...fui ver o site sobre Barcelona e vi uma foto da Rambla ...coloquei-a nos meus favoritos mas a mesma fez-me lembrar outros sítios como se houvesse outros locais iguais a esse... não ficou muito longe do nosso Porto; acho que há um pouco de tudo nessa magnífica Rambla!... ...um abraço e continuação de bons dias de férias... por aqui, é só aquele nevoeiro das manhãs sanjoaninas...
E nas suas transversais o M.ArteModerna e o M.Picasso e, mais adiante, a magestosa vida burguesa dos quarteirões de Cerdá e, ali perto, o Parque Guell, ah, o Parque Guell e a poucos km dali, Gerona e Dali, ah, Dali. Boa estadia JMV
1)Tem a minha solidariedade. Sei o que isso é. Recordo uma noite horrível num hotel de Salamanca. Como "de médico e de louco...", aconselho um comprimido de TINSET. Comigo resulta e até nem me faz muito sono.
2)Por aqui o tempo também esteve encoberto.
3)Bons passeios por essas ruas. Um domingo cheio de propriedades e adeus até ao seu regresso.
PARA O LOBICES E RESTO DO PESSOAL:
Não sei se este é o mesmo site. Aqui pode ver-se uma foto panorâmica.
Ora então, por Barcelona? As ramblas são únicas - nada tem tanta vida como ali. Provavelmente já cedeu à tentação, mas eu não voltaria ao Museu Erótico (nas ramblas, exactamente) - caro, pequeno e decepcionante, pelo menos em 1997. Ou talvez as minhas expectativas fossem vorazes. :)) Divirta-se por aí!
Hoje sinto-me muito inteligente e interessante e venho convidar a 'malta' (não anónima) de Lisboa e arredores para um arraial na Madragoa na esplanada da Carlinha ali mesmo ao lado da tasca do Hilário. Levo a broa e conto com as vossas sardinhas.
Malta, Barcelona é chique mas Lisboa tem outro encanto, sei lá, outro 'cheiro'.
Barcelona... de interessante tem tudo sendo La Rambla das menos. Honestamente! La Rambla de la Catalunya tem um encanto completamente diferente. Ou a Praça de S. Felipe de Neri. Ou as imensas ruazinhas do Bairro Gótico, ou do Raval, os jardins, os parques... Tudo, tudo menos a imensa quantidade de turistas que deambula sem rumo por La Rambla!
vejamos o drama que se derenrola aki: um psi hipocondríaco, obsessivamente a contemplar o umbigo, até chegar a chica das limpezas pra limpar o pó... Uma sugestão - pra eskecer fobias e alergias e outras ias, ouçam alguém que precisa de nós, desçam um degrauzito do vosso pedestal, ouçam a batida do coração, e vão sentir-se mais vivos, certamente.
Boas recordações, as Ramblas, Barcelona e tal. Por lá estive 3 anos. Uma que me ficou para sempre foi um motorista de camião na Plaça Catalunya que me perguntou: "Donde estan las Ramblas, con las putas y todo esso?"
A fama das Ramblas (torrente ou riacho temporário em catalão) não é gratuita...
Comovida com a sua dor, falo-lhe daqui pq ñ é qq um q entra no seu blog - ao contrário, este do JMV, permite aos sem-abrigo entrar, deambular sem norte e fazer das suas, sem q tenha havido, até hoje, algum desacato q não fosse esquecido.
Como ñ me sinto no pedestal da saúde, nem me parece que alguém de cá possa assegurá-lo, a respeito de si próprio, aqui vai a minha atenção à sua angústia, apenas conseguindo dizer-lhe que me comove o seu desespero.
Aquele desespero com que a perícia da vida atinge os vivos e desregula caoticamente as suas expectativas.
Tanto que falaram de Barcelona e nem um único comentariozinto com referência a Gaudi? A tantas obras dele espalhadas por essa cidade!!!!! "La Sagrada Familia", "La Pedrera", "Casa Batllo", etc, nada??????
