sexta-feira, outubro 14, 2005

Outra dicotomia.

Nem sequer perderei tempo com a cartelização das empresas farmacêuticas, foi surpresa para alguém? Pobres diabéticos... E pobres de todos nós, que pagamos impostos!
Em relação à medicina: ontem falámos de prevenção vs. tratamento. Ou, de modo mais global, de promoção de saúde vs. tratamento. Outra dicotomia omnipresente é a que opõe as queixas funcionais às de clara explicação física. As primeiras predominam largamente, e contudo são, por vezes, "olhadas por cima do ombro". Tais queixas, na sua orfandade científica, partilham com as outras o âmago da profissão: o sofrimento (palavra que extravasa em absoluto uma outra - dor). E devem ser respeitadas. Até porque:

"Se a doença não orgânica é capaz de enganar o médico, como não enganaria o doente?" Marcel Proust.

O objectivo dos doentes não é moer a cabeça dos médicos:))))), apenas ser ajudados.

88 comentários:

Moon disse...

Psicanálise:
"Pagar para lembrar coisas que pagaríamos para esqueçer"...
O médico sai de cabeça moída, sem dúvida, mas de carteira recheada (não fosse o fisco, em alguns casos).
Não há bela sem senão....

Julio Machado Vaz disse...

Moon,
Sou suspeito, fui psicanalisado. E saiu-me do bolso, olá se saiu!:). Mas se não tivesse enfrentado certas coisas do meu passado não estaria hoje aqui, um bocadinho pacificado. Mas ainda hoje acho que merecia ter tido um desconto:).

Anónimo disse...

“Nem sequer perderei tempo com a cartelização das empresas farmacêuticas. Foi surpresa para alguém ?”

Claro que não foi suspresa ! Tal como em relação ao negócio das gasolineiras, em Portugal todas as tentativas de introdução de factores de concorrência no(s) mercado(s) dão sempre mau resultado para os clientes. Isto porque ainda ninguém viu (ou toda a gente já viu, mas finge não ver) que a esmagadora maioria dos empresários deste país são uma cambada de gulosos.


Outra dicotomia omnipresente é a que opõe as queixas funcionais às de clara explicação física. As primeiras predominam largamente, e contudo são, por vezes, "olhadas por cima do ombro". Tais queixas, na sua orfandade científica, partilham com as outras o âmago da profissão: o sofrimento (palavra que extravasa em absoluto uma outra - dor).”

Estou convencido que em pacientes considerados psicossomáticos, serão - acima de tudo - as razões emocionais que agravam o seu estado geral de saúde. A sua atitude de desleixo face, por exemplo, ao cumprimento das prescrições dos seus médicos, é quase como que uma auto-flagelação, uma forma de desistirem da vida.

Ao “enrolarem” os médicos desta maneira, este doentes atingem o seu objectivo: obstaculizar os esforços terapeuticos dos técnicos de saúde. Há quem diga que esta atitude de auto-punição explica o facto de alguns destes pacientes falecerem imediatamente após a morte do conjuge...

Julio Machado Vaz disse...

Foar-de-lei,
Isso é um caso particular e a "desistência pela saudade" assaz frequente. Mas na população geral que nos procura as queixas funcionais atingem percentagens acima dos 50%. Essas pessoas não tentam enganar ninguém, as suas queixas são verdadeiras, só não é possível encontrar-lhes uma causa orgânica.

Anónimo disse...

Julio Machado Vaz 5:22 PM

"Mas na população geral que nos procura as queixas funcionais atingem percentagens acima dos 50%."

Desculpe-me a pergunta: isso são estatísticas mundiais, europeias ou nacionais ?

Mário Santos disse...

Muito curioso, mais de 50%, número surpreendente.

E o que dizer daquelas pessoas que deviam ir ao psicólogo, mas acham que é o resto do mundo (família) que está mal? Como ajudá-las? E como ajudar o resto da família a conviver com uma pessoa assim?

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

A presença de muitos de nós aqui, não é alheia ao facto do Prof. apresentar todas as características das pessoas auto realizadas:


A sua capacidade de percepcionar correctamente o meio ambiente incluindo os outros; o de aceitar-se a si próprio, os outros e a natureza – numa atitude de paz com tudo; o ser uma pessoa simples, espontânea e que age com naturalidade; o ser uma pessoa orientada para a solução de problemas e não para os problemas ou para si; o ter necessidade de privacidade; o ser autónomo, não estando dependente do ambiente nem da cultura; o ter curiosidade sobre tudo; o ser uma pessoa orientada para a sociedade e interessada nos outros; o estabelecer relações interpessoais intensas; o ter um espirito democrático e não autoritário; o ser dotado dum humor filosófico; o ser uma pessoa criativa; o resistir à inculturação, o não mudar facilmente de ideias, o seguir as suas convicções.


