Quanto à análise da escolha acho que é melhor nos fazermos ao que disse o EUBOZENO: sem ser a palavra MÃE. Pq ainda há esta mania de que vimos das nossas mães e os pais são apenas guias da origem ao mundo, seres desajeitados incapazes de competir com o colo e leite primievo...
Eu Pai/Avô me confesso: Quando eles começam aos berros, por vezes penso: "Se eu fosse mais novo já tinhas quinado". ;)))
Mas, do alto da minha "provecta idade", um sorriso aflora-me os lábios. Salto para a carpete e, acabo por ser chamado à atenção, pela vizinha do lado. ;)))))
E EGO, não esquecer EGO (tás tramado Éme, isto agora é como o futebol, juntamo-nos aqui nesta prazenteira mesa de café e fazemos prognósticos) ; )))))))))))
Samsara, Right on the money miúda, na mouche!!! ; )))))))))))))))))
Porty, Avô???????? Já tou a ver que o Jantar vai ser À volta de "tenho de ter cuidado com o colestrol" e "não possoe xagerar na bebida senão o meu fígado...". Ou és avô de filogenia e não de "estatuto"??? ; )))))))))
ainda ontem ou isso, estava a falar com uma nossa amiga sobre isso. Se eu fosse a prestar atenção e a seguir os conselhos dos médicos de Cliníca Geral, desde os meus 15 anos que seria abstémio. Não sou. Nem por sombras. Prefiro viver 50 bem vividos que 80 a me arrastar.
Mas, a verdade é que, há cerca de um mês fiz uns exames para verificar do estado de saúde da próstata e fizeram-me exames complementares e acusei uma taxa elevadissíma de colesterol. No Problemo!...Venha um Bacalhau com batatas, grão e grelos. ;))))
Isso dos exames complementares tem que se lhe diga! Ingerir frutos secos na véspera da colheita dá uns níveis muito altos....e depois há sempre a estatística, e os erros de calibração dos aparelhos, enfim....a Ciência não é MÃE, é madrasta.
Não tem nada que se lhe diga. Referia-me a exames de rotina.;)))
Nada disso. Nem fruta seca nem fresca. Regra geral, como fruta ao lanche ou quando me apetece (podem excluir a fruta do jantar que, para mim, está tudo bem. Prefiro um cimbalino e um digestivo), mas sempre entre refeições.
PortoCroft: daqui o Anónimo dos tempos anteriores....
Estava mesmo a referir-me aos exames de rotina....quem quiser ser enganado por uns níveis falsamente elevados de colesterol e outros que tais basta sucumbir aos amendoins ou cajus no dia anterior...
Realmente, gosto muito amendoins e caju a acompanhar uma loirinha. Mas, não creio que tenha sido isso. Eu sou doido por molhos. De tal forma que nem me custa nada deixar a comida de lado desde que garanta o demolhar exclusivo. ;)))) Acho que é disso.
...Eubozeno (que utiliza o sistema Mac e com o qual se satisfaz em pleno...o Intosh fica ao lado) faz uma sugestão e de imediato o nosso Prof lhe obedece: esclarece que não há problema, se MÃE não vale pode ser PAI, ou SIM, ou LUZ, ou NÓS... ...seguidamente diz que o Noise explicará as motivações freudianas para cada uma delas porque outros valores mais altos (em decicéis) se alevantam e ele, como AVÔ que é acorre de imediato nem que seja para agravar a situação... ...perfeito quadro pintado que daria pano para mangas em matéria de discussão freudiana; será?... Mas quem sou eu que nunca li Freud nem Jung, nem Ping nem Pung? Resta-me a minha própria leitura, o meu próprio entendimento sobre a proposição da questão pelo o Eubozeno, como que um desafio para verificar, in loco, quais os comentadores que se aguentariam com tal tipo de discussão... ...lamento Eubozeno, mas não aceito esse desafio; isso é algo como quem diz: "aqui são todos "espertos" a falarem de temas gerais e pouco "técnicos"; mas se os levarmos ao cume da montanha veremos quem tem oxigénio para lá chegar... ...nunca pretendi subir ao Everest; adoro a planície que me cerca e as palavras que leio ou que escrevo; adoro o verde dos meus campos e o chilrear dos meus pardais; adoro o cheiro a terra molhada quando chove; adoro o sabor do mel em leite açucarado... ...depois, de que serve um SIM (o tal com que a Ioko apanhou o Lennon), de que serve um PAI sem filhos ou uma LUZ sem as trevas; de que serve um VEM se não houver partida ou sequer lugar de chegada? de que serve um NÓS se a unidade não existir? ...prefiro não discutir; ler apenas e fingir que subentendo o que não percebo é algo que não sei fazer; desfaço-me assim do peso da carga que o tema possa conter; deixo apenas fluir a imaginação onde não cabe a realidade; deixo que seja o sentido da visão a guiar a minha sensibilidade pelo resultado que o conjunto das letras formam os conceitos... - PAI, que tive e que sou - SIM, a tudo o que não seja não - LUZ, mesmo que da treva surja - VEM, a meus braços a emoção - NÓS, em paz e em congregação ...porém, quisera ter aqui ao lado os netos aos berros e que, por isso, meu dever fosse não vos ler mas ir, como diz o Profe, com gosto, agravar ainda mais a situação... ...com um sorriso, o voto de um BOM domingo para todos...
Qual é o prémio se se decifrar o enigma? Quanto à 1ª palavra, penso que a explicação é óbvia. Quanto às outras, parece-me uma SMS que o Prof. JMV enviou à namorada: SIM LUZ, VEM. NÓS.
Cheguei PAI. Olho e vejo a casa velha erguer-se no meio da escuridão fria. Ausência de LUZ. As janelas cerradas como bocas secas cansadas de gritar. As paredes gastas e moribundas como as fotografias amarelecidas pelo tempo. Lá de dentro VEM um calor muito forte, proveniente da vida que um dia lá aconteceu e que se infiltrou nos espaços vazios. Agora sei que não foi a última vez. Porque um mundo não desaparece de um dia para o outro. Porque é a vida de cada um de NÓS que tatua o Universo. Foi SIM, de certeza, uma primeira vez.
(Professor, apeteceu-me pegar nas palavras que propôs e deixar as minhas mãos livres percorrerem o teclado...)
Para isso tem que se saber responder a uns enigmas mais complicados, tipo Esfinge de Tebas:) Ó Teseu, se você anda por aí, não quererá ir comigo a um jantarzinho muito simpático...?
Júlio, Olhe, pode trazer os seus netinhos para o jantar, como o Noiseformind vai já têm alguém (quase) da idade deles para brincar;) (tou a brincar Noise, adoro tudo o que escreves) E se tiver um tempinho gostava que me fizesse um favor Júlio, e fosse lá atrás ao post anterior ler uma teoria que tenho lá sobre o Noiseformind, pode ir? Por falar no jantar, alguém sabe se o Professor vai escolher alguém para se sentar ao lado dele no jantar ou vamos por aquele sistema do Euromilhões que falaram ao início? Bem, como não o conheço nem nunca falei com ele só me resta suspirar (suspiro!) muito (suspiro! suspiro! suspiro! suspiro! suspiro! suspiro!) por ele se manter em silêncio (para ser por esse tal sistema) e não aparecer lá de NAMORADA. SIM JÚLIO, ISSO SERIA UMA DESFEITA IMPERDOÁVEL!;) AO MENOS DEIXE-NOS SONHAR!
Maralhal, Há apenas um lugar reservado no jantar. Considero da mais elementar justiça que o Porty se sente à minha direita ou na outra cabeceira da mesa. Já imaginaram o Murcon sem a banda sonora? Impensável!, manda a verdade admitir gostosamente que o Murcon é uma co-produção. Starring: vocês:).
AI PROFESSOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ENTÃO QUER DIZER QUE AINDA HÁ ESPERANÇA? AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII OLHE, E OS LUGARES AO LADO DE QUEM FICAR AO SEU LADO? TB PODEM SER POR SORTEIO? PODEM PODEM PODEM PODEM?????????? PORTOCROFT, QUERES SER O MEU NAMORADO? ASSIM TÍNHAMOS DE FICAR JUNTOS NO JANTAR, DOU-TE O MEU CORPO QUE ATÉ NÃO É MAU, ISTO DITO POR ALGUNS (NÃO MUITOS QUE EU SOU SELECTIVA) BONS RAPAZES AQUI DO NORTE!
