"A administração de George W. Bush admite lançar bombardeamentos maciços contra o Irão, incluindo nucleares, para destruir uma instalação suspeita de fabricar armas atómicas, afirma a revista New Yorker.
Segundo a revista, Bush e outros responsáveis da Casa Branca consideram o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad como um Adolf Hitler em potencial.
«É o nome que eles utilizam», escreve o jornalista Seymour Hersh, autor do artigo, citando um antigo alto responsável dos serviços secretos norte-americanos.
Um conselheiro do Pentágono afirma por seu turno, sob anonimato, que «a Casa Branca considera que a única maneira de resolver o problema é alterar a estrutura do poder no Irão, e isso quer dizer a guerra».
O antigo responsável dos serviços de informações descreve os preparativos como «enormes», «febris» e «operacionais», precisa Seymour Hersh.
Um antigo responsável da Defesa indica que os preparativos militares são fundados na crença de que «bombardeamentos no Irão humilhariam a direcção religiosa e conduziriam a população a revoltar- se e derrubar o governo», escreve ainda o New Yorker.
Nas últimas semanas, o presidente Bush iniciou discretamente uma série de discussões sobre planos para o Irão com senadores e membros da Câmara dos Representantes.
Uma das opções encaradas compreende a possível utilização de armas nucleares tácticas de destruição de arsenais como o B61-11, com o fim de destruir a principal unidade de produção nuclear iraniana situada em Natanz, acrescenta a revista.
Mas o antigo responsável dos serviços secretos afirma que a opção nuclear provocou discórdia nos meios militares e certos oficiais já falaram em demitir-se se a opção nuclear não for excluída.
«Existe nos militares um forte sentimento de oposição à utilização de armas nucleares contra outros países», acrescenta a New Yorker, que cita um conselheiro do Pentágono.
Este conselheiro considera que um bombardeamento do Irão poderia provocar uma «reacção em cadeia» de ataques contra os interesses e os cidadãos dos Estados Unidos no mundo e poderia reforçar o Hezbollah.
«Se o fizermos, a metade sul do Iraque inflamar-se-á», disse este conselheiro à New Yorker."
Diário Digital / Lusa
08-04-2006 12:00:132
8 comentários:
Boa tarde.
Podem-me acusar de anti-americanismo primário que não me importo.:)
Cada vez tenho menos paciência para aturar as "belas iniciativas" de Bush e companhia.
Pelos vistos não lhes chega a situação que criaram no Iraque, querem repeti-la no Irão.
Os polícias do mundo, sempra alerta...só não estão alerta em relação a eles próprios.
andorinha 7:45 PM
És uma anti-americana primária. Acho muito bem que o Bush dê cabo desses monhés todos... ;-))
Fora de lei,
Estava a ver que o maralhal tinha ido todo de férias.
Esta gente é muito galdéria.:)))
Que estranhos somos!
Que tal um campo de guerra onde se debatessem unica e exclusivamente os promotores da discórdia, e em que só os seus muitos bens materiais fossem negociáveis.
A evolução da História está a séculos-luz das setas direcionais que emergem todos os dias da Ciêcia e Tecnologia. Sobrevivem os vampiros de ouro negro cada vez mais facilmente identificávies por de trás dos disfarces demagógicos.
Ainda diziam mal do outro!(do que promoveu campanhas de detergentes de nódoas orgânicas)
Alo Alo
Estou em viagem...lamento não responder ao texto pois estou sem acesso à net.
Apenas gostaria de deixar lembranças...mas regresso breve :)
Isto é o manicómio no poder. E nós no meio a apanhar com os doidos.
Tem toda a razão. Os americanos não são donos do Mundo. Já é tempo de ganharem juizo. Assuntos destes devem ser tratados nos locais e sedes próprias.
Neste comentário não quero misturar, mas o Prof. já deve adivinhar a que me refiro. O Sousa explica-lhe.
Como o Professor é como o Vasco Pulido Valente e não gosta de Coimbra, votou-nos ao abandono e nada de fazer por cá 1 lançamento de “O Tempo dos Espelhos”. De maneira que lá parti eu em busca do livro, resignada com a sorte de não lhe poder cravar1 autógrafo.
Tinham-me dito que o livro estava no Continente, mas não estava nada. Passei por lá, esbarrei com o João Carlos Silva, autor do "Na Roça com os Tachos", a lançar e autografar a 5ª edição do seu livro (ele há fenómenos inexplicáveis, mas o que é isso ao pé da Margarida Rebelo Pinto?!). Lá fugi sorrateiramente (eu sou pouco de culinárias…mas, mesmo assim, sou mais livros Vaqueiro e Maria de Lourdes Modesto) e iniciei a minha busca. Mas nada. Nada de nada. Pedi a ajuda da menina de serviço, silabei pausadamente o nome do livro e do autor, mas ela nem me deixou acabar: Júlio Machado Vaz, pois claro (o nosso Prof. é 1 fenómeno mediático, está visto). E pronto: ali não havia rasto. De caminho, ainda no Coimbra Shopping, parei na Bertrand. Nada! Daí, fui corrida para a filial do Dolce Vita, e aí sim, dou finalmente com a pilha de exemplares ordeiramente expostos, como um tabuleiro de trufas de chocolate numa pâtisserie do tempo da Sagan. Ao lado, o tabuleiro das gomas picantes do Jorge Luís Borges. Boa companhia!
E assim foi a minha caçada ao D. Sebastião! Tarefa difícil, esta de fazer-me impermeável às bocas do filho mais novo, tentando saber se o livro era para algum trabalho urgente, dada a insistência na obtenção da presa…. Santa ingenuidade.
Mas pronto, já o tenho!!! A capa está muito gira, e o efeito de reflexo, na contracapa, mto bem achado. Agora olho para ele com pena…. Já sei que o vou ler num ápice, não vou resistir. Mas as coisas boas da vida são assim mesmo: duram pouco tempo, como o cheiro dos jasmins e dos jacintos, que teimo em preferir (sabe-se lá porquê).
Ah, é verdade! À cautela, resolvi não o assinar, conforme o ritual do costume (sou um bocadinho maníaca com a propriedade dos livros…mas isso não me livrou de ficar a arder com muitos emprestados!).
- Quem sabe? Pode ser que ainda venha a sair-me um lançamento na rifa com a presença do autor, e aí o livro tem de estar “in albis”, não é? Mal parecia…
Pronto. Vou-me atirar a ele. Isto é: à obra, à leitura do livro.
Já volto.
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