Nem por isso, certamente, poderá dizer que é mais feliz que qualquer um de nós. Bastaria, para tal acontecer, não "dar-se" com alguns de nós. ;)

E, concordo consigo, sacaram-lhe uma pipa de massa e nem "habia nexexidade".


P.S. - Agradeço a colaboração, involuntária, do Prof.Fausto Amaro, neste comentário. ;))))))))))))

Anónimo disse...

Prof JMV,

É verdade que há uma desvalorização das queixas sem uma explicação orgânica. Sempre me habituei a ouvir "Isso é psicológico!", como sinónimo de pieguice. A dor mental neste país é incompreendida, muitas das vezes por ignorância. Como critério de desenvolvimento de um país refere-se a importância dada à saúde mental. Em Portugal, mais do que esquecida, a falta dela é um estigma, oscilando-se entre a psicose e as tais queixas funcionais, próprias de quem não tem mais nada em que pensar. É o nosso maniqueísmo, na base do "ou é louco ou piegas". Tudo isto é muito triste.

Anónimo disse...

O texto do Mário Santos suscita uma questão importante: a decisão de procurar psicoterapia. Esta decisão é o momento decisivo, porque só é ajudado quem quer ser ajudado. Perceber que é necessária essa ajuda é um acto de lucidez que não está alcançe de todos, imagino eu. Lembro-me de ter visto um programa do "Estes difíceis amores" com o Dr. Jaime Milheiro que disse uma coisa muito simples: para que a psicanálise seja eficaz ela tem de fazer sentido para o psicanalisado. A Dra. Gabriela ficou espantada com o que acabara de ouvir e não resistiu a confessar ao Dr. Milheiro que já o havia sentido, mas nunca o tinha pensado. Pois é, a diferença entre pensar e sentir é algo muito complexo(((((....

Anónimo disse...

gonçalo 5:58 PM

Terás por certo toda a razão. Ou , pelo menos eu, não serei a pessoa certa para contrapôr seja o que for, porque não percebo absolutamente nada de psicologia.

Mas pergunto eu: na realidade, não há - em Portugal - um número exagerado de pessoas que passam a vida a queixar-se por tudo e por nada ?

Não será este "fenómeno" fruto de uma questão cultural (muito nossa) ou serão sinais de verdadeiras queixas funcionais ?

Anónimo disse...

Fora-de-lei,

Esclareço, desde logo, que não sou especializado em psicologia, aliás não me considero especialista de nada, nem mesmo em ideias gerais, como dizia o EÇA((..

Reconheço que há uma tendência "neurótica" muito portuguesa para o queixume, para a lamentação, passamos a vida a "chorar" ou não fosse este o país do "quem não chora, não mama!" Estamos sempre pior do que o outros. Este traço cultural é "irmão" da maledicência e da inveja, outras características muito nossas. Agora, as queixas funcionais provocam sofrimento, merecem respeito, por muito estranhas que nos possam parecer. Mas, justamente se há alguém preparado para enfrentar coisas estranhas são os médicos(:.

andorinha disse...

Boa tarde.

Júlio,

Achei piada à última frase do post - "O objectivo dos doentes não é moer a cabeça dos médicos:))))..."
Alguns bem precisavam, ou são só eles que podem moer a nossa?:)

"Mas na população geral que nos procura as queixas funcionais atingem percentagens acima dos 50%"
Que procura quem? Psis ou médicos em geral?
Deduzo que seja médicos em geral, mas como diz "nos"...

Gonçalo (5.58)
Concordo totalmente com o que dizes.
As pessoas dizem "isso é psicológico" como se dissessem "deixa-te de mariquices, não tens nada, portanto segue em frente".
E muitos médicos funcionam nesse registo; se não for detectado nada de anormal em análises, TACs, ecografias e por aí fora, então estamos de perfeita saúde!
Se nós, leigos, sabemos que não é assim, não entendo como é que ainda há médicos que partilham essa visão das coisas.

Gonçalo (-08)

Anónimo disse...

Aproximando-nos de uma data propícia a acarinhar JMV, peço licença à personagem ‘portocroft’ para utilizar os cerca de 1000 caracteres e 200 palavras que encadeou de uma forma tão sugestivamente correcta, poética e amiga, com a finalidade de, sem acrescentar uma vírgula, homenagear o nosso anfitrião.

de©

andorinha disse...