Pai a Luz Vem Sim (foi com esta que a Ioko apanhou o John). E Nós? ... Nós e a Luz. Sim (foi com esta que a Ioko apanhou o John). Pai Vai. ... Vem Sim (foi com esta que a Ioko apanhou o John)a Luz. E o Pai? e Nós?
Lobices, a meu ver, grande é o professor que conota positivamente a sugestão do aluno. Sugestão que, no meu caso, nem é danosa nem desafiante. Eu adoro ler todo este maralhal - que só é possível porque o Júlio partilha gostos, ideias e até simples palavras. Maralhal que não é esperto pela simples razão de que não está aqui para enganar mas para falar, falalar, (disseram-me que terá sido Aquilino Ribeiro o autor de "Falalar") sorrir, e, se calhar, como refere CÊ TÊ para se apaixonar. Se eu fosse mulher dava um beijão ao Júlio pelo blogue e pelo "maralhal". Gracias Júlio! Um abraço a todos (mesmo que não usem Mac!)
Sabe Professor? Se isto fosse um programa de "pedidos", eu gostava de pedir... ...que falasse, que me ensinasse como se vence a solidão, quando se começa ter medo de sair á rua? Quando a solidão já é tão grande, que nem os poucos amigos, se quer ver...porque todos eles NÃO estão sozinhos...e o vazio fica ainda mais vazio... Mas como não é...
Palavrinhas kitsch...que se prestam a excursos melosos. Essas mentes brilhantes não inventam nada melhor? E o fundo musical, que penúria! Para antigualhas, venham bons clássicos como a Ella Fitzerald, o Brel,o Louis Amstrong, a Piaff...E por que não o Marceneiro? ~´E um prodígiop de articulação fónica e dá boas achegas sobre os motores de busca do Supremo. E o Noise Supermind que vá investigar umas coisas de Fonologia e Linguística, que já percebe porque gosta mais do Artaud na tradução castelhana - bem percebi, só em imagem acústica-. Pensavas que sabias tudo, filho?
como te entendo anónimo das 8.01 ... mas tenta querer, tenta gritar, tenta falar, tenta chorar, tenta fazer... nem que seja tudo isto ao mm tpo ... mm q não apeteça..tenta ... eu sei q é facil falar.. mas eu te entendo...e tento... jocas
...to anonymous at 8:01 PM: ... como se luta contra a solidão? ...como se vence a solidão? ...fácil ...ama ...aceita ...sorri a tudo o que te rodeia ...sorri para ti mesmo/a ...a cada manhã a que te levantas, olha para ti ao espelho e sorri para a imagem que está á tua frente; no mínimo, ela te acompanha e ao sorrires para ela terás a retribuição de igual modo ...mas ...se sentires vontade de chorar, chora, grita, esperneia, dá uns murros na mesa ou uns pontapés à porta mas acima de tudo não te magoes a ti mesmo/a ...olha em frente e caminha; não ligues ao caminho nem te preocupes que caminho escolher; preocupa-te em caminhar... sempre ...a felicidade não está ali ou acolá; está dentro de cada um de nós; basta sentir que o que somos é o que temos de ser e, como tal, aceitar isso com liberdade ...os caminhos servirão apenas para ir em frente mas para isso não podes parar ...não te interrogues ...interroga os outros ...não te lamentes, extasia-te... ...no post de ontem do Prof deixei uma série de textos sobre as várias solidões; vai lá lê-los e não deixes que possas fazer parte daqueles quadros ...pinta um Sol brilhante para ti mesmo/a, todos os dias, mesmo que a temporal bata à tua porta ...ama apenas...
bem Prof estive a pensar e cheguei à conclusão que o Port tem de estar a seu lado pq faz a o "som" para o seu blog...mas não se esqueça eu desta lado canto as musicas !!! rsrsr ... além disso temos algo em comum ambos teremos de ir de avião para jantar ..enfim preciso de mais pontos a meu favor eheheh... desculpem lá oh maralhal, mas isso de votos, sabemos q não leva a nada, vejam o país q temos;))))) fique bem e não se assuste
Lobides Visto assim até parece fácil...e nem sempre é fácil ser feliz...o "mundo" limita-nos mas por vezes acontece conseguirmos descobrir, pouco a pouco que temos esse "poder" dentro de nós e então tudo "isso" de que fala começa a ter sentido...
«... – Tio, vamos fazer um jogo. Vamos fazer de conta que eu sou Kindzu e o senhor é meu pai! – Seu pai? – Sim, o velho Taímo. Tuahir negou. O tal Taímo era um falecido. E com os falecidos nunca é bom brincar. Ainda por cima era um morto desconsolado. – Você não sabe o que pode fazer um morto incompleto. Não lhe contei o que sucedeu com o pescador Nipita? – Conte tio. Se é uma estória me conte, nem importa se é verdade. Tuhair lembra Nipita, um pescador que fora esfaquinhado pelos bandos armados. Acontecera de noite, o desgraçado voltou de madrugada, vinha buscar as tripas. Deixei-lhes aqui, esbarriguei-me num nadinha, disse num derradeiro sopro. Agora estando quase para morrer, não podia se presentar perante a cova sem estar devidamente completo. Alguém ainda lhe disse: vai que nós te levamos depois as partes que te faltam. E ele se sepultou, assim, destripado. Nunca mais ninguém lhe levou os restos de suas entranhas. O falecido pescador, agora, passava a morte a maldiçoar os viventes. – Estás ver? Não se deve brincar com os falecidos. O miúdo entende os cuidados do velho. Decide argumentar, escolhe as ideias. Mas tio, não vamos fazer pouco. Ao contrário, se esse morto está desconsolado nós vamos lhe dar sossego. Tuahir hesita. O miúdo não dá tempo, insistindo sempre. É brincar no respeito, tio. E já se vai sentando, os espantosos olhos itando o velho. – Certo, pai? Pai? Tuahir sacode a cabeça. E fica cismando. Depois de um tempo, porém, sua voz se abre, em fresta de riso. – Certo, Kindzu. Muidinga, então, se deita ajeitando a cabeça no colo do velho. Seus olhos se perdem no horizonte. O miúdo não esperava que Tuahir aceitasse aquele jogo. Agora parece ser ele que está menos à vontade que o velho. – Estás a ver o monte, Kindzu?, pergunta Tuahir. – Estou. Quem sabe Gaspar anda por lá, neste momento? – Não anda, com certeza. Aquele monte é proibido, disse o velho. E prosseguiu: aquele era o lugar onde há muito enterraram o régulo marreco. Naquela altura, não havia nenhuma elevação, tudo em volta era planície. O morto começou a crescer debaixo da terra e as suas costas se encurvaram, empurrando o chão. – Foi assim que nasceu a montanha, concluiu Tuahir. Muidinga se embala, entorpecido. À medida que aquele fingimento avança ele já não sabe se o que ali se está a passando não está ser tirado do livro, como folha rasgada da própria realidade. Fecha os olhos e vê Tuahir, aliás Taímo, se banhando num lago de sura. O velho sai do charco, escorrendo vinho pelas pernas. Se admira: – Por que estás tão reduzido, filho? – É que trago um desgosto de mulher. – Isso não tem remédio, filho. Eu sei muito bem. Porque eu vivi num tempo em que o amor era uma coisa perigosa. Tu vives num tempo em que o amor é uma coisa estúpida. E o velho desenrola seu pensamento. Nosso mundo de então era feito de miséria e fome. O que valia o amor, a amizade? O único valor, nos actuais dias, é sobreviver. Muidinga, aliás, Kindzu, queria saber da felicidade; os outros queriam saber de comida. Ele procurava bondade; os outros só queriam saber quanta vantagem podiam tirar. À medida que Tuahir fala o miúdo se sente minguar, pequeno, quase sem nenhuma idade. Ele carecia de sua paterna mão. Porém, ao invés de ajudar, o velho lhe pede apoio. Estava com frio, solicitou agasalho. O miúdo lhe cobre com seu corpo. E sente pena de si. Como é que ele, tão menino, tão recém-recente, andava cuidando de seu pai? Como é que a sua mão, do tamanho de um beijo, protegia um homem tão volumoso? E lhe cresce uma grande raiva para com seu pai. Afinal, nunca ele lhe cobrira dos frios, nunca ele o empurrara para fora da tristeza. Ou seria que apenas depois da infância ele poderia ser criança? – Tio, vamos parar essa brincadeira. Já sinto a cabeça me andar à volta. – Tio? Então, Kindzu, agora você me chama de tio? Será que não respeita seu falecido pai? – Não, pai. É que... E Muidinga se atrapalha em totais confusões. É como se qualquer coisa, lá no fundo do seu peito, se estivesse rasgando. E se apercebe que, em seu rosto, desliza o frio das lágrimas. Depois, sente a mão de seu pai lhe afagando a cabeça. Olha o seu rosto e vê que, afinal, seus olhos eram sábios. Foi como se, repente, toda a bondade dele ficasse visível, redonda. – Pai, porque nunca me mostraste como eras, dentro de ti? – Tinha medo, filho. Não podia mostrar esse defeito e dizer: olha esse meu coração que nunca cresceu! Seu pai estava ali, grande, sem mentira. Pela primeira vez alguém lhe dava abrigo. O mundo se estreava, já não havia escuro, não havia frio. O autocarro incendiado, Junhito maldiçoado, os corpos carbonizados, as mãos do pastor Afonso sangrando, tudo isso ficava longe. De repente, o pai se desata a rir. Por um instante, Muidinga receia que o tio deseje quebrar aquele fingimento, cansado da ilusão. Mas não, o velho prossegue a brincriação. E começa a palhaçar, cambalhotando, para lhe fazer soltar gargalhadas. Cada riso do sobrinho lhe dá o gozo de se sentir pai. Cada disparate de Tuahir traz a Muidinga a doçura de ser filho. – Eu só sei brincar, Kindzu. Só te posso ensinar a ficares sempre criança. – Sim, pai. Me ensine. E eles se rebolam, em folgações mútuas, alegres tresloucuras. Até que exausto, Muidinga se deita no banco do machimbombo. Fazendo de almofada, se amontoam os cadernos de Kindzu. Antes de adormecer o miúdo passa a mão por aquelas folhas, em cúmplice afago.»
