Naqueles momentos, a aventura tentava-me, o amor metia-me medo. Mas também me atemorizava a aventura, porque por detrás podia esperar-me o amor.
(Ballester, Don Juan)
48 comentários:
Anónimo
disse...
Senhore Dôtore Professore
Se o Senhore fôre como os murcõns das reflexõns desconexas nã terá problemas com o amôre.
Veja lá bem o descaramento deles para conquistar uma moça: 1º Passo – Vamos começar pelo início. A primeira acção a tomar é escolher a vítima. 2º Passo – Agora que está escolhida a vossa futura ex-mulher, vamos tratar da aproximação: 2º a - A fase da aparência. 2º b - A fase do ataque. 3º Passo – Chegados ao ponto em que ela vos deu bola, vamos tratar de a subjugar. 4º Passo – Já está na vossa mão, vamos agora subir-lhes, suavemente, para cima. Durante aquele jantar, digam-lhe que o motivo do afastamento que ela percebeu se deve à vossa insegurança. 5º Passo – A partir daqui não há volta a dar-lhe. Ela está, até ao casamento, subjugada. Podem ignorá-la de forma grosseira que ela, entre mais ou menos lágrimas, vos perdoará tudo. 6º e último Passo – Quando tiverem isto tudo, oficializem a coisa. E sejam felizes… ou assim.
Ou assim? Prontos, mas não quero agora falar mais aqui da felicidade nem do amor cortês porque vão chover logo mais de 200 posts p'ra me fazer chorar.
Mas que isto é triste é, para qualquer moça séria e asseada, que ainda sonha com um amor desinteressado que não seja uma simples aventura.
Hummm, I see, I see a pussycat;) ` Por vezes a aventura, o envolvimento, uma nova paixão é muito tentadora. Mas quem já amou e sofreu por esse amor sabe que é sempre um grande risco. Valerá a pena? Depende de cada qual. Somos todos tão diferentes, tão vulneráveis. Há pessoas com maior sensibilidade do que outras. Umas que se deixam envolver mais do que outras. Umas que começam e não largam. Outras que mal começam, querem largar. Umas que nem valorizam esse sentimento tão nobre que é o amor. Acho que o melhor ainda é ter os pés bem assentes na Terra. Se eu me envolvesse numa "aventura" acabaria por vir a sofrer. Porque as aventuras nunca acabam bem... ou acabam?
Boa tarde Apesar de este não ser o local indicado, o desespero leva-me a utilzar o seu blog para um pedido de ajuda. Alguem que me é muito proximo sofre de uma patologia (foro psiquiatrico) para a qual não encontro nenhum especialista em Portugal. Julgo não ser da area do Prof. mas talvez possa sugerir alguem. Existe alguma hipotese de fornecer um email/morada para que lhe possa referir o nome e contornos da doença? Muito obrigada.
Joanicapuff, de nada. Ajudei como pude. Olha, eu não sou barra nestas coisas de net, por isso também não sei como se acede a foruns sobre doenças. Principalmente os americanos fazem muito esse tipo de partilha, incluindo associações, no que respeita a doenças raras. Tenta ir a um chat de conversação e talvez um OP te ajude na forma de iniciares essa busca. Fica a ideia. Não te sei dizer mais nada
O medo do amor aqui parece representar o receio pela dependência afectiva ou emocional que o amor suscita ou pelo compromisso que lhe está subjacente. Nota-se a ambivalência em relação à aventura, tentadora, por ser efémera, mas também assustadora por poder estar "armadilhada" pelo amor. Muitas vezes também pode haver temor pela aventura...por justamente não estar lá o amor. É uma armadilha diferente...
...ao amigo Prof Júlio: ...a dúvida instala-se-me em relação ao título do post: porquê o "efémero armadilhado"? ...não sei se na obra do Ballester, isso estará explicado porque não li ...porém, se a frase é da mente JMV indago porquê? ...há uma ambivalência de temor ao amor; de "encontrar" o amor; leio que não é o amor que mete medo mas sim o "encontrá-lo"...será? ...porém ...será que o amor é sempre efémero e daí uma "armadilha"? E daí o tal efémero armadilhado?... ...a minha experiência (e amores foram tantos, tantos, tantos...) diz-me que há algo de terrível nessa alusão, pois, na verdade, o amor torna-se efémero e quem "cai" nele, ou melhor, quem o "encontra" "cai" numa armadilha exactamente por ser algo que não vai perdurar, vai ser efémero e um dia se vai esfumar ...Profe: estou com curiosidade ...pode a mesma ser-me saciada? :)
Para mim o título do post " o efémero armadilhado" significa a aventura que poderá levar ao amor. Se só se pretende uma aventura mas se depois alguém se vê enredado nas malhas do amor é como se esse alguém sentisse que tinha sido apanhado numa armadilha porque não era isso que pretendia.
