Oito em cada cem mulheres finge orgasmos
2006/02/08 | 13:34
Homens não se apercebem. Nem identificam dor ou desconforto femininos
A maioria das mulheres portuguesas sofre ou já sofreu um problema de disfunção sexual e oito em cada cem finge o orgasmo sem que o parceiro se perceba, revela um estudo da Sociedade Portuguesa de Andrologia.
De acordo com o estudo sobre a «Epidemiologia das disfunções sexuais em Portugal», apresentado hoje em Lisboa, o que os homens pensam sobre a sexualidade das mulheres é diferente daquilo que elas pensam nesta matéria.
«Os homens acham que as mulheres têm mais diminuição do desejo e da excitação sexual do que elas referem», mas minimizam a presença das dificuldades do orgasmo e da dor ou desconforto durante a relação.
Os homens identificaram uma prevalência do desejo hipoactivo (falta de desejo sexual) de 42 por cento nas mulheres, quando estas ficam-se pelos 35 por cento. Por outro lado, eles acham que a prevalência da diminuição da excitação/lubrificação é de 36 por cento nas mulheres, enquanto estas referem 32 por cento.
Em matéria de orgasmo, eles acham que 24 por cento têm dificuldades em atingir o ponto mais alto da excitação, quando esse número é mais elevado na interpretação das mulheres: 32 por cento. Esta discrepância identifica oito por cento de casos de orgasmos simulados que os homens não identificam.
Os valores também são diferentes na prevalência de dor ou desconforto durante a relação, com eles a identificarem 23 por cento contra 34 por cento efectivamente sentidos por elas. Em matéria masculinas, as diferenças continuam, pois elas acham que os homens têm muito mais disfunções sexuais do que eles próprios referem.
Questionadas sobre a diminuição do desejo sexual no parceiro, elas referem-na em 50 por cento dos casos, mas só 15,5 por cento dos inquiridos assumiu esta redução da libido.
Sobre a prevalência de disfunção eréctil, as diferenças mantêm-se: 22 por cento delas identifica este problema nos homens, mas só 13 por cento dos inquiridos o assume.
A prevalência de alterações da ejaculação é de 45 por cento, na opinião das inquiridas, contra 13 por cento referida por eles.
Este estudo - que analisou dados referentes a 1.250 homens e 1250 mulheres - revelou ainda que 56 por cento das mulheres já sofreu problemas a nível sexual, como diminuição do desejo, da excitação ou lubrificação, de orgasmo ou desconforto na relação sexual.
18 comentários:
Até eu, que sou homem, já fingi uma data de vezes. Não fosse faltar-me a "força" naquele encontro especial que ia ter depois com a minha namorada!
Adamos todos a jogar ao "Dilema do Prisioneiro". Só que ninguém assume!
Soc P. Andrologia dixit:
mulheres (com homens?): uma data de fingimentos, diferenças e discrepâncias no assumir de problemas e de desconforto.
homens (com mulheres?): uma data de fingimentos, diferenças e discrepâncias no assumir de problemas e de desconforto.
Contudo, por mais cruéis que sejam as conclusões, poucos assumem que são infelizes exclusivamente por estas razões.
Mas quem saberá melhor de tudo isto senão JMV?
Pois é, continuo a achar que enquanto "não agarrarmos o touro pelos cornos", ou seja, enfrentarmos os nossos próprios receios e angústias em matéria de sexualidade (pois existem e não são poucas...)e aceitarmos as nossas próprias falhas (pois somos humanos e não super-homens e super-mulheres...), não poderemos aceitar o outro ponto de vista (e as falhas do outro...)Mas isto sou eu, que sou idealista...
Pois é, enquanto não assumirmos e aceitarmos que somos humanos (e não super-homens e super-mulheres...)e temos as nossas falhas, torna-se mais dificil aceitar as falhas do outro.
É muito dificil (mas é um bom exercicio...)olharmos para nós próprios e confrontarmo-nos com os nossos medos e angústias (seja em questões de sexualidade ou outra matéria) já que passamos a vida a fugir delas e a mandá-las para o "site" das coisas indesejáveis...só que fugir dos problemas não resolve nada, pois não podemos fugir de nós próprios...a não ser que soframos de alguma espécie de despersonalização ou dissociação...aí talvez fosse mais fácil! Estou a escrever novamente o comentário, pois não sei se o anterior foi enviado correctamente. Beijinhos e vivamos a sexualidade como um verdadeiro prazer e não como uma tarefa que se tem de cumprir... e sempre com resultados excelentes!