MIA COUTO Terra Sonâmbula
P.S. Lembrei-me agora de uma história... Se me deixardes viver, amanhã, venho contar-ta, enquanto ainda houver luz...
Oh valha-me deuses!!!!! Esta gente gente não percebe nada de sedução !? O melhor lugar não será em frente (recomendando-se um ligeiro desvio. Parece que estou a ver.... estes ilustres eleitos em posição eclesiástica sentados do mesmo lado numa mesa corrida! São 13? Haverá Judas e a Madalena ou farão mais o género do Bryan? Ainda vou servir à mesa!
"Sabe Professor? Se isto fosse um programa de "pedidos", eu gostava de pedir... ...que falasse, que me ensinasse como se vence a solidão, quando se começa ter medo de sair á rua? Quando a solidão já é tão grande, que nem os poucos amigos, se quer ver...porque todos eles NÃO estão sozinhos...e o vazio fica ainda mais vazio... Mas como não é..."
Compreendo-o/a, e já passei por isso (durante décadas) e ainda estou a passar. Só lhe posso dizer que TEM QUE SAIR DO SEU CADA VEZ MAIS PEQUENO MUNDO (é só para salientar, não é para gritar). Pode ajudar falar com um técnico, se for bom, e se funcionar para si. Embora as situações possam ajudar à nossa solidão (e há situações muito difíceis de ultrapassar) no limite só nós podemos quebrar a solidão. Porque, por mais doloroso que o seja admitir, nós contribuímos também para ela. Pela nossa atitude, pela inércia que nos toma, e que nos impede de tentar encontrar outros.
Mas concordo completamente consigo, quando diz "que nem os poucos amigos, se quer ver...porque todos eles NÃO estão sozinhos...". Acrescentaria, não só porque não estão sozinhos, mas porque ao não estarem sozinhos, a disponibilidade que têm para quem está sozinho é completamente diferente, geralmente mais distante. E, uma coisa que me fui apercebendo, é que quem não está sozinho, prefere em regra a companhia de outros pares em vez de pessoas sozinhas. O que ainda agrava a solidão de quem está sozinho. Várias vezes, já me vi na caricata situação de quando estava numa relação, ter convites de casais para sair, para estar, que pouco ou nada me ligavam quando estava sozinha. O que é muito cruel, e irónico também, mas se calhar humano.
"Sois criaturas da luz, lemos. «Da luz viestes e para a luz ireis, e em vosso redor, a cada passo, está a luz do vosso ser infinito.» ... Por opção vossa habitais agora no mundo que criastes. Aquilo que guardais no coração tornar-se-á verdade e aquilo que mais admirais, assim o sereis. Não temei nem desanimai face ao que parece escuridão, ao disfarce que é o mal, ao manto vazio que é a morte, pois escolheste-os para o vosso desafio. Eles são as pedras sobre as quais escolhestes acerar o fio do vosso espírito. Sabei que em vós vive sempre a realidade do amor, e em cada momento tendes o poder de transformar o vosso mundo através daquilo que aprendestes. ... Sois a vida inventando a forma. É tão impossível morrerdes pela espada ou pelos anos como morrerdes passando pelas portas que atravessais de uma sala para a outra. Cada sala dá-vos as suas palavras para falardes, cada passagem a sua canção para cantardes. Leslie olhou para mim, os seus olhos cintilantes. Se aqueles escritos nos conseguiam comover a nós, vindos do século XX, que efeito não teriam tido nas pessoas daquele tempo... Que século seria... XII, pensei!"
henrique doria, Tem razão. Estes psis, aprendizes e acólitos precisam de muitos deprimidos piegas, auto-apiedados do seu próprio umbigo, para se sentirem deuses. E tantos são tão básicos, coitados... FUJAM DELES O MAIS QUE PUDEREM! Sei do que falo.
"...Quase todas as nossas tristezas são, creio, estados de tensão que experimentamos como que paralisados, assustados por já não nos sentirmos viver. Estamos sós com esse desconhecido que penetrou em nós, privados de tudo aquilo a que estávamos habituados a confiar-nos. Lutamos como se lutássemos com uma corrente de que tivéssemos de suportar as vagas. A tristeza é também uma vaga. O desconhecido ligou-se a nós, penetrou no mais profundo do nosso coração, pois se misturou com o nosso sangue e assim ignoramos o que se passou. Seria fácil fazer-nos acreditar que não se passou nada. E, contudo, eis-nos transformados como um lar pela presença de um hóspede. Não podemos dizer quem veio, não o saberemos talvez nunca, mas muitos sinais nos indicam que foi o futuro que, desta forma, entrou em nós para se transformar na nossa substância, muito antes de tomar forma. Eis porque a solidão e o recolhimento são tão importantes quando estamos tristes. Esse momento, aparentemente vazio, esse momento de tensão em que o futuro nos penetra, está infinitamente mais perto da vida do que aqueloutro momento em que se nos impõe do exterior, em pleno tumulto e como que por acaso. Quanto mais silenciosos, pacientes e recolhidos formos nas nossas tristezas, mais eficazmente o desconhecido penetrará em nós. O desconhecido é o nosso bem. Transforma-se na carne do nosso destino, ligando-nos a este quando foge de nós para se realizar, isto é, para se projectar no Mundo. È necessário que assim seja…"
"Pai", condição duplamente vertida na de "Avô". Sempre: retorno onde encontro a verdade e a epifania do amor. "Sim", quando ouvimos o belo e doce som de um amor (con)sentido na confirmação de algo etéreo que se vislumbra nos olhos da pessoa amada "Luz", a do dia, a da noite, ou simplesmente a que trazemos dentro de nós...que interessa. "Vem" ou a erotização do etéreo em pedido malicioso que convida a mútua entrega nos penetrantes jogos do amor; "Nós", a consubstanciação de tudo o que se disse, de um sentimento de reciprocidade, numa só palavra.
Bom dia, bom dia maralhal. Viva o Dr. Murcon! Viva a festa!
E está-se a aproximar a passos largos o dia em que o Dr. Murcon vai passar as passas do Algarve com o mulherio. A sorte dele é ser grandote. Vai que era pequenino tipo porta-chaves e passava a noite toda a andar de mão em mão.