Gonçalo (6.08)
"Perceber que é necessária essa ajuda é um acto de lucidez que não está ao alcance de todos..."
Claro que não, mas quando as pessoas não têm essa lucidez, até por uma questão cultural, terão que ser aconselhadas pelos profissionais de saúde.
Não será só a psicanálise; qualquer psicoterapia, para ser eficaz, tem de fazer sentido para a pessoa em causa, senão é andar a "chover no molhado", penso eu de que .)))

Anónimo disse...

Andorinha,

O problema é que, exluindo os internamentos compulsivos, os profissionais de sáude não vão ter com as pessoas. Concordo que o aconselhamento de que falas é decisivo, espero até que, perante situações condenadas à partida, o psi seja o primeiro a dizer à pessoa que tem pela frente que a terapia não é indicada. Eu admito que haja conselhos, sinais ou pistas muito úteis vindas de familiares ou amigos, mas a decisão de pedir ajuda, essa só depende do próprio.

viktor disse...

Débora,

Pode estar descansada, pois já chegou o seu e-mail.
Um abraço.

andorinha disse...

Gonçalo,
Não foi isso que eu quis dizer.
Claro que os profissionais de saúde não vão ter com as pessoas.
Agora se alguém consulta um médico de clínica geral aparentemente por outros motivos, este deve ter o discernimento suficiente para perceber onde está o "problema" e aconselhar e encaminhar devidamente a pessoa.
No nosso país há infelizmente ainda muitas pessoas que não se conseguem aperceber por elas próprias se precisam ou não de ajuda.

Julio Machado Vaz disse...

Andorinha,
Tem toda a razão: os médicos em geral. Quanto à psicoterapia, se o quadro explicativo não faz sentido para quem connosco trabalha, nada feito. Vou dar um exemplo: faria algum sentido uma pessoa que não acredita na importância dos mecanismos inconscientes fazer psicoterapia de inspiração analítica? Seguramente se sentirá muito mais confortável numa terapia de outra escola de pensamento. Pena é que alguns profissionais das várias tendências prefiram acentuar as diferenças e não salientar as pontes. As teorias médicas em geral não são homogéneas e as psiquiátricas também não.

andorinha disse...

Gonçalo,

"...espero que perante situações condenadas à partida, o psi seja o primeiro a dizer à pessoa que tem pela frente que a terapia não é indicada."

Não percebi. O que queres dizer com isto?

Anónimo disse...

Professor
Parece-me sem muita dúvida que as respostas da saúde em Portugal, estão mais focalizadas para responder a situações da dor referente a queixas de explicação física do que para o sofrimento derivado das "queixas funcionais".Como prova disso é a constatação da quase ausência de estruturas de apoio ao nível dos serviços de saude e mesmo nos existentes limitam francamente a comparticipação e disponibilidade para esse tipo de apoios.
É normal dizer-se que fazer terapia é um luxo dispendioso e é por isso que ou é realizada por quem pode pagar e lhe reconhece importância ou então é procurada muitas vezes apenas para situações de maior sofrimento e complexidade.
A atenção e disponibilidade dos médicos em geral (não os especializados) para detectarem outros problemas que não sejam derivados de queixas físicas parece-me muito vaga.

Anónimo disse...

Acrescento um caso contado pelo Professor Amaral Dias na Antena 1. Nos EUA, um rapaz perdeu os pais e a irmão quando tinha 2 anos de idade. A história é trágica, o pai era esquizofrénico e, subitamente, entrou em casa e matou a mulher e a filha e depois suicidou-se. O rapaz escapou porque estava debaixo da cama. Foi adoptado, os pais adoptivos nunca lhe contaram a forma como perdeu os pais e a irmã. Na adolescência, começaram-lhe a aparecer sonhos com violência, morte e sangue. Foi-lhe aconselhado fazer psicanálise. Concluiu-se que neste caso não seria indicada.

Vale a pena revelar o inconsciente deste rapaz?

Andorinha,

Estamos de acordo.

Anónimo disse...

Andorinha,

O mesmo que o Prof. JMV no exemplo que deu " faria algum sentido uma pessoa que não acredita na importância dos mecanismos inconscientes fazer psicoterapia de inspiração analítica?"

andorinha disse...

Júlio,

"Pena é que alguns profissionais das várias tendências prefiram acentuar as diferenças e não salientar as pontes".

Também acho.:)
Todas as tendências serão válidas, umas resultarão melhor com umas pessoas e outras com outras.
Desde que o psi seja competente e empenhado e faça o seu melhor, todas elas apresentarão sempre resultados positivos.

andorinha disse...

Gonçalo,

Fiquei esclarecida. Não tinha entendido em que contexto fazias aquela afirmação.:)

Anónimo disse...

