terça-feira, julho 24, 2007

Conselho aos opositores a Chávez, se perderem a votação destinada a legalizar a eternização de um presidente - qual? - no poder!

“Como é legal não me preocupa.”

Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto, sobre o patrocínio de bebidas alcoólicas no futebol.
Público, 23/07/2007

19 comentários:

andorinha disse...

Bom dia.

Mais uma vez nada que me espante.
Esse senhor foi meu colega no 6º e 7º ano do Liceu aqui em Guimarães, ele em Direito e eu em Germânicas, já que a turma era comum.
Era um rapaz bem giro na altura,(ficou-me isso na memória):) mais magro, claro, mas que não devia muito à inteligência; lá se ia safando...

Soube escolher as companhias, chegou aonde queria, por isso agora quer é que não o chateiem muito:)

E não foi este que tramou o Nuno Assis?

Até mais logo, malta.
O sol quando nasce é para todos:)

AQUILES disse...

Repito aqui o que disse no post anterior:
SE se anda a perder a batalha da instrução, da educação, da cidadania, só pode haver outras perdas consequentes. Se não se aposta na prevenção por via da educação e da instrução, as outras prevenções vão, com certeza, falir.

Migmaia disse...

Este é um Bush à boa maneira Portuguesa...embora me pareça que o QI se tenha perdido com passar dos anos, em detrimento da barriga...
Lamento que o Sec. de Estado seja esse Sr. e não o Aquiles...

Fora-de-Lei disse...

Pior que a reacção de Laurentino Dias sobre o patrocínio de bebidas alcoólicas no futebol, foi a frieza revelada pela Ministra da Educação ao afirmar que não tinha nada a ver com o caso do(a)s desgraçado(a)s que quase morreram em plena sala de aula exercendo a sua profissão com um cancro que já os minava de forma inapelável (perdoem-me algum exagero neste eufemismo).

Os mecanismos legais - ou quaisquer formalismos de outra ordem - sempre serviram (e servirão) para os Pilatos deste país poderem "lavar daí as mãos" sempre que essa for para eles a saída mais conveniente... PQP esta gente!

CêTê disse...

O desporto tem mais uma compoente terapêutica do que educativa.
Salvo,;]...


... a lição dada pelo Benfica com os equipamentos cor-de-rosa.



Mas fora de brincadeiras, que mal está aproveitado o futebol em termos de promoção de valores de cidadania e de saúde. Que também nem sei que tipo de "mistelas" fazem, tomam ou promovem. Verdades de bastidores que só um "Catarino Ensoso" poderia trazer à luz! (ai credo! "luz" está em letra pequena, OK?)



Bons UV!
;]

CêTê disse...

FDL, eu e muitos outros mudamos de canal quando aparecem essas "interferências".
Só com imunodepresores e depois lá está aparece tudo a uma pessoa!;p


PS- Eu eu estou a ficar muito taralhoca ou não percebi o que o título tem a ver com o corpo do post em si! Mas deve ser mesmo falta de cultura política-desportiva.

bjnhs

Ps1- Andaste mal acompanhada, andorinha, foi o que foi- vês?poderias agora ser portista.;]

inté

peciscas disse...

De facto, anda a malta professoral nas escolas a tentar o impossível, para, depois aparecerem estes laurentinos, estes valteres e estas rodrigues, a debitarem umas quantas tiradas burocráticas, políticas, irreflectidas e ognorantes, com o ar mais convincente do mundo.
É com essas tiradas que nos tombam os tintins ao chão (ou os equivalentes femininos, claro,...)apetecendo dizer: que se lixem! eu desisto de tentar mudar as coisas.
Vá lá que, enfim, estou já liberto dessas andanças ...

JFR disse...

Há alguns anos, ao ouvir-se um responsável político, concordando ou discordando dele, ficava, quase sempre, a sensação de se estar perante alguém com inteligência, conhecimento, cultura e bom senso acima da média. Era uma ideia apriorística, nas mais das vezes confirmada. Hoje, é muito diferente. E a degradação chegou ao ponto máximo. Quando comparado com Guterres (e mesmo Barroso) o actual Primeiro Ministro revela uma fragilidade (não confundir com dificuldade)de expressão notável. A vacuidade de ideias é grande. A serenidade da sua transmissão - indicador de domínio das questões - é pequena. A robotização da exposição é notória. Daí que, não me admire que um Secretário de Estado, desça mais uns patamares e se esqueça do imperativo da sua missão: a função legislativa que, entre outras coisas, deve partir do que preocupa a sociedade para enquadrar e definir o que deve ser legal.

Coitados de nós.

andorinha disse...

Migmaia,
"Lamento que o Sec. de Estado seja esse Sr. e não o Aquiles... "

:))))) Também eu!

O QI já não era muito elevado, só a barriga é que aumentou:) Looool

FDL (3.33)
Subscrevo.

