sábado, julho 16, 2005

Será o incitamento à delação uma prática cristã?

Público: "A redacção de um sítio na Internet ligado a um grupo de católicos pôs a circular uma carta sugerindo aos eventuais interessados que "informassem" três organismos do Vaticano das declarações do padre Vítor Feytor Pinto ao Público, domingo passado, a propósito do aborto e do preservativo".

Frases da entrevista:

1) "... (Recentemente), o cardeal-presidente do Conselho Pontifício (para a Saúde) disse à imprensa que estão em questão dois mandamentos: o sexto, (que se relaciona com) os nossos comportamentos sexuais, e o quinto, "não matarás". E que, quando o que está em questão é o não matar, e a única forma de não matar é o uso de um profiláctico, ele pode justificar-se."

2) "A pessoa pode dispor da própria vida, não da vida dos outros. Dispor da vida dos outros é egoísmo, oferecer a minha vida pela dos outros é generosidade. (A pessoa) pode ter uma pressão de tal natureza que, em consciência, não é capaz de encontrar outra saída. Não vou dizer que, em teoria, é bem. No caso de uma violação, a pessoa não encontra alternativa. Vamos ajudá-la ao máximo para que não destrua uma vida. Mas, se a destruir, compreendemos que o conflito interior foi de tal natureza que não encontrou outra saída. Não vamos dizer que esta pessoa é uma criminosa (...)".


Colaborei com o padre Feytor Pinto quando desempenhou funções na área da Toxicodependência, mais precisamente no Projecto Vida. Algumas (óbvias) divergências entre nós na área da sexualidade e das drogas não impediram o desenvolvimento de uma boa amizade. Não esqueço o seu convite para falar de Sexologia em Fátima, no âmbito da Pastoral da Saúde, sei que houve quem se opusesse a tal convite e não assistisse à conferência, mas ele não cedeu. Guardo com carinho as palavras com que me agradeceu uma intervenção que não podia subscrever na totalidade. Sou, portanto, suspeito: a ser verdade tal iniciativa, afecta um amigo. ("A ser verdade" não traduz menos confiança no jornal, mas o facto parece-me tão inacreditável que a expressão fugiu-me dos dedos:(.) Daqui envio um abraço ao padre Vítor, ele sabe que é tão espontâneo como as posições que defendo e nos separam sem tragédia.

E pergunto: será o incitamento à delação uma prática cristã?

80 comentários:

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Definitivamente: NÃO!... Não deveria de ser. Mas, ao longo dos séculos (e a Inquisição vivia disso) foi prática corrente. Continua a ser assim. Suponho que isso é, também, justificado pelo "Livre Arbítrio".

Embora seja agnóstico, há sacerdotes que, pela sua visão das realidades do mundo actual e por tentarem estabelecer pontes entre a ortodoxia católica e a realidade, me merecem o maior respeito. O Pe.Feytor Pinto é, sem dúvida, um deles.

Pamina disse...

Boa tarde JMV e maralhal:

Claro que não. Isto lembra-me atitudes de tempos que todos desejamos estarem bem mortos e enterrados.
Há um filme "educativo" de propaganda nazi, onde as crianças são encorajadas a denunciar os pais.
Quanto ao padre Feytor Pinto é sempre de admirar, quando alguém tem a coragem de assumir as suas ideias em público, especialmente quando estas não são exactamente semelhantes às defendidas pela instituição a que pertence. É uma atitude de coragem, enquanto a atitude dos "bufos" é da maior vileza e cobardia.

Anónimo disse...

Caro professor,

não posso deixar de concordar com o Portocroft: é realmente uma prática corrente, mas não lhe chamemos cristã. Infelizmente, os ideais cristãos estão cada vez mais afastados das suas práticas (e então para quê chamá-las cristãs?). Digo infelizmente porque o Homem, como bicho com necessidade de valores e crenças, poderia encontrar em algumas religiões linhas directrizes bastante correctas. Não falo obviamente da crença num ser superior, numa energia (whatever...), mas em noções que muitos não encontram sozinhos.
Talvez isto explique, muito em parte, o afastamento visível da religião (e até dos valores) pelas massas no ocidente (porque entrar em outras civilizações seria demasiado para o espaço do post!)
Nunca me identifiquei com nenhuma "interpretação" religiosa, mas orgulho-me de ter herdado um sistema de valores que me parece justo e, acima de tudo, humanista. Acreditar... todos acreditamos em algo. Ou pelo menos, assim gosto de acreditar!
Alegro-me, portanto, que existam homens como o padre Feytor Pinto, que sabe conjugar de modo tão único as crenças religiosas e as humanas... homens que são exemplo para qualquer coração!

Anónimo disse...

É bom notar que esta lamentável iniciativa partiu de um conjunto de pessoas, e não da Igreja. A Igreja, como toda e qualquer organização,e como todos nós, já tem muitos erros de que se lamentar. Não precisamos de lhe assacar também culpas que não tem.

Anónimo disse...

Portocroft: «a Inquisição vivia disso». Certo, mas não só a inquisição. Todas as ditaduras, mais azuis ou mais vermelhas o fizeram. Para quê essa obsessão de, sempre que se menciona a Igreja, falar na Inquisição? Já agora, sempre que se fale nos portugueses, fale-se no comércio escravo que durante século mantivemos!

Maite disse...

O incitamento à delação não é de modo nenhum uma prática cristã. É sim, uma forma de terrorismo psicológico o que é de todo inadmissível.
Felizmente há dentro da Igreja Católica (Instituição) pessoas que pela sua conduta só a dignificam e o Padre Feytor Pinto é uma delas, merecendo todo o respeito por conseguirem estabelecer laços com as pessoas do seu tempo e serem capazes de olhar os problemas de frente sem os escamotear. E muitas vezes isso é sinal de discórdia dentro da Instituição e não só.

Anónimo disse...

P.S: Parabéns pelo excelente "Som do Murcon"!

PortoCroft disse...

António Pedro Ribeiro,

Vejamos. Estamos a falar de pessoas, dentro da Igreja, com responsabilidades na hierarquia católica portuguesa. Logo, a desassociação é impossível de se fazer.

Se estivéssemos a falar de ditadura, qualquer que fosse o sinal, o exemplo seria outro. Como se trata da Igreja Católica, só nos é legitimo ilustrar a prática com o exemplo da própria Igreja Católica.

A escravatura, que os portugueses promoveram (ainda bem que mo recorda) teve o Alto Patrocínio da Igreja Católica, ou nem por isso? ;)

Delírio da Loirinha disse...

Caro Professor!
É uma tristeza... É por estes motivo e por outros que cada vez mais as pessoas fogem da igreja...

PortoCroft disse...

António Pedro Ribeiro,

Pela minha quota-parte de responsabilidade, no "Som do Murcon", grato.;)

Anónimo disse...

