domingo, julho 24, 2005

O álibi.

Então alguns de vocês congratulam-se por eu citar Ferré e cá o meco não aproveitava?:). Ná, vamos a isso:


L'oppression

Ces mains bonnes à tout même à tenir des armes
Dans ces rues que les hommes ont tracées pour ton bien
Ces rivages perdus vers lesquels tu t'acharnes
Où tu veux aborder
Et pour t'en empêcher
Les mains de l'oppression

Regarde-la gémir sur la gueule des gens
Avec les yeux fardés d'horaires et de rêves
Regarde-la se taire aux gorges du printemps
Avec les mains trahies par la faim qui se lève

Ces yeux qui te regardent et la nuit et le jour
Et que l'on dit braqués sur les chiffres et la haine
Ces choses "défendues" vers lesquelles tu te traînes
Et qui seront à toi
Lorsque tu fermeras
Les yeux de l'oppression

...

79 comentários:

lobices disse...

Et qui seront à toi
Lorsque tu fermeras
Les yeux de l'oppression

...
...pois...

Anónimo disse...

Perdoe sair do assunto, mas o professor já viu o Primeiro de Janeiro de Hoje? Passe os olhos por um texto de opinião chamado "Piedra de toque". Mas, por favor, não se irrite.
on-line em: www.oprimeirodejaneiro.pt

Bom fim-de-semana a todos!

Anónimo disse...

:)

Embora eu não pertença a esse geração, recordo a minha infância recheada de Ferré, Brel, ...
Prof... estas intervenções não chamarão consciências e pensamentos para (R)evolução?
Não urgiremos uma enquanto escrevo?

Anónimo disse...

Não se infira dessa minha sugestão qualquer forma de propaganda! Apenas achei que o texto lhe interessa, a si e a todos!
Mais uma vez, bom fim-de-semana!

Anónimo disse...

Homem da Biologia? Tsss tsss tsss... Vergonhoso! :(

Anónimo disse...

Voltando ainda aos últimos posts, estas coisas lembram-me sempre o poema "Ulysses" de Alfred, Lord Tennyson! Aqui deixo a última parte (que lindo...):

Come, my friends.
'Tis not too late to seek a newer world.
Push off, and sitting well in order smite
the sounding furrows; for my purpose holds
To sail beyond the sunset, and the baths
Of all the western stars, until I die.
It may be that the gulfs will wash us down;
It may be that we shall touch the Happy Isles,
And see the great Achilles, whom we knew.
Though much is taken, much abides; and though
We are not now that strength which in old days
Moved earth and heaven, that which we are, we are---
One equal temper of heroic hearts,
Made weak by time and fate, but strong in will
To strive, to seek, to find, and not to yield.


1842




:)

Julio Machado Vaz disse...

Gente,
O Professor Levi Guerra foi meu docente em Medicina e tenho com ele uma relação muito cordial, ainda há pouco aceitei um seu convite para proferir uma palestra numa Universidade para a Terceira Idade. Na qual todos acabaram a discutir as homossexualidades, imagino como o teria escandalizado se ele não tivesse ido dar uma aula!:).
Escrevo, portanto, sem qualquer animosidade pessoal, mas com a franqueza que a minha preguiça impõe:): o artigo colecciona erros grosseiros, tanto sobre o chamado "reino animal", como sobre os seres humanos em geral e a medicina em particular.
Fui claro?

PortoCroft disse...

A atenção do Exmo. Senhor Professor Levi Guerra:

National Geographic News

Anónimo disse...

Perfeitamente, caro Professor.
espero que o professor levi Guerra também se clarifique, já que um artigo de opinião (ainda que não passe de isso mesmo) envolve responsabilidade social!

(Grande Portocroft!)

:)

Julio Machado Vaz disse...

É curioso como o artigo que o Portocroft nos proporcionou tenta ainda arranjar uma razão "procriativa" para o comportamento das fêmeas:). E por que não admitir simplesmente a distinção entre prazer e procriação?

noiseformind disse...

Boss said,
>"E por que não admitir simplesmente a distinção entre prazer e procriação?"

Curto e grosso, como o Pere gosta de dizer:para evitar o reconhecimento da maioridade suprema à mulher, a maioridade de escolher quem quer pelo prazer que lhe provoca. O "determinismo biológico" está sempre do lado do homem emparedado nas suas certezas funcionais inatas e nos afectos procriativos da mulher ; )

. disse...

"Doença homossexual"??? Ainda estou a recuperar do que li pessoal...
Assino em baixo Professor, prazer e procriação podem e devem ser duas esferas distintas, ainda que não indissociáveis. Há uns dias falávamos do desconforto que certas pessoas sentem com o sucesso e dou-me conta de que com o prazer acontece exactamente o mesmo. A nossa cultura está de tal maneira impregnada de noções obtusas como culpa e pecado que muitos de nós acabam não lidando bem com a leveza. Há heranças que vamos conseguindo resolver racionalmente mas que, ao nível das emoções, permanecem tão castradoras como sempre.

noiseformind disse...

Reparem neste estudo que metade das mulheres que se consideram sexualmente activas por obrigação fizeram-nos POR INSISTÊNCIA PERSISTENTE DOS PARCEIROS!!! Ora esta insistência permanente dos homens tem muito pouco de procriativo, muito pouco de funcional. Trata-se de argumentação pura e simples. Esta pressão masculina para o sexo mais não faz do que condicionar o desenvolvimento afectivo da mulher que se sente presa entre o dizer "sim" e "não" ao invés de desenvolver um auto-imaginário sexual próprio e maduro. Como dizia o grande bocage na sua obra erótica: "pintelhos de mulher, gemidos de menina". Hã Bocage, mais 10.000 como tu e a Sífilis era muito mais respeitada ; )))))))

CLÁUDIA disse...

Fiquei verdadeiramente boquiaberta com o artigo do Prof. Levi Guerra!! :o

Chega a ser assustadora a forma como argumenta e justifica a posição que defende, abordando a temática por um prisma redutor e rectilíneo.

