sexta-feira, setembro 16, 2005

Rosalía.

Vou para a Galiza escrever. Logo:

As de Muros, tan finiñas
que un coidara que se creban,
c'aquelas caras de virxe,
c'aqueles cabelos longos
xuntados en longas trenzas,
c'aqueles cores rousados
cal si a aurora llos puñera,
pois así son de soaves
como a aurora que comenza;
...

Rosalía de Castro, Poesías.

51 comentários:

Anónimo disse...

Prof.

A angústia de ontem passou cá para este lado. Galiza! Como diz o outro, já fui muito feliz na Galiza.

Julio Machado Vaz disse...

Rataplan,
Eu também. E o oposto...

andorinha disse...

Bom dia Júlio,

Vai para a Galiza escrever e leva a Rosalía como companhia?
Não está mal pensado, não senhor.:)
Que melhor cenário para a sua escrita? "Muros" e mulheres são sempre uma fonte de inspiração para qualquer escritor.
Penso que fez uma boa opção.:)

Até mais logo.

andorinha disse...

rataplan,

Bom dia.
Peço desculpa. Só cumprimentei o Júlio porque quando fiz o meu comentário ainda não tinha visto o teu.

Helena disse...

deve estar fresquinho, na galiza
:)

Anónimo disse...

Prof.

Boa escrita pela Galiza!
Cuidado com as niñas! Devem estar desejando amenizar a sua angústia)))

Saudações.
Débora

Anónimo disse...

DÉBORA
tens resposta no post anterior.

Anónimo disse...

"se creban"? O que é isto?

O resto ainda invento perceber, tendo em conta as semelhanças linguísticas ...

Pois, o que interessa é o nosso amigo Júlio ir dar uma volta ás virgens loiraças e "fininhas" (serão magrinhas?) que se "creban" (???) lá para Muros, algures na Galiza.

"Fininhas", ou não, o importante é serem loiraças e virgens.

Seu malandro insatisfeito ...!

Julio Machado Vaz disse...

Fugido,
Obrigado pelo optimismo a meu respeito:), Creban - quebram.

Anónimo disse...

A música está a arrancar com um "lag" enorme. É cada susto! :)

Anónimo disse...

Olá murcons

Voltando à conversa de ontem (abordar as figuras públicas), à bocado passei pelo Benni MacCarthy e ele cumprimentou-me. Será que sou uma figura pública e não sei?
LOOOOOOOOOOOOOOOL

RAM disse...

Quanta inveja.... escrever em terras para onde D. Afonso Henriques se esqueceu de ir. :((((((((

Anónimo disse...

RATAPLAN
Vais ver, o moço gostou do teu penteado:))))))))

Anónimo disse...

Lúcia,
É, parece que ele tem um gosto especial por penteados!)))))

Anónimo disse...

Cara Rataplan,

Decididamente você é uma figura pública:
1º- Foto no blog do "Murcon"
2º- "Passa" habitualmente pelo Anfitrião
3º- E agora o MacCarthy...
... não há dúvidas...

Anónimo disse...

pois eu também já fui muito feliz na galiza e ainda tenho costela gallega, sim, que me orgulho muito sofialisboa

Anónimo disse...

Meu caro professor,

Que da Galiza lhe cheguem bons pensamentos...

plim

Anónimo disse...

Anti-ram,

Tem razão! E já não estou a lidar bem com tanta exposição. Acho que me vou retirar por uns tempos. Galiza me aguarde!

Anónimo disse...

Lúcia e Rataplan,

Parece que ele prefere as cabeleireiras aos penteados:((((((

Anónimo disse...

Rataplan,

Não há necessidade de se retirar para a Galiza...
... a não ser que pretenda continuar lá a sua saga de contactos famosos :))))))))))))))))

Anónimo disse...

Elizabeth Olá Rataplan Como tem passado. Não sabia da sua fama. E eu que estive sempre ao seu lado no jantar . Não se pegou nada. Ah Ah Ah Ah Ah
Um Abraço

Pamina disse...

