quarta-feira, junho 22, 2005

Nao é só em Portugal:)

O PP espanhol levou ao Parlamento um Psi de luxo que disse as coisas mais extraordinárias acerca dos homossexuais. O porta-voz do Partido classificou de "magnífica" a exposiçao. No dia seguinte, perante o repúdio generalizado, o mesmo senhor veio afirmar que nao estava de acordo com a doutrina exposta. O "magnífica" surgira apenas "por uma questao de educaçao"... O visado esclareceu que as suas afirmaçoes tinham sido deturpadas pela Imprensa! Aqui, como aí, muitos políticos mudam de opiniao após consultarem o travesseiro e as sondagens. E a comunicaçao social - que de angélica nao tem nada... - é acusada de manipular o que toda a gente ouviu:).

219 comentários:

1 – 200 de 219   Mais recente›   Mais recente»
Anónimo disse...

A "temperatura" da mensagem liga-se à participação do receptor: numa mensagem quente, o sentido é dado pelo emissor; numa mensagem fria, o sentido é dado pelo receptor que está implicado na comunicação."

Este blog por vezes é quente, outras frio.

Hoje este blog é quente

Anónimo disse...

Há vários há. Há os fundamentalismos quentes e frios. Louvar cenas escaldantes é frio. Fazê-las é quente

Anónimo disse...

Onde é que eu já vi isto????????
Bom dia a todos

Anónimo disse...

Conta Lucília . conta . onde é que foi?

lobices disse...

...o meu habitual BOM DIA à tutti
...o blog pode ser quente ou frio como alguém tem vindo a dizer; uma coisa é certa: hoje está quente porque a temperatura lá fora assim é; logo, se este blog aquecer, também pode ser devido à falta de arrefecimento do disco duro
...quanto ao texto, em si e ao que ele relata, claro que o amigo Profe tem toda a razão: a nossa comunicação (seja ela qual for) deturpa aquilo que toda a gente ouve ou ouviu; basta-nos lembrar do sonoro "filhos da p...." do Alberto João; mas não, não foi bem assim e tudo se esqueceu e os jornalista visados (ou os comentadores) ficaram impávidos e serenos; os líderes riram-se; se calhar até com razão, para que dar relevo ao nosso Alberto João? (Desculpem, quem é este senhor?)
...oh...fugi ao tema
...mas, pode ser que logo volte; agora, como já sabem, vou dar a minha caminhada habitual
...abr~eijos

Anónimo disse...

O que eu sei, é que a homossexualidade é - aparentemente - um filão inesgotável. Ele é na televisão, ele é na rádio, ele é nos jornais, ele é... nos blogs.

Já cheira mal !

Anónimo disse...

o incrível é que ao cidadão, alvo final da comunicação, chega apenas uma ténue ideia do que na realidade aconteceu ou qual a mensagem que pretendia ser transmitida.
riquita

Anna^ disse...

É o chamado diz que disse...ou que não disse...ou que dá jeito não ter dito...enfim,as politiquices do costume :)

Um bom dia para todos :)

Philipe disse...

Nos teclados espanhois, se teclar em "Alt"(manter pressionado)+"1"+"2"+"6" aparecerá o tao desejado til. É inútil na mesma pois nao dá para por em cima dum A ou dum O.... Mesmo assim quase quase que dá...

saludos

Anónimo disse...

riquita e nelly

Apoio a vossa denúncia. Que acham disto?

No capítulo ‘A formação do espaço público moderno’ do livro “Os novos media e o espaço público”, 1998, Gradiva, [http://www.gradiva.pt/capitulo.asp?L=3042], Rogério Santos reconhece que, na actualidade, ”o Estado, na tentativa de resolver as contradições económicas, políticas e sociais, torna-se intervencionista e atenua a nitidez da fronteira entre público e privado. Grandes organizações e grupos de interesses privados tornam-se parceiros políticos privilegiados do Estado, impondo perspectivas, que resultam numa «refeudalização» social. Através da tomada de uma forte lógica dos negócios, os meios de comunicação de massas, tornados predominantes, transformam a comunicação pública em relações públicas, publicidade e entertainment, assegurando a promoção das entidades que organizam os eventos, num permanente registo laudativos, o que desgasta a actividade crítica do público.”

Embora essa tendência pareça inexorável, alguns observadores visionários admitem que isso possa ser alterado, dadas as novas configurações que a esfera pública hoje assume, num fórum acessível ao maior número possível de pessoas, como é, entre outros, o dos blogs.

A questão que coloco é: que podemos fazer com este fórum ?

Anónimo disse...

Podemos fazer mais, muito mais, meus caros. Podemos aprender por exemplo códigos, linguagens codificadas. Senão vejamos.

Isto é mais para as Meninas do Fórum. Ora leiam com atenção e aprendam de uma vez por todas....

Piqueno" Dicionário das Tias".

Para quem quer entrar no mundo da Alta Sociedade, aqui vai um
"piqueno" dicionário com as expressões que devem utilizar no dia-a-dia e que devem seguir religiosamente!
Mas ouçam, não digam de todo as expressões proibidas, caso
contrário descobrirão que não moram na Lapa (ou na Foz), mas sim na Buraca (ou em São Roque, ou Casal São Marcos) e que não passam de "pindéricos" armados em novos ricos!!!
O que não se deve dizer NUNCA vs O QUE SE DEVE DIZER:

- O meu pai - O pai
- A minha mãe - A mãe
- As crianças, os meus filhos,etc. - Os piquenos
- Gorda - Lontra
- Feia - Monstra
- Pior que feia - Medonha
- Mala - Carteira
- Calças de ganga - Jeans
- Sem classe - Pindérico
- Piroso - Possidónio
- Saloia - Rústica
- Inteligente - Esperto
- Não é isso, jamais, etc. - De todo
- Prenda - Presente
- Roupa de marca - Roupa griffe
- A empregada - A criada
- Chauffeur - Motorista
- Lareira - Salamandra
- Esposa - Mulher
- Esposo - Marido
- Divertimento - Caturreira
- Divertido - Caturra
- Muito - Imenso
- Automóvel - Carro
- Fui com o carro à oficina - O meu motorista levou o carro à revisão (dando a entender que o carro é novo, obviamente)
- Conduzir - Guiar
- Não sei, não faço ideia, etc. - Sei lá
- O meu marido anda com uma galdéria - O Bernardo anda com uma
pindérica
(atenção: dizer o nome dele)
- O meu marido teve toda a noite na net a ver sites
pornográficos. - O
Bernardo esteve toda a noite a fazer um relatório no computador.
- Futebol - Aquele desporto dos piquenos giríssimos a correr
atrás da bola
- Dói-me a cabeça - Tou com uma enxaquequa terrível
- Santinho (quando alguém espirra) - Não dizer NADA !! (é regra de ouro
não dizer nada quando alguém espirra)
- Ganda Pinta - Que máximo!
- Bonito - Giro
- Falecer - Morrer
- Funeral - Enterro
- Rádio - Tefonia
- Televisor - Télévisão (carregar nos és)
- Foto - Retrato
- Depois ligas-me? - Tufona-me mais tarde? (com "U" e não com
"ÉLE")
- Estou farto(a) disto - Tou que não posso
- Salário, ordenado, juros, etc. - SEM TRADUÇÃO...é de mau tom
falar em dinheiros! (Assunto Tabu! Experimente falar nisto e é
imediatamente escorraçado do Jet7!)
- Quanto Custa ? - SEM TRADUÇÃO... no Jet7 compra-se e pronto
(ou fica-se a dever, como muitas)
- Fui ao banco - Estive a tratar de uns assuntos.
- Que vestido tão caro! - Que vestido medonho! (Em vez de caro, diz-se que é feio)
- Vou aos Saldos - Vou fazer compras
- Comprei esta camisola estampada na feira de Carcavelos a uma cigana que vende imitações do Jean Paul Gautier - Trouxe esta "tigresse" de Jean Paul Gautier de Paris.
- O gajo da loja fez-me um desconto - O piqueno da loja foi um querido.
- Este perfume está em promoção - Este perfume é óptimo!
- Aquele gajo é bom com'ó milho - Que piqueno giríssimo
- Leste aquela notícia do Correio da Manhã? - Leu aquele artigo do Expresso?
- Caixote do lixo - Cesto dos papéis
- E-mail - É-mail (carregar no "É")


-Tchau - Adeus

Maite disse...

Boa tarde Maralhal e Professor

Questões, não concorda que essa sua pergunta final, peca por atraso? É que depois de 5 meses, muito já foi feito.

A comunicação social é mais "uma entidade" em que a falta de valores se nota, mas qual é a estranheza no mundo em que vivemos? Admirar-me-ia sim, se isso não acontecesse. Ela é apenas o reflexo de "nós próprios", quer queiramos, quer não.

Anónimo disse...

Sendo a primeira vez que faço um comentário a um texto do Professor Júlio Machado Vaz, devo dizer que estou de acordo quanto ao essencial, a "transferência" da culpa própria para a comunicação social, para que a culpa vá morrer longe, esta é a ideia do bode expiatório. Sou crítico da subordinação do discurso político ao politicamente correcto, introduzido em parte pelos media. Penso, no entanto, que o Prof. usa este episódio para suscitar uma vez mais a discussão em torno de uma das suas "bandeiras" favoritas: a luta contra a discriminação da homossexualidade e dos homossexuais. É uma causa legítima! É também necessária, numa país que precisa de ser mentalmente "abanado". O meio escolhido pelo Prof. tem sido, pelo menos na Antena 1, a introdução de um discurso que pretende ser ameaçador para os heterossexuais, no sentido em que ninguém ou quase ninguém está livre de um dia, subitamente, sentir um desejo homossexual em determinada fase da vida. Talvez seja este o meio mais eficaz.

Anónimo disse...

Está tudo relacionado com a ética, da sensibigética, da semiótica, da sensibigótica, da estética carnavalesca. :)

Anónimo disse...

Atenção ó Prontuário armado em Xico esperto ontem.
Yulunga e Circe, vocês estão a ser enganadas, porque o Prontuário de ontem armou-se de novo em espertalhão. Não foi ele que te corrigiu Circe, fui eu.

The one and only
Mas o que é que isso interessa, né?
Um abraço e um Bom Dia a todos

Anónimo disse...

Volto a colocar aqui uma inquietação minha. Corremos o risco de com a homossexualiada se passar o mesmo que com a constituição Europeia: ninguém explica nada, logo reage-se com base no medo. Não me parece que a homossexualidade seja algo fácil de compreender sem a ajuda de alguém que nos explique qualquer coisa:

1. porque é que deixou de ser considerada uma doença?
2. todas as correntes actuais da medicina/psiquiatria pensam da mesma forma?
3. sabe-se alguma coisa sobre como surge a homessexualidade?

alguma ideia?

Anónimo disse...

Em El psicólogo citado por el PP en el Senado califica la homosexualidad de "patología" pode ler-se mais qualquer coisa sobre o esgrimir de argumentos dos vários peritos que estiveram na comissão do parlamento espanhol.

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Boa tarde. Queira desculpar a pergunta:

O que é um Psi de luxo? O que significa? Qual é o sinónimo? Será um idiota que renega o conhecimento científico, que é suposto ter, por conveniências políticas? Se assim é, preferimo-lo a si, em embalagem regular e plebeia. ;))))

E, a esses jornalistas, esses idiotas que deveriam ser o 4a.poder mas, ou se deixam corromper ou tremem perante o poder político, o perder a carteira profissional seria pouco.

Já agora, ontinuação de boas 'vacances', com ou sem cátaros.;))))

andorinha disse...

Olá Júlio e maralhal,

Qual é o espanto?:)

Afinal somos países vizinhos...
Este post suscita-me dois comentários.
O primeiro em relação ao "Psi de luxo" que se desculpou com a má interpretação das suas palavras por parte da imprensa.
Claro, encontrar bodes expiatórios é o caminho mais fácil.
O segundo em relação ao porta voz do partido; este, então, deu um magnífico exemplo de coerência.

Mas digam-me uma coisa : alguém valoriza a coerência hoje em dia?

Nada disto me espanta, infelizmente.

lobices disse...