Concordo com Stardust...apesar do inegável direito à opinião, onde fica então a responsabilidade social??

Carlos Sampaio disse...

C'est extra, c'est extra
C'est extra, c'est extra

noiseformind disse...

"a masturbação é possível nos cavalos de raça mas os criadores abatem-nos porque deles não esperam “campeões”, e não é querer dizer que igual conotação haja a dar à masturbação no homem que creio, no entanto, não dever ser eleita como acto de saúde recomendado qual exercício biológico como quem activa membros por activar, por exemplo os braços com os vai e vem duns quaisquer alteres."...

"Que tribus aí se descobriram já onde se tenha praticado a homosexualidade? E nos haréns? Aí sempre houve mulheres de sobra, não “aproveitadas”, e foi que se entretiveram em jogos homosexuais entre si para seu gáudio e forma de estar? Nunca ouvi tal. E houve aí, nas civilizações que nos precederam, haréns de homens? Onde califas “machos” tivessem preferido homens a mulheres para os seus “deleites” eróticos? Onde?"...

"Ora valha-me Deus, eu não sou contra nenhum doente, nem me repugna nenhuma doença, como a lepra que tratei em África, ou a sífilis, ou o cancro mole –com toda a conotação social negativa que arrastavam- ou agora a SIDA que só não trato porque não sigo o desenvolvimento rápido das terapêuticas específicas de aplicação só Hospitalar."...

"O que é doença é doença. Quem é doente procura legitimamente auxílio médico e recorre, se necessário, à solidariedade social que os deve apoiar. Não os homosexuais? Ah! Se quiséssemos explorar este capítulo, onde chegaríamos? Não vou por aí."



NÃO PERCA, EM VISEU, O FANTÁSTICO APEDREJAMENTO E PERSEGUIÇÃO DE HOMOSSEXUAIS,AOS SÁBADOS À NOITE E VÉSPERAS DE FERIADO

noiseformind disse...

E assim se manda uma imagem pública respeitável construída durante 50 anos para o lixo. Mas o problema nem é o que este senhor diz. O problema, meu maralhos amigos, é que se um médico pensa isto, o que não pensará o Zé da Esquina? Viseu de repente ficou muito mais perto de todos nós :(

noiseformind disse...

Em cativeiro, sem competição alimentar e sem fins reprodutivos existem vários animais que formam casais homossexuais


A homossexualidade é tão antiga como a civilização. Em 3000 BC já se encontram pinturas egípcias mostrando homens acariciando mutuamente falos e existem narrações de heróis homossexuais.


A homossexualidade não é considerada pela OMS nem uma doença nem um desvio.


O racismo não é uma doença mas uma decisão individual do indivídio. Professor Levi, trate-se!!!!!!!!!!!

. disse...

Podes crer noise.
No entanto, ainda que algumas opiniões nos choquem, cada um tem direito a expressar o que pensa e sente. Aliás, Prof. Levi, ainda bem que pode expressar livremente o seu ponto de vista, pode agradecê-lo a alguns desses estranhos avanços civilizacionais que tanto parecem assustá-lo!!

PortoCroft disse...

O grande historiador económico Carlo Cipolla (1922/2000), define nas suas Leis Básicas da Estupidez Humana:

"Uma pessoa estúpida é uma pessoa que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que disso resulte alguma vantagem para si, ou podendo até vir a sofrer um prejuízo".
(Allegro ma no troppo, Celta Editora, 1993 p. 60)


Como diz a rosebud, por vir de quem vem, dá que pensar. ;)

Anónimo disse...

De vez em quando desemboco no Murcon, como em qualquer outra esquina desta cidade. Esta esquina sabe-me bem. Pena é que nesta cidade não haja um café onde a gente se sente a ver passar a vida. Enquanto temos a nossa em banho maria... Obrigado Professor.

Anónimo disse...

como homossexual, gostei de ver aqui tanta opinião esclarecida sobre o que tanto desagrada ao Dr. Levy. e, sim, dr. Vaz, é muito mais simples e correcto fazer a distinção enter sexo-prazer e sexo-prociação. obrigada.

Anónimo disse...

A opinião do Prof. Levi Guerra sobre a masturbação fez-me lembrar uma outra, a do economista César das Neves, em entrevista ao "Independente" há algum tempo, que disse que a masturbação representava o "início da dissolução dos costumes..."

Anónimo disse...

Bem desmontado Noise, a ignorância conbate-se assim, com a luz da informação e espírito livre. Mas não tenho dúvidas que uma esmagadora maioria ainda pensa como esse Dr, está apenas calada e quando vem cá fora à luz nas suas ideias retrógadas leva nas orelhas e volta para o buraco onde vive. Viver num buraco longe da luz anula toda e qualquer hipotese de debate, e assim perpetua-se a descriminação, por supostamente e auto-nomeados a-críticos homens de ciência e de biologia.

Anónimo disse...

No entanto acho que a melhor deixa deste senhor é quando ele diz:

"Houve professores homosexuais a que convidei para darem certas aulas ou fazerem conferências em áreas científicas que nada tinham com a sua doença homosexual, como convidei outros que eram bronquíticos, ou que eram mancos, ou com defeitos motores ocasionados, por exemplo, pela paralisia infantil,ou que sofriam do coração, do fígado ou dos olhos."

Dr. Murcon,
olhe que sendo você convidado para falar de homossexualidade nas aulas deste seu colega será que este não é um bom momento para você sair do armário? :)
(tou a brincar, como é óbvio)

Sergio Figueiredo disse...

É triste quando um médico com uma carreira tão brilhante acaba por mostrar não estar actualizado. Por definição, segundo a Organização Mundial de Saúde, homossexualidade não é uma doença. Mesmo que uma pessoa seja altamente preconceituosa sobre este assunto (e acabamos por o ser todos, mesmo numa quantidade reduzida, caso contrário não o estaríamos a debater) deve manter-se informada quando quer apresentar factos.

