Abuso de menor (Fevereiro2001)
- O João?
Olhos azuis-bebé em bebé envelhecido de alguns anos. Faces apetitosas e gorduchas, a Tia Amélia costumava chamar-lhe o seu leitaozinho porque dava ganas de o comer, acompanhado por batatinhas loiras - como ele… - e salada mista. Mordiscava-o com ternura carente de viúva longa mas não convencida, a sobrinha e protesto risonho, “ó Tia, parece impossível!”. Os mares assim espremidos, em forma de amêndoa, herdara-os do pai. Que os cuidasse bem!, nada mais restava do Pedro… Talvez o miúdo o pressentisse, quando exibia proeza aprendida com as avós - tinham-lhe ensinado a abrir os braços com ar desprotegido, deixar pender a cabecita para um dos lados e gemer lamento: “fuxiu…”. Dizia-o do gato, animal coerentemente esquivo e autónomo, senhor de si, nada sensível a chamamentos dos teóricos donos. Era habitante da casa com direito a cama, mesa e roupa lavada, mas tais privilégios básicos não o faziam sentir-se obrigado a responder presente a caprichos ditatoriais dos humanos. Dessa distância altaneira mas solidária não se podia gabar o Pedro, fugira como um rato. Ela sentada em banco de jardim para lhe dar as novidades - ou a falta delas! –, e ele pálido como os lençóis que não tinham partilhado, tudo acontecera prosaicamente no automóvel, depois de muitos copos e outros tantos bares. Atenção!, nunca utilizara o facto como desculpa. Também seria masoquismo falar de curte anónima de Sábado à noite, naquele tempo tê-lo-ia definido como namorado, hoje não, cada idade segrega os seus critérios para conceder estatuto de companheiro a alguém. Ele era bonito para além dos olhos, a cabeça não chocava por oca, mas sobretudo fazia-a sentir-se desejada, confundira isso com ser mulher. Não era. À distância dos anos via-se jovem e inexperiente, ansiosa por pequenas liberdades, como sair à noite, e grandes sonhos, como amor para toda a vida. Este não o confessava, por pouco cool. Mas lá no fundo de si, ele ria das frases definitivas derramadas sobre a mesa do café, “não quero amarras antes dos trinta, há muita vida por viver”. Sorriu. Que vivera com o Pedro, sobretudo naquela madrugada? O amor nem pensar, ao menos o desejo e o prazer? Para um não tivera tempo e mesmo o outro, muito sexo feliz depois, defini-lo-ia mais como curiosidade. Afinal as amigas falavam dele como profissionais, são precisos anos para descobrirmos todas as mentiras ditas nas conversas adolescentes. E é tão cansativo resistir fim-de-semana após fim-de-semana à insegurança macha dos homens, ansiosos por estarem à altura das loas exibidas nas mesas de outros cafés, quando não do mesmo. Tinham curtido. E a pergunta sinistra rodando-lhe na cabeça, “é só isto?”. À cautela não lho perguntara. Quanto ao prazer dele, não sabia. Curto fora de certeza!, egoísta como o de certos homens feitos que se estão nas tintas; e o de outros rapazolas, nervosos e apressados, de uma incompetência que seria ternurenta se não deixasse corpo e alma das mulheres a meio caminho. Como cantava a miúda na pimbalhada de Domingo?, ah, sim, a chuchar no dedo! O que lhe faltara de gozo tivera-o de medo, o imbecil nem um preservativo sabia utilizar decentemente, mas calara-se caladinho. Calada mirava ela incrédula o calendário, para quando o sangue tranquilizador? Não veio. Deu consigo na situação daquelas meninas dos anúncios patéticos da TV, no fim do exame olham com um sorriso pitonísico para a câmara, a quem vê de decidir a razão da alegria silenciosa. No seu caso não teriam dúvidas, chorara como uma Madalena arrependida. Bom, talvez mais surpreendida, não pensara que lhe pudesse acontecer, quem pensa, ainda por cima na primeira vez? O olhar dos pais diferente, pelo menos na cabeça dela, a todo o momento pressentia o dedo acusador e a pergunta, retórica por apenas exigir a confirmação da catástrofe. Já o Pedro não desconfiara de nada, aparecera com o sorriso habitual, a moto habitual, a inconsciência habitual. O movimento de recuo e o olhar acossado, “que vais fazer?”