Andorinha
"Todas as tendências serão válidas, umas resultarão melhor com umas pessoas e outras com outras".
Será?
Tenho algumas dúvidas, mesmo sem possuir conhecimentos dessa área, reconheço dificuldades relativas a algumas questões; perante um problema concreto que tipo de especialista consultar? que metodologias e escolas são mais adequadas?
Se deixarmos as respostas ao nosso arbítrio sujeitamo-nos a sermos deficientemente tratados porque qualquer abordagem nos é apresentada como possível resposta adequada.

andorinha disse...

ameninadalua,

A questão que tu colocas é pertinente.
Quando alguém decide ir a um psi pela primeira vez, como saber qual o indicado no seu caso ou qual a "escola" mais adequada?
Ou se vai a alguém conhecido ou a alguém indicado por amigos, não sei...muitas vezes acaba por ser uma questão de sorte, penso eu.
É quase como jogar no totoloto - umas vezes acerta-se, outras não.

Mas essas questões devem ser direccionadas ao Júlio.:)
Tal como tu, sou leiga na matéria.

Carlos Sampaio disse...

E depois, também há aqueles que, como muito sabiamente Eça refere no "A cidade e as serras", "sofrem de fartura" ... Também necessitam de tratamento...

Anónimo disse...

Ó queridos, por que não vão fazer uma video-conferência, ou gravam um cd, com estes paleios de consultório? Uma das virtualidades deste blog era não se ficar por um paleio chato e medicalizado. Aliás vê-se bem quem vem á liça...que nem isso chega a ser.

Achegas:
Vi nosa comentários do post anterior, que andam uns e umas "square" e ortrodoxas a querer excluir uma AMOK, porque pelos vistos ela não é solidária com os cabecilhas. Leva-se ao ponto dfe lhe censurar as abreviaturas, quando ninguém censura a esporra gráfica do sr. noise. Nos meus tempos de4 faculdade, muito antes da era informática, toda a gente utilizava abreviaturas nos apontamentos das aulas. Abreviaturas semelhantes às que ela usa.
Outra coisa que eun acho de uma limitação mental sem nome é esse preconceito para copm os anónimos. Se a ideia é boa e bem expressa e alumia pontosa de interesse, esse servilismo ao nome, que outra coisa não é que falta de ideias próprias, que quer dizer? "Isto está a ficar de novo INFESTADO de anónimos", disse alguém de certeza ansioso por controles mesquinhos e blá-blá-blá da classe. Anónima é grande parte da Cultura Tradicional e não cessam as milhentas reproduções dela. E depois eu sei lá quem é o noise, a andorinha, o gonçalo, etc. Esses ridículos "perfis", muitas vezes forjados e para a galeria, são alguma coisa?
Para terminar houve um "culto", talvez pseudo-anónimo, que disse pertencer ao Renascimento a frase: "Nada do que é humano me é alheio". Engana-se meu amigo. É de Parménides, um filósofo grego, que viveu no séc. V AC. Não se inquiete que catorze ou quinze séculos de diferença é a distância da partilha da criatividade e do engenho a que estão a maioria destes comentadores.

Anónimo, com muito gosto.

Anónimo disse...

Boa noite maralhal!!!!!
Que bem que sabe chegar a (esta) casa...
Sou eu a Yulunga, a verdadeira. Só alterou a bunda pois a dona da anterior fez o favor de a retirar da net :(

Anónimo disse...

Bem... e começando pelo post da Estrada, não fazia a menor ideia que os técnicos da matéria também cometiam o sacrilégio de achar que os idosos são assexuados.
E quando um técnico assim pensa não me parece estranho que aos olhos dos não técnicos as coisas sejam vistas dessa forma também e neste caso por falta de informação; no dos técnicos só pode ser por ignorância.
Quanto à Sida... Quem sabe um dia se falará melhor disso. Para mim continua a ser doença de laboratório.

Anónimo disse...

Yulunga, que bela bilha aquela com que (re)apareces aqui hoje... ;-))

Su disse...

ainda bem que chegou um anónimo culto:) não sei pq lembrou-me Carrilho....deve ser por ser amigo tb de Parménides
por isso meu "querido anónimo" deixo-lhe uma frase dum amigo meu :
Contra a tendência para a vaidade evoco sempre o que um amigo me ensinou:-"Hoje pavão, amanhã espanador!"
opsss o meu amigo? .. Hermógenes

jocas maradas cheias de partilha

Anónimo disse...