Portocroft: depende. Os jesuítas, no Brasil, p. ex., lutaram contra a escravatura. É ler o Padre António Vieira. A Igreja, enquanto instituição, repito, e tanto quanto sei, não está envolvida neste apelo sórdido.
Os Parabéns pelo "som" são merecidos :)

RAM disse...

Primeira intervenção:

OBVIAMENTE QUE NÃO!

Julio Machado Vaz disse...

O seu a seu dono,

O som do Murcon é da inteira responsabilidade do Portocroft. Só reivindicarei uma parte se acabarmos os dois em tribunal:).

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Grato pela solidariedade.;)

Aos interessados, desde já informo que fumo Marlboro mas, qualquer SG me satisfaz o vício.;)

DISCLAIMER

O que se pretende aqui não é, de modo algum, prejudicar de qualquer forma os autores. O som disponível, se bem que aceitável, nunca será comparável ao da obra editada pelo que, ao não substituir a sua aquisição, que recomendamos, ilustra apenas a arte e engenho dos autores representados.

PortoCroft disse...

A posição da igreja foi, durante todo o período da escravidão, na melhor das hipóteses contraditória, e, na pior, interessada na sua continuação, já que ela beneficiava a classe social da qual o clero se originava, a classe social que fazia doações à igreja, e, de quebra, a escravidão garantia o fluxo contínuo de “almas a serem salvas".
Prof.Dra. Eva Paulino Bueno

António Pedro Ribeiro,

Deixo-lhe aí leitura interessante, sobre o tema.;)

Anónimo disse...

Portocroft, a questão é esta: o que têm os católicos de hoje a ver com as posições da Igreja de há 200, 500, ou 1000 anos, quaisquer que sejam? Você, enquanto Português, acha-se responsável pelos árabes que Afonso Henriques degolou, ou pelas freiras que os exércitos liberais violaram? Enquanto pessoa de Esquerda, ou Direita, acha-se responsável pelas chacinas que um e outro quadrante ideológico promoveram? Da mesma forma, porquê, a propósito de um Sacerdote e alguns Católicos, invocar a Inquisição? Porquê, repito, essa obssessão?

P.S: obrigado pela sugestão. Aconselho-lhe, também, as seguintes leituras: a "Bíblia" e a "Biblos", enciclopédia do Cristianismo editada pela Verbo

PortoCroft disse...

António Pedro Ribeiro,

Da mesma forma que não se pode assacar aos portugueses de hoje, as barbaridades cometidas pelos de então. Mas, o exemplo está lá e não podemos escamoteá-lo.

Anónimo disse...

Bem, a esses "cristãos" Deus decidirá se há-de ou não perdoar...eu, se acreditasse no Inferno, arranjava-lhes já uns bilhetinhos só de ida!

Anónimo disse...

Para a Igreja Católica, o instinto da delacção vem desde os tempos da Inquisição. O passado (político) do actual Papa instiga o refinamento desses instintos.

Como têm ido ultimamente parar a tribunal as mulheres que interropem clandestinamente a gravidez ? Quem são os delatores ? Quem ? Eu próprio - que sou profundamente contra o aborto - seria incapaz de me tornar delator de uma situação dessas.

Os católicos prestariam um serviço à sociedade se, aproveitando o seu instinto de delacção, informassem o Estado sobre quem foge ao fisco. Ora aquí está uma delacção que só faria mal a muitos poucos (mas maioritariamente católicos) e que beneficiaria muitos mais.

PS: já repararam que - no contexto dos rituais da Igreja Católica - o próprio acto da confissão será, muitas vezes, um acto de delacção forçada ?

Anónimo disse...

«PS: já repararam que - no contexto dos rituais da Igreja Católica - o próprio acto da confissão será, muitas vezes, um acto de delacção forçada ?»

Tal como a consulta a Psicólogos e Psiquiatras...

None disse...

O incitamento à delacção uma prática cristâ? Penso que não, não estou a imaginar um cristão a murumurar ao ouvido de uma qualquer entidade «olhe fulano disse, fez, usa isqueiro, toma a pílula...). E relativamente à Inquisição, nunca se sabe se não volta a acontecer, tomando outras feições, porque as mesmas seriam por demais evidentes. Já acreditei mais que isso era impossível. Além da barbárie que foi, devemos-lhe anos de atraso científico e não vamos esquecer isso, jamais, por muito que queiram. Só me merecem atenção, os sacerdotes que se fazem respeitar, pelas suas opiniões dignas, mesmo que inseridos na Igreja.

Chinezzinha disse...
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Chinezzinha disse...

Não vale a pena estar a escrever muito, porque a minha opinião vai totalmente de encontro às palavras de Portocroft (em todos os comentários que fez até agora quanto a este post) e de Stardust.

Beijos

Anónimo disse...

Na minha modesta opinião, e, à luz do actual estádio de evolução civilizacional, creio que são lamentáveis atitudes do tipo das que ora são veiculadas pelo citado jornal. Lamento-o não só pela deslealdade que consubstanciam, como também porque nada de bom trazem nem para a Igreja, instituição, nem para os católicos que ainda tentam, com razoabilidade e honestidade, conciliar o estilo de vida que é normal que adoptem, no actual contexto temporal, com os princípios cristãos que respeitam. E fazem-no, tentando discernir entre o essencial e o que o não é e apenas resulta de determinadas regras (canónicas) pensadas num contexto determinado.
Só para concluir acrescento que do património histórico de qualquer instituição, fazem parte aspectos menos abonatórios que, naturalmente, devem ter-se presente, mas cuja utilização como argumentos para troca de críticas e imputação de culpas me parece, hoje, improdutiva. Bem como as (in)evitáveis generalizações...!

andorinha disse...

Olá Júlio e maralhal.

Entre a teoria e a prática vai, às vezes, uma enorme distância.

Só me interrogo até que ponto é possível que alguém com um mínimo de inteligência possa sequer discordar destas posições assumidas pelo padre Feytor Pinto. Tudo o que ele diz é de uma tão grande generosidade cristã (penso eu, que não sou católica) que não percebo como pode ser objecto de contestação.

Retenho sobretudo duas afirmações -
1)"...a única forma de não matar é o uso de um profiláctico, ele pode justificar-se."

2)"...se a destruir, compreendemos que o conflito interior foi de tal natureza que não encontrou outra saída".

A Igreja católica deve mesmo ser uma instituição muito anquilosada para não conseguir compreender e aceitar as ideias aqui expressas.

O padre Feytor Pinto pelas posições que tomou, merece toda a minha admiração.

Anónimo disse...

Quem gosta de Fado...

Canal 5, a partir da faixa 3... deliciem-se.;)

Anónimo disse...

Acharia estranho que alguém aqui pudesse estar de acordo com esta reprovável atitude de um bando de mentecaptos.
Alguém que, neste caso, não reagisse com empatia para com Vítor F. Pinto seria apelidado de demente.
Mas estaremos aqui para julgar séculos de história de igrejas e de povos?
Ou, tão somente, a estranhar e repudiar comportamentos individuais e colectivos, repito, de bandos?