Anónimo disse...

Imaginemos o crescimento de 4 crianças, 2 rapazes e 2 raparigas, em conjunto familiar, por exemplo; ou irmãos ou primos ou simples amigos. Quando começa a despertar o interesse pelo corpo, a descoberta do sexo (lembro-me ainda da primeira vez que vi aquilo a que chamei de "leitinho" sair da minha então ainda pilinha), as crianças se brincarem em conjunto, vão em conjunto descobrir-se umas às outras. Naquele momento inicial (o caldo inicial da formação dos seus universos), há apenas a descoberta seguindo-se depois o "sabor" e o despertar para o interesse vem a seguir. Daqueles 4 amigos, que tanto vão brincar uns com os outros e tanto brincarão os rapazes com as raparigas como a rapariga com a rapariga e o rapaz com o rapaz (o que existe é a mania de não assumirmos que em criança tudo fazemos), tanto podem sair e despertar para a vida adulta, 4 heterossexuais, como 1 homossexual e uma lésbica, como todos homos como todas as combinações possíveis. Não deriva duma doença a "escolha" da via que se vai seguir mas sim do gosto que se vai ter; do sabor e do prazer que for entretanto sendo descoberto. A criança vai "sofrer" todas as apetências e vai decidir com naturalidade do que é que gosta mais.
Depois, mais tarde, vai enfrentar o preconceito da sociedade que lhe vai sair hostil e contrariar aquela que foi a sua simples escolha, natural, pura e sem qualquer pré juizo anterior.
Daí que, a função sexual de cada um de nós, deriva na sua totalidade da escolha que fazemos enquanto crianças, no limiar do despertar do corpo.
Tal como decidirá se gosta mais de chocolate ou de baunilha ela, a criança, também vai decidir o que de melhor lhe souber em matéria de sexualidade.
Naquele momento da escolha, a criança nem sequer sabe o que é a sexualidade, nem a hetero nem a homossexualidade.
Escolherá, simplesmente.
Depois, viverá em função dessa sua escolha. O caminho será fácil se a criança tiver "escolhido" o caminho do seu "grupo" natural por definição e será dificil se fizer a escolha do grupo não natural para ele; será um crescer fora do que para ela, criança, seria normal porque normal foi a sua escolha.
Homossexualidade é tão normal como a hetero.
Sermos carnívoros é tão normal como sermos vegetarianos; é uma questão de gosto, de opção, quem sabe até se de rejeição da outra opção viável.
Posteriormente, já numa fase mais adulta, e enfrentando então todos os estigmas sociais é que aí os comportamentos virão, em algumas vezes, provavelmente, a tornarem-se desviantes mas nunca anormais.
Disse.

Não me identifico por razões de ordem profissional e o nome com que assino é fictício.

Elsa disse...

Penso que a orientação sexual não pode ser exactamente comparada com uma escolha de gostos, de paladares. É muito mais complexa do que isso.
Mas, o professor que o diga... ou não...
:)

Anónimo disse...

desculpe, Elsa, mas que orientação sexual??? acha que algum homossexual, se tivesse escolha quanto à dita, se orientava para o lado dos 'bonequitos da porrada'? é que não há escolha, se é que me entende, quanto mais orientação...

Anónimo disse...

Confesso que cada vez sou mais intolerante a estes devaneios ignorantes, preconceituados e discriminatórios como é o caso do Prof. Levi Guerra.
NãO SE TRATA DE UMA QUESTÃO DE OPINIÃO. Trata-se de uma falsidade da cabeça aos pés que não pode ser tolerada.
Duvido que o PJ aceitasse publicar um artigo equivalente em racismo. Devido a um anúncio publicado no El Pais com o mesmo tipo de insinuações, pediu desculpa este jornal aos seus leitores.
Mas todos nós toleramos demasiado esta intolerância. O Sr professor pode ter tido todas as carreiras brilhantes, mas este tipo de comentários só me copnseguem provocar náusea e o mais sincero nojo.

Anónimo disse...

Como muito bem refere o nick "yrleathergrl", não existe qualquer tipo de "orientação" sexual.
Por muito que se oriente o que quer que seja, o caminho a seguir é sempre subsequente a uma escolha.
E, provado que está, que a homossexualidade não é doença (porque na verdade, não é), logo é apenas mais um dos muitos caminhos que se escolhem ao longo da vida, ao longo da mui dificil caminhada do ser humano, ao longo da muita e dificil vereda da aprendizagem.
Já alguém se deu ao trabalho de tentar ser honesto (uma vez na vida) consigo mesmo em matéria de procura de novas formas de prazer e, imaginar um homem hetero o que seria ele mesmo, hetero que é, fazer um fellatio? Imaginar uma mulher hetero, perfeita vagina a desejar um pénis, mas imaginar o que seria ela experimentar o que será fazer um cunnilingus?
É apenas uma questão de gosto, de procura, de escolha.
Nasce-se e aprende-se e escolhe-se o que, de melhor, nos "caiu no goto"

Maite disse...

O que o nick "yrleathergrl" refere é, que não é uma orientação nem uma escolha. O que se pode depreender das suas palavras é que é uma fatalidade.

noiseformind disse...

Apenas uma opinião... Então é uma questão de escolha, é? Lamento mas não, essa coisa de estupidez é que é uma questão de escolha. MAs pronto... se calhar ainda pode ser salvo, não por um broche salvador que alguém lhe peça mas clicando apenas neste link. Tá a ver como tou a ser higiénico, que é uma característica gay e tudo! Já agora o link é da Associação Americana de Psicologia. Acho que devia ligar para lá e tentar re-educar aqueles 160.000 camelos!!!!!!!! Mas como eu suspeito que você não é apenas uma opinião mas muitas opiniões que se calam por aí dei-me ao trabalho de passar o link e tudo, ao menos não poderão dizer que não lhes deram para ler nada de jeito. Beijos para si, deste hetero todo farfalhudo ; ))))))))

andorinha disse...