Gostaria IMENSO que alguém me explicasse alguma coisa sobre o SEXO; há coisas ainda que eu não sei e gostaria de entender.
Por exemplo:
- Se um casal heterosexual, um homem e uma mulher tiverem relações sexuais com o pénis e a vagina, isso é considerado normal?
- Se um casal heterosexual, um homem e uma mulher tiverem relações sexuais com o pénis dentro do anûs dela, isso é considerado normal?
- Se um casal heterosexual, um homem e uma mulher fizerem o 69, isso é considerado normal?
- Se um homem tiver o pénis dentro do anûs de outro homem, isto é considerado anormal?
- Se um homem fizer o 69 com outro homem, isto é considerado anormal?
- Se uma mulher fizer o 69 com outra mulher, isto é considerado anormal?
- Se uma mulher manipular o pénis de um homem, masturbando-o, isso é considerado normal?
- Se um homem manipular o pénis de outro homem, isso é considerado anormal?
- Se um homem gostar de olhar para o rabo de uma mulher, isso é considerado normal?
- Se uma mulher gostar de olhar para o rabo de outra mulher, isso é considerado anormal?
- Se
- Se
- Se
- ou seja, vamos ter de fazer um manual sobre o que é normal e o que é anormal em todas as vertentes que o sexo atinge?
- E,
- quem é que faz o Manual? Um homem que mete o pénis na vagina ou uma mulher que lambe a vagina de outra mulher?
- E,
- quem SABE o que é a normalidade?
- o que é a normalidade?
- parece-me que a normalidade é "aquilo" que é normal por ser uma norma tida por normativa, tida por "hábito", por mais vezes citada, referida ou vivida
- a anormalidade não deriva de algo que fuja ao normal; a anormalidade é apenas a outra parte que está para lá do habitual; logo, a dita anormalidade é algo de normal, também!...
- Não existe normalidade nem anormalidade no que diz respeito ao sexo
- Da mesma forma que não existe anormalidade na cultura só porque um povo gosta de peixe e outro povo gosta de carne
- Da mesma forma que não existe anormalidade na cor da pele do ser humano, uns são brancos, outros amarelos, negros ou doutra cor
- Da mesma forma que comer com faca e garfo é tão normal como comer com pauzinhos ou comer à mão
- Da mesma forma que é tão normal o Budismo como o Cristianismo
- Da mesma forma que é tão normnal eu usar lenços de pano e outros usarem lenços de papel
.
- Porquê o ESTIGMA da anormalidade no que diz respeito ao Sexo?
- Quem veio dizer que isto é normal e aquilo é anormal?
- Quem distingue? Os normais ou os anormais?
- Aquele que diz que a homosexualidade é anormal é um ser que se rege por uma determinada norma que não a do outro, da mesma forma que esse outro se considera normal e considera o outro anormal
- Seja genético, seja normal, seja uma doença, seja um desvio, seja o que quer que seja, a sexualidade é uma diversidade de "coisas" da mesma forma que as outras coisas que o Ser Humano vivencia
- Qualquer dia fazem-se rótulos para doenças normais e doenças anormais, sei lá, ter um cancro é normal mas ter uma tuberculose é anormal
- Fumar é normal da mesma forma que não fumar o é também
- Rezar ao Cristo é normal como é normal orar a Buda
- Cheirar uma flor é tão normal como não a cheirar
.
- Deixem-se de catalogações
- Deixem-se de se "armarem" em Juizes de causa alheia; como pode um ser julgar a sexualidade do outro só pelo facto de outro ser diferente dele? (a sua sexualidade será melhor que a dooutro?) Como é qaue ele sabe?
- Como posso saber que não gosto de caracóis se nunca os comi?
- Como não os como digo que quem come caracóis é anormal, é isso?
-
- Não defendo nada; aceito somente a diferença que existe no Ser Humano, a diferença em tudo, em todas as coisas, em todos os seus mais diversos comportamentos, sejam eles culturais, físicos, sentimentais ou que qualquer outra ordem
- Não defendo nada; aceito a diversidade que nos torna a todos iguais a nós mesmos...
- O poder de não aceitação é que nos torna "anormais" porque o "normal" será aceitar MAS se houver quem não aceite, tal também deve ser aceite porque dessa forma a não aceitação também é um acto normal do ser humano
- Olhemo-nos como uma diversidade, a diversidade que compõe a fauna e a flora de um planeta
- o que quer que se faça, mais não é do que somente uma acção derivada de tudo o que nós fomos, do que somos, do que seremos: um ser vivo em evolução!...
- Aceitar é a solução
- Conviver em luz, em paz e harmonia é o caminho
- Amar é o caminho
-

Rosa disse...

Professor,

Não se percebe (perdão, eu não percebo) quem se queixou que as suas afirmações tinham sido deturpadas pela imprensa: o "Psi de luxo" ou o porta-voz do Partido?
Independentemetne disso, mudar de opinião depois de consultar o travesseiro não é apanágio dos políticos - ja as sondagens... :) -e era bom que mais pessoas o fizessem. Mesmo que depois culpassem a comunicação social, que, como muito bem diz, de angélica não tem nada, mas, ainda assim, tem as costas muito largas.

Portocroft,

Perder a carteira profissional?? :) Isso devia ser absolutamente proibido, meu amigo: ela custa-nos muito dinheiro, e pagar para trabalhar não é um "privilégio" de todos! :))

Anónimo disse...

Fogooooooooo
O gajo das 3.38 PM é normal ou anormal?
Chiça, parece um doutor a falar, a escrever digo

VdeAlmeida disse...

Lá como cá, a comunicação social, como diria o meu vizinho Venâncio, é o bode respiratório para muita coisa. E fica a prova que não é só cá que os políticos tratam o Zé como atrasado mental.

Anónimo disse...

Lobices
voçê é espantoso! já tinha quase desistido mas afinal... sempre há quem pense como eu... to live and let live... não é a palavra liberdade que importa mas sim TOLERÂNCIA e AMOR.

Didas disse...

Ai não posso!... A sério???

Anónimo disse...

Só para pensarmos.... é em Espanha e em Portugal



O país está cheio de especialistas. Especialistas em generalidades. Especialistas instantâneos. Ninguém está a salvo. Não vale a pena fugir. Eles estão em todo o lado, nas rádios, nas televisões, nos jornais, nos blogues, nas paragens de autocarro, nas salas de espera dos consultórios, nos bancos de jardim, nas mesas gastas de milhares de cafés e tabernas por esse país fora. Neste mail também, claro.
Em cada esquina um pedopsiquiatra, em cada ser vivo um perito em questões judiciais, em cada lar um professor Marcelo. "Os portugueses são incapazes de dizer 'não sei'", avisam os redactores da Lonely Planet no guia sobre o nosso país. Estão certos. O português médio tem opinião sobre tudo. Sobretudo, tem opinião. Lembram-se da famigerada "Lei da Rolha"? Pois finou-se. Paz à sua alma.
Vivemos num país melhor, agora que toda a gente diz o que lhe vem à cabeça? Vivemos num país mais evoluído, agora que temos gente que nos explica o mundo nas televisões? Vivemos num país mais justo, agora que peças judiciais que deviam estar em segredo de justiça aparecem nos jornais? Em que país vivemos, afinal?
Nos últimos dias tenho percebido o que é sentir saudades do futuro. Começo a entender, finalmente (mas eu sempre fui de compreensão lenta) por que razão Pessoa achava que faltava cumprir-se Portugal. Este é o país que quase chegou lá. O país do quase. "Um pouco mais de sol - eu era brasa, um pouco mais de azul - eu era além. Para atingir, faltou-me um golpe de asa...Se ao menos eu permanecesse aquém...". As palavras proféticas de Mário de Sá-Carneiro, lidas nos tempos que correm são uma lucidez feroz, amarga. No meio da confusão que por aí vai temos que nos agarrar à poesia como um náufrago a uma bóia. Pátria que nos pariu.

PortoCroft disse...

Rosinha dos sorrisos,

Lamento te desiludir. Se fosse assim tão difícil; se para a adquirir outros valores, além dos adquiridos na faculdade, falassem mais alto; para ser generoso contigo - só porque gosto de ti - metade dos teus colegas não o eram. Mas, nem te estou a dar nenhuma novidade, não é? ;)

lobices disse...

cito:
No meio da confusão que por aí vai temos que nos agarrar à poesia como um náufrago a uma bóia. Pátria que nos pariu.
...
(subscrevo o anónimo das 4.40 PM)

Rosa disse...

Portocroft,

Olha que os "valores" exigidos são bastante elevado$$$$$$$$$$!! :)) E é só por isso que eu digo que devia ser proibido: paguei, é minha! Ninguém ma pode tirar! :))

Agora fora de brincadeiras, como em qualquer outra profissão, há bons e maus profissionais...

lobices disse...

...sinceramente não sei se tem alguma coisa a ver com o assunto ou não mas, de repente, lembrei-me e apetece-me escrever aqui esta nota de "viagens":
...hoje, na minha habitual caminhada matinal, seguia eu rua acima no meu passo comprido mas lento (um pouco pelo meio da rua como é meu costume); ao meu lado, mais à frente, lá ia o Black com o focinho junto ao chão no seu habitual farejar; começo a ouvir um barulho de vozes altercadas atrás de mim e cujo volume ia aumentando com a aproximação; de soslaio, olhei para trás e vi que era um par de ciclistas, lado a lado ciclando, por ventura, o seu exercício matinal; era uma homem dos seus 40 anos e um miúdo dos seus 10 anitos; provávelmente pai e filho; ouvia apenas uma voz mais grossa a falar num brubru que não entendi muito bem; mas quanto mais se aproximaram de mim, mais fácil se ouviu uma sonora frase, dita numa forma pausada:
"...óh pai, pôrra, deixa-me falar, ouve-me...foda-se!...
...não percebi mais nada daquela conversa porque eles passaram por mim e o vento levou o resto das palavras...
...mas... imaginei-me o que teria acontecido se, há 50 anos atrás, eu tivesse dito algo parecido...
...na verdade, somos um "animal" em consecutiva evolução...
...ÃO...

patologista disse...

E se não houvesse sondagens (nenhum politico tira do travesseiro mais que uma sesta), imagino o que eles não diriam.
A verdade é que por muito que se fale do respeito pelos outros, fica tudo perdido quando os nossos politicos deixam escapar o que verdadeiramente pensam.
E na sua maioria são pensamentos tão pobres...

Maite disse...

Oh Lobices
Mas a criança apenas queria ser ouvida, e com certeza, não encontrou outra forma de se afirmar do que aquela com que será brindada, em casa, todos os dias.
Os miúdos aprendem...oh se aprendem!...assimilam tudo, meu caro.

Unknown disse...

Lobices, a defesa de que o anormal como sendo "apenas a outra parte que está para lá do habitual", não é tão linear assim. Se não por essa ordem de ideias faltam aí mais umas quantas combinações:
Adultos com crianças nas variantes que der.

Unknown disse...

Por outro lado se tudo é normal, não haveriam sexologos nem comportamentos considerados desviantes, nem taras. Tudo era normal

Maite disse...

Cara Yulunga
Esses seus considerandos deverão ser levados mais longe. Hoje em dia, parece e "só parece" claro, que os comportamentos desviantes é que são considerados normais e "deverão" ser aceites.

Unknown disse...

Maite bem sei que um adulto tem vontade própria e que uma criança não, mas se se quer normalizar a anormalidade todos os exemplos são válidos mesmo os mais absurdos.
Ou há excepções ou não, ou há normal e anormal ou não.

lobices disse...

...to Yulunga at 6.17 and 6.21 PM:
...o Universo "vive" em equilíbrio numa dualidade, em tudo; não existe absolutamente nada que não tenha o seu lado contrário
...o "normal" é o outro lado do "anormal"
...o que eu perguntei foi quem distingue o que é "normal" e o que é "anormal"
...depois continuo a falar em dualidade e não em comportamentos que alguns consideram desviantes (também não sei o que isso é), tal como aquele que referes chamado de pedofilia... não a defendo, como disse no texto anterior; nada defendo, apenas tento aceitar...
...porque
...nesse caso
...não existe apenas a pedofilia; existe muita outra coisa: a necrofilia e muitas outras "filias" que nem sei designar e muitas "aberrações" que também não sei julgar
...o que eu disse e continuo a dizer é que as "coisas" existem e apenas pergunto QUEM se acha no direito de se achar com a razão do seu lado para entender que a heterosesualidade é dita "normal" e a homosexualidade é dita "anormal", por exemplo...
...
...quanto á existência de sexologos, psiquiatras, etc, eu considero que primeiro nasceu a "doença" e depois é que surgiu o "médico"
...por isso, há uma "resposta" para tudo e se amanhã se descobrir que alguém consegue viver sem se alimentar, surgirá uma nova especialidade para se debruçar sobre essa "anormalidade"
...o êrro está (na minha opinião - é sempre tudo uma questão de opinião, e ainda bem que temos direito a tê-la...) na forma como tudo é catalogado; depois, o que é catalogado; depois, como é catalogado... ou seja, tudo o que existe é por conceito definido por uma pseudo lei de comportamento dito normal ou anormal
...quando a "Lei" dita o que deve ser tomado como "certo" vamos de mal a pior... porque, nessa altura, terei o direito de perguntar quem é o Legislador!... (será um ser normal?)...(quem o julga a ele?...)
...
...é como o caso dos Juízes; eles julgam; quem os julga a eles?
...

Anónimo disse...

Lobices...

Talvez a questão não seja tanto, normal vs anormal, mas tentar encontrar, perdão, ir encontrando, caminhos que cada vez nos façam mais felizes. O mito do bom selvagem é isso mesmo, um mito. O ser humano é sobretudo um ser social que cresce em contraste com o outro. Se eu me bastasse a mim próprio, não precisava de ouvir ninguém, nem o nosso anfitrião nem ninguém aqui no blog, nem em lado nenhum. Não necessitava de fazer qualquer esforço, era só deixar-me ir...

No que tenho observado na minha vida e em algumas à minha volta a felicidade é algo que precisamos de procurar (a procura do nirvana é algo muito comum no oriente).

Confesso que tenho medo de um mundo em nos fechemos na nossa concha e deixemos de sonhar com um futuro melhor. Felizmente que por aqui ainda vamos sonhando todos, senão não estaríamos aqui :)

Unknown disse...

Lobices, já uma vez dei a minha opinião sobre a homossexualidade.
Não a entendo e não "aceito" exageros ridiculos, basicamente é o que tenho a dizer sobre a homossexualidade.
Normal ou anormal?
Na minha opinião claro:
Normal como fonte de prazer eventualmente.
Anormal como fonte de procriação.
O mundo não avança só com o prazer.
Quando um homem engravidar dum homem e uma mulher de outra mulher então considerá-la-ei normal.
Gosto de ver a luta dos homossexuais pela adopção duma criança, que por acaso é feita por dois sexos diferentes.
Também eu gostaria de fazer omoletes sem ovos.
Haja algum bom senso.

andorinha disse...

Lobices (3.38)

Hoje estás particularmente inspirado. Belo texto!
Posso assinar por baixo?:)

Rosa,
Penso que quem se queixou foi o "Psi de luxo". Como dizes, a comunicação social tem as costas largas (às vezes também tem culpa no cartório) mas há bons e maus profissionais como em todas as classes, isso é evidente.

Yulunga,
Não é a mesma coisa. Com crianças é diferente - estas ainda não têm maturidade nem desenvolvimento físico e psicológico para poderem ser responsáveis pelas suas decisões; a maior parte das vezes são coagidas.
Os adultos devem ser livres de fazer o que lhes der na real gana sem terem que ser catalogados.
E falar em comportamentos desviantes levar-nos-ia muito longe. Quem determina o que isso é?
Os psis e os sexólogos?
Ninguém tem o direito de o fazer.
Eu não dou o direito a nenhum psi de me dizer se o meu comportamento é desviante ou não e isto é apenas um exemplo.
Já somos condicionados de tantas formas ainda nos faltava mais essa?

andorinha disse...