Não percebo nada disto. Pelos vistos, tudo indica que há uma percentagem enorme de mulheres que não atingem o orgasmo com regularidade, que têm dificuldades em atingir o orgasmo e/ou que nunca atingem o orgasmo.
No entanto, quando eu passo os olhos pelas chamadas revistas cor-de-rosa, as inquiridas revelam experiências pessoais que me levam a concluir que atingem facilmente o orgasmo sempre que fazem amor. Isto para não falar nas cenas mais ou menos intímas que todos vemos ao nível do cinema, em que elas se vêm três vezes por minuto... ;-))
Mas, afinal, quem fala verdade ? Será mesmo verdadeira esta dificuldade de muitas mulheres ? Se sim, porque é que isso não é dito de forma clara ? Ou anda aqui meio mundo a enganar outro meio mundo ?!
Orquê????????:)))))))))
Boss,
No bom sentido, (e aqui é de frisar o BOM sentido) faço sexo pelo sexo, portanto quem me tem ali À mão, língua e genitália e optar por um concurso com os meus sentidos está a desperdiçar, quanto a mim, precioso tempo erótico ; ))))))) Mas há malucas para tudo, e sim senhora, já tive alguns casos em que à pergunta "aquele entre o 2 e o 3 foi a brincar não foi?" me respondem "Sim senhora". Portanto... não andando eu com um Espectrograma de Carga Electrica Cerebral com Função de Micro Resposta (os que se usam no Kinsey e os que temos em Barça) à mão na minha vida privada admito que tenha havido alguma vez em que não perguntando eu e estando a(s) parceira(s) satisfeita(s) tenha passado em branco serviço deficiente. Sim... pq como a coisa só para por insistÊncia feminina presume-se que alguém que manda parar (tirando o "paraaaaaaa" ao chegar aos orgasmos) é pq está satisfeita ; ))))))))
NO ENTANTO!!!!!!!!!
Essa não utilização do livro de reclamações (que seria correspondida na hora seguinte à reclamação caso fosse apresentada) não pode ser confundida com algo muito diferente, que é a pergunta mais ignóbil da sexualidade que é a frase: "Foi bom para ti?". QQ pessoa que faça esta pergunta a outra pessoa é pq à partida não foi bom para essa pessoa. Ou a auto-estima do questionador anda pelas ruas da amargura ; )))))))))
Sou todo a favor da apresentação de reclamações antes, depois ou até durante o acto sexual. Não houve até hoje traseirinho ao qual estivesse a arremeter pela primeira vez que se fechando tivesse de levar com a minha matrioska (tal se devendo a entrar grande e depois quando sai está mais pequeninha). Não fiz até hoje nunca uma cena por uma mulher me negar algum tipo de sexo, não me passei quando uma mulher saudável e jovem ao fim de 20 minutos e com 2 orgasmos no bucho pediu para parar o acto pq como não estava a ter prazer as descargas primievas (os meta-orgasmos) não fossem compreensíveis e interpretadas correctamente pelo cérebro.
Em suma... se alguém me enganou iludiu-se tb na sua busca pelo prazer e a perda foi de ambos ; ))))))))))))))))
Esta conversa deixou-me aqui com um ratito a roer na pélvis... que fome...
E já agora, a confissão:
Quando li o título deste post pensei: "Pois, não há ministra da educação que me engane com a conversa que desta é que vai haver educação sexual nas escolas!" looooooooool loooooooooo loooooooooooooo loooooooooooo
A sério Boss e Maralhal, a sério... mas claro... o Boss tinha de meter um estudo sobre essas vergonhas pré-matrimoniais e sem o aval da Santa Igreja que só servem para transmitir o Sida ; )))))))))))))))
moon,
Or........gulho, diz o Ju com o título que eu sou um tipo cheio de or............gulho
; )))))))))))))))))))))))))))
Fora de lei (7.13)
É certo e sabido que algumas fingem e vocês não dão por nada.:)))
Resta perguntar o porquê da necessidade desse fingimento.