Só agora li o artigo do Dr. Levi Guerra o qual me deixou perfeitamente horrorizada.
Como é que alguém, ainda por cima médico, consegue escrever tantos disparates duma só vez?
Se há médicos a pensarem assim, então realmente porque nos admiramos com o que pensa o Zé da esquina?
Há coisas no artigo que seriam hilariantes se não fossem tristes.
Só uma pérola entre muitas outras - "...os psis tentam estimulá-los a preferir a heterossexualidade".
Se não sabe do que fala, porque é que fala???
Com exemplos destes como se conseguirá a mudança de mentalidades?

Confesso que ainda não percebi bem porque é que a homossexualidade incomoda tanta gente.
Alguém "obriga" heterossexuais a serem homo? Não, pois não?
Então porque não deixam os homossexuais em paz ? Porque insistem em dizer que a homossexualidade é uma doença do foro psiquiátrico?
Têm medo que seja contagiosa?:)
Ora bolas! E estamos nós no século XXI!

noiseformind disse...

E já agora, na minha curta experiência (cerca de 850 horas) de trios com duas mulheres, dois dedos a masturbar um clítoris não estão identificados como masculino ou feminino. A menos que venha dizer que os dedos masculinos "a sério" têm de ser nodosos e mais abrasivos ; )))))))))))))))))))

andorinha disse...

Noise,
Plenamente de acordo; a estupidez é que é uma questão de escolha!

noiseformind disse...

E para não dizerem que são só os psis que andam a dizer estas coisas...


Just the Facts About Sexual Orientation and Youth:
A Primer for Principals, Educators and School Personnel
was developed and is endorsed by the following organizations:
American Academy of Pediatrics
American Counseling Association
American Association of School Administrators
American Federation of Teachers
American Psychological Association
American School Health Association
Interfaith Alliance Foundation
National Association of School Psychologists
National Association of Social Workers
National Education Association

PortoCroft disse...

Maite,

Nem orientação, nem escolha, nem fatalidade. É capaz de ser melhor definido como uma apetência. Tão natural quanto a sua sede.;)

noiseformind disse...

Ajfrm,

pegando na tua deixa, já reparaste que os políticos ao falarem dos homossexuais dizem sempre "a comunidade gay" e nunca "os que de nós se sentem atraídos pelo próprio sexo"? Lá está... comunidade, isolacionismo, distanciamento arquétipo de ilha de Jung... mas isto levava-nos aqui a noite toda e tenho a minha heterossexualidade para ir expressar noite dentro ; )))))))))))

Porty, já reparei que a Alanis, a Dido e a Natalie soam estranhamente masculinas, será isto um movimento de transgenderização murcuniano? ; )))
eu sei, eu sei... fazes o que podes... e tens toda a razão;)

Elsa disse...

A orientação não implica uma vontade, um gosto ou uma escolha. Aconteceu, "tão naturalmente como a sede."
Porém, a homossexualidade não é escolha. Quem escolheria o caminho mais difícil?

Maria disse...

Vale sempre a pena ouvir e ler Léo Ferré!
Dulce

Sergio Figueiredo disse...

Muita gente escolhe o caminho mais difícil. Só o facto de se ter criado uma corrente contra-homofóbica é prova de que esse caminho é seguido se houver um ideal por trás. Ainda assim, acho muito triste que exista tanta necessidade de justificação dos motivos que levam à homossexualidade. Temos que ter uma justificação? Não podemos antes proceder com qualquer outra coisa que não nos incomode, isto é, aceitar e evitar tantas filosofias e discussões que nunca permitem que o tema se esgote? É importante que o tema se esgote, mesmo que tal justifique uma luta pelos devidos direitos justos...mas no final, se não tivermos naturalidade não ganhámos nada com a luta. Não alimentem mais a polémica e obedeçam à intenção de debate: Ferré.

Sergio Figueiredo disse...

Não estou com isto a sugerir que se fuja ao tema, mas confunde-me que tanto anti-preconceito derive de um diferente grau de preconceito. Não me interpretem mal.

RAM disse...

Noisy,

Tem resposta no post anterior!
Cordialmente,

Anónimo disse...

Boa noite a todos!

Sou sempre a última, quando apareço ..
Bom, é de facto notável o artigo do Prof. Levi Guerra.
Hilariante pelas considerações patéticas, apenas admissíveis a simples seres humanos menos esclarecidos – ser médico dá-lhe responsabilidade acrescida, o que torna perigosas as suas afirmações.
Prof. JMV - isso de “convidar professores homossexuais para conferências” será alguma insinuação? Eu não me ficava … é uma ingerência despudorada!
A orientação sexual de cada um não é passível de juízo.
Na qualidade de pai e avô teve a sorte (presumo) de não se confrontar com a questão da homossexualidade – quanto mais não fosse, assistir ao sofrimento dos homossexuais pela forma como são marginalizados, tê-lo-ia feito seguramente mudar de ideias.
Não sei a idade do dito senhor, mas será que já perdeu alguma lucidez?
Boa noite a todos.
Débora

lobices disse...

...quase onze da manhã de segunda feira 25 de Julho
...um novo dia, com chuva muito miudinha e chata; quero ir dar a minha caminhada mas com ela não resulta; ficarei todo ensopado; ou, valerá a pena a molha?...
...não sei, ainda vou tomar uma decisão; a vida é feita de opções e esta, ainda que nada valha, será sempre uma opção minha; alguém irá escolher, por mim, se vou ou não dar a minha caminhada a pé debaixo desta chuvinha chata e miúda?... Não, a escolha será (e terá de ser minha)...
...porém, é também o início de uma nova semana; para uns, a continuação das abençoadas férias; para outros o contínuo trabalho; para mim é apenas mais um mas agora com mais sabor, com mais sal, com mais calor, com mais vontade de ser e de estar; e eu sei porquê e isso me basta; alguém mais saberá e com um sorriso o afirmo e o aceito...
...apesar de tudo, hoje faleceu-me uma pessoa amiga; a dama de companhia que cuidou dos meus filhos; e isso é o suficiente para estar triste mas ao mesmo tempo serve para lhe agradecer o ter sido tão importante naquele período da minha vida; paz à sua alma...
...e, para todos vós o meu voto de uma boa semana
...sejam felizes
abreijos

Anónimo disse...

