terça-feira, outubro 11, 2005

Na estrada.

Mais um Congresso. Mais um quarto de hotel. Mais uma voltinha, diza-se nos carros de choque da minha infância. Há um tempo para tudo e o meu de saltimbanco expirou. As salas, o ar condicionado, os anúncios de propaganda médica. Os microfones que me fazem suspirar pelos anos em que não necessitava deles. Os computadores e as mil piruetas do power-point. Os públicos, que respeito mais do que nunca no meu trabalho, mas sem o gozo de outrora. Há um tempo para tudo. Voltar a Cantelães para polir o livro. Ver o corte de cabelo castrense do Gaspar, que de bebé caminha a passos largos para puto reguila. A doçura adoentada do Tiago. A família reunida no D'Oliva, sob o meu olhar enternecido e grato. Os Byrds irrompendo no livro para ficarem, "To everything, turn, turn, turn.../There is a season, turn, turn, turn...". Há um tempo para tudo, mas não há tempo para tudo. Longe dos meus e do projecto que verdadeiramente me interessa agora, sinto que as prioridades estão de pernas para o ar. Vou falar de sexualidade e envelhecimento. É um bom tema, com saúde a sexualidade refina-se com os anos, a sofreguidão da juventude afunila os sentidos. O envelhecer e o VIH, uma relação perigosa por desleixada pelos técnicos, também eles apanhados pela visão assexuada dos mais velhos. Não pensando, por exemplo, que a geração dos baby-boomers não envelhece na obediência a tantos mitos como a de seus pais. Felizmente:)))))).

114 comentários:

Rosa disse...

Faça assim uma espécie de "pit stop", como se diz não nos carrinhos de choque da sua infância mas nas actuais corridas de Fórmula 1. E quando voltar a sentir a nostalgia das salas cheias, dos computadores, dos microfones, das palmas ao vivo e a cores, saia da boxe. Nós, "os públicos", estaremos à sua espera. :)

Anónimo disse...

Rosa, porque é que és assim tão palermoide?

Anónimo disse...

Professor Machado Vaz,

Para quem como eu chegou há relativamente pouco tempo ao clube dos trintões, este discurso é até fácil de ser pensado ou mesmo imaginado, mas impossível de ser sentido. Isto levava-nos longe, a diferença entre experimentar e pensar((.

Admito que na vida as prioridades não são imutáveis, por isso compreendo que o gozo não seja o mesmo. Mas, não posso deixar de lhe dizer que sempre que o vejo na televisão ou quando o escutava na rádio, as intervenções são de um entusiasmo contagiante((...o que me leva a concluir que, pelo menos, o interesse ainda é o mesmo.

Manolo Heredia disse...

Professor Machado Vaz,

Lembre-se que só se deseja "voltar a Cantelães para polir o livro, ver o corte de cabelo castrense do Gaspar, que de bebé caminha a passos largos para puto reguila, ver a doçura adoentada do Tiago", quando não se tem isso todos os dias. O segredo é saber (poder) dosear.
Conheço alguns 55entões como nós que se reformaram debaixo essa ilusão. E arrependeram-se.

Anónimo disse...

Sexualidade e envelhecimento...
Porque não: sexualidade, envelhecimento e amor?
Estou sem tempo...
Haveria, talvez mais a dizer sobre isto.
Fica para a próxima (fica sempre).
Também estou com as prioridades ao contrário.
Fique bem professor e volte!

PortoCroft disse...

Turn Turn Turn
The Byrds

(Letra - Adaptada do Livro de Eclesiastes - e música de Pete Seeger)

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time for every purpose under heaven

A time to be born, a time to die
A time to plant, a time to reap
A time to kill, a time to heal
A time to laugh, a time to weep

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time for every purpose under heaven

A time to build up, a time to break down
A time to dance, a time to mourn
A time to cast away stones
A time to gather stones together

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time for every purpose under heaven

A time of war, a time of peace
A time of love, a time of hate
A time you may embrace
A time to refrain from embracing

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time for every purpose under heaven

A time to gain, a time to lose
A time to rend, a time to sew
A time to love, a time to hate
A time of peace, I swear it's not too late!


Caro Prof. m8,

E era preciso escolher logo uma música baseada nas palavras do Livro de Eclesiastes? ;) Isso, por si só, é mau sinal. Digo-lhe mais, é muito mau sinal. ;)))

Sendo muito mais novo (para não voltar a cometer a deselegância de me referir à sua provecta idade) que o Prof., entendo-o perfeitamente. Dá-me ideia que, a partir de certa altura na nossa vida, valorizamos mais as pequenas grandes coisas que ou não valorizávamos anteriormente ou pura e simplesmente não tínhamos tempo para. São fases da vida que também têm as suas vantagens. Assim saibamos vivê-las serenamente.

andorinha disse...

Júlio,

Ao contrário do Gonçalo,
entendo-o bem.:)
Isto remete-nos para a diferença entre trintões e cinquentões.:)))
Às vezes sinto o mesmo - há um tempo para tudo, mas não há tempo para tudo.
Realmente ao longo da vida as prioridades vão-se modificando; interessa é que continuem a existir, prioridades e objectivos.
Sem isso, estamos "lixados".
Nem de propósito, um amigo meu disse-me hoje: "Não esperes pela vida eterna. Vive a tua vida até ao limite."
Penso que é um bom conselho; aqui o deixo para todos.:)

Anónimo disse...

'longe do projecto que verdadeiramente me interessa' ...

o 'jardim' onde se prepara o estudo da história e do tempo longo das 'sexualidades'?

porque do tempo curto fala-se por aqui, o tempo daquelas meras 7, 8 ou 9 décadas q experimentamos.

Maite disse...

A propósito de microfones, contrariamente ao Professor, aquele senhor que toda a gente sabe, estava a ponto de explodir à falta deles naquele dia;)))))

Inexoravelmente vamos sempre virando páginas e o tempo não pára embora por vezes, desejassemos que sim. Que bom seria que pudessemos harmonizar as nossas prioridades para que nada de importante ficasse para trás, mas creio que isso será apenas uma ambição que sempre perseguiremos.

Anónimo disse...

Professor

Não esqueça, por favor, aqueles que também sabem que há um tempo para tudo e que até sonharam com prioridades "maduras" do género das suas, mas que, nas voltas da vida, as perderam... Esses vêem-se obrigados a viver numa estação que já não é a sua...

Moon disse...
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andorinha disse...

Precisamente por se saber que não há tempo para tudo, é que se dispensa mais tempo ao essencial, não será assim?
E não é o que faz, "saboreando" o seu refúgio, os seus netos, o livro a polir?
O passar dos anos não tem também esse lado positivo?
E de qualquer forma, a vida não acaba aos 55.:))))))))

"...com saúde a sexualidade refina-se com os anos, a sofreguidão da juventude afunila os sentidos."
Totalmente de acordo.

E esta vai direitinha para o Noise.:)))))))))))))

Vera_Effigies disse...

Mahatma Machado Vaz,
Eu tenho 10 anos menos e sabe que me sinto como se tivesse 15?...
Por favor arrebite!!!
Onde está aquele homem de brilho no olho, que tem de certeza, mas nem se dá ao cuidado de ver ao espelho?... Olhe bem, respire fundo e pense:
- No início do século passado a esperança de vida era de 40/50, juventude começava muito cedo 10/15 ;)
-Hoje a esperança de vida é 80/90,
está na flor da idade. Em PLENA JUVENTUDE.
Que diabo! Não acha que está a antecipar isso?... Além disso, tem atributos naturais que o deviam envaidecer é charmoso, simpático, bonitão (verdadinha)e é um homem lindo por dentro... Não percebo porque está tão sorumbático e tristonho "carpe diem"...
Acho que precisa mesmo de se encontrar e ganhar ânimo.
Um dia escrevi para mim:
“Parar é morrer”

O fim da estrada,
Não é o fim da vida.
É o fim de uma temporada,
Acabada e já vivida.

Há sempre novas estradas
De terra ou asfaltadas
Que levam a vivências
Nunca antes encontradas.

A novidade é viver
Saber fazê-lo com prazer.
Independentemente das adversidades
Desamores ou inimizades.

Viver,
É caminhar sem olhar para trás;
É ter no futuro a esperança;
É continuar com tenacidade;
É não deixar morrer a mocidade.

A vida é alegria e prazer.
Há que sabê-la viver,
Só ou acompanhada,
Há sempre uma nova estrada.


