Professor morreu a trabalhar
2007/07/03 | 20:35 || Judite França
Apto para leccionar. Esta foi a decisão da CGA apesar de um cancro na traqueia o ter deixado mudo. Era professor de Filosofia e aos 60 anos, depois de uma «via sacra» burocrática, faleceu. Colegas e alunos marcam vigília à porta da escola de Braga
Foi considerado apto para leccionar apesar de ter cancro na traqueia e uma operação o ter deixado mudo. Era professor de Filosofia e tinha mais de trinta anos de serviço quando adoeceu. Artur Silva morreu no passado dia 9 de Janeiro, aos 60 anos, depois de a Caixa Geral de Aposentações lhe ter recusado a reforma e uma Junta Médica, que não o convocou, o ter considerado apto para dar aulas.
Quando regressou à Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, já o ano lectivo de 2006 estava no fim e os alunos acabaram por não ter aulas com Artur Silva. A escola não lhe marcou «serviço lectivo», garante a DREN. Morreu no início deste ano «deprimido» e «desiludido».
«Via sacra»
Quem o diz é o professor Miguel Soares, que escreveu um artigo para os jornais sobre este caso, e relatou ao PortugalDiário a via sacra a que Artur Silva foi sujeito ao longo de 36 meses. «Desde Janeiro de 2003, deslocava-se de três em três meses à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), no Porto, para comparecer às juntas médicas» (JM). Entretanto, uma JM reconhece a gravidade da doença e atribui-lhe a incapacidade permanente de 80 por cento.
Até Agosto de 2005, e depois de 12 deslocações à DREN, Artur Silva pediu a aposentação à Caixa Geral de Aposentações (CGA). «Exigem documentação e exames, mas a junta médica é considerada inconclusiva e pedem um parecer do Instituto Português de Oncologia do Porto». A mesma é entregue, conta Miguel Soares, que na próxima segunda-feira estará presente na vigília organizada em honra do docente à porta do liceu bracarense.
Não foi convocado para junta médica
A 18 de Abril de 2006, uma outra junta médica da CGA teve lugar. Para esta, Artur Silva não foi convocado, garante o docente na reforma e presidente do conselho executivo em 2003, quando o cancro trocou as voltas à vida deste professor de Filosofia. A JM considerou que Artur Silva não estava «absolutamente e permanentemente incapaz» para prosseguir com as suas tarefas na escola e o pedido foi indeferido.
Como só uma outra junta médica - passados nove meses - poderia deliberar sobre a aposentação, Artur Silva escreveu uma longa carta ao Director-Geral da CGA «dando conta da injustiça de que estava a ser vítima pela decisão de o considerarem apto para dar aulas de Filosofia quando se encontrava em afonia total e incurável, incapaz, portanto, de exercer as suas funções».
Miguel Soares conta que este «calvário» afectou psicologicamente o professor de Filosofia, agravou o seu estado de saúde, e sucederam-se os internamentos no Hospital S. Marcos.
No dia 29 de Novembro de 2006, a CGA indefere, de novo, o pedido de Artur Silva. Dois meses depois, a 9 de Janeiro, Artur Silva sucumbe à doença. Mas para Miguel Soares, o professor sofreu ainda da «implacável cegueira da máquina administrativa» e da «burocracia». «É uma pouca vergonha o que lhe fizeram. Era um cidadão exemplar, e tem mais de 30 anos de carreira para o provar. Negarem-lhe a reforma foi mais um passo para o caixão», diz ao PortugalDiário o docente na reforma.
A indignação estende-se à Escola Secundária Alberto Sampaio que, através da assembleia da escola, convoca uma vigília para segunda-feira, à porta do liceu de Braga, às 19h, para «simbolicamente» marcar o seu desagrado pelo processo pelo qual passou Artur Silva.
Em comunicado enviado às redacções, a DREN garante ter feito tudo o que estava ao seu alcance no sentido de assegurar as condições humanas ao docente.
Recorde-se que, recentemente, um outro caso noticiado pelo PortugalDiário deu conta de uma professora de Aveiro, vítima de leucemia, que faleceu sem que lhe fosse concedida a aposentação.
32 comentários:
Bom Dia!