Mário (6.44)
Totalmente de acordo.:)

Unknown disse...

Andorinha e eu sei, mas fiz questão de dar um exemplo exagerado para tentar dar a entender a minha opinião de que de facto existem coisas normais e anormais.
Andorinha "alguém" tem que definir o que é o meio termo, alguém tem que ter o direito de o fazer se não andariamos todos a fazer por exemplo arrastões na praia e esse comportamento seria mais um dentro dos normais.

Unknown disse...

Mário, aqui não nos anulamos, não somos portugueses médios, de forma certa ou errada temos a nossa opinião (caracteristica do "tuga")
e
"Felizmente que por aqui ainda vamos sonhando todos, senão não estaríamos aqui"
e numa ou noutra situação acabamos por estar de acordo uns com os outros.

lobices disse...

...to Mário at 6.44 PM:
...cito:
No que tenho observado na minha vida e em algumas à minha volta a felicidade é algo que precisamos de procurar (a procura do nirvana é algo muito comum no oriente)
...
...não precisamos de procurar Mário
...a "felicidade" é o estado de nos sentirmos felizes com o que quisermos ser e como quisermos ser
...a "felicidade" não é uma "coisa" que se encontre ou que esteja em determinado "status" para ser encontrada; a "felicidade" é, está em nós mesmos apenas e unicamente quando e como quisermos
...o "nirvana" é isso mesmo
abraço

Unknown disse...

Anónimo, das não sei quantas horas, gostei de ler a critica a quem dá opiniões. Pena que esse comentário por ele só tenha sido mais uma opinião como tantas outras.

Maite disse...

Em total acordo consigo, Yulunga das 6.39pm "Ou há excepções ou não, ou há normal e anormal ou não."

Unknown disse...

Maite a Yulunga das? 6:39 é a mesma das 7:09. Sou eu Maite... a Yulunga... reconheces-me?
Ai os erros...

Maite disse...

andam a dar cabo de mim...bolas
Mas para esclarecer melhor:
Eu e felizmente muita gente ainda temos a capacidade de distinguir o normal e o anormal...o que parece que hoje em dia é cada vez mais dificil.

andorinha disse...

Yulunga,
Estás-me a dar cabo do juízo, rapariga.:)))
Esse exemplo que dás agora dos arrastões na praia não pode ser comparado. Penso que ninguém irá achar isso "normal". Estamos a falar de comportamentos sociais.
Aí é a tal história - a minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros.
Quanto a comportamentos sexuais é outra história. Continuo a achar - duas pessoas adultas podem e devem fazer o que lhes der na real gana; não estão a afectar ninguém, ao contrário dos arrastões.

Unknown disse...

Antes de ir

Mário
Isto que eu disse
"aqui não nos anulamos, não somos portugueses médios, de forma certa ou errada temos a nossa opinião (caracteristica do "tuga")"
teve a ver com um comentário dum anonimo, mas achei que se enquadrava na tal vontade de que falou em estarmos aqui.

Até amanhã maralhal bacano

andorinha disse...

Maite(7.26)

Mas o que é normal e anormal para si, pode (e não é com certeza) não o ser para mim.
Não consegue entender isto?
E então quem estabelece qual é o conceito "correcto"?

Unknown disse...

Andorinha, se vamos por ai...
"Continuo a achar - duas pessoas adultas podem e devem fazer o que lhes der na real gana; não estão a afectar ninguém"
De acordo.
Então porque nos incomodam com manifestações para que aceitemos a escolha deles?
Escolheram, está escolhido.
Sejam felizes.
Com tantas exigências o tal comportatamento passou mesmo a ser social.

Unknown disse...

Escrevinhador, tu também?
Chiça!!!
É por isso que as pessoas não dão opinião, calam-se, reprimem-se e entram em depressão.
Isso não se faz.

Boas tardes

Pamina disse...

Boa tarde a todos,

Pois, parece que o PP não fez bem os trabalhos de casa e se enganou quanto às reacções ao discurso do psi. Depois só lhe restou dar o dito por não dito, arte em que os políticos são mestres. Quanto ao psi, evidentemente, que não teve outra saida senão sacudir a água do capote para cima da comunicação social.
Isto tudo enoja, mas veja-se também o aspecto positivo. Se o repúdio foi generalizado, isto signfica que a maioria da opinião pública NÃO está de acordo com as teses do tal psiquiatra e do PP. Ora, isso é MUITO BOM para os que desejam uma sociedade mais aberta às "diferenças".

Lobices, Mário e Andorinha concordo com o que disseram. Só queria salientar um ponto que a Andorinha já tocou (6.54), pois é essencial. A pedofilia não tem nada a ver com uma relação sexual entre 2 homens ou 2 mulheres adultos e que concordem em tê-la. Claro que tratando-se de sexo com crianças ou não havendo consentimento, mesmo sendo os intervenientes adultos, o acto sexual é uma violação. Em inglês há a expressão "consenting adults".
Acho que é disto que estamos a falar.

Maite disse...

Andorinha, eu tenho o conceito de bem e mal (normal e anormal)dentro de mim e quando o perder, perderei a minha identidade. Também já disse aqui que não discrimino as pessoas sejam elas de que orientação sexual, religião, cor ou sei lá...mas não me ponho para aqui a defender pessoas que têm "unhas" para o fazer de uma forma normal. E sabe que mais, eu até já estou com pena dos homossexuais, coitados..a sério...de tanto os defenderem até começo achá-los PESSOAS anormais. O que até aqui não os considerava embora ache a homossexualidade um desvio. Mas é lá com eles.

PortoCroft disse...

Naco-Miúda-Bera,

Tu, para quem a noção de sexo é cavalgar um dromedário no deserto, com 50 graus de temperatura, serias a primeira a te deixares seduzir por uma qualquer Angelna Jolie.;) Pela minha parte, desde que te sentisses feliz, seria a coisa mais normal. Pelo menos no que respeita à Angelina. ;)))))

Lobices,

No teu melhor. E nem é preciso dizer mais nada. ;)

Andorinha,

Perfeito o teu comentário das 7:27 PM.


Agora, a minha noção de normalidade:

Normal é tudo o que, satisfazendo necessidades próprias ou alheias, no pleno exercício das suas liberdades e direitos, não colida com a satisfação das necessidades, e as liberdades e direitos de outrém. Ainda que contrarie os hábitos e costumes instalados.

PortoCroft disse...

Maite,

Dá-me ideia que interiorizou a ideia de que se pretende defender a homossexualidade. Não é isso, da minha parte nem, creio, da maioria das pessoas. O que se pretende é que, todas os seres humanos, independentemente das suas práticas sexuais, deixem de ser discriminadas por isso. Apenas e só.

Isto levar-nos-ía a um outro assunto muito mais vasto e complexo (Caro Prof., se calhar até era interessante ouvir a sua opinião sobre isto) que é aquilo que aqui no Reino Unido se denomina de bullying e que abarca toda uma variedade de situações na vida e desde as mais tenras idades.

lobices disse...

...to Yulunga at 6.50 PM:
...cito
Haja algum bom senso.
...haja, claro, mas... por parte de quem, minh amiga?
...:)

Maite disse...

Pois é Portocroft, agora diga-me, a Inglaterra, não é suposto ser um dos "paraísos" dos homossexuais? E acha que lá não são discriminados? Não são "bullied" assim como outras minorias e não só minorias?
Afinal não é por aí. Não é por institucionalizar algo que as mentalidades mudam. Há muita gente que defende na teoria e na prática, já estou como o outro "não os vejo a fazer nada", pelo contrário. Hoje parece que é "chique" defenderem-se os homossexuais e ai daqueles que contradigam esta tendência.

lobices disse...

...to Pamina at 7.49 PM:
...cito:
Em inglês há a expressão "consenting adults".
Acho que é disto que estamos a falar.

...exactamente; é disto que estamos a falar

lobices disse...

...to PortoCroft at 7.58 PM:
...cito:
Agora, a minha noção de normalidade:
Normal é tudo o que, satisfazendo necessidades próprias ou alheias, no pleno exercício das suas liberdades e direitos, não colida com a satisfação das necessidades, e as liberdades e direitos de outrém. Ainda que contrarie os hábitos e costumes instalados.

...
...exactamente!...Perfeito!...
...

K. disse...

:)

Muito bem, Lobices.

PortoCroft disse...

Maite,

Não a Inglaterra. Algumas zonas de Londres e, mais especificamente, o sul de Inglaterra.

Nada está institucionalizado. Há leis, algumas impostas recentemente pela U.E. (sabe que, pela lei Inglesa, até Dezembro de 2003 era 'legítimo' discriminar alguém que, podendo nem o ser, fosse tido como um homossexual, no seu local de trabalho? E nenhuma lei se aplicava em sua defesa?

Se define institucionalizar a não discriminação, seja do que for (e o 'link' que lhe enviei até nem é sobre homossexualidade, há povos muito mais avançados que os Ingleses. E nem se esqueça que, o Reino Unido, por ter sofrido a influência massiva de 'culturas retrógradas', regrediu muito nos últimos 30 ou 40 anos.

lobices disse...

...
...apenas mais umas "achegas":
...um dia, a sociedade pretendeu normalizar os produtos manufacturados, por uma questão de economia, maior acesso ao mercado, satisfação genérica tanto da parte da produção como da parte do consumo, etc...
...criou-se então e assim a era da "Normalização"
...normalizou-se o papel de carta; normalizou-se o chip, o agrafe, o clip, o ferro de engomar, o selo, o bico de gaz, o isqueiro, eu sei lá o que mais
...tudo para que fosse mais fácil a "troca", o "merchandise", o acesso, etc...
...porém
...nunca deixou de existir os sucedâneos, os genéricos, os "outros", ou seja, o mercado mantinha a capacidade de escolha (só no Comunismo, parece, é que andavam todos com as mesmas botas, os mesmos sobretudos, etc. etc. - atenção, isto sem ofensa para quem é Comunista - foi só para dar um exemplo...)
...um dia, a Sociedade resolveu "Normalizar" os sentimentos, o sexo, o amor, o ódio, a virtude, o defeito, o pecado, o vício, o beijo, a inveja, a luxúria, a pobreza, a riqueza, a alimentação, a sede, a fome, o sol, o luar, a água do mar
...um dia, a Sociedade resolveu "Normalizar" o que não pode ser normalizado porque não existe norma para o que não é ANORMAL, porque tudo o que existe à superfície do Planeta ou no Universo é NORMAL, é algo que evolui porque não se cria nem se perde... apenas se transforma...
...a TRANSFORMAÇÃO é a mais perfeita das "normalizações" porque é a única "norma" que a Natureza aceita... a Evolução!...
...não podemos normalizar o inormalizável
...não podemos normalizar o amor
...não podemos normalizar a dor
...não podemos normalizar a NORMA
...porque, simplesmente, "ela" tanto é normal sendo normal como é normal sendo anormal, apenas depende do ponto de vista do observador e de quem pretende catalogar um dado caso
...o bom senso é algo que reside em cada um de nós
...e nem isso, o bom senso, pode ser normalizado porque ele é diverso, é diferente e é nas divergências que se encontra a "norma"...
...porque a "norma" é apenas um conceito e não um facto
...porque a "norma" é apenas uma lei e não um caso
...porque a "norma" é apenas a nossa forma de aceitar o que ela é para cada um de nós!...
...

Anónimo disse...

...a TRANSFORMAÇÃO é a mais perfeita das "normalizações" porque é a única "norma" que a Natureza aceita... a Evolução!...
-
Concordo: essa é a única norma.

Maite disse...

Portocroft
Desculpe então a minha ingenuidade ao afirmar que: os homossexuais não são mais discriminados do que outras minorias que são mais débeis e que tenho a certeza que eles também as discriminam. Eu sei, parece que estamos a andar em circulo e talvez estejemos.
Refere-se ao link aí em cima? sobre bullying? é que eu pessoalmente nunca recebi nada seu no meu mail (foi o que entendi desta sua frase"e o 'link' que lhe enviei até nem é sobre homossexualidade"). Só para esclarecer as coisas

Julio Machado Vaz disse...

Sorry, maralhal. Foi o Psi de luxo (evidentemente um catedrático, portocroft:)!).

PortoCroft disse...

Maite,;)

Hoje, apesar de o tema ser sobre a homossexualidade, 'enviei-lhe' (coloquei no comentário) um 'link' para uma 'site' que trata de 'bullying' em outras situações na vida. No caso, a incidência é sobre as crianças nas escolas.

Os homossexuais, ainda são tanto ou mais discriminados, que os negros por serem negros, as prostitutas por serem prostitutas (como se atrás da profissão, não existisse um ser humano) ou do que os deficientes. Cada um da sua forma. A nenhum deles basta ser bom. Tem que ser duplamente bom para que tenha uma hipótese de que o seu valor, como ser humano, lhe seja reconhecido. Isto, se calhar, num sentido, é até bom, já que promove a evolução. Mas, que é injusto, é.

PortoCroft disse...

Ena, grande calinada.;)))

Caro Prof. m8, desculpe. Acredite que me doeu mais a mim que a si.;))))

Maite disse...

Esclarecida, Portocroft

Será que são mais discriminados do que os idosos que são despejados em lares e abandonados? mais do que as crianças que vivem em instituições? mais que os deficientes? não sei, não.
Só não entendo esta fixação nos homossexuais.
Caro Maralhal, pelo que aqui fiquei a entender, o que querem tão e só, é que se façam leis para que os homossexuais tenham direitos. Porquê? eles não têm? Hoje em dia os "casamentos" até estão em vias de extinção, porque raio querem eles institucionalizar-se? Só por uma questão financeira?