Fi-lo para mim há uns anos (dez ou mais), mas sinto-o hoje como ontem.
Faça uma forcinha, os amigos ainda que “virtuais”, querem senti-lo feliz.
Por isso “ Nova corrida... Nova viagem… Esta corrida terminou” A viagem começa ainda nem terminou a anterior. FORÇA!
Saudações carinhosas
MJ

Vera_Effigies disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Sonia Almeida disse...

estava aqui a pensar o que haveria de dizer. caminhando a passos largos para uns 31 bem medidos, que parecem muito poucos para alguns, mas que dão sempre para sentir a passagem voraz do tempo. porque realmente não há tempo para tudo...
beijinhos

Anónimo disse...

Felizmente existem pessoas como o Professor que vão tentando mudar pensamentos e acções. Água mole em pedra dura... Por favor, não desista. Faz-nos falta!
Pertenço à geração que citou e por mais que tente racionalizar sei que tenho muita areia na camioneta.
Bom congressso e depois um bom regresso ao lar, ao projecto e aos seus.
Uma boa noite,

Anónimo disse...

Andorinha,

Eu não disse que não compreendo o Prof.JMV. A mudança de prioridades faz para mim todo o sentido, especialmente neste caso. Agora, não me custa admitir que se pudesse sentir o que o Prof. descreve, provavelmente ainda o compreenderia melhor.

noiseformind disse...

Lusco_fusco,

Tá na flor da idade?
Aguardo contratação do homem para ponta-de-lança do Benfica ; ))))))))))))
Será tb ele o Mahatma dos Lampiões? ; )))))))))
Ainda estou aqui À cavaqueira com uma jovem de 50 e poucos, mas em breve espero poder dar um contributo decente para esta caixinha ; ) ; )

E já agora Juzinho, deixa-me que te conforte, afinal não é só uma questão da tua idade, o paradigma tb parece estar em mudança ; ) e aproveitando o teu embalo conferencista, cá está uma apresentação que fiz em Avignon o ano passado:



"A tendência para a penialização da sexualidade foi a principal directiva sexual dos últimos 7 mil anos. O falo, e o falo erecto, foi objecto de adoração durante todo esse tempo e dele dependia a fertilidade. a essa predominância correspondeu o fim dos cultos de fertilidade feminina, que adoravam a vagina como elemento reprodutor. Mesmo as discussão da preformação do Sec XVI-XVIII foram um duelo entre o Ovismo e o Espermismo. Resumindo muito, a consumação (e portanto satisfação) sexual em todo este tempo girou em torno da capacidade eréctil masculina, o que muitas vezes me faz pensar nesta fortíssima ligação que encontrámos entre a emancipação da mulher e o aumento da ansiedade sexual no homem e sua dificuldade em desempenhar o seu papel no acto sexual. Muitos resvalam para uma quase completa a-sexualidade, vivendo entre-portas com esse monstro que é a sua líbido disfuncional. Enquanto que outros lidam com as mulheres estritamente em funcionamento sexual marginal, procurando através de evitar a afectividade, jogar papéis de poder.

Uma questão a reflectir, sem dúvida ; )"

andorinha disse...

gonçalo,
Eu percebi, estava só a brincar contigo, até porque escrevi "isto remete-nos para a diferença entre trintões e cinquentões.:))))))

Entendo perfeitamente o que queres dizer e faz para mim todo o sentido.Se tivesse a tua idade diria provavelmente o mesmo.

Pamina disse...

Boa noite a todos

JMV:
Também compreendo o que sente, mas Cheer up!:)
A importância do tema justificará algum sacrifício. Realmente, não se vêm campanhas anti-sida destinadas à faixa etária dos "sessentas e para cima" e será necessário sensibilizar os tais técnicos que, como diz, ainda não estão habituados a considerar este grupo da população como sexualmente activo.

"Longe dos meus e do projecto que verdadeiramente me interessa agora, sinto que as prioridades estão de pernas para o ar."
Este é um pensamento demasiado desconsolado para passar a noite. Pense, antes, como certamente se irá desforrar no próximo fim-de-semana.:)

Anónimo disse...

Estou de volta!
Depois de pôr os "putos" na cama, claro.
Pois é!
Baby, now that I found you, I can't let you go...
Descobri-o, aqui, e não me apetece outra coisa senão "matar" saudades!
Ilusório, esta coisa de pensar que estou próxima (de si)...
Não se assuste.
Não passo de uma 'fã'(zinha)que o viu pela primeira vez há alguns anos, que o foi revendo (quando calhava), que o gosta de ouvir, quando ouve (que isto de esperar por horários de programas não é comigo).
Uma "amizade" sem sobressaltos....
Adoro ser surpreendida pelo seu humor e acima de tudo pela sua inteligência.
Mas já chega de mimos.
E estou a ver que,esses, não lhe faltam (a avaliar pela rápida olhadela que dei).
Por isso, boa noite, durma bem "Murcon" (zinho)

Maria disse...

"Há um tempo para tudo mas não há tempo para tudo". Gostei da frase. É muito verdadeira. Mas foi dita num dia de desânimo, num dia em q acha q as prioridades estão todas de pernas para o ar. Anime-se professor e não esteja a pensar em arrumar as botas para gozar aquilo q julga ser agora o melhor. A inércia, ou antes, livrarmo-nos de algumas responsabilidades, não é tão bom como isso - pelo menos a tempo inteiro. Sempre é melhor tirar uns dias e gozar esses pequenos prazeres de q fala.
Estou muito faladora hoje!! Foi o Noise e o seu longo discurso q me inspiraram.
Bjs.

Anónimo disse...

Já passei os cinquenta à alguns anos e concordo consigo. Se formos inteligentes suficientes(e isso é importante)tudo se refina com o tempo.
Felizmente já ultrapassei os mitos dos meus pais, claro que os meus também já ultrapassaram os meus :-)

Anónimo disse...

Dulce, achas aquele um longo discurso do Noise?
Nada disso, discurso pequenito, minúsculo e acima de tudo insuficiente ;)

Professor Júlio, não temos tempo para tudo, mas está ao volante do carro, e segue na estrada não segue? Pq esse medo em impor a si mesmo um outro ritmo? Está-nos a dizer que a questão final é mesmo sabermos aceitar que não conseguimos mudar, transmutarmo-nos? Bem, se calhar é por isso que aparecem aqui tantas mulheres alegres com o passar dos anos e tantos homens comodos com a chegadas dos 50. O Ovismo triunfou sobre o Espermismo (mesmo sendo duas teorias incorrectas)

Noisezinho, conheces "O Ovário de Eva"?

Anónimo disse...

Cara Ana
Calma aí. Eu sou um verdadeiro espermário (tendência Ovista)

Anónimo disse...

Desculpem caros murcónicos mas existe aqui alguma equívoco: o professor não me parece assim tão triste...
Está sim a constatar que as voltas da vida lhe baralharam as prioridades e que as "novas" insuspeitadamente lhes são muito presenteiras...
Isso é bom! só tem de as saborear...

Anónimo disse...

DÁ OS TEUS PARABÉNS AO JULINHO!!!!!!!!!!!!!!!

ATÉ À PRÓXIMA 6ª FEIRA ENVIA PARA JANTARDOMURCON@GMAIL.COM UMA FOTO TUA OU DE OUTRÉM (COM LEGENDA) QUE QUEIRAS DEDICAR AO PROFESSOR JÚLIO MACHADO VAZ PELAS SUAS 56 PRIMAVERAS (A CELEBRAR NO PRÓXIMO DOMINGO, DIA EM QUE O EDIFÍCIO TRANSPARENTE SERÁ, EM SUA HOMENAGEM, DEMOLIDO)

: )))))))))))))))

DO NÚCLEO MAIS PÉTREO AO MAIS INSTÁVEL ESPERAMOS QUE ESTA PEQUENA OBLACÇÃO INSPIRE NO NOSSO DIVINO MURCON MOTIVAÇÃO PARA CONTINUAR JUNTO DE NÓS ; )))))))))))))))))))))

andorinha disse...

ameninadalua,

Sou da tua opinião.
Não me parece ver aqui tristeza, mas sim a constatação natural de que as prioridades mudaram.
E o Júlio está a saboreá-las intensamente, portanto como amigos
só temos que ficar felizes com isso.
Não vamos ser nós a definir as suas prioridades.:)

RAM disse...

Caro Anfitrião,

Grande verdade.
Os Congressos, principalmente em Portugal, são cada vez mais "feiras de vaidades".

Byrds, o tempo e os seus.
Porque não:

"There are places I remember all my life,
Though some have changed
Some forever, not for better
Some have gone and some remain.
All these places have their moments
Of lovers and friends I still can recall
Some are dead and some are living
In my life I loved them all.