Por mim, fico-me com uma sensação de desilusão, com um desejo aflito de me afastar destes pequenos grupelhos obscuros e destrutivos.

Mas, como não pretendendo alcançar o nirvana, será isso possível?

Anónimo disse...

Ah e para me aproximar do nirvana fico-me pelas faixas 1 e 2 do canal 5 - com atenção, devagar, calmamente, talvez consiga perceber quão semelhantes as sonoridades.

Anónimo disse...

corrijo
Mas, como não pretendo...
e
... quão semelhantes são as sonoridades.

Anónimo disse...

Anonymous 9:28 PM

Canal 5, a partir da faixa 3: baril !!!

Anónimo disse...

Oh Portocroft!
Só agora tive tempo para os outros canais e ei-lo.. 'Remind me' caramba ... e os que se seguem...
Estamos mesmos a um passo do nirvana.
Choikin

Anónimo disse...

Anonymous 6:26 PM

"Tal como a consulta a Psicólogos e Psiquiatras..."

Talvez tenha razão. Mas como nunca consultei nenhum Psicólogo ou Psiquiatra, não sei se assim será...

Unknown disse...
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Unknown disse...

Bom; hoje em dia é sem dúvida uma prática.

Pessoalmente, continuo a enquadra-la nos maus costumes mas há quem nãao hesite em denunciar até mulher e filhos por "revange". Há gente para tudo. Em nome de Cristo ou em nome do que lhes convier.

noiseformind disse...

Eu até nem ia comentar esta posta, Émezito, mas lá terá de ser, lá terá de ser...

Como quase sempre (ou sempre, porra, já que tou a ser sincero contigo mais vale pegar no apanhado dos teus textos todos que tenho digitalizados e onde o Word encontrou "Igreja" ; ) ) pegas na Igreja pelos seus extremos e lá vais fazendo a festa. Com os meus 27 aninhos, com a minha vida sexual perfeitamente poligâmica (mas sincera ás participantes no "poli-"), com a minha defesa (pratica, com financiamento de transporte mensal a várias jovens com menos de 18 anos a Espanha, não se trata de uns "desabafos" como os que fazes a páginas tantas e assinatura coeva em abaixo-assinado paulatino) do aborto e com a minha veia telúrica em relação aos predicados actuais da vida religiosa, carago, (perdoa-me, eu sou do Porto) já devia estar mais do que excomungado pela Santa Madre Igreja que retratas quando te dá bom jeito, ou que o PortoCroft retrata com quem lhe dá jeito. Não, muito pelo contrário, foi convidado a fazer apoio e acompanhamento a cursos de CPM na vertente sexual sem nenhuma limitação indo mesmo falar, de forma um pouco clandestina é certo, mas não reclusa e não de todo não-declarada aos poderes estabelecidos, a Fátima de Sexualidade NA vida religiosa (leste bem pá, é NA mesmo). A Igreja é uma entidade fluída, mas deve mudar pelas suas necessidades internas e não por meia-dúzia de orgulhosos (e muito bem) agnósticos que dizem "e eu tenho as minhas dúvidas e tal e agora que tou com os pés para a cova até acredito num Deus e tal mas é o meu Deus, e portanto que se lixe a Igreja, os sacramentos e isso tudo que essa treta dá muito trabalho e afinal quem anda lá não segue nada e tal".

Fazes muito bem em retratar essa Igreja, mas essa não é SÓ a Igreja. Por dentro dela, pessoas que não perderam a sua fé e a vivem de forma não canónica continuam a viver os seus sacramentos de forma veemente e sem risco de expulsão ou de serem afastadas do seu interior. Não nego o anacronismo presente da Igreja em relação à vida secular actual, mas nego que seja pelos bitaites de uns irmãos para quem se serve a Deus como um bufo na ditadura de Vichy que se Invoque a Igreja católica ou ela seja por aí chamada. Aliás!!!!!!!!!!!!!!!!! Para tua informação (eu sei que sabes, tou só a pegar contigo homem) o Bispo para as forças Armadas já por 4 ou 5 vezes se referiu ao preservativo como agente de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e não te ouvi aqui a dirimir laudas ao homem nem a divulgar o seu risco assumido das vezes que o fez (E duas delas pelo menos foram assumidas já tinhas aqui o tasco aberto). Nem quando o Bispo do Porto referiu que a contracepção era parte de um projecto de CPM realista. Portanto, se orgulhosamente te colocas de fora do fenómeno de comunhão com Jesus Cristo (sim, orgulhosamente pq só retratas a Igreja passiva e bovinácea que pareces apreciar tanto) então não vejo como aceitar esse salientar do abaixo-assinado para o Vaticano de forma inócua. É salientando esta Igreja que a tua opção agnóstica se apresenta mais entronizada e correcta? É com esse puxar para o lado da "cidade dos homens" que pretendes mostrar como foste esperto (e mais, chico-esperto) em abandonar a "cidade de Deus"?

Tudo o que te faça sentir melhor man... tudo o que te faça sentir melhor... vai uma Sangriazita ali no café Guerreiro em Viana para refrescar os ânimos?

E já agora Circe ; ) quando ao Actimel, eu jamais diria "uma por dia nem sabe o bem que lhe fazia". Podia ser uma de 30 ou duas de 15 para certos homens ou uma de 90 e 3 de 30 para outros looooooooooool loooooooooool looooooooooooool looooooool loooooooool looooooool looooooool looooooool looooooooool

Peter

noiseformind disse...

E já agora, antes que venhas com a natalícia panaceia de que "eu só abri as portas ao debate carago (eu sei que tb és do Porto homem)" relembro que neste blog não trouxeste a debate nenhuma questão proguessista relativamente À Igreja e não encontro na minha base de dados (que vem de pelo menos 86) texto nenhum de índole proguessista. Portanto... guarda o presente para outro dia, o Natal é quando o Homem quer e a mulher não está com o período (ou diz que não está, quer esteja ou não loooooool loooooooool loooooooooool loooooo)

Versão universalista: Natal é quando uma pessoa, seja qual for o seu género ou preferência sexual de género, espécie ou matéria inanimada quiser e a outra pessoa, animal, planta ou objecto inanimado não oferece resistência capaz de impedir a pessoa de concretizar o seu levantamento da prenda. (neste caso universalista, o Natal de uma pessoa pode ser uma violação para a outra pessoa, animal ou matéria inanimada)

Anónimo disse...

Bem bem bem, señor Noisy, isso é que é reflectir. Você só pode andar a drogas, para a essa hora ter tanta pedalada:)

Realmente vale a pena ter insónias nem que seja para ler o que você se lembra de escrever de quando em vez. Realmente os agnósticos (nos quais me incluo) têm esta necessidade zelosa de deitarem abaixo o templo que abandonaram como prática do seu coração. Mas vejo que nos perdoa, e o se perdão vale por mil maldições desses anormais que puseram esse projecto de delação em curso.

Tiago Pereira

PortoCroft disse...