Dali, foi celebrada a obra de Gaudi? oh! Mas eu acho que o não foi convenientemente ;)É uma obra ímpar. Não pode ser apenas referênciada no meio de tantas outras que abundam por lá;) Merece um comentário àparte :)
Maite Acabei de ver um filme mágico de Bertolucci passado no deserto, que lembra o ambiente sufocante do Mountolive de Durell e a Barcelona desgastante dos festejos sazonais. Se sobre a Terra todas as imagens de confundem e o Gaudi caracteriza Barcelona como um iluminado na arqª da S.Família, naquela que você referiu e tb na magia cabalística do P.Guell, não diria, contudo, que ele domina tanto a cidade como os quarteirões de Cerdá, nem como os novos apontamentos construtivos de dimensão expositiva; mas é a singularidade da Catalunha e das suas exigências linguísticas que, como você saberá, se respira como a mais vibrante dimensão de Barcelona e dessa região.
Como disse o Katraponga, ni imagines com trobo a faltar a Barcelona.
Dali, não poderia estar mais de acordo, mas como fã de Gaudi... Barcelona sem o referenciar é uma gaffe imperdoável. "... todas as imagens se confundem..." nem o próprio Salvador o diria melhor :)
Quem tiver visto bem o blog do Pedro, rapidamente se apercebe q o/a vigilante, talvez de uma forma errónea quis alertar para uma situação de dor que necessita de ajuda. E que não é o Pedro quem usa o nick de "vigilante".
...
O único erro cometido talvez seja para com os que visitam este blog ou o comentam. Ninguém sabe sobre a alegria ou mágoa de ninguém. Nem mesmo dos que por aqui passam e largam apenas umas larachas...
Ninguém é menos do que outro ser humano apenas porque não ser tão "activo" num pedido de ajuda. Ninguém merece ser menos "merecido" de atenção só porque no nick não existe um BI a contar o que cada um passa diariamente. se é feliz ou não... Se é louco ou são...
Porque se fosse assim tão simples, em dias de "matança" ninguém saía à rua. As praias neste fim de semana não tinham tido gente. Não existiam mortos às portas de uma discoteca ou em "bairros de lata".
... PS Todos imaginamos que este blog não é para pedidos de ajuda na área do JMV, mas para uma discussão sobre alguns temas que ele propõe ou acaba por dar abertura a outros para colocar. Os propósitos do blog podem ser apenas esses ou mais que isso... De posts de "bola" à questão complexa. Só ele sabe os porquês das suas decisões "postais". E quem se propõe adivinhá-los poderá estar a perder o seu tempo.
NO ENTANTO, até sou de opinião de que no caso do Pedro e visto que ele pede ajuda tão abertamente, algum Psi (JMV ou não) possa de alguma forma ouvir o que está implícito e explicito no seu discurso: o suicídio. Mas mais não posso dizer.
