Já estava a demorar.:)

P.S. Penso que deve ter em conta o conselho da Yulunga em relação ao dia do jantar.:)))

Anónimo disse...

I'm in love...in love with this song...I didn't know;)


For the first time
Rod Stewart
Are those your eyes
Is that your smile
I've been looking at you forever
yet I never saw you before
Are these your hands holding mine
Now I wonder how I could have been so blind
And for the first time I am looking in your eyes
For the first time I'm seeing who you are
I can't believe how much I see
when you're looking back at me
now I understand what love is, love is
for the first time

Can this be real
Can this be true
Am I the person I was this morning
and are you the same you
It's all so strange
How can it be
All along this love was right in front of me
And for the first time I am looking in your eyes
For the first time I'm seeing who you are
I can't believe how much I see
when you're looking back at me
now I understand what love is, love is
for the first time

Such a long time ago I had given up
on finding this emotion ever again
But you're here with me now
Yes I found you somehow
and I've never been so sure
And for the first time I am looking in your eyes
For the first time I'm seeing who you are
Can't believe how much I see
when you're looking back at me
Now I understand what love is, love is
for the first time
For the first time


Sweet dreams...............

lobices disse...

...eu vi logo que as "ruminações privadas" não teriam aqui cabimento; por isso, fico mais descansado (não sei porquê)...
...todos nós temos uma maria ficcionada na nossa vida e elas, de certeza, um manel
...há sempre alguém que seria o "ideal" que é sempre inatingivel
...mas que teimamos em estarmos atentos à "sua" realidade; não o fazemos por mal nem por bem mas por necessidade; a procura do belo, a procura da forma ou do formato derradeiro; aquele que só virá nos nossos sonhos porque a realidade não se compadece com a virtualidade da realidade que o sonho nos permite alcançar
...vivam para sempre essas "marias" ficcionadas
...as "marias" que nos fazem perseguir os moinhos de vento de dom quixote
...as "marias" que só existem dentro de cada um de nós
...afinal
...há sempre uma "maria"...

andorinha disse...

Ram (7.00)
Gostei da "tua" resposta da Maria. Seria aquela que eu daria.:)

fora-de-lei (7.21)
Não gostei nada dessas provocações.:)
Que raio de afirmações são essas???

andorinha disse...

Lobices,
É verdade, há sempre um "manel".:)

Anónimo disse...

ADOREI...faz-nos sorrir e sonhar com o nosso manel ou maria...esta onda de romantismo é muito boa professor, todos precisamos de sonhar e continuar a acreditar nos nossos sonhos, esperando que quando encontrarmos o manel ou a maria tenhamos capacidade de os reconhecer e cuidar MUITO BEM! Afinal o que é que mais falta nos faz?? Estar apaixonados, pela vida, pelas pessoas....

A musica está óptima, bem escolhida Portocroft...

lobices disse...

...ficcionando a "maria":
...há dias deixei aqui a primeira carta da "minha maria"
...hoje atrevo-me a deixar a sua segunda carta; dentro de algum tempo deixarei também a sua última carta
...........................
acordei 2 (segunda carta)
...
"...continuo a acordar todas as noites... não há forma de o evitar... a tua ausência incendeia-me os sentidos... a tua falta provoca-me esta ânsia de te sentir presente... sofro neste sofrimento sofrido de dor e solidão...já não sei quem sou... também não interessa... lembras-te da última carta que te escrevi... sim, daquela em que acordei às 3 e 15 da manhã? Essa...sim, quando senti a tua falta e me acariciei como se fosses tu que o estivesses a fazer... oh meu amor, como sinto a tua falta!...
Não, não sei que horas são... até o relógio me tiraram deste sepulcro... olho pelas frinchas da janela e vejo luar... não sei a quantos estamos... mas isso tem importância? Que valor terá o dia em que me encontro se não te encontro num só momento? Desespero neste tormento de sentir a tua falta e não te sentir a presença... Como poderia sentir se tudo o que sinto é dor? Todos os nossos momentos me passam pela memória e esta lembrança chora, chora como se fosse ela a minha própria alma e eu não existisse...
Aqui onde estou não me lembro do que sou, só me lembro de ti e de todos os momentos em que estive contigo e contigo vivi... Sim, agora não vivo, apenas recordo... Dizem que recordar é viver... oh meu amor como pode ser viver se cada vez que me lembro, sinto que estou a morrer... as tuas mãos estão aqui no meu peito apertando-me os seios como tu tanto gostavas de fazer... a tua boca na minha boca e a humidade da tua língua na minha língua... o doce beijo nos meus mamilos e como as tuas mãos me penetravam com doçura e força ao mesmo tempo... oh meu bem, como te amo tanto... como te quero tanto... oh meu bem que lágrimas tão amargas estas que broto a todo o momento... olha, devem ser 4 da manhã... vem aí a enfermeira com a injecção do costume... continuam a dizer que esta minha loucura não tem cura... eu sei que não tem, como poderia ter? Como me posso curar da tua ausência? Como posso viver nesta minha morte? Não sei meu amor, não sei.
A enfermeira me aconchegou os cobertores... sabes, está frio e sinto frio dentro de mim... já não consigo falar... apenas olho no vazio... neste vazio que me preenche... Mas não preciso de mais nada, basta-me a lembrança dos momentos que vivemos... basta-me esta dor que vive comigo... bastam-me estas lágrimas... o meu pão de cada dia... o meu alimento neste vazio... sinto os olhos pesados... sei que vou dormir mais um pouco mas estou feliz pois vou dormir contigo nos meus braços, nestes braços que não te sentindo te lembram, te tocam, te apertam contra mim... lembras-te de quando adormecíamos assim? Como era bom acordar a meio da noite com os braços dormentes e sentir o calor do teu corpo abrasar este meu ser que de tanto te querer te perdeu... oh meu amor, como te amo... como sinto a tua ausência... vou dormir... até mais logo... lembra-te de mim como me lembro de ti... um resto de noite feliz, meu amor...
a tua Maria..."

Anónimo disse...

To Juliana

cito:
"todos precisamos de sonhar e continuar a acreditar nos nossos sonhos.."

O sonho...e o amor..é que comandam a vida ;))

Anónimo disse...

Lobices:

O texto é lindíssimo, mas o tom de sofrimento é destruidor do próprio amor, ou será do amor próprio? É uma carta de amor de despedida? De um amor impossível?