Noisy,

Obrigado pela lembrança. Tenho por hábito responder a quem me interpela. E, regra geral, são essas pessoas, obviamente, que me dão mais jeito.

Mas, como católico confesso que, se assume falhar em quase todos os mandamentos da Santa Madre Igreja, explica-me uma coisa: Sendo a Igreja, "o povo de Deus em movimento", porque motivo é ele quem menos ordena? ;)

(Eu sei antecipadamente qual vai ser a resposta mas... não custa nada esperar, da tua parte, uma resposta simultaneamente científica e inovadora). ;))))))))

Anónimo disse...

quem pela televisão anda a granjear fama pouco me interessa.....será que apenas lhe apetece esvrever.mmmm...enfim...ética.estude ética e deixe para lá as opiniões....a igreja não é a moral..caro amigo...duas ou 3 musicas salvam-se do seu reportório...a sexualidade é minha até deprimido morrer..beijo

Anónimo disse...

noiseformind gostei de te ouvir gostaria de entrar em contacto..só e só se falares com o coração...poligâmica desenfreada...gostei de ti....logo arranjo um nome...até lá muitos beijos........

PortoCroft disse...

a igreja não é a moral

Anónimo(a) das 5:14 AM,

Grato pelo esclarecimento. Já muitos de nós suspeitávamos disso.;)

Salvam-se 3? Esperemos que sejam as mais pagãs.;) A si, recomendo-lhe, muito especialmente, a faixa 2 do canal 2.;)))))

Julio Machado Vaz disse...

Meu caro Noise,
Apreciei o entusiasmo das suas intervenções tão matinais, perdoará que lhe responda ao ritmo possível para um cinquentão acabado de acordar:). A sua base de dados está incompleta. Tenho vários textos publicados em livro sobre a minha experiência de dez anos num colégio de padres - o João de Deus - e a minha admiração pela sua forma de praticar o catolicismo. Também encontrará outros em que estabeleço claramente a diferença entre alguma hierarquia e certos fiéis e o resto da Igreja. Mas falta o ponto mais importante: o título do post refere-se à (alegada) prática de determinada pessoas e não à Igreja católica e aos cristãos em geral. Imagine que considero o cristianismo, sobretudo, uma forma de estar no mundo. Se há pessoas que tomam esta atitude, suspeito que Cristo se sentiria bem mais próximo de ateus e agnósticos que tivessem sido educados como o velho e granítico Afonso educou o seu neto Carlos nos Maias - para ser um cavalheiro e "nada mais". Um santo Domingo para si.

Anónimo disse...

Mas
estaremos aqui para nos julgar uns aos outros?

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Da minha parte, não se trata de confundir entre alguma "hierarquia e certos fiéis e o resto da Igreja".

A verdade é que, com a eleição deste novo Papa, as facções mais conservadoras, algumas ultra-conservadoras mesmo, dentro da Igreja (e aqui incluo organizações de leigos e hierarquias, de igual modo), sentem-se com as costas quentes. O "site" a que se refere é apenas a ponta do iceberg.

Anónimo disse...

NoisyNose,

bocê a 300/H cheio de drunfos à mistura c/JB ou a gente sabe lá que
Colas (cá pra mim prefiro Pepfodente's
Shakira no Baticano...rsrsrs
bocê parece a outra Kota k num largaba o boss,o gajo a tocar umas
castanholas nas Ramblas e bocê disf.de seal, atràs da Heidi...bocê
andou um mesito bem,mas a risperiDona é nobita demais pra um
trinton,ou bai dezer que tem binte7
anos intÈ o FêQuêPê boltar a ser campion´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
Olhe tá na hora da missa, num lhe
faria mal uma Hostioporose de bez em quando.

PortoCroft disse...

escrevinhador,

Sem dúvida. Entendo isso. Não podemos é esquecer que é "essa gente tão diversa", sobretudo a mais conservadora, que está na base dos grandes erros históricos da Igreja (dos quais, relativamente a alguns, já se penitenciou), do progressivo afastamento de fiéis e, pior que isso, no cada vez menor número de vocações.

Julio Machado Vaz disse...

Escrevinhador,
Tem razão. Se calhar, como quase todos nós, o velho Afonso defendia a educação para a "sua" ideia de gentleman:). Mas o princípio parece-me correcto: o ser humano pode atingir uma dimensão ética a partir de si próprio e dos outros, sem que ela venha necessariamente do Alto através de "tradutores" do divino.

Portocroft,
É verdade, a crispação está no poder. Mas conheço inúmeros católicos que não se reconhecem neste movimento do pêndulo no sentido da intransigência. Gente que acalentou sonhos trinta anos atrás e ainda vive de acordo com eles; outros que começam agora a fazer o seu caminho e se identificam com os primeiros.

Anónimo disse...

'sponte sua' 10:34
caro(a)

Se ler atrás (11:10PM), eu própria fiz um julgamento qd clamei contra o bando de mentecaptos que denuncia VFP. Eu falava (às 9:49) dos julgamentos interblog, ou seja, da 'preciosidade' do estilo de quem colecciona textos doutrém para se entreter posteriormente com diatribes de alto quilate.

Diatribes que ... já me divertiram, mas passaram a assustar-me por assumirem publicamente o mesmo carácter persecutório do bando que acusa VFP.

Escondamo-nos irmãos q’aqui nos blogs nos observam …
ou, parafraseando o cinismo de Ivan Lins e Vítor Martins, cantado por Elis Regina em 'Cartomante':

'Nos dias de hoje
'bom que se proteja
ofereça a face
a quem quer que seja.

(…)

Não ande nos bares
esqueça os amigos
ñ pare nas praças
não corra perigos.

(…)

etc etc (e é no etc que está o texto mais interessante desta peça musical que sugiro ao Portocroft

PortoCroft disse...

e.,

Conheço mas, não estou certo de ter na minha discoteca. É muito bonito isso, sim. Se tiver, coloco.;)

Anónimo disse...

Grata
um dia destes digo-lhe onde pode ouvir isto na antena 1
mj

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Porque na vida de um homem, há sempre uma Maria, a faixa 11 do canal 5, é para si.;)

Olha Maria

Olha Maria
Eu bem te queria
fazer uma presa
da minha poesia.
Mas hoje, Maria,
A minha surpresa
A minha tristeza:
Precisas partir.

Parte Maria
Que estás tão bonita
Que estás tão aflita
P'ra me abandonar
Sinto, Maria,
Que estás de visita
Teu corpo se agita
Querendo Dançar.

Parte, Maria
Que estás toda núa
Que a Lua te chama
Que estás tão mulher
Arde, Maria
Na chama da Lua
Maria cigana
Maria maré

Parte cantando,
Maria, fugindo
Contra a ventania
Brincando, dormindo,
Num colo de Serra
Num campo vazio,
Num leito de Rio
Nos braços do mar.