Boa tarde a todos,

JMV: Boa viagem e boa vistas:) na Galiza.
Deixou-nos um extracto muito belo deste poema. Vou colocar aqui a parte completa relativa a Muros. Espero que não leve a mal. (Não lhe estou a chamar preguiçoso).

As de Muros, tan finiñas,
que un coidara que se creban,
c'aquelas caras de virxe,
c'aqueles ollos de almendra,
c'aqueles cabelos longos
xuntados en longas trenzas,
c'aqueles cores rousados
cal si a aurora llos puñera,
pois así son de soaves
como a aurora que comenza;
descendentes das airosas
fillas da pagana Grecia,
elas de negro se visten,
delgadiñas e lixeiras,
refaixo e mantelo negro,
zapato e media de seda,
negra chaqueta de raso,
mantilla da mesma peza,
con terciopelo adornado,
canto enriba de si levan;
fillas de reinas parecen,
griegas estatuas semellan
si a un raio de sol poniente
repousadas se contempran;
ricos panos de Manila,
brancos e cor de sireixa,
crúzanse sobre o seu seio
con pudorosa modestia,
e por antre eles relosen,
como brillantes estrelas,
aderesos e collares
de diamantes e de pelras,
pendentes de filigrana
e pecluiguiñas de cera.

MARALHAL: Bom fds para vocês. Espero que aproveitem bem estes últimos dias de Verão.

Anónimo disse...

A Rosalía, parece que ainda está, ou não? na Praça Gomes Teixeira. Ou será que foi apeada pelo lobby do granito e do bidé da Dama do Lago (Cordoaria)?

Anónimo disse...

Correcção 3.16

há bocado ... foi da emoção, desculpem!loool

Anónimo disse...

"Esta música está cá a dar-me umas saudadis do Brasili."

Se me permites Porty, tomo estas músicas lindas como o meu grito de protesto contra o calor do verão, que teima em nos querer abandonar e deixar-nos à nossa fria sorte.

Protesto. Pronto!

Só lhe perdou se ele prometer trazer chuva

Anónimo disse...

UPS!

escrevi perdou em vez de perdoo

Sorry

Anónimo disse...

Boa tarde!
Prof.,
se a estátua (pr.Galiza) lhe servisse de inspiração, teria muito gosto em oferecer-lhe um café ;)
Bom trabalho e bom fim de semana aos restantes murcões.

Anónimo disse...

Dão-se alvíssaras! Onde estão o Príncipe Noise e o saleroso Manolo Heredia?
Davam sainete a isto!...

Anónimo disse...

Boa tarde maralhal.
Não tenho poesia galega para partilhar.
O poema só fala de mulheres.
Sei lá eu o que comentar.
Que é bonito, pronto e intenso.
:(

. disse...

Professor, cuidado com as meigas, não lhe vão roubar a inspiração ;)

RAM disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
RAM disse...

Caro Anfitrião,

Como eu o entendo.
Depois de ter assistido ontem, com terrível asco, a mais um episódio do crescente lodaçal em que se tem vindo, ano após ano, a transformar a política (portuguesa e não só), também eu gostaria de procurar/encontrar repouso na Finisterra.
Não sendo nem de Lisboa, nem me revendo na ala direita da arena política, só posso lamentar o triste comportamento de um "ser" que juntou à sua mais idiossincrática arrogância a mais elementar falta de educação.
Minha avó sempre me ensinou: "A saudação não se nega a ninguém".
No meio de tanta "revista cor-de-rosa" esqueceram-se de trazer o chá. Que falha tão elementar.
Junte-se a isto a COMPLETA ausência de uma visão, um plano de urbanidade por parte de qualquer um dos intervenientes.
Ordinários? Sim. Não no sentido pejorativo/insultuoso da palavra, mas no que a mesma encerra na sua essência: "ordinariu": vulgares.
Assim foram, nas ideias e nas posturas.
Ou me engano muito ou a "Zézinha" ainda vai vingar o Abecassis.

_Stardust_ disse...

Boa noite, Prof. e maranhal!