"Pai", luz que brilha mesmo depois de apagada; "Sim", o talvez que decidiu calar o "não"; "Luz", a descoberta de um caminho que até pode estar cheio de sombras; "Vem", quando se quer dizer "fica"; "Nós", que se apertam e se desfazem.
Os Avós deviam ter um Estatuto Social melhor, estarem previstos no Código de Trabalho ou, até mesmo na Constituição, Deviam estar inscritos na Segurança Social e ter regalias inerentes ao cargo, etc, porque sem dúvida, os Avós, hoje são peças indispensáveis e fundamentais para a sociedade activa deste país. Vivam os Avós!!!!
Ram, pensei toda a noite... estou de baixa sexual por ferimentos causados no campo de batalha da paixão e sabes bem que o bom soldado só pensa em voltar para a frente até derrotar o inimigo totalmente ; ))))))))))))
Vais-me desculpa TITA mas o estatuto de avô hoje comparado com o da Antiguidade não tem nada a ver... na catastrofe de pompeia os velhos foram os primeiros a usar os barcos de fuga, era neles que radicava todo o conhecimento necessário para manter a sociedade fossem para onde fossem... isso é que era pevilégios. Agora um barco vai ao fundo e passam logo À frente mulheres e crianças... ; )))))))))))))
tita, hoje em dia adquire-se a condição de avô com cerca de 55 anos. Isto é, a 10 anos da reforma! Era justo que os avós adquirissem pelo menos as regalias sociais que os homo vão adquirir quando se poderem casar civilmente!: acompanhamento dos netos na doença, férias e subsídio de entrada da condição de avô(ó)... etc.
Manolo heredia, a discriminação que a comunidade GLBT sofre diariamente não me parece motivo de comparação com o estatuto de avô, nunca vi ninguém a mandar um avôr e uma avó para fora de um restaurante por darem um beijo. E já agora, há aí algum projecto de lei que vá dar dinheiro a alguém por ser gay? É pá, se for muito muito... se calhar... ; )))))))))))))) loooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool
Mas a mistura entre estatuto e condição sempre foi a arma de arremesso dos conformados e beneficiários de estatutos benéficos. Como o de hetero... mas já falámos tanto sobre o "silêncio dos inocentes" e o "esganiçar das putas" que acho que vou dar ali ao nakité saber mais desse proecto de lei gayzante loooooooooooooooooool
noise, eu, mesmo não sendo homosexual, julgo que deve ser institucionalizado o casamento civil entre homosexuais, pela mesma razão que acho que deve ser despenalizado o aborto. Quando isso acontecer aliviam-se tensões sociais, isto é,desagrava-se o sofrimento de muitos milhares de pessoas para as quais essas medidas são relevantes. Isto não quer dizer que, por detráz de cada uma dessas reinvindicações não esteja uma motivação quase só económica. Ninguém deixa de ser expulso de um restaurante .... quanto estiver casado, assim como ninguém deixou de fumar no restaurante depois do dia em que isso passou a ser proibido. Já agora enumero os benefícios económicos que tu negas existir: 1- subsídio de casamento 2- Férias de casamento, pagas. 3- Possibilidade de faltar justificadamente para apoio à família. 3- Herança por morte do conjuge de metade do património da família + 1 parte igual à dos filhos. 4- Transferência automática do arrendamento da casa de família por morte do conjuge. O casamento civil é um contrato económico destinado a criar razões adicionais para que não se desfaçam as famílias (razões económicas). Por isso é que tem tanto impacto dizer "gosto tanto de ti que até casava contigo". Isto é "tenho tanta confiança neste amor que até te aceitava como sócio". É desta frase mágica que muitos casais homo desenjam poder vir a dizer nas mesmas circunstâncias que os casais hetero.
palavras extraídas deste curioso desafio: (Uma) sugestão (um) post com uma palavrinha de três letras. ... um (bom) teste ao amor, sobretudo ao dos comentadores habituais.
Quanto aos espectáculos ... tristes? Porquê? Todos os espectáculos são feitos de palavras, silêncios, amor.
Façam o Amor. Deitem os foguetes. Apanhem as canas. Batam palmas. Eles com eles. Elas com elas. Eles com elas. Les uns avec les autres. Mas façam o Amor.
Cara Tita disse: "...sem dúvida, os Avós, hoje são peças indispensáveis e fundamentais para a sociedade activa deste país. Vivam os Avós!!!!". Sem dúvida... Dúvido é que os netos de hoje alguma vez venham a ver os Pais transformados nos mesmos Avós que hoje tanto lhes dão. :((((
ram, os netos de hoje (22-08-2005) não têm direito a nada. Os avós têm 55 anos em média, falta-lhes 10 anos p´rá reforma! Andam preocupados com a compra do passe social para ir p'ro emprego e com os minutos que lhes falta para preencher o horário flexível (relógio de ponto), e com o Artg. 4º. Que atenção podem dar aos netos?
Não seja tão negativo Manolo. Então onde ficam os afectos? Tenho um único filho que criei sózinha, por morte do pai, e que me fez avó aos 42. E olhe que apesar das dificuldades e de uma vida muito ocupada foi e é muito gratificante. O meu neto começou por me chamar mãe,tal o pai e isto originou olhares pouco amistosos de terceiros quando o ouviam tratar o meu filho por pai. Depois passou para vó quidinha, vózinha e vó. As minhas amigas horrorizavam-se e eu adorava e adoro. Gosto de brincar e correr com ele,encanto-me quando deita a cabeça no meu colo para lhe fazer festas na cabeça garantindo,quando começa a fechar os olhos, que não vai dormir mas pensar. Enlevo-me quando o olho abandonado no sono.... Mesmo cansada procuro dar-lhe o melhor de mim.
anony.6:09, Folgo que assim seja consigo. As excepções confirmam a regra. Um(a) avô(ó) que deve trabalhar 8 horas por dia + 1 hora de almoço + 2 horas de transportes + 8 horas para dormir, só pode dar atenção aos netos se eles viverem com ele(a)!
78 comentários:
YES é o nome de um album de uma das minhas bandas favoritas: MORPHINE ; )))))))))
loooooooooool
Quanto à análise da escolha acho que é melhor nos fazermos ao que disse o EUBOZENO: sem ser a palavra MÃE. Pq ainda há esta mania de que vimos das nossas mães e os pais são apenas guias da origem ao mundo, seres desajeitados incapazes de competir com o colo e leite primievo...
Com esse contexto socio-economico-cultural, esqueceu-se do AVÔ... talvez um lapso freudiano. :)
Caro Prof. m8,
Eu Pai/Avô me confesso: Quando eles começam aos berros, por vezes penso: "Se eu fosse mais novo já tinhas quinado". ;)))
Mas, do alto da minha "provecta idade", um sorriso aflora-me os lábios. Salto para a carpete e, acabo por ser chamado à atenção, pela vizinha do lado. ;)))))
Portocroft:
(diz a vizinha do lado): Ai ai, depois dizem que as crianças já não têm maneiras...volta Dr. Spock que estás perdoado!
E EGO, não esquecer EGO (tás tramado Éme, isto agora é como o futebol, juntamo-nos aqui nesta prazenteira mesa de café e fazemos prognósticos) ; )))))))))))
Samsara,
Right on the money miúda, na mouche!!! ; )))))))))))))))))
Porty,
Avô???????? Já tou a ver que o Jantar vai ser À volta de "tenho de ter cuidado com o colestrol" e "não possoe xagerar na bebida senão o meu fígado...". Ou és avô de filogenia e não de "estatuto"??? ; )))))))))
Anónimo das 11 sharp,
Presumo que se refere ao Dr. Benjamin Spock. Se for, concordo! ;)))
(Apenas para destrinçar do das séries televisivas)
Noisy,
ainda ontem ou isso, estava a falar com uma nossa amiga sobre isso. Se eu fosse a prestar atenção e a seguir os conselhos dos médicos de Cliníca Geral, desde os meus 15 anos que seria abstémio. Não sou. Nem por sombras. Prefiro viver 50 bem vividos que 80 a me arrastar.
Mas, a verdade é que, há cerca de um mês fiz uns exames para verificar do estado de saúde da próstata e fizeram-me exames complementares e acusei uma taxa elevadissíma de colesterol. No Problemo!...Venha um Bacalhau com batatas, grão e grelos. ;))))
Portocroft:
Isso dos exames complementares tem que se lhe diga! Ingerir frutos secos na véspera da colheita dá uns níveis muito altos....e depois há sempre a estatística, e os erros de calibração dos aparelhos, enfim....a Ciência não é MÃE, é madrasta.