Ai! Alegria
Que a vida, Maria
Não passa de um dia
Não vou te prender
Corre Maria
Que a vida não espera
É uma Primavera
Não podes perder

Anda, Maria
Pois eu só teria
A minha agonia
P'ra te oferecer.

Anda, Maria
Pois eu só teria
A minha agonia
P'ra te oferecer.

PortoCroft disse...

e.,

Já coloco a Cartomante no "site".

noiseformind disse...

Porty e Éme, não sabiam responder um agora e outro mais logo? Um tipo acorda e leva logo com isto depois da Santa Missa.

Éme, mas é claro que referes bons exemplos na Igreja? Achas que isso me ia passar ao lado? Como referes com gratidão essa atitude de eles vos educarem sem chavetizarem as coisas ensinadas, só nos livros de crónicas tens 6 referências a essa fase da tua educação!!!. Eu não disse isso, não disse isso, não disse isso. Estou a falar de trazeres para a tua área de intervenção pública temas em que a Igreja estivesse em sintonia com a gesta secular!!! ;) é essa a diferença, da qual dei dois potenciais exemplos. Repara que este este caso do Feytor Pinto é taxativo. Não divulgaste a opinião do Feytor Pinto mas já divulgaste a atitude reaccionária (Como sub-30 reservo-me a usar esta palavra sem ser acusado de ser bombista de extrema-esquerda ; ))) ) dos tais bovinos indignados. Que andem por aí pessoal, eles andem aí. A senhora ginecologista reformada que fazia a parte de "higiene do casal" (não estou a brincar, era mesmo assim que ela chamava ás sessões) na paróquia onde faço actualmente a secção de sexualidade nos CPM foi a correr para o Secretariado Diocesano da Pastoral da Família ali no Seminário de Vilar apresentar queixa de que eu, entre outros crimes, ensinava a terrível contra-(natura)contracepção. Mas achas que lhe deram encaminhamento? Naum, népia, nops, niet, nix, holi... Centrei-me na forma como ao longo da tua obra pública (não só a que está nos livros de cronicas mas tb nas crónicas ainda não re-impressas em livro) tomas a exposição da Igreja pelos seus "exemplos" de desajustamento secular. E nem te critico por isso, ou não tivesse eu no arranjo do meu arquivo da tua obra pago mais de 300 euros por aquele livrinho com a tua dissertação ao Conselho Cientifico do Abel Salazar ; )))))))))))) ; )))))))))
Sou acima de tudo um Estudioso murcuniano, fielmente coleccionando e integrando na obra restante tudo o que vai surgindo publicamente di Te, paisan. E portanto reafirmo, não ponho em causa exemplos de pessoas ligadas à Igreja que te afectaram positivamente ao longo da tua História, eles estão várias vezes presentes. Reafirmo que optas na tua dissertação e observação do mundo por questões de vivência religiosa em choque com a secularidade do mundo, e mais! até arrisco que isso te dá um certo GOZO! ; )))

Quanto ao Porty... deixa-te tar pá... deixa-te tar... eu sou um pobre solteirão, e não há empregada interna moldava que trabalhe ao Domingo, resumindo, tenho de esmolar "almoço familiar de Domingo" em família alheia, ou não Andasse o patriarca e a matriarca da família Maia por terras do Tio Sam, respondo-te de bucho forrado logo à tarde tá bem? (ao isso de dizeres que sabes que eu sei que sabes que eu sei que a outra gaja sabe que és... ai ai ai... ai ai ai... not mint man... not mint...)

Peter

P.S.- Tiago, como é sabido, tirando a Sangria, o Vinho do Porto, o Baileys e a Caipirinha, o Vinho do Douro e o sexo eu não me meto em drogas. Sofro sim, tal como você, de dilacerantes insónias hemio-parietais, que me levam o sono por 22 dias seguidos, como fantasmas arrancados ás minhas noites. Vá aparecendo homem... vá aparecendo ; )

Escrevinhador, podes ser caloroso À vontade, quem como eu já foi à casa de banho do Boyz no Porto num Sábado à noite tem uma tolerância muito superior à média para a colorosidade do mesmo género loooool looooooool loooooool loool loooooooooool loooooooool looooool looooool looooool looooooool looool looooooool loooool loooooool

PortoCroft disse...

Noisy,

Como seria de esperar, deste uma resposta ao teu nível. Depois hás-de me explicar, publicamente, os trocadilhos, ok?

Vai almoçar que, ao que parece, o estômago vazio, esvazia-te a cabeça. Nada de grave. Coisa reflexa.;)

andorinha disse...

Olá Júlio e maralhal.
Mas esta gente não dorme???:)
Discussão pela noite dentro...

Claro que não se deve confunfir alguma hierarquia e certos fiéis e o resto da Igreja.
Eu ontem referi-me à Igreja Católica enquanto instituição, por isso mantenho o que disse.:)

Júlio,
"...o ser humano pode atingir uma dimensão ética a partir de si próprio e dos outros, sem que ela venha necessariamente do Alto através de "tradutores" do divino".
É exactamente essa também a minha opinião.

Anónimo disse...

Não gostei deste intervalo para almoço imposto pelo Doutor Pedro, já estava aqui de pipocas e bandeirinhas na mão pronta a assistir ao embate de ideias entre aqueles que julgo serem os mais intelectualmente activos personagens deste site e que raramente se entrecuzam de opiniões ;..(
Uma Union Jack pelo "Porty", uma bandeira de John Hopkins College pelo Peter e uma bandeira da Confraria das francesinhas pelo Professor, agora vou ter de arrumar tudo! Que falta de respeito dos intervenientes pelo público;)

RAM disse...

Comentário II

A pergunta, constitui, obviamente um exercício de retórica, não carecendo de resposta (embora eu já a tenha dado :))))).
Não tomemos a nuvem por Juno...
Registo - pela negativa, se me é permitido - a altivez patente em alguns comentários, seja quando os mesmos tem como alvo de crítica a Igreja, a sua defesa, ou mesmo quando a discussão se debruça sobre um outro assunto qualquer.
Todas as opiniões são, do ponto de vista intelectual, aceitáveis, desde que tenham subjacentes pressupostos de seriedade e não enfermem dos proselitismos que inviabilizam todo e qualquer debate sério.
Não há verdade absolutas. Muito menos donos da verdade.
Julgo que não assiste a ninguém qualquer tipo de superioridade moral sobre eventuais habitantes de “small towns”.
Não deixemos que a vivência cosmopolita das grandes metrópoles nos faça padecer do terrível vício da jactância, em si mesmo tão lamentável como o provincianismo que tanto atrasou este País.

Caríssim@s, não culpabilizemos a Igreja pelos males do mundo.
Não assaquemos sempre às “Cúpulas” a responsabilidade ÚNICA pelo rumo dos acontecimentos. Não sendo minha pretensão repetir-me, reiterando o que já referi em discussões anteriores, direi somente que há cristãos, católicos ou não, que são mais ortodoxos do que o Papa.