São incríveis as características comuns entre portugueses e galegos. A própria cadência da língua bebe da mesma melancolia...
Ainda que aqui em Espanha sejam um pouco vetados ao ostracismo, não como terra (dizem...), mas como gente. Uma pena...

Do poema... um miminho!

:)

_Stardust_ disse...

Beba também da gente, professor, e disfrute por terras galegas! :)

amok_she disse...

Caro Ram, agradecendo a gentileza -;-) - deixo umas palavritas cop&pastadas, pq as minhas geram sempre anticorpos por aqui!:->

Assim sendo, do Ma_schamba q tem sempre a palavra certa e certeira para este pagode português...estou a imagina-lo a criticar o dois "senhores" q tão belos mimos se ofereceram...:->

«(...)Agora todos esses, pomposos, neuróticos (um bloguista é, obviamente, um neurótico, que não faz desporto, não lê, fode pouco e bloga)*, que vão discursando sobre poderes variados que julgam ter (...)mas esses caralhos que andam para aí a julgarem não sei o quê, dizerem-se isto e aquilo. Que vão, sitemeter ou weblizer, levar no cu.

O Ma-schamba emigra. De vez.

O machambeiro, 6 da manhã, concerto dos ghorwane antes, metaforicamente vomita. Mero nojo. E diz, fel e bilis, Viva Espanha. Ainda que sabendo que não lhe serve de nada. Mas foda-se, merda de país, merda de patrícios.»

Publicado por jpt às agosto 27, 2005 06:16 AM


(*e quem diz um, diz uma...digo eu, claro!:->)

Anónimo disse...

RAM 10:04 PM

"Não sendo nem de Lisboa, nem me revendo na ala direita da arena política, só posso lamentar o triste comportamento de um "ser" que juntou à sua mais idiossincrática arrogância a mais elementar falta de educação."

O "artista" que referes, sem designar o seu nome, é o único candidato à CML que não nasceu em Lisboa. Só por isso, dificilmente lhe daria o meu voto... Mas agora é que nunca !

Anónimo disse...

UN CANTO A GALICIA

Eu queroche tanto,
e ainda non o sabes...
Eu queroche tanto,
terra do meu pai.

Quero as tuas ribeiras
que me fan lembrare
os teus ollos tristes
que me fan chorare.

Un canto a Galicia, hey,
terra do meu pai.
Un canto a Galicia, hey,
miña terra nai.

Teño morriña, hey,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares.

Eu queroche tanto,
e ainda non o sabes...
Eu queroche tanto,
terra do meu pai.

Quero as tuas ribeiras
que me fan lembrare
os teus ollos tristes
que me fan chorare.

Un canto a Galicia, hey,
terra do meu pai.
Un canto a Galicia, hey,
miña terra nai.

Teño morriña, hey,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares.

Teño morriña,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares...

De eses teus lares...
De esos teus lares...

¡Teño morriña!
¡Teño saudade!

Un canto a Galicia, hey,
terra do meu pai.
Un canto a Galicia, hey,
miña terra nai.

Teño morriña, hey,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares.

Un canto a Galicia, hey,
terra do meu pai.
Un canto a Galicia, hey,
miña terra nai.

Teño morriña, hey,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares.

Teño morriña, hey,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares.

Teño morriña, hey,
teño saudade,
porque estou lonxe
de eses teus lares.

RAM disse...

Caro Fora-da-Lei,

Como imaginará, a não referência ao nome do "artista", ou "artistas", não teve como móbil uma qualquer insondável ou recondita segunda intenção. Deveu-se somente ao facto de serem, AMBOS, por demais - DEMAIS MESMO - conhecidos.
Um dá pelo nome de Manuel Maria "O Arrogante FIlósofo" Carrilho, filho de um insigne autarca de Viseu. O outro é familiar do Marechal Carmona.

amok_she disse...

...se nas grandes cidades só se votasse em canditos "nascidos e criados" nas ditas...não havia votos, ou candidatos...pois se eles já se deslocam para as pequenas "urbes"...é a leio do "polvo"...:->

Anónimo disse...