PortoCroft disse...

Maite,

Há especifícidades, em cada um dos casos. Mas, eu diria que sim. Todos eles são marginalizados pela sociedade, logo, discriminados pela negativa (e é importante acrescentar pela negativa).

É o 'reviralho', Maite. É o 'reviralho'.;)))))

Anónimo disse...

Já cá não vinha há muito e hoje... subitamente, voltei!

Assim, de repente, lembrei-me duma anedota com um papagaio que termina assim:
"casa nova,... p*tas novas,... só o c***ão do chulo é sempre o mesmo!"

Porque será?

Anónimo disse...

Neste tema 'observo' duas atitudes, as quentes e as frias. Criticar cenas diferentes é frio. Fazê-las é quente.

Como ñ será possível alguém fazê-las aqui, fiquemos pela frieza do debate, onde não saberei falar do que não sei fazer.

Se alguém me pudesse ensinar outras banalidades porque sabe fazê-las, gostaria de o ouvir.

Se algum estudioso me quisesse explicar o que pensa dos vários géneros de banalidades, ficaria muito agradecida.

Mas, debitar sobre o que não entendo, isso não farei.

Boas noites

RAM disse...

Circe,

E eu que pensava que era uma ave rara por gostar de Dead Can Dance.
Bom gosto...

Anónimo disse...

respondendo a 'questões'
podemos fazer deste forum o que quisermos e seria interessante que se transformasse num formato diferente, de mais fácil acesso.torna-se dificil numa caixa tão pequena com 80 comentarios procurar as perguntas e as respostas :)
com mote dado pelo Júlio, sim,aposto que seria 'de estalo'(como o dia de hoje :))
saudações
riquita

Anónimo disse...

Sinceramente, não resisto a comentar que a reacção do político espanhol de original nada tem! Pois não são todos assim?? Cada vez se preocupam menos com convicções, o importante é ir ganhando eleições...

Unknown disse...

Ora bom dia maralhal.

Lobices, juro que não li o teu comentário onde me saltou à vista a palavra comunista. Ora aí está um comportamento desviante ;-) Ser uma coisa dessas NÃO É NORMAL!!!

Escrevinhador, estava a ver que não te punha na ordem.
Sabes que por vezes os tons parecem sapiencais, mas se calhar são mais firmes do que sapiencais. Porque não defender a nossa opinião com garra?

Portocroft, como é lógico a minha noção de sexo não é montar camelos. Tu não deturpes. Esse é um dos prazeres da vida. Ou só obtens prazer com a prática do sexo.
Reza. Reza muito para ficares marreco ;-)

Maite e Ram, a ouvir essa música claro que somos anormais.

Lobices, haja bom senso de ambas as partes.
10% para um lado, 90% para o outro e assim ninguém se chateia.

VdeAlmeida disse...

Ram
o que os que gostam dos Dead Can Dance andam é um bocado adormecidos e com poucos motivos para falar deles porque eles decidiram que não se voltavam a reunir tão depressa e a solo pouco se vê a não ser Immortal Memory's.
Ah! e também, pelo menos dois nicks, aqui pela blogoesfera :-)
Bom dia a todos

Unknown disse...

Yardbird, conta-me tudo o que sabes

lobices disse...

...já tornei "isto" num hábito, o desejar à tutti um BOM DIA
...será "normal"?
...será "anormal"?
...quem irá classificar este meu comportamento?
...bem; façam como entenderem mas não esqueçam, tripeiros duma figa, que logo temos marteladas
...um bom S. João para o Porto
...para os restantes tudo de bom também
abreijos
...daqui a pouco aí vou eu à minha caminhada...

lobices disse...

...via DiárioDigital/Sapo/pt:
...
O cérebro produz naturalmente um produto químico de características semelhantes às da cannabis para aliviar a dor, revela um estudo realizado por cientistas norte-americanos e divulgado esta quinta-feira pela revista Nature.
...
...como podem ver, é tudo NORMAL
...não existe anormalidades; a evolução passa por todas as fases; se até isto "for" ou "é" verdade, a homossexualidade pode ser também um "fabrico" do cérebro...
...há um infinito por descobrir
...o corpo, as células, o núcleo da célula, o adn e por aí fora; tanta coisa que eles contêm que o Homem ainda não sabe...
...e, depois, atreve-se a "catalogar" o que não domina...
...

Anónimo disse...

Lobices,
penso que há espaço para produção de conhecimento/cultura (que implica alguma normalização) sem tentativa de obrigar ninguém a seguir o que quer que seja. Acho que por no passado querermos eliminar o que consideravamos anormal por ser diferente (e ainda por cima fazendo-o à força) criou hoje em dia uma corrente de pensamento que reclama que nada pode ser fixado de comum para todo o ser humano, de quem o Lobices é um excelso representante (digo-o sem ironia nenhuma).

Seja qual for a corrente maioritária, tem de haver sempre respeito pela diferença, até porque na diferença do outro há sempre algo que me pode enriquecer. Muitas das pessoas que admiro são pessoas que pensam e vivem de maneira diferente de mim, mas que me estimulam imenso (não consigo explicar isto muito bem).

Deixe-me dar um exemplo que achei fabuloso de como grandes diferenças aparentes revelam coisas em comum, sem apagarem, no entanto, a diversidade. Encontrei há uns anos um livro que sobre um encontro do Dalai Lama com uma comunidade cristã. O livro está estruturado à volta de um conjunto de meditações do Dalai Lama sobre passagens do Evangelho, sugeridas pela comunidade, abertas depois a troca de ideias. O livro é uma autêntica pérola pois ali vê-se como pessoas de religiões tão diferentes têm tanto em comum quando vivem sinceramente, e com profundidade, a espiritualidade da sua tradição. E, no entanto, nenhuma das partes teve de deixar de ser o que era. Lindo!

Anónimo disse...

Lobices,
penso que há espaço para produção de conhecimento/cultura (que implica alguma normalização) sem tentativa de obrigar ninguém a seguir o que quer que seja. Acho que por no passado querermos eliminar o que consideravamos anormal por ser diferente (e ainda por cima fazendo-o à força) criou hoje em dia uma corrente de pensamento que reclama que nada pode ser fixado de comum para todo o ser humano, de quem o Lobices é um excelso representante (digo-o sem ironia nenhuma).

Seja qual for a corrente maioritária, tem de haver sempre respeito pela diferença, até porque na diferença do outro há sempre algo que me pode enriquecer. Muitas das pessoas que admiro são pessoas que pensam e vivem de maneira diferente de mim, mas que me estimulam imenso (não consigo explicar isto muito bem).

Deixe-me dar um exemplo que achei fabuloso de como grandes diferenças aparentes revelam coisas em comum, sem apagarem, no entanto, a diversidade. Encontrei há uns anos um livro que sobre um encontro do Dalai Lama com uma comunidade cristã. O livro está estruturado à volta de um conjunto de meditações do Dalai Lama sobre passagens do Evangelho, sugeridas pela comunidade, abertas depois a troca de ideias. O livro é uma autêntica pérola pois ali vê-se como pessoas de religiões tão diferentes têm tanto em comum quando vivem sinceramente, e com profundidade, a espiritualidade da sua tradição. E, no entanto, nenhuma das partes teve de deixar de ser o que era. Lindo!

Anónimo disse...

Malta, desculpem-se a verborreia, mas hoje deu-me para isto...

Ainda em relação à homossexualidade, acho que vale a pena sublinhar o seguinte. Quando se fala em homossexualidade estamos sempre a pensar em sexo, puro e duro, mas confesso que aquilo que mais me preocupa com a homofobia é privarmos pessoas de tudo aquilo que vem associado a uma relação amorosa:

* ter alguém com quem crescer, ajudar a crescer e construir um sonho de vida
* ter alguém que me acolha com ternura quando estou em baixo e a quem eu possa acolher
* ter alguém com quem partilhar a ternura (a propósito e a despropósito)
* ter alguém com quem partilhar as alegrias
* ...

o sexo, como manifestação de prazer e desta intimidade partilhada é "só" a consequência natural.

Não me parece razoável continuar a negar a um conjunto de pessoas algo de tão fundamental no ser humano.

JoanicaPuff! disse...

Boa tarde
Apesar de este não ser o local indicado, o desespero leva-me a utilzar o seu blog para um pedido de ajuda.
Alguem que me é muito proximo sofre de uma patologia (foro psiquiatrico) para a qual não encontro nenhum especialista em Portugal. Julgo não ser da area do Prof. mas talvez possa sugerir alguem.
Existe alguma hipotese de fornecer um email para que lhe possa referir o nome e contornos da doença?
Muito obrigada.

Unknown disse...

joanicapuff

http://www.hon.ch/HONselect/RareDiseases

http://www.eurordis.org

http://www.apagina.pt

http://www.rarissimas.org

Para além do apoio do Dr. Murcon, podes também recorrer a esses contactos.
Espero que ajude.

lobices disse...

...to Mário at 2.01 PM:
...cito:
Seja qual for a corrente maioritária, tem de haver sempre respeito pela diferença, até porque na diferença do outro há sempre algo que me pode enriquecer. Muitas das pessoas que admiro são pessoas que pensam e vivem de maneira diferente de mim, mas que me estimulam imenso (não consigo explicar isto muito bem).
...
...ó Mário, mas é isso que eu digo; pelas tuas palavras dás a entender que eu não "respeito" a diferença, quando é exactamente isso que eu "prego" aos 7 ventos: tudo existe, logo aceitem a diferença pois nada do que é o é em anormalidade; tudo o que é, o é por o ser, logo normal...
...

Anónimo disse...

vejam o cinema de luis bunuel. Mas num cinema ou sala se for dvd,que não tenha nem nas paredes nem no tecto espelhos, ás vezes é feia a nossa imagem reflectida.
já agora uma vistinha a filmes de
STANLEY KUBRICK

Anónimo disse...

to Lobices:

peço desculpa, não queria dar a entender isso.

um abraço

VdeAlmeida disse...

To Yulunga
Só sei que em Abril deram dois concertos em Londres e em Setembro estarão nos EUA. Too far away.
Quem me dera saber mais. Assim vou ouvindo sons antigos, que não quer dizer gastos. Fecho as janelas para que não entre o calor e ponho a tocar uma Persian Love song ou o tribute to Tim Buckley, uma boa referência. É sempre uma maneira de mitigar saudades :-)

VdeAlmeida disse...

Já agora um pedido:
Cheguei aqui ao divã há pouco tempo, mas fui ler dois ou três posts para trás e encontrei um intitulado "A banda sonora cresce". O título faz-me crer que há uma banda sonora algures em crescimento. Poderia saber quais os tijolos que já constituem a parede? E se ela se mantém incompleta, e sendo assim, ainda aberta a quem eu junte um dos meus?

aNa disse...

a todos os que se sentem tão incomodados com a questão da homossexualidade e a luta por alguns direitos, pensem somente se continuarão a pensar assim, se um dia um dos vossos filhos estiver nessa situação.
se as vossas palavras serão as mesmas.
eu espero, para bem de todos, que não!
boa tarde a todos!
e tolerância, muita tolerância para todos!

Anónimo disse...

Desculpe Ana, incomodados em qual dos sentidos? Não é claro no seu post.

Unknown disse...

Yardbird, do concerto em Londres também soube, mas não deu... Também me referia aos outros dois nicks existentes. Quais são?

aNa disse...

em todos os sentidos, Mário.
a homossexualidade incomoda?
se incomoda, volto a repetir: se um dia um filho vosso (digo vosso para quems e sente incomodado, naturalmente) assumir essa orientação e quiser ter direito a uma série de benefícios que os heterossexuais têm, pergunto se irão pensar e falar da mesma forma.
é que, muitas vezes, é fácil falar quando não se tem de enfrentar as dificuldades.
deixo só um exemplo: se a mulher com quem vivo e amo (esta parte do amar é por deveras importante) entrar de urgência no hospital e eu quiser ir vê-la, a regra é perguntarem-me se sou da família. se disser que não, estarei dependente da boa vontade de quem em atender - ou da minha capacidade de fazer um estardalhaço e irromper por ali fora. se o Mário chegar e disser que é o marido, nem lhe põem mais questões.
este é só um exemplo simples, que felizmente, eu nunca passei mas conheço quem tenha passado.
na verdade, não me preocupa minimamente as opiniões adversas que, por aqui e por ali e por todo o lado, vou lendo. fico preocupada, sim, com os filhos que têm o azar de serem homossexuais e terem pais assim.

Anónimo disse...

obrigado, Ana, são estes "pormenores" que revelam a teia afectiva de uma relação que vai muito para além do genital. Subscrevo totalmente.

VdeAlmeida disse...

To Yulunga
Naturalmente o teu, e um que há uns tempos não tenho o prazer de ver, a Persephone :)

Maite disse...

Cara Ana
Essas suas questões são pertinentes mas em todas as situações há uma saída e essa do hospital é facilima de resolver, assim como muitas outras. E diga-me, é discriminada no emprego?, nos cuidados de saúde?, no acesso à cultura e à educação?, no acesso ao crédito de consumo? e sei lá...é? Onde é que se sente discriminada, para além dessa situação que referiu? Não leve a mal todas estas minhas perguntas, só quero perceber.

Mário, achei os seus comentários das 2.01 e 2.15PM muito sábios. Concordo. Mas esta ideia "aquilo que mais me preocupa com a homofobia é privarmos pessoas de tudo aquilo que vem associado a uma relação amorosa..." acho que essa questão nem se coloca, não passa pela cabeça de ninguém privar alguém disso mesmo seja qual for a orientação sexual.

Anónimo disse...

Buááááááááááá´......!!!!!!!

andorinha disse...

Olá Júlio e maralhal,

Para não correr o risco de me estar sempre a repetir e porque a minha posição sobre este tema já ficou bem clara para todos (penso eu) digo só que me identifico totalmente com os comentários do Mário (2.01 e 2.15) e do Lobices(2.41).