. Não tivera a delicadeza de empregar o plural, entrar no comboio sem travões que a levava mundo abaixo, a participação dele no evento terminara no preciso momento em que puxara as calças para cima. Ela não estava ainda preocupada com a decisão, antes disso precisava do mimo que lhe provasse não ter de se afligir sozinha. Tão sozinha como ele a deixara, para depois telefonar com um discurso de inspiração materna - “somos novos, os estudos, quem sabe um dia?, mas não agora, tenho um número de telefone…”. Literalmente – puta que o pariu! Considerara a hipótese do aborto seriamente, defendia-o em abstracto e em concreto dera o voto pela sua despenalização. (Não chegara porque muitos tinham preferido a praia e outros lavavam as mãos como Pilatos enquanto se crucificavam pobres mulheres.) Tinha a certeza que o teria aconselhado a qualquer amiga nas suas condições, mas uma raiva solitária a invadira, depois dele fora vez do pai se pôr de fora. Acontecia sempre assim em alturas de crise, preferia saber e depois fingir que não sabia, a mãe falava pelos dois em ar de mistério, “se o teu pai sabe…”. E também acabara por a deixar sozinha, porque no meio dos argumentos do costume deixara cair frase lamentosa que a reduzia a apêndice mal comportado, “como foste capaz de nos fazer isto?”. Um desejo imenso de ter alguém consigo e para si, não é uma boa razão para encomendar uma criança à cegonha, mas fizera-o. O sofrimento teatral dos pais abafando o seu e ela de imediato inflexível, “vou trabalhar”, precisava de independência para os olhar de frente. Pelas costas viu o Pedro, balbuciando promessas vagas, correndo para a mamã, porque raio há-de ser fértil o esperma de putos assim? Anos duros e órfãos de homem. Trabalhava com uma ferocidade automática, regressara aos estudos à noite, a mãe agradecera a Deus o álibi para gozar o neto algumas horas por dia, o puto reconciliara a família à sua volta, o pai sempre desejara um rapaz e a mãe afogava a solidão em remédios para os nervos. Mas quem não casa quer casa, resistira aos apelos deles e alugara o seu apartamentozinho, o único luxo fora a aparelhagem estereofónica, quem consegue viver sem música? Sem homem sobrevivera bem. Nem sequer à espera de príncipe encantado ou refugiada no ressentimento que os define como todos iguais apesar de só se ter conhecido um. Repartia-se entre o trabalho e o miúdo, adormeciam apaixonados todas as noites. Até aparecer o João. Moreno e sisudo, avesso a motos, palavras raras, um olhar meigo que a admirava, longínquo, da secretária ao lado da sua; as mulheres sentem essas coisas. E assim ficara, mudo durante meses, até o convite pressentido se ter tornado improvável e as colegas já não se meterem com ela, quase caíra quando lhe propusera um cinema. O namoro que conhecia dos livros, João era gentil, com as suas flores roubadas pelos canteiros e mãos suaves, descobriu que o corpo lhe uivava de fome em silêncio no apartamento dele. Quase igual ao seu, com vergonha o admitia – um pouco mais arrumado. O primeiro passeio com o filho e este desconfiado, farejando concorrente, quando chegaram a casa espetara o dedo, solene, “agora vais-te embora”. E João fora, perdido de riso. E humilde voltou, acedeu em seduzir dois ao mesmo tempo, ela preocupada, “será que o puto um dia aceita?”. Dentro de pouco tempo o ciúme transferira-se para ela, o filho encetara namoro descarado ao par de calças que de vez em quando apareciam lá por casa e João, esse, transformava-se por completo, era preciso interceptar os chocolates e os brinquedos, “olha que o estragas!”. O que fazia na mesma, oferecendo-se em substituição das guloseimas e rebolando pela alcatifa em coboiadas trepidantes que terminavam com tiros definitivos - ele jazia mais quieto do que após o amor, e o puto escrevia-lhe o epitáfio com voz triunfante, “morreste”. Até necessitar de parceiro para a próxima brincadeira e o ressuscitar, com a naturalidade de quem ainda não descobriu a outra morte e apenas conhece a dos bonecos na televisão, engraçada de tão reversível. Anos bons, com uma só regra - de futuro não se falava. Não porque ela o não pensasse, mas porque desenvolvera uma espécie de superstição que a fazia sacrificar os sonhos longínquos para beber um niquinho mais de vida no presente. E fora ele a romper o acordo, “porque não vivemos juntos?”. A economia do seu lado, com o dinheiro poupado sempre poderiam respirar um bocadinho melhor; viajar. Mas o medo era mais forte, “não quero”. E ele, sempre manso, empertigara-se, “não gostas de mim”. Do que ela também se queixara de imediato, toda a gente sabe que não há saída dessas discussões, ambos mal amados ou certos disso, vai dar ao mesmo. A primeira zanga séria, até aí só conheciam arrufos que apimentavam a noite seguinte, ele de súbito muito calmo, “pensa e depois diz-me alguma coisa”. Ela pensando há semanas e o miúdo desconfiado. No emprego eram corteses, mas João ia deslizando para a frieza e ela utilizava-a como desculpa para se convencer de que o melhor era ficarem como estavam, se ele não queria paciência, tudo tem um fim. O medo pânico de um dia, quando já não conseguisse viver sem ele, vê-lo partir. Era independente à custa de dentes cerrados, se o deixasse mimá-la ainda mais poderia não ter coragem para arrancar de novo sozinha.