40 comentários! As audiências andam mal! É o que dá o Dr. Murcon trocar-nos pelos nostros irmanos ou irmanas.

naoseiquenome usar disse...

:))))))))))))))))))))) Secundo a opinião do orador anterior!......... Boas leituras e boa escrita JMV!

RAM disse...

Estou surpreendido...
Será que os Murcoñes têm algo contra a "Galicia"? Ou será contra a nossa Rosalía (sim, porque ela até tem uma estátua no Porto)?

Anónimo disse...

Lúcia,

Já li o teu comentário no post de ontem. Muito simpático!
Obrigada

Fugido,

"Fininhas", ou não, o importante é serem loiraças e virgens.

Fininhas não, que o Prof. já assumiu publicamente que não gosta de mulheres tipo "cabide". Ele gosta delas tipo Juliette Binoche, conforme sabemos ...

Saudações,
Débora

Anónimo disse...

Alvíssaras,

"Onde estão o Príncipe Noise e o saleroso Manolo Heredia?"

Também faltou o Lobices, por exemplo.
Será que foram todos para a Galiza com o Prof.?

Saudações,
Débora

Sergio Figueiredo disse...

Galiza? Martin Codax:

Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amado,
por que hei gran cuidado!
E ai Deus, se verrá cedo!

RAM disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Tinha-me esquecido do habitual:
Até amanhã maralhal.
Boas blogadas.

O que me vale é que ponho sempre o despertador a tocar para um eventual SOS.

CLÁUDIA disse...

Então boa viagem Professor... Nós cá ficamos a aguardar ansiosamente os resultados da escrita. :)))

Bom fim de semana para todos os Murcons!!!

Vera_Effigies disse...

Ao contrário do Dr. JMV eu rumo ao Porto por umas horas...E como mar para mim é paz e devaneio, um qualquer bar da praia dos ingleses e ...voo como as gaivotas ...

Sedientas las arenas, en la playa
sienten del sol los besos abrasados,
y no lejos, las ondas, siempre frescas,
ruedan pausadamente murmurando.
Pobres arenas, de mi suerte imagen:
no sé lo que me pasa al contemplaros,
pues como yo sufrís, secas y mudas,
el suplicio sin término de Tántalo.

Pero ¿quién sabe...? Acaso luzca un día
en que, salvando misteriosos límites,
avance el mar y hasta vosotras llegue
a apagar vuestra sed inextinguible.
¡Y quién sabe también si tras de tantos
siglos de ansias y anhelos imposibles,
saciará al fin su sed el alma ardiente
donde beben su amor los serafines!



Como não podia deixar de ser, lá fui eu em busca da Rosália...
Abençoado google :o)


Bom fim de semana para todos.
Divirtam-se

MJ

Anónimo disse...

Bolas!! que uma pessoa sai uns diazitos de casa e vocês ganham caminho a valer...tou há mais de meia hora a actualizar-me nas "morconices" :)
Mas pelo menos é meia hora de puro prazer ;)

Tive a liberdade de visitar o blog das fotos do jantar (fui demasiado abelhuda???)...sim senhor, aquilo é que foi um "cunbíbio"!!

Fiquei agradavelmente surpreendida quando vi que quase todos deverão ser (pq ia ficar mal eu dizer logo que são, hehehe)mais velhos que eu...hehehe, eu e os meus "inocentes" (é preferível que os papás pensem assim!) 23 anos!

But no problem at all! Sempre me dei com pessoas mais velhas. E agora entendo porquê: é que elas sempre têm alguma coisa interessante para dizer!

Obrigada "maralhal"!(ups...será que tenho intimidade suficiente para usar o termo?)

Afinal de contas o mundo não tem só pessoas que nos julgam pela cor das sapatilhas...
Afinal de contas, ouvir é tão gostoso como falar...

:)

Julio Machado Vaz disse...

Iuri,
Maralhal é termo comunitário, sirva-se. E nós não dizemos nada aos pais:).