And with all these friends and lovers
There is no one compares with you
And these mem'ries lose their meaning
When I think of love as something new
And I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them.
In my life I loved you more.

And I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them..."

naoseiquenome usar disse...

...:) ao ler o post, não me pareceu nada que as prioridades tenham mudado para o Prof.
Pareceu-me apenas tratar-se da realidade do quotidino que o "obriga a estar "longe dos seus" continuando a ser essa a sua prioridade.Sejam esses "seus" quais forem.
Quantò à sexualidade e à idade:
Eu que estou a entrar na recta final dos 30, parece-me poder apreender os sentimentois dos mais novos e dos msis velhos. Na minha idade, faz todo o sentido a afirmação do Prof. Mais jovensm ainda se não pensa na "refinação". Mais velhos e com saúde, talvez, doseando se possa prosseguir a dita. ... mas,
se pensarmos no reumatismo, nas artrites, em doenças várias, como é exequível, ou sequer pensável tal?
E sim... o HIV. Tão propalado, tão pseudo-combatido e, ... tão pouco controlado!!! ... Quem, consciente, se pode sentir seguro?

Anónimo disse...

Um homem lindo por dentro?
Então a lingerie é gira?
Pobre profe, deve estar enjoado com tanta pieguice repetitiva e tiradas de grupo recreativo da província. Se gosta de tais babozeiras e pó de talco, deve realmente estar a perder qualidades. E depois lá vem o infatigável rapaz do falo erecto (que confusão...não sabia que havia "falos" sem ser erectos..; seria bom rever esses conceitos).
O lugar-comum vagamente bíblico, de que há um tempo para tudo é uma chonice conformista.O Goethe apaixopnou-se violentamente, aos 80 anos. Porque O NOSSO TEMPO é o nosso período de vigência CONSCIENTE;
o resto são desculpas, festinhas no ego e...nostalgia comilona de querer ter tudo ao mesmo tempo: a energia juvenil e a perspectiva sábia da idade.
O Murcon-blopg é realmente muito "kitsch" e está cada vez pior. Devia fazer alguma auto-crítica.

noiseformind disse...

filipe, olha que o Éme é homem para ainda deitar abaixo um quilo de camarão e depois fazer-se a uma francesinha e ainda mandar vir um toucinho do céu ; )))))))) não exageres na exiguidade mental dele.
Quanto a tu dizeres que Goethe se apaoxinou aos 80 anos é tão válido como eu dizer que conheço um velhinho de 90 que foi preso num lar de idosos na Madeira por manter relações sexuais com várias colegas de casa. Ou o velhinho é menos que o Goethe? Ai ai ai... mas realmente tar a comunicar contigo dá uma sensação de kitsch pq um tipo que discute que falo é um pénis erecto tanto pode ser um tipo sem estudoes nenhuns e que ditou o texto para um amigo com pelo menos a antiga 4 classe ou um qq 12º anista em estado avançado de remissão ;)

"chonice conformista" é um termo que desconhecia, imagino que tenhas ido buscá-lo à imagética do futebol ; )
"O nosso tempo é o nosso período de vigÊncia consciente". Bonito... ; ) e isso refere-se a? tipo... mandas umas bocas giras e tal mas... isso faz sentido no contexto de? vigência consciente conta as horas em que estámos a dormir? E conta as horas em que a raiva, o choro e a angústia nos inundam? E conta as decisões que tomámos sob efeito de expectativas para depois serem arrasadas pelo vento? Imagino que sejas um macho da velha guarda, daqueles que até no mais profundo sono está com um olho aberto. Mas isso faz parte do teu magismo sexual e nesse templo privado aqui o pessoal não quer entrar filipezinho ; ))))))))))) um beijinho para o teu criador, o Luís Eusébio ; )))

E já agora Filipezinho, Goethe casou aos 57 anos (olha, o Éme tá quase lá) com uma jovem mas não há biógrafo que indique o amor como principal motivo: foi por uma questão de guerras napoleónicas mesmo ; )))))))))))) e as suas duas últimas paixões era por duas jovens de 18 e 16 anos. Eh pá, grande paixão que andava lá no ar, até pq com uma só se deu um encontro a sós do qual Goethe voltou para nunca mais se corresponder com a miúda e com a outra nunca houve nenhum encontro sequer, só correspondência. E se pensarmos que com estas paixões mesmo assim é a "amizade" com o botânico e naturalista Kaspar Maria von Sternberg que é mencionada como "estruturante e singular" no percurso afectivo de Goethe, e além disso Goethe só aceitou casar em 1806 depois de no ano precedente lhe ter morrido outro grande amigo, Schiller, que por coincidência tinha conhecido no mesmo ano que a sua futura esposa. Há Tipo... explica-me lá isso das paixões... tou confuso... ; ) e já agora, ambas dessas últimas duas "amantes" de Goethe (sem pôr em causa que tenham sido suas musas) eram conhecidas por serem claramente andróginas. Sabes o que é que quer dizer? Não sabes? Não sei que te diga puto, não sei como te ajudar. Fala com o teu psi ; ) e já agora. Goethe pediu especificamente para ser sepultado com Schiller. Desculpa se isto me faz alguma confusão em termos de estratificação afectiva, do tipo... Goethe gostar mesmo de Sshiller não? ;)

E para completares a info sobre Goethe cá ficam algumas fontes, que não foram utilizadas para este texto mas que terão grande grande utilidade para ti, se quiseres : ))))))))

http://www.beatrix.pro.br/literatura/goethe.htm

http://jm.saliege.com/galerie1.htm

Anónimo disse...

Caríssimo,

Estás enganado. Sou uma Filipa. Só que geralmente uso nicks masculinos, pois nos blogs o machismo é proto-histórico e se aparece um nick feminino sucede quase sempre, uma de duas, ou tiques sabichões sem nenhum préstimo ou piadolas sexistas; logo podes imaginar o que te apetecer, que para as mulheres, primas sempre por uma ironia finíssima.....
Estive há anos numa localidade perto de Stuttgart (Alemanha), onde visitei a casa de nascimento de Schiller e um museu a ele dedicado. Também conheço alguma da sua obra, mas mais de Goethe, embora a Germanística não seja a minha área.
Não sei que insinuações anedóticas querias aduzir às paixões do Goethe. Paixões, mesmo violentas, podem não ter consumação sexual. Nunca te aconteceu? Eu não preciso de ir a correr a sites apanhar pontas de biografismos truncados, meu caro, e que pouco aquentam ou arrefentam ao convívio com as obras. O meu disco rígido está sobretudo nos meus neurónios.
Tu és um puto bem caçado -entenda-se, com graça. Digo isto porque não entendes um português mais escorreito, fora de sinalefas e fosquinhas adolescentes, que deve dar assim um ar de tribo, de porreirismo.
Ninguém disse que o vosso São Júlio não se aguentava com ementas fortes, quer gastromnómicas, quer doutras.

Quanto ao "phalus", meu bem, como é o SÍMBOLO da potência varonil -representado até nos menires pré-históricos, aparece sempre erecto, nas suas diversas representações. Só uma pessoa pouco habituada a estas "subtilezas", faz, erradamente, equivaler pénis a falo.
Quanto à consciência e á vida que nos permite, não comento, pois percebeste muito bem o meu ponto.
Envio-te um abraço, pois, mesmo assim, prefiro ler os teus histriónicos comentários de out-sider injurioso, que me divertem bastante, de que "choninhas" melosas. E..vê lá o priapismo. Trata disso.

Anónimo disse...

deuses... o professor também fala aqui do que a sida está a afectar as camadas mais velhas da população: basicamente, aumenta´o número de infectados entre as camadas mais velhas da população; ou seja, os velhotes coisam e continuam impreparados para doenças como a sida; logo, os nossos velhos estão a sucumbir à sida.
mas, claro, há pouca coisa interessante na doença e nos velhotes...

PortoCroft disse...

Noiseformind,

Bom dia. Espero que te encontres bem e, a bem dos teus pacientes, a ressaca não seja pior que a bêbeda.;)

Sei que tens tido saudades minhas mas, meu filho, isso não é motivo para, edipianamente, invocares o nome do pai. O que, "por orgulho comummente assumido", não tiveste. Até porque, sinceramente, nem tenho ideia da senhora tua mãe. É capaz de nem ser grave. Na minha idade a memória já não é o que era. Mas, entende que muitos sobrevivem a isso, compensando as ausências com outras referências. Ainda vais a tempo. Assim o teu "Éme" a isso esteja disposto. ;))))))))))))))

Poderia te dizer muito mais mas, fico-me por aqui pois, a disponibilidade de tempo não é muita e, francamente, do teu texto pouco mais posso aproveitar. O que é lamentável, vindo ele de alguém que se tem em tão alta conta.;))))

Julio Machado Vaz disse...