"...não é o amor que mete medo mas sim o encontrá-lo". Não tenho a mesma opinião. Acho precisamente que é o amor que mete medo, o medo do envolvimento, da dependência afectiva do outro, do abdicar duma certa liberdade e de deixar de se sentir tão livre para procurar outras aventuras. Por isso a procura do efémero, da aventura.
Quanto ao resto concordo contigo - o amor só é eterno enquanto dura. Mas mesmo assim é bom "cair" nessa armadilha, diz lá.:)
Numa aventura, a regra para as expectativas será a do "não compromisso". É suposto ter, como prazo ou vida útil, o do dia seguinte, altura em que poderá ser, ou não, renovada por comum acordo. Quem tem medo da aventura, ou sabe que quer, ou gostava de ter, mais o que isso, com a outra pessoa, ou, à partida, já está aberto a algo mais do que uma simples aventura. Aí, o jogo já não é o da aventura, mas o do amor, em que são precisos dois para dançar o tango, e com todos os "riscos" que lhe possam estar associados.
JMV: Gostei muito do título do post. Conseguiu exprimir perfeitamente o conteúdo em duas palavras.
Lobices: Também não li o livro, mas se se chama Don Juan, compreende-se que o protagonista fuja de qualquer relação na qual ele seja a presa e não o predador (do ponto de vista dele).
Andorinha: Concordo contigo que "o medo do envolvimento, da dependência afectiva do outro" afecta muita gente, de ambos os sexos.
Back with mouse (não que interesse a alguém mas é que comentar aqui sem mouse é uma imensa e enorme treta...) ... até deixei a circe sem uma resposta a uma pergunta que me fez... se não houve mais alguém... Mas lá irei ao blog dela... ...
Olá gente... mais calminhos? Algo me diz q o post anterior deu que falar :) Lá irei... Já tinha saudades da aqui cuscar... ---
O AMOR mete medo quando no fundo, no fundo sabemos que não o é... Que o que está ali é um jogo. A paixão de jogar com os instintos que transformamos em falso amor...
AMOR é paz... mais uma vez o comprovo... medo? Sim.. algum... mas nada daquele medo de se estar a jogar ao gato e ao rato...
AMOR... pode ser tudo... mas sobretudo é VIVER/SENTIR, mesmo não estando presente... É saber que o mundo é redondo que isso nos desiluda... são as banalidades transformadas em sorrisos...
A batalha é não deixá-lo morrer... não porque o amor esteja votado à morte mas pq o ser humano gosta de matar o que o rodeia. E é essa irresistível alma homicida que nos habita... que nos armadilha a vida.
PS: andorinha sim... é quando se jura entrega eterna que por vezes nos sentimos mais presos... Já não é estar em casa da mãmã ou do papá... ou no emprego de que não se gosta... e se pode largar tudo...
É dia em que te apetece ir jantar com um amigo/a e a "aliança" te impede... to diz na cara... e to proíbe... Aí podem cair as lágrimas pela prisão em que existes... A que te entregaste...
Tal como no diálogo entre Néstor e Uxío (Ballaster, "Eu, Não sou Eu evidentemente"), penso que também ao amor se aplica: "não esqueças que a lógica vai do real ao inverosímil e do irreal à realidade".
Eu diria mesmo que o efémero está sempre armadilhado. Ás vezes temos a pretensão, mas não passa disso, de que é o contrário. Dizemos que tudo é efémero mas não é. Eu diria que tudo é cíclico...o tal mito do eterno retorno.
Escrevinhador eu acrescentaria que ele é um fraco.
Se porventura eu o tivesse percebido e se o Sr admitisse que mereceria interpelá-lo, dir-lhe-ia que me pareceu ter-se referido ao único 'suspense' que resta na vida da aventura amorosa dos nossos dias, que é, como diz o Sr Baudrillard, o de saber até onde o mundo se pode desrealizar antes de sucumbir ao seu demasiado pouco de realidade, ou inversamente, até onde ele se pode hiper-realizar antes de sucumbir sob o excesso de realidade.
Trocando todo este discurso por miúdos, até onde estamos dispostos a fingir?
Deveria ter-me cingido à sua interpelação e tê-lo cumprimentado em primeiro lugar - desculpe-me a incorrecção. A propósito do Ballester, só me ocorre perguntar até que ponto será 'possível' fingir o amor.
Não concebo essas prisões. Não me passa sequer pela cabeça que queira ir jantar com um amigo e alguém o proíba. Nunca estaria numa relação assim. A minha liberdade é mais valiosa do que tudo o resto. As amarras podem-se sempre cortar. Como é que se suporta viver numa prisão?