Acho que nos nossos sonhos deve estar presente um amor que não chegue ao ponto de nos fazer sofrer assim...não deixa de ser amor, mas deixa de ser partilha de sentimentos...e aí a busca da felicidade tem de continuar, porque o amor é acima de tudo feito das coisas simples, das coisas complicadas, mas sempre A DOIS.

Anónimo disse...

Lobices

É realmente assim que se sente quando acaba um amor, ou melhor, quando deixou de haver sintonia no amor ao ponto de ter que haver a separação....

Cada vez mais se sente na nossa sociedade o efeito nefasto que o corre corre diário tem nos relacionamentos, o amor é o que mais falta faz às pessoas, e é onde se investe menos tempo...contraditório, não? É o preço das economias modernas, ou a falta de definição de prioridades, ou ainda o consumismo a tomar conta da nossa natureza??

Prof...o desafio está nas "Marias" reais....

Anónimo disse...

Ser «gaja» é do caraças! :)

P.S.: Ser substimada, é bem pior!

Anónimo disse...

Elizabeth é engraçado porque o Lobices é a unica pessoa que escreve neste blog que consigo entender. Por favor não me chamem de Burra. O noiseformind ou seja o Peter não existe qualquer hipotese de entender o que escreve. Obstinado por sexooooooooooooooooo O prof.por quem nutro uma grande admiração muitas vezes não o entendo.Escreve por metaforas não é claro. Eu sei que faz de proposito. Porque ele é o genio,o dinosauro. Mas caramba sinto-me excluida . Elizabeth

Anónimo disse...

Raquel
"Ser "gaja" é do caraças" só porque muitos, mesmo muitos de nós homems e mulheres, deixamos, ou queremos que assim seja, amor com "A" grande não têm feminino nem masculino, está nas nossas mãos alinhar este desalinhamento emocional que transorna a vida.

lobices disse...

...to Juliana:
...
...a carta é simplesmente uma carta de amor
...uma carta sobre a dor que o amor provoca
...uma carta dum amor perdido por amor sofrido por amor desejado ao nível do impossivel
...uma carta de adeus
...no entanto, talvez devas ler a primeira para entenderes que a carta é de uma maria que enlouqueceu por amar de mais alguém que também a amou mas que a deixou e ela interroga-se porquê recordando o lado bom do amor que tiveram
...agora, "jaz" num leito de morte à espera dum fim anunciado

Anónimo disse...

Something to look forward to: link between C-sections and blood clots
Oh, terrific. Yesterday, I reported that more hospitals than ever are refusing to allow women to attempt Vaginal Births after C-Sections , and now I read this: women who have had C-sections are more susceptible ...
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lobices disse...

...Caro Prof: desculpe lá a insistência mas porque é que ainda não seguiu o meu conselho (já dado mais que uma vez) sobre a forma de evitar estes Spammers?...
...tão simples
vá lá

Anónimo disse...

Hello again

I couldn't sleep either....


Hello again, hello
Just called to say 'hello'
I couldn't sleep at all tonight
And I know it's late
But I couldn't wait

Hello, my friend, hello
Just called to let you know
I think about you every night
When I'm here alone
And you're there at home
Hello

Maybe it's been crazy
And maybe I'm to blame
But I put my heart above my head
We've been through it all
And you loved me just the same
And when you're not there
I just need to hear

Hello, my friend, hello
It's good to need you so
It's good to love you like I do
And to feel this way
When I hear you say
Hello

Hello, my friend, hello
Just called to let you know
I think about you every night
And I know it's late
But I couldn't wait
Hello

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

andorinha 8:40 PM

"Que raio de afirmações são essas ???"

Tanto quanto julgo saber, são afirmações da lavra do psicólogo-clínico irlandês John Fodewell...

andorinha disse...

fora-de-lei,
Que me interessa a mim que as afirmações sejam da lavra desse senhor....
E quero lá saber se é psicólogo clínico...
É essa também a tua opinião?

Anónimo disse...

Daría valor a las cosas, no por lo que valen, sino por lo que significan.

Dormiría poco, soñaría más, entiendo que por cada minuto que cerramos los ojos, perdemos sesenta segundos de luz. Andaría cuando los demás se detienen, despertaría cuando los demás duermen. Escucharía cuando los demás hablan y cómo disfrutaría de un buen helado de chocolate!

Si Dios me obsequiara un trozo de vida, vestiría sencillo, me tiraría de bruces al sol, dejando descubierto, no solamente mi cuerpo, sino mi alma.

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ

Anónimo disse...

andorinha 11:09 PM

"... quero lá saber se é psicólogo clínico... É essa também a tua opinião ?"

Embora John Fodewell seja para mim um referencial, não posso concordar com ele neste aspecto específico... ;-))

Su disse...

...as mulheres dizem uma coisa e os homens ouvem outra completamente diferente ....!
jocas

noiseformind disse...

Não vou resistir a este Copy Paste, não vou. O Éme provoca demais um gajo e depois dá nisto, um tipo passa-se e passa ao ataque. Tão a Maria não existe, ai é? Trata-se assim sem razão de ser e de forma quase verduga o trigo e o joio da plateia, e eu enfio a carapuça ; ))))))))))))))

O texto que vão ler (ou não) nos próximos minutos é apenas e só uma teoria, como todos os outros 50 que habitam este disco-rígido. Trata-se de uma análise pobrezinha de um ainda menos industrioso analista ; )))))))))))) no entanto cá fica, quem tiver melhor ou mais completa teoria... amande-a para esta banda... sou todo ouvidos.
E tu Boss, toma lá que é para aprenderes a tratar tão maldosamente (e desditosamente) quem te quer tão bem.(snif snif's aos molhos) :((((((


Satisfação e frustração na leitura de alguns livros de JMV ; ))))))))))))))))
ParteXXII – das encruzilhadas dos personagens e de como é nelas que o Autor aproveita para verter as suas próprias indecisões.