Caro Júlio. Sou o Marco aluno da etic_ escola técnica de imagem e comunicação e precisava de entrar em contacto consigo. Como não tem o endereço-e nas suas páginas esta é a última opção que me resta. Queria saber da sua disponiblidade para poder dar uma pequena entrevista de cerca de 10 minutos acerca das relações amorosas e interpessoais e o choque que elas sofreram com os novas tecnologias. Os namoros que começam e acabam por "sms", os casamentos de pessoas que se conhecem em "chats", o "isolamento" social de quem navega horas seguidas na Net, enfim... 10 minutos. Prometo que dói menos que a entrega do IRS! A entrevista seria via Web. O sr. Júlio no seu sofá (ou assentadeira do género) nós aqui na escola e gravávamos via computador. A hora seria a partir das 18h, pois julgo que é mais conveniente (ou não) para si. Até 6ª feira seria óptimo.
Correndo o risco de deixar o meu endereço-e num espaço público aqui fica ele: netmarcox (arroba) gmail (ponto) com
Aguardo resposta com os meus mais sinceros agradecimentos.
A "via sacra" é perfeitamente compreensível quando constatamos que, infelizmente, a DREN têm estado mais ocupada a zelar pelo bom nome do Chefe de Governo de Portugal, do que em criar condições que permitam aos diversos agentes educativos sustentar o sucesso educativo.
Disse...
Marco,
Esta semana não vai dar. Mas aqui fica o mail: drjmv@netcabo.pt
Mas, porque fazem publicidade a estes casos? Se ninguém falar neles...eles não existem! As pessoas que abordam estes assuntos deveriam ser processados.(será que não serão?)A bem da Nação!
Caro professor, obrigada por dar eco a estas infelizes notícias.
Agora façamos uma ideia dos casos que exitem que não sendo de morte são de efectiva invalidez. Temo por mim (porque não admiti-lo, seria hipócrita) e temo pelas doenças "invisíveis" que nos vitimam pela especificidade da nossa profissão. Há uns meses apelei a si, que apesar de especializado na área da sexologia é também psiquiatra. Porque não temos nós, professores uma voz vossa audível e solidariamente catalizadora da consciência colectiva sobre aquelas que são as nossas doenças incapacitantes. Aterroriza-me poder imaginar-me ao serviço como uma pastora tonta.
Um abraço emocionado
O silêncio do Presidente da República sobre este e outros assuntos dá-me que pensar... Espera ele a cadeira onde outros se sentam seja fabricada na China?
Boa tarde.
Com estas e com outras do mesmo g�nero,
vamos descobrindo calv�rios modernos.
Abra�o
Gostava s� de dizer que, h� cerca de ano e meio, tamb�m o meu marido (enfermeiro) e um colega meu professor morreram no activo. Apesar de pedida, nunca lhes foi dada a aposenta�o. "Demasiados processos em cima da secret�ria da CGA". N�o chegou a haver tempo. Vantagens: o c�lculo da pens�o de sobreviv�nvia � depois feito com base no tempo de servi�o efectivo do falecidox50%, enquanto que, se o doente tiver sido aposentado ao abrigo do Dec. 173/2001, de 31 de Maio , � considerado o tempo de servi�o efectivo, acrescido de 50%. Para quem precisa (e falo dos filhos)faz diferen�a. Para quem se sente moribundo, custa ouvir dizer que "est� apto" ou que tem uma invalidez quantificada � pe�a (vejam a tabela das incapacidades para saberem quanto vale um �rg�o nosso!).
Acrescento ainda que, feita a reclama�o pela demora do processo, j� depois do falecimento, da Caixa Geral de Aposenta�es me perguntaram: "Por que motivo n�o nos avisou que o seu marido estava na fase terminal para que o processo passasse � frente?" E n�o estou a brincar, acreditem! Claro que tudo morreu na praia, porque acabamos por achar que nada mais vale a pena. E desistimos porque, afinal, j� perdemos o que mais am�vamos e isso � irrecuper�vel.
fiquei literalmente arrepiada e... nem sei o que dizer, talvez que é mais uma das infindas burocracias desta terra e um funcionamento by the book de algumas instituições sem conseguirem olhar para cada caso como cada caso, sem se esquecerem de ser humanos, ou, pelo menos, bons profissionais! ...