Sobre a dicotomia com o rabo tal e qual o meu (salvo seja :( pois é apenas propriedade de mais uma brazuca) é dificil entender que as várias especialidades médicas não colaborem mais umas com as outras. Teriam muito a aprender umas com as outras.
Na parte da medicina preventiva as coisas estão divididas no que diz respeito a responsabilidades. Uma parte cabe a nós, outra aos médicos e outra ao Estado.
Nós deveriamos prevenir um pouco mais, tal como alguém disse (desculpem se não cito) é mais fácil tomar um comprimido colesterol do que fazer uma alimentação saudável.
Os médicos devem alertar, se necessário amedrontar os mais baldas para certos comportamentos.
O Estado por sua vez deve sensibilizar mais os médicos, dar-lhes formação e incentivá-los a usar mais da prevenção. Doenças/problemas que poderiam ter sido resolvidos antes duma fase adiantada e não o foram tornam-se depois encargos elevadissimos a nivel económico para o país.
Estou-me a lembrar por exemplo da obesidade mórbida que não se atinge de um dia para o outro e, aonde tanto o paciente falha, como o médico ao ver o avanço da doença na consulta do dia-a-dia. A colocação da banda gástrica é cara e quase sempre é somente feita ao fim de anos "perdidos" de vida por parte do doente.

Anónimo disse...

fora da lei
Já falo contigo, ok?
Agora estou a pôr a escrita em dia.
Aguenta aí um pouco.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Sobre a outra dicotomia...
Cartelização! Gostei dessa do cartel.
Que melhor palavra se poderia usar para definir a industria farmacêutica? Escobar parece-me bem para nome de laboratório e Medelin soa-me a pomada que faz milagres nas dores reumáticas.
Pobres diabéticos e pobres outras doenças.
Pegando novamente no caso do HIV, onde estão os resultados do estudo e da vacina feita por um cientista que andou lá pela Nigéria, salvo erro, e que apenas um tal Sir qualquer coisa se juntou a ele para continuarem o trabalho?
Onde está a divulgação dum novo medicamento (não tenho comigo o nome) e que sózinho substitui toda aquela catrefada de dose de medicamentos a que esses doentes estão sujeitos?
Pois não interessa muito divulgar. Estes doentes e mais os quase 30 comprimidos variados que têm que tomar diariamente são neste momento a árvore das patacas da industria farmacêutica.

Anónimo disse...

"Se a doença não orgânica é capaz de enganar o médico, como não enganaria o doente?"

Pegando nisto e no que disse o fora da lei sobre a morte desejada de um dos conjuges, bem sei que são coisas diferentes mas julgo terem em comum, disse julgo, aquela parte do parte do cerebro que tem vontade própria e que ainda ninguém lá entrou.
Li uma vez algures que 50% da cura, faça o médico o que fizer, tomem-se so medicamentos que se tomar, está na vontade do doente em viver. Se essa vontade vier lá dessa parte obscura estamos safos. Se ela achar que não... lá vamos nós c'os porcos.
Neste caso Dr. Murcon julgo que vocês não podem fazer muito por mais que queiram ajudar.

Quem sabe... disse...

-Bem, me perdoe...assunto do qual, daria para arregaçar as mangas e falar horas a fio, caso houvese interesse de analizar cada elemento envolvido na area "saude"...ou 2 min apenas, falando friamente da coisa...(a meu ver, as 2 são possivéis, mas a 1º PENSO Q SERIA IMPORTANTE)

Mas se ja assim demorei isto tudo...

Voltarei noutra altura...com a mente, mais imparcial...:)

Anónimo disse...

Agora sobre os grupos, os cabecilhas, os nicks inventados, as discussões.

Grupos
Julgo que aqui existe apenas um grupo. O grupo de pessoas que se junta à volta desta fogueira e comenta ou se limita a ler mas que esta presente também.
Uma pequena parte desse grupo apenas saiu daqui e fez uns jantarzinhos. Mas acreditem que cada um apenas comeu da sua gamela.
E ao outro dia voltou aqui e jumtou-se ao unico grupo que existe aqui: todos nós.

Cabecilhas
Pelo menos aqui não sei o que significa.
Como rima com presilhas e estas servem para colocar um cinto para segurar as calças, cabecilhas talvez seja alguma coisa para segurar ao corpo essas cabeças que de tão ocas podem voar como balões.

Nicks inventados
Falo por mim apenas.
Estou-me pouco lixando quem é quem.
Gabo a paciência de alguns, e para isso é preciso saber, em irem ver o número do IP(?).
Saber se o nick X, será o nick Y a fazer-se passar por outra pessoa?
Que mal tem alguém usar um outro nick para brincar ou até mesmo picar um pouco quando as coisas estão insonsas?
Tenham dó. Parecem miudos pequenos.

Discussões
Se forem luminosas venham elas.
Se forem muito à séria mesmo... entristece-me um bocadinho.
Caramba, a vida já nos dá tantos problemas...
Aqui podemos divertir-nos tanto para quê fabricar mais problemas?