"É dia em que te apetece ir jantar com um amigo/a e a "aliança" te impede... to diz na cara... e to proíbe..." Desde quando uma "aliança" impede alguém de, mais ou menos, cobardemente "pular a cerca"? Nunca. Apenas a nossa consciência pode fazer isso.
"Se porventura eu o tivesse percebido e se o Sr admitisse que mereceria interpelá-lo..."... confesso que agora quem não percebeu fui eu! Principalmente a parte referente a admitir merecer se interpelado. Mas pronto...
Quer que eu explique a minha visão?
pois bem...
Muitas vezes - não gostos de afirmações absolutas - o amor começa em aventuras ou sensações reais que nos conduzem à conceptualização de cenários - múltiplos - mais ou menos agradáveis, mais ou menor (in)verosímeis. Chame-lhe, se quiser, uma conceptualização de quimeras, baseada nas vivências sensoriais do primeiro molhar dos pés nas águas profundas dos afectos.
A passagem à prática, todavia, devolve-nos à/a realidade, que tanto pode confirmar as conceptualizações ou negá-las.
Chamemos-lhe "a dialéctica do amor"... ... no tempo ... e no espaço!
Ai o caraças, k tou com falta de percebas ou quê, carago? Mas o quéqsepassaki, carago?
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE???
Ai a minha sorte, ke o tasco´tá bazio a esta hora, TENHO K MUDAR DE BIDA OU Kê? ´Ai ke me tou a passar, bou prá zona, ke aki num dá, carago, é só intelectuais e o camandro, uma gaija aki num factura a ponta dum corno, demais a mais c'as brasukas né? me liga, vai? ai triste portuga estúpida naïf que nunca vai desistir de SONHAR VIVER ACORDAR SENTIR , mas nem ponta de noise, um contraditoriozito nada népia, tudfo a dormir ou o kê?
Só quem não ama é que não sente um aperto no coração, quando o/a seu/sua "aliançado/a" vai jantar com o antigo namorado/a a sós. O que terão eles para falar que o/a outro/a não possa ouvir? Segredos?
Tão só, um pai ...hoje não lhe chamam segredos, serão apenas confissões...é que não se pode "conversar" com a pessoa que se tem ao lado, já se perdeu a "pica" porque hoje vive-se só disso, da tão afamada "pica". E como cada vez mais as pessoas são "quadradas" e com uma imaginação tão limitada apesar de pretenderem que não, (somos lá isso!!!! eu?! eu até sou tão moderno/a e tenho umas ideias tão avançadas, tolerantes e "giras"!) acabam por encontrar naquele/a amigo/a tão querido/a, que só vêm de quando em vez, um suporte para o seu egocentrismo. É que é tão fácil ser-se interessante por breves instantes para um rol de pessoas sempre diferentes.
Pois, pois... a eterna escolha. Ou o bem bom e o risco de cairmos de quatro (em sentido literal), ou a pasmaceira sentimental sem correr o risco de encontrar o "tal" amor. O gajo que inventou este dilema deveria sofrer algumas sevicias para saber como elas doem... Acima de tudo, acho que vale sempre a pena correr de bracos abertos para a aventura. Mas com cuidado... como diria o outro.
(havera alguma escolha para akeles q ja ha muito nao sabem o q 'e encontrar o amor ao virar da esquina?)
...Good Morninggggggggggggggggggg Maralhalllllllllllll!............. ...o meu habitual voto de BOM DIA à tutti, de repente, tornou-se num estridente grito de Robin Williams no seu Vietnam... ...há pouco, no noticiário da manhã da RTP 1 passavam imagens de Marlon Brando na sua interpretação no Apocalipse Now e no Godfather ...a que propósito vêm para aqui estas referências? ...e eu sei? ...apenas me apeteceu partilhar o que vi, o que senti neste momento aqui e agora com todos vós ... ...o amor é isso: partilhar na altura certa o ali e aquele momento ...que a aventura nos leve a ele? ...ou que ele nos leve numa aventura? ...mas, isso será importante? ...o importante é "la rose" ...o importante é o toque ...o importante é o olhar, o cheiro, a voz, o silêncio, o beijo, o abraço, a paz do sentir o ali e o momento, o ser e o estar, o ser-se um ser que é e que vive ...venha a aventura ...eu vou ...nunca tive medo do amor pela simples razão que amo, que sou ...vou
Os Drs ensinam-me mt coisa mas eu só sei 'fingir' que os percebo, como você bem entendeu. Coisa esta com que você, que não se lembrará, já me admoestou numa língua anglosaxónica que não sei ler. Por isso fui tão cuidadosa consigo.
Mas se eu não o(a) tinha compreendido antes, fiquei melhor agora. Como disse, V. começa "em aventuras ou sensações reais que (nos) conduzem à conceptualização de cenários - múltiplos - mais ou menos agradáveis, mais ou menor (in)verosímeis."