Filipe/Filipa,
Permita-me discordar, "há um tempo para tudo" não tem nada de conformista. Isso pressuporia que eu considero os meus interesses actuais de alguma forma inferiores aos de outras idades. Nem por sombras!, mais depressa diria o contrário. São diversos, ponto final. Houve um tempo para dar o litro pelo país, com gente como o Chico Allen Gomes, por exemplo. Hoje é mais um tempo de escrita e de vida pessoal. Embora não tenha nada contra a hipótese de me apaixonar aos 80 se lá chegar:))). Parece-me que confundiu mudança de prioridades com desistência ou perda de capacidades. É outro dos mitos relacionados com o envelhecimento, e não só em relação à paixão. Quanto à minha lingerie, se a tomarem como padrão da minha beleza interior..., estou feito!:))))). Apareça sempre.

Julio Machado Vaz disse...

Tangas,
Pois é, o assunto vende mal:((((.

lobices disse...

...há tempo para tudo e não há tempo para nada...
...
...não sei Profe, não sei
...
...sei que tive todo o tempo do mundo para fazer tudo o que fiz e o que fiz foi somente o que fiz e nada mais
...por isso ainda tenho tempo para fazer algo mais e quando chegar ao "fim" vou chegar á conclusão que afinal tive tempo para fazer tudo o que "tinha" de fazer
...sinto que ainda tenho tempo para fazer algo mais
...e o que quer que venha a ser feito será exactamente aquilo que eu "tinha" para fazer
...não estou preocupado
...estou consciente que o tempo que "usei" foi bem usado e tenho também a esperança que o tempo que ainda tenha possa também ele a vir a ser bem usado
...fazer aquilo que eu digo:
...ame-se
...viva-se
...sorria-se
...amar apenas por amar é já de si um sentir que estamos a fazer algo que devemos fazer no tempo que temos...
...gostei deste post, amigo Júlio
um abraço

Anónimo disse...

PortoCroft 9:16 PM

Pete Seeger, um nova-iorquino de educação marcadamente cristã, um virtuoso do banjo, musicólogo e professor de música, que chegou a frequentar Harvard, cumprindo metade da licenciatura, foi sempre uma persona não grata para o poder, que o acusava de ser um temível marxista.

Em 1955, como consequência das suspeitas de ligação ao Partido Comunista dos EUA, Pete Seeger enfrentou, em tribunal, o famigerado “comité para as actividades anti-americanas”. Em vez de invocar a 5ª Emenda, como base para o seu silêncio, Pete Seeger preferiu citar a 1ª Emenda, o que o levou a ter que cumprir 1 ano de prisão. Frisando a sua indomável vontade de poder livremente partilhar as suas músicas, independentemente das alegadas ligações políticas, Pete Seeger ofereceu-se para cantar uma canção em pleno tribunal. Desnecessário será dizer que o referido comité declinou a oferta.

Em 1990, numa carta que dirigiu aos seus antigos colegas de curso de Harvard, Pete Seeger disse: “Have been a traveling, performing singer and songwriter for fifty years, in every state of the union and thirty-five foreign countries. Fortunate to have a family that stuck by me, even when I traveled too much or got into political hot water. Life has been easier on me than any lazy person like myself has the right to expect."

Anónimo disse...

fora-da-lei

É excelente a oportunidade q nos dás de conhecer P Seeger

noiseformind disse...

Porty,
Que eu saiba não desapareceste, continuas aí vivinho da silva mas como tiveste uns revezes decidiste fazer o que qq pessoa sem ética moral e com veia ainda adolescente faria: cortaste contacto com toda a gente que pudesse ser responsável por esses revezes, vulgo bloquear o ppl no MSN. Mas isso é uma escolha privada que, como imaginas, não é do âmbito deste blog eu comentar. Apesar te desejo, e sem 1/1000000000000 desse cinismo floreado que usaste para te expressar, boa sorte ; )))))))))) eu e certamente todos os (como te deliciaste a dizer a várias pessoas) pulhas que estiveram nos últimos dois Jantares de Lisboa : )))))))

Flipa/flipe/Portocroft,
Aliás, tu cresceste ao lado de um descendente de Goethe e casaste com ele não foi? Por isso é que não precisaste de o conhecer em livros e obras, foi tudo por transmissão oral loooooo loooooooool loooooooool isso de o disco rígido estar nos teus neurónios quer dizer que não sabes ler e portanto outras pessoas têm de ler por ti? O drama da analfabetização na Tuga não pára de me surpreender.
como é sabido só dou uma resposta a pessoas que se limitam ao insulto e ao ataque pessoal, tenham elas vivido em Londres, Estugarda ou Antuérpia. Quando quiseres rebater com factos e opiniões sobre o assunto, b my guest ; )

Anónimo disse...

JMV

Embora eu também 'não tenha nada contra a hipótese de ...',
venha a realização do(s) projecto(s)

Viva

Anónimo disse...

professor júlio: acha que se me puser de cuecão branco da sloggi, nuinha, com as carnes penduradas e o grisalho todo a ver-se, a mostrar 'A SIDA ESTÁ A MATAR-NOS, PORRA!' escrito com batom no peito pendurado até à cintura, acha sinceramente que assim vão ligar às infecções dos velhotes-que-claro-que-também-gostam-de-coisar?

Anónimo disse...

e quem diz que os filhos se comportam como os pais? ai ai sr dr, mas que coisa esta...já percebi que se anda a portar bem, ainda bem.sofialisboa

Anónimo disse...

E ao fim ao cabo onde é esse "bendito" congresso?

PortoCroft disse...

Noiseformind,
Pronto. Convenceste-me. Acabei de reservar uma "slot" para ti. Não. Não disse "Slut". Sei que disso não precisas. Ou não fosses tu, de noite, "Pimp". ;)))))))))))))))))))

Mas, olha que, a tua resposta, notoriamente nervosa, mais que um pretenso insulto é um elogio. Apenas e só porque respondes-te a ti próprio.

Deixa-me te esclarecer que a Filipa ou o Filipe nào tem nada que ver comigo. Essa tua obsessão por mim, naturalmente não correspondida, tem que se lhe diga. Mas, como o psi és tu... fico-me por aqui. ;)))))))))))))))

Maite disse...

sr noiseformind

Explique aqui ao pessoal,(ou tlvez seja só para reflectir) porque é que você faz sempre tanta questão de expôr tudo na praça pública? Será que isso se deve apenas à transparência do seu carácter?

Professor
Como sempre actualissimo nas suas intervenções sociais. "sexualidade e envelhecimento" um tema que põe em cima da mesa tantas questões desde os afectos, às relações sexuais e à prevenção das DST entre os mais idosos.

Anónimo disse...

“... a sexualidade refina-se com os anos, a sofreguidão da juventude afunila os sentidos.”

Pode até ser verdade, mas uma coisa é certa: tenho imensas saudades dos tempos em que só pensava em quecas. Só que ainda não descobri se essas saudades são das quecas, em si, ou se são saudades dos tempos em que eu não tinha que pensar em mais nada de relevante.

Estou convencido que um dia destes identificarei a verdadeira razão. Nem que seja um pouco mais tarde... talvez lá mais para os 55 / 56. Infelizmente, já faltou (muito) mais para lá chegar !

Anónimo disse...

Meu caro Professor,

Creio ter sido o Vergílio Ferreira que disse "O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou".

Um abraço

Anónimo disse...

Prof. JGFMV

Ignorava que os homens tivesem lingerie.
Os artefactos que usam dão pelo nome de cuecas, boxers, slips e outros.
Acreditava q lingerie se ajustava unicamente à roupa interior feminina com fitas, laços, rendas e transparências.
Que ignorância a minha!!!

E Prof. considero-o um homem de qualidade superior mas... just a man!

Recomendo o clássico branco.

noiseformind disse...