"...penso que há espaço para produção de conhecimento/cultura (que implica alguma normalização) sem tentativa de obrigar ninguém a seguir o que quer que seja".
Exactissimamente.:)

aNa disse...

maite
permita-me que a corrija. eu não fui alvo dessa discriminação no hospital. foi um exemplo. porque se tivesse sido, eu levava à frente o primeiro/a que tentava impedir-me de ver a mulher que eu amo!
as outras coisas a que refere são-me "dadas" por direito como cidadã.
por acaso eu até nem reinvindiquei nada nestes comentários.
a minha preocupação vai para a forma como as pessoas falam, porque não têm ninguém próximo (querido) que esteja a ser alvo de discriminação. que ela existe. eu não sou alvo dela, mas ela existe!
de qualquer forma, se quiser continuar a discutir comigo estas ideias, pode fazê-lo para o meu mail. não gosto de escrever nesta caixinha tão pequena.
meiavolta@gmail.com

PortoCroft disse...

Maite,

Desculpe me intrometer na sua 'conversa' com a Ana e não leve a mal o que lhe vou perguntar de seguida:

Em que mundo é que a Maite tem vivido? Será que nem olha o seu vizinho na rua? Os seus companheiros de transporte público? Não lhes ouve as conversas? Não lhes presente os anseios e dificuldades? Dá-me a ideia que não. Terá concerteza as suas razões. Excesso de trabalho, talvez. Talvez tenha necessidade de parar e olhar apenas o que a rodeia. Mas, a verdade é que quase tudo o que se tem falado por aqui sobre este tema tem uma base que ninguem pode escamotear.

Ontem dei-lhe um exemplo do que era a lei (ou o completo vazio legal) em Inglaterra. Hoje posso lhe dizer que, estudos recentes, revelaram a NHS (Serviço Nacional de Saúde) como a Instituição no Reino Unido onde há mais racismo, homofobia e discriminação duma forma geral.

E nem me venha com comparações com a terceira idade e as crianças desvalidas. Porque todos aqui concordam que deixar velhotes a apodrecer em asilos ou pomposamente chamadas Casas de Repouso, as mais das vezes, sendo-lhes sonegados direitos ou o se atirarem crianças desvalidas para orfanatos frios, cinzentos e onde lhes falta o básico que é, quanto mais não seja, a atenção personalizada são problemas a olhar, de igual modo, de frente. Como o é o problema dos deficientes que, ainda hoje, têm dificuldades de locomoção, alguns dependem duma assistência social caduca e ineficiente, e são discriminados em relação a quase tudo. A começar pelo amor, já que, até parece que, para a sociedade, dadas as concepções estéticas que nos impomos, cidadão com aleijão não ama, não sente, para que precisa de amor e sexo e ter uma vida o mais 'normal' possível!

Mas, o que escrevo não é só para si. É sobretudo para as dezenas de pessoas que aqui vêm, algumas com formação universitária, algumas que são elas próprias, por algumas das coisas atrás citadas, discriminadas e que se remetem ao silêncio dos infelizes. Porque é mais cómodo. Porque é 'irrazoável' discutir esses assuntos na praça pública. Porque isso é problema dos outros. Não é de estranhar, sabe? Estudos apontam no sentido de que os 'bullies' são afinal aquilo de que acusam os outros de serem e só se refugiando nesse refugio do 'moralmente correcto', se sentem felizes e conseguem compensar as suas frustrações.

E, agora, mais lenta e calmamente, só para que sorria e fique descansada, uma afirmação: Não. Nunca fui discriminado em nada. Não há nada a que se possam agarrar, pelos padrões vigentes, para me discriminar seja em que sentido for. Excepto, talvez, na fila do banco ou do autocarro. Mas, isso não me impede de erguer a voz e dizer não e de dar canelada nos cinícos da vida.

Maite disse...

Cara Ana
Está a ver como me está a dar razão? "porque se tivesse sido, eu levava à frente o primeiro/a que tentava impedir-me de ver a mulher que eu amo!" É essa atitude que as pessoas devem ter no dia a dia, de coragem para enfrentar os obstáculos, e não há obstáculos intransponíveis. Ou alguém pensa que a vida é fácil para qualquer pessoa(seja homossexual ou heterossexual)?

"eu não sou alvo dela, mas ela existe!" Então se você (sendo homossexual)por exemplo não é alvo dela (da discriminação), não será que muitos, mais do que discriminados pelos outros, se discriminam a si próprios por se sentirem diferentes e não porque enfrentam grandes problemas (muito maiores que os das outras pessoas)no seu quotidiano.

Unknown disse...

Portocroft porque afirmas que pessoas com opiniões mais "radicais" terão que ter frustrações? Porque motivo essa palavra vem sempre à baila?
Numa discussão existem sempre dois lados. Pergunto-te de que lado está a frustração?

PortoCroft disse...

Naco-Miúda-Bera,

Referia-me aos 'bullies' que é um segmento ultra-radical.;) Não é, suponho, o teu caso. ;)

Anónimo disse...

...abenho-me aqui pra bos dezejar uma santa noute de ção joão aqui prás bandas cá do Puarto, carago!
...acomam as çardinhas todas e num sisqueçam do binhito prázimpurrar
...amandem coalho pôrru na cabêssa deles e delas (nelas pode cer noutro cítu)
...e acheirem-mêsse xeirinho a çardinháçáda qué uma marabilha, carago
...prontus atão
...uma boa noute da ção joão

Unknown disse...

Portocroft, nesta situação da homossexualidade não, mas numa ou noutra pontual por vezes sou.
Mas não é isso que está em causa agora.

PortoCroft disse...

Naco-Miúda-Bera,

Deste o primeiro passo. Continua. ;)

Anónimo disse...

Yulunga,

Atrasada, cá vai a resposta à sua pergunta:

"deverá ler-se" e "dever-se-á ler"
são ambas formas correctas.

Um abraço,

O Prontuário

Unknown disse...

Portocroft, temos que aceitar algo ou alguém porque temos que ser tolerantes, certo?
Então porque não aceitas a minha opinião, a minha forma de pensar?
Isto acaba por ser uma pescada de rabo na boca e levar a conversas circulares.

Unknown disse...

Prontuário, atrasado mas sempre a tempo.
Obrigada.

Maite disse...

Portocroft, é meu hábito olhar as pessoas de frente. Raramente ando de transportes públicos, por isso devo andar a perder imensas conversas.
Sabe? acho que os "Ingleses" foram e são muito menos solidários com as diferenças. Não penso que aqui (em Portugal) as pessoas sejam discriminadas nos cuidados de saúde ou se são, não é por causa da sua orientação sexual.
Quanto às outras minorias, era só para as lembrar também. Claro que cada uma tem a sua especificidade própria.

Unknown disse...

Portocroft, tens a noção que os reaccionários também são uma minoria. E quem nos defende? Fico à tua espera ;-)

PortoCroft disse...

Naco-Miúda-Bera,

Realmente, tens razão: Não aceito. Sobretudo, porque é difícil aceitar, no início de um novo século, que pessoas com um minímo de escolaridade, urbanas, numa sociedade europeia, aberta e livre, mantenham esse tipo de pensamento.

Neste caso, tolero-te, apenas.;)

Unknown disse...

Portocroft, vamos fazer dois grupos; tu e eu.
Tu tolerante, eu intolerante.
A diferença que existe entre nós é a tal coerência de que me acusaste de não ter.
Tu como tolerante devias-me aceitar, ao não o fazeres perdes tu a coerência, eu como intolerante ao não te aceitar mantenho-a.

PortoCroft disse...

Maite,;)

Pois. Calculava que fosse isso.;) Por vezes nos transportes públicos sente-se o pulsar da sociedade, como sabe.;)))))))

Em Portugal somos muito mais solidários. Sem dúvida. É uma das melhores coisas que, como povo, temos. Mas, então ainda é mais incompreensível, não lhe parece? ;)

Anónimo disse...

Portocroft
Não sinto este espaço como uma praça pública, nem como uma mesa de café e menos ainda os sofás onde meia dúzia de conhecidos se sentam a conversar.

Mas é um espaço onde nós os 2 já nos encontramos para falar do 'so easy' e da 'receita de bacalhau', pelo que já me parece familiar ouvi-lo e responder-lhe. Faço-o com prazer e isso diverte-me, como me divertiram inúmeras incursões de personagens irreais que por cá vagueiam. Daí a revelar-me ou acreditar que alguém aqui se revela vai grande distância.
Por mim, não será por ser 'irrazoável discutir os temas de hoje na praça pública', nem por 'isso ser problema dos outros', que evito entrar na discussão.
É antes porque me merece todo o respeito a surdez intencional (institucional?) do anfitrião deste espaço e também a hermética e esquiva exemplificação que os convidados dão às questões que analisam, tão galhardamente, todavia.
Para aquecer a discussão dir-lhe-ia que, quente mesmo, pareceria ser ter de coabitar e trabalhar com familiares e amigos de outros partidos sexuais.
Mas, quer saber? NÃO É! É exactamente tão difícil ou ‘so easy’ como falar com qualquer um - isto é, em qualquer dos casos parece-me improvável a comunicação.
Direitos, deveres? Políticos, comunicação social? Um bando de virgens e de naifs em matéria sexual. Mas não será para os educar que temos os estudiosos destas matérias?
Eu não me atrevo! Você sim?

Maite disse...

e&e quanto às "personagens irreais" fale por si, porque minha cara, eu só tenho esta cara e o que digo aqui, digo-o na cara de qualquer um, mesmo correndo o risco de ser chamada de básica.

Anónimo disse...

maite
Eu sou uma personagem irreal, muitas vezes.
Você como disse, nunca é.
Vivamos assim, por cá

Anónimo disse...

“Um Projecto para Lisboa
Tem como cabeça de cartaz um cidadão que um dia foi apanhado na cama com a mulher de outro, em sexo oral, pelo marido desta, e foi para o Conselho de Ministros com um “olho à Belenenses” e um testículo inchado”- John Holmes in “Ratas Intelectuais”, Revista “Gina”, nº 1024, 2005.

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

maite, desculpe se a maço + 1 x

Já me dirigi a si para homenagear a 'maite que não acrescenta nada de si' no blogger profile.

Aqui e agora, não se aborreça por eu dizer que não a conheço senão pelas parcas palavras que aqui vai lançando.

Amigas virtuais e não irreais?

PortoCroft disse...

e&e,

Folgo em que, em noite de S.João, mais do que com o alho porro, se divirta com o que escrevo. E porque não? ;)

Num dos primeiros comentários que deixei neste blogue, disse qualquer coisa como isto ao Prof. JMV: "Agora é que arranjou a bonita. Pensava o senhor criar um simples blogue onde deixar as suas ruminações e acabou criando a única Universidade em que a asneira é permitida." Continuo a pensar, por maioria de razão, da mesma forma. E, sim. Arrogo-me o direito de ser voz e parte activa dessa universidade, enquanto tal me seja permitido.;)

Que eu saiba, o nosso anfitrião nunca se propôs discutir o que quer que seja connosco. Apenas usar este espaço para deixar as suas ruminações. É o que tem feito. Compete-nos a nós usar o direito que ele nos dá de comentarmos e nos indignarmos com os assuntos propostos. É o que fazemos.

Ninguém é ou deve ser forçado a nada. Nem sequer precisa de viver na casa do vizinho para saber, ou adivinhar, as dificuldades porque que, eventualmente passa.

Não são os estudiosos nestas matérias que, por si, mudam as coisas. Somos nós. Atrevendo-nos a discutí-las, partindo ou não das premissas deixadas por eles, para que se alterem os comportamentos. Eles (os estudiosos e 'experts' chapinham no mar, nós somos , ou deveríamos de ser, a onda.

Maite disse...

e&e nunca dispenso amigos, apesar de, muitas vezes, andarmos sempre em conflito :)

Amigas.

P.S. andou a homenagear-me?! hum!pergunto-me aonde andou a fazer isso!

Unknown disse...

Portocroft, agora falaste bonito meu peixinho do mar ;-)

Até amanhã maralhal porreta.

PortoCroft disse...

Naco-Miúda-Bera,

Imaginas-me o teu cavalo marinho? Eu sabia? ;)))))

lobices disse...

...to PortoCroft at 8.08 PM:
...cito:
Não são os estudiosos nestas matérias que, por si, mudam as coisas. Somos nós. Atrevendo-nos a discutí-las, partindo ou não das premissas deixadas por eles, para que se alterem os comportamentos. Eles (os estudiosos e 'experts' chapinham no mar, nós somos , ou deveríamos de ser, a onda.)
...
...hi man!...gostei!...

lobices disse...

...divagando devagar:
...na verdade, "eles" nada mais fazem que "nadar" no mar belo e feio e encapelado de que nós somos feitos...
...comportamo-nos de diversas formas e temos manias e desejos; temos sonhos e realidades irreais e impossibilidades possiveis; somos o fermanto do bolo que é a humanidade omnipresente em cada um de nós porque cada um de nós tem uma parte do outro porque todas as partes fazem o Todo e o Todo é formado por tudo o que existe...
...o erro de Descartes não é do Damásio, é de todos nós que teimamos em pensar que somos especiais e que tudo sabemos; até sabemos que os outros não sabem; até julgamos saber que os outros é que estão errados e que nós é que estamos certos...
...e
...ninguém tem razão porque todos são um fruto da transformação e a todo o momento somos uma nova coisa, com um novo status e uma nova forma de ser e de estar
..."eles" estudam-nos e ditam as "Normas" e sabem mais do que eu mas não sabem o que eu sei; e a única coisa que eu sei é que eles não sabem que eu sei que eles não sabem o que eu sei... mas, também na verdade, eu não sei o que os outros sabem...
...logo, nada sabemos
...logo, ninguém sabe o que quer que seja e todos pensam saber que sabem
...daí a confrontação e a intolerãncia; porque eu sei e tu não sabes; mas o que tu sabes é que eu não sei...
...e assim se perpectua o saber na insapiência
...e assim se discute o que não se sabe discutir porque a discussão não é tema de discussão; ela própria é já em si mesma discutível porque contraditória
...nunca chegaremos a acordo e restará sempre e apenas a tal "onda", de que fala o PortoCroft, batendo eternamente na areia, espraiando-se e de novo recuando para o seu manto revolto que é o mar em que nos movemos
...só quando o Homem entender que é apenas (e só) mais uma das muitas e infinitas partículas de um Universo Uno, é que se encontrará consigo mesmo e se revelará a si próprio aceitando ser um mero e ocasional acaso da vontade de uma célula que originou a sua tão breve existência
...aí, deixará de haver "normas" porque ele será a única norma...