Esse senhor médico mostra, tal como vários de vós dissesteis, o que será ao nível das classes médias e como será dificil assumir a sua homossexualidade. E a Igreja Católica, da qual faço parte, não ajuda nada, muito pelo contrário :(

Unknown disse...

Bom dia maralhal.
Homossexualidade p'raqui, homossexulidade p'racolá, homossexualidade não é doença, homossexulidade não se pega, homosseualidade é isto, é aquilo.
Com tanta publicidade cheira-me a teoria de conspiração numa tentativa de conversão.
Irra!!! Ok vou experimentar, pronto!
Depois não se queixem de terem perdido a ultima das moicanas..

Portocroft, dos posts anteriores estou contigo: Foi golpe de estado, pois então.
E não goste da palavra revolução.
Rebeldia sim, soa-me bem.

Anónimo disse...

Bom dia JMV

A propósito de Ferré e de 'Ces yeux qui te regardent et la nuit et le jour / Et que l'on dit braqués sur les chiffres et la haine',

colocarei aqui um excerto de um texto de Mia Couto - o texto integral encontra-se em
http://www.macua.org/miacouto/MiaCoutoISCTEM2005.htm

O escritor moçambicano, também licenciado em Biologia, fez uma oração de sapiência, em 7 de Março, na abertura do ano lectivo do Instituto Superior de
Ciências e Tecnologia de Moçambique.

Excertos desta oração foram publicados no Courrier Internacional, nº. 0, de 2 de Abril.
Os Sete Sapatos Sujos:

"Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos. À
porta da modernidade precisamos de nos descalçar. Eu contei Sete Sapatos Sujos
que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos. Haverá muitos.
Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:

- Primeiro Sapato - A ideia de que os culpados são sempre os outros;
- Segundo Sapato - A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho;
- Terceiro Sapato - O preconceito de que quem critica é um inimigo;
- Quarto Sapato - A ideia de que mudar as palavras muda a realidade;
- Quinto Sapato - A vergonha de ser pobre e o culto das aparências;
- Sexto Sapato - A passividade perante a injustiça;
- Sétimo Sapato - A ideia de que, para sermos modernos, temos de imitar os outros."

Anónimo disse...

LOBI

ENTÃO COM O PAÍS EM SECA AINDA DIZ MAL DA CHUVA????

PODE MUITO BEM MOLHAR A CARECA QUE NÃO LHE FAZ MAL...

Maite disse...

Boa tarde Professor e Maralhal

Pois é...a tolerância!...é sempre muito mais fácil ser-se tolerante com as ideias do que com as pessoas. Porque será?!

Anónimo disse...

é mais uma tolo-rância...

Pamina disse...

Boa tarde JMV e Maralhal,

Gostei muito do comentário da E.(11.53).
Obrigada por dar a conhecer estes 7 Sapatos Sujos (Mia Couto é um dos meus escritores preferidos). Estes 7 pontos vêm muito a propósito. Vejo várias questões aqui discutidas recentemente.
Parecem-me muito bem sintetizadas várias ideias/atitudes que é mesmo fundamental deitar no latão do lixo.
Já fiz a minha auto-crítica. Doeu um bocado.

Anónimo disse...

E (11:53)

que bem escolhidos os 7 sapatos...

Obrigada por partilhar Mia Couto e a sua sapiência connosco!

Anónimo disse...

Boa tarde. Não tem a ver com o post, mas com os comentários... vejam se puderem o interessante (bem disposto e, segundo alguns, um pouco ao estilo de Pedro Almodóvar) filme Rainhas, de Manuel Gómez Pereira. Muito em cima do acontecimento, ou da actualidade espanhola.

noiseformind disse...

Ram, continuo a nossa pequena tete-a-tete (ou seja, vamos chupando à vez na teta da Filosofia) da posta anterior. Disfrute... ou não ; )

Quanto ao dia, correu lento, mas bom, menos comentários mas comentários com mais conteúdo, e até pessoas que afastaram o rumo para mais perto do Leo original do Boss, algo que ele muito deve ter agradecido poupando-se assim a reflexão geral sobre o alarve seu professor ;)

E nunca se esqueçam, sexo anal é apenas outra expressão amorosa, e doi muito menos que uma chicotada ; )))))))))

Julio Machado Vaz disse...

e.
Obrigado. Às vezes esquecemo-nos dos sapatos de que fala o Mia Couto e das respectivas carapuças:)!, é bom que nos ponham o espelho à frente.

andorinha disse...

Olá Júlio e maralhal.

e. (11.53)

Tal como já foi referido pela Pamina e por Stardust obrigada por partilhar connosco a sapiência de Mia Couto.:)

Anónimo disse...

O tão despretencioso mas valoroso Mia Couto nem sabe que por aqui andamos a citá-lo, vivendo naquela terra quente que o inspira tanto.

Anónimo disse...

ah andorinha
os carrinhos de choque nem sempre molestam. Viva.

Anónimo disse...

E não é que o Noise acertou na mouche?

"e até pessoas que afastaram o rumo para mais perto do Leo original do Boss, algo que ele muito deve ter agradecido poupando-se assim a reflexão geral sobre o alarve seu professor ;)"

E o Professor correu para os braços salvadores do texto do Mia Couto. Senhor Noise, não se esqueça de jogar no Euromilhões esta semana

noiseformind disse...