“Olhos nos olhos” soube-me a uma bela encruzilhada. Não se trata apenas de estilos narrativos que se entrecruzam, mas sim de ritmos de narrativa incompatíveis. Um escritor no cruzamento do seu próprio trabalho em idade que recomenda a definições mais explícitas. Alguns (ainda) mais crentes dirão que é fruto de criatividade. Olhando para toda a escrita precedente, eu apostaria que é o Professor a tentar livrar-se do “narrador omnipresente” que caracterizou toda a sua produção (seja como cronista, seja como romancista). Tacteia à volta, procura sentir rocha firme onde se ancorar para nova investida no romance (e cá estarei eu, e alguns milhares largos, à espera dessa investida). “Muros” parecia uma longa esquiva às personagens criadas, foi usado todo o repertório conhecido para evitar que as personagens falassem, como que uma textura uniformizadora percorrendo todos os acontecimentos. O narrador é um verdadeiro deus, atravessando a acção, o pensamento e a reflexão das personagens, sendo o próprio diálogo transformado em reflexão.

“na varanda a batalha não chegou a começar, pedro der-
rotado antecipadamente, batalha privada que só ela podia
ganhar. deve ter desistido, na manhã seguinte não quis falar
do assunto, não ligues, ontem estava deprimida, vai tudo
correr melhor, anda, mostra-me esse greco famoso por tão
sombrio.”

e na página 307… começa a preparação (encenação?) para as conversas finais, a única em que o narrador não toma de fio a pavio controlo da situação. Esta conversa tem características muito próprias. Deixamos o “jogo” entre homens e mulheres, em que tudo o resto surge consequencialmente das relações. Aqui começa-se com uma conversa entre pai e filho. Será a conversa que JMV teria com o seu próprio pai onde lhe seriam revelados os segredos que homens passados guardaram por milhares de anos? Balanço travestido de exegese travestida de conclusão inversa à fórmula tomada? Regresso ás origens para percepção de que uma geração não conta tanto como os seus próprios membros sentem e que o Amor é apenas outra forma de manter unida a propriedade das gerações?

“ Pedro e o pai junto ao moinho, como outrora patrão e ca-
seiro, em portas e janelas dobradiças de gosto sóbrio.
- Eram assim tão horríveis?
- Atrozes. Um dos arquitectos chegou a sugerir uns ga-
los de Barcelos sobre a lareira para condizer.
O pai sorriu.
- Vocês, os artistas, sempre desdenhosos. É estranho
imaginar o seu avô à procura de dobradiças na vila.
Pedro recordou a cena, o avô com ar de menino apanha-
do em falta, de boas intenções estão os crimes arquitectóni-
cós deste país cheios.
-Ele tinha pressa. Muita mesmo.
-Eu compreendo.
-Achas?
-Também me acontece pensar nos anos que restam.
Nessas alturas até acabar de ler o jornal parece tarefa indis-
pensável, quer-se partir deixando tudo em ordem.
Levá-lo com gentileza pela mão, o fim de semana ia ser
duro e ainda estava no princípio.
-Não era isso, ele não se preocupava demasiado com a
morte. Não tinha tempo. queria tudo pronto.
E explicou devagarinho que o citadino abraçara de alma
e coração o projecto sempre embalado pela mulheres, ela de
regresso e ele à descoberta, criar raízes. Também acreditava
em dinastia, pese embora o som herético da palavra, repu-
blicano até ao fim. Pedro contou os detalhes da história ata-
balhoada e reverencial do tio Celestino, o avô logo se pusera
a sonhar sonhos sem pés de barro, pelo contrário, assentes
em pedra granítica. Previra o crescimento da tribo, daí a
ideia das azenhas baptizadas de moinhos, de baptismo em
baptismo acabou por mudar o próprio nome da propriedade,
cãs dos moinhos ficou. Para um dia os netos perguntarem
como Celestino e ele tirar os óculos, ajeitar a manta e pedir-
lhes para nos intervalos do processo revolucionário em cur-
so lá em baixo não esquecerem um homem chamado cer
vantes e a sua revolução solitária. Via os netos casados,
acordariam ao som da água a correr, teimosamente acredita-
va em rejuvenecimento do riacho, a avó Lena de acordo
com milagre hídrico não anunciado – até com outros mais
bombásticos -, só não queria vê-lo órfão de sonhos. E ele
fazia-lhe a vontade, no fim da vida continuava a encher o
presente de futuro, os netos casados… se não tivesse algu-
mas dúvidas quanto à assistência médica no país em geral e
na beira em particular teria preferido que bolsas de água re-
bentassem um dia ali, vida familiar e caudal de riacho mais
fortes. Imaginava bisnetos com pernas a baloiçar e canas
atentas, gritos à moda de eduardo – apanhei um!, apanhei
um! -, depois lhes explicaria que o maus importante fora
conseguido. Perícia demonstrada, regresso à liberdade.
A Mariana de trazer outros da venda para a mesa(...)”

E depois todas as personagens rebentam em conversas, não já as conversas que podiam ser expressas pelo narrador, as conversas que já não são sobre coisas certas, jogos calculados e sentimentos precisos e antecipados (nunca em nenhum livro encontrei tantas vezes a palavra “antecipou” ; ))))))))))) ). O final do livro é um sem-fim de jogos na corda bamba feitos por personagens que descobriram a forma de dizer as coisas que queriam dizer e assim, de repente, elas tornaram-se prementes de serem ditas. As personagens libertam-se da tutela do Narrador nesse capítulo final e ele (não deveríamos antes dizer Ele) mais não pode do que assistir a vê-las fazerem os malabarismos a que ele (Ele mais uma vez) mesmo se nega.
Vingança final do Narrador: Não sabemos o que será destas personagens!!! Não existirão rotundos finais felizes, até a música canta,


There are places I’ll remember
All my life though some have changed
Some forever not for better
Some have gone and some remain
All these places have their moments
With lovers and friends I still can recall
Some are dead and some are living
In my life I’ve loved them all

But of all these friends and lovers
There is no one compares with you
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new
Though I know I’ll never lose affection
For people and things that went before
I know I’ll often stop and think about them
In my life I love you more