...filosofias minhas de fim de dia em noite sanjoanina!... (Perdoai-lhe Senhor que ele não sabe o que diz...)

Anónimo disse...

maite

Vou procurar a tal homenagem q lhe fiz, há cerca de 1 mês, e tornaremos a falar disso daqui a pouco.

portocroft

Confesso que gostei de o ler e explicação a respeito do anfitrião apenas fazer aqui ruminações para nos deixar divagar.
Reconheço que, suspeitando disso, tenho-me atrevido nelas (nas divagações) e divertido com tudo o q aqui se passa (diversão que é diferente de gozação) mas, desta vez, não queria repetir-me pq este tema já foi amplamente tratado no dia tantos de tal (daqui a pouco lhe direi).
Desculpe, mas ao contrário do lobices, ñ me convenci com a ilustração do mar e da onda. Isto pq referi há pouco q, coabitando com partidários de opções diferentes das minhas, na orientação sexual, na política e nos hobbies, não reconheço em mim qualquer preconceito ou aversão aos estimulantes debates, que a coexistência nos proporciona.

Daqui a pouco dir-lhe-ei melhor o q penso.

Tenho q ir jantar

PortoCroft disse...

e&e,

Concordo consigo. O tema já foi antes debatido. Talvez pudessemos passar a outros. Mas, entende-se: é um facto da ordem do dia.

Não tencionava convencê-la de nada. Mas, já que insiste: De cima pode e deve vir o conhecimento mas, por si só não basta se não for discutido e amplamente assimilado pela sociedade. Espero tê-la convencido agora.;)

Lamento que se tenha reconhecido retratada no meu comentário das 6:51 PM. Não tinha nada de pessoal e instranmissível.;)

E folgo em saber dessa sua abertura para a coexistência, real, sincera e não falaciosa com todas as pessoas com quem não perfilha os seus conceitos de vida. Nem nada mais se pede, a ninguém. Apenas isso.;)

Pamina disse...

Boa noite,

Tinha pensado não comentar mais este post (já repararam que já há 141 comentários contra os 59 do último post), pois já expressei a minha opinião ontem e na semana passada.
No entanto, gostava de salientar o comentário da Ana (4.24). Julgo que, pela primeira vez, alguém refere uma situação do quotidiano. Todos temos falado mais de normalidade versus anormalidade, doença, pecado, etc., sem focar qualquer situação concreta.
É uma violência terrível ser impedido pelos familiares da pessoa que se ama de a acompanhar no hospital em caso de doença.
A solução para este problema tem, obviamente, que ser jurídica. Julgo que a situação apresentada pela Ana, mesmo que outras razões não houvesse, prova a necessidade da legislação reconhecer as uniões de facto (ou casamento) entre pessoas do mesmo sexo.

La fille disse...

Sinto falta dos posts coloquialmente escritos... sim, é óbvio que têm de ser espontâneos... mas se tiver vontade não os reprima. fazem falta.
*s

Anónimo disse...

Maite

Escrevi-lhe isto, que provavelmente não leu, em 2 datas diferentes:
- Não estando sempre atenta ao encadeamento dos posts, pq é inviável, vejo, pelos posts de hoje, quem me parece ser a Maite e gostaria de a cumprimentar por isso - por ser a Maite. Isto está sempre a acontecer comigo mas, como diria o Almada "ainda não vimos aquilo que vemos"./ Quando tentei ver o seu email descobri o laconismo do seu bloggerperfil o q me impressionou. / E, para me despedir, usarei palavras suas: "Eu também sou contra conflitos. Pelo menos daqueles que não levam a nada. Mas gosto sempre de esclarecer bem as coisas e por vezes entra-se inevitavelmente em conflitos. Aí, sou de opinião, que não se deve fugir deles, mas enfrentá-los. E depois deixar espaço às pessoas para nos aceitarem ou não." / E acrescento: "Se eu a entendi mal, peço desculpa."
- Apoio e sigo essa postura de inclusão e não de exclusão de pessoas, que ajudará qualquer confronto, ainda que díspar, de entendimentos (e de conhecimentos).

Repetiria hoje tudo o que disse então

Viva

Anónimo disse...

Portocroft

Escrevi isto há cerca de 1 mês (como Esoen/E&E), comentando o post de JMV sobre a legislação de Zapatero:
No contexto deste post, o seu autor referiu que “uma atitude mental anterior aos factos determina a sua valoração.” A propósito, reconheço que ainda que cultive a igualdade de direitos e deveres, vivo no fosso cavado pela tradição, pela crença e pelo preconceito relativos às diferenças biológicas entre os sexos. / Face aos acontecimentos recentes que Espanha protagonizou, tenho vindo a realizar - compreender - que a feitura do mundo começa com uma versão e termina com outra, ou como alguém dizia “começamos, em qualquer ocasião, com alguma velha versão, ou mundo, que tenhamos à mão com a qual ficamos encravados até termos a determinação e a habilidade para a refazermos numa nova.” / Determinação e habilidade que, no debate actual da matéria que estamos a analisar, tem sido apanágio dos que lutam para desestabilizar os enunciados de asserção e de crença sobre a dicotomia homosexualidades - heterosexualidades e cuja semântica provoca uma série de problemas e de perplexidades que, apesar dos debates entre linguistas, lógicos e filósofos da linguagem, não chegou a nenhum consenso.

Repetiria, hoje, tudo o que disse, então.

Anónimo disse...

Portocroft

Agora, e sobre o mesmo tema, acrescentarei ao que referi há pouco, que sobre ele e outros que dividem as opiniões na actualidade, procuro pautar-me pelos princípios da Carta da Transdisciplinaridade (1994) (1), da qual cito apenas 3 dos seus 14 artigos (2):
Art. 1: Qualquer tentativa de reduzir o ser humano a uma definição e de o dispersar em estruturas formais, sejam elas quais forem, é incompatível com a visão transdisciplinar.
Art. 2: O reconhecimento da existência de diferentes níveis de realidade, regidos por diferentes lógicas, é inerente à atitude transdisciplinar. Qualquer tentativa de reduzir a realidade a um único nível regido por uma única lógica não se situa no campo da Transdisciplinaridade.
Art. 14: Rigor, abertura e tolerância são as características fundamentais da atitude e da visão transdisciplinares. O rigor na argumentação que entra em conta com todos os dados é o guardião relativamente aos possíveis desvios. A abertura comporta a aceitação do desconhecido, do inesperado e do imprevisível. A tolerância é o reconhecimento do direito às ideias, comportamentos e verdades contrárias às nossas.

Cordialmente:)
Viva (para ser igual à maite)

Cordialmente tb para si maite:)

(1) Publicado em Cadernos de Educação nº 8, pp. 7-9, 23/11/1995, Instituto Piaget, Lisboa, sendo fácil encontrá-la no google
(2) No art. 14, costumo substituir o conceito de tolerância pelo de compaixão mas parece-me um detalhe fora deste debate.

PortoCroft disse...

e&e às 10:32 PM,

Confesso que, a minha vinda para o Reino Unido, quanto mais não seja nestes aspectos, me valorizou muito como homem e cidadão.

Até então, admito que vez por outra pudesse dizer, e dizia com certeza, quanto mais não fosse por tradição e ignorância, coisas que seriam ofensivas para terceiros. Sobretudo a conduzir;) (e sem querer dizer que, ainda hoje, ao volante, não diga uma barbaridade qualquer).;)

O que me mudou, foi a minha inserção numa sociedade multi-tudo e o ter que me relacionar, no dia a dia, com pessoas de outras etnias, credos, preferências sexuais, etc.. Sobretudo no início. De repente, todos as suas dificuldades e problemas começaram a ter espaço dentro de mim. E passei a questionar o meu próprio olhar sobre as pessoas e as coisas.

Passei a valorizar as pessoas por todas as coisas mais do que por aquelas que, culturalmente, me tinham sido inculcadas.

PortoCroft disse...

e&e às 10:34 PM,

Minha cara amiga, eu procuro me pautar apenas pelo bom senso. Já fizeram disso uma Carta? ;) Vamos pô-la em prática!

Anónimo disse...

portocroft

Boa. Esse seu bom pensar q dá boas respostas é o tal de bom senso? Deve ser. Vou por si.

Aqui em Lis Boa não há S. João mas eu tenho que o festejar.

Anónimo disse...

Aceitam-se sugestões para a publicação de uma carta de intenções, a qual teria o nome de:
"CARTA DO BOM SENSO"
- estilo código de ética face à anormalidade das coisas normais (ou vice-versa - iria dar ao mesmo)
- estilo constituição do normal funcionamento da normalidade anormal ou do funcionamento da anormalidade normal
- estilo contrato promessa entre o que deve ser considerado normal e o que deve ser considerado anormal
- estilo Tratado da Constituição Europeia (para vir adar no que esta deu)
- venham-se as ideias
- aceitam-se definições, estigmas e persiguições; coimas, taxas e contribuições
- aceitam-se mensagens de erros subliminares e outras que possam sugerir outros ares
- sugere-se, desde já, que a CARTA seja elaborada por Capítulos aos quais será dada a devida classificação desnormalizada
- sugere-se que se retirem todas as vírgulas, pontos finais, pontos de exclamação e outros que tais
- uma coisa deve ficar desde o início bem definido: Não há lugar ao "bold" em qualquer das normas que vierem a ser devidamente institucionalizadas
- sugere-se que a campanha de angariação normativa para as normas da normalização sobre o que é normal e anormal, sejam de imediato elevadas à classificação de meras sugestões por indigesta satisfação do Legislador que vier a aplicar as sugeridas normas
- aguarda-se impacientemente que a CARTA DO BOM SENSO seja sensata, com acento na sensatez e que não haja esquecimento dos acentos nas palavras que deles necessitarem; excluem-se aqueles que, pela sua natureza, possam dar uma ideia errada ou diferente da que se pretenda dar
- seja sucinto
- seja explícito
- seja breve
- seja normal

PortoCroft disse...

e&e,

São as respostas possíveis no espaço e tempo.

Não necessariamente as que gostaria de receber. Apenas as que estou disponível para lhe dar.

Boa S.João. Divirta-se.;)

Anónimo disse...

Caros amigos do Murcon,

Digam-me por favor de preferência em breve o nome do orador psi referido pelo nosso Júlio. Quero fazer pesquisa na página do parlamento espanhol para ler as actas e preciso da informação.
O meu obrigado

Maite disse...

Bom dia Maralhal e Professor

e&e, o meu blogger profile é muito simples de facto, assim como eu o sou, mas também revela imenso do que sou.

Penso que não precisamos de concordar com tudo e considerar tudo "normal" para sermos tolerantes com as pessoas no nosso dia a dia.

E para acrescentar algo mais, copio um comentário meu feito noutro blog:
Quase toda a gente nasce frágil...e são os obstáculos que a vida nos coloca na frente que nos fortalecem. De cada vez que se foge deles, fica-se um nadinha mais fraco e sem se dar conta chega um dia, que a vida se torna insuportável e se fica à mercê dos outros. As facilidades nunca fizeram evoluir ninguém, pelo contrário, a tendência é para a acomodação e a vitimização.

Um bom dia para todos

aNa disse...

maite
acho que estivémos a falar de coisas diferentes.
eu nunca disse que tinha sido discriminado nos cuidados de saúde, ou em quaisquer outros.
também acho que todos nós, sem excepção, devemos lutar pelos nossos direitos.
e volto a repetir o que me aflige: aflige-me que as pessoas pensem que as dificuldades de aceitação e integração dos homossexuais sejam coisa de menor importância. e aflige-me, porque pessoas que pensam assim poderão ter filhos homossexuais. e aflige-me a forma como elas irão lidar com esses filhos.
será que me fiz entender?

Tão só, um Pai disse...

Pouco me resta comentar ou debater.
A existência da homosexualiade tem que ser aceite por todos, embora nos repugnem as suas manifestações coloridas e assédios, que tomamos como provocações sociais.

A defesa dos homossexuais contra a discriminação é um dever de todos, apesar de reconhecer que os homoxessuais apresentam, eles próprios, comportamentos de grupo discriminatórios, relativamente aos heterosexuais. No entanto, idênticos comportamentos são detectados noutros grupos heterosexuais, tendo por base outras características aglutinadoras (interesses desportivos, estatuto sócio-económico, etnia, universidade, pertença a sociedades mais ou menos secretas, etc.)

A discussão e o debate público do tema é algo que já não terá qualquer razão para existir. Sendo algo de natural, não fará, também, sentido, a existência de manifestações estrictamente homoxessuais.

Quem votou nas últimas eleições, aceitou, à partida, que a homossexualidade atribuída (mas nunca claramente por eles assumida assumida) a dois dos principais candidatos, não os impediria se constituirem como seus representantes competentes e condignos ao nível do poder político.
Mas, o mesmo comportamento de voto, se verifica em relação a determinados políticos com um comportamento marcadamente carroceiro.

Enfim, sejamos livres para o ser, e preocupemo-nos com o que realmente é importante.

Já agora, se um cientista homosexual inventasse um nova forma de energia barata que nos permitisse reduzir para metade o custo de vida, até seria bem vindo.