Éme,
Não foi por não vender, foi pq a conversa resvalou para outra banda, mas isso é caminho que rapidamente se arrepia ;)))

Mas sejámos sinceros, resvalou para o falo, o que não é subplot alheio de todo ao teu post ;)))) E Goethe escreveu que


"Oculto fique da vista do Homem
Pelos muitos enganados,
Desconhecidos e esquecidos"

E diz lá se isto não faz logo pensar no panorama da educação sexual na Tuga ao mesmo tempo que nos dá uma imagem do jardim de terreno favorável em que as mentiras ditas em sociedade para fazer vingar o "prazer" se tornou? Sim, que a educação sexual faz-se, seja nas escolas, seja onde for. Faz-se ao longo da vida, com o que nos vai acontecendo (e muitas vezes, como o que não nos vai acontecendo). A pessoa piormente educada sexualmente teve uma educação sexual. A questão é lidar com a relevÂncia desta ou daquela info, e é aí que entra todo o cinismo tugalês.

Uma das minhas teorias favoritas em relação à imagem celibatária dos mais velhos é a teoria tranquilizadora inter-geracional. Ou seja, para viverem livremente a sua sexualidade uma geração ignora propositadamente a geração precedente em termos de sexualidade. ISto explicaria a dificuldade em mudar comportamentos, pq não há comunicação ao nível da consciencialização dos riscos. Apesar da teoria ser, suspeitamente, de um grupo de americanos, a sua fundação psicanalítica agrada-me ;)))))))))) agrada-me pensar que o complexo de Édipo possa ter ramais neste sentido específico, pq assim podemos avaliar a mudança nos comportamentos como uma mudança nos afectos e ao fazer esta ligação temos poder para actuar em termos do ritmo de transmissão, dialogando com p@is como sendo verdadeiros transmissores de diafenização do problema. E tb para trabalhar sobre os trabalhos dos próprios investigadores que não tiveram este factor psicanalítico em conta e portanto minoraram a questão a partir de uma certa geração.
Lembro-me de uma frase deliciosa de Makebra M. Anderson artigo que escreveu para a GlobalAging a dizer textualmente "HIV/AIDS Will Boom With Baby Boomers". E enviando o texto a alguns amigos mais provectos as respostas foram cinzentas. "Isso é lá que são todos tarados" "isso é lá que o pessoal tem muita gente" "a geração deles consumiu muitas drogas, têm os sistemas imunitários lixados" "isso é pq eles dão muitas quecas com as amantes e por isso são infectados, isso não se apanha numa queca de longe a longe".
O exemplo do preservativo é gritante. PArece algo tão simples e no entanto... Normalmente ouço falar de ausência de preservativo tanto associado a "cortar a mística" como um factor que pode resultar na não consumação do acto. Entre o meter, "ajeitar" e a penetração a erecção muitas vezes perde-se, e esta questão é muito poucas vezes dissecada em estudos.Quando o é associa-se logo o Viagra,


"Another area where Viagra can make a valuable contribution is in the reduction of
"condom anxiety" on the part of men. Many men are reluctant to use condoms
because of fears of loss of sensitivity and/or failure to attain or maintain an erection.
The increased sensitivity caused by Viagra could go a long way towards encouraging a
greater use of condoms and thus, safer sex practices during intercourse."


e como nós sabemos, por mais fácil que aquilo seja de distribuir AINDA NÃO É TÃO FÁCIL ASSIM ; )))))))) ou então passámos a distribuí--lo com os preservativos looooooool looooooooool

PArecem-me questões educacionais e funcionais muito sérias para se falar, e por isso falo delas

Portocroft,
Como já te vi no mesmo registo pseudo-insultuoso para com outros apenas me apraz registar que estás a ser igual a ti mesmo, e isso é bom, afinal quando deixámos de ser nós próprios somos apenas nós próprios com uma mentira na testa. E mentiroso não és, isso eu avalizo ;)

Maité,
Como sabes (se não sabes volto a recordar) detesto vidros foscos de dúvida. Transparência acima de tudo, seja num copy paste, seja noutro tema qualquer.

anónimo das 11h16,
É o efeito de Doppler ; )))) quanto mais longe um objecto está de nós mais depressa parece estar a afastar-se. Tem a ver com a curvatura do Universo. Será que Vírgilio leu Max Planck? Ou chegou lá por outro caminho? É tarde para saber... demasiado tarde... ; )

Tangas,
O mais engraçado é os velhotes não estarem interessados e os jovens sim ; ) Será que serão velhotes mais ajizados? ; )))))

Anónimo disse...

Dr. JMV

Está cinzento, triste e nostálgico.
Será com a proximação de um gloriosos e bem conseguidos 56?

Um abraço.

She

noiseformind disse...

"Serão que serão velhotes mais jizados?" no futuro claro, referia-me ao futuro desta geração que cresceu com a SIDA nos Outdoors e que começam a fazer testes de DST por sistema, principalmente as mulheres, sempre as mulheres a darem o exemplo aos homens, sempre elas com o preservativo na carteira, sinal de dominação supremo sobre o macho: "mete isto ou então não passámos dos beijinhos" ; )))))))))))

amok_she disse...

Haja filipes e filipas neste mundo!!!:-> ...mas associá-lo(a)s a quem estão a ser associado(a)s é a maior graça q o nosso psi_jr_faz_barulho poderia ter inventado!!!:-> :-> :->

[eu sei q sou um tanto burra e/ou ingénua, mas...se o raio das intervenções do(a) filip(a) fossem de quem o rapazinho quer fazer crer...oh caraças!, eu 'tava feita num molho de bróculos!!!...q até é legume q odeio!:->]


...e no entanto, eu li a intervenção, abençoadamente crítica, da já famosa personagem recentemente aqui chegada, não como direccionada ao Prof, mas antes...ao agrupamento recreativo cá do bairro...

...qt aquela máxima do zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades ...ah povo!, qd queres ser sábio... sabe-la toda!!!...e só foram precisos dois jantarecos, heinnnnn!???!:->

amok_she disse...

Maite, confesso q ñ entendo essa aversão - ñ tanto tua, mas do pessoal em geral e qd digo em geral quero mesmo dizer em geral: no trabalho, nas amizades, no amor, etc. e tb. aqui! - à transparência!?...pq raio as pessoas têm tantos pruridos em assumir as merdas q fazem???...essa de esconder, as misérias da família debaixo do tapete era mais no tempo da outra senhora...

...e q ñ se confunda transparência com exposição da intimidade de cada um...q é uma coisa q eu vejo tantas vezes, por aqui tb, glorificado...só ñ sei se as pessoas q o glorificam o fazem em relação à sua ou à dos outros, numa de voyeur...:->

Anónimo disse...

... qt aquela máxima do zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades... ah povo, qd queres ser sábio... sabe-la toda... e só foram precisos dois jantarecos, heinnnnn!?

Nós queremos é que eles qsqsqsqs deêm bem...!

Anónimo disse...

Anónimo das 11:42,
Branco????
ó por favor!!!!

Anónimo disse...

Sim, branco... para se notar melhor o amarelado e o acastanhado !

Anónimo disse...

Estive a ler o artigo indicado pelo Noise da outra senhora
e gostava de deixar aqui a parte que mais me sensibilizou:

“HIV/AIDS hasn’t been part of their life experiences. Younger
people have been learning about HIV ever since they’ve become
sexually active. Gay men are different, but for the heterosexual
population they are really stunned and often don’t have the same
sort of peer support groups that the other communities have.”
Rydwels agrees, but doesn’t want older people to get discouraged."

Não consigo lembrar-me de alguma campanha feita em Portugal
orientada para pessoas mais velhas e realmente no contacto com
pessoas amigas choco regularmente nos mesmos escolhos que o
Peter indicou. Será que "burro velho não aprende línguas"?,
JMV e restantes companheiros de "bancada" ;)

PortoCroft disse...

Noiseformind,
Vês como sabes? ;)))

Vá lá... dá cá um beijinho ao papi. ;))))))))))))))))))))))

noiseformind disse...

Claro que sim Porty, até pq não quero depois ser prejudicado por esta erupção quando chegar a altura de dividir a herança com os meus outros manos ; ))))))))

noiseformind disse...

anónimo das 12h14,
Da minha parte eu diria que apanham uns sustos e aprendem temporariamente novas línguas. Por exemplo, tive um amigo que passou a ter assinalável proximidade com o preservativo depois de ter tido uma candadíase ; ) mas depois voltou aos "bad habits" ; ) pq afinal "isso passa depressa, uma pomadita e já está"

PortoCroft disse...

Noiseformind,
Não te preocupes. O teu quinhão está reservado, não de pedra e cal, mas de cimento e vidro: É o Gherkin.

Sei que me ficarás eternamente grato. Que mais poderia um pai desejar? ;))))))))))))))))))))

Anónimo disse...

Anónimo das 12:08

Fui eu quem sugeriu o branco.
Está no seu direito de discordar.
A resposta dada por anónimo às 12:11 assumindo-se como anónimo da 11:42, não é da minha autoria.