Cêtê,
:)
Pois é, pá, se eu tivesse podido prever o futuro, tinha-me atrelado a ele ( ao Laurentino, não ao futuro) :))))
A esta hora estava bem na vida:)

JFR,
Subscrevo na íntegra.
Coitados de nós.

Hugo disse...

Já há muito que a legalidade passou de um meio a um fim...:)

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
thorazine disse...

No reino Unido aconteceu o contrário. Numa entrevista sobre as novas politicas de drogas com a ministra do interior, Jacki Smith, ela assumiu ter consumido:

"Perguntaram-me e respondi.. foi há mais de 25 anos e fi-lo poucas vezes."
E inalou? "Sim, Alistair, e estava errada..."
Gostou? "Não especialmente."
Experimentou algo mais? "Não, e aquilo que fiz, agora sabemos que estva errado".
Errado porquê? "Bom, porque é contra a lei..."

Ou seja, é mau porque é proibido e é proibido porque é mau.

andorinha disse...

Boa tarde.

Excelente artigo de Manuel Alegre no Público de hoje.
"Contra o medo, liberdade"
Leiam que vale a pena. Deixo aqui uns excertos para aguçar o apetite:)

"Não vivemos em ditadura, nem sequer é legítimo falar de deriva autoritária. Então porquê a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa? Porquê o medo? De quem e de quê?
Talvez os fantasmas estejam na própria sociedade e sejam fruto da inexistência de uma cultura de liberdade individual."
(....)
"Quando um partido vai para o Governo, este passa a mandar no partido, que, pouco a pouco, deixa de ter e manifestar opiniões próprias. A crítica é olhada com suspeita, o seguidismo transformado em virtude."

E termina com chave de ouro: "Por isso, como em tempo de outros temores escreveu Mário Cesariny:" Entre nós e as palavras, o nosso dever falar." Agora e sempre contra o medo, pela liberdade."

peciscas disse...

Andorinha: li atentamente o artigo do MA e vieram-me à memória as suas próprias palavras, escritas há tanto tempo, que foram ditas apenas ...ontem:
"A verdade é mais forte que as algemas".

andorinha disse...

Peciscas,
Sem dúvida, essa é uma verdade intemporal.

Laura disse...

Professor:
Uma nota à margem:
Vi numa exposição da FNAC uma fotografia do seu bisavô absolutamente inequecível para o observador interessado. Quanto mais para a família.
Tenho a certeza que a conhece, mas na dúvida... aqui fica o registo.

Pertence à colecção do arquivo fotográfico da CM de Lisboa.
Data de 1917, salvo erro, e é da autoria do Joshua Beloniel, sobre cujo trabalho tratava a mostra.
Julgo que captou o momento em que lhe "cumpriu" anunciar ao país a entrada de Portugal na grande guerra.

Achei um espanto: ele está sentado a uma secretária, completamente natural e sem pose de estado. Para quem vê é tocante pelo absoluto realismo, coisa espantosa na época.
BM parece estar ali bem vivo por detrás da moldura, à distância de 1 vidro.

Um trabalho notável do fotógrafo. Acho que ele foi um must nos primeiros anos do periodismo ilustrado.
E francamente... tendo eu também fotos desse tempo de alguns dos meus maiores, só lhe digo: não há comparação possível.
O Joshua B. até podia ser fotógrafo no séc.XXI, que continuava a ditar na matéria...

Caso não tenha, tem urgentemente de a conseguir!

thorazine disse...

"Julgo que captou o momento em que lhe "cumpriu" anunciar ao país a entrada de Portugal na grande guerra."

Se bem me lembro também foi devido às suas politicas que fomos para a Guerra! Mas acho que vi isto no "Horizontes da Memória" - o que deixa sempre dúvidas!

Laura disse...

Por acaso até não me parece nada que tenha sido devido às suas políticas. Por isso mesmo eu até tive o cuidado de dizer «em que lhe cumpriu anunciar». Isto é: intervindo apenas, que eu saiba, na medida em que era o representante da soberania de Estado e, como tal, lhe competia forçosamente fazê-lo.
Mas até por isso a fotografia (que é aqui o que me interessa) é notável. Pelo flash realista do homem capatado em puro "casual instant", como se estivesse de facto a olhar para nós e a comunicar.
Traz afinal ao decimo aquela outra realidade, que é a inevitável fossilização que a História produz sobre os seus actores (e autores).
Uma mitificação para o bom e para o mau, que nos afasta da humanidade concreta das pessoas.
Como e que dizia o outro? "O homem é o homem a sua circunstância".

thorazine disse...

laura,
eu também não sei nada sobre a presidência de Bernardino Machado! Aliás, só li sobre ele no livro do professor e ouvi falar nas suas cartas de adolescente no "Amor é..".

Mas provavelmente o meu bisavô conhecia-o. Foi um sargento que ajudou os presos politicos republicanos antes da instauração! ;)