Devem ser adeptos da célebre frase "as arvores morrem de pé".Só que algumas,mais frágeis, tombam com a ventania da mediocridade.Dolorosa e silenciosamente....
Boa tarde.
Nem sei bem o que dizer porque a revolta, a raiva e uma profunda comoção tomam conta de mim ao tomar conhecimento de casos destes.
Não consigo sequer imaginar o calvário e o sofrimento a todos os níveis que essas pessoas viveram, enquanto outros se atrevem a dizer com o maior despudor que "todas as condições humanas foram dadas ao doente".
Até onde vai o cinismo?
Há um outro caso que também veio a público, relatado no programa "As escolhas de Marcelo".
Uma professora, penso que da área de Lisboa tinha um cancro, fez tratamento, melhorou e não sei se foi a junta médica ou não, presumo que sim, e pretendeu voltar à escola.
Apresentou-se na escola e a presidente do executivo disse que alguém naquelas condições só poderia estar maluca e que por isso a ia enviar para uma perícia psiquiátrica!!!
Estes são os casos que vêm a público. Quantos mais haverá por esse país fora?:(
Estamos nas mãos de quem?
Que abutres são estes que nos rondam a porta?
O comentário do Ram é assustador porque verdadeiro.
Júlio, faço minhas as palavras da Cêtê: Obrigada por dar eco a estas infelizes notícias.
Cêtê,
Achas que o presidente da República tem tempo ou vontade para se preocupar com estas questões comezinhas?
Ele tem coisas muito mais importantes a fazer...
Irneh,
Que dizer perante tudo isso?
Que vivemos num país de merda, é mesmo assim.
Sugam-nos até ao tutano e depois apressam-nos a morte.
Tudo isto é inqualificável e, pelos vistos, é uma política que veio para ficar.:(
Também acho que estes casos são SÓ os que vêem a luz do dia. Há muitos mais.
Suspeito que vão começar a ser badalados na íntegra...
Por mim, também sei de 1 caso que segui de perto, absolutamente idêntico: doente renal, com histórico de 6 anos de diálise, transplante feito "in extremis" que não oferecia grandes garantias de compatibilidade à partida. Crises de rejeição sucessivas, doenças paralelas ou consequentes (como é típico nestas situações), tais como lúpus, pneumonia, cancro seguido de mastectomia, osteoporose galopante, etc, etc. Retorno à diálise,infecções atrás de infecções...
Uma verdadeira força da natureza, ao pé daquilo as nossas pequenas heroicidades não são nada!
Morreu no activo, dias depois de fazer 50 anos. Foi em Maio.
O caso estava na CGA há 3 anos...
Ansiava poder ter direito a reformar-se por incapacidade para passar mais tranquila, com o marido e duas filhas adolescentes,
os últimos tempos que sabia estar a viver.
Não conseguiu.
Profissão: médica de saúde pública, ex directora de 1 centro de saúde.
Já nem a tão falada solidariedade entre colegas funciona....
O pior é suspeitar-se que as juntas médicas da CGA possam estar a aplicar mais do que critérios estritamente clínicos.
Tudo aponta para isso, não é?
Uma circularzita interna da SS para triar o prognóstico de manutenção (ou não) da vida activa...
Ganha-se muito bem nestas juntas. - Sabiam?
E Hipócrates já era!
Grosso modo, a imagem que os professores têm junto da população é a de uma classe profissional de calões.
Uma parte dos médicos que compõem as juntas médicas sofre, por certo, dessa mesma reserva mental.
Se juntarmos a tudo isso, a campanha que a própria ministra promove e - expectavelmente - os recados que esta manda dar às juntas médicas, então está tudo dito...
andorinha 4:23 PM
"Nem sei bem o que dizer porque a revolta, a raiva e uma profunda comoção tomam conta de mim ao tomar conhecimento de casos destes."
Andorinha, tem cuidado com essas tuas revoltas. Vê lá mas é se vais de cana... ;-)
Por determinação do Governo Civil de Braga, o Ministério Público do Tribunal de Guimarães está a investigar ao pormenor o que se passou na pequena manifestação que esperou o Primeiro Ministro, José Sócrates, aquando da reunião do Conselho de Ministros realizada em Guimarães, no passado dia 7 de Outubro.