Claro que esta não é a minha casa, mas o Dr. Murcon disse-me ;-) assim:
Oh Yulunga, tu vê lá se pões ordem naqueles gajos.
1º O teu lingerie surte melhor efeito que o meu que se limita a umas boxers brancas.
2º Se isto passar ao confronto fisico os teus gluteos são muito mais desenvolvidos que os meus, e o pessoal à cotovelada e tu à gluteada arruma-los por ko.


E pronto! Porque não gosto de ver o Dr. Murcon encanitado ;-) acedi ao pedido.

fora da lei
Olá ;-)
Olha que se fores ao google procurar bilha não me encontras lá.
Isto é uma bunda!

andorinha disse...

"anónima" su,

Concordo contigo. Ainda bem.:)))))
jocas maradas.

Anónimo disse...

Noisie
Conheci a e., um mulher elegantissima, no coloquio de blogs na Livraria Almedina ontem à noite.
Havias de gostar de a conhecer.

mtc disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
mtc disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Yulunga 11.32PM,

"é mais fácil tomar um comprimido colesterol do que fazer uma alimentação saudável."

Essa vai direitinha para mim. Com apenas 32 anos, já tomo o Inegy, 10mg/10mg, um por dia, ao deitar, como se costuma dizer:)))). Pobre de mim((((((((((((...

Anónimo com muito gosto 10.43pm,

Quero só esclarecer que Gonçalo não é um perfil, muito menos rdículo, nem sequer foi pensado para a galeria. Trata-se apenas do meu primeiro nome(((((((((((...

andorinha disse...

Yulunga,

Já vi que estás em forma.:)))

Só umas achegas aqui da andorinha.

Grupos - não existe só um. Existem vários e existem aqueles que orgulhosamente estão fora do grupo.
Já lá dizia o outro -"orgulhosamente sós".

Cabecilhas - tem dias...

Nicks inventados "na boa" é uma coisa; anónimos idiotas é outra, mais nefasta e irritante que uma praga de gafanhotos.:)

Discussões - óptimo, a brincar ou a sério; desde que não se insulte ninguém tudo se pode e deve dizer.
Uma boa e valente discussão é do melhor que há na vida. Paz podre detesto.

Por último, acho muito bem essas sugestões que o Dr. Murcon te deu.
Quem melhor do que tu para as levares a cabo?:)))

andorinha disse...

Gonçalo (12.37)

Nem sei se admire a vossa pachorra!:)
Isso dizes tu. Nós sabemos lá - tu podes ser Tânia, Pedro, Maria, sei lá, depende da imaginação do anónimo.:))))))

Anónimo disse...

Andorinha,

É verdade. Mas, a imaginação também tem limites(((((((((:.

Anónimo disse...

dreamer
Vamos ver se éeste domingo que tomamos a bica na praia.

Passarita
Uma vez mais não estamos de acordo, mas ainda bem.

Anónimo disse...

Andorinha
Se eu te ofender com este nick só para te picar incomoda-te.

Anónimo disse...

Andorinha
Se eu te ofender com este certamente ir-te-á magoar.

Anónimo disse...

E se ofender um homem com este, eles até nem se chateiam muito

amok_she disse...

...ó rapariga, 'táva eu pr'aqui a achar q'isto hj ñ dava nada...:->

...se concordo fico calada q repetir o q outros dizem é coisa de tolos...se disdordo preciso coligir dados para rebater, caso me interesse uma discussão válida, ora eu acho q este ñ é o espaço adequado para esse tipo de discussões, logo...restam as pequenas brincadeiras q uns levam na boa e outros só sabem abardajar!

...mas tu, rapariga, nc mais te decides?...ou me ignoras, ou me enfrentas!...deixa-te de mandar essas bocas foleiras q pareces as miudas da fila da frente com inveja das livres lá de trás...:->

...e para tua informação: sou orgulhosa, sim!, mas isso ñ vem aqui ao caso, pq nem advogo o orgulhosamente só, nem aqui me sinto só!...ele há coisas q são invisiveis para quem ñ quer ver...e nem sempre as cumplicidades se fazem de bajulações, aliás essas...ñ contam!:->

Anónimo disse...

fora da lei
Ou falas ou tiro esta imagem.
Neste blog pretende-se que se escreva e não que se fique a olhar para o blog de boca aberta e queixo caido.
Abstrai-te rapaz...se não te prevines terás que tomar comprimidos para a hipertensão.

amok_she disse...

Yul...parece q te perdi por uma unha negra!...oh raios!, se soubesee q tb lá ias...ñ havia cena q me segurasse! ...q a e. ñ me ouça!;-)))

Anónimo disse...

amok
Minha maluca, mas tu és mesmo de amoques irra.
Gosto bastante de te ler, mas não tenho que estar sempre de acordo contigo nem de te bajular ora essa.
E porque sou coerente e gosto de te ler não te posso ignorar, mas posso enfrentar-te sempre que assim o achar.
E não mandei bocas nenhumas foleiras, falei da mesma forma que tu falas: crua e dura.
E tu moça quando te decides? ;-)

andorinha disse...