Até a música é cúmplice. Foi escolha do Narrador, não de Teresa, Teresa que é encostada à parede por uma mão inumana cuja força esmagadora a leva para a decisão. E depois ele Pedro, cúmplice do Narrador, cúmplice de Eduardo, dois homens inexistentes na vida de um Júlio Machado Vaz vivente entre nós apelam a uma mulher para escutar Beatles e antes de se enroscar nele aceitar o plural. Não o plural dos homens, mas a inevitabilidade daqueles braços. Não sei, chamem-me maluco, internem-me, mandem-me para um manicómio. Mas não consigo ver esta Teresa só na ficção, não consigo ver esta Teresa só como uma antagónica de escutar Beatles, que querem? Sou cismático ; ))))))))))) o deslizamento para fora da Esfera controlada do Narrador cheira a deriva nostálgica. Algo se foi desenvolvendo por ali fora e desse descontrolo o Narrador entregou por fim a voz ás personagens. Será que o Autor percebeu que estava ali a oportunidade para deixar de ser um control freak? Não sei... não me é dito... o Éme deu poucas entrevistas quando o livro foi lançado e menos ainda falou dele. Mas pronto... vejam como a cadência é inexorável. Afectos de pai-filho que se unem, conversas que aproximam e já não são apenas o resto de acções antecipadas. A realidade erguida lá para cima, onde o gesto é dito e o Autor tem também de usar as suas próprias palavras. Será que o fez para alguma vez dizer palavras que nunca disse? Será que se calou para permitir, num delírio de romantismo, que as personagens como que por si próprias dissessem "amo-te"? Amo-te resulta com a mulher, ela é sensível à palavra, mesmo que dita por intreposto quarteto de Liverpool, a mulher é a decisora suprema, o homem aninha-se nas suas deambulações, como a certa altura gritava Elizabeth Taylor em "Quem Tem Medo de Virginia Wolf": EU SOU A TERRA NUTRIDORA E TU NÃO ÉS DIGNO DE ME BEIJAR OS PÉS". Mulheres-esfínges, cujo mistério é perscrutar como decidem elas... e Beatles não são propriamente terreno neutro para o Autor... pois não?
Já naquela noite lá atrás, aquele pequeno excerto de "Muros" lá em cima que tb ajudou a ver melhor a omnipresença do narrador a mulher ficava presa de não ganhar a batalha que só ela podia ganhar. No fundo o Autor rende-se à terrível evidência e obriga-nos a aceitá-la da forma mais doce e tolerável: amar implica deixar de procurar, aceitar quem está, não partir, e amar alguém é buscar dentro de nós. A busca interna que o Autor nunca deixou de fazer? Que fazer quando não temos um irmão? Que fazer quando ela não ficou deitada lassamente a ouvir Beatles? As perguntas parecem-nos atiradas à cara, é o Autor despido a pedir-nos para contribuir com a nossa compreensão para com o seu sofrimento. Ou um grande fingidor claro...

22/03/2004 Viana

Anónimo disse...

Há uma Maria dentro de todas as mulheres portuguesas!!

Anónimo disse...

Psicólogo Clínico

Explico melhor a minha teoria:
A progesterona e os estrogénios como primeva erupção hormonal no planmeta Terra trazem consigo uma espécie de presbiopia, alteração visual que não permite ver as coisas ao perto, ou seja o óbvio, mas só ao longE.

Anónimo disse...

Senhor Jeus Cristo Filho Unigénito de Deus!
Depois de ler isto vir aqui falar sobre o Professor
parece quase um crime, de tão ignorante constatei ser.
À falta de melhores palavras e com a promessa de ler
até ao fim do ano pelo menos um livro do Professor
Júlio fico ilimitadamente agradecida ao Noiseformind
por essa gigantesca partilha, do fundo do coração!
(e agora remeto-me à minha ignorância extrema para
fazer o que vinha cá fazer antes deste choque:
dar as Boas Noites)

Boa Noite a Todos!

Pamina disse...

Noise(11.44),

Logo hoje que eu passei por aqui já tão tarde antes de me ir deitar, é que você escreve uma coisa destas. Seria terrível deixar o seu comentário incomentado até de manhã, apenas entregue ao eventual Spam, etc. O maralhal deve andar na farra ou então ficou tudo flabbergasted.

Gostei de ler a sua crítica literária psicanalítica ou psicanálise literária, conforme preferir. Não há dúvida que é interesante. O problema é se o autor for mesmo um fingidor, como você admite. Lá se vão as teorias ao ar, não é?:)
Em primeiro lugar, devo dizer que gostei imenso do fim do "Muros", apesar da ambiguidade. Como você diz, não sabemos ao certo o que será destas personagens. Acho que talvez ficássemos mais descansados se o livro acabasse na pag.298 (fez-me ir lá abaixo buscá-lo à estante). Quanto à Teresa, eu vejo nela a esperança de continuação daquela família e daquela dinastia de mulheres. Gostei muito da cena da passagem do testemunho, apesar da Teresa ter sido algo "encostada" à parede, como você refere e ela própria reconhece:"Teresa pensou que era a noite de todas as armadilhas". É muito belo o momento da confirmação, através daquele: "A menina lá sabe. Boa noite Teresinha." da Mariana. Acho que a cena tem o seu quê de Agustiniano (a tal dinastia de mulheres). Aliás a Mariana é uma personagem muito Agustiniana, não é?
Relativamente ao casal Teresa/Eduardo, a maior parte do livro ocupa-se dos outros casais (a figura de Teresa era relativamente apagada), até que quase no final eles surgem como o verdadeiro "par forte" e o autor põe-nos a todos a torcer para que aquilo resulte mesmo, com os netos a visitarem as igrejas e tudo. E admitamos, faz-nos ficar um bocado invejosos, não faz?
Como você disse a coisa lindamente, nesta altura também vou fazer copy paste: "No fundo o Autor rende-se à terrível evidência e obriga-nos a aceitá-la da forma mais doce e tolerável: amar implica deixar de procurar, aceitar quem está, não partir, e amar alguém é buscar dentro de nós." Concordo consigo. Acho que é isso mesmo que o autor nos diz. (Se calhar amanhã vem o Prof.JMV dizer que não era. Na moderna crítica literária, o intencionismo é considerado uma das 3 bêtes noires, junto com a paráfrase e o biografismo. Mea culpa…) Mas, eu acho que é mesmo. Só não sei se a evidência é assim tão terrível. Não se ganha mais do que se perde, ou o autor estará mesmo a dourar a pílula?

Anónimo disse...

Só de longE., parece-me que a 'fingição' é uma chave hábil, como solução para as inexoráveis perdas da realidade.

noiseformind disse...