Anónimo das 11:27,
Não tem nada que se lhe diga. Referia-me a exames de rotina.;)))
Nada disso. Nem fruta seca nem fresca. Regra geral, como fruta ao lanche ou quando me apetece (podem excluir a fruta do jantar que, para mim, está tudo bem. Prefiro um cimbalino e um digestivo), mas sempre entre refeições.
PortoCroft: daqui o Anónimo dos tempos anteriores....
Estava mesmo a referir-me aos exames de rotina....quem quiser ser enganado por uns níveis falsamente elevados de colesterol e outros que tais basta sucumbir aos amendoins ou cajus no dia anterior...
Anónimo dos tempos anteriores, ;)
Realmente, gosto muito amendoins e caju a acompanhar uma loirinha. Mas, não creio que tenha sido isso. Eu sou doido por molhos. De tal forma que nem me custa nada deixar a comida de lado desde que garanta o demolhar exclusivo. ;)))) Acho que é disso.
...Eubozeno (que utiliza o sistema Mac e com o qual se satisfaz em pleno...o Intosh fica ao lado) faz uma sugestão e de imediato o nosso Prof lhe obedece: esclarece que não há problema, se MÃE não vale pode ser PAI, ou SIM, ou LUZ, ou NÓS...
...seguidamente diz que o Noise explicará as motivações freudianas para cada uma delas porque outros valores mais altos (em decicéis) se alevantam e ele, como AVÔ que é acorre de imediato nem que seja para agravar a situação...
...perfeito quadro pintado que daria pano para mangas em matéria de discussão freudiana; será?... Mas quem sou eu que nunca li Freud nem Jung, nem Ping nem Pung?
Resta-me a minha própria leitura, o meu próprio entendimento sobre a proposição da questão pelo o Eubozeno, como que um desafio para verificar, in loco, quais os comentadores que se aguentariam com tal tipo de discussão...
...lamento Eubozeno, mas não aceito esse desafio; isso é algo como quem diz: "aqui são todos "espertos" a falarem de temas gerais e pouco "técnicos"; mas se os levarmos ao cume da montanha veremos quem tem oxigénio para lá chegar...
...nunca pretendi subir ao Everest; adoro a planície que me cerca e as palavras que leio ou que escrevo; adoro o verde dos meus campos e o chilrear dos meus pardais; adoro o cheiro a terra molhada quando chove; adoro o sabor do mel em leite açucarado...
...depois, de que serve um SIM (o tal com que a Ioko apanhou o Lennon), de que serve um PAI sem filhos ou uma LUZ sem as trevas; de que serve um VEM se não houver partida ou sequer lugar de chegada? de que serve um NÓS se a unidade não existir?
...prefiro não discutir; ler apenas e fingir que subentendo o que não percebo é algo que não sei fazer; desfaço-me assim do peso da carga que o tema possa conter; deixo apenas fluir a imaginação onde não cabe a realidade; deixo que seja o sentido da visão a guiar a minha sensibilidade pelo resultado que o conjunto das letras formam os conceitos...
- PAI, que tive e que sou
- SIM, a tudo o que não seja não
- LUZ, mesmo que da treva surja
- VEM, a meus braços a emoção
- NÓS, em paz e em congregação
...porém, quisera ter aqui ao lado os netos aos berros e que, por isso, meu dever fosse não vos ler mas ir, como diz o Profe, com gosto, agravar ainda mais a situação...
...com um sorriso, o voto de um BOM domingo para todos...
Estou aki, estou a instalar o Snagit aki(no pc, claro) ... e a culpa é do seu bom gosto, professor!
(E se me apaixonar por si a culpa é sua!
Anda a seduzir-nos utilizando toooodos os suportes...)
Olhe seria uma ideia retável essa a de editar um CD (LOOOOOOOL)
Bom dia para todos!
Murcons Vermelhos,
Tiraram os brincos e os aneis aos meninos, mas esqueceram-se dos saltos altos e das saias travadas.
Preparem-se vamos continuar a sofrer!
VEM para a LUZ mais um titulo. SIM, Nós venceremos!
Será isto?
Boa tarde JMV e Maralhal,
Qual é o prémio se se decifrar o enigma?
Quanto à 1ª palavra, penso que a explicação é óbvia.
Quanto às outras, parece-me uma SMS que o Prof. JMV enviou à namorada:
SIM LUZ, VEM. NÓS.
Será a Luz Casals?
Cheguei PAI. Olho e vejo a casa velha erguer-se no meio da escuridão fria. Ausência de LUZ. As janelas cerradas como bocas secas cansadas de gritar. As paredes gastas e moribundas como as fotografias amarelecidas pelo tempo. Lá de dentro VEM um calor muito forte, proveniente da vida que um dia lá aconteceu e que se infiltrou nos espaços vazios.
Agora sei que não foi a última vez. Porque um mundo não desaparece de um dia para o outro. Porque é a vida de cada um de NÓS que tatua o Universo. Foi SIM, de certeza, uma primeira vez.
(Professor, apeteceu-me pegar nas palavras que propôs e deixar as minhas mãos livres percorrerem o teclado...)
Pamina,
Que tal um lugar ao lado do boss no jantar?
Rataplan(2.07),
Para isso tem que se saber responder a uns enigmas mais complicados, tipo Esfinge de Tebas:)
Ó Teseu, se você anda por aí, não
quererá ir comigo a um jantarzinho muito simpático...?
Júlio,
Olhe, pode trazer os seus netinhos para o jantar, como o Noiseformind vai já têm alguém (quase) da idade deles para brincar;) (tou a brincar Noise, adoro tudo o que escreves)
E se tiver um tempinho gostava que me fizesse um favor Júlio, e fosse lá atrás ao post anterior ler uma teoria que tenho lá sobre o Noiseformind, pode ir?
Por falar no jantar, alguém sabe se o Professor vai escolher alguém para se sentar ao lado dele no jantar ou vamos por aquele sistema do Euromilhões que falaram ao início? Bem, como não o conheço nem nunca falei com ele só me resta suspirar (suspiro!) muito (suspiro! suspiro! suspiro! suspiro! suspiro! suspiro!) por ele se manter em silêncio (para ser por esse tal sistema) e não aparecer lá de NAMORADA. SIM JÚLIO, ISSO SERIA UMA DESFEITA IMPERDOÁVEL!;) AO MENOS DEIXE-NOS SONHAR!
Nota:
Teseu, desculpe lá, mas o convite era dirigido ao Édipo, claro. A não ser que haja por lá também um labirinto.
Pamina,
O Boss a que me referi é o JMV. Estaremos a falar da mesma coisa?
Maralhal,
Há apenas um lugar reservado no jantar. Considero da mais elementar justiça que o Porty se sente à minha direita ou na outra cabeceira da mesa. Já imaginaram o Murcon sem a banda sonora? Impensável!, manda a verdade admitir gostosamente que o Murcon é uma co-produção.
Starring: vocês:).
Prof.
E o enigma? Por favor não nos deixe assim...
AI PROFESSOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ENTÃO QUER DIZER QUE AINDA HÁ ESPERANÇA? AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AI AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
OLHE, E OS LUGARES AO LADO DE QUEM FICAR AO SEU LADO? TB PODEM SER POR SORTEIO? PODEM PODEM PODEM PODEM??????????
PORTOCROFT, QUERES SER O MEU NAMORADO? ASSIM TÍNHAMOS DE FICAR JUNTOS NO JANTAR, DOU-TE O MEU CORPO QUE ATÉ NÃO É MAU, ISTO DITO POR ALGUNS (NÃO MUITOS QUE EU SOU SELECTIVA) BONS RAPAZES AQUI DO NORTE!
Caro Prof. m8,
Grato pela deferência. Não é todos os dias que somos chamados a nos sentar à direita do Papa. ;)))
Zsazsa
Aceito a sua proposta, mediante pagamento antecipado, claro. ;))))
Tanta pedinchice por um lugar ao Sol. Mas que tem o homem de especial para além de ser o JMV, para além de ser charmoso?
VEM...
Até ia!...se soubesse para onde, e qual o caminho!
Pai a Luz Vem Sim (foi com esta que a Ioko apanhou o John). E Nós?