Embora nunca tenha experimentado nada agradável que fosse inverosímel, diria que este último conceito tem a ver com a pergunta que lhe fiz: até onde estamos dispostos a fingir? Assim, fico satisfeita com a resposta e ponto final.
Mas continuamos metidos numa grande 'alhada' porque acho que é de fingir que se trata quando hesitamos em 'amar' (como me parece pobre esta palavra ...).
Guardemo-nos para novos debates, se o(a) caro(a) ram quiser.
Circe, boa amiga da Natureza! As nabiças que me tens mandado são escassas mas tenho-as passado por alho frito e junto-lhes morcelas. Garota, vê lá se descansas mais e um abraço.
Sr/a Melga Era lá pessoa de fazer isso!!! longe de mim:)
Olhe e já agora e se não for pedir muito mande para aqui a chuva também. Se a vir por aí, não se esqueça de lhe dar o recado. É que uns terem tudo e outros nada, não me parece nada justo ;)
Ah, já me esquecia...peça, peça...é que ultimamente uma das prioridades do estado é essa mesma :)
Inda estamos a meio da caldeirada, mas o senhor de barbas aqui ao lado manda perguntar aonde, aonde é que pediram a Brigada das Nuvens, pois "ao dia 30 de cada mês tem que chover no país inteiro"...
Portanto, se o S. Pedro, até às 24h não nos abastecer, teremos que marcar uma audiência com Santa Bárbara...LOL
E agora, vou dormir a sesta ali debaixo de um chaparro;)
andorinha o Tsup (tão só um pai) tocou no ponto...CERTEIRO!
É que por mais liberdade que se dê ou deva de ter e sempre acreditei nisso... há em qualquer altura do "campeonato"... uma lágrima que cai... uma proibição...
Por acaso sucedeu-me exactamente o que ele no fundo comenta...
Tenho amigos (homens) com que já almocei N vezes... (é mais comum almoçar que jantar, lol... qd se é casado). Ciúmes? zero. E no entanto um dia, "aquela" pessoa não podia ser! Porque era um antigo namorado e alguém que tinha tido um papel importante na minha vida...
Não interessou se realmente era importante para mim ou não... A (ex) cara metade não queria e pronto... Teve dois lados MUITO negativos... aguçou a minha vontade de almoçar com alguém de quem gostara muito... e o facto de subitamente perceber a dimensão da minha prisão...
E fora eu a assiná-la... Com um sorriso...
Mas naquela fase chorei e muito e não foi o almoço proibído... porque qd queremos fazemos o que nos dá na telha... Foi o ter dado permissão a que me dissessem NÃO!
Volta para mim no silêncio da noite Volta no silêncio da voz de um sonho Volta com o rosto rosado, redondo, suave Com os olhos a brilhar como o sol sobre um ribeiro. Volta nas minhas lágrimas. Memória, esperança meu amor de tantos anos acabados. AML
Acabo de descobrir que tem um Blog e que me deixou deveras alegre....
No que concerne ao texto exposto no dia 29 de junho e que não corresponde ao dia de hoje, apetece-me dizer que os planos que nós fazemos para uma aventura podem ser alterados pelos planos que essa aventura nos reserva...
obs: eventualmente estas palavras nunca serão lidas.
48 comentários:
Senhore Dôtore Professore
Se o Senhore fôre como os murcõns das reflexõns desconexas nã terá problemas com o amôre.
Veja lá bem o descaramento deles para conquistar uma moça:
1º Passo – Vamos começar pelo início. A primeira acção a tomar é escolher a vítima.
2º Passo – Agora que está escolhida a vossa futura ex-mulher, vamos tratar da aproximação:
2º a - A fase da aparência.
2º b - A fase do ataque.
3º Passo – Chegados ao ponto em que ela vos deu bola, vamos tratar de a subjugar.
4º Passo – Já está na vossa mão, vamos agora subir-lhes, suavemente, para cima. Durante aquele jantar, digam-lhe que o motivo do afastamento que ela percebeu se deve à vossa insegurança.
5º Passo – A partir daqui não há volta a dar-lhe. Ela está, até ao casamento, subjugada. Podem ignorá-la de forma grosseira que ela, entre mais ou menos lágrimas, vos perdoará tudo.
6º e último Passo – Quando tiverem isto tudo, oficializem a coisa. E sejam felizes… ou assim.
Ou assim?
Prontos, mas não quero agora falar mais aqui da felicidade nem do amor cortês porque vão chover logo mais de 200 posts p'ra me fazer chorar.
Mas que isto é triste é, para qualquer moça séria e asseada, que ainda sonha com um amor desinteressado que não seja uma simples aventura.