Gonçalo,
Percebeste o que eu quis dizer.:)

Yulunga,
Nisto não, tu és muito contemporizadora e eu não.
É evidente que não há aqui só um grupo, Yulunga; existe quando muito um macro-grupo que se subdivide em vários micro-grupos. Penso que isto é bem evidente.
A fala com B mas não fala com C e depois como B também não fala com D, A deixa também de falar. Engraçado, não?
Não me digas que nunca reparaste?
E antes que venham as aves agoirentas, digo já que isto não tem nada a ver com o jantar; já vem de trás.
E há grupos que vão mudando ao sabor dos dias e dos humores.
Dá uma análise "engraçada" este universo murconiano!
Vês, se não fosses tu, eu não estava com este paleio todo.:)
Apareces e isto fica logo com outra vivacidade ( digo isto sem cinismo ou ciumeira) já me conheces e sabes que é assim.

Anónimo disse...

amok
Vou estar no próximo.
Vai ao meu blog pois estão lá as datas. Salvo erro é dia 10 de Novembro.
E o do Pachteco Pereira não quero perder por nada deste mundo. Em Dezembro

andorinha disse...

Yulunga,
Também penso estar.
São muitos quilómetros mas penso que vale a pena.

Anónimo disse...

Andorinha
Vejo o que me interessa ver e aquilo de que possa tirar algo de interessante ou util.
Perco mais tempo a tentar ler a escrita complexa de alguns do que a ver se A deixou de falar com B por este ser amigo de C. Cago-me redondamente para isso.

Olha perocupa-me muito mais as minhas investidas nas pernocas do Dr. Murcon não surtirem efeito.
Ai é um desgaste....

Respirem fundo caramba.

Anónimo disse...

meneina yolonga

cum aquela parte do cérvro que está meio escundida biume mal cum xerteza mas eue indaxim bia muito baie e a meneina parexe muito excorrêta e asseadita e que noxo sinhôre a mantenha axim até ser velhinha é o que lhe dejeijo daquela parte do curação que está mais à bista

Anónimo disse...

eie
Amen.
E que bomexe esteija ca para ber.

amok_she disse...

ai o caraças, Yul...como é q te vais confundir com a rapariga????ehehehe...ñ faço nem ideia o q foi q ali leste a pudesse dirigir-se a ti!? com esta ag é q me deixaste de cara à banda...grrrr

...é claro q o prox. está mais q agendado!, este era mesmo só por causa da e....;-)

Anónimo disse...

meneina amokia

que ganda cena faria cum a outra metade do curação se tibessete perxebido

Anónimo disse...

amok
Não era para mim? LOL
Mas pareceu-me. De qualquer das formas se alguma duvida houvesse, olha fica esclarecida. A mulher do séc. XXI deve ser prática

andorinha disse...

Yulunga,
Isso é uma constatação que eu faço ao ler os comentários. Ou tu achas que eu ando a ler os posts atrasados para ver quem se zangou com quem???!!!
Só se fosse maluca.
Claro que a mim também o que me interessa é o que de interessante vou lendo por aqui.
O resto vem por acréscimo.:)))

Anónimo disse...

Yuly
Sejas bem aparecida e principalmente com essa boa disposição!
Bjs

andorinha disse...

Yulunga,
Vês os equívocos que provocas?:))))

Anónimo disse...

Gonçalo
Tenta cortar um pouco nas gorduras.
O colesterol é muito nefasto para as artérias e uma boa parte dos AVC têm aí a sua causa.

Anónimo disse...

andorinha

boa a boa cum u teu blog até lisboua

Anónimo disse...

ameninadalua
Obrigada do coração.

Andorinha
Eu quero mais é confusão da boa. Gente viva, com sangue na guelra.

andorinha disse...

eie,
até lisboua bouo sim.

Anónimo disse...

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(Yulunga mas mascarada de anónimo)

Anónimo disse...

Até mais loguito maralhal.
Boas blogadas.

mtc disse...

Andorinha

cito:
Apareces e isto fica logo com outra vivacidade ...

É verdade, verdadinha mesmo...:))

Uma boa noite para todos
Sleep warm
(que está a ficar frio e eu a constipar-me ;))

E Yullie, se calhar até Domingo ;))

andorinha disse...

Yulunga e dreamer,

Até mais loguito.
Durmam bem.:)

Moon disse...