O Pedro já deve ter lido isto: ... Depressa me canso de mim. Olho à minha volta e só vejo recordações. Uma terna claridade (ou será obscuridade?) invade o meu quarto e me rodeia de mansinho. Já reparei várias vezes: vem sempre acompanhada do silêncio! Nunca soube o porquê de tal evento. É uma luz difusa, lenta, como que surgindo a medo e com ela, um opaco silêncio; algo que nada traz a não ser paz. Mas trazê-la já é bom. E é nesses momentos que me sinto só. E sabem porquê? Porque não tenho com quem partilhar esse momento! Algo que sempre desejei fazer um dia na minha vida: partilhar a minha solidão. Dizer a alguém: “Vês? Estás a ouvir? A minha solidão está aqui, é isto que vive aqui comigo. Entendes?” Mas nunca consegui e nunca o consegui porque nos momentos em que a solidão me visita eu nunca estou acompanhado; engano, estar acompanhado estou mas apenas de mim mesmo e dessa luz e desse silêncio. Já somos três. Estendo-me então no leito dessa luz (ou será escuridão?) e deixo-me levar pelo barulho do silêncio que me invade. Nunca é tarde para experimentar novas sensações, só que esta é já demasiadamente minha conhecida e então apenas nos olhamos e nos aceitamos mutuamente. Nada mais fazemos senão partilhar aquele momento, uma partilha a três numa solidão solitária de um só. Estendido nela e com o silêncio deitado a meu lado, olhamos o tecto que lentamente se separa de nós em tons de cinzentos cada vez mais escuros; passo os braços pelo silêncio e aperto-o de encontro ao meu peito. Sinto o seu respirar lento e compassado; é um som simpático, eu sei, mas ao mesmo tempo ousado na medida em que invade o som do bater do meu coração; e o silêncio deixa de ser silêncio para ser um baque surdo ritmado aqui, ao meu lado, deitado. No entanto, continuo abraçado a ele e ele sente-se bem porque acarinhado. É um abraço puro mas forte; ingénuo mas apaixonado. É apenas um abraço de silêncio compartilhado num leito de claridade a escurecer em lentos tons que tem o anoitecer. Porém, já quando o tecto se separa de nós e nos abandona entregues que ficámos à luz das trevas que entretanto nos envolveram, o silêncio se aperta contra mim e me possui. Penetra-me fundo e a respiração torna-se ofegante, sufocante. O que até então era um prazer compartilhado passa a ser dor e algo que corrompe. Penetra-me cada vez mais fundo e a dor aumenta. O bater e o som do meu coração ultrapassa o silêncio que entretanto se esvai num orgasmo de sons delirantes de espasmos gigantes que se avolumam dentro de mim. O tecto já não existe, a obscuridade ainda persiste com mais intensidade. É um estar sem vida, sem morte e sem idade. Apenas habita em mim numa eterna cumplicidade. Respiro o espaço que me rodeia. E a escuridão cai sobre tudo e me envolve como uma teia. Já tenho mais uma companhia. O doce sono vem de mansinho amparar meu corpo e cobre-o com carinho. Adormeço lento, extenuado de tanta amargura, numa vã procura do próximo amanhecer que de novo me vai trazer o fim de tarde, neste terno ciclo de amor e ódio em que espero pela eternidade.
1)quanto às alergias , depois de tomar todos os anti,histaminicos do mercado, e de ter rodado (salvo seja) 5 especialistas de alergologia, só parei quando fui aqui http://www.xmind-eu.com parece esquisito, mas nada tem de exotérico; 2)definir bom tempo...:) 3)estarei nas ramblas tb em julho! iupiiiiii!
34 comentários:
...fui ver o site sobre Barcelona e vi uma foto da Rambla
...coloquei-a nos meus favoritos mas a mesma fez-me lembrar outros sítios como se houvesse outros locais iguais a esse... não ficou muito longe do nosso Porto; acho que há um pouco de tudo nessa magnífica Rambla!...
...um abraço e continuação de bons dias de férias... por aqui, é só aquele nevoeiro das manhãs sanjoaninas...
...digitem Rambla no search
...cliquem na page que diz: Picture of Rambla in Barcelona
Bons dias para todos,
ai a Rambla:)))))))
então e os "sinais" Professor, já encontrou alguns?
Abraço,
ai a Rambla...... realmente.... que lugar!!
:)
Não se esqueça de visitar o "Mercat la Boqueria".
E nas suas transversais o M.ArteModerna e o M.Picasso e, mais adiante, a magestosa vida burguesa dos quarteirões de Cerdá e, ali perto, o Parque Guell, ah, o Parque Guell e a poucos km dali, Gerona e Dali, ah, Dali.
Boa estadia JMV
Boa Noite,
1)Tem a minha solidariedade. Sei o que isso é. Recordo uma noite horrível num hotel de Salamanca.
Como "de médico e de louco...", aconselho um comprimido de TINSET. Comigo resulta e até nem me faz muito sono.