Lembro-me de discussões nos tempo da Universidade com certos colegas da JCP e do PSR (então ainda pouco burguês) que defendiam linhas de pensamento capazes de transformar Marx, ou pior Estaline, num menino do coro.

No seio da Igreja, como na própria Sociedade em geral, existe de tudo.
Se 1% da população for psicopata, a estatística dir-nos-á que existe uma grande probabilidade de 1% dos médicos serem psicopatas, o mesmo sendo válido para padres, advogados, professores, lixeiros, engenheiros, informáticos, etc.

A Igreja Católica, mais não seja, pela sua própria dimensão, vive nessa mesma pluralidade. Essa é a sua riqueza. Essa é a riqueza da Sociedade e da Aldeia Global em que vivemos. PLURALIDADE.

Agora, sejamos objectivos: neste assunto, como em tantos outros, quantas vezes nos refugiamos atrás da (ineficácia) do Status Quo – político ou outro – para justificar a nossa própria passividade, ou pior, a nossa apatia.

Aquando do rescaldo do LIVE 8, reli uma passagem de um livro de Alain Tourraine, no qual era feita a apologia de novos actores sociais:
”Há que rejeitar resolutamente todos os discursos que procuram convencer-nos da nossa impotência.
Até quando ouviremos e falaremos uma linguagem que contradiz a nossa sensibilidade e os nossos próprios actos?
Até quando repetiremos que estamos sujeitos à dominação absoluta da economia internacional, quando todos os dias inventamos e defendemos ideais, discutimos reformas e quebramos o silêncio?
Será assim tão difícil compreender os que apenas falam de dominação e os que acreditam na libertação possível? Os que apenas invocam o Estado e os que acreditam na afirmação de novos actores sociais?”

Estou em crer que existe uma maioria crescente de católicos que se revê mais na liberdade da Fé, tantas vezes trocada e adulterada no passado (é um facto; mas há alguma Instituição que esteja imaculada????) pelas vaidades clericais e laicais.

Mao dizia que a praxis precede a doutrina.

Neste particular, penso que ele tinha razão.
A Igreja está em mudança... porque a Ecclesia (A Comunidade) também é feita de homens e mulheres livres que, felizmente, não pararam no tempo.

andorinha disse...

Não tendo nada a ver com o post, mas como a ternura é sempre necessária, aqui fica:

TERNURA

Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

David Mourão-Ferreira

Até mais logo e fiquem bem.:)

Anónimo disse...

Não sei se repararam mas o Padre Feytor Pinto lá vai dizendo ao Público de hoje que não apela À vulgarização do uso do preservativo, por isso parece-me que a coisa é entre os rapidcais e os ultra-radicais da IGreja, entre os que dizem "nunca jamais" e os que dizem "se o preservativo fôr para a SIDA, se o aborto fôr para uma violação...". Enfim, faltam à Igreja mais pessoas como ali o Dr. Noise e o Sr Portocroft.

E pq não o próprio Professor se tornar sacerdote? ; )

Pamina disse...

Boa tarde JMV e maralhal,

Depois duma noite bem passada com o querido Lobices (honi soit qui mal y pense), uma manhã inteira na caminha e um brunch seguido pela minha nataçãozinha habitual, passei por aqui para reler o post e os comentários.

Parece-me que há um aspecto, à volta do qual gira este post, que ainda não foi mencionado (ou se o foi, foi-lhe dado uma conotação negativa) nomeadamente a amizade que une o Prof. JMV ao Padre Vítor (como é aqui nomeado), ou melhor, a Amizade, ponto.
Claro que não estou a sugerir que o Prof. JMV só ficou indignado com estes acontecimentos devido ao facto do Padre Feytor Pinto ser seu amigo. Todas as pessoas de bem de certo ficarão sempre indignadas com atitudes deste género, independentemente de quem seja o alvo. No entanto, neste caso trata-se de um amigo seu e ele defende-o. Naturalmente. Aliás, confessa-o no texto "Sou, portanto, suspeito..." E qual é o mal? É natural defendermos os nossos amigos, ainda para mais, quando os vemos serem alvo de uma intolerância torpe, sabendo nós que eles próprios demonstram no contacto com pessoas de outra ideologia uma tolerância exemplar.

Anónimo disse...

Fiquei com um grande fascinio desse homem que está na base de muitas instituições religiosas: Jesus Cristo.Para mim, um simbolo de humildade, de amor, de partilha,... valores maiores em que acredito profundamente, quer num desenvolvimento pessoal, quer num desenvolvimento social.
Apesar de não estar muito interessado nos discursos da igreja nem dos cristãos, a verdade é que quando na minha vida me cruzo com eles (discursos), encontro muito pouco desse homem maior: o fundador, o inspirador!
Lembro-me então que a igreja é feita de homens "normais", é uma construção de homens normais.
Mas por vezes deixa-me triste tanta falta de Jesus nas cabeças e corações de tantos cristãos.
Enfim!!
Paz e muito Amor

Anónimo disse...

Absolutamente certeira, Pamina! Já tinha pensado nisso, este texto é, antes de tudo o resto, uma bonita demonstração pública de afeição e estima, que ganha um outro encanto quando resiste às enormes diferenças e distâncias de opinião.

Julio Machado Vaz disse...

Pamina e Gonçalo,
Obrigado.

noiseformind disse...

Mas, como católico confesso que, se assume falhar em quase todos os mandamentos da Santa Madre Igreja, explica-me uma coisa: Sendo a Igreja, "o povo de Deus em movimento", porque motivo é ele quem menos ordena? ;)