...
Nós e a Luz. Sim (foi com esta que a Ioko apanhou o John). Pai Vai.
...
Vem Sim (foi com esta que a Ioko apanhou o John)a Luz. E o Pai? e Nós?
Lobices, a meu ver, grande é o professor que conota positivamente a sugestão do aluno. Sugestão que, no meu caso, nem é danosa nem desafiante. Eu adoro ler todo este maralhal - que só é possível porque o Júlio partilha gostos, ideias e até simples palavras. Maralhal que não é esperto pela simples razão de que não está aqui para enganar mas para falar, falalar, (disseram-me que terá sido Aquilino Ribeiro o autor de "Falalar") sorrir, e, se calhar, como refere CÊ TÊ para se apaixonar. Se eu fosse mulher dava um beijão ao Júlio pelo blogue e pelo "maralhal". Gracias Júlio!
Um abraço a todos (mesmo que não usem Mac!)
...to Eubozeno:
um abraço de amizade
Sabe Professor? Se isto fosse um programa de "pedidos", eu gostava de pedir...
...que falasse, que me ensinasse como se vence a solidão, quando se começa ter medo de sair á rua? Quando a solidão já é tão grande, que nem os poucos amigos, se quer ver...porque todos eles NÃO estão sozinhos...e o vazio fica ainda mais vazio...
Mas como não é...
Palavrinhas kitsch...que se prestam a excursos melosos.
Essas mentes brilhantes não inventam nada melhor?
E o fundo musical, que penúria! Para antigualhas, venham bons clássicos como a Ella Fitzerald, o Brel,o Louis Amstrong, a Piaff...E por que não o Marceneiro? ~´E um prodígiop de articulação fónica e dá boas achegas sobre os motores de busca do Supremo. E o Noise Supermind que vá investigar umas coisas de Fonologia e Linguística, que já percebe porque gosta mais do Artaud na tradução castelhana - bem percebi, só em imagem acústica-. Pensavas que sabias tudo, filho?
como te entendo anónimo das 8.01
...
mas tenta querer, tenta gritar, tenta falar, tenta chorar, tenta fazer... nem que seja tudo isto ao mm tpo ... mm q não apeteça..tenta
... eu sei q é facil falar.. mas eu te entendo...e tento...
jocas
...to anonymous at 8:01 PM:
...
como se luta contra a solidão?
...como se vence a solidão?
...fácil
...ama
...aceita
...sorri a tudo o que te rodeia
...sorri para ti mesmo/a
...a cada manhã a que te levantas, olha para ti ao espelho e sorri para a imagem que está á tua frente; no mínimo, ela te acompanha e ao sorrires para ela terás a retribuição de igual modo
...mas
...se sentires vontade de chorar, chora, grita, esperneia, dá uns murros na mesa ou uns pontapés à porta mas acima de tudo não te magoes a ti mesmo/a
...olha em frente e caminha; não ligues ao caminho nem te preocupes que caminho escolher; preocupa-te em caminhar... sempre
...a felicidade não está ali ou acolá; está dentro de cada um de nós; basta sentir que o que somos é o que temos de ser e, como tal, aceitar isso com liberdade
...os caminhos servirão apenas para ir em frente mas para isso não podes parar
...não te interrogues
...interroga os outros
...não te lamentes, extasia-te...
...no post de ontem do Prof deixei uma série de textos sobre as várias solidões; vai lá lê-los e não deixes que possas fazer parte daqueles quadros
...pinta um Sol brilhante para ti mesmo/a, todos os dias, mesmo que a temporal bata à tua porta
...ama apenas...
bem Prof estive a pensar e cheguei à conclusão que o Port tem de estar a seu lado pq faz a o "som" para o seu blog...mas não se esqueça eu desta lado canto as musicas !!! rsrsr ... além disso temos algo em comum ambos teremos de ir de avião para jantar ..enfim preciso de mais pontos a meu favor eheheh...
desculpem lá oh maralhal, mas isso de votos, sabemos q não leva a nada, vejam o país q temos;)))))
fique bem e não se assuste
Lobides
Visto assim até parece fácil...e nem sempre é fácil ser feliz...o "mundo" limita-nos mas por vezes acontece conseguirmos descobrir, pouco a pouco que temos esse "poder" dentro de nós e então tudo "isso" de que fala começa a ter sentido...
Elizabeth lobice divinuo . Este conselho é simplesmente DIVINO
Elizabeth
«...
– Tio, vamos fazer um jogo. Vamos fazer de conta que eu sou Kindzu e o senhor é meu pai!
– Seu pai?
– Sim, o velho Taímo.
Tuahir negou. O tal Taímo era um falecido. E com os falecidos nunca é bom brincar. Ainda por cima era um morto desconsolado.
– Você não sabe o que pode fazer um morto incompleto. Não lhe contei o que sucedeu com o pescador Nipita?
– Conte tio. Se é uma estória me conte, nem importa se é verdade.
Tuhair lembra Nipita, um pescador que fora esfaquinhado pelos bandos armados. Acontecera de noite, o desgraçado voltou de madrugada, vinha buscar as tripas. Deixei-lhes aqui, esbarriguei-me num nadinha, disse num derradeiro sopro. Agora estando quase para morrer, não podia se presentar perante a cova sem estar devidamente completo. Alguém ainda lhe disse: vai que nós te levamos depois as partes que te faltam. E ele se sepultou, assim, destripado. Nunca mais ninguém lhe levou os restos de suas entranhas. O falecido pescador, agora, passava a morte a maldiçoar os viventes.
– Estás ver? Não se deve brincar com os falecidos.
O miúdo entende os cuidados do velho. Decide argumentar, escolhe as ideias. Mas tio, não vamos fazer pouco. Ao contrário, se esse morto está desconsolado nós vamos lhe dar sossego. Tuahir hesita. O miúdo não dá tempo, insistindo sempre. É brincar no respeito, tio. E já se vai sentando, os espantosos olhos itando o velho.
– Certo, pai?
Pai? Tuahir sacode a cabeça. E fica cismando. Depois de um tempo, porém, sua voz se abre, em fresta de riso.
– Certo, Kindzu.
Muidinga, então, se deita ajeitando a cabeça no colo do velho. Seus olhos se perdem no horizonte. O miúdo não esperava que Tuahir aceitasse aquele jogo. Agora parece ser ele que está menos à vontade que o velho.
– Estás a ver o monte, Kindzu?, pergunta Tuahir.
– Estou. Quem sabe Gaspar anda por lá, neste momento?
– Não anda, com certeza. Aquele monte é proibido, disse o velho.
E prosseguiu: aquele era o lugar onde há muito enterraram o régulo marreco. Naquela altura, não havia nenhuma elevação, tudo em volta era planície. O morto começou a crescer debaixo da terra e as suas costas se encurvaram, empurrando o chão.
– Foi assim que nasceu a montanha, concluiu Tuahir.
Muidinga se embala, entorpecido. À medida que aquele fingimento avança ele já não sabe se o que ali se está a passando não está ser tirado do livro, como folha rasgada da própria realidade. Fecha os olhos e vê Tuahir, aliás Taímo, se banhando num lago de sura. O velho sai do charco, escorrendo vinho pelas pernas. Se admira:
– Por que estás tão reduzido, filho?
– É que trago um desgosto de mulher.
– Isso não tem remédio, filho. Eu sei muito bem. Porque eu vivi num tempo em que o amor era uma coisa perigosa. Tu vives num tempo em que o amor é uma coisa estúpida.
E o velho desenrola seu pensamento. Nosso mundo de então era feito de miséria e fome. O que valia o amor, a amizade? O único valor, nos actuais dias, é sobreviver. Muidinga, aliás, Kindzu, queria saber da felicidade; os outros queriam saber de comida. Ele procurava bondade; os outros só queriam saber quanta vantagem podiam tirar. À medida que Tuahir fala o miúdo se sente minguar, pequeno, quase sem nenhuma idade. Ele carecia de sua paterna mão. Porém, ao invés de ajudar, o velho lhe pede apoio. Estava com frio, solicitou agasalho. O miúdo lhe cobre com seu corpo. E sente pena de si. Como é que ele, tão menino, tão recém-recente, andava cuidando de seu pai? Como é que a sua mão, do tamanho de um beijo, protegia um homem tão volumoso? E lhe cresce uma grande raiva para com seu pai. Afinal, nunca ele lhe cobrira dos frios, nunca ele o empurrara para fora da tristeza. Ou seria que apenas depois da infância ele poderia ser criança?