Pam,
Ainda há dias dizia no meu blog para as pessoas terem cuidado a usar “que é que queres que te diga” ou a sua prima “que é que queres que te faça”, pois isso demonstrava insensibilidade. Parece-me que por vezes não se trata de insensibilidade mas pode ser por pura incapacidade de retorquir. Que é que queres que te diga? ; ))))))))))))))))))))

“O problema é se o autor for mesmo um fingidor, como você admite. Lá se vão as teorias ao ar, não é?:)”

E dizes tu muito bem, coloquei a frase final depois do Copy Paste, detesto absolutismos e quis dar espaço ao Boss para descançar a bota caso se sentisse invadido (coisa que aqui o Je nunca pretendeu fazer). Mas nem nos meus sonhos mais húmidos de sexo em grupo com islandesas me passou pela cabeça que as 300 e tal visitas que por cá passaram hoje se quedassem tão mudas, afinal o que apaixona tb nos torna reverenciais, e é bom partilhar esta sensação com muitos outros de nós, Murcunianos e Murcunitas ; ))))))


“Acho que talvez ficássemos mais descansados se o livro acabasse na pag.298 (fez-me ir lá abaixo buscá-lo à estante).”

Na edição da Bertrand seria a pág 305 ; )))))))) por isso me referi sobre maneira ao último capítulo. Somos trazidos em suspenso, de forma autonómica, como crianças, e depois, brutalmente, todo um universo de procura de soluções nos é apresentado. O Narrador habitua-nos com a sua omnipresença e depois tira-nos a rede, como num “pensem nisto” que de tão tardio e tão complexo é quase ofensivo ; )))))))



“Acho que a cena tem o seu quê de Agustiniano (a tal dinastia de mulheres). Aliás a Mariana é uma personagem muito Agustiniana, não é?“

Diria mais até Pam. Eu até creio que Teresa é uma Fisalina moderna, partindo entre o que é boçal no Tempo para depois irmos até ao que é extraordinário. A separação dos homens não me parece assim mecanismo tão moderno. “Amámos as mulheres que escolheram que as amássemos” ; ))))))))) Onde está o Grande Pai em “Muros”? ; )




”E admitamos, faz-nos ficar um bocado invejosos, não faz?”

A mim não tanto inveja, mais a riqueza do detalhe… apaoxonámo-nos pelas personagens e a certa altura queríamos ter alguns daqueles mecanismos e roldanas escondidas na nossa vida, não perder o que perdemos para sempre, reciclar o afecto, estender de novo as asas para o Sol sem medir a altitude do voo… sei lá… tantas coisas que aqui podemos dizer. Mas há uma simplificação atroz neste Muros. Decisões próprias, ausência de criação de filhos, escolha de momentos temporais propícios À acção, mão suave em empregos e amizades terceiras. Como se o Narrados tivesse medo de entrar tb nesses locais e assim se dispersasse da filigrana que tem para nos transmitir. ; ))))))



”(Se calhar amanhã vem o Prof.JMV dizer que não era. Na moderna crítica literária, o intencionismo é considerado uma das 3 bêtes noires, junto com a paráfrase e o biografismo. Mea culpa…) Mas, eu acho que é mesmo. Só não sei se a evidência é assim tão terrível. Não se ganha mais do que se perde, ou o autor estará mesmo a dourar a pílula?”

Claro que vem, e a análise está mais do que incompleta. O Júlio a chorar baba e ranho por uma mulher? Meu Deus, ele é o 10º homem mais sexy de Portugal ; ))))))))))))))))

Anónimo disse...

"Manel", meu querido,

Dedico-te um poema porque sei que gostas tanto de poesia como eu:

"Iremos juntos separados,
as palavras mordidas uma a uma,
taciturnas, cintilantes
- Ó meu amor, constelação de bruma,
ombro dos meus braços hesitantes.
Esquecidos, lembrados, repetidos
na boca dos amantes que se beijam
no alto dos navios;
desfeitos ambos, ambos inteiros,
no rasto dos peixes luminosos,
afogados na voz dos marinheiros."
...

Viagem
Eugénio de Andrade

Espero que gostes.

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Isto diz-se? ;)))))

MÉDICOS SEM DISPONIBILIDADE

Uma situação que é perfeitamente compreendida e aceite pelo médico psiquiatra Júlio Machado Vaz que explica ao CM esta questão que ele considera fulcral: “Não precisamos deste estudo para reconhecer a extraordinária importância da relação médico-doente e lamentar que não seja, com frequência, a mais adequada.”

Reconhecida a crítica, Júlio Machado Vaz vai mais longe ao lembrar os inquéritos feitos à população, em que as “principais queixas não são relativas à competência dos médicos, mas à sua disponibilidade e trato. Que dependem de características pessoais, da formação (não) recebida e – não esquecer! – das condições de trabalho que lhes são proporcionadas”.

Além da importância da relação médico-paciente, que se reflecte na evolução do estado clínico do doente, o psiquiatra diz não duvidar, “por um momento que alguma medicina homeopática funcione apenas através do efeito placebo.” “Toda, parece-me uma afirmação exagerada. Não creio que a Medicina Ocidental possua os conhecimentos suficientes para a fazer e é bom lembrar que ela própria utiliza largamente o efeito placebo, desejo-o ou não.”


MÉDICOS SEM DISPONIBILIDADE

Anónimo disse...

Ainda estou a saborear nos neurónios o Vintage que me foi servido pelo Noiseformind e o Queijo da Serra amanteigado com que a Pamina o acompanhou Portocroft. Mas lá chegarei, lá chegarei.

Su disse...

noise, o choro não é um sentimento traduzido em lágrimas?
então qq um chora, logo ele chora ...inclusivé o 1º da lista q nem sei quem é:)))
jocas

Anónimo disse...

ORA BOM DIA, ou boa tarde, quase boa noite!
Professor,nunca li livro nenhum seu mas com gente desta a espevitar-me para ler como poderia resistir? Amanhã tenho um encontro com o seu Muros na FNAC, está prometido. 5€ que vai receber esta semana vão ser do meu bolso. Gaste-os bem;)

Anónimo disse...

Chamo-me Maria Madalena. E gosto mais do 2.º nome. Ele completa essa espécie de "pronto-a-vestir" tranquilizador, escamoteador do conflito, que o nome "Maria" transporta.Com Maria lá vem a "turris Eburnea", a "Virgo castissima", a boa maria das arrecadas, a intuição, etc. Aliás a Maria virgem descende de uma má tradução do hebraico,sucessivamente para o grego e para o latim, nos textos bíblicos que falavam de uma "Maria, mulher nova" e que foi traduzido in fine para Maria virgem. Depois, clérigos e teólogos em sinistros concílios, fizeram o dogma.