Recomendo ao dito (a) que tenha em conta as regras de higiene que pelos vistos lhe passam absolutamente ao lado.

E vamos ficar por aqui.

Anónimo disse...

Gosto do Lobices.
É lúcido, sensível e não passa a vida a olhar para o umbigo e a fazer-se passar pelo que não é.

Anónimo disse...

Tenho 64 anos e a minha actual companheira tem 55. Somos bastante saudáveis e fazemos uma vida normal de casal; ela ainda trabalha na função pública e eu sou um "rato" das Bibliotecas.
A nível de corpo, ainda curtimos o corpo porque, felizmente, ainda temos corpos razoáveis.
A minha capacidade de erecção ainda é normal apesar de já não ser como era aos 30, 40 anos, como é lógico.
Descobri o Viagra; fiz exames médicos e fui aconselhado a usar o dito "milagroso" medicamento.
Renasci 20 anos!
A minha companheira anda feliz!
Somos felizes no sexo que ainda praticamos com todo o esplendor que o acto nos propicia.
Valeu a pena e não abuso do seu uso; mas ainda fazemos sexo 3 a 4 vezes por semana com plena satisfação e isso deu-nos um novo sabor às nossas vidas.
Viva o Viagra e estúpido será o casal que não quer assumir a dificuldade e não usa o remédio que está ali á mão de semear.
Tão simples e que tanta felicidade nos trouxe a uma vida insípida que tinhamos antes.
Viva o Viagra.

amok_she disse...

Anônimo disse...

Gosto do Lobices.
É lúcido, sensível e não passa a vida a olhar para o umbigo e a fazer-se passar pelo que não é.

1:15 PM


...um comentário breve,inteligente, profundo e ao puro (e suave) estilo cá do burgo...no qual, naturalmente e como os mais sábios aqui presentes sabem, me ñ incluo...:->

amok_she disse...

Um velho novo de 64 anos disse...
(...)
Valeu a pena e não abuso do seu uso; mas ainda fazemos sexo 3 a 4 vezes por semana com plena satisfação e isso deu-nos um novo sabor às nossas vidas.
(...)
Viva o Viagra.

1:59 PM


eheheheheh...o q mas adorei foi aquele ainda!!!:->:-> :->

...aposto q vão ficar - alguns e algumas - bastante aflitos por isso,mas... ñ liguem!, ele há gente mt brincalhona!!!:->

RAM disse...

Mr. Tambourine?
:))))
Óptimo! Que saudades!

RAM disse...

Caro PortoCroft,

O comentário era, obviamente, para si, meu caro!

Anónimo disse...

"Valeu a pena e não abuso do seu uso; mas ainda fazemos sexo 3 a 4 vezes por semana com plena satisfação."
Faz bem em não abusar. Já agora, quantas pastilhas aos cem?

PortoCroft disse...

Caro RAM,

Though you might hear laughin', spinnin', swingin' madly across the sun,
It's not aimed at anyone, it's just escapin' on the run
And but for the sky there are no fences facin'.
And if you hear vague traces of skippin' reels of rhyme
To your tambourine in time, it's just a ragged clown behind,
I wouldn't pay it any mind, it's just a shadow you're
Seein' that he's chasing.


Para que não hajam equívocos? ;))))
Também já tinha saudades dos good old times tunes. ;)

andorinha disse...

Boa tarde.

Sim senhora, o que eu me diverti ao ler isto tudo.:)
Houve comentários breves, longos, inteligentes, menos inteligentes, profundos, superficiais, suaves, desabridos, oportunos, descabidos, enfim...é algo que já é habitual aqui por estas bandas.:)

Às vezes isto fica engraçado pela noite dentro.
É o Filipe, que 10 minutos depois já é Filipa, é o Noise...é a magia muito especial da noite.:)))
E é engraçado ver como as amizades, inimizades, raivinhas e dores de cotovelo vão flutuando ao sabor do vento ou dos humores de cada um!

Júlio,

"Parece-me que confundiu mudança de prioridades com desistência ou perda de capacidades".
Deixe lá...eles são novos, não pensam.:)))

Dec (10.40)
É isso, "venha a realização do projecto".

Novamente invadidos por uma praga de anónimos?:(
São piores que gafanhotos.

Thiago Forrest Gump disse...

Sim, há tempo para tudo, embora esta frase seja difícil de ser posta em prática!

Anónimo disse...

Aqui está a ressaca pós-eleitoral. As autarquias estão a fazer o balanço e falta-lhes o orçamento de estado

lobices disse...

...to anonimo at 1:15 PM:
...cito:
"Gosto do Lobices.
É lúcido, sensível e não passa a vida a olhar para o umbigo e a fazer-se passar pelo que não é."

...
...muito grato pela apreciação que certamente não mereço; de qualquer forma, registo-a com agrado, como é lógico...
...
...to amok-she at 2:04 PM:
...cito:
"...um comentário breve,inteligente, profundo e ao puro (e suave) estilo cá do burgo...no qual, naturalmente e como os mais sábios aqui presentes sabem, me ñ incluo...:->..."
...
...claro que de ti não esperava outra coisa; porém, penso que o comentário do anónimo te revoltou as entranhas...
...:))

Anónimo disse...

Amok_she, é mesmo verdade que o tal comentário anónimo te revoltou as entranhas ? É pá, se me dissessem uma coisa dessas eu não me ficava... :)

Anónimo disse...

"Sexualidade e envelhecimento"... de facto é um bom tema; não só pela ausência da sua reflecção mas tambem pelos muitos mitos que à volta desse tema se levantam.
Por aqui já houve várias vezes troca de opiniões acerca disso mas parece-me que sempre duma forma mais ou menos empírica. Publicamente sabe-se pouco , muito pouco acerca dos problemas, das preocupações e dificuldades que o envelhecimento trás tambem ao nível da sexualidade e isso porque se assume muitas vezes que ela é ausente da vidas pessoas. Parece-me e como o professor assiná-la: -"com saúde a sexualidade refina-se com os anos" e longe de acabar traz muitas vezes mais valias que associadas aos afectos, tambem esses mais refinados, podem trazer bons niveis de realização de vida....

lobices disse...

-"com saúde a sexualidade refina-se com os anos" e longe de acabar traz muitas vezes mais valias que associadas aos afectos, também esses mais refinados, podem trazer bons niveis de realização de vida....
...
...subscrevo estas palavras de JMV reiteradas pela meninadalua at 5:59 PM

Anónimo disse...

Boa noite, Murcons.
Pois é: ando eu à rasca na organização de uma conferência sobre a adolescência e já me ponho a pensar se para o ano não organizo uma sobre a casa dos 60. E às tantas dou-lhe este nome que é para não se discutir só sexualidade, mas estados de espírito.

Isto andou animado por aqui. Muita gente e espalhar a sua cultura sobre vários temas, outros mandando umas boquitas privadas, algumas turras entre outras pessoas. Isto sim, é animação. Enão se paga bilhete. :)

Prof.
Tou nos 30 mas por vezes sinto o que descreve. Aquela ânsia de me virar para mim, para os meus e para aquilo que eu realmente quero fazer e me dá gozo. Faltar ao trabalho para ler um livrito acabadinho de comprar, ou só para passar umas horas com amiguitos À volta de crepes com chocolate e cházito de frutinhos silvestres...
Ou ir para a rua pisar as folhas de Outono com a minha filhota que é indiscritivelmente fantástico, pela felicidade que lhe proporciona.
Não significa que esteja a ficar velha. Acho que estou a distinguir o que é realmente im portante na minha vida daquilo que só é Às vezes. O trabalho para mim só é importante quando dele tiro algum gozo (para além do cacau ao fim do mês, que isso é sp MUITO importante:). E isso só acontece Às vezes. Muitas, por acaso, mas não é sempre.

Qto à sexualidade na velhice, vou achando que À medida que o tema se vai discutindo vou-me preocupando menos com a minha velhice. Qdo lá chegar acho que vou poder disfrutar felizes amores. com tanta discussão a abrir caminho:))
Somos um povo porreiro: Discutimos tudo muitas vezes, mas é como se fosse sp. a primeira:))

Anónimo disse...