– Tio, vamos parar essa brincadeira. Já sinto a cabeça me andar à volta.
– Tio? Então, Kindzu, agora você me chama de tio? Será que não respeita seu falecido pai?
– Não, pai. É que...
E Muidinga se atrapalha em totais confusões. É como se qualquer coisa, lá no fundo do seu peito, se estivesse rasgando. E se apercebe que, em seu rosto, desliza o frio das lágrimas. Depois, sente a mão de seu pai lhe afagando a cabeça. Olha o seu rosto e vê que, afinal, seus olhos eram sábios. Foi como se, repente, toda a bondade dele ficasse visível, redonda.
– Pai, porque nunca me mostraste como eras, dentro de ti?
– Tinha medo, filho. Não podia mostrar esse defeito e dizer: olha esse meu coração que nunca cresceu!
Seu pai estava ali, grande, sem mentira. Pela primeira vez alguém lhe dava abrigo. O mundo se estreava, já não havia escuro, não havia frio. O autocarro incendiado, Junhito maldiçoado, os corpos carbonizados, as mãos do pastor Afonso sangrando, tudo isso ficava longe. De repente, o pai se desata a rir. Por um instante, Muidinga receia que o tio deseje quebrar aquele fingimento, cansado da ilusão. Mas não, o velho prossegue a brincriação. E começa a palhaçar, cambalhotando, para lhe fazer soltar gargalhadas. Cada riso do sobrinho lhe dá o gozo de se sentir pai. Cada disparate de Tuahir traz a Muidinga a doçura de ser filho.
– Eu só sei brincar, Kindzu. Só te posso ensinar a ficares sempre criança.
– Sim, pai. Me ensine.
E eles se rebolam, em folgações mútuas, alegres tresloucuras. Até que exausto, Muidinga se deita no banco do machimbombo. Fazendo de almofada, se amontoam os cadernos de Kindzu. Antes de adormecer o miúdo passa a mão por aquelas folhas, em cúmplice afago.»
MIA COUTO
Terra Sonâmbula
P.S. Lembrei-me agora de uma história... Se me deixardes viver, amanhã, venho contar-ta, enquanto ainda houver luz...
Oh valha-me deuses!!!!!
Esta gente gente não percebe nada de sedução !?
O melhor lugar não será em frente (recomendando-se um ligeiro desvio. Parece que estou a ver.... estes ilustres eleitos em posição eclesiástica sentados do mesmo lado numa mesa corrida! São 13? Haverá Judas e a Madalena ou farão mais o género do Bryan?
Ainda vou servir à mesa!
Truques de psiquiatra: sabe que, só berrando mais alto que eles,eles se calarão.
Para Anonymous 8:01 PM
"Sabe Professor? Se isto fosse um programa de "pedidos", eu gostava de pedir...
...que falasse, que me ensinasse como se vence a solidão, quando se começa ter medo de sair á rua? Quando a solidão já é tão grande, que nem os poucos amigos, se quer ver...porque todos eles NÃO estão sozinhos...e o vazio fica ainda mais vazio...
Mas como não é..."
Compreendo-o/a, e já passei por isso (durante décadas) e ainda estou a passar. Só lhe posso dizer que TEM QUE SAIR DO SEU CADA VEZ MAIS PEQUENO MUNDO (é só para salientar, não é para gritar). Pode ajudar falar com um técnico, se for bom, e se funcionar para si. Embora as situações possam ajudar à nossa solidão (e há situações muito difíceis de ultrapassar) no limite só nós podemos quebrar a solidão. Porque, por mais doloroso que o seja admitir, nós contribuímos também para ela. Pela nossa atitude, pela inércia que nos toma, e que nos impede de tentar encontrar outros.
Mas concordo completamente consigo, quando diz "que nem os poucos amigos, se quer ver...porque todos eles NÃO estão sozinhos...". Acrescentaria, não só porque não estão sozinhos, mas porque ao não estarem sozinhos, a disponibilidade que têm para quem está sozinho é completamente diferente, geralmente mais distante. E, uma coisa que me fui apercebendo, é que quem não está sozinho, prefere em regra a companhia de outros pares em vez de pessoas sozinhas. O que ainda agrava a solidão de quem está sozinho. Várias vezes, já me vi na caricata situação de quando estava numa relação, ter convites de casais para sair, para estar, que pouco ou nada me ligavam quando estava sozinha. O que é muito cruel, e irónico também, mas se calhar humano.
Fique bem.
"Sois criaturas da luz, lemos. «Da luz viestes e para a luz ireis, e em vosso redor, a cada passo, está a luz do vosso ser infinito.»
...
Por opção vossa habitais agora no mundo que criastes. Aquilo que guardais no coração tornar-se-á verdade e aquilo que mais admirais, assim o sereis.
Não temei nem desanimai face ao que parece escuridão, ao disfarce que é o mal, ao manto vazio que é a morte, pois escolheste-os para o vosso desafio. Eles são as pedras sobre as quais escolhestes acerar o fio do vosso espírito. Sabei que em vós vive sempre a realidade do amor, e em cada momento tendes o poder de transformar o vosso mundo através daquilo que aprendestes.
...
Sois a vida inventando a forma. É tão impossível morrerdes pela espada ou pelos anos como morrerdes passando pelas portas que atravessais de uma sala para a outra. Cada sala dá-vos as suas palavras para falardes, cada passagem a sua canção para cantardes.
Leslie olhou para mim, os seus olhos cintilantes. Se aqueles escritos nos conseguiam comover a nós, vindos do século XX, que efeito não teriam tido nas pessoas daquele tempo... Que século seria... XII, pensei!"
Richard Bach, in Um
henrique doria,
Tem razão. Estes psis, aprendizes e acólitos precisam de muitos deprimidos piegas, auto-apiedados do seu próprio umbigo, para se sentirem deuses. E tantos são tão básicos, coitados...
FUJAM DELES O MAIS QUE PUDEREM!
Sei do que falo.
Nós!
Nós de dois, de muitos, num só.
Nós frouxos, nós laços, de correr, de marinheiro, de escuteiro, de parto! Raios os partam os nós e mais a vida!
"foi com esta que a Ioko apanhou o John"
E eu que pensava que se tinham apanhado um ao outro!
Anónimo das 8:01
Posso dar-te um conselho; lê Rilka!:
"...Quase todas as nossas tristezas são, creio, estados de tensão que experimentamos como que paralisados, assustados por já não nos sentirmos viver. Estamos sós com esse desconhecido que penetrou em nós, privados de tudo aquilo a que estávamos habituados a confiar-nos. Lutamos como se lutássemos com uma corrente de que tivéssemos de suportar as vagas. A tristeza é também uma vaga. O desconhecido ligou-se a nós, penetrou no mais profundo do nosso coração, pois se misturou com o nosso sangue e assim ignoramos o que se passou. Seria fácil fazer-nos acreditar que não se passou nada. E, contudo, eis-nos transformados como um lar pela presença de um hóspede. Não podemos dizer quem veio, não o saberemos talvez nunca, mas muitos sinais nos indicam que foi o futuro que, desta forma, entrou em nós para se transformar na nossa substância, muito antes de tomar forma. Eis porque a solidão e o recolhimento são tão importantes quando estamos tristes. Esse momento, aparentemente vazio, esse momento de tensão em que o futuro nos penetra, está infinitamente mais perto da vida do que aqueloutro momento em que se nos impõe do exterior, em pleno tumulto e como que por acaso. Quanto mais silenciosos, pacientes e recolhidos formos nas nossas tristezas, mais eficazmente o desconhecido penetrará em nós. O desconhecido é o nosso bem. Transforma-se na carne do nosso destino, ligando-nos a este quando foge de nós para se realizar, isto é, para se projectar no Mundo. È necessário que assim seja…"
lê "Cartas a um Poeta"
"Pai", condição duplamente vertida na de "Avô". Sempre: retorno onde encontro a verdade e a epifania do amor.
"Sim", quando ouvimos o belo e doce som de um amor (con)sentido na confirmação de algo etéreo que se vislumbra nos olhos da pessoa amada
"Luz", a do dia, a da noite, ou simplesmente a que trazemos dentro de nós...que interessa.