Mas não é isto que principalmente quero dizer; aliás essa dualidade simbólica -que todo o símbolo contém daria pano para mangas. Quero felicitar as duas personagens e reparem que não digo pessoas nem personalidades -e as outras, heterónimos, ou não, que me perdoem - que aqui "vivem" no blogue: o murcon e o noise. Por motivos diferentes, fascinantes. O murcon disfarçado de patriarca terapêutico, acaba por dar umas ficcionais melhores que o Lobo Antunes que tem peneiras a Nobel. O noise disfarçado de predador sexual, tem uma energia estonteante ácido-irónica que não disfarça a ternura por imensas coisas. FALO DE PERSONAGENS.
`´E óbvio que na poesia e na ficção se ficciona. E até nas biogrefias tout court se ficciona. Segundo dizia, pelo menos o Huxley e muito bem que lhes chamava ironicamente "ficções biográficas"
Lavo-vos os pés, meus queridos murcon e noise, ponho bálsamo e seco-os com os meus longos cabelos.

Madalena

Anónimo disse...

Esqueci-me de dizer que um dos bons atributos da personagem "noise" é a escrita e a pose de uma espécie de jovem cientista out-sider.

Anónimo disse...

Eu tinha uma teoria engraçada sobre ele, até que naquele post em que se falou (pouco infelizmente) do orgasmo feminino comecei a conversar com ele no MSN e sinceramente fiquei convencida. Noiseformind é só mesmo uma pessoa, o que não deixa de ser perturbador. Uma pessoa que escreve posts e comentários pela noite dentro até de madrugada, que tão novo vive já uma autonomia considerável, já para não falar na escrita. Claro que o associo ao Júlio, é impossível não ver no Peter uma solução para as nossas dúvidas quando o Professor joga "à defesa", como aliás concordo que deve fazer, afinal ele é uma figura pública e tem que ter cuidado com o que escreve. Assim é-me natural "virar-me" para o Peter sempre que acho que o Professor se está a resguardar. Em termos religiosos é uma espécie de intercessor. Temos lá no alto o Professor e mais perto de nós alguém que sem menos humanidade e relevância mas muito mais disponível e com menos solicitações. O sexo para ele é uma espécie de marca-de-agua (tem ifens?) das relações, uma relação pode ser muito boa com bom sexo mas sem bom sexo estará sempre limitada, e assumir isso numa sociedade ainda tão romântica como a portuguesa é como estar a chamar os aldeões com os archotes para se queimar. Vou ser sincera, ás vezes gostava que o Professor fosse mais um bocadinho como o Peter na forma como escreve, parece centrado em coisas tão metafísicas que os assuntos dos pobres terrestres têm de ser metidos à pressão e há logo uma corte de pessoas de meia-idade (física mas acima de tudo mental) que não nos deixa descer ao dia-a-dia (tem ifens?) das pessoas normais, idealizam tudo, sei lá, parece tudo muito lindo, muito colorido, muito certo e para alguém que tá a meio de um curso como eu e já tá a ver a coisa muito preta se calhar a vida tem outro tipo de angústia, menos expressa em poesia e mais expressa em tristeza e esperança, pq alguém jovem não deve deitar fora a esperança. Olhem, que posso mais dizer? Estar a ler o Murcon é uma dupla experiência. Lê-se o que o Professor Júlio diz e depois vai-se à procura do primeiro comentário do Peter para perceber;) não estou a dizer que não existam aqui outras pessoas de valor, simplesmente não se expressam de forma a ficarmos a perceber o que estão a dizer profundamente, parecem frases ditas ao desbarato. Isto não é uma crítica, mas reparo muita gente que normalmente apresenta textos mais ou menos longos evita interpelar o que o Peter diz. Acho que isso mostra bem o país que temos. Alguém diz algo bem fundamentado e bem escrito e o resto abaixa as orelhas, assobia para o lado, sacode a água do capote. Lembro-me daquela deliciosa entrevista daquele poeta na TSF que estava fabulosa e tirando eu e mais 2 ou 3 pessoas os comentadores habituais nem lhe ligaram, e era uma oportunidade fabulosa de falarmos aqui de poesia a sério, sem ser meter aqui um poema de forma acrítica. Eu contra mim falo, tenho tendência para falar de quem gosto muito e omitir quem gosto menos, mas cada um terá as suas preferências e os seus gostos não é? Cada um saberá de quem gosta mais de ler;) reconhecer a capacidade de alguém não é ser acrítica e eu não sou, apenas não tenho problemas em admitir que nunca seria capaz de escrever as coisas que o Peter escreve, sem inveja ou ironia. E para si Professor, o maior dos beijões!

Su disse...

olha zsazsa podes não conseguir escrever como o noise que dizes e mto bem é o primeiro a ser procurado pelos seus comentários tão esclarecedores, bem escritos e tão bem trabalhados que ninguem os refuta.... mas que tu conseguiste dizer/escrever o que a maioria pensa incluindo a minha pessoa, conseguiste

jocas para ti
beijos para o Prof
e loucuras para o noise

(repara até que as "desdedidas" são bem diferentes... de acordo com o "acesso", como tu bem o dizes)

Su disse...

opss vou mandar mais beijos para ser o 100 rsrs

Su disse...

..é verdade Prof à conta do Noise (apesar de só ter um livro seu), vou amanha correndo comprar todos os outros...começando pelo Muros.
... daí só pode ter o noise como "agente" ..só pode ....ele aumenta suas vendas! já reparou ...
ok jocas para si ;)

Anónimo disse...

Professor,

Quando tiver tempo, não seria melhor explicar aos seus discípulos e a quem mais ler, as várias acepções de "Romantismo"?
E que mesmo nas uniões homossexuais há ternura, respeito e o "desprezível" romantismo?
Grato pela excelência deste blogue.
R.

Anónimo disse...

Alfinete de Peito

Mas a recepção de cada leitor, segundo as suas próprias circunstâncias humanas e temporais é que faz a grandeza da Literatura. A primeira coisa que se devia ensinar é que não há leituras unívocas.

Anónimo disse...