O dia correu de molde a que só agora (e entre notas dos preparos para o meu retorno a Barcelona) alinhavo uma ou duas ideias face a esta tua pergunta ma cherie, meu Portozinho Colheita de 1937 ; ))))))))))) Para união bastante em termos melómano-geográficos coloco Tim Booth nos auscultadores ; )
Não sou perito em História da Igreja Católica, o que sei vem-me de uma vintena de calhamaços espalhados ainda pelas caixas não abertas dos meus tempos de S. Diego, que correm o risco de não encontrar relação directa nas dendrites do meu pequeno e muito já ocupado cérebro. Como cristão, e como cristão que foi catequisando, catequista, orientador e em processo de diaconado (o Éme regozija já com esta sequência e diz já “tão a ver, hierarquia, hierarquia, o gajo pensa que é mais que os colegas de maralhice”) posso dizer que só posso responsabilizar-me pelo meu pedaço, a paróquia na qual comungo e da qual faço parte como membro da comunidade ali presente. Uso os meus talentos nos campos em que eles frutificam e não me coíbo de discordar, concordar, refilar, bater portas, entreabri-las e até deitá-las abaixo quando o espírito a isso me anima. Na minha comunidade o povo ordena, e ordena muito, nada se faz sem consulta prévia das forças vivas da comuna ; )))))))))) comuna por assim dizer ; )))))))) mas muito se faz por animação do Pároco, muito é feito com o sacrifício pedido por ele de uma nesga de tempo da nossa parte, e digo já, MUITO POUCOS são os que têm essa nesga de tempo, e estou a falar de MUITO POUCOS entre os que frequentam (A palavra está correctíssima, com ironia e sem ela) a Igreja. Portanto, a seara nunca esteve tão deserta e portanto é natural que a expressão “Nós Somos Igreja” seja fundamental para perceber uma certa ideia de que o trabalho desenvolvido numa paróquia não grassa no Centro Diocesano e obviamente tem expressão ainda mais escassa em termos de Igreja como Corpo Universal. Por exemplo, o Padre Feytor Pinto falou de aborto para casos de vilação e preservativo como prevenção À SIDA, ora isso está a milhas da ideia de dupla-contracepção que coloco como fundamental em termos de ideia de casal nos primeiros meses de casamento. Mas lá está, naquela paróquia o meu trabalho é aceite, as sessões de CPM são frequentados por pessoas de várias outras paróquias, e há quem não goste, e há quem mande cartinhas viperinas para o bispo, tentando chamar o “gado” ao redil. Mas é aí que o Bispo exerce a sua secularização, permitindo que essas sessões continuem. Não é um apoio, é uma aceitação de que aquelas sessões não contribuem para macular o sacramento do casamento mas que o tornam mais capaz de enfrentar questões praticas e reais. Claro que o Bispo corre o risco de que este trabalho, exposto por uma televisão sensacionalista se torne motivo de resignação. Aliás, uma das formas de “contornar” a questão da contracepção é perceber que claramente OS JOVENS QUE VÊM PARA OS CPM JÁ A PRATICAM!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Portanto, o que se passa hoje em dia é que a Cúria, o centro nevrálgico de decisão da Igreja, está representado por pessoas de um tal grau de envelhecimento e ao reflectir a cada vez maior percentagem de pessoas vindas dos focos “florescentes” da Igreja no Hemisfério Sul tem uma incapacidade para teorizar sobre estas questões. Exercemos a nossa democracia agindo pelo Evangelho e não pelo dogma, e nesse sentido surge o ecumenismo, que é concluir que mais do que discutir se a Virgem Maria pinocou ou não pinocou com S. José se deve discutir se a morte de Cristo não nos tornou a nós próprios agentes da nossa Salvação, e esse assobiar para dentro que tu e outros fazem, vivendo tranquilamente as suas vidas de classe média suburbanas em termos da nossa cristolificação dizem-nos pouco. Porque seguimos o exemplo com as nossas redomas de imperfeições e circunstâncias, mas não nos apeamos no assistir externo do espectáculo. E, como é sabido, as católicas praticantes usam em média dois números acima de soutien que as não praticantes looooooooooool looooooooool looooooooool looooooooool loooooooooooool looooooooooooooooooooooool looooooooooool looooooooooool looooooooooooooooooool loooooooooooooool loooooooooooooooooooool looooooooooooooooool

; )))))))))))))

Gonna wash away my…
Gonna wash away my…
Gonna wash away my…
Fears of this place…
Gonna wash away my…
Gonna wash away my…
Gonna wash away my…
Tears from your face…

Anónimo disse...

Noise,
Como católica praticante obrigado por colocar as coisas no devido pêndulo. Escolhemos esse magnífico exemplo de Cristo para fazer das nossas vidas um tributo aos outros, e do outro lado, do lado dos comodamente instalado na sociedade assobiam-nos com a imagem cristalizada das nossas elites Vaticanas. PortoCroft, intervenha no mundo como lhe aprouver, que muito sejam tocados pelas suas boas obras, e que elas se multipliquem para além do esperado, são os desejos super-optimistas (e porque não realistas?) desta católicazinha igualmente cheia de atentados aos mandamentos no seu currículo ; )

PortoCroft disse...

Noiseformind,

A tua resposta continua a estar ao teu nível. Ou seja, baixo. E é pena.

Pena, não porque me aqueça as tuas insinuações e/ou afirmações. Pena, porque as fazes sob anonimato e não dás a cara. Pena, por último, por compores o retrato perfeito do pseudo-intelectual e/ou intelectual de pechisbeque, encéfalo adubado pelo estrume que, infelizmente, pessoas como tu fazem do nosso país.

Cresce. E se um dia tiveres cara para a mostrares e assumires as tuas palavras, estou á tua disposição.

Anónimo disse...

E não é que o PortoCroft mostrou que é tão rasca como Maites, Andorinhas e afins? Afinal sem um bom copy paste pouco lhes sobra para dizer, argumentar, fundamentar... lamentável, simplesmente lamentável.

Andou o Dr. Noise a esforçar-se por dar cavaco a uma pessoa que mais não fez do que recitar meia-meia dúzia de diatribes, vergonhoso e baixo, típico de país de 3º mundo, que afinal somos, quer estejam os nossos 3ºs mundos aqui ou em Londres. O que mostra que ser um bom técnico de som (e o som do Murcon está excelente e poderei ser vossa testemunha em qq tribunal onde vos levem por quebra de direitos de autor :)))))) nada garante em termos intelectuais ou de elevação pessoal, até pq qq pessoa percebia as piadas que o Dr Noise referiu na primeira mensagem.



Havia tanto para pegar no seu texto, Dr. Noise, como por exemplo a sua quase-citação agostiniana, que apreciei em particular, a responsabilidade do cristão é acima de tudo com a sua comunidade, e é nela que a sua acção se deve expressar mais veementemente, e "quando todos" localmente exercerem a sua missão de fé então todos viveremos em harmonia. Soberbo, soberbo, e não me refiro ao pecado ; )

Mas apreciei fundamentalmente a forma como mostrou que o progresso da Igreja se faz essencialmente por quem vive o espírito de Cristo e não por quem atira umas postas de pescada para dentro da Igreja expressando os seus complexos familiares neo-natais, dizendo que não acreditam mas que SE acreditassem... mas que é isso? Não acreditam mas se acreditassem? Se o EuroMilhões me saísse eu estava rico e até digo que fazia isto ou aquilo, mas não me meto a dizer "Fulano ganhou o EuroMilhões e agora deve fazer isto ou aquilo"

Este seu texto, como referi ao início, mostra como pelo menos para desmascarar a ideia de conhecedor de alguma ali da parte do Senhor PortoCroft, que só desvalorizando-o conseguiu atenuar um pouco o embate acuilante das suas palavras : )

Veja lá se não nos abandona aqui na caixa de comentários a estes mercadores de pechibeque :)

Abraço

Anónimo disse...

tiago pereira/peter maia :))))));))))))
que esclarecedor

Maite disse...

Bom dia Professor e Maralhal

sr tiago pereira, já que o incomodam tanto os nossos comentários, a música deste blog e até pelos vistos os posts do nosso anfitrião, porque não vai fazer os seus elogios ao sr noiseformind no blog dele? Acho que ele agradeceria uns tantos comentários mais estruturados do que aqueles que se podem lá ler. Aproveite e vá lá.