Boa tarde Prof. JMV e maralhal
Hummm, I see, I see a pussycat;)
`
Por vezes a aventura, o envolvimento, uma nova paixão é muito tentadora. Mas quem já amou e sofreu por esse amor sabe que é sempre um grande risco.
Valerá a pena?
Depende de cada qual. Somos todos tão diferentes, tão vulneráveis. Há pessoas com maior sensibilidade do que outras. Umas que se deixam envolver mais do que outras. Umas que começam e não largam. Outras que mal começam, querem largar. Umas que nem valorizam esse sentimento tão nobre que é o amor.
Acho que o melhor ainda é ter os pés bem assentes na Terra.
Se eu me envolvesse numa "aventura" acabaria por vir a sofrer.
Porque as aventuras nunca acabam bem...
ou acabam?
Resumindo: É o amor que atemoriza.
O amor é uma libertação e não uma prisão, porque raio atemoriza tanto?
Boa tarde
Apesar de este não ser o local indicado, o desespero leva-me a utilzar o seu blog para um pedido de ajuda.
Alguem que me é muito proximo sofre de uma patologia (foro psiquiatrico) para a qual não encontro nenhum especialista em Portugal. Julgo não ser da area do Prof. mas talvez possa sugerir alguem.
Existe alguma hipotese de fornecer um email/morada para que lhe possa referir o nome e contornos da doença?
Muito obrigada.
YULUNGA,
muito obrigada pelos sites fornecidos mas continuo sem encontrar um especialista no tratmento.
Joanicapuff, de nada.
Ajudei como pude.
Olha, eu não sou barra nestas coisas de net, por isso também não sei como se acede a foruns sobre doenças.
Principalmente os americanos fazem muito esse tipo de partilha, incluindo associações, no que respeita a doenças raras.
Tenta ir a um chat de conversação e talvez um OP te ajude na forma de iniciares essa busca.
Fica a ideia. Não te sei dizer mais nada
O medo do amor aqui parece representar o receio pela dependência afectiva ou emocional que o amor suscita ou pelo compromisso que lhe está subjacente.
Nota-se a ambivalência em relação à aventura, tentadora, por ser efémera, mas também assustadora por poder estar "armadilhada" pelo amor.
Muitas vezes também pode haver temor pela aventura...por justamente não estar lá o amor. É uma armadilha diferente...
Impressionante como uma coisa tão bela, assusta tanto, tantas pessoas...é quase como a mais bela flor que tem um odor tóxico...Um abraço* *
...ao amigo Prof Júlio:
...a dúvida instala-se-me em relação ao título do post: porquê o "efémero armadilhado"?
...não sei se na obra do Ballester, isso estará explicado porque não li
...porém, se a frase é da mente JMV indago porquê?
...há uma ambivalência de temor ao amor; de "encontrar" o amor; leio que não é o amor que mete medo mas sim o "encontrá-lo"...será?
...porém
...será que o amor é sempre efémero e daí uma "armadilha"? E daí o tal efémero armadilhado?...
...a minha experiência (e amores foram tantos, tantos, tantos...) diz-me que há algo de terrível nessa alusão, pois, na verdade, o amor torna-se efémero e quem "cai" nele, ou melhor, quem o "encontra" "cai" numa armadilha exactamente por ser algo que não vai perdurar, vai ser efémero e um dia se vai esfumar
...Profe: estou com curiosidade
...pode a mesma ser-me saciada?
:)
Este post pôs-me com a pilinha dura.
Olá Júlio e maralhal!
Lobices,
Para mim o título do post " o efémero armadilhado" significa a aventura que poderá levar ao amor.
Se só se pretende uma aventura mas se depois alguém se vê enredado nas malhas do amor é como se esse alguém sentisse que tinha sido apanhado numa armadilha porque não era isso que pretendia.
"...não é o amor que mete medo mas sim o encontrá-lo".
Não tenho a mesma opinião. Acho precisamente que é o amor que mete medo, o medo do envolvimento, da dependência afectiva do outro, do abdicar duma certa liberdade e de deixar de se sentir tão livre para procurar outras aventuras.
Por isso a procura do efémero, da aventura.
Quanto ao resto concordo contigo - o amor só é eterno enquanto dura.
Mas mesmo assim é bom "cair" nessa armadilha, diz lá.:)
Numa aventura, a regra para as expectativas será a do "não compromisso". É suposto ter, como prazo ou vida útil, o do dia seguinte, altura em que poderá ser, ou não, renovada por comum acordo. Quem tem medo da aventura, ou sabe que quer, ou gostava de ter, mais o que isso, com a outra pessoa, ou, à partida, já está aberto a algo mais do que uma simples aventura. Aí, o jogo já não é o da aventura, mas o do amor, em que são precisos dois para dançar o tango, e com todos os "riscos" que lhe possam estar associados.