O professor está lá em cima
e o Pedro sem o Lobo mais abaixo...
Mas que idade mental tem esta gente? Dez anos?

andorinha disse...

Zsazsa (9.38)

Não serás tu o Noise???
Com tantos elogios que lhe fazes, até poderias ser.
Estou a brincar.:))))
Li com atenção o que escreveste e concordo, até certo ponto, contigo.
O Noise tem uma energia estonteante, debate os assuntos com uma enorme profundidade, tem (ultimamente) manifestado possuir um excelente sentido de humor, é uma mais-valia neste blog.
Leio sempre atentamente o que ele escreve ( minto, sempre, não; quando são "testamentos" confesso que nem sempre leio tudo):)))
Agora não o vejo como "uma solução das nossas dúvidas quando o Júlio joga "à defesa" ou como a pessoa que descodifica o que o Júlio escreve.
"...às vezes gostava que o Professor fosse mais um bocadinho como o Peter na forma como escreve...".
Seria isso possível? E desejável? Cada um tem a sua identidade própria e o seu estilo tão peculiar que seria um crime pretender que se assemelhassem na forma como escrevem e abordam os assuntos. E há a diferença de idade, não te esqueças:).
Só isso já tornaria complicado essa "uniformização" e empobreceria o Murcon, na minha opinião.
Nunca me apercebi que as pessoas evitem interpelar o Peter. Acho até que algumas o fazem bastantes vezes. Eu falo por mim - não tenho qualquer problema em fazê-lo; só não o faço quando aquilo que ele diz não me suscita qualquer dúvida.
Agora também tenho que te dizer uma coisa - no início não era fácil interpelar o Noise.
Ele era tão mais inteligente e culto que o comum dos mortais que qualquer um que fizesse algum comentário ou lhe pusesse uma questão corria o risco de ouvir uma resposta que eu classificaria eufemisticamente de desagradável.:)
Ultimamente ele tem tido uma atitude diferente e assim é possível ( e enriquecedor) conversar com ele.
Agora não vamos endeusar o Noise e dizer que tudo o resto é paisagem.
Há aqui também outras pessoas com comentários tão válidos e pertinentes como os dele; cada pessoa tem o seu estilo próprio e comenta as coisas ao seu jeito( nem melhor nem pior- apenas diferente). Esta heterogeneidade de estilos é também um dos aspectos positivos do blog.
Sim,claro, às vezes aparecem umas frases ao desbarato, que parece que foram metidas "a martelo", mas como disse o Júlio, aqui há de tudo como na botica.:) Selecciona-se e pronto, passa-se à frente.
Seria um disparate e sinal de pouca inteligência ler algo bem fundamentado e bem escrito e ignorar.
Só não percebo onde foste buscar a ideia de que as pessoas de meia idade idealizam tudo, que pensam que se vive no melhor dos mundos, que tudo é poesia e é tudo muito colorido.
Eu não acho, acho que há muita frustração, muita angústia, muita solidão, a vida não está fácil e muito menos para os jovens...há imensa coisa a fazer "to make this world a better place".

Não sei que idade tens, mas nunca deites fora a esperança, não tens esse direito.:) Eu, com esta idade, ainda não a deitei...

"...reconhecer a capacidade de alguém não é ser acrítica e eu não sou, apenas não tenho problemas em admitir que nunca seria capaz de escrever as coisas que o Peter escreve, sem inveja ou ironia. E para si Professor, o maior dos beijões!"
Subscrevo esta frase por inteiro.:)

Aparece mais vezes, até como contraponto aos "comentadores habituais" ( sem qualquer ironia).

noiseformind disse...

I LOVE THE SMELL OF BLOGGING IN THE MORNING! : )))))))))))))))))

Bem... não tenho palavras pessoal, vocês calaram-me. Andava eu todo preocupado em fazer com que o "Estes Dificeis Amores" fosse transmitido esta madrugada (chamadas para aqui, ameaças para ali, queixas para acolá) que nem vim a este recanto portanto espero que me perdoem o silêncio, afinal aconteceu pela melhor causa possível, o Boss. Não sou mais nem menos do que alguém que navegue por estas bandas, sou quem sou e se isso me liga a vocês da maneira que liga então só posso ficar satisfeito ; )))))))))))))))))))))))) o papel de "intercessor" tem-me sido atribuido sem qq contributo da minha parte para isso, limito-me a responder aos mails que me chegam à caixa de correio, imagino que isso, interpretado por pessoas sem a tal inveja patológica, seja um misto de curiosidade em relação ao Outro e boa-educação. Não tenho idealizações das conversas aqui, ás vezes elas azedam, é preciso é não as deixar passar de um certo ponto, estabelecer os nossos limites de contribuição para a "pancada" que aqui se dá. Se alguém vai pelo caminho do narcisismo e exibicionismo é deixá-lo ir sozinho, e contribuir para o espaço de tertúlia.

De certa forma, como a Andorinha e a Zsazz disseram, fiquei triste por um texto tão focado no Boss não ter tido interesse para quase nenhum dos comentadores habituais, excepção feita à Pamina. Ao invés disso os mails a insultar para a minha caixa de correio foram vários, o que mostra que para muito o Murcon é apenas um espaço de auto-valorização. Quando chega a altura de falar de quem nos une aqui neste cantinho assobiam para o lado, não lhes interessa, que chatice. Será pq nunga pegaram num livro dele? Será pq nunca o acharam mais interessante do que a ocasional sintonia radiofónica? Não sei, as respostas certamente não serão dadas.