"Nenhuma Sociedade será capaz de olhar para o futuro se não for capaz de honrar o seu passado" - Quitéria Barbuda in "A Minha Candidatura", Revista "Espírito", nº 20, 2005.

www.riapa.pt.to

amok_she disse...

eh pá, benenoso, eu fico-me!, fico-me q'é pra ñ desiludir o lobo q acha q as lamechices dele me incomodam mais do q na realidade incomodam...eh pá, se ele precisa acreditar nisso ñ vou ser eu a desiludi-lo!...é q mesmo ñ morrendo de amores por lamechices - e ele sabe-o mt bem e há mt mais tempo do q o da existência deste espaço! - respeito as posições dele...é daquelas coisas q não fazem nem bem, nem mal...a mim, claro!:->

...já a ignorância e a estupidez, ah isso sim, isso revolta-me as entranhas...e em especial se forem minhas, como acontece tantas vezes qd acredito em certos exemplares...:->

Moon disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Moon disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Su disse...

prof gostei do que esceveu (ou melhor gosto do que escreve)
gosto de lê-lo, ponto final, parágrafo.
entendi que "há um tempo para tudo", por isso mesmo aprendemos com o tempo a modificar as nossas prioridades.....
qto à sua "lingerie" e à sua beleza interior .... tá feito!:))))

noisinhoooo não te deixes resvalar :)))) tem calma, não sejas sofrego:) tens muito tempo:):)
e já agora cuida-te com os fungos, eles passam depressa, mas voltam como as gripes :))))))))))


jocas maradas

Anónimo disse...

Novamente invadidos por uma praga de anónimos?:(
Pois sim.
Tem paciência, andorinha...
Há espaço para todos. Embora seja público que o "Prof" não gosta nada de "cobardias".
Vou tentar mudar.
Adiante...
Pior do que os anónimos é mesmo terem-me posto a imaginar o "Mestre" em cuecas!
É lá coisa que se faça.
E se deixassemos os "interiores" em paz e ficassemos por aqui?
Isto está a ficar "woodyallenzesco"............

Pamina disse...

Olá Moon(10.51),

Se se foi deitar, provavelmente não irá ler isto, mas de qualquer maneira vou escrever, pois talvez tenha oportunidade de ler amanhã.

Quando vi o seu comentário, no qual se queixa por pertencer a uma geração que, como diz, não pode "brincar às casinhas" em segurança sem usar "escafandro", lembrei-me de um dos meus poetas favoritos, Philip Larkin, e de uma queixa semelhante que ele faz, mas referindo-se à pílula. Para a geração dele a pílula chegou tarde demais, gerando nos menos jovens uma certa inveja.
É curioso como as coisas evoluiram, devido à SIDA, fazendo com que os jovens de hoje possam sentir uma certa inveja da minha geração. Afinal, houve apenas cerca de 20 anos de "segurança", entre o princípio dos anos 60 e mil novecentos e oitenta e picos. Quando se pensava que o problema das gravidezes indesejadas estava relativamente resolvido, apareceu a SIDA. Realmente it's not fair.

O poema de Philip Larkin é este:

Annus Mirabilis

Sexual intercourse began
In nineteen sixty-three
(which was rather late for me) -
Between the end of the Chatterley ban
And the Beatles' first LP.

Up to then there'd only been
A sort of bargaining,
A wrangle for the ring,
A shame that started at sixteen
And spread to everything.

Then all at once the quarrel sank:
Everyone felt the same,
And every life became
A brilliant breaking of the bank,
A quite unlosable game.

So life was never better than
In nineteen sixty-three
(Though just too late for me) -
Between the end of the Chatterley ban
And the Beatles' first LP.

Anónimo disse...

Prof.

“…sinto que as prioridades estão de pernas para o ar...”

Por esta hora já quase tudo foi dito, apenas uma pequena achega:

“Começa por fazer o que é necessário, depois o que é possível,
e, de repente, estarás a fazer o impossível”
(São Francisco de Assis)

Sexualidade e envelhecimento – bom tema! Haja quem se preocupe!
Quem não envelhecer, é porque lá não chegou …

Saudações,
Débora

Anónimo disse...

Os anónimos são o sal do blog,
Senão isto fica-se por uma converseta previsível, morna e incestuosa. Os anónimos trazem a contaminação salvífica para evitar o "politicamente amigável" e o "não digo isto, que o tipo passa-se". É a situação de "bastardia", por si escolhida, que dá ao anónimo a sua enorme liberdade de expressão. Aliás a fanfarrona e marcial palavra "cobardia", não tem neste suporte comunicacional, grande sentido.

Falando de assuntos mais ligeiros, fico pasmada com a púdica ignorância geral, sobre roupa interior masculina. Então os senhores nunca receberam de prenda ou nenhuma dama lhes ofereceu de prenda, um lindinho conjunto de t-shirt e slips, liso ou com motivos? Um fresquinho pijama de calcão, a mostrar os firmes músculos da coxa e outras simpáticas proeminências?
E porque não uns slips mais ousados para o dia de S. Valentim, ou para a passagem de ano? Não acredito que os homens deste blog ainda usem ceroulas...

Maite disse...

Sei que isto vem completamente a despropósito devido ao facto de já ter passado imenso tempo e muita água já ter corrido debaixo desta ponte. Mas este comentário dirige-se especialmente à Amok_she 11.59AM e ao sr noiseformind 11.44AM. Sobre a transparência nas relações sejam elas de que tipo forem, lhes digo, que ela não sai prejudicada por certas conversas se cingirem à esfera privada. Não creio que seja benéfico que certos assuntos de bastidores sejam trazidos para o palco. Apenas servem para divertir quem está de fora, o que é lamentável.

lobices disse...

...apenas para desejar um BOM DIA à tutti...
...abreijos

amok_she disse...

Maite disse...
(...) Não creio que seja benéfico que certos assuntos de bastidores sejam trazidos para o palco. (...)

10:01 AM


...entendo o q queres dizer, entendo-o num plano de relacionamentos honestos ...fora isso vejo-o como uma (boa!) forma de aquilatar, de certo modo, o caracter de certas pessoas (repare-se:refiro-me a pessoas e ñ a bonecos virtuas!)...e nem sempre só o de quem meteu a boca no trombone...:->

amok_she disse...

...e...[:->]

...sendo eu uma pessoa de memórias ...gosto de "conferir" palavras antigas com as actuais:->...e quem diz palavras diz posturas, comportamentos, atitudes, ofensas, bajulações, enfim... todos os faz_de_conta q por aqui(net) se vivem (sempre se viveram)como sendo...a vida!

...e qt a isso, eu q estou de fora, podes crer q me divirto, oh se divirto!...sempre me diverti!... embora actualmente já comece a saturar-me, um pouco, ver sempre o mesmo filme...:->

noiseformind disse...

Harold Pinter, Nobel da Lieteratura.
Caso para dizer: que é que o Saramago faz lá na lista ao lado destes escritores? ;)
Just wondering

Anónimo disse...

Ai Saramago, Saramago, quem te manda a ti ser atsinumoc?

noiseformind disse...

No entanto, destaco de Pinter uam adaptação.
O guião para "The Dreaming Child", excelente trabalho de desdrobamento de uma história tão escassa. Excelente entrosamento e um pedaço de celuloide que sai da tela e nos faz chorar, não por lamecha falha emocional mas por desespero partilhado ;)))))))))))

Com autores desta craveira a ganharem o Nobel afasta-se cada vez mais a hipótese de um Tuga ser laureado. E acho bem, talvez estimule a escrita na Tuga, pq quando Saramago ganhou o lixo-leitura instalou-se ; )))))

noiseformind disse...

Quanto À Amok_she saturar-se acho excelente, afinal nunca diz nada de nenhum post, limita-se, como um abutre ou mosca, a demandar À carcaça ou fezes de quaisquer emoções transvazadas aqui pelo canal da caixa de comentários. Vive mas não vive a vida dela, refastela-se com a dos outros ; ) e só por isso já é bem-vinda por estas bandas, todos os eco-sistemas precisam dos seus meios de reciclagem

Como diz o Alejandro Sanz (e com as devidas distâncias do peso e da ibericidade) à Shakira no seu dueto,

No te vas,
No te vas,

; )

noiseformind disse...

E assim chegámos aos 100.
Éme, venha de lá outro post, pode ser sobre modernidade na Antiguidade em relação ao papel da mulher na escolha de parceiro e o lento percurso que vimos a fazer de novo nessa direcção por via da construção afectiva de igualidade/disparidade looooooooool looooooooool looooooooooool loooooooooool loooooooool loooooooooooooooool
(sempre me davas umas ideias para daqui a 2 semanas)

amok_she disse...

meu caro faz_barulho, continuas com o teu barulhinho, hein!?!:->...tu és daqueles q qt mais "falas" mais t'espalhas...e ao comprido!...e p se ver/perceber isso nem é preciso nenhum doutoramento psi...:->

...aos restantes (os q precisam, claro!:->), desculpem lá se a minha "função" aqui não é! bajular-vos o ego, é q ñ é pra isso q me pagam!!!:->

andorinha disse...