O efémero armadilhado do D. Juan... o feitiço a virar-se contra o feiticeiro... ;)
Boa tarde JMV e maralhal,
JMV: Gostei muito do título do post. Conseguiu exprimir perfeitamente o conteúdo em duas palavras.
Lobices: Também não li o livro, mas se se chama Don Juan, compreende-se que o protagonista fuja de qualquer relação na qual ele seja a presa e não o predador (do ponto de vista dele).
Andorinha: Concordo contigo que "o medo do envolvimento, da dependência afectiva do outro" afecta muita gente, de ambos os sexos.
Back with mouse
(não que interesse a alguém mas é que comentar aqui sem mouse é uma imensa e enorme treta...)
...
até deixei a circe sem uma resposta a uma pergunta que me fez... se não houve mais alguém...
Mas lá irei ao blog dela...
...
Olá gente... mais calminhos?
Algo me diz q o post anterior deu que falar :) Lá irei...
Já tinha saudades da aqui cuscar...
---
O AMOR mete medo quando no fundo, no fundo sabemos que não o é... Que o que está ali é um jogo. A paixão de jogar com os instintos que transformamos em falso amor...
AMOR é paz...
mais uma vez o comprovo...
medo? Sim.. algum...
mas nada daquele medo de se estar a jogar ao gato e ao rato...
AMOR... pode ser tudo... mas sobretudo é VIVER/SENTIR, mesmo não estando presente... É saber que o mundo é redondo que isso nos desiluda... são as banalidades transformadas em sorrisos...
A batalha é não deixá-lo morrer... não porque o amor esteja votado à morte mas pq o ser humano gosta de matar o que o rodeia. E é essa irresistível alma homicida que nos habita... que nos armadilha a vida.
PS: andorinha
sim... é quando se jura entrega eterna que por vezes nos sentimos mais presos...
Já não é estar em casa da mãmã ou do papá... ou no emprego de que não se gosta... e se pode largar tudo...
É dia em que te apetece ir jantar com um amigo/a e a "aliança" te impede... to diz na cara... e to proíbe... Aí podem cair as lágrimas pela prisão em que existes... A que te entregaste...
Malditas ambivalências...
Tal como no diálogo entre Néstor e Uxío (Ballaster, "Eu, Não sou Eu evidentemente"), penso que também ao amor se aplica: "não esqueças que a lógica vai do real ao inverosímil e do irreal à realidade".
Inúmeros irreais...
... possíveis realidades!
No início e no fim.
Boa noite Maralhal e Professor
Eu diria mesmo que o efémero está sempre armadilhado. Ás vezes temos a pretensão, mas não passa disso, de que é o contrário. Dizemos que tudo é efémero mas não é. Eu diria que tudo é cíclico...o tal mito do eterno retorno.
Escrevinhador eu acrescentaria que ele é um fraco.
Sr ram das 9:37
Se porventura eu o tivesse percebido e se o Sr admitisse que mereceria interpelá-lo, dir-lhe-ia que me pareceu ter-se referido ao único 'suspense' que resta na vida da aventura amorosa dos nossos dias, que é, como diz o Sr Baudrillard, o de saber até onde o mundo se pode desrealizar antes de sucumbir ao seu demasiado pouco de realidade, ou inversamente, até onde ele se pode hiper-realizar antes de sucumbir sob o excesso de realidade.
Trocando todo este discurso por miúdos, até onde estamos dispostos a fingir?
JMV
Deveria ter-me cingido à sua interpelação e tê-lo cumprimentado em primeiro lugar - desculpe-me a incorrecção.
A propósito do Ballester, só me ocorre perguntar até que ponto será 'possível' fingir o amor.
subscrevo :-)
raquel v.
Não concebo essas prisões.
Não me passa sequer pela cabeça que queira ir jantar com um amigo e alguém o proíba.
Nunca estaria numa relação assim.
A minha liberdade é mais valiosa do que tudo o resto.
As amarras podem-se sempre cortar.
Como é que se suporta viver numa prisão?
"É dia em que te apetece ir jantar com um amigo/a e a "aliança" te impede... to diz na cara... e to proíbe..." Desde quando uma "aliança" impede alguém de, mais ou menos, cobardemente "pular a cerca"? Nunca. Apenas a nossa consciência pode fazer isso.
Boa noite Maralhal e Professor
Fiquem bem :)
Que melgas, apre! Porque será que as pessoas não contêm a verborreia e escrevem "qualquer coisismo" nestas caixas de comentários??
Olha, hoje apareceu o desinfestador antes de mim!?
Bom, agora só tenho que abrir as janelas para arejar o cheirete do dum dum
até amanhã
Exma. Sra. D. Dra. Prof.ª Ester,
"Se porventura eu o tivesse percebido e se o Sr admitisse que mereceria interpelá-lo..."... confesso que agora quem não percebeu fui eu!