Sputnik,
eu sei o que a casa gasta, o bom fã mistura a fé indefectível ao ídolo com o conhecimento do personagem mundano;))))))

andorinha disse...

e.(7.33)
Quando fico comovida nem sei o que dizer. Estou a ser muito sincera, não estou a ironizar.
Claro que nem sempre molestam, a mim não.:)
Obrigada.

RAM disse...

Noise,

Explique-me lá uma coisa: porque é alguém com um discurso altamente estruturado e que nada contem na sua essência, ou fora dela, de homofóbico - bem pelo contrário - tem a "necessidade" (?????) de terminar alguns dos comentários com frases como:

- Beijos para si, deste hetero todo farfalhudo ; ))))))))

10:43 PM

- E já agora, na minha curta experiência (cerca de 850 horas) de trios com duas mulheres, dois dedos a masturbar um clítoris não estão identificados como masculino ou feminino.

10:45 PM

- ... mas isto levava-nos aqui a noite toda e tenho a minha heterossexualidade para ir expressar noite dentro ; )))))))))))


11:31 PM


Necessidade de justificação ou lapso freudiano????? :))))))))))))))))))

RAM disse...

O que interessa é que se sintam bem. O resto...
Afinal: "Nasci careca, nu e sem dentes. O que vier, é lucro!"
;)))))

Maite disse...

Parabéns Professor, nem todos teriam a coragem de manifestar essa posição. Só aqueles que têm carácter.

Andorinha, não nos faça verter as lágrimas, pelo amor de Deus ;)

sr noiseformind, como você gosta de auto-elogiar-se! Faz bem...isso é óptimo para a auto-estima. Mas acredito que você saiba isso melhor que eu, uma leiga no assunto.

RAM disse...

"Um dia li que fumar era mau e deixei de fumar.
Li que beber era mau e deixei de beber.
Li que sexo era mau e...
... Deixei de ler!!!"

RAM disse...

Rosebud,

Good taste!!!!!!

blimunda disse...

rue dauphine


the velvet underground meets
the velvet gentleman
running down the boulevard-saint germain
happy in the spring sunshine
into the rue verneuil
and the house of serge gainsbourg
on his piano sits a portrait of sid
sid vicious i sing to you
for all the things that you do
i love you like a girl

capturing catherine deneuve
sighing to the old of paris of verlaine

i groan withpain as i licked
the queen of the timbre post
several times and i sent her off
to friends in foreign parts

i feel love, paris paris
love to love, paris paris
feelings so close to my heart








é o close to my velvet heart. uma overdose de veludo toda numa overdose de insónia e náusea. eu canto para os meus amigos aí,
esses que de plumas e sonhos se reinventam. paris aqui pode ser uma fiesta.
uma melancólica festa e mais um copo de prévert. e um gole de eternal sigh ao cair da tarde. beau boire de champagne e beau sartre
em bebedeiras de palavras e chansons. jean e marie
descem a rue dauphine
e eu aqui sentada assisto. os corpos dançam
the last dance
os corpos encharcam-se de mãos e sucos
e há um cheiro da primavera. eterna primavera.

garçon, mais uma taça de verlaine!
quero perder-me nas rosas e nas lantejoulas
e gritar um pas de deux. o importante é um pas de deux.

o boulevard está cheio, baby. gentes de mão dada enchem o alcatrão de olhos. e na tour de eiffel há serpentinas.
caiem no colo de quem se passa
je suis gay
je suis gay
moi non plus
ah, paris, paris, a intermitência de sabor nessa cor toute rouge, toute rose. e na closerie um garçon ...
paris vem-se em lilás:
canta baixinho comigo, chéri
je t'aime

moi aussi, baby
moi non plus

c'est pigalle, oh la la, e a noite arrasta-se entre mais sombras
que o amor à la minute.
a água dos corpos
num pret a porter. depressa,
depressa desfolha-me o desejo:
o bois é uma roupagem toda outra mon dieu:
pas de dieu:
pas de deux
um fast beautiful young pas de deux.

animal girl
meets animal garçon
gucci boy e
garçon meets boy como uma pucca girl
juliette fode um artaud

e je parle comme un chien:
paris é em paris. je est un autre.
há tanto mal de amor
de mallarmé
que já me vim em ruas em becos
sujos do sangue clandestino
dos amantes. a morte ronda-nos. ronda-nos.
je suis une chienne. e espero. com estas garras longas
como dentes. estes olhos longos
como mãos. run run run. let's run.

jamais saberemos a cor do céu. e o bel d'aujourd'hui
faz-se noite.
nos braços das putas
entre as pernas das putas
corre o meu sangue equivocado. a poesia é uma religião
e canta-se grita-se em graffiti nas paredes escuras
de paris e au grand jamais
eu te juro
que ainda agora ouvi o teu trompete
bombando um jazz no bairro latino. o cio da música
o cio da noite-
uma boite de desejo embrulha-nos os corpos. os azuis
são blues e os rosa
rouge. encarnamos. desencarnamos. na vertigem fodida
das ruas de paris. let's reinvent all the gods e
inscrevê-los um só nome porque

quando a françoise meets boris
a noite é sempre uma cama virgem: a alquimia das horas na
l'alchimie du verbe nasce
de um silêncio e
la parole silêncio
é essa belle putain
vendendo o corpo a quem mais se vier: orgasmos
de cor
orgasmos de dor: todo o silêncio do mundo
cabe aqui entre a minha e a tua pele
(enroulée avec ironie)

seremos todos os animais da urgência
seremos todos os animais da urgência

madame la putain
je vous aime
(is a woman constructed out of light
or of skin)

moi non plus
moi non plus
(the body is not the house
it is the inside of the house)

( ferme les yeux juste un peu, la robe prend feu quand je veux,
paris la nuit)

eu m'appelle le temps e
i call on you
por todos os angels e diamonds
arquitectos de mundos
imagem
in competion with the real

o olho é uma boca ávida
that feeds on the world

(o tempo vem o tempo vai
a vicous subway de ser um sid
um underway de sobreviver
a noite é uma solitária estação
um long adieu
e
somos todos presas do amor
espiões na casa de nin
-henry, quem diabo és tu?- trópicos de sade
em adu
os corpos fervendo em michaux
os câncer de miller numa cama desconhecida.

as putas riem-se em
luzes e sena. mãos de veludo
mamas como rios
e as bocas rouge, rouge. we need great golden copulations
baby
cópulas arrancadas a esta urgência
a fome toda em coxas e suor
beijos roubados ao calor do corpo.