Para não por o desempenho do homem em causa? Por outros motivos? Para o homem não pensar que são "frígidas" e por isso falham como mulheres?
Claro que nas revistas cor-de-
rosa é tudo muito bonito. Achas que alguém assume os seus "fracassos", ainda para mais neste campo?
Os egos têm que ser defendidos acima de tudo, está aí a explicação.
E não deixa de ser sintomático que deste estudo se conclua que os homens não assumem as suas disfunções sexuais. Isso não me espanta.
As coisas que eu aprendo...!
Então, Andorinha, uma mulher que não tem orgasmos é frigida?!
"...e por isso falham como mulheres?"
Não me parece!
Vejamos, uma mulher não é um carro. A este se lhe faltar uma peça, até pode ser um topo de gama, mas não funciona. Uma mulher pode ter tudo e, no entanto, não ter orgasmos. E ser na mesma mulher, muito femininia, nada indiferente e até não andar frustrada. Bem, talvez um pouquinho...:))))))))
Orgulho... Ah, bom estou mais sossegada. Noise, muito obrigada pelo esclarecimento:))))))))
Parece-me que os números mostram que o parceiro é mais crítico do que a própria pessoa, o que é lógico. Tanto as mulheres como os homens têm dificuldade em admitir as suas "falhas". Com a maior diferença nas percentagens, relativamente a problemas deles (ou que eles sentem como problema):
50% contra 15% na redução da libido
45% contra 13% nas alterações da ejaculação.
Quanto à "problemática do orgasmo"(o Noise podia escrever um livro para oferecer a todos os participantes do próximo jantar do Murcon:)), no outro dia liguei a TVI e estava a dar a repetição dum dos programas AB Sexo, onde se perguntava na rua, a homens e a mulheres, o que era/como era um orgasmo. Toda a gente, que não ignorou a pergunta, respondeu soltando um gemido. Ninguém falou em contracções. Depois, a apresentadora pediu à assistência que estava no estúdio para imitar um orgasmo e, novamente, se ouviram muitos gritos. Pode-se, portanto, concluir que o gemido é o símbolo do orgasmo. Pus-me a pensar qual seria a razão e acho que a culpa é da Meg Ryan.:)
Moon (9.06)
Claro que não, não foi isso que eu quis dizer, aliás escrevi frígida entre aspas, porque não me ocorreu na altura outra palavra. Pode ter imenso prazer sem ter orgasmo, estamos de acordo. E também não considero que falhem como mulheres.
Escrevi isso apenas no contexto da minha pergunta, porque se sentirão as mulheres na necessidade de fingir um orgasmo. Uma das razões poderia ser essa ( no entender delas).
Não é a minha opinião.
Sei que isto está confuso, mas a esta hora e depois de todas as emoções do jogo, não me consigo expressar melhor.
Andorinha, tudo bem!:) E viva o Benfica!
Pelos números apresentados no estudo está bom de ver que homens e mulheres são de planetas diferentes:).
Quanto às razões da simulação são muitas e diversas e - após vários livros, filmes e experiência própria - chego à conclusão que vão desde o (desagradável):
- A ver se esta coisa termina depresa que já estou cheia!
até ao (ternurento mas ridículo):
- amo-o tanto que não quero desiludi-lo.
E como a Pamina diz, não compreendo porque é que o orgasmo é associado quase sempre a manifestações de ordem vocal: gemidos, gritos...
É caso para dizer que o orgasmo está associado ao noise...!:)))))))))))))))))))))))))
Moon,
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
O orgasmo associado ao noise/Noise. Está de mais, rapariga.:))))))))))))
Damos com isto conta q andamos todos a fingir se ñ para os outros para nós mesmos, "nós" salvo seja!
Só quando o sexo e o desempenho sexual deixarem de ser estandartes de masculinidade para os homens e "tentativa de deixarem contentes os parceiros" para as mulheres é q se vai chegar à conclusão q anda mta gente infeliz na cama!
Pode ser q nessa altura as mentes se abram e se comece a falar mais abertamente do assunto. Era bom q mta gente "tirasse do armário" os seus problemas sexuais tratáveis, contribuia em mto para a felicidade do parceiro a meu ver!
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