2)Por aqui o tempo também esteve encoberto.
3)Bons passeios por essas ruas.
Um domingo cheio de propriedades e adeus até ao seu regresso.
PARA O LOBICES E RESTO DO PESSOAL:
Não sei se este é o mesmo site. Aqui pode ver-se uma foto panorâmica.
Ora então, por Barcelona? As ramblas são únicas - nada tem tanta vida como ali. Provavelmente já cedeu à tentação, mas eu não voltaria ao Museu Erótico (nas ramblas, exactamente) - caro, pequeno e decepcionante, pelo menos em 1997. Ou talvez as minhas expectativas fossem vorazes. :)) Divirta-se por aí!
primeira visita com a promessa de cá voltar :)
Hoje sinto-me muito inteligente e interessante e venho convidar a 'malta' (não anónima) de Lisboa e arredores para um arraial na Madragoa na esplanada da Carlinha ali mesmo ao lado da tasca do Hilário. Levo a broa e conto com as vossas sardinhas.
Malta, Barcelona é chique mas Lisboa tem outro encanto, sei lá, outro 'cheiro'.
Barcelona... de interessante tem tudo sendo La Rambla das menos. Honestamente! La Rambla de la Catalunya tem um encanto completamente diferente. Ou a Praça de S. Felipe de Neri. Ou as imensas ruazinhas do Bairro Gótico, ou do Raval, os jardins, os parques... Tudo, tudo menos a imensa quantidade de turistas que deambula sem rumo por La Rambla!
Julio, ni imagines com trobo a faltar a Barcelona, i els temps que he viscut aquí.
:)))
Tenho saudades de Barcelona, e do tempo que lá vivi.
www.katraponga.weblog.com.pt
vejamos o drama que se derenrola aki:
um psi hipocondríaco, obsessivamente a contemplar o umbigo, até chegar a chica das limpezas pra limpar o pó...
Uma sugestão - pra eskecer fobias e alergias e outras ias, ouçam alguém que precisa de nós, desçam um degrauzito do vosso pedestal,
ouçam a batida do coração, e vão
sentir-se mais vivos, certamente.
Não estou a ofender ninguém, sou
um de vós
http://pedromalheiros.blogs.sapo.pt
PS: antes ke apareça o fiscal, NÃO
sou o Pedro
Boas recordações, as Ramblas, Barcelona e tal. Por lá estive 3 anos. Uma que me ficou para sempre foi um motorista de camião na Plaça Catalunya que me perguntou: "Donde estan las Ramblas, con las putas y todo esso?"
A fama das Ramblas (torrente ou riacho temporário em catalão) não é gratuita...
Olá Professor, só vim desejar uma noite agradável,
abraço
Vigilante
Comovida com a sua dor, falo-lhe daqui pq ñ é qq um q entra no seu blog - ao contrário, este do JMV, permite aos sem-abrigo entrar, deambular sem norte e fazer das suas, sem q tenha havido, até hoje, algum desacato q não fosse esquecido.
Como ñ me sinto no pedestal da saúde, nem me parece que alguém de cá possa assegurá-lo, a respeito de si próprio, aqui vai a minha atenção à sua angústia, apenas conseguindo dizer-lhe que me comove o seu desespero.
Aquele desespero com que a perícia da vida atinge os vivos e desregula caoticamente as suas expectativas.
Chica
Boa tarde Maralhal e Professor
Barcelona? é?
Tanto que falaram de Barcelona e nem um único comentariozinto com referência a Gaudi? A tantas obras dele espalhadas por essa cidade!!!!! "La Sagrada Familia", "La Pedrera", "Casa Batllo", etc, nada??????
Bolas...que desilusão!
Vigilante
"Não se sente senão o que se soube falar" (Paul Geraldy)
Sinto a sua angústia, mas nada acrescentarei às sentidas palavras que vem escrevendo no seu blog
E, Maite, o meu favorito: o Park Güell.