- O João?
E o telefone logo ali, a cama vazia juntando-se ao miúdo, o medo ganindo avisos, a tentação pintando-lhe trio feliz, quem sabe?, um irmão para o puto, que os filhos únicos são egoístas até mais não.
- O João?
O abuso de menores.
- Queres telefonar-lhe?
O garoto arrulhando ao telefone e estendendo-lho. Do outro lado um João tenso,
- Sei que isto não é correcto, mas podemos ir dar um passeio, eu e ele? Acho que o miúdo gostava e eu tenho saudades.
Também ela tinha, disse que sim. E quando João chegou, seguiu o filho carripana dentro e admirou-lhes em silêncio o abraço apertado.
João fazendo das tripas coração para não engolir o orgulho,
- Deixo-te onde?
E ela a coberto do riso,
- Livra-te de o fazeres nos próximos cinquenta anos.
Ele mudou-se à noite. Deitaram-se tarde porque o miúdo estava excitado e nunca mais adormecia. Seguiram-lhe o exemplo.
Felizmente havia pouco trabalho no escritório na manhã seguinte.
29 comentários:
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Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marioneta e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas...
Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar!
A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer...
GABRIEL GARCIA MARQUEZ
desculpe, está muito complicado.
é que só aprendi eduquês.
o puto? a Mãe? o pai sumiu?
O João?
O João?
e o puto?
ahahah
Uma pérola... essa história feliz.
Nos bolinhos de bacalhau, encontram-se pérolas ou espinhas ;]]]]]
Mais uma deliciosa velharia!
Desta lembro-me, mas é sempre com renovado prazer que as leio.:)
Cêtê,
Nos bolinhos de bacalhau da Mindinha espinhas nem vê-las; são deliciosos.:)
Professor, usa tinta de ternura para escreves estes contos, certo? :)
Quanto aos bolinhos...tirem-me as duvidas...são os pasteis de bacalhau lisboetas?
Era bom, era...
Ai professor, estas velharias acabam comigo!
P.S. Vieira aqui tão perto e raramente passo da Póvoa de Lanhoso. Gostei muito de conhecer um pouco mais. E se por acaso encontrar o presidente da junta de freguesia diga-lhe (pode ser que a si o ouçam) que em Mosteiro há um bocado de estrada com um buraco tenebroso onde diáriamente caiem lá carros. Eu conheço um que foi lá parar e se não fossem uns simpáticos nativos a resgatarem-no alguém ia ficar sem saber como são deliciosos os bolinhos da Mindinha:) Já para não falar na simpatia com que fomos recebidos.
Ainda vai a tempo de ter momentos felizes. Porque felicidade não há, pois não? Ou só há, para os que exigem pouco.
Vanda,
São, mas estes eram umas bolinhas pequeninas deliciosas e com mais bacalhau do que normalmente os pastéis de bacalhau em Lisboa.:)
Se os bolinhos de bacalhau não têm acne... só podem ser de batata! Ahahaha.
(Quem desdenha...LOL)
Há coincidências curiosas. Os "bolos de bacalhau" perseguem-me. Para aproveitaro tempo almoço frequentemente no bar mas como não gosto de confusões e esperas quando chego... só há bolos de bacalhau. Cansada dos bolos de bacalhau e sem vontade de sair à procura de sítio para alomoçar resolvi tentar a cantina escolar.
Adivinhem ...
Pois!
Agora imaginem a moca.... se eu ia ao almoço!
Boa noite a todos!
(Hoje deixo cafés pagos a miúdos rabinos, SUPERRoncamalálias e professores blogueiros)
Não, não são. Os nossos bolinhos de bacalhau levam um cálice de Porto. São muito melhores que os pasteis de bacalhau. Lá está o meu lado dona de casa. Razão tinha o outro.