Principalmente a parte referente a admitir merecer se interpelado.
Mas pronto...
Quer que eu explique a minha visão?
pois bem...
Muitas vezes - não gostos de afirmações absolutas - o amor começa em aventuras ou sensações reais que nos conduzem à conceptualização de cenários - múltiplos - mais ou menos agradáveis, mais ou menor (in)verosímeis.
Chame-lhe, se quiser, uma conceptualização de quimeras, baseada nas vivências sensoriais do primeiro molhar dos pés nas águas profundas dos afectos.
A passagem à prática, todavia, devolve-nos à/a realidade, que tanto pode confirmar as conceptualizações ou negá-las.
Chamemos-lhe "a dialéctica do amor"...
... no tempo
... e no espaço!
Fui claro?
Ai o caraças, k tou com falta de percebas ou quê, carago? Mas o quéqsepassaki, carago?
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE???
Ai a minha sorte, ke o tasco´tá bazio a esta hora, TENHO K MUDAR DE BIDA OU Kê?
´Ai ke me tou a passar, bou prá zona, ke aki num dá, carago, é só intelectuais e o camandro, uma gaija aki num factura a ponta dum corno, demais a mais c'as brasukas né? me liga, vai? ai triste portuga estúpida naïf que nunca vai desistir de SONHAR VIVER ACORDAR SENTIR , mas nem ponta de noise, um contraditoriozito nada népia, tudfo a dormir ou o kê?
PORRA, EU TENHO A MORTE TODA PRA DORMIR!
PORRA, Is anybody outhere?....:(
Is anybody out there?
PINK FLOyD
Of course, everybody is normal but you, everything but the girl !
Eu só quero saber em qual rua
minha vida vai encostar na tua
Ana Carolina
Só quem não ama é que não sente um aperto no coração, quando o/a seu/sua "aliançado/a" vai jantar com o antigo namorado/a a sós. O que terão eles para falar que o/a outro/a não possa ouvir? Segredos?
Bom dia Maralhal e Professor
Tão só, um pai ...hoje não lhe chamam segredos, serão apenas confissões...é que não se pode "conversar" com a pessoa que se tem ao lado, já se perdeu a "pica" porque hoje vive-se só disso, da tão afamada "pica". E como cada vez mais as pessoas são "quadradas" e com uma imaginação tão limitada apesar de pretenderem que não, (somos lá isso!!!! eu?! eu até sou tão moderno/a e tenho umas ideias tão avançadas, tolerantes e "giras"!) acabam por encontrar naquele/a amigo/a tão querido/a, que só vêm de quando em vez, um suporte para o seu egocentrismo. É que é tão fácil ser-se interessante por breves instantes para um rol de pessoas sempre diferentes.
Pois, pois... a eterna escolha. Ou o bem bom e o risco de cairmos de quatro (em sentido literal), ou a pasmaceira sentimental sem correr o risco de encontrar o "tal" amor.
O gajo que inventou este dilema deveria sofrer algumas sevicias para saber como elas doem...
Acima de tudo, acho que vale sempre a pena correr de bracos abertos para a aventura. Mas com cuidado... como diria o outro.
(havera alguma escolha para akeles q ja ha muito nao sabem o q 'e encontrar o amor ao virar da esquina?)
Circe, imagino que os seus "pacientes" sejam uns mártires ;)
...Good Morninggggggggggggggggggg
Maralhalllllllllllll!.............
...o meu habitual voto de BOM DIA à tutti, de repente, tornou-se num estridente grito de Robin Williams no seu Vietnam...
...há pouco, no noticiário da manhã da RTP 1 passavam imagens de Marlon Brando na sua interpretação no Apocalipse Now e no Godfather
...a que propósito vêm para aqui estas referências?
...e eu sei?
...apenas me apeteceu partilhar o que vi, o que senti neste momento aqui e agora com todos vós
...
...o amor é isso: partilhar na altura certa o ali e aquele momento
...que a aventura nos leve a ele?
...ou que ele nos leve numa aventura?
...mas, isso será importante?
...o importante é "la rose"
...o importante é o toque
...o importante é o olhar, o cheiro, a voz, o silêncio, o beijo, o abraço, a paz do sentir o ali e o momento, o ser e o estar, o ser-se um ser que é e que vive
...venha a aventura
...eu vou
...nunca tive medo do amor pela simples razão que amo, que sou
...vou
Maralhal,
hoje tirei o dia para ser a melga de serviço; embora fora de casa, virei aqui espreitar hummm de 3 em 3 h+ ou-
Já tou a ouvir alguns de vós: já não me bastava o dia chuvoso, uma desgraça nunca vem só...