"Ganha-se muito bem nestas juntas. - Sabiam?
E Hipócrates já era!"
Por acaso não sabia. Então grande parte da explicação já está aí. Toca de seguir os ditames superiores para não perder o tacho.
Hipócrates? Que é isso?
Só falam nisso em casos de aborto, eutanásia, quando lhes convém.
Hipócritas e cínicos é o que são.
E agora vou-me calar mesmo, senão ainda vou de cana como diz o FDL.
FDL (5.31)
Nessa não estive. Só se esteve lá alguém muito parecido comigo. Com uns retoques e tal e uma montagem, se calhar até estive, já não digo nada:))))
Mais outra bela notícia...
Boa dia maralhal.
UMA VERGONHA!!!
Essa tal de CGA, devia pintar a "cara" de preto.
Depois há pessoas, por exemplo, a quem foi dada reforma com invalidez de 90% e que ficaram isentas de pagar impostos e taxas não sei das quantas, mas que continuam a trabalhar através de empresas sub-contratadas, a recibos verdes, e, como estão isentas nem o IVA pagam.
Estas reformas fazem-me lembrar aqueles cursos universitários que se compram via net e sobre os quais o Dr. já "postou".
Andorinha
Essa do Hipócritas fez-me rir.
Faz uns 4 anos talvez, num telejornal o jornalista disse o Juramento de Hipócritas :-)
Achei piada.
Yulunga,
Tu não me faças falar mais, mulher:)
Queres-me ver ir de cana?
Olha que tens que me ir lá visitar:)))))
Requiem pelo meu País:
Agonizo lentamente no beijo que não me dás
estremeço no desejo de o ter tido eterno
apenas sinto dor na carícia que me retiras
quando penso que não há Verão no teu Inverno.
Agonizo lentamente no abraço que me faz falta
estremeço no profundo anseio de o ter sentido forte
apenas diviso lágrimas na imensa loucura
enquanto caminhas em direcção à tua morte.
Agonizo serenamente na dor que me cobre
estremeço de frio no túmulo da tua jazida
apenas limpando a dor da profunda desventura
da desdita corrida que vais fazendo contra a vida.
lobices 8:50 PM
Requiem por Portugal ? Não, acho que os portugueses - apesar de todos os seus defeitos e LIMITAÇÕES - saberão dar a volta ao texto. Acreditemos...!
Os meus pais quiseram um Portugal melhor para mim do que tinha sido para eles, e assim foi. Eu e a minha mulher queremos um Portugal melhor para o nosso filho do que tem sido para nós, e assim será !
E, no entanto, continua a ser tão fácil passar atestados médicos nos consultórios privados...
Andorinha, espero todos os dias um "toque (lol- ai o que me ia saíndo) presidencial" ao governo.
FDL, a andorinha lá é mulher de se deixar intimidar?!;] Ela uma mulher de Beringelas.;p
E agora, por que não resisto mais... e só para dispor bem... visitem o Blog da Gotinha e vejam quanto metaforicamente poéticos são os programas do nosso Professor!;]]]
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde já fez o Relatório Primavera relativo aos ultimos doze meses da actuação deste Governo no campo da saude.
Enquanto fazia a "janta" e assim por alto ouvi o que concluiram:
- A saude nao e uma prioridade deste governo.
- As politicas tomadas por este ministro relativamente as urgencias dos hospitais deixaram a população revoltada e inseguras
- As taxas de cirurgia sao injustas.
Para mim as de internamento também o são. Se calhar até diria que são ambas abusivas.
Com um relatório destes acho que situação com a deste post está explicada.
Resumindo acho que as pessoas não são uma prioridade seja em que área for.
Falou também depois a adjunta do secretário ou do ministro da saúde. Uma adjunta de um desses.
Bem uma coisa tão ridicula, tão lerda, tão surreal que até arrepia que áreas destas estejam nas mãos de pessoas assim.
Vai lá vai que este governo tem com cada cromo, que um dia destes achamos que os bonecos do Contra Informação é que são verdadeiros e qúe o Governo é que é a ficção.
Fora-de-Lei:)
"Requiem por Portugal ? Não, acho que os portugueses - apesar de todos os seus defeitos e LIMITAÇÕES - saberão dar a volta ao texto. Acreditemos...!"