Os bolinhos ou pasteis de bacalhau ( para tirar dúvidas) são deliciosos sim, apesar de não os ter comido desta vez :))) São sempre bons. Temos de pedir á Mindinha umas couves com feijão e uns ossos da suã, comida minhota bem saborosa (gosto de substância):o) Mas, sou suspeita, só aquele ar me enche... Fico satisfeita ainda que não coma:) É uma cozinha natural e está tudo dito.
Moon
Quanto a esse problema do carro, eu meto a "cunha" lol Não vá o presidente da câmara lá cair, já que faz o trajecto diário Mosteiro/Vieira. Tens de dar as coordenadas, porque já andei a ver onde terá sido e não vi buraco ;-)
SE fosse na volta diria que foi a ginginha ihihihih. Não se riam, porque foi na ida, a ginginha ainda estava na garrafa.:)
Beijinho para ti e para a tua irmã
Estou a chegar da invicta, daí não falar sobre o post. Vou ter de saboreá-lo primeiro ;-)
Um abraço
MJ
Mahatma
Há histórias que roçam as nossas...
Saboreei o post e vou digeri-lo com calma.
Sabemos parte da história e a felicidade do momento. A vida é feita de momentos bons, menos bons e mesmo maus. Somos seres humanos, mas diferentes nos quereres que nos fazem felizes e ainda bem que assim é. Há momentos de felicidade padrão, uma relação amorosa conseguida, o sentimento da hora; um totoloto :o) e poucos mais... Já as pessoais são muito próprias. Sou benfiquista, mas felicidade para mim nada tem a ver com a victória ou a derrota do benfica. Sou uma adepta pacata que gosta que o benfica ganhe mas não entristece se perde.
Cada um de nós tem outras paixões que os move. Ainda bem que as paixões e ambições de cada um não são padrões, ou aconteceria como na política e no futebol. Ou não será já pofutelíticabol?...
Felícidade é o que faz de nós seres humanos completos, como este final (momento)do post. E outros momentos que temos, teremos e sonhamos ter. Juntos com momentos menos bons que nos farão deliciar com eles e torná-los muito mais vibrantes e vivos.
E já agora uma brincadeira que fiz em tempos. Vem a propósito dos comentários e do post
Felicidade “Á La Carte”
Saúde, sem limites
Paz, a necessária
Predisposição, satisfatória
Amor, que não faça história qb
Viver, quanto mais melhor
Grande quantidade de boa disposição
Riso qb
Choro, que não molhe.
Tudo isto regado com algum dinheiro
Não pode haver prato mais caseiro.
É sentir tudo bem doseado,
Não errar os condimentos,
Uma pitada a mais e terá falhado!
Um abraço
MJ
Boss,
Os segundos serão os primeiros, não foi o que disse aquele tipo dos pregos nas mãos? E nem todas as enxertias do coração são dadas a fins tão viçosos. Mas ouvi cantar num mp3 aqui pela casa:
"mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar pra aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim dia não
é feita em cada entrega alucinada
pra receber daquilo que aumenta o coração"
Portanto, confesso que nem todas as pessoas estão condenadas a morrer indefiidamente. Normalmente a culpa e os dias são suficientes para as arrastarem para o fundo ou, no limite, para a média. São os curtos de momentos de ruptura entre o que se vive e o que se aceita como vida que determinam as curvas que nos tornam únicos.
Ou se calhar já estou a divagar demais, mas a estas horas ; ) não se pode pedir muito aqui ao ceguinho ; ))))))))
ATÉ OS SACOS AZUIS TÊM FUNDO!!!!!!!!!
Fátima Felgueiras diz que não pode pagar multa de 12.500 euros
13.03.2006 - 17h01 Lusa
A presidente da Câmara de Felgueiras garantiu hoje, no Tribunal de Fafe, que vive apenas do ordenado de autarca e das prestações de uma pensão, sustentando que não tem meios para pagar a multa de 12.500 euros a que foi condenada por difamação.
Na repetição de parte do julgamento, ordenada pelo Tribunal da Relação de Guimarães, Fátima Felgueiras disse que recebe mensalmente 3273 euros ilíquidos mensais da autarquia e 700 euros líquidos de uma pensão.
A autarca garantiu que tem "muitas despesas pessoais, e dívidas", nomeadamente as que se prendem com o elevado custo dos vários processos judiciais que enfrenta e outras como o pagamento, até há dois meses, dos estudos de um filho no Brasil.
bom dia professor,
foi bom voltar a ler esta velharia.
realmente o ser humano é cheio de contradições, por um lado 'É preferível viver um grande Amor e perdê-lo, a não viver', depois na prática... despertam os medos
"O medo pânico de um dia, quando já não conseguisse viver sem ele, vê-lo partir"
é preciso olharmos bem para o exemplo das crianças, espontâneas, sem medo de pedir mimo e que, quando caem, logo se levantam prontas para mais uma correria...
(bem, às vezes choram um bocadinho, mas no dia a seguir estão prontas para mais)
quanto a velharias, posso pedir uma?
gosto muito do triângulo :))
...
Andorinha e Maloud obrigada pelos vossos esclarecimentos (que me deixam com água na boca)!!!
Tripas não quero :) mas juro que dessas iguarias eu não morro sem provar! :)
Quem sabe quando eu voltar à invicta, vos peça um road book gastronómico...vale?
Quanto à felicidade...tenta-se todos os dias alcança-la...umas vezes chegamos lá, outras ficamos a meio do caminho...porque isto de "ser feliz", não depende só de nós...nem de estados de espirito :)
Os melhores pastéis de bacalhau do mundo estão aqui:
http://www.starz.com/features/brokebackmountain/index.html
Onde anda a menindadalua?
Ó menina da Luuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaa: apareça. Faz falta por aqui. E porque permanecem em silêncio tantos outros? Gostei tanto de ver por aqui o João Gil... admirei a coragem dele em se revelar. Ó João (permita-me que o trate assim) continue a comentar mesmo que com um outro nome (menos Maria, claro está! que essa Maria já daá conta sozinha do professor e do resto do pessoal) E como gostaria eu... (confesso) de ler aqui o charmoso do Miguel Sousa Tavares. Ainda me hei-de dar ao trabalho de ver se ele tem algum blogue. Mas não, não deve ter- aquilo é homem para resistir ao "choque tecnológico".
bjocas - vou trabalhar
Últimas notícias:
A FF vai pedir ajuda ao CS que, além do vencimento de PR, recebe 9.356 euro de 3 pensões do Estado: 4.152€ do BP, 2.328€ da UNL e 2.876€ por ter sido primeiro-ministro.
Boa tarde maralhal.
"Literalmente-puta que o pariu" Deliciei-me com esta; fechou-se uma porta, abriu-se uma vida.
Dr. Murcon posso rematar...?
...E viveram felizes para sempre!!!
Gostei, porra!
Que história bonita! Gostei muito. Estou a ficar velho :)
Não deixem de ver:
http://video.google.com/videoplay?docid=8860995474049852510
E já que o João tinha (tem) belos olhos azul-bebé;
e já que o Noise falou em ceguinho;
lembremo-nos dos olhos que não podem ler, mas os ouvidos podem ouvir este blog, qualquer texto na Net e livros digitalizados (audiobooks).
Se algum de vocês tiver familiares ou amigos invisuais, podem utilizar o leitor de écran Jaws for Windows; é caro, mas talvez possam ter Ajudas Técnicas. Também há a versão gratuita (que creio já suporta Português, mas de momento não posso assegurar) de 30 minutos, após os quais tem de se reiniciar o Windows. Também essas pessoas terão de ter conhecimentos mínimos de informática, claro e terão de aprender a trabalhar com o programa. Tudo com o teclado, claro.
Estou muito familiarizada com estes leitores de écran pois tenho uma amiga invisual; ela não ouve o blog, mas ouve muito o Professor na Rádio e TV.
Eu, felizmente, tenho boa visão com óculos, mas utilizo o Jaws para ler este blog e outros, os comentários e outros textos grandes na Net, pois tenho de gerir criteriosamente o tempo ao computador, TV, leitura, etc., por ter olho seco avançado associado a blefarite crónica. São as chamadas doenças invisíveis, de pouca gravidade, mas que perturbam completamente o dia-a-dia. Quando surgem dores oculares, há que parar e fechar os olhos.
Então fica o link para o Jaws e outros produtos para pessoas com variadas dificuldades de visão (visually impaired):
http://www.freedomscientific.com/fs_downloads/
Beijinhos para si Prof. e para todos.
Depois de ler este belo texto, não me ocorre muito para dizer a não ser...
Tenha uma boa noite, Professor
belas dicas aspásia. thanks
É tão bom aproveitar quando não há muito trabalho no dia a seguir...
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