É que esta história do aumento dos preços do petróleo (100 por cento, em 4 anos), terá, nas nossas vidas, um efeito bem pior do que o choque petrolífero de 1974. Como podem ver, o PS espanhol até agradece, à igreja e ao seu conterrâneo PP, esta polémica civilizacional.

Anónimo disse...

para TSUP:

Será que não vale a pena continuar a debater publicamente o tema? Pelo que vejo a sociedade espanhola está dividida ao meio e imagino que aqui em Portugal deve ser parecido. Parece-me razão suficiente para debate.

Anónimo disse...

Agonia-me o cheira das sardinhas assadas.

Anónimo disse...

Adoro o céu enevoado, pois não me deixa ver as estrelas.

Anónimo disse...

Abaixo o fogo de artifício e seu derivados.

Anónimo disse...

Por causa da discussão na Ass. daq República não ouço a música que desejo ouvir.

Tão só, um Pai disse...

Mário,
Percebo. Debater para dar a conhecer e reivindicar.

O engraçado foi nunca se ter debatido, de forma tão acesa, as uniões de facto entre heterosexuais, algo que hoje é pacíficamente aceite e institucionalmente reconhecido. Ou seja, desde que a sociedade incorpore elementos desta realidade, o passo em frente não choca.

Escrevinhador,

Um referendo? Para quê? Os cidadãos são indiferentes a isso. Haja paz, riqueza e saúde. É claro que haverá que contar com a oposição de quem pouco mais tem com que se preocupar. E daí? Avance-se e, daqui a um par de anos, ninguém se incomoda. Bem pelo contrário.

Tão só, um Pai disse...

Ah, a ironia.
Quanto aos referendos, não acho que tenha sido bem isso o que aconteceu, quando do referendo ao aborto.

Quanto à adopção por parte de casais homosexuais, seria curioso avaliar se a renitência popular é, ou não, menor, no que refere a casais de mulheres.

aNa disse...

circe

acho que esse comentário do Gonçalo da Câmara Pereira é feito com a suposta segurança de que as probabilidades disso acontecer são remotas.
por isso é que ele, e outros como ele falam dessa forma.
é que nem compreendo qual as vantagens que ele, e outros como ele, retiraria disso. tanto ele como a filha ficariam infelizes. não entendo a vida em busca da infelicidade.
sabes, às vezes acho que as pessoas emitem opiniões de forma algo ligeira, sem ponderarem seriamente sobre o que fariam se na realidade isso acontecesse consigo próprias.
é porque é muito fácil dizer cobras e lagartos de uma coisa que se passa na família do vizinho do lado. só que ninguém pode dizer, com certeza, que não terá alguém querido que poderá viver situação semelhante. e então, o que farão? mandam as pessoas queridas porta fora??
há uma coisa muito importante nesta questão toda: é que se fala de afectos. de gostar. de amar. e quem poderá recriminar quem quer que seja por amar quem quer que seja?
a não ser que se reprimam sentimentos. e isso é tão pobre que para mim nem merece discussão.

Anónimo disse...

Ana, concordo inteiramente.

Anónimo disse...

Comentário 1-6-9

Eu é que sou o Lord of The Number.;)

Unknown disse...

Escrevinhador, posso assinar por baixo?

Unknown disse...

Maria Yulunga

Anónimo disse...

Agora, o Verão já tem outro sabor em Portugal!
Um beijinho,

Anónimo disse...

para Escrevinhador, 16.36:

Não será mais ou menos o mesmo que permitir às mulheres exprimirem livremente a sua opinião, mas depois negar-lhes o direito de voto?

O mundo não é, de facto, a preto e branco e eu gostava de ver mais dados em cima da mesa, sobretudo no que toca à adpoção. Em relação ao casamento, uma vez que incomoda muita gente usar a mesma palavra para designar uniões de heterossexuais e homossexuais, talvez fosse possível arranjar outro nome, mas com o mesmo enquadramento jurídico e, portanto, exactamente com os mesmos direitos.

CP disse...

Estes comentários mais parecem um fórum...

Maite disse...

Por acaso agora até gostaria de ler um homossexual rebater essas suas ideias. Mas também ninguém nos garante que um casal desse tipo não consiga educar "bem" uma criança...mas eu alego que faltará a essa criança a perspectiva dos dois modelos (masculino e feminino).

Anónimo disse...

para Escrinhador:

são justamente as minhas dúvidas no que toca a adopção. O que abalou a minha opinião foi saber que a Associação Americana de Psiquiatria e a de Pediatria emitiram comunicados formais em como não encontraram quaisquer objecções na adopção de crianças por parte de casais homossexuais. Como disse antes, gostava de ver mais dados.

obrigado pela troca de ideias

lobices disse...

...crianças educadas ao longo da vida (desde a nascença ou desde a adopção) por casais de adultos, é na minha perpectiva, idêntica e igualitária em todas as situações
...uma criança que é educada no seio dum casal heterossexual pode sofrer danos muito piores do que, por exemplo, por um casal de homossexuais (imaginemos, violência doméstica do pai sobre a mãe, o vício, a droga, o álcool, etc, tanto pode estar no seio de um casal hetero como num casal homo)
...uma criança que é educada apenas por um único progenitor (imagine-se a morte prematura de um dos membros do casal) também pode sofrer danos irreversíveis pela falta, por exemplo, do modelo parental em falha
...uma criança que é educada no seio de um casal de lésbicas também pode sofrer danos
...uma criança que é educada no seio de um casal de homossezuais masculinos também podem sofrer danos irreversíveis
...etc
...etc
...como também podem NÃO sofrer e ser muito feliz!...
...como se pode saber?
...diz-se que vai ser mau só pelo simples facto de a sociedade considerar que não é normal!...
...cá está a merda do problema que eu debato dizendo que nada é anormal!... Tudo é normal!...
...se acontecem é porque tiveram de acontecer
...as crianças evoluem da mesma forma que qualquer outro ser vivo
...a transformação será a forma normal da sua própria evolução
...ela tanto pode evoluir negativamente no seio de um par de gays como num par de heteros
...ela até pode vir a ser muito mais feliz no seio de 2 mulheres do que no seio de um pai e uma mãe mesmo biológicos
...como saber o que a vida lhe vai reservar?
...se Maomé não vai à Montanha, esta pode vir ter com ele
...as coisas da vida são imprevisiveis e nada me pode (nem ninguém) garantir que amanhã uma criança adoptada por 2 homens não seja muito mais feliz do que uma que acaba de nascer de um casal biologicamente seu progenitor!...
...LOGO
...se não podem existir garantias, a "proibição" é SOCIAL e não de outra ordem; ou seja, a sociedade não acha "NORMAL" que dada circunstância se verifique
...não se esqueçam que ainda há quem defenda a tese de que a Terra é plana!...
...um bom fim de semana para todos
...

Maite disse...

E então ficamos ainda pelas dúvidas? Não há por aí ninguém que acrescente algo para nos esclarecer?
"Sempre me assustaram as pessoas que nunca se enganam e raramente têm dúvidas." Escrevinhador, você anda a repetir-se, onde já ouvi isto? Você assusta-se com muita facilidade :)
O lobices já deu uma achega, até parece que ouvia o Professor, mas noutro registo, claro.

Ok, prontus. Já não chateio mais, prometo;)

Anónimo disse...

Quando chego a um hospital da minha área de residência, por caturrice minha, para ter um filho e digo que o meu médico assistente foi fulano de tal (o qual me tinha desencentivado de ir para lá, por razões várias que eu tive a oportunidade de verificar, esqueceu-se de me dizer que era lá muito mal querido) e passo uma das piores noites da minha vida, bolas!!!, eu não tinha cometido nenhum crime, e na manhã seguinte peço a uma fdp de uma enfermeira para deixar entrar o pai do meu filho e ela me olha com um desprezo enorme e diz para as colegas, vejam lá, quer o marido ao pé dela, e a quem eu não fui capaz de dizer na altura, sim o meu, não o seu! e continuam a conversa e não atendem o meu pedido e etc... Discriminação?
Por favor, descriminem-me, eu só queria parir!
Não, não apresentei queixa, mas devia.:(
O meu filho acabou por nascer noutro Hospital onde fui muito bem recebida.

Anónimo disse...

Sim, Prontuário,
desincentivar,
está bem assim?

Anónimo disse...

Correndo o risco de parecer retrógrado, não deixo de manifestar a minha frontal oposição ao casamento de homossexuais.Essa aceitação só serve para banalizar algo que deveria ser considerado muito importante na vida das pessoas e das comunidades. E tal banalização prejudica, em primeiro lugar, as crianças, as primeiras vítimas da banalização do divórcio, porque a banalização do casamento é um modo de banalização do divórcio. Depois, o casamento de homossexuais é o tratamento pela lei de modo igual do desigual, o que é uma violação do princípio da justiça, que obriga a tratar o desigual desigualmente.
Porque não dar alguns efeitos legais às simples uniões de facto, protegendo os que por elas adoptaram?
Por mais que me digam o contrário, a homossexualidade é, para mim, uma anormalidade, porque a regra na natureza é a heterossexualidade.É esta que serve o princípio da preservação da espécie, e o princípio da diferença, essencial à preservação da espécie.
Por isso mesmo também não aceito a adopção por homossexuais. Bem sabendo que há casais heterossexuais aos quais não deveria ser permitido terem filhos, porque só lhes sabem infligir o sofrimento, não aceito que a anormalidade homossexual seja imposta a uma criança, que deverá ser criada dentro da normalidade heterossexual ( utilizando aqui o termo normalidade no sentido mais amplo, o que abrange o equilíbrio de emoções e da razão).Sou republicano, laico e socialista.Para mim são sagrados os princípios da liberdade, igualdade e da fraternidade.Creio que as posições que defendo são as que com eles mais estão de acordo, e, por isso, não abdico de defender.Um abraço.

Anónimo disse...

Sr. Henrique doria e os casais heterossexuais sem filhos ou inférteis também estes são anormais?
Sendo homossexual, não posso deixar de me sentir revoltada e magoada com opiniões como a sua, digo-lhe não sou anormal. Tenho muito ORGULHO em ser o que sou, e não trocava por nada deste mundo. Já sofri muito ao longo da vida com comentários como o seu e mesmo assim e sem necessidade disso digo a quem quiser ouvir :Sou lésbica. Sabe para mim isso da liberdade, igualdade fraternidade vindi de si é uma treta.
Não o quero assustar, mas está cercado de anormai.
Muito sinceramente espero que não tenha nenhum homossexual na família ( para o bem dele claro).
Fique bem e cultive-se não se esquessa do século em que estamos, os tempos das cavernas já passaram há muito

Isabel

Anónimo disse...

P.S.- fui espreitar o seu blog, reparei que somos colegas de profissão, se nos cruzarmos por uma escola espero que não fuja, eu não mordo.
E vou ter todo o prazer do mundo em conhecÊ-LO, acredite.
Isabel

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8 e maralhal,;)

Boa tarde.

Curiosamente, ao ler o Correio da Manhã 'online', dei com a notícia duma Marcha Gay, em Lisboa. Dos vários comentários, de personalidades públicas, destaco este, que subscrevo na íntegra:

“Tenho amigos homossexuais, homens e mulheres, e não me passa pela cabeça distingui-los pela orientação sexual. Gostaria de viver numa sociedade em que essa questão não se colocasse. Não se trata de opção mas de orientação sexual. As pessoas não deviam ser culpabilizadas. Não tenho reserva quanto a casamentos e adopção de crianças. O importante é analisar a personalidade e o estilo de vida do adoptante.”
(Inês Pedrosa, Escritora)

Anónimo disse...

"Com as Secretárias de Pedro Santana Lopes é que não ia ficar" - Sócrates

"Sócrates gosta mais de Secretários do que de Secretárias. É tudo uma questão de Química" - Quitéria Barbuda in, "Um Invertido na Política", Revista "Espírito", nº6, 2005.

“Elas não têm Pilas" - General Tubarão

“Há as ‘Santanetes’, as ‘Carmonetes’ e agora os ‘Sócratões’ “ – Quitéria Barbuda in “Um Invertido na Política”, Revista “Espírito”, nº 5, 2005.

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

"Em Busca de Portugueses Arianos"

Veja os Resultados!

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

Acho é que se deveria legalizar o casamento dos burros com éguas. O que nós queremos é mulas.

Maite disse...

sr escrevinhador, afinal o senhor não tem assim tantas dúvidas. Vejo-as apenas como dúvidas de retórica o que no fundo não são dúvidas nenhumas ;)

Chinezzinha disse...

"NÃO PAGUEM IMPOSTOS" (Rui Zink, Escritor)

“Tenho amigos ‘gays’ e quando o soube senti surpresa, não choque, mas a minha geração tem de auto-educar-se. Nunca senti constrangimento por ter amigos ‘gays’, só quando alguém pensa que partilho o preconceito. Não tenho relações de amizade por moda, apesar da homossexualidade agora ser mais visível. Se os deveres são iguais, os direitos também devem ser. Não se podem casar nem adoptar? Então deixem de pagar impostos!”



"VER O ESTILO DE VIDA" (Inês Pedrosa, Escritora)

“Tenho amigos homossexuais, homens e mulheres, e não me passa pela cabeça distingui-los pela orientação sexual. Gostaria de viver numa sociedade em que essa questão não se colocasse. Não se trata de opção mas de orientação sexual. As pessoas não deviam ser culpabilizadas. Não tenho reserva quanto a casamentos e adopção de crianças. O importante é analisar a personalidade e o estilo de vida do adoptante.”




--------------------------------------------------------------


Destaquei estes 2 comentários que sintetizam o que eu penso.

Também eu tenho amigos homossexuais e por coincidência ou não são excepcionais, quer como pessoas quer como amigos.

Cada um que se meta na sua vida, não é assim?

Olhemos para a nossa vida e deixemos os outros vivê-la livremente.



Beijos

Chinezzinha

Chinezzinha disse...

Escrevinhador

7:48 PM
E porque não o estado instituir legalmente a poligamia?