;)
El parc més bell del món!
www.katraponga.weblog.com.pt
Maite
Ah o Parque Guell, o Parque Guell...(que já aqui foi celebrado)
O mágico Parque idealizado por um arquitecto tão taciturno. Que caprichos os dos homens, que partidas eles pregam à sua natureza.
katraponga
Aquí... el parc més bell !!!
Dali
katraponga
grande blog o seu!!!
pena eu não poder entrar para o cumprimentar.
mas faço-o aqui.
parabéns
Dali, foi celebrada a obra de Gaudi? oh! Mas eu acho que o não foi convenientemente ;)É uma obra ímpar. Não pode ser apenas referênciada no meio de tantas outras que abundam por lá;) Merece um comentário àparte :)
Maite
Acabei de ver um filme mágico de Bertolucci passado no deserto, que lembra o ambiente sufocante do Mountolive de Durell e a Barcelona desgastante dos festejos sazonais.
Se sobre a Terra todas as imagens de confundem e o Gaudi caracteriza Barcelona como um iluminado na arqª da S.Família, naquela que você referiu e tb na magia cabalística do P.Guell, não diria, contudo, que ele domina tanto a cidade como os quarteirões de Cerdá, nem como os novos apontamentos construtivos de dimensão expositiva; mas é a singularidade da Catalunha e das suas exigências linguísticas que, como você saberá, se respira como a mais vibrante dimensão de Barcelona e dessa região.
Como disse o Katraponga, ni imagines com trobo a faltar a Barcelona.
Maite
ou melhor,
... todas as imagens se confundem...
aqui na Terra
Dali, não poderia estar mais de acordo, mas como fã de Gaudi... Barcelona sem o referenciar é uma gaffe imperdoável.
"... todas as imagens se confundem..." nem o próprio Salvador o diria melhor :)
Boa noite Maralhal e Professor
Vou descansar os "ossos" que estão completamente "moídos"
Durmam bem :)
«Leva-me contigo!!!»
Segui a sugestão do Lobices! Lindoooooooooooooo...
Sobre Vigilante
Quem tiver visto bem o blog do Pedro, rapidamente se apercebe q o/a vigilante, talvez de uma forma errónea quis alertar para uma situação de dor que necessita de ajuda. E que não é o Pedro quem usa o nick de "vigilante".
...
O único erro cometido talvez seja para com os que visitam este blog ou o comentam. Ninguém sabe sobre a alegria ou mágoa de ninguém. Nem mesmo dos que por aqui passam e largam apenas umas larachas...
Ninguém é menos do que outro ser humano apenas porque não ser tão "activo" num pedido de ajuda. Ninguém merece ser menos "merecido" de atenção só porque no nick não existe um BI a contar o que cada um passa diariamente. se é feliz ou não... Se é louco ou são...
Porque se fosse assim tão simples, em dias de "matança" ninguém saía à rua. As praias neste fim de semana não tinham tido gente. Não existiam mortos às portas de uma discoteca ou em "bairros de lata".
...
PS
Todos imaginamos que este blog não é para pedidos de ajuda na área do JMV, mas para uma discussão sobre alguns temas que ele propõe ou acaba por dar abertura a outros para colocar.
Os propósitos do blog podem ser apenas esses ou mais que isso...
De posts de "bola" à questão complexa. Só ele sabe os porquês das suas decisões "postais". E quem se propõe adivinhá-los poderá estar a perder o seu tempo.
NO ENTANTO, até sou de opinião de que no caso do Pedro e visto que ele pede ajuda tão abertamente, algum Psi (JMV ou não) possa de alguma forma ouvir o que está implícito e explicito no seu discurso: o suicídio. Mas mais não posso dizer.
.
Bom início de semana a todos.
O Pedro já deve ter lido isto:
...
Depressa me canso de mim. Olho à minha volta e só vejo recordações. Uma terna claridade (ou será obscuridade?) invade o meu quarto e me rodeia de mansinho.