Maite,
Não me desvie a clientela, olhe que terei que ir pedir um subsidiozito ao Estado;)
Preza díssimo(a) ram
Os Drs ensinam-me mt coisa mas eu só sei 'fingir' que os percebo, como você bem entendeu. Coisa esta com que você, que não se lembrará, já me admoestou numa língua anglosaxónica que não sei ler. Por isso fui tão cuidadosa consigo.
Mas se eu não o(a) tinha compreendido antes, fiquei melhor agora. Como disse, V. começa "em aventuras ou sensações reais que (nos) conduzem à conceptualização de cenários - múltiplos - mais ou menos agradáveis, mais ou menor (in)verosímeis."
Embora nunca tenha experimentado nada agradável que fosse inverosímel, diria que este último conceito tem a ver com a pergunta que lhe fiz: até onde estamos dispostos a fingir? Assim, fico satisfeita com a resposta e ponto final.
Mas continuamos metidos numa grande 'alhada' porque acho que é de fingir que se trata quando hesitamos em 'amar' (como me parece pobre esta palavra ...).
Guardemo-nos para novos debates, se o(a) caro(a) ram quiser.
Circe, boa amiga da Natureza!
As nabiças que me tens mandado são escassas mas tenho-as passado por alho frito e junto-lhes morcelas. Garota, vê lá se descansas mais e um abraço.
Eu não lido com "pacientes",
só com "impacientes" ;)
Não há qualquer conflito de interesses, perdão, freguesia...LOL
Desculpem, eu sou a circe-naïf e volto depois de almoço (é uma ameaça, pois...)
Sr/a Melga
Era lá pessoa de fazer isso!!! longe de mim:)
Olhe e já agora e se não for pedir muito mande para aqui a chuva também. Se a vir por aí, não se esqueça de lhe dar o recado. É que uns terem tudo e outros nada, não me parece nada justo ;)
Ah, já me esquecia...peça, peça...é que ultimamente uma das prioridades do estado é essa mesma :)
Prezadíssim(a) Ester,
Eu já a admoestei numa língua anglosaxónica que não sabe ler.
Eu?
Logo eu, que não sou de admoestar ninguém?
disse.. "é de fingir que se trata quando hesitamos em 'amar'"
Discordo! Não penso que seja fingimento... Medo, talvez! muitas vezes resultante da projecção de passados no presente.
Ora bem,
Inda estamos a meio da caldeirada, mas o senhor de barbas aqui ao lado manda perguntar aonde, aonde é que pediram a Brigada das Nuvens, pois "ao dia 30 de cada mês tem que chover no país inteiro"...
Portanto, se o S. Pedro, até às 24h
não nos abastecer, teremos que marcar uma audiência com Santa Bárbara...LOL
E agora, vou dormir a sesta ali debaixo de um chaparro;)
andorinha
o Tsup (tão só um pai)
tocou no ponto...CERTEIRO!
É que por mais liberdade que se dê ou deva de ter e sempre acreditei nisso... há em qualquer altura do "campeonato"... uma lágrima que cai... uma proibição...
Por acaso sucedeu-me exactamente o que ele no fundo comenta...
Tenho amigos (homens) com que já almocei N vezes... (é mais comum almoçar que jantar, lol... qd se é casado). Ciúmes? zero. E no entanto um dia, "aquela" pessoa não podia ser! Porque era um antigo namorado e alguém que tinha tido um papel importante na minha vida...
Não interessou se realmente era importante para mim ou não...
A (ex) cara metade não queria e pronto...
Teve dois lados MUITO negativos... aguçou a minha vontade de almoçar com alguém de quem gostara muito...
e o facto de subitamente perceber a dimensão da minha prisão...
E fora eu a assiná-la...
Com um sorriso...
Mas naquela fase chorei e muito e não foi o almoço proibído... porque qd queremos fazemos o que nos dá na telha...
Foi o ter dado permissão a que me dissessem NÃO!
Volta para mim no silêncio da noite
Volta no silêncio da voz de um sonho
Volta com o rosto rosado, redondo, suave
Com os olhos a brilhar como o sol sobre um ribeiro.
Volta nas minhas lágrimas.
Memória, esperança meu amor de tantos anos acabados.
AML
E que mal tem uma aventura romântica?
Porquê querer mudar tudo sem mudar nem arriscar nada?
Incapacidade de criar elos emocionais ou medo de dependências afectivas, desencontros e desencantos?
AML
"Se pudesse voltar atrás varia as coisas de forma diferente...
Espero que um dia me perdoes."
Acabo de descobrir que tem um Blog e que me deixou deveras alegre....
No que concerne ao texto exposto no dia 29 de junho e que não corresponde ao dia de hoje, apetece-me dizer que os planos que nós fazemos para uma aventura podem ser alterados pelos planos que essa aventura nos reserva...
obs: eventualmente estas palavras nunca serão lidas.
Enviar um comentário