RAM disse...

Bom dia.
Vou repetir o meu último post, face à agressividade patente:

"Comentário II

A pergunta, constitui, obviamente um exercício de retórica, não carecendo de resposta (embora eu já a tenha dado :))))).
Não tomemos a nuvem por Juno...
Registo - pela negativa, se me é permitido - a altivez patente em alguns comentários, seja quando os mesmos tem como alvo de crítica a Igreja, a sua defesa, ou mesmo quando a discussão se debruça sobre um outro assunto qualquer.
Todas as opiniões são, do ponto de vista intelectual, aceitáveis, desde que tenham subjacentes pressupostos de seriedade e não enfermem dos proselitismos que inviabilizam todo e qualquer debate sério.
Não há verdade absolutas. Muito menos donos da verdade.
Julgo que não assiste a ninguém qualquer tipo de superioridade moral sobre eventuais habitantes de “small towns”.
Não deixemos que a vivência cosmopolita das grandes metrópoles nos faça padecer do terrível vício da jactância, em si mesmo tão lamentável como o provincianismo que tanto atrasou este País.

Caríssim@s, não culpabilizemos a Igreja pelos males do mundo.
Não assaquemos sempre às “Cúpulas” a responsabilidade ÚNICA pelo rumo dos acontecimentos. Não sendo minha pretensão repetir-me, reiterando o que já referi em discussões anteriores, direi somente que há cristãos, católicos ou não, que são mais ortodoxos do que o Papa.

Lembro-me de discussões nos tempo da Universidade com certos colegas da JCP e do PSR (então ainda pouco burguês) que defendiam linhas de pensamento capazes de transformar Marx, ou pior Estaline, num menino do coro.

No seio da Igreja, como na própria Sociedade em geral, existe de tudo.
Se 1% da população for psicopata, a estatística dir-nos-á que existe uma grande probabilidade de 1% dos médicos serem psicopatas, o mesmo sendo válido para padres, advogados, professores, lixeiros, engenheiros, informáticos, etc.

A Igreja Católica, mais não seja, pela sua própria dimensão, vive nessa mesma pluralidade. Essa é a sua riqueza. Essa é a riqueza da Sociedade e da Aldeia Global em que vivemos. PLURALIDADE.

Agora, sejamos objectivos: neste assunto, como em tantos outros, quantas vezes nos refugiamos atrás da (ineficácia) do Status Quo – político ou outro – para justificar a nossa própria passividade, ou pior, a nossa apatia.

Aquando do rescaldo do LIVE 8, reli uma passagem de um livro de Alain Tourraine, no qual era feita a apologia de novos actores sociais:
”Há que rejeitar resolutamente todos os discursos que procuram convencer-nos da nossa impotência.
Até quando ouviremos e falaremos uma linguagem que contradiz a nossa sensibilidade e os nossos próprios actos?
Até quando repetiremos que estamos sujeitos à dominação absoluta da economia internacional, quando todos os dias inventamos e defendemos ideais, discutimos reformas e quebramos o silêncio?
Será assim tão difícil compreender os que apenas falam de dominação e os que acreditam na libertação possível? Os que apenas invocam o Estado e os que acreditam na afirmação de novos actores sociais?”

Estou em crer que existe uma maioria crescente de católicos que se revê mais na liberdade da Fé, tantas vezes trocada e adulterada no passado (é um facto; mas há alguma Instituição que esteja imaculada????) pelas vaidades clericais e laicais.

Mao dizia que a praxis precede a doutrina.

Neste particular, penso que ele tinha razão.
A Igreja está em mudança... porque a Ecclesia (A Assembleia) também é feita de homens e mulheres livres que, felizmente, não pararam no tempo. "

Fiquem bem!

Unknown disse...

Ora viva maralhal.
Após tudo bem espremido e aproveitando o que foram mencionando, saliento: Afonso da Maia foi o personagem dos Maias que mais me marcou.

Sobre o post?
No comments

andorinha disse...

tiago pereira, teixeirinha, noise, patrício silva (whoever you are...)

Como já referi, não me ofende quem quer, mas apenas quem pode, o que não é manifestamente o caso.

Rasca seria sim, se me pusesse ao vosso nível.

Anónimo disse...

As mesmas pessoas que não se incomodam com os insultos do tal que é Portocroft ofendem-se com quem mostra acordo com o senhor Noise, demasiado demodé, demasiado mesmo. Eu por mim penso que quem defende uma posição de forma estruturada e ordenada como o Peter fez não deve ser insultado por isso, quando muito pode-se contra-argumentar. Se se entra pelo campo do insulto, qq razão que pudesse ser ganha no debate se perde.

E pronto, desta "questão" estou falada, quanto à questão da denúncia, claro que não, ser cristão não é isso de todo, mas cristãos hão-de sempre existir que usam a Igreja como filtro e justificação para as sua vistas estreitas do mundo.

Abraço universal e ecuménico para os presentes ; )

Tão só, um Pai disse...

Sempre foi o tempo de os católicos terem uma posição face ás mais patéticas atitudes da hierarquia.

Onde está a porcaria do endereço da página em que essa caça ás bruxas é praticada?

Anónimo disse...

Dr Noise

A ideia de que as católicas têm peitos maiores do que as não-católicas é, nos tempos de hoje, factor de conversão não-desprezável, falo por mim claro

Anónimo disse...

Diga lá a paróquia em causa onde fez o seu 'trabalho de campo'

Anónimo disse...

;)))

O que tu queres sei eu!

Anónimo disse...

queridos amigos

gosto tanto do peter e do tiago que apareço sempre colada a eles e a explicá-los melhor não vá alguém pensar mal deste santinhos

abraço e boa tarde para todos

Anónimo disse...

Fiéis da paróquia do Campo Grande (Lisboa) estavam ontem indignados com a circulação de uma carta anónima enviada por e-mail que apela à denúncia junto do Vaticano da posição do padre Feytor Pinto sobre o preservativo.

"O lugar das cartas anónimas é no arquivo vertical, ou seja, no lixo", disse, ontem, durante a homilia. "Não julgues para não seres julgado", acrescentou, sublinhando, no final, o "dever de não julgar e não condenar", porque "quem o fizer não é cristão".

Anónimo disse...

A entrevista do Pe Feytor Pinto, que mostra o quanto certos sectores da Igreja católica são brechas naquele edifiício que as mais das vezes transpira um dogmatistmo que nos próximos tempos não mudará certamente (oh Bento XVI!), era boa demais para não ser relativizada passados uns dias! Mesmo em relação ao preservativo, só em casos extremos, dizia o Pe F. Pinto!!! Isto começa a ser ridículo, a pressão a que os membros da Igreja, e, claro, aqueles que têm maior visibilidade mediática, estão sujeitos...

Sem mais comentários por agora.

Quanto à banda sonora do blog: assim não vale! ou prestamos atenção ao blog ou ouvimos a música, eu por mim, com esta música, não me peçam mais nada! :)))