"...um bocadinho pacificado".
Humm....
Julinho, faça lá um favorzinho aqui à malta e pelo sim pelo não vá ao cinema amanhã, quero dizer hoje.
Ou vai arriscar deixar os Dragões de chama avivada?
Eu até lhe fazia companhia mas não vai dar, estou "out" :)))).

Anónimo disse...

Andorinha
Quem falou em dormir?
Ainda cá volto hoje, que julgas tu?
Isto dos retroactivos é para levar até ao ultimo minuto desde que aqui não venho.
Vou navegar!

Anónimo disse...

Não há nada melhor que um anónimo super-lúcido, para dar trabalho aos bombeiros.
Ó pá, não vês que só estás a energizar os compadres? Deixa-os cair na pasmaceira. Eles gramam.

Anónimo disse...

São 4 da manhã.
E o que é que se bebe aqui?

mtc disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
_Stardust_ disse...

Yulunga... que saudaaaades!

:)

lobices disse...

...sobre o tema em questão admito nada saber sobre o mesmo
abreijos

_Stardust_ disse...

Caro Prof,

embora venha meio atrasada para este post, é engraçado reparar que esta outra dicotomia começa realmente a tomar contornos mais visíveis, mais notáveis. Será talvez pelos tais números de que fala (que não sei a que população/ões se referem) e pelo ritmo "louco" que levamos agora (e para quê?!... digo eu....). :(
Há um anúncio aqui por nuestros hermanos que, com toda a intenção de venda de seguros de saúde subjacente, diz simplesmente (e não cito): Sabes onde ir/o que fazer quando te dói a barriga, quando te dói a cabeça... mas o que fazer quando o que te dói é a alma?
E se nos fixamos na publicidade, é absolutamente incrível ver o número de spots publicitários que falam directamente para um público que tem as tais "queixas não orgânicas", tentando vender produtos que nada têm de particular para esse "grupo".
Será então esse o público alvo, por, enquanto era ignorado, se ter tornado a maioria (e aí entram os mais de 50% de que falava o Prof)? Hummmm...

Anónimo disse...

Mais uma dicotomia

Sociedade dos Conhecimentos

Impressiona a quantidade de políticos, ex-políticos, filhos e parentes que estão hoje alojados nos quadros da PT - Portugal Telecom. E faz ainda mais impressão pensar que a amostra é apenas o resultado de uma investigação superficial; mais se aprofundasse, muito mais se encontraria.

E o pior é se nos lembrarmos que esta não é a única bolsa de empregos da nomenklatura do regime; fosse feito o mesmo exercício na CGD e noutras prateleiras douradas e o resultado seria estarrecedor.

Não obstante esta relativização, veja-se o que o se encontrou numa breve busca. Fazem parte dos quadros da PT o(a)s filho(a)s de Teixeira dos Santos, António Guterres, Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa, Edite Estrela, Jorge Jardim Gonçalves e Otelo Saraiva de Carvalho; o irmão de Pedro Santana Lopes; estão também nos quadros da empresa, ou da subsidiária TMN, João de Deus Pinheiro, Briosa e Gala, Jaime Gama, José Lamego, Luis Todo Bom, Álvaro Amaro, Manuel Frexes e Isabel Damasceno.

Para efeitos de "pareceres jurídicos" a PT recorre habitualmente aos serviços de Freitas do Amaral, Vasco Vieira de Almeida e Galvão Telles.

É ou não é uma perfeita demonstração da sociedade dos conhecimentos ?

Elsa disse...

O orgânico não existe. E há muita gente a querer fazer dinheiro com a dor e sofrimentos alheios. Se toda a gente descobrisse o poder de cura que tem dentro de si, os médicos e as farmacêuticas ficariam numa penúria terrivel. Mas dar essa chave aos outros seria suicídio.

Anónimo disse...

Mais dicotomias!

A "limpeza" e celeridade do processo da Joana.

O arrastamento sem fim à vista, do processo da Casa Pia, com aquela matilha ilustre de advogados de defesa dos arguidos, também "ilustres".

Anónimo disse...

Quando se está apaixonado, não há tempo para outros amores, nem para comer, nem para respirar. É sempre a cair até ao fundo. Onde é que está o fundo, e tornar a subir?. Acho que anda por aqui muita gente que nunca viveu paixão, não devem ter tempo.

Anónimo disse...

a propósito do comentário final, lembrei-me da minha dúvida de criança: "doente" ou "paciente"? ainda não sei se são sinónimos, a mim disseram-me (para me calar?) que pacientes eram os doentes do foro psiquiátrico. pergunto-me: há aqui uma piada inocente no termo ou é mera coincidência? parece-me que o português é demasiado vasto para ser uma coincidência, :p.

inês