Evitar-se-iam muitas "traições".;)

Não que eu seja adepta do ménage à trois...que nunca experimentei, mas que não critico quem o pratique.
Cada um é livre de levar a vida sexual que mais lhe dê prazer.

Beijos

Maite disse...

Cara Chinezzinha, mas a menina quer que isto vire a república das bananas? Eu emigro já.

Maite disse...

sr Escrevinhador
Eu sabia que seria algo assim (a sua frase preferida);)

Eu contraponho: "O coração tem razões que a razão desconhece" autor por demais conhecido :)

noiseformind disse...

Olá... :)

Maite disse...

Hum!!!...o sr noiseformind tão simpático?!

andorinha disse...

Só espero que daqui a uns anos( poucos ou muitos) toda esta discussão deixe de fazer sentido.

Anónimo disse...

Para a Isabel: uma parte da frase da Inês Pedrosa subscrevo-a integralmente. Tenho amigos homossexuais e amigas lésbicas, e não me passa pela cabeça considerá-los menos amigos que os heterossexuais. O respeito pela sua orientação sexual é algo que entendo não pode ser posto em causa. Outra coisa é o considerá-los normais, porque esse termo reservo para os que o são mesmo ( e termo anormal nada tem a ver com loucura, ou perversão, que são coisas bem diferentes) e ainda as questões do casamento e da adopção.Quanto a esta: a criança não teria pai ou mãe, ou teria dois pais ou duas mães? Não acha que essa confusão seria traumatizante para a criança. Quanto ao orgulho em ser lésbica, se fosse a si não tinha. Não há razão para isso, como não há razão para o seu contrário. Mas deixe que lhe diga: os homossexuais, quando se põem a exibir-se em marchas, são deprimentes, muito mais do que ridículos.E é TAMBÉM, repito, TAMBÉM, pelo seu deprimente exibicionismo que, depois, são descriminados e, às vezes,revoltantemente mal-tratados.Um beijo com muita ternura, mesmo sabendo que é lésbica.

Anónimo disse...

A lucília não viu aliás ela nem quer ver nada senão o seu reflexo...

Anónimo disse...

PS para a ISABEL: é claro que os casais heterossexuais sem filhos são anormais.Ou física ( para os inférteis)ou psiquicamente ( para os que não querem ter filhos). Sabe, eu não tenho problemas em chamar pretos aos pretos. Porque não sou racista.

Anónimo disse...

Palavras para quê? É um Artista-Republicano-Laico-Socialista-Paternalista e usa KY.

Chinezzinha disse...

Maite

Uma república das bananas já Portugal é.rssss

Beijinhos

noiseformind disse...

Isto de chegar a uma conversa ao fim de 207 comentários é complicado em qq sítio, mas tal como dizia o BIBI a um nosso amigo pedófilo de longa data "vai o cesto de palha para trás ou vai para trás do puto de 9 anos?". O que quer dizer que emitir um comentário é essencialmente fazer uma escolha de um conjunto de ideias "totais" para o nosso pequeno mundo. Como disse no Abrupto, exagera-se grandemente em relação ao poder dos media. O poder os media é delimitado pelo sustentáculo de 'provas' que se consiga reunir numa notícia de forma a torná-la credível. Por isso mesmo é que temos jornalistas que fazem notícias falsas usando boas fundamentações que "podiam ter sido". Regra geral quando os interlocutores abanam nas suas patitas o "tendencionismo" dos media é para abrandar a força do ataque e não propriamente para provocar um ataque aos media. Por exemplo, em relação aos de nós (sim, pq "eles" andam entre nós, por mais higienicamente lhes tenham chamado "comunidade", que basicamente é uma espécie de Campo Pequeno actual da funcionalidade verbal) que escolhem ter por parceiros outros de nós que são do mesmo sexo usa-se de um voyerismo gritante, é certo, mas que expressa os próprios medos existentes na comunicação social. O meio de comunicação é essencialmente um meio de venda de bens, e portanto o tema dos que entre nós gostam de outros de nós do mesmo género, sendo um tema "escondido" é apetecível de mostrar como escândalo e não como existência real. Vejam a cobertura (trocadliho interessante... cobertura) feita da marcha Pride ano após ano. Mostram meia-dúzia de pessoas do mesmo sexo a darem uns chochos e uma passagem rápida pelas bandeiras mais escandalosas. Tal como na telenovela, não é a informação que conta, é a dramatização à volta dela que tem interesse, e assim ganha-se audiência, pq é dramático, pq é essencialmente, pq é uma cacha. Ainda há 2 meses um camelo (camelo da espécie portugesa Cameos Jornalensis) mostrava um bairro gay madrilense!!!!!!!!!!!! Um bairro GAYYYYYYYYYYYYYYYYY. Até dava a impressão que lá em Espanha os metiam num guetto com uns triângulos cor-de-rosa. E entre as palavras solenes do jornalista o que é que víamos? Velhinhos (gays de certeza) a jogar ás cartas, velhinhas (lésbicas, só pode) a fazer costura e jovens (as futuras maçãs podres, atenção!!!!!!!!) a jogarem futebol. E como "amostra genuina" desse terror que era esse bairro mostravam dois homens lado a lado num banco (o que me fez lembrar que se calhar já apanhei o bicho do fanchonismo dado que inúmeras vezes já estive em bancos ao lado de homens). Ou seja, não podemos desligar o contexto social de um país da sua informação televisiva. Jornais de referência como o Público, o Público meus senhores, fazem PARANGONAS com notícias do tipo "violência doméstica maior entre casais homossexuais" e depois vamos lá ver uma tirinha fininha a dizer que esse resultado é parte de um estudo realizado para tipificar comportamentos heterossexais e que apenas se refere a uma amostra não-protocolada de 64 individuos que aformaram ser homossexuais. Sendo assim não me provoca nenhuma indigñação a indignação dos católicos espanhóis. Está constitucionalmente protegida e a Igreja Romana é uma máquina de propaganda bem oleada, amorfa e misógina é certo, mas nada disso é objecto de crime para o Código Civil espanhol. Eu cá e lá tenho andado, as mulheres espanholas ganham ás portuguesas em uso do preservativo (insistem mesmo e até interrompem o acto, nada de beicinhos nada convencidos das portuguesas que só convidam ao desmazelo macho) e o Dubai está mais e mais perto ; )))))))))

Pelos que polularam com saudades a minha caixa de correio, o meu obrigado e cá está a retribuição.

Para o Éme, aquele sempre sentido abraço e boa sorte na busca aos cátaros, não deixe nenhum por queimar na fogueira (eu e o meu ecumenismo militante) ; ))))))))))

Restantes irmãos e irmãs na Fé... murcunizem... murcunizem... ; )))))

Chinezzinha disse...

Beijão grande para todos.

Boa noite e bom domingo.:)

"Cão que ladra,não morde".

Anónimo disse...

NOISEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
Comu poluladoraaaaaaaaaaaaaaaaa oficial da tua caixa do correio gostava de agradecer o teu comentário à questão do Julio, mais uma vez lançaste luz num assunto tratado ao longo de 200 penosos comentários como questão de 'nós' e 'eles' normalmente higienizada com a frase "eu tenho amigos homossexuais e lésbicas" que só soa a hipocrisia.

Obrigada, obrigada, obrigada

andorinha disse...

Júlio,

Este sistema de comentários é um verdadeiro teste à paciência de qualquer um. Demora-se horas:) a chegar aqui.

henrique doria (10.47)

"os casais heterossexuais sem filhos são anormais. Ou fisica ou psiquicamente..."
Não podia deixar passar em claro uma afirmação destas.
UMA DAS MAIORES BARBARIDADES QUE OUVI NOS ÚLTIMOS TEMPOS.
Não gosto de pôr rótulos nem de catalogar as pessoas, mas para dizer semelhante disparate você é que não é normal, de certeza.

Chinezzinha disse...

Venho pedir desculpa se alguma vez ofendi o ego de alguém.
O que escrevo aqui não tem a intenção de ofender ninguém.Apenas exponho o que penso.
Tenho 1 mal terrível...que é o de ser directa e por vezes provocadora.
Quero só que saibam que gosto imenso deste cantinho do JMV e sinto um grande carinho por todos.
Tenho andado doente e por isso só hoje aqui vim.

Beijos

Maite disse...

Andorinha, a menina é muito intolerante. Deixe lá o sr mostrar a sua robustez estética (gosto disso)

aDesenhar disse...

é normal caro professor

por cá o nosso Secretário de Estado da Administração Interna, " mandou " retirar 2750 jornais da banca, para fazer umas pequenas alterações.Neste caso não houve manipulação da comunicaçao social mas sim do Sr. Secretário que não gostou de ler o que afinal tinha dito...

:)

Anónimo disse...

Henrique, não generalize... o que vê não é bem o que se passa na realidade. O que passa na tv das marchas não é bem assim, ainda hoje na TVi fizeram uma reportagem da marcha, filmaram travestis, um casal de lésbicas góticas e outro casal de lésbicas com uma aparência digamos extravagante. Podemos dizer que os gays são todos assim? è obvio que não. Não generalize... nós não somos todos "bichas histéricas" como alguns chamam.
Eu não discordo totalmente no que diz, tenho que confessar que me irrita um pouco certos comportamentos, da mesma forma que me irrita profundamente o comportamento de certos homens que tentam provar a sua masculinidade com "deprimente exibicionismo".
O Henrique considera-se normal? Quais os critérios para considerar uma pessoa normal?
Sabe eu supostamente fui heterossexual até aos 19, sempre tive relações com pessoas do sexo oposto. Terei eu virado anormal?
Eu sou mulher, tenho 25 anos, amo muito alguém do mesmo sexo, tenho uma vida sexual saudável, tenho o meu emprego, a minha família, vou ao cinema, passeio na praia, tenho amigos... Porque diabo não serei eu NORMAL?
Não serei eu mais normal que o Henrique?

Obrigada pelo beijo, e retribuo mesmo sabendo que o Henrique é heterossexual

Isabel

Chinezzinha disse...

Oia Professor

O seu programa terminou há mais ou menos 10 minutos.:(
Isto é hora para um programa de tão interessante?

Assim se vê o estado do nosso país e órgãos de comunicação social.Televisão que coloca um bom programa a terminar às 3.10 da manhã.:S

De qualquer forma,sempre há resistentes.rsssssssss

Beijos
Vou fazer nanar

Anónimo disse...

onde é que esta o Julio?????????
Este blog é de quem afinal?
De toda e gente, dizem voces!
Pois eu digo, tenho pena que o Julio Machado Vaz seja quem menos escreve.
Porque nao escrevem voces os vossos proprios blogs? E porque não trocam emails, em vez de encherem isto de comentarios imensos e chatos?

Anónimo disse...

Para o jmv, queremos mais q isto, às 5.55 AM:
Então, o que vieste cá fazer?
O Júlio está em Espanha.
Este blog é do Júlio.
E de toda a gente que aqui comenta porque o Júlio assim o entende e permite.
O Júlio não é o que menos escreve; o Júlio "lança" o tema e o Maralhal vai comer o "isco" e lançam-se todos na discussão, o que eu acho saudável, porque o que se passa aqui é tema suficiente para o Júlio elaborar uma nova tese sobre o relacionamento humano face a um determinado tema.
Também escrevemos nos nossos oróprios blogs mas gostamos imenso de vir aqui.
Não trocamos emails porque o Júlio nãi dispõe de um email para esse efeito e de certeza seria contraproducente.
Os comentários não são imensos nem chatos; o teu sim, esse é CHATO!...

Anónimo disse...

ISABEL: nota final sou director de um jornal.Peço-lhe licença para lá publicar este nosso diálogo. E como já estamops a ocupar espaço a mais no murcon, sugiro que dialoguemos no odisseus o por mail, que encontrará no odisseus.

Maite disse...

Bom dia Maralhal e Professor

Cara Circe

Respondendo ao seu comment:

a)Tiveram, mas são pessoas extremamente instáveis e carentes.

b)Os próprios homossexuais querem institucionalizar-se.

c) Esses casos são tão abomináveis que os irradicaria de pertencerem à condição humana.

d)O AMOR é essencial, desde que seja um sentimento saudável, em que se busque a felicidade do outro e aí encontremos a nossa.

Anónimo disse...

Alinhando ali pelo comentário potente e lúcido do Dr Noise acho que a questão do tratamento jornalístico que é feito das pessoas que como nós procuram a sua felicidade é determinante para percebermos o critério geral com que são tratadas as minorias (e que em Portugal, aos que conheço casados e tudo, serão mesmo uma maioria). Fazem-nos passar de forma crível que há "locais" gay, "sítios" gay, comportamentos gay. Como diz ali o Dr. Lobices é tudo normal, e a senhora Maite que se dedique ao tricot em vez de andar para aí a insultar a nossa inteligência com esses comentário terceiro-mundistas.

E já agora, Dr Noise, fica a pergunta para si (tendo sido tão generoso da última vez): ontem estava a ver o programa do Doutor Júlio e a escanzeladinha que faz o prgrama com ele disse que não existiam homossexuais "passivos" e "activos", que era uma questão de vivência da vida sexual e não um rótulo definitivo, o que contraria toda a minha experiência social em que os gays mais velhos são regra geral TODOS passivos e os mais novos serão meio-meio. Faz ou não faz sentido esta divisão?

Beijos

Su disse...

olá, passei por aqui e achei coisas giras... e lembrei-me de Woddy Allen que diz "Aquele que ama a sabedoria é virtuoso, mas aquele que tem relações com uma ave é espantoso." rsrsrs
fiquem bem

Anónimo disse...

“Não percebo porque é que levar no Rabo é motivo de Orgulho” – Quitéria Barbuda in “Transformar o sexo em Bilhete de Identidade”, Revista “Espírito”, nº6, 2005.

www.riapa.pt.to

«O mais antigo ‹Mais antiga   1 – 200 de 219   Mais recente› Mais recente»