(guardo no solitário coração
a mais solitária das canções: je t'aime
moi non plus. a dor de todas as ruas vazias.)

arranco-me
à tua voz: vem sergei inaugura-me o dia.
prévertiremos
esta liason
com mais um copo de verlaine

e uma chanson:
catherine, catherine, je t'aime
au grand jamais, au petit toujour.

(garçon,
vá, serve-me o teu corpo de jovem deus
e essa forma melancólica de dizer
moi, myself and i
somos todos espiões na casa do amor.

je suis gay
terrivelmente pride da minha alegria e
je suis what i am. converte-me aos teus olhos
a essa tua religião de fast and beautiful. je suis o que je suis.
e morte aos feios
aos que pelos boulevards se cospem um coração
e fazem dos dias a oração do tédio
e fazem dos dias a oração do tédio.

não quero, não vou -
eu prefiro a feast des amis
ao grand dieu.


é verão, é verão, e paris na cor dos teus olhos
é tão enchantée
e la chappelle de père cocteau
derrama-se
em bateaux. a boca sabe-me ao espanto: sou mais
si je te dis je t'aime
je t'aime à en mourir

moi non plus, baby, moi non plus.

(le parfum sucré de vos roses s'evapore
et mois je compose
vous n'aurez jamais donné
que le baiser du condamné)


a thousand kisses
podem morrer
mas baby, baby, na tua boca
há um rio que corre para o mar
um mar que corre para mim. vien, que te quero assim
de plumas
e lantejoulas e festa, festa. enganaremos a noite
fucking death no boulevard
e se houver mais alguém
let's swing ourselves nessa soft parade
nessa soft beautiful parade.

( não é o fim, não é o fim. é apenas a little late-
as horas dissolvem-se entre sémen e sémen
e o corpo todo dói-me de young:
baby
sabia-me bem um café. )




immobile
j'habite cette épine et ma griffe se pose
sur les seins delicieux de la misère et du crime.

toute ma vie a coulé dans mes rides
comme une agate pour modeler
le plus beau des masques funèbres.



as mulheres saem lavadas do corpo dos amantes.
os homens saiem lavados do corpo das amantes.
os homens todos nas mulheres todas nos homens todos.
porque a casa do amor
tem nomes tão estranhos como je t'aime
baby, je t'aime
moi non plus, moi non plus.

por detrás dos olhos
por dentro da minha petit nuit
estas aves livres não sabem já onde morrer:
l'infer é esta nóia de viver. esta nóia. je suis seul(e). je suis seul(e) tout seul(e)
je n'ai jamais changé(e).)




(a gay pride parade desce à rua. thinking paris inventando lisboa)
(eu canto para os meus amigos. e amo-os como cinco dedos da mão. tristes.)



os poetas malditos, alguns com al berto, hh, james douglas morrison e malcolm mclaren. (e eu).

RAM disse...

Agora num registo sério.
Não me chocam as afirmações, per si, do Prof. LV. Ele é herdeiro de uma corrente de pensamento que inclui outros vultos da Medicina igualmente conservadores tais como WO e DS (o Prof., sabe de quem falo).
Ler o que li, é apenas mais um registo de um homem que permanece fiel a uma forma de pensar.
São opiniões. Valem o que valem!
Adele, tanto como a minha. Pelo menos em Democracia.

Já me desagrada mais o "TOM" que subjaz aos considerandos que discorre no seu artigo: negam o debate à priori, declarando, implicitamente, os pensamentos alternativos - que até podem não ser antagónicos; somente diferentes - como carentes de sustentabilidade intelectual.

Vejam bem o que ele escreve a propósito de Llosa: "Não venha o Senhor Llosa , ou outros Prémios Nóbeis quaisquer – E QUE HOJE JÁ TÃO DESACREDITADOS ESTÃO... [...]Como pode vir o senhor Llosa falar que esta denúncia e reprovação antropológica que aqui trago é “obscurantismo dogmático”, “fantasias retorcidas do inconsciente”, “ignorância” ? SOU MAIS HOMEM DE BIOLOGIA QUE ELE ALGUMA VEZ FOI!

Prof Levi, se não tinha perdido a discussão no exercício de retórica a que se entregou, perdeu, EM DEFINITIVO, pela sobranceria e pesudo-superioridade intelectual que manifestou.

AS DISCUSSÕES, SEJA QUAL FOR O TEMA, SÃO DIRIMIDAS NO PLANO ARGUMENTATIVO, NÃO POR AUTO-CONCESSÃO DE AUTOS DE SUPERIORIDADE MORAL.

RAM disse...

Errata:

pesudo = pseudo

as discussões, seja = ... sejam

Pamina disse...

Ó Blimunda, que tour de force (9.28). Maravilha. Gostei muito.

Anónimo disse...

Fiquei cansado com este tema....
Quando troco o meu com corpo com ela, me masturbo, às vezes tambem fico cansado....
Será que os afectos se resumem a sexo? (entre sexos diferentes ou iguais)nâo ha mais nada para lá do fisico?

andorinha disse...

Maite (8.42)
Não falei para ti, por isso para que é que te metes?
Não estou para te aturar.
A tolerância, para mim, tem limites.

noiseformind disse...