Boa tarde.

Débora (12.15am)
Como dizes, por esta hora praticamente tudo foi dito.
Mas gostei da tua achega.:)

anonymous (12.05am)

"Tem paciência, andorinha..."
"Há espaço para todos. Vou tentar mudar."

A paciência não é uma das minhas qualidades, mas alguma vou tendo....
Espaço para todos, claro que há, nunca eu disse o contrário.
Vais tentar mudar? Óptimo, é fácil, é só deixar de seres anónimo.:)
Não é por nada; é só porque gosto de saber com quem falo.:)

P.S. E já me fizeste quebrar uma das regras que me tinha imposto - nunca mais falar com anónimos.

Até mais logo, gente.:)

Anónimo disse...

ogamaras orac

:atnacne em e arbmossa em euq otsid otium etsevercse atsinumoc orac

“Temos para nós que a capaciade de espanto do homem da rua (designação que cobre todos aqueles que vivem sob o poder, às vezes disfarçado, dos senhores do mundo e seus acólitos), temos para nós que essa capacidade às vezes se esgotou, ou está, na melhor das hipóteses, em estado de hibernação. Todos os dias se passam coisas ao redor do Globo que deveriam ser motivo de surpresa, de inquietação, quiçá de protesto, e contudo as notícias já não abalam, já não comovem, e as indignações consomem-se de uma semana para a outra, deixando no seu lugar uma pobre cinza que outra hora bastará para varrer. Tudo visto e somado, é como se os senhores do mundo escrupulosamente quisessem poupar-nos a inquietações, e nós, homens da rua, lhes ficássemos gratos por isso, sem cuidarmos de saber porquê aquela solicitude e porquê esta apatia … Escusado será dizer a quem aproveita a situação. (…)”

“Não há motivo para espanto”, 8 de Outubro de 1973 - José Saramago, ‘Os Apontamentos’, Caminho, 1980, pp 155, 156

Felicita aí o Pinter por nós!

Anónimo disse...

.............

de outro 'jardim' que também poderia receber flores nobilíssimas:

"(...) De médico em médico, de site em site, acabara por conseguir desenhar os contornos da situação, não fora pequeno alívio perceber que não vivia a solo aquele inferno. (...)"

J Machado Vaz "Olhos nos Olhos", D Quixote, 2003, p 183



de©

Anónimo disse...

Lobices,

Onde está a Tutti? Ou andarei distraída?

Saudações,
Débora

RAM disse...

A propósito de sexualidade: o artigo já é antigo. NY Times, Maio de 2004


David Brooks
Sex is pretty elemental. We share the same basic biology. We watch nationally broadcast TV shows and movies designed for international audiences. You'd think you'd be able to drive across a few neighborhoods in this country and come across reasonably similar sexual behavior patterns. But you'd be wrong.

Edward Laumann of the University of Chicago and several other academics have recently published a research project called "The Sexual Organization of the City." They've found that people construct highly evolved sexual marketplaces, venues where they go to find sex partners. These marketplaces, at least in cities, are incredibly localized; people are not inclined to cross ethnic, racial, sociological or geographical boundaries when looking for a bed mate. Each of these discrete marketplaces has its own rules, and the sex practices in one neighborhood may look nothing like those in the next.

The authors of the study culled data from thousands of interviews in several Chicago neighborhoods and compared behavior across the communities. For example, one of the neighborhoods they studied is a struggling African-American community they call (pseudonymously) Southtown. This area has seen its jobs disappear, its main commercial strip wither. There are more women than men. The men take advantage of their market power to become polygamous. At any moment, almost 40 percent of the men are maintaining long-term relationships with at least two sexual partners. The more educated the man is, and presumably the more desirable he is to women, the more likely he is to be juggling multiple partners.

If men can have multiple partners, they have little incentive to limit themselves; marriage rates drop. Though they face a shortage of African-American men of equal status, Southtown's women tend not to look outside black neighborhoods.

A few miles away, there is a largely Hispanic neighborhood the academics call Westside. About half the people here are foreign-born, many from rural areas of Mexico. Mores here are traditional. Sixty-four percent of single men and 57 percent of single women say men should work and women should stay home to raise the kids.

While roughly two-thirds of the non-Hispanic men in Chicago reported ever having one-night stands, very few of the men in Westside did. Half of the men and three-quarters of the women believe it is wrong to have sex without love. People here are much more likely to meet future sexual partners in a family member's home, and much less likely to talk openly about sexually transmitted diseases.

Shoreland is an affluent white neighborhood on the near northwest side. There is a large gay and lesbian population, and sex is more likely to be impersonal. About 43 percent of the gay men in Shoreland have had more than 60 partners. This neighborhood, too, has developed its own social institutions. A local softball league has become a place where lesbians can go to meet possible partners. Though people here are better educated, their social lives are still tightly bounded. Over 75 percent of the gays and lesbians interviewed said that most or all of their friends are gay, lesbian or bisexual.

When you step back from this data, you see that, first, there has been a flowering of diverse sexual zones. This spontaneous evolution is so rapid, it is very difficult for big institutions to keep up. How can the city government of Chicago design health and welfare programs for areas as different as Southtown, Westside and Shoreland? How can the churches and other moral authorities keep up?

Second, sexual marketplaces are a rapidly expanding feature of society, and they are becoming more distinct from marriage marketplaces. Furthermore, as the sex markets become bigger and more efficient, people have less incentive to get married. As the scholars Yoosik Youm and Anthony Paik write, "Opportunities in the sex market act as constraints in the marriage market."

The big problem here is that there is an overwhelming body of evidence to suggest that marriage correlates highly with happiness. Children raised in marriages tend to have more opportunities than children raised outside marriage.

Over all, Americans are spending much less time married. They marry later and divorce at high rates, and remarry less and less. We are replacing marriage, one of our most successful institutions, with hooking up. This is a deep structural problem, and very worrying.

Anónimo disse...

Para o homem-da-rua: Se a sua esposa quizer trabalho será sempre bem vinda.
A opinião do Saramago sobre a comunicação social será sempre de considerar, vinda de um ex-director do DN e ferrenho apoiante do Fidel deve saber do que fala.

Anónimo disse...

gerûndio

A esposa agradece mas já tem trabalho a espanejar 'blogs'.

O ogamaras zangou-se com o ledif e anda noutra jangada, como eu e você.

No entanto Castoriadis nota que, na evolução do mundo capitalista ocidental, desde há décadas, o projecto de autonomia social e individual parece recuar constantemente, enquanto que a expansão do (pseudo) profissionalismo-mestria e da (pseudo) racionalidade se torna dominante, numa vertiginosa ascensão do factor técnico-científico autonomisado, que conhecemos hoje. *

atento e ao dispôr

* Castoriadis, Cornelius - Le Monde morcelé (MM), Seuil, 1990 e Fait et a faire (FF), Seuil, 1997, pp 220, 221

Anónimo disse...

Ó ram o que é que isso tem a vêr com o tema. Para a próxima faz copy-paste dos Lusíadas

Anónimo disse...

RAM 4:02 PM

About 43 percent of the gay men in Shoreland have had more than 60 partners.

E ainda há quem diga que ser-se maricas é uma coisa perfeitamente normal...

RAM disse...

Caro "conselho",

O que tem a ver com o post?
Seguramente mais do que Saramago, o Prémio Nobel da Literatura e... etc.
Mas passo a explicar: padrões de comportamento sexual e paradigmas de uma sociedade em revolução no que concerne ao mitos da sexualidade.
Ainda acha que nada tem a ver?
Efectivamente não falei de sexo e de idosos... penitencio-me perante V. Exa.

Anónimo disse...

Acho que não tem a ver.

RAM disse...

Caro "Conselho",

Pois bem, respeito a sua opinião.
Todavia, o objectivo era, partindo do post do nosso Anfitrião, alargar a discussão a outros tipo de alterações das conceptualizações estanques da sexualidade do passado, estabelecendo um paralelismo com paradigmas sociológicos da sociedade hodierna em que vivemos.
Por vezes, da discussão ocorrida num post o Grande Chefe Indío entende derivar para assunto distinto.
Por exemplo, podia ter falado sobre o Nobel...

Anónimo disse...

OK, só não gosto do Saramago. Acho que é um velho ranhoso, e ainda por cima stalinista. :-»

Moon disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

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