"Vem" ou a erotização do etéreo em pedido malicioso que convida a mútua entrega nos penetrantes jogos do amor;
"Nós", a consubstanciação de tudo o que se disse, de um sentimento de reciprocidade, numa só palavra.
Eternidade, uma só palavra, ABSOLUTOS...!
Vocês vieram da carneirada paspal?
Bom dia, bom dia maralhal.
Viva o Dr. Murcon! Viva a festa!
E está-se a aproximar a passos largos o dia em que o Dr. Murcon vai passar as passas do Algarve com o mulherio.
A sorte dele é ser grandote. Vai que era pequenino tipo porta-chaves e passava a noite toda a andar de mão em mão.
yullie... essa foto... já tás a antecipar maralhais orgasmos ou esses ainda são do fds? ; )))))))))))
"Pai", luz que brilha mesmo depois de apagada;
"Sim", o talvez que decidiu calar o "não";
"Luz", a descoberta de um caminho que até pode estar cheio de sombras;
"Vem", quando se quer dizer "fica";
"Nós", que se apertam e se desfazem.
Noisie
São do fim-de-semana ;-)
Não deixes para amanhã os orgasmo que podias ter tido ontem, já dizia o Profeta. Lá está... uma palavrinha de 3 letras, vir!
...a very, very GOOD DAY for all of youuuuuuuuuuuuuuuuu
...abreijos
(hoje tou muito feliz)
Caro Noise,
De manhã e já a pensar em palavras de 3 letras??????
Os Avós deviam ter um Estatuto Social melhor, estarem previstos no Código de Trabalho ou, até mesmo na Constituição, Deviam estar inscritos na Segurança Social e ter regalias inerentes ao cargo, etc, porque sem dúvida, os Avós, hoje são peças indispensáveis e fundamentais para a sociedade activa deste país. Vivam os Avós!!!!
Ram,
pensei toda a noite... estou de baixa sexual por ferimentos causados no campo de batalha da paixão e sabes bem que o bom soldado só pensa em voltar para a frente até derrotar o inimigo totalmente ; ))))))))))))
Vais-me desculpa TITA mas o estatuto de avô hoje comparado com o da Antiguidade não tem nada a ver... na catastrofe de pompeia os velhos foram os primeiros a usar os barcos de fuga, era neles que radicava todo o conhecimento necessário para manter a sociedade fossem para onde fossem... isso é que era pevilégios. Agora um barco vai ao fundo e passam logo À frente mulheres e crianças... ; )))))))))))))
tita,
hoje em dia adquire-se a condição de avô com cerca de 55 anos. Isto é, a 10 anos da reforma! Era justo que os avós adquirissem pelo menos as regalias sociais que os homo vão adquirir quando se poderem casar civilmente!: acompanhamento dos netos na doença, férias e subsídio de entrada da condição de avô(ó)... etc.
Manolo heredia,
a discriminação que a comunidade GLBT sofre diariamente não me parece motivo de comparação com o estatuto de avô, nunca vi ninguém a mandar um avôr e uma avó para fora de um restaurante por darem um beijo. E já agora, há aí algum projecto de lei que vá dar dinheiro a alguém por ser gay? É pá, se for muito muito... se calhar... ; )))))))))))))) loooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool
Mas a mistura entre estatuto e condição sempre foi a arma de arremesso dos conformados e beneficiários de estatutos benéficos. Como o de hetero... mas já falámos tanto sobre o "silêncio dos inocentes" e o "esganiçar das putas" que acho que vou dar ali ao nakité saber mais desse proecto de lei gayzante loooooooooooooooooool
Bigmouth
Olha que bem. Gostei e partilho 3 definições (Pai, Sim e Nós)
As outras
Luz - A primeira descoberta: nascer.
VEM - O primeiro apelo... Talvez a primeira contracção. O primeiro apelo da Vida
...to Tita:
...
...fui Avô aos 48 anos!...
...reformei-me aos 55...
...estou vivo e feliz
:))
noiseformind 12:52 PM
"... nunca vi ninguém a mandar um avôr e uma avó para fora de um restaurante por darem um beijo."
E porque é que uma pessoa, estando num restaurante ou noutro local qualquer, tem que gramar o triste espectáculo de dois homens a beijarem-se ?
noise,
eu, mesmo não sendo homosexual, julgo que deve ser institucionalizado o casamento civil entre homosexuais, pela mesma razão que acho que deve ser despenalizado o aborto. Quando isso acontecer aliviam-se tensões sociais, isto é,desagrava-se o sofrimento de muitos milhares de pessoas para as quais essas medidas são relevantes.
Isto não quer dizer que, por detráz de cada uma dessas reinvindicações não esteja uma motivação quase só económica.
Ninguém deixa de ser expulso de um restaurante .... quanto estiver casado, assim como ninguém deixou de fumar no restaurante depois do dia em que isso passou a ser proibido.
Já agora enumero os benefícios económicos que tu negas existir:
1- subsídio de casamento
2- Férias de casamento, pagas.
3- Possibilidade de faltar justificadamente para apoio à família.
3- Herança por morte do conjuge de metade do património da família + 1 parte igual à dos filhos.
4- Transferência automática do arrendamento da casa de família por morte do conjuge.
O casamento civil é um contrato económico destinado a criar razões adicionais para que não se desfaçam as famílias (razões económicas). Por isso é que tem tanto impacto dizer "gosto tanto de ti que até casava contigo". Isto é "tenho tanta confiança neste amor que até te aceitava como sócio".
É desta frase mágica que muitos casais homo desenjam poder vir a dizer nas mesmas circunstâncias que os casais hetero.
UMA palavra, UM silêncio, um BOM amor.
palavras extraídas deste curioso desafio: (Uma) sugestão (um) post com uma palavrinha de três letras. ... um (bom) teste ao amor, sobretudo ao dos comentadores habituais.
Quanto aos espectáculos ... tristes? Porquê? Todos os espectáculos são feitos de palavras, silêncios, amor.
Façam o Amor.
Deitem os foguetes.
Apanhem as canas.
Batam palmas.
Eles com eles.
Elas com elas.
Eles com elas.
Les uns avec les autres.
Mas façam o Amor.
Maralhal, amigo.
Eu estou em vesperas de festa por isso não me vou preocupar com esse tipo de mariquices
Cara Yulunga,
Mariquices?????
Soa-me a lapso freudiano homofóbico.....
Cara Tita disse: "...sem dúvida, os Avós, hoje são peças indispensáveis e fundamentais para a sociedade activa deste país. Vivam os Avós!!!!".
Sem dúvida...
Dúvido é que os netos de hoje alguma vez venham a ver os Pais transformados nos mesmos Avós que hoje tanto lhes dão. :((((
Ram
Só um bocadinho, assim... ;-)
ram,
os netos de hoje (22-08-2005) não têm direito a nada. Os avós têm 55 anos em média, falta-lhes 10 anos p´rá reforma! Andam preocupados com a compra do passe social para ir p'ro emprego e com os minutos que lhes falta para preencher o horário flexível (relógio de ponto), e com o Artg. 4º. Que atenção podem dar aos netos?
Não seja tão negativo Manolo.
Então onde ficam os afectos?
Tenho um único filho que criei sózinha, por morte do pai, e que me fez avó aos 42.
E olhe que apesar das dificuldades e de uma vida muito ocupada foi e é muito gratificante.
O meu neto começou por me chamar mãe,tal o pai e isto originou olhares pouco amistosos de terceiros quando o ouviam tratar o meu filho por pai.
Depois passou para vó quidinha, vózinha e vó.
As minhas amigas horrorizavam-se e eu adorava e adoro.
Gosto de brincar e correr com ele,encanto-me quando deita a cabeça no meu colo para lhe fazer festas na cabeça garantindo,quando começa a fechar os olhos, que não vai dormir mas pensar.
Enlevo-me quando o olho abandonado no sono....
Mesmo cansada procuro dar-lhe o melhor de mim.
anony.6:09,
Folgo que assim seja consigo. As excepções confirmam a regra. Um(a) avô(ó) que deve trabalhar 8 horas por dia + 1 hora de almoço + 2 horas de transportes + 8 horas para dormir, só pode dar atenção aos netos se eles viverem com ele(a)!
A excepção é que vivo próximo do meu neto e estou a três minutos do trabalho.
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