Já reparei várias vezes: vem sempre acompanhada do silêncio! Nunca soube o porquê de tal evento. É uma luz difusa, lenta, como que surgindo a medo e com ela, um opaco silêncio; algo que nada traz a não ser paz. Mas trazê-la já é bom.
E é nesses momentos que me sinto só.
E sabem porquê? Porque não tenho com quem partilhar esse momento!
Algo que sempre desejei fazer um dia na minha vida: partilhar a minha solidão. Dizer a alguém: “Vês? Estás a ouvir? A minha solidão está aqui, é isto que vive aqui comigo. Entendes?” Mas nunca consegui e nunca o consegui porque nos momentos em que a solidão me visita eu nunca estou acompanhado; engano, estar acompanhado estou mas apenas de mim mesmo e dessa luz e desse silêncio. Já somos três.
Estendo-me então no leito dessa luz (ou será escuridão?) e deixo-me levar pelo barulho do silêncio que me invade. Nunca é tarde para experimentar novas sensações, só que esta é já demasiadamente minha conhecida e então apenas nos olhamos e nos aceitamos mutuamente. Nada mais fazemos senão partilhar aquele momento, uma partilha a três numa solidão solitária de um só.
Estendido nela e com o silêncio deitado a meu lado, olhamos o tecto que lentamente se separa de nós em tons de cinzentos cada vez mais escuros; passo os braços pelo silêncio e aperto-o de encontro ao meu peito. Sinto o seu respirar lento e compassado; é um som simpático, eu sei, mas ao mesmo tempo ousado na medida em que invade o som do bater do meu coração; e o silêncio deixa de ser silêncio para ser um baque surdo ritmado aqui, ao meu lado, deitado.
No entanto, continuo abraçado a ele e ele sente-se bem porque acarinhado. É um abraço puro mas forte; ingénuo mas apaixonado. É apenas um abraço de silêncio compartilhado num leito de claridade a escurecer em lentos tons que tem o anoitecer.
Porém, já quando o tecto se separa de nós e nos abandona entregues que ficámos à luz das trevas que entretanto nos envolveram, o silêncio se aperta contra mim e me possui. Penetra-me fundo e a respiração torna-se ofegante, sufocante.
O que até então era um prazer compartilhado passa a ser dor e algo que corrompe.
Penetra-me cada vez mais fundo e a dor aumenta.
O bater e o som do meu coração ultrapassa o silêncio que entretanto se esvai num orgasmo de sons delirantes de espasmos gigantes que se avolumam dentro de mim.
O tecto já não existe, a obscuridade ainda persiste com mais intensidade.
É um estar sem vida, sem morte e sem idade.
Apenas habita em mim numa eterna cumplicidade.
Respiro o espaço que me rodeia. E a escuridão cai sobre tudo e me envolve como uma teia. Já tenho mais uma companhia. O doce sono vem de mansinho amparar meu corpo e cobre-o com carinho.
Adormeço lento, extenuado de tanta amargura, numa vã procura do próximo amanhecer que de novo me vai trazer o fim de tarde, neste terno ciclo de amor e ódio em que espero pela eternidade.
Ao vigilante Pedro
Nenhuma palavra das que te foram ditas me tocou mais do que esta,
Se tu partires, como vai ele aninhar-se no teu coração, e descansar na tua memória?
, porque todos precisamos de permanecer na memória de alguém.
Vigilante
Por lapso, não pus aspas na frase que a circe colocou no seu blog.
1)quanto às alergias , depois de tomar todos os anti,histaminicos do mercado, e de ter rodado (salvo seja) 5 especialistas de alergologia, só parei quando fui aqui http://www.xmind-eu.com
parece esquisito, mas nada tem de exotérico;
2)definir bom tempo...:)
3)estarei nas ramblas tb em julho! iupiiiiii!
Se Trilhasse De Tibidabo A Montjuic
E De Besos A Lobregat
Evitava A Rambla
Enviar um comentário