Mas Ram, não é evidente? Apenas disfruto da minha heterossexualidade com público prazer, nem sequer se trata de sentido de humor. Haverá pensamento mais delicioso para um heterossexual que ver o foco e luz de dois carros a descerem a sua rua e antecipar as delícias que se seguirão? Não vejo pq é que a sexualidade deva ser escamoteada da vida pública. Conhecer sexualmente as pessoas com quem lidámos é extremamente reconfortante e dá-nos pontos fulcrais das suas necessidades e motivações, quem não quer/consegue extravazar essa vivência exteriorizada (por oposição clara a exterior) é uma escolha, como os homossexuais que não saem do armário. Ser hetero "por definição" é tão vácuo e conzentão como ser homo num armário ; ))))))))))))))))) não estou a ver que é que expressar desejo sexual tenha de mau, só a Yullie é que me compreende!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! loooooool looooooooool loooooooool loooooooooool

Maité, informativo e não auto-elogiante. Aliás, o maior elogio que me fizeram hoje neste blog foi o Dono do Tasco ter-se comportado precisamente da forma que prenunciei, espontaneadade, que espero, ele não perca ; ))))))))))))) isso sim para mim é um elogio.

E sim Ram, considero o discurso estruturado parte FUNDAMENTAL de uma conversa. Falar por falar, eu penso isto e tu pensas aquilo, é giro por uns minutos mas esgotante. O recurso a fontes externas permite meditações muito mais assertivas. Daí a minha relação amor/ódio com o copy paste: por uma lado é importante mas por outro a maior parte das pessoas usa-o cega e acriticamente ; ))))))))))))))))))) (e o Boss já a ver se estou a mandar boca para a "posta" que se seguiu a esta onde estámos a comentar, e digo já que não é)

Maite disse...

Andorinha chamo-a a atenção para esta citação que você fez de Robert Frost num post anterior:
"Education is the ability to listen to almost anything without losing your temper".
E o que eu disse nem sequer foi mal intencionado. Mas cada um só atinge o que atinge e pronto.

sr noiseformind, muito me conta...

Chapa disse...

gosto muito do Ferré, mas a lingua francesa tem o seu maior esplendor na voz de Brel.
Recordo:

On a beau faire on a beau dire
Qu'un homme averti en vaut deux
On a beau faire on a beau dire
Ça fait du bien d'être amoureux

Je sais je sais que ce prochain amour
Sera pour moi la prochaine défaite
Je sais déjà à l'entrée de la fête
La feuille morte que sera le petit jour
Je sais je sais sans savoir ton prénom
Que je serai ta prochaine capture
Je sais déjà que c'est par leur murmure
Que les étangs mettent les fleuves en prison

Mais on a beau faire on a beau dire
Qu'un homme averti en vaut deux
On a beau faire on a beau dire
Ça fait du bien d'être amoureux

Je sais je sais que ce prochain amour
Ne vivra pas jusqu'au prochain été
Je sais déjà que le temps des baisers
Pour deux chemins ne dure qu'un carrefour
Je sais je sais que ce prochain bonheur
Sera pour moi la prochaine des guerres
Je sais déjà cette affreuse prière
Qu'il faut pleurer quand l'autre est le vainqueur

Mais on a beau faire on a beau dire
Qu'un homme averti en vaut deux
On a beau faire on a beau dire
Ça fait du bien d'être amoureux

Je sais je sais que ce prochain amour
Sera pour nous de vivre un nouveau règne
Dont nous croirons tous deux porter les chaînes
Dont nous croirons que l'autre a le velours
Je sais je sais que ma tendre faiblesse
Fera de nous des navires ennemis
Mais mon cœur sait des navires ennemis
Partant ensemble pour pêcher la tendresse

Car on a beau faire car on a beau dire
Qu'un homme averti en vaut deux
On a beau faire on a beau dire
Ça fait du bien d'être amoureux

["Le prochain amour", J. Brel/J. Brel-G. Jouannest, 1961]

Anónimo disse...

wellness

Anónimo disse...

Estive 2 anos a estudar biologia e estou há 5 anos a estudar Antropologia. Entre estes dois campos do conhecimento existem claras divergências teóricas, nomeadamente no que diz respeito a questões ligadas ao comportamento dos seres humanos, muitas vezes completamente antagónicos. O sr. Levi Guerra espanta-me pela ignorância que evidencia tanto num campo como noutro; isto porque qq aluno de etologia ou primatologia saberá que existem vários casos de "actos homossexuais" no reino animal.O chimpanzé bonobo(Pan paniscus - um dos animais genéticamente + próximos do homem)é o exemplo perfeito: pratica a "homossexualidade" como modo de resover conflitos, estreitar relações; por isso, sim sr.Guerra, existem macacos e macacas que o fazem!! Como aspirante a antropólogo sinto-me até ofendido por alguém, sem qualquer percepção do mundo que existe ou existiu, usar o nome desta disciplina numa argumentação cravejada de erros CIENTIFICOS! E se não se lembra de actos homossexuais por parte de nenhum povo, deixo aqui o exemplo de uma pequena tribo a que chamaram de Romanos...Mais, existem e existiram povos em que se pratica a poligamia, no caso: 1 mulher, varios homens. Finalmente, pra quem nao se considera psiquiatra, este senhor mostra muito jeito a utilizar palavras como "normal","desvio" e "doença", conceitos utilizados para descrevermos situções com as quais nos sentimos confortáveis ou não."Normal" é atirar-se uma pedra ao ar e ela cair de novo na terra... também era normal queimarem-se bruxas, considerar-se desviado aquele que nao acreditava em Deus ou chamar de doente a quem dizia que a Terra nao era o centro do universo... Não sei se a homossexualidade tem um fundo biológico ou social\cultural, mas isso nem sequer interessa. Interessa sim quem as pessoas com determinada responsabilidade social e formação, não se aproveitem da ignorância dos outros para impingir falsos (e ignorantes) argumentos por uma qualquer noção de Família, de Moral e de Normalidade...Já agora, a antropologia nao estuda só o homem e a mulher; estuda antes de mais culturas, maneiras de ver o mundo e o eterno conflito entre natureza e cultura...