A Ana e a Marakokas vão comprar livros do Boss? Muito bem, muito bem, essa será, de todas as possíveis e imagináveis reacções ao meu já velhinho texto, a mais desejada de todas. Muros é para mim uma obra-prima. Mas fica a ressalva. A ausência de verbos em Muros pode tornar a acção indeslindável. Assim, comprem ao mesmo tempo "Estes Difíceis Amores" ou "Olhos no Olhos", e sempre que desanimarem de ler Muros virem os olhos para essa escrita ; ))))))))))) é uma sugestão que tem dois pendores importantes, o menos importante dos quais é, garanto-vos, comprarem dois livros em vez de um ; ))))))))))))))))))))))) o mais importante será perceberem o problema que referi no meu texto: a necessidade da omipresença do narrador e o trabalho de filigrana nas frases de Muros ;)))))))))))))))))))))))))

Zsazsa,
Essa coisa de as pessoas se evitarem é como nos bares, não tem nada de pessoal ou de determinante. Uma pessoa chega ao seu bar habitual e vê lá alguém que não gosta é natural que não fale com essa pessoa não é?; )))))))))))))))))))
Claro que ao não o fazerem mostram que nestas coisas do virtual levam "desaforo pra casa", nada mais desgraçadamente inútil, resumir a nossa reacção a quem nós "gostámos", a pessoas por quem temos empatia ou a pessoas que começamos a conhecer no dia a dia (e já conheço algumas a partir deste blog, felizmente). Nada mais simples se pode fazer para matar a tertúlia. A tertúlia nasce de ideias próprias de pessoas dissimilares e da sua capacidade para aceitar e refutar o Outro, dando-lhe valor. Se alguém se recusa a dar valor ao outro ficando calado à espera que um "dos seus" venha com mais qq coisa para lhe meter um sorrisinho e o "concordo" da praxe então mais vale fazer um fórum para depois fazer diferentes caixas de comentários que não se tocam.:)))))))))))))))))

Andorinha,
Isso da diferença de idade diz-se? ; ))))))))) Obrigada pelas palavras, foram muitas e conscientes, excelente retrato polaroid da minha passagem por esta caixa de comentários, o início, o próximo, o actual, tudo muito bem visto sim senhora. Realmente tens razão, quem cá chega de novo tem tendÊncia (Como eu tive) para reinvidicar o seu espaço à custa de uma certa arrogÂncia. Depois ou mostra algum bom-senso ou acaba a falar sozinho. Penso que essa "curva" se aplica a mim tb, todas as pessoas que são colocadas num ambiente social têm de se adaptar, seja um novo país, seja uma nova caixa de comentários.; )))))))))))))))))))) o problema está se não o fizerem, formam-se os tais grupinhos, x que só responde a y ou z. Muitas pessoas dizem-me isso e até tenho o cuidado de lhes dar as "boas-vindas" respondendo-lhes quando colocam os seus primeiros comentários, como forma de se sentirem bem aqui, afinal quem é que gosta de chegar ao bar da moda e não ter ninguém com quem cavacar? ; ))))))))))))))))))
Quanto a eu ser mais parecido com o Éme, até não seria má ideia, não me importava de ser clone dele, até pq mesmo os clones desenvolvem psique própria por via da aprendizagem. E depois era só tomar o lugar dele looooooooooool loooool looooooool loooooooooool looooooooooooooool Cantelães aqui vou eu!!!!!!!!!! looooooool loooooooool looooooooooooool

(Maria) Madalena,
Sem dúvida, essa questão está mais do que esclarecida e é um dos fundamentos pelos quais devemos viver a nossa religião muito virados para os outros e não para as rezas e missas deste mundo. Uma religião de nada serve se não fôr essencialmente um código de conduta. Jesus Cristo não gostaria certamente de ver esses conventos de gente fechada longe do mundo, entristece-me muito essa pratica, mas a eles tb muitas (muitas mesmo) das minhas os entristecerão; ))))))))))))))))
Quanto ao Pai e ao Filho, acho que ainda falta aí o Espírito Santo (o Porty) para termos a Santíssima Trindade presente looooooooooool loooooooooooooool looooooooool looooooooooool loooooooooooool looooooooool loooooooooool
Obrigado por gostares da minha "personagem". Espero que não fiques desiludida quando te digo que sou assim no dia a dia ; )))))))))))))))) obrigada pela simpatia e pelo interesse, mas na próxima discorda mais que isto tem piada é com as garras um pouco de fora ; )))))))))))))))))))

Abração e beijões (que mãos largas)



Peter

Anónimo disse...

Caro Professor,

já que partilhou connosco um extracto de relação interpessoal, real ou fictícia, gostava de lhe fazer uma pergunta, cliché provavelmente, mas à qual ainda não obtive resposta e que me deixa curioso. Nas relações que tem, sejam profissionais, de amizade ou amorosas, mas principalmente nestas últimas, o facto de ser psiquiatra não condiciona de certo modo as suas relações? Isto é, não tende a ver e a interpretar os estados emocionais, os sentimentos e as maneiras de ser da sua parceira à luz do seu conhecimento psiquiátrico? Peço desde já desculpa caso a minha pergunta seja demasiado íntima e deixo ao seu critério determinar se deve responder ou não, assegurando-lhe que não ficarei ofendido se não o fizer. :)

andorinha disse...

Noise,
Depois de uma noitada nos copos com amigos :))))))))))))))))) li só agora o que escreveste.
Não tens nada que me agradecer o retrato polaroid que faço da tua passagem por esta caixa de comentários.:)))))
Basta que reconheças que é um retrato fiel do que se passou.:)))

Falando agora mais a sério, é excelente a análise que fazes das nossas andanças por aqui. Só posso dizer que subscrevo tudo o que dizes e apenas queria ressaltar alguns aspectos que achei os mais relevantes.

"A tertúlia nasce de ideias próprias de pessoas dissimilares e da sua capacidade para aceitar e refutar o Outro, dando-lhe valor. Se alguém se recusa a dar valor ao outro ficando calado à espera que um "dos seus" venha com mais qq coisa para lhe meter um sorrisinho e o "concordo" da praxe então mais vale fazer um fórum para depois fazer diferentes caixas de comentários que não se tocam.:)))))))))))))))))"
EXACTAMENTE! PENSO RIGOROSAMENTE O MESMO!

"Se alguém vai pelo caminho do narcisismo e exibicionismo é deixá-lo ir sozinho, e contribuir para o espaço de tertúlia."
"...formam-se os tais grupinhos, x só responde a y ou z".
Mais uma vez que posso eu dizer? Que concordo em absoluto.
Pela minha parte tenho sempre tentado não entrar em grupinhos (não faz o meu estilo) e tento responder a todas as letras do abecedário.:))))))))))))))))
Os grupinhos desvirtuam o espírito da tertúlia.

Last but not the least - Não queiras tomar o lugar do ÉME,(até porque ele, de certeza, não deixa). LOOOOOOOOOOOOOOOOOL
Tens o teu espaço próprio, queres maior elogio do que este?:)))

Anónimo disse...

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I'm thinking of adding a forex currency trading system on my site, when I do, your all more that welcome to come a leave tips and help...

Until then take care!
Steward.