Gostei!!!:)
Eu tambem partilho dessa opinião, há que saber acreditar na capacidade dos portugueses e principalmente ter muita esperança! pois no fundo Portugal faz-se com a participação de nós todos, onde os governantes são apenas uma parte.
Existem aspectos muito negativos, como este aqui citado hoje mas tambem existem muitos aspectos positivos nos portugueses e essa certeza tem-se quando se viaja e se conhece outras gentes...
A onda de optimismo nos comentários finais não me permite, ainda assim, negar o quão triste fico com este tipo de actuações meramente burocráticas.
E penso no perfil que deve ter um aluno ao concluir o ensino básico... e pergunto-me como há gente que conseguiu passar daí.
Até admira! Um pensamento positivo por parte do FDL! ;)))) :P
Boa noite,
Pois, mais uma vez lamentável!...infelizmente cada vez sucede com maior frequência, conforme outros relatos aqui expostos. É a consequência de termos um Estado cada vez mais desumanizado. Os tachos revelam falta de vocação para os cargos que lhes são atribuídos, e nessa sucessão de atitudes/comportamentos, tudo vai ficando vazio. Por mais pessoas que estejam ao serviço. Não querendo generalizar obviamente a todos os organismos públicos, acredito que neste caso, todas as entidades envolvidas revelam uma falta de responsabilidade que, não sei se seriam dignos de trabalhar num matadouro.
Acredito poder também deixar um mundo melhor aos meus Filhos, mas estou certo que este não é o caminho. E ainda vem o Ministério Educação lamentar o aproveitamento político destes dois tristes casos. Além de merecerem ser despedidos, ainda deveriam ter de pagar indemnizações às Famílias e às instituições que tão mal serviram!
thorazine 12:32 AM
Mas eu costumo ser assim tão negativista ??? Pelo simples facto de me recusar a ir em grupos não quer dizer que não tenha cá as minhas fezadas...
Penso que nós, como meros cidadãos, podíamos contribuir também. Infelizmente, continuamos a alimentar o tão típico nacional fatalismo, egoísta, invejoso e maldizente, em vez de nos empenharmos em iniciativas de cidadania humanitária. Somos filhos adultos vivendo ainda à pala dos pais e a eles tudo exigindo de mão beijada.
É como diz a Memina da Lua: conhecendo outras gentes percebe-se o bom que temos... mas também o mal que ainda não nos propusemos remediar.
Bom dia!
Notícia do dia!
A Ordem dos Médicos decidiu tomar medidas decorrente dos dois casos de indevida decisão nas juntas médicas, no qual se inclui esta situação aqui referida pelo professor.
Lamentando as situações a Ordem propõe mais transparência nos processos e que as decisões sejam apenas feitas unicamente a partir de critérios e decisões médicas excluindo por isso a participação no juri de representantes administrativos do estado. Para isso irá igualmente proceder a formação adequada aos profissionais médicos que habitualmente participam nas juntas médicas.
Digamos que é uma resposta razoável, profissinal e responsável ao problema...
Afinal não somos tão incapazes assim, vale a pena ou não sermos positivos?:)
Só precisamos é de ser "picados" de vez enquando para reagirmos:))e tambem infelizmente que hajam vítimas para sermos reactivos:(
a menina da lua, ;] Também ouvi a notícia. Uma medida mais do que adequada da Ordem dos Médicos. Faz-me pensar naquela compensação das perdas- afinal a morte desses colegas não foi em vão!
Já agora... e porque se há-de ouvir falar disso... a Ordem dos Médicos que se inteire da forma como os professores a partir de agora terão de "certificar" a sua doença- é que pelos vistos o estado só vai confiar em certos médicos para atestarem a doença dos professores. Quais serão os critérios para eleger esses médicos que poderão passar "atestados de incompetência" a outros seus colegas com especialidade e longo acompanhamento do paciente em causa. Lindo!
Como é que a Ordem dos Médicos só agora reage ao facto de médicos assinarem um relatório médico onde quem manda é um administrativo?
Porque é que, sendo tão zelosa, ainda não proibiu?
O governo lava as mãos e diz que é um assunto interno da CGA.
A tutela da CGA